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Artigo 0,2
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Por:
Gustavo schimitz
Beatriz Medeiros
Esse estudo tem como objetivo, entender e buscar soluções para a seletividade alimentar e
mostrar a importância do profissional graduado em nutrição, na solução e auxilio desse
transtorno, entender cada peculiaridade da seletividade alimentar;
Encontrar meios de introduzir alimentos nutritivos na alimentação de crianças com TEA
Mostrar a importância do profissional em nutrição na melhoria de qualidade de vida dessas
crianças
Palavras-chave:
Ajudar pessoas com seletividade alimentar é importante porque elas precisam de cuidados
especiais com os alimentos que comem. Seletividade alimentar é um transtorno alimentar que
impede que as pessoas comam alimentos específicos, o que pode resultar em deficiências
nutricionais. Ajudar essas pessoas a ter acesso a alimentos saudáveis, equilibrados e nutritivos
pode ajudar a prevenir problemas de saúde e a garantir que elas recebam os nutrientes
necessários para se desenvolverem e crescerem saudáveis. Além disso, ajudar quem tem
seletividade alimentar também pode ajudar a melhorar a autoestima, já que eles podem se
sentir excluídos de momentos de comer com os amigos e familiares.
A seletividade alimentar nos autistas foi primeiramente descrita na década de 1980. Foi
identificada pela primeira vez por Susan Hyman3,(1980) uma psicóloga pediátrica, que
descreveu o comportamento como um "padrão de alimentação inflexível". A partir daí,
muitos estudos foram realizados para examinar os padrões de seletividade alimentar entre
pessoas autistas de todas as idades e graus de gravidade.
Segundo Hyman3 crianças autistas com TARE podem ter uma variedade de comportamentos
alimentares, incluindo recusa de alimentos, ingestão limitada de alimentos, seletividade
alimentar, rituais alimentares e outras restrições alimentares. Estes comportamentos podem
ser desencadeados por um número de fatores, como sensibilidade ao sabor, textura, cheiro ou
cor dos alimentos.
Além disso, as crianças autistas com TARE também podem recusar alimentos porque eles são
novos, desconhecidos ou diferentes de alimentos que eles já comeram antes.
ARFID é a sigla para Selective Eating Disoder (SED) ou Transtorno de Seleção Alimentar.
Utilizar alimentos saudáveis, como frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras;
Oferecer apenas alimentos que a criança já conhece;
Ensinar a criança sobre novos alimentos de forma divertida;
Evite alimentos processados ou ricos em açúcares e sal;
Oferecer pequenas porções de vários alimentos ao mesmo tempo;
Não forçar a criança a comer;
Introduzir novos alimentos aos poucos;
Estabelecer horários regulares para as refeições;
Não fornecer recompensas ao comer;
Criar um ambiente relaxante durante as refeições.
Introduzir amostras de alimentos novas de forma progressiva e gradual.
Introduzir alimentos de diferentes formas e texturas.
Estimular a criança a realizar as atividades de alimentação, como lavar as mãos antes
de comer, usar utensílios, entre outros.
Oferecer tempo e espaço adequado para o consumo de alimentos.
Oferecer alimentos de diferentes tipos e cores.
Oferecer alimentos em quantidades pequenas.
Utilizar jogos e brincadeiras para incentivar a criança a experimentar novos alimentos.
Estabelecer rotinas de alimentação.
Vários estudos mostraram que as pessoas com autismo têm maior risco de seletividade
alimentar. Por exemplo, um estudo Holleman4 de 2016, descobriu que cerca de metade dos
indivíduos autistas relatou seletividade alimentar, enquanto que apenas cerca de um quarto
dos indivíduos sem autismo relataram o mesmo. Além disso, outro estudo de 2017 descobriu
que cerca de 75% dos indivíduos autistas com idade entre 4 e 17 anos mostraram ser seletivos
em relação a alimentos. Esse estudo também descobriu que a seletividade alimentar foi mais
comum entre as crianças autistas do que entre os adultos, sugerindo que a seletividade
alimentar pode ser mais comum em crianças autistas.
Os estudos comprovam que o tratamento da seletividade alimentar em crianças autistas pode
ser abordado em várias formas. Estas incluem terapia sensorial, terapia cognitivo-
comportamental, modificação de ambiente, treinamento de habilidades de alimentação,
intervenção nutricional e educação nutricional.
A terapia sensorial pode ajudar as crianças autistas a desenvolver habilidades para responder
de maneira adequada a estímulos sensoriais. Por exemplo, os terapeutas podem usar técnicas
como estimulação oral, olfativa ou tátil para ajudar as crianças a aceitar novos alimentos. A
terapia cognitivo-comportamental pode ajudar as crianças autistas a compreender e controlar
suas emoções e comportamentos. Os terapeutas podem usar técnicas de relaxamento para
ajudar as crianças a lidar com a ansiedade associada à alimentação.
Camargo e Dias6 (2019) nos revelaram que os “resultados deste estudo mostram que, embora
o comportamento alimentar e a seletividade alimentar possam ser influenciados por fatores
como o ambiental e cultural, os processos individuais, como percepção de sabor e textura,
seleção por gosto e medo, também são importantes determinantes."
Por fim, o nutricionista pode trabalhar em conjunto com o médico, terapeuta ocupacional e
outros profissionais para ajudar a criança a desenvolver habilidades de alimentares
. Lavin, J., & Smith, D. (2012). Compreendendo o transtorno alimentar restritivo evitativo.
Revista de Terapia Comportamental e Cognitiva, 18(2), 154-158
https://revistapsipro.com/index.php/psipro/article/view/69
https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/30864
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/38522
https://www.asha.org/Practice-Portal/Clinical-Topics/Autism/Environmental-Modifications-
for-Autistic-Children-during-Mealtime