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Características Das Pessoas Com Seletividade Alimentar
Características Das Pessoas Com Seletividade Alimentar
Características Das Pessoas Com Seletividade Alimentar
- comer apenas alimentos que são vistos como seguros ou aceitáveis, ou seja, não há
rotatividade alimentar. Estas pessoas desenvolvem o hábito de comer sempre o mesmo
alimento, textura e tempero, o que leva a uma certa monotonia alimentar. Também
costumam alegar que não gostam de determinados alimentos, antes mesmo de experimentá-
los;
- ficar angustiado quando é encorajado a experimentar alimentos diferentes, seja por causa de
uma fobia ou medo de engasgar ou vomitar;
É importante destacar que a maioria das pessoas com seletividade alimentar não tem
problemas de peso e geralmente está dentro da faixa normal de índice de massa corporal
(IMC). Também é comum que não apresentem carência de macronutrientes, sofrendo, no
entanto, falta de micronutrientes.
Outro ponto, são as sensibilidades alimentares que podem ser causadas pelo excesso de
determinado nutriente ou antinutriente no organismo, como resultado da não rotatividade na
ingestão de alimentos.
Por outro lado, outros estudos mostram que a rejeição a determinados alimentos se dá muito
mais por outras vias sensoriais e não pelo gosto, por exemplo, não gostar do cheiro ou da
aparência de um alimento.
Em relação ao aspecto psicológico, alguns indivíduos podem associar emoções negativas a
determinados alimentos, por exemplo, um mal-estar físico causado pela comida, como
engasgos ou problemas gastrointestinais.
Os estudos indicam que, na maioria das vezes, o transtorno alimentar seletivo tem início na
infância. Confira alguns pontos importantes no processo de formação do paladar da criança:
- Por outro lado, é recomendado que não se atrase a introdução gradual de alimentos sólidos
na dieta do bebê. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, este processo deve ter
início aos 7 meses. Nesse período é ainda mais importante alternar as formas de preparo e
textura dos alimentos oferecidos.
- A maneira de oferecer alimentos também deve ser variada, como alternar entre dar comida
na boca ou deixar comer sozinho, assim como oferecer os alimentos em diferentes locais da
casa e deixar a criança explorá-los por conta própria.
Da mesma forma, os minerais e oligoelementos, como o ferro, zinco, cobre, iodo, flúor, entre
outros. É fundamental uma alimentação diversificada e que inclua todos os grupos
alimentares, para que o organismo tenha acesso a estes e outros elementos.
Em crianças, a ingestão de vitaminas e minerais se torna ainda mais importante em virtude das
necessidades do organismo para o crescimento e desenvolvimento adequados. Por isso, é
fundamental uma alimentação saudável infantil, longe dos ultraprocessados, dos malefícios do
açúcar e do excesso de gorduras.
Por ser um distúrbio de classificação relativamente recente (2017), ainda não existe um
protocolo estabelecido para tratamento do Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo. O que
vem sendo praticado é uma abordagem multidisciplinar, com participação de nutricionista,
psiquiatra ou psicólogo e clínico geral ou pediatra. Neste contexto, algumas práticas vêm
demonstrando bons resultados.
- Todos devem prezar por um bom ambiente de refeições, seguindo conceitos como o mindful
eating, que descarta o uso de eletrônicos à mesa e defende uma ligação maior com a comida.
Devem ser evitadas discussões ou cobranças no momento da alimentação, deixando o
paciente livre para escolher e quantificar o que vai comer.
- Combinar com o paciente a introdução pontual de cada novo alimento ou forma de preparo,
ressaltando as semelhanças com alimentos aceitos e sua importância para a saúde. A dieta do
paciente deve ser a mesma dos outros moradores da casa.
- Propor estratégias para, aos poucos, introduzir uma alimentação mais saudável. Por exemplo:
crianças que só aceitam um determinado alimento, como batata. Oferecer outros tipos de
batatas ou alimentos semelhantes. Da mesma forma, no caso de texturas. Crianças que só
comem purê de mandioquinha, podem considerar comer outros tipos de purê, como batata
doce e moranga. As chances de aceitação, nesse sentido, são muito maiores.