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A Abordagem No Atendimento Nutricional

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A ABORDAGEM NO ATENDIMENTO NUTRICIONAL:

1º - A atenção à família: o primeiro passo

Os casos de seletividade alimentar na infância costumam ser extremamente trabalhosos.

A família, provavelmente, já ouviu bastante sobre a importância da alimentação saudável. No


entanto, quando não é possível dialogar com a criança e nada é negociável, uma alta dose de
paciência é necessária. Também já sofre com os efeitos que a seletividade alimentar tem sobre
a vida social.

Por isso, o primeiro passo é ouvir atentamente como essa seletividade alimentar vem se
manifestando. E isso inclui perguntar:

- Quais alimentos específicos a criança aceita;

- Se existem horários específicos para aceitar alimentos;

- Se ela só come determinada marca, ou conta com outras manias;

- Se prefere comer alimentos de uma cor específica.

- A partir dessas informações, é possível traçar metas para essa criança ter uma alimentação
mais diversificada.

IMPORTANTE: Traçar metas que possam ser executadas

Não adianta prescrever uma dieta que a criança não vai seguir.

Muitos pais chegam até o atendimento/consultório desanimados, com relatos de constantes


dificuldades relacionadas à seletividade alimentar e que não recebem orientações que não
funcionam tipo:

Oras, de que adianta tentar oferecer um prato de salada para uma criança que só aceita
comer batatas?

Diante do diagnóstico, reunindo todas as informações sobre a rotina alimentar da criança, o


profissional de saúde pode auxiliar a desenhar estratégias com pequenas metas que levem a
uma alimentação mais saudável.

Por exemplo: se a criança só aceita purê de batatas, é possível fazer tentativas de introduzir
alimentos na mesma consistência. Ela pode resistir diante de opções de alimentos mais duros,
porém, aceitar purê de mandioquinha, moranga, entre outros.

Quando a criança só come batatas, por exemplo, pode ser a mesma situação: oferecer outros
tipos de batatas e alimentos relacionados.

A chance dessa criança aceitar o alimento é muito maior. Aos poucos, novas opções podem
entrar no cardápio.

A criança não vai aceitar brócolis na primeira semana quando está sendo alimentada à base de
mamadeiras.
Mas, se ela for apresentada ao brócolis após passar por outros alimentos verdes... Um
processo de adaptação será essencial.

O que nunca, nós Nutricionistas devemos fazer?

Existem alguns erros que profissionais cometem com a família e as crianças e jamais deviam
ser cometidos:

- O primeiro deles está relacionado a esperar que a criança fique com fome e não ofereça nada
além do que foi prescrito na dieta.

- É importante exercitar a sensibilidade em relação à família. Já atendi casais que receberam


como orientação não deixar que a criança fosse alimentada com a mamadeira porque quando
sentisse fome, aceitaria o novo cardápio.

No entanto, a chance dessa criança comer é muito baixa.

Deixar de comer é muito pior do que alimentar-se com aqueles alimentos que não são
adequados à sua saúde.

Também não é interessante receber essa família com julgamentos.

Eles já estão cansados dos olhares preconceituosos.

Assim, acabam descontando toda essa frustração na criança e acabam taxando como “a
criança que não come”.

O que acontece?

Essa criança cresce rotulada como aquela que “come mal” e torna-se cada vez mais disso!

Por isso, não é nada saudável falar dessa maneira com a criança, por mais resistente que seja.

Uma avaliação completa é o primeiro passo para resolver a seletividade alimentar

Antes de mais nada, a criança precisa ser avaliada em sua totalidade.

É bem provável que, por estar constantemente alimentada sem nutrientes suficientes, seja
importante administrar a suplementação supervisionada por uma equipe multidisciplinar de
saúde.

Em seguida, a reeducação alimentar pode ser conduzida com muito mais tranquilidade e
segurança. Cada pequeno avanço é uma verdadeira vitória para essa criança e sua família,
afinal, é assim que irão proporcionar uma alimentação mais nutritiva e favorável ao
desenvolvimento.

A seletividade alimentar, apesar dos desafios, é uma situação possível de ser contornada!

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