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Guia 2a6anos 0
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1ª Edição
Campinas - SP
SUMÁRIO
Apresentação...................................................................1
Família.....................................................................5
Alimentação Saudável...................................................8
A Regra de Ouro...........................................................12
Momento da Refeição.................................................14
Água................................................................................16
A Criança Vegetariana.................................................17
Referências....................................................................20
APRESENTAÇÃO
Guia Prático para crianças a partir
de 2 anos em ambiente escolar
A partir do segundo ano de vida, a criança torna-se mais independente, tem mais
condições de se comunicar, além de já possuir diversos dentes e apresentar
sistemas metabólico e digestivo funcionando com capacidade igual ou semelhante
aos sistemas dos adultos.
Este Guia Alimentar foi elaborado a partir das diretrizes do Ministério da Saúde
para a População Brasileira. Trata-se de um material prático que orienta e oferece
subsídios aos educadores quanto aos procedimentos que envolvem a alimentação
das crianças no ambiente escolar e desenvolvimento de ações de educação
alimentar.
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FAMÍLIA
Neofobia
É caracterizada pela dificuldade em aceitar novos
alimentos, a criança nega-se a experimentar
alimentos que não façam parte de suas
preferências alimentares. Então é necessário
paciência e persistência, pois é necessário que a
criança prove o novo alimento, em torno de 10
vezes, e só assim estabeleça seu padrão de
aceitação.
Apetite
É muito variável e sofre influência de vários
fatores, entre eles idade, atividade física,
temperatura do ambiente e ingestão na refeição
anterior. Criança cansada ou superestimulada com
brincadeiras pode não aceitar a alimentação de
imediato, assim como no verão, o apetite pode ser
menor. Se a refeição anterior foi volumosa,
também pode diminuir o apetite. Portanto, as
refeições devem seguir horários fixos com
intervalos de 2 a 3 horas, que são suficientes para
que a criança sinta fome na próxima refeição.
Autonomia
Quando a criança já for capaz de se servir e
comer sozinha deverá ser estimulada, isso é uma
excelente estratégia na formação de bons hábitos
alimentares. Importante sempre estar com
supervisão para evitar engasgos. A criança
também deve ser acomodada a mesa com outras
crianças e membros da família, pois ela observa
outras pessoas se alimentando e a aceitação dos
alimentos se dá pelo processo de
condicionamento social. É importante deixá-la
comer com as mãos e não cobrar limpeza neste
momento; quando souber manipular
adequadamente a colher, pode substituí-la pelo
garfo.
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Aspectos importantes da evolução do comportamento alimentar na
infância e orientações para uma conduta alimentar saudável e
hábitos adequados:
Sentidos
A criança deve utilizar sentidos como visão e
olfato na experiência com novos alimentos,
devem provar em pequena quantidade e ir
aumentando gradativamente. A apresentação do
prato, o alimento preparado em diferentes
receitas também contribui na redução da neofobia
alimentar.
Autorregulação da Ingestão
A criança possui mecanismos internos de
saciedade, que determinam a quantidade que ela
necessita. Portanto, comportamentos como
recompensas, chantagens ou punições para forçar
a criança a comer devem ser evitados, pois podem
reforçar a recusa da criança a comer. A sobremesa
não deve ser uma recompensa e sim mais uma
preparação, dê preferência a frutas. O tamanho
das porções também deve ser de acordo com a
aceitação, o ideal é oferecer uma quantidade
pequena de alimento e perguntar se a criança
deseja mais. Se durante o período determinado
para a refeição a criança não aceitar os alimentos,
a refeição deverá ser encerrada e apenas na
próxima, será oferecido algum alimento. Portanto,
se a aceitação for baixa ou nula, não deverá ser
oferecido fórmula infantil ou outro alimento em
substituição.
Preferências
Importante lembrar que os alimentos de sabor
doce são os de preferência da criança, pois o
sabor doce é inato do ser humano. Portanto, é
necessário orientar e controlar o consumo e a
quantidade desses alimentos. O leite também tem
sabor doce, por isso não deve substituir refeições
ou ser servido em seguida da refeição.
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Alimentação Saudável
Alimentos minimamente processados Castanhas, nozes, amendoim e outras oleaginosas sem sal
correspondem a alimentos in natura ou açúcar; cravo, canela, especiarias no geral e ervas
que foram submetidos a processos de frescas e secas;
limpeza, remoção de partes não
comestíveis ou indesejáveis, Farinhas de mandioca, de milho ou de trigo e macarrão ou
fracionamento, moagem, secagem, massas frescas ou secas feitas com essas farinhas e água;
fermentação, pasteurização,
refrigeração, congelamento e processos Carnes de gado, de porco e de aves e pescados frescos,
similares que não envolvam agregação resfriados ou congelados;
de sal, açúcar, óleos, gorduras ou
outras substâncias ao alimento original. Leite pasteurizado, ultrapasteurizado (longa vida) ou em
pó, iogurte (sem adição de açúcar);
Ovos;
Alimentos processados
O que são? Exemplos:
Alimentos processados são fabricados Cenoura, pepino, ervilhas, palmito, cebola, couve-flor
pela indústria com a adição de sal ou preservados em salmoura ou em solução de sal e vinagre;
açúcar ou outra substância de uso
culinário a alimentos in natura para Extrato ou concentrados de tomate (com sal e ou açúcar);
torná-los duráveis e mais agradáveis ao
paladar. Frutas em calda e frutas cristalizadas;
São produtos derivados diretamente de Carne seca e toucinho; sardinha e atum enlatados;
alimentos e são reconhecidos como
versões dos alimentos originais. São Queijos;
usualmente consumidos como parte ou
acompanhamento de preparações Pães feitos de farinha de trigo, levedura, água e sal.
culinárias feitas com base em alimentos
minimamente processados.
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Alimentação Saudável
Evite alimentos ultraprocessados
Os alimentos ultraprocessados devem ser evitados devido a
composição nutricional desses produtos, que possuem excesso de
calorias (açúcares e gorduras), apresentam alto teor de sódio, são
pobres em fibras que são essenciais para prevenção de doenças (do
coração, diabetes e vários tipos de câncer), são pobres em vitaminas e
minerais e ricos em componentes químicos como conservantes e
corantes artificiais. No PNAE, este tipo de alimento é proibido para
crianças até 3 anos por determinação do FNDE.
Alimentos ultraprocessados
O que são? Exemplos:
São formulações industriais feitas Vários tipos de biscoitos principalmente os recheados,
inteiramente ou majoritariamente de sorvetes, balas e guloseimas em geral, cereais açucarados,
substâncias extraídas de alimentos bolos e misturas para bolo, barras de cereal;
(óleos, gorduras, açúcar, amido,
proteínas), derivados de constituintes Sopas, macarrão e temperos instantâneos, molhos,
de alimentos (gordura hidrogenada, salgadinhos de pacote, refrescos em pó, refrigerantes,
amido modificado) ou sintetizadas em iogurtes e bebidas lácteas adoçadas e aromatizadas,
laboratório com base em matérias bebidas energéticas;
orgânicas como petróleo e carvão
(corantes, aromatizantes, realçadores Produtos congelados e prontos para aquecimento como
de sabor e vários tipos de aditivos pratos de massas, pizzas, hambúrgueres, extratos de
usados para dotar os produtos de carne ou de frango ou peixe empanados do tipo nuggets,
propriedades sensoriais atraentes). salsichas e outros embutidos.
Técnicas de manufatura incluem Pães de forma, pães para hambúrguer ou hot dog, pães
extrusão, moldagem, e pré- doces e produtos panificados cujos ingredientes incluem
processamento por fritura ou substâncias como gordura vegetal hidrogenada, açúcar,
cozimento. amido, soro de leite, emulsificantes e outros aditivos.
Não troque comida feita na hora (caldos, sopas, saladas, molhos, arroz,
feijão, macarronada, refogado de legumes e verduras, farofas, tortas)
por produtos que dispensam preparação culinária (sopas “de pacote”,
macarrão “instantâneo”, pratos congelados prontos para aquecer,
sanduíches, frios e embutidos, maionese e molhos industrializados).
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Esquema de prato para ser utilizado em
todas as idades
Café da Manhã pão com requeijão + leite sem açúcar + ou biscoito sem
recheio + vitamina de leite com fruta sem açúcar.
Lanche da Tarde pão de queijo + suco de maracujá com maçã sem açúcar
ou bolo de banana + leite sem açúcar ou torta salgada +
suco de laranja sem açúcar ou pão com creme vegetal +
vitamina de com fruta sem açúcar.
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Momento da Refeição
Professores e auxiliares devem conduzir as crianças para a
higiene das mãos e do rosto, que deve ser feita antes, durante
(quando necessário) e após as refeições.
DRI, 2006
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A Criança Vegetariana
A dieta vegetariana é classificada de acordo com o consumo de
subprodutos de origem animal:
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É importante que os educadores comuniquem diariamente a
cozinha escolar da presença do aluno com necessidade alimentar
especial, para que o preparo da refeição seja realizado de forma
específica para o atendimento desta criança.
Guia Alimentar Para a Família. Alimentação para Bebês e Crianças Vegetarianas. Sociedade
Vegetariana Brasileira. Departamento de Saúde e Nutrição, 2018.
Guia Alimentar Para a População Brasileira/ Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica - 2.ed. 1.reimpr. - Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
Educar e Cuidar na Educação Infantil: Caminhos Metodológicos para a Rede Municipal de Joinville.
Prefeitura Municipal de Joinville. Secretaria de Educação - Setor de Educação Infantil, 2016.
WEFFORT, Virgínia Resende Silva; Lamounier, Joel Alves. Nutrição Em Pediatria - da.
Neonatologia À Adolescência - 2ª Ed. Editora Manole. 2017
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DEPARTAMENTO DE ALIMENTAÇÃO
ESCOLAR CEASA - CAMPINAS
Equipe Técnica
Adriana Regina de Oliveira
Adriano Masaaki Nakanishi
Alice Lívia de Campos
Aline Gonçalves
Ana Beatriz Pinto da Silva
Audicéia de Fátima Januário
Camila Roselli Nogueira Porto
Carolyne de Cássia dos Santos Ávila
Eduarda Alonso Maziero
Ester de Almeida Ribeiro Roda
Fábio Destefano de Souza Leite
Hellen Rafacho
Kátia Meire Prata Souto
Luciana Martinuzzo
Luiza Catarina de Oliveira
Najla Lopes Medeiros
Nayara de Oliveira Sampaio
Patrícia Gonçalves da Silva
Patrícia Maria Negro da Silva
Raquel Tafarello
Thaís Nogueira Milani Vilela
Coordenação Gerência
Jomara Sousa Martins Machado Júlia Ramia Bonduki Amorim
WWW.CEASACAMPINAS.COM.BR