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Aula 1 - Escolhas Alimentares

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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL APLICADA

ESCOLHAS
ALIMENTARES
Introdução
A alimentação constitui uma das atividades humanas mais
importantes, não só sob o ponto de vista biológico, mas
também por envolver aspectos sociais, psicológicos e
econômicos essenciais na evolução das sociedades.

Em cada um dos ciclos da vida a alimentação tem uma


finalidade específica como crescimento e desenvolvimento,
prevenção e manutenção da saúde.
O processo de escolha dos alimentos constitui um
processo amplo, complexo, que envolve, além de fatores
socioculturais, biológicos e psicológicos, a interação
entre eles.

INDIVÍDUO

ALIMENTO
No processo de escolha de um alimento,
pesquisas mostram que aparência, sabor,
variedade e valor nutricional, com foco na saúde,
são razões que levam as pessoas a escolher
determinado alimento

Quando pensamos nos fatores biológicos, vemos


que a alimentação é um item necessário à nossa
sobrevivência, pois garante os nutrientes
necessários para nossa vida. Além disso, os
mecanismos da fome e saciedade atuam nas
escolhas alimentares e na homeostase
energética.
Fatores que interferem no
consumo alimentar
Aspectos culturais relacionados a alimentação

O homem depende, por um lado, da variedade que, como


característica do onívoro, o impulsiona para a diversidade
alimentar, para a inovação e a exploração , que são vitais a ele.

Por outro lado, a desconfiança, a prudência e o conservadorismo


alimentar lhe garantiram escapar do risco que uma novidade
poderia representar.

Neofobia Neofilia

• Medo do desconhecido • Tendência à exploração, à


necessidade de variedade
e de novidade
Aspectos culturais relacionados a alimentação

Desafio = estimular o contato com preparações


de alimentos que sejam saudáveis e agradáveis
aos sentidos
Tacacá

Acarajé

Arroz com pequi


Feijoada

Churrasco
Hábitos alimentares de Mato Grosso

Lambari frito Pequi cru (100 g) = 205 Kcal


100 gramas = 327 Kcal Óleo de pequi (100 ml) = 884 kcal Tamarindo (100 g) = 276 kcal

Rapadura Caju
Caldo de cana 100 gramas = 43 kcal
100 gramas = 352 kcal 100 ml = 65 kcal
Gosto
Humanos nascem predispostos a apreciar o
gosto doce, o que se mantém por toda a vida,
em diferentes culturas.
Apreciação do salgado desenvolvida meses
após o nascimento;
Tendência a rejeitar os gostos azedo e amargo
A preferência por alimentos ricos em gordura
aparece durante a infância.
– Cremosidade do sorvete;
– Suculência da carne;
– Maciez de bolos;
– Crocância das massas.
• Em geral, alimentos gordurosos são também
acrescidos de sal ou açúcar
– Palatabilidade;
– Densidade energética.
Tabus alimentares

Tabu é uma interdição, uma proibição categórica sem uma


explicação racional.

A interdição não é motivada por justificativas explicáveis, a


sanção temida ou aguardada em caso de violação do tabu não
está prevista em leis, sendo apenas uma desgraça psíquica ou
física.

Tabus alimentares permanentes


Tabus alimentares temporários
Fome
A fome intensifica o prazer derivado da ingestão dos alimentos,
quanto maior a fome, mais saboroso o alimento.

Porém, não é apenas quando estamos com fome que nos


alimentamos. A oferta de alimentos é cada vez mais frequente e
fácil, se comparada a décadas anteriores.

Em certos momentos simplesmente comemos na ausência de


necessidade aguda de calorias, quando somos influenciados por
uma propaganda, quando passamos em frente a um
estabelecimento e somos atraídos pelo aroma daquela preparação
Fatores que interferem no consumo alimentar
Faixa etária

As práticas alimentares na infância constituem um


marco importante na formação dos hábitos
alimentares da criança.
Fatores fisiológicos
Fatores ambientais

As preferências alimentares de crianças são os


principais determinantes de sua ingestão, e
esse processo é aprendido via experiências
repetidas no consumo.
- Pré-escolar
- Escolar
Fatores que interferem no consumo
alimentar Faixa etária

Adolescentes não formam um grupo


homogêneo em relação as motivações que
os levam a determinada ingestão alimentar
e que esse aspecto deve ser levado em
consideração no momento da elaboração
Adolescência
do plano de educação nutricional.

Comportamento do adolescente em relação a alimentação

-Controle social e ambiental


-Imagem corporal
-Saúde pessoal
Fatores que interferem no consumo
alimentar

Em relação aos adultos, estudos indicam os seguintes fatores


influenciam o comportamento alimentar:

Estímulo social;
O local de realização da refeição ou do lanche pode definir
o consumo, por limitar a escolha dos alimentos.
Saciedade;
Palatabilidade.
Fatores que interferem no consumo alimentar
Faixa etária

Os hábitos alimentares nesta faixa etária estão arraigados e


pode haver muita dificuldade de memorização das novas
informações.

Alterações fisiológicas e anatômicas do próprio


envelhecimento tem repercussão na saúde e nutrição do
idoso.

Redução da capacidade funcional, uso de medicamentos


(podem diminuir o apetite, mas a sua maioria atua na
absorção, no metabolismo ou na excreção de nutrientes).
Dificuldades na mudança dos
hábitos alimentares de idosos
Aspectos econômicos ligados a alimentação

Passado: Os problemas nutricionais diferiam em relação a


condição socioeconômica dos indivíduos e de países.
- Países e indivíduos ricos: predomínio da obesidade,
hipertensão, diabetes e demais DCNT.
- Países e indivíduos pobres: predomínio das doenças
carênciais: desnutrição e hipovitaminose.
Aspectos econômicos ligados a alimentação

Transição nutricional: Processo


de modificação nos padrões de
ocorrência dos problemas
nutricionais de uma população.

Redução do consumo de alimentos mais tradicionais, como cereais,


raízes e tubérculos;

Aumento do consumo de alimentos característicos da dieta mais


ocidental, alimentos mais ricos em gorduras e açúcares;

Diminuição progressiva de exercício físico que levou ao aumento no


número de casos de sobrepeso e obesidade.
Aspectos econômicos ligados a alimentação
A publicidade e as práticas alimentares

As mídias nas suas variadas formas


e as propagandas no geral exercem
mais influência nos hábitos e
comportamentos alimentares das
populações do que imaginamos,
principalmente quando se trata do
público infantil
(FIESP e ITAL, 2010).
Vivemos uma época em que a própria mídia
também vem ditando padrões de beleza e de
comportamento alimentar cada vez mais difíceis
de serem atingidos.
A “indústria do saudável” também cresce
O ganho de peso está associado ao consumo
exagerado de calorias

IL-6,TNF-α, leptina,
adiponectina e
proteínas de fase
aguda

diabetes mellitus tipo II,


hipertensão e doenças
cardiovasculares
O consumo de alimentos calóricos é muito associado ao ganho de
peso e suas consequências, levando muitos indivíduos ao medo
de comer por prazer, podendo gerar no indivíduo um quadro de
ansiedade.

Dessa forma, ele começa a fazer associações negativas com


alimentação
Distúrbios alimentares

Imposição da mídia de magreza como padrão de beleza.


Principais grupos de risco: adolescentes e mulheres adultas
jovens, atletas e dançarinos.
Distúrbios mais frequentes:

Anorexia nervosa
Bulimia
O comportamento
alimentar pode ser
modificado?
O que levaria o indivíduo a
modificar o seu comportamento
alimentar?
Para a nutrição comportamental é fundamental que
o alimento e o nutriente não sejam considerados os
únicos protagonistas da alimentação.

O contexto em que esse alimento é consumido, os


sentimentos, crenças e pensamentos sobre a
comida, são mais importantes que o alimento em si.
Mudanças
voluntárias

Mudanças
involuntárias
Grande desafio: a baixa adesão e pouco
comprometimento com o tratamento e
intervenções sugeridas.
A dieta tem sido apontada como uma
intervenção das mais difíceis de serem
mantidas.

Mudança do
comportamento alimentar
MODELO TRANSTEÓRICO
DE MUDANÇA ALIMENTAR
PRÉ-CONTEMPLAÇÃO

CONTEMPLAÇÃO

DECISÃO OU PREPARAÇÃO

AÇÃO

MANUTENÇÃO
Paola é uma paciente de 35 anos, com obesidade, que vive
fazendo dietas para tentar perder peso. Paola ama comidas
bem saborosas, tem um amor imenso por lasanha, por se
lembrar da época que almoçava com seus avós aos domingos.
Mas como Paola vive de dieta, ela não come lasanha há vários
meses e se sente muito triste por isso.

Ela tem uma relação muito forte com esse prato, mas ele não
é visto com um prato saudável, sendo assim, ela acredita que
ele não pode ser incorporado a uma dieta saudável.

Hoje, Paola já vê o horário da refeição como um momento de


esforço, pois não gosta de nada que está no seu prato, além de
sempre relatar estar com fome.
Sua amiga Cláudia sempre recomenda a Paola que procure um
nutricionista para verificar quais seriam os melhores alimentos e
quantidades para a dieta de Paola. Porém, ela sempre diz que já
tem informações suficientes e que todos sabem o que é
alimentação saudável. Que comer saudável é comer sem prazer.

Diante do apresentado, qual o papel do nutricionista no caso de


Paola? Como ele pode ajudá-la? Cláudia está certa em orientar a
amiga a procurar esse profissional?

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