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Noripurum-Ev Vps v2

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BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE – RDC 47/2009

NORIPURUM® EV
sacarato de hidróxido férrico
100mg/5mL
APRESENTAÇÕES
Solução injetável endovenosa 20 mg/mL (100 mg/5 mL). Embalagens contendo cinco ampolas de 5 mL cada.

USO ENDOVENOSO

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO
Cada ampola de 5 mL contém:
sacarato de hidróxido férrico (equivalente a 100 mg de ferro III) ................................. 2.700 mg
Excipientes: água para injetáveis e hidróxido de sódio.

1. INDICAÇÕES
- Anemias ferropênicas graves (pós-hemorrágicas, pós-partos, pós-cirúrgicas)
- Distúrbios de absorção gastrointestinal ou impossibilidade de se utilizar a ferroterapia por via oral nos casos de intolerância aos preparados orais de
ferro em doenças inflamatórias gastrointestinais, que poderiam ser agravadas pela ferroterapia oral, e nos casos em que a falta de resposta à
ferroterapia seja suspeita de falta de adesão ao tratamento
- Anemias ferropênicas graves no 3º trimestre da gravidez ou no puerpério
- Correção da anemia ferropênica no pré-operatório de grandes cirurgias
- Anemia ferropriva que acompanha a insuficiência renal crônica

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Os dados de eficácia clínica foram obtidos exclusivamente dos estudos nos quais se usou a presente formulação de NORIPURUM®, ou seja, ampolas
contendo ferro na forma de ferro-sacarose (1 mL correspondendo a 20 mg de ferro). O conteúdo das ampolas geralmente foi diluído em uma solução
de soro fisiológico a 0,9% para infusão.

Suplementação de ferro intravenoso com tratamento de ferro-sacarose EV e r-HuEPO em pacientes com insuficiência renal crônica e
anemia ferropriva
Al-Momen (1999) observou em um estudo controlado, no qual avaliou durante 12 semanas 123 pacientes com IRC e em diálise divididos em dois
grupos - grupo A (ferro sacarose) e grupo B (controle) - uma elevação significativa dos valores de hemoglobina, hematócrito e eritrócitos em ambos
os grupos. O aumento da hemoglobina alvo no grupo A foi atingido apesar de os pacientes terem recebido doses mais baixas de r-HuEPO (grupo A =
180,0 ± 52,2 U/kg/semana vs. grupo B = 238,5 ± 73,0 U/kg/semana, p < 0,001) e em período mais curto que no grupo B (58,4 ± 33,1 vs. 76,8 ± 28,0
dias, p < 0,001). Pode-se concluir que a suplementação de ferro EV aumenta o efeito e reduz o custo do tratamento com r-HuEPO (eritropoietina
humana recombinante) em pacientes de hemodiálise com reservas normais de ferro.
Resultados semelhantes foram obtidos no estudo controlado realizado por Yavuz (1999), que avaliou 30 pacientes, também com IRC e em diálise,
divididos em 2 grupos (grupo 1 = 17 pacientes e grupo 2 = 13 pacientes), por 6 meses. Em ambos os grupos foram observados aumentos
estatisticamente significativos dos parâmetros hematológicos, mais acentuados no grupo que recebeu suplementação de ferro EV adicional à r-
HuEPO. Além disso, em pacientes tratados com ferro EV a dose de r-HuEPO pôde ser reduzida em aproximadamente 30%, enquanto as doses
tiveram de ser aumentadas no grupo sem suplementação de ferro.
A eficácia de ferrossacarose por via EV (grupo 1) em comparação à da suplementação com ferro por via oral (sulfato ferroso; grupo 2) em pacientes
de hemodiálise manifestou-se simultaneamente com a administração da dose baixa de r-HuEPO (25 U/kg, duas vezes por semana) e foi investigada
em um estudo controlado realizado por Hussain (1999) envolvendo 20 pacientes com ferritina sérica >200 ng/mL e saturação de transferrina >30%.
Após 3 meses, a média de hemoglobina estava significativamente mais elevada no grupo 1 do que no grupo 2 (Hb 11,60±0,7 g/dL vs. 10,6±1,2 g/dL;
p<0,05) e a dose média final de r-HuEPO foi 31% mais baixa nos pacientes tratados com a suplementação de ferro EV. A saturação de transferrina e
a média da ferritina sérica exibiram um aumento mais pronunciado no grupo 1 do que no grupo 2.
Um estudo controlado realizado por Schaefer et al. (1999) mostrou que em pacientes estáveis com hemodiálise em tratamento com r-HuEPO (fase de
manutenção de tratamento com ferro), a eficácia e a segurança das doses altas de ferrossacarose (250 mg de ferro como NORIPURUM® uma vez por
mês) comparadas com doses baixas de gluconato de ferro (62,5 mg de ferro como Ferriecit® uma vez por semana) são semelhantes em ambos os
tratamentos com relação aos níveis de hemoglobina (manutenção), estado de ferro e demandas de dose de r-HuEPO. Durante o período de seis meses
do estudo, a hemoglobina pôde ser mantida, a ferritina aumentou e a dose de r-HuEPO foi mantida constante em ambos os tratamentos. Previamente

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se demonstrou em pacientes de hemodiálise que uma frequência alta de administração de ferro intravenoso em dose baixa parece associar-se com
risco maior de óbitos por infecção. Portanto, pode ser uma vantagem em termos de segurança administrar o ferro em dose mais alta uma vez por mês,
por exemplo com NORIPURUM®, em vez de numa dose semanal baixa, como seria com Ferriecit®, cuja dose única máxima recomendada é de 62,5
mg de ferro.
O estudo de van Zyl-Smit et al. incluiu 131 pacientes com anemia associada a hemodiálise submetidos a hemodiálise de manutenção (dsuas a três
sessões por semana), com Hb ≤100 g/L, saturação de transferrina sérica ≤20% e ferritina sérica ≤200 μg/L. Entre os pacientes, 48% receberam ferro
por via oral sem sucesso antes da inclusão no estudo (Hb <100 g/L). O tratamento com NORIPURUM® foi iniciado em todos os pacientes (27
pacientes com tratamento adicional de r-HuEPO). O valor médio de hemoglobina aumentou em 28% (p≤0,0001) no final do período de tratamento
de duas semanas e permaneceu constante por um período de duas semanas de acompanhamento. Os valores médios de MCV e MCH em comparação
com os basais aumentaram em 9% (p≤0,0001) na semana 4. Os valores médios de ferritina sérica estavam de seis a sete vezes mais altos na semana 2
e na avaliação final em comparação com o valor basal (p≤0,0001). A média da capacidade total de ligação do ferro nestes dois períodos foi
aproximadamente 22% inferior ao valor basal (p≤0,0001). A saturação de transferrina sérica estava duplicada na semana 2 e na avaliação final
(p≤0,0001).
Boren et al. (1999) mostraram que NORIPURUM® também é seguro e bem tolerado sem a aplicação de uma dose de teste. Num total de 77 pacientes
de hemodiálise, uma proporção significativa de pacientes avaliáveis atingiu hemoglobina de ≥11,0 g/dL (basal = 10,2 g/dL) na visita final de
tratamento e nas visitas de acompanhamento de duas e de cinco semanas, tornando o tratamento global eficaz para 87% dos pacientes avaliáveis.
Além disso, observaram-se aumentos médios significativos em todas as determinações secundárias de eficácia, isto é, hematócrito (aumento de
32,3% para 36,0%), ferritina sérica (83,6 ng/mL para 360,3 ng/mL) e saturação de transferrina sérica (16,9% para 25,8%) da fase basal até o final do
tratamento (dia 24) para todos os pacientes com eficácia avaliável. Na visita de acompanhamento de cinco semanas observaram-se elevações
máximas na saturação de transferrina (27,6%).
Charytan et al. (1999) investigaram a resposta da administração de ferrossacarose por via EV em 23 pacientes com deficiência de ferro e com
histórico documentado de reações anafiláticas leves ou graves a ferrodextrana, submetidos à terapia com r-HuEPO para anemia associada à diálise.
Em todos os pacientes observaram-se elevações significativas do nível médio de hemoglobina e dos valores médios de hematócrito, ferritina sérica e
saturação de transferrina sérica observadas da fase basal até o final do tratamento (dia 24). Os autores concluíram que o ferrossacarose EV foi eficaz
na elevação dos parâmetros hematológicos médios e que pode ser administrado com segurança a pacientes com prévias reações anafilactoides leves
ou graves ao ferro-dextrana.

Suplementação intravenosa de ferro por tratamento com ferro-sacarose EV e r-HuEPO em mulheres no pós-parto
No estudo realizado por Lebrecht et al, (1995), as mulheres cuja hemoglobina era <90 g/L receberam r-HuEPO (n=24) ou placebo (n=12). Todas as
pacientes receberam uma dose única de 400 mg de ferro EV em forma de ferrossacarose no dia 2, seguida de 200 mg de fumarato ferroso por via oral
e 1 mg de ácido fólico diariamente por 4 semanas. Em ambos os grupos observou-se uma clara melhora dos parâmetros hematológicos (hemoglobina,
hematócrito, contagem de hemácias, contagem de reticulócitos) no decorrer das semanas após o tratamento em comparação com os valores iniciais,
porém não houve diferença estatística significativa entre os dois grupos no final do tratamento de quatro semanas, demonstrando que não se justifica
a administração de eritropoietina no tratamento da anemia pós-parto.
Em outro estudo (Breymann et al. 1996), 90 mulheres no pós-parto foram randomizadas para receber uma dose única de 100 mg de ferro em forma
de ferro-sacarose ou uma dose de 300 U de r-HuEPO SC ou 300 U de r-HuEPO EV mais uma dose única de 100 mg de ferro em forma de ferro-
sacarose EV. Além disso, todos os grupos receberam 80 mg de ferro em forma de sulfato de ferro oral duas vezes ao dia. Após duas semanas, o grupo
tratado com r-HuEPO EV e ferro EV apresentou um aumento significativamente maior de hemoglobina que os outros grupos. Apesar da
suplementação com dose única de ferro EV (100 mg de ferro) e do ferro oral, todas as pacientes exibiram baixo nível de ferritina, revelando a
necessidade de uma suplementação mais intensa de ferro intravenoso para reabastecer as reservas de ferro.
Breymann et al. (2000) trataram em um estudo prospectivo, randomizado e controlado com placebo, de centro único, 60 mulheres no pós-parto, cuja
hemoglobina média era de 8,6 g/dl (critério de inclusão <10 g/dL) em 24-72 h após o parto. As pacientes randomizadas para o grupo I (n=20)
receberam tratamento com r-HuEPO (300 U/kg.dia) e 200 mg de ferro em forma de ferro-sacarose EV, enquanto o grupo II (n=20) recebeu placebo e
200 mg de ferro-sacarose EV e o grupo III (n=20) recebeu 80 mg de ferro oral como sulfato de ferro, além de ácido fólico (0,35 mg, duas vezes ao
dia). Do dia 5 em diante, todos os grupos receberam até o dia 14 suplementação de ferro oral e ácido fólico nas mesmas doses que o grupo III. O
estudo revelou um aumento maior do hematócrito após a r-HuEPO e a ferro-sacarose EV do que após o ferro isolado (ferro por via EV ou oral). Os
níveis de ferritina aumentaram significativamente após a terapia com ferro parenteral (grupos I e II), enquanto no grupo III diminuíram
continuamente até o dia 14. No grupo I, a contagem de reticulócitos foi mais alta do que no grupo III no dia 4 e do que nos grupos II e III no dia 7. De
acordo com os autores, os resultados do estudo confirmam que a ferro-sacarose EV libera níveis suficientes de ferro plasmático para elevar a
eritropoiese após a terapia com r-HuEPO em pacientes com condições inflamatórias após o parto. Por outro lado, pôde-se observar suprimento
insuficiente de ferro nas pacientes que foram tratadas apenas com ferro por via oral. Os autores concluíram que o ferro EV e a r-HuEPO são mais
eficazes por causa de uma sinergia: a r-HuEPO estimula a eritropoiese, enquanto que a ferro-sacarose é mais eficaz na liberação de ferro para a
síntese de hemoglobina. A r-HuEPO aumenta a eficácia da ferro-sacarose isolada. Como o ferro EV isolado é mais econômico na restauração do
hematócrito na população anêmica do pós-parto, a r-HuEPO poderia ser destinada às pacientes com sintomas significativos.
Khurram et al. (2000) compararam o tratamento de ferro com ferro-sorbitol EV ou ferro-sacarose EV em 68 pacientes do sexo feminino internadas
em hospital de ginecologia e obstetrícia e apresentando anemia (Hb 6-8 g/dL). Entre estas, 45 eram pacientes obstétricas (11 anteparto e 34 pós-
parto) e 23 eram ginecológicas. Quarenta e duas pacientes receberam uma ampola de ferro-sorbitol por via intramuscular diariamente ou em dias

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alternados (12 ± 3 ampolas) e 26 pacientes receberam o complexo de ferro-sacarose por infusão intravenosa (6 ± 2 ampolas) em duas a três doses
divididas de 7 mg/kg de peso corporal (dose máxima de 500 mg diluída em 500 mL administrada em pelo menos 3,5 horas). A dose total foi baseada
no déficit de ferro calculado individualmente. Em ambos os grupos administrou-se uma dose de teste, isto é, 0,1 mL de ferro-sorbitol por via
intraglútea ou 1 mL de ferro-sacarose em 10 mL de soro fisiológico normal em 20 min. O nível médio de hemoglobina na inclusão no estudo foi de
7,3 g/dL. A taxa de resposta em ambos os grupos de tratamento foi comparável, com os níveis de hemoglobina subindo de 7,3 para 11 g/dL em
ambos os grupos e a ferritina aumentando de 10,8 μg/L para 15,1 (ferro-sorbitol) e 15,2 (ferro-sacarose) μg/L. Entretanto, houve necessidade de
menos visitas para o tratamento com NORIPURUM® (uma a três visitas vs. 10-15 visitas com o ferro-sorbitol). No grupo de NORIPURUM®, uma
paciente apresentou náusea e uma apresentou edema generalizado (concentrado nos braços e nas pernas), que se resolveram dentro de quatro horas
sem tratamento. Os autores concluíram que o ferro-sorbitol via IM é econômico, mas é doloroso e implica risco de manchar, devendo, portanto, ser
desestimulado, enquanto NORIPURUM® propicia adesão melhor.
Gravier et al. (1999) investigaram a eficácia e a segurança de NORIPURUM® em 30 mulheres no pós-parto com nível médio de hemoglobina de
7,07 ± 0,428 g/dL. As pacientes receberam 200 mg de ferro nos dias 0 e 3 em forma de ferro-sacarose EV diluídos em 250 mL de NaCl 0,9% durante
1 hora. Duas pacientes com nível de hemoglobina <8 g/dL no dia 7 receberam um ciclo adicional. Os resultados mostraram uma elevação
estatisticamente significativa do nível médio de hemoglobina, com o tratamento por ferro-sacarose permitindo melhora rápida do "conforto" das
pacientes e evitando transfusões durante o pós-parto.
Vinte mulheres com anemia grave (Hb = 5,52±1,24 g/dL) após parto vaginal (n=12) ou por cesariana (n=8) receberam uma dose média de 1.200 mg
(900-1.500 mg) de ferro EV em forma de ferro-sacarose durante um período médio de quatro dias (Delaporte-Cerceau et al., 1999). No final do
tratamento relatou-se um aumento médio de 2 g/dL na Hb e nenhuma paciente precisou de transfusão.
O mesmo grupo [Frappier et al. (1999)] relatou sobre 10 mulheres no pós-parto que receberam ferro-sacarose (NORIPURUM®) para tratar
hemorragia (n=5) ou anemia hemolítica (n=3) (Hb 5,7 ± 0,8 g/dL) ou uma deficiência de ferro pré-parto agravada (n=2) após parto vaginal (n=5) ou
cesariana (n=8). As pacientes receberam uma dose total de 28 mg/kg em forma de NORIPURUM® durante 4 dias. O aumento nos níveis de
hemoglobina após a ferro-sacarose foi de 0,37 g/dL/dia ao longo de 6 dias, e o hematócrito aumentou 1%/dia durante 6 dias. Nenhuma das pacientes
precisou de transfusão com sangue homólogo e não se observou reação adversa. Os autores concluíram que os resultados comprovam a eficácia e a
boa tolerabilidade da ferro-sacarose no tratamento de anemia grave pós-parto.

Suplementação intravenosa de ferro-sacarose no tratamento de anemia ferropriva na gravidez


Al-Momen et al. (1996) relataram uma restauração mais rápida dos valores de hemoglobina em 52 mulheres grávidas com anemia ferropriva grave
(Hb <90 g/L, MCV <78 fL, MCH <30 pg, ferritina sérica <20 μg/L, com ferro baixo e capacidade elevada de ligação do ferro) após a administração
de NORIPURUM® quando comparadas com 59 mulheres grávidas tratadas com sulfato ferroso por via oral.
Chamate (1962) estudou 120 mulheres com anemia ferropriva na gravidez, no puerpério, no pós-parto e após aborto com nível de hemoglobina
menor que 100 g/L. Os resultados do estudo mostraram que a ferro-sacarose é eficiente e bem tolerada no tratamento da anemia ferropriva nas
situações clínicas mencionadas. O tratamento intravenoso com NORIPURUM® produziu resultados clínicos e hematológicos favoráveis, com um
aumento médio de hemoglobina acima de 40 g/L durante um período de tratamento de 15-30 dias.
Polatti et al. (1983) trataram 30 mulheres acometidas de anemia ferropriva após a 24ª semana gestacional com ferro-sacarose EV (100 mg de ferro)
diariamente por 14 dias até a dose de ferro total calculada individualmente. Os parâmetros hematológicos (contagem de hemácias, hematócrito,
hemoglobina e contagem de reticulócitos) medidos na fase basal melhoraram significativamente após 5 e 14 dias de tratamento. Resultados
semelhantes foram descritos por Breymann et al. [65] em onze mulheres grávidas que receberam r-HuEPO em combinação com ferro-sacarose EV, e
pelo mesmo grupo [87] em duas mulheres grávidas com doença inflamatória intestinal concomitante. Além disso, no estudo de Khurram et al. (2000)
[88] também foram incluídas pacientes grávidas.

Suplementação de ferro por via intravenosa com ferro-sacarose EV e tratamento com r-HuEPO em pacientes agendados para
procedimentos ortopédicos ou de cirurgia de grande porte
Um estudo realizado por Béris et al. demonstrou a influência de NORIPURUM® sobre a doação de sangue autólogo em pacientes não anêmicos
(n=45) submetidos a um procedimento cirúrgico eletivo que requeria cinco ou mais unidades de sangue. Neste estudo comparativo controlado, 24
pacientes (grupo A) receberam aproximadamente 150 U/kg de r-HuEPO por via SC (dependendo do peso corporal), seis vezes durante um período de
14 dias, e 21 pacientes (grupo B) receberam placebo equivalente. Todos os pacientes foram adicionalmente tratados com infusões de cinco vezes 200
mg de ferro em forma de NORIPURUM® administradas durante 45 minutos nos dias -35, -28, -21, -14 e -7 antes da cirurgia. O aumento na
contagem de reticulócitos no grupo A foi estatisticamente significativo quando comparado com o do grupo B. A doação de cinco unidades de sangue
(420 mL cada) foi possível para 79% dos pacientes (n=18) no grupo A (r-HuEPO) e para 67% (n=14) no grupo B (apenas o ferro EV). Os pacientes
no grupo placebo doaram uma média de 4,6±0,8 unidades de sangue em comparação com 4,7±0,6 unidades para aqueles no grupo com r-HuEPO
(p=0,52). Mais pacientes do grupo placebo receberam sangue alogênico em comparação aos do grupo de r-HuEPO (43% vs. 26%). Os resultados do
grupo placebo revelaram que NORIPURUM® pode suprir a quantidade de ferro perdida durante a doação de cinco unidades de sangue (1.000 mg de
ferro) quase imediatamente após a administração EV e que, portanto, ele pode apoiar a eritropoiese.
Kipnis et al. mostraram que a administração de NORIPURUM® isolado permite evitar a transfusão de sangue autólogo em pacientes agendados para
cirurgia ortopédica de grande porte. Vinte e quatro pacientes com cirurgia ortopédica receberam NORIPURUM® durante quatro a oito dias após os
procedimentos cirúrgicos e apresentaram uma elevação clinicamente significativa de Hb e Hct, tornando desnecessária a transfusão de sangue
homólogo.

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Suplementação intravenosa de ferro com ferro-sacarose em pacientes intolerantes à terapia de ferro por via oral ou não aderentes
Em estudo que incluiu 121 pacientes (Ahsan N. et al, 1996) divididos em 2 grupos (grupo gluconato de ferro = 50 pacientes e grupo ferro-sacarose =
71 pacientes) com má absorção ou intolerância ao ferro oral, a eficácia do gluconato de ferro por via EV foi comparada com a do ferro-sacarose por
via EV Quanto à eficácia, ambos os preparados de ferro parenteral foram igualmente eficazes na correção da anemia ferropriva e na repleção das
reservas de ferro em pacientes com intolerância ao ferro oral. No entanto, o gluconato de ferro foi administrado em doses extremamente altas, duas
vezes a dose única máxima realmente recomendada pelo fabricante.

Suplementação intravenosa de ferro com ferro-sacarose em pacientes com doença inflamatória intestinal em que os preparados de ferro por
via oral são ineficazes
Em dois estudos, Gasché et al. investigaram a eficácia e a segurança da ferro-sacarose em pacientes com doença inflamatória intestinal intolerantes
aos preparados de ferro oral ou com má absorção de ferro. Com base nos resultados do primeiro estudo conduzido em 40 pacientes anêmicos com
doença de Crohn pode-se concluir que 75% dos pacientes com esta condição respondem significativamente ao ferro isolado por via EV. A r-HuEPO
exerce um efeito adicional sobre a concentração de hemoglobina, como se observa nos estudos anteriores. Os resultados mostraram que a
combinação de r-HuEPO e NORIPURUM® se associa com uma elevação maior e mais rápida das concentrações de hemoglobina em comparação à
dos pacientes tratados apenas com NORIPURUM®. Conclusões muito semelhantes podem ser tiradas dos achados do segundo estudo realizado em
20 pacientes com colite ulcerativa, no qual quinze pacientes (75%) apresentaram resposta completa (aumento médio de hemoglobina de 4,5±1,5
g/dL) apenas com suplementação de ferro EV. A adição de r-HuEPO foi altamente eficaz nos pacientes sem resposta prévia.

Outros estudos realizados em pacientes com anemia ferropriva de várias origens em que os preparados de ferro oral não podem
providenciar suplementação suficiente
Silverberg et al. (2000) avaliaram a eficácia e a segurança da ferro-sacarose intravenosa em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva. O
aumento significativo dos parâmetros hematológicos teve um efeito benéfico adicional sobre outras variáveis: a LVEF média aumentou em 27,8%, a
classe de NYHA caiu significativamente e a média de hospitalização caiu em 91,9%.

Referências
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26.2.1999; 3.Yavuz M. et al. Treatment of iron deficient patients on hemodialysis with i.v. iron(III-)hydroxide sucrose complex and rHuEPO
simultaneously;4.Synopsis of the Clinical study report. 15.1.1999.; 5.Hussain R. et al. Experience of Venoferrum (iron sucrose) supplementation in
hemodialysis patients treated with erythropoietin; 6.Synopsis of the Clinical study report. 27.1.1999; 7.Van Zyl-Smit R. et al. A multicenter study to
investigate the tolerance, safety and efficacy of intravenous iron sucrose in haemodialysis patients with anaemia. Summary of the Study Report
26.5.1997; 8.Schaefer R.M. et al. A single centre, open, randomised, controlled parallel-group study for comparison of two intravenous iron
preparations in stable renal patients treated with erythropoietin; 9.Synopsis of the Study report 1999; 10.Roland M. Schaefer et al. A randomized,
controlled parallel-group trial on efficacy and safety of iron sucrose (Venofer®) vs iron gluconate (Ferriecit®) in haemodialysis patients treated with
rHuEpo; 11.Nephrol Dial Transplant (2001); 12.Lebrecht A. et al. Postpartum Anaemia: Intravenous Iron Supplementation Renders Therapy with
rHuEPO Redundant (translation);13.Geburtshilfe Frauenheilkd. 1995; 55: 167-170;14.Breymann C. et al. Use of recombinant human erythropoietin
in combination with parenteral iron in the treatment of postpartum anaemia; 15.Eur J Clin Invest. 1996; 26: 123-130; 16.Zimmermann R. et al.
rhEPO treatment of postpartum anaemia; 17.J. Perinat. Med. 1995; 23: 111-117; 18.Al-Momen A.K. et al. Intravenous iron sucrose complex in the
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Am J Kidney Dis., Vol 37, No2 (February), 2001: pp 300-307; 28.Charytan C., van Wyck David B. et al. An open-label study of the safety of
Venofer [iron sucrose injection] in patients with anaphylactoid reactions to iron dextran; 29.Synopsis of the Clinical study report. 26.7.1999.
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Am J Kidney Dis. 2000; 36 (1): 88-97; 30.Breymann C. et al. Effectiveness of recombinant erythropoietin and iron sucrose vs. iron therapy only, in
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congestive heart failure improves cardiac and renal function and functional cardiac class, and markedly reduces hospitalizations; 41.J Am Coll
Cardiol. 2000; 35(7): 1737-1744.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
O ferro presente em NORIPURUM® EV está na forma trivalente de complexo coloidal macromolecular de sacarato de hidróxido férrico.
O núcleo de hidróxido férrico polinuclear é superficialmente rodeado por um grande número de moléculas de sacarose ligadas não covalentemente,
resultando em um complexo cuja massa molecular é de aproximadamente 43 kDa. É suficientemente grande para impedir a eliminação renal. O
complexo resultante é estável e não libera íons de ferro sob condições fisiológicas. O ferro nos núcleos polinucleares está ligado a uma estrutura
similar, como ocorre fisiologicamente com a ferritina.
O ferro trivalente do complexo coloidal de sacarato de hidróxido férrico presente em NORIPURUM® EV combina-se sem alteração de valência com
a transferrina. Parte dele forma ferro de depósito (ferritina) e outra parte destina-se à gênese de hemoglobina, de mioglobina e de enzimas contendo
ferro. A aplicação pela via endovenosa promove utilização instantânea do ferro, o que constitui um fator relevante, particularmente em casos de
anemias muito pronunciadas.
Estudos clínicos demonstraram que a resposta hematológica é mais rápida com a administração endovenosa do complexo de sacarato de hidróxido
férrico do que com a administração oral de produtos solúveis à base de ferro.
O ligante do complexo é a sacarose (dissacarídeo). Não contém nenhum dextrano (polissacarídeo), de modo que não ocorre nenhuma reação com o
anticorpo específico para dextrano, o que causaria uma reação anafilática induzida por este.
Propriedades farmacodinâmicas
A ferrocinética de NORIPURUM® EV marcado com 59Fe e 52Fe foi avaliada em 6 pacientes com anemia e falência renal crônica. A depuração de
52Fe no plasma se deu em 60 a 100 minutos. O 52Fe foi distribuído para o fígado, o baço e a medula óssea. Duas a quatro semanas após a
administração, a máxima utilização de 59Fe pelos glóbulos vermelhos do sangue alcançou 68% a 97%.
Propriedades farmacocinéticas
Após uma injeção de 100 mg de ferro (uma ampola de NORIPURUM® EV) em indivíduos sadios, a concentração plasmática máxima foi em média
de 538 µmol/L, 10 minutos após a injeção. O volume de distribuição do compartimento central se correlaciona bem com o volume sérico
(aproximadamente 3 L).
O ferro injetado foi rapidamente eliminado do plasma e a meia-vida foi de aproximadamente 6 horas.
O volume de distribuição no estado de equilíbrio foi de aproximadamente 8 L, o que indica baixa distribuição do ferro nos fluidos corporais.
Um estudo clínico realizado com 10 pacientes anêmicos e não anêmicos, utilizando-se complexo de sacarato de hidróxido férrico marcado com 59Fe,
mostrou que, após 5 e 10 dias, respectivamente 50% e 80% da dose administrada foi incorporada aos eritrócitos.
Devido à baixa estabilidade da sacarose de ferro em comparação com a transferrina, observou-se uma troca competitiva do ferro com a transferrina.
Isso resultou em transporte de aproximadamente 31 mg de ferro/24 horas. Quatro horas após a primeira administração, a saturação da transferrina é
superior a 90% e, após 24 horas, o nível de ferritina é o dobro.
A eliminação renal do ferro ocorrida nas primeiras quatro horas após a injeção corresponde a menos de 5% da depuração total.
Após 24 horas, os níveis de ferro são reduzidos aos níveis pré-dose e aproximadamente 75% da dose de sacarose foi excretada.
Não se sabe ainda se o complexo sacarato de hidróxido férrico passa através da barreira placentária, mas há evidências de uma pequena passagem do
ferrodextrano. O ferro que habitualmente passa a barreira placentária está ligado à transferrina e o que passa para o leite materno está ligado à
lactoferrina.

Dados de segurança pré-clínicos


Dados pré-clínicos baseados em estudos convencionais de toxicidade repetida, genotoxicidade e toxicidade na reprodução em animais não
mostraram riscos especiais.
Observou-se toxicidade em animais apenas com doses suficientemente altas em comparação com a dose máxima para seres humanos. Os dados
experimentais em animais demonstram não haver riscos à segurança de seres humanos.

4. CONTRAINDICAÇÕES
O uso de NORIPURUM® EV é contraindicado em:
- hipersensibilidade conhecida ao sacarato de hidróxido férrico, NORIPURUM® EV ou a qualquer um dos seus excipientes ;
- todas as anemias não ferropênicas, como por exemplo anemia hemolítica, anemia megaloblástica causada por deficiência de vitamina B12,
distúrbios na eritropoiese, hipoplasia de medula, as anemias falciformes puras e as anemias associadas a infecções ou neoplasias;
- situações de sobrecarga férrica, como por exemplo hemocromatose, hemosiderose;
- distúrbios da utilização do ferro, como por exemplo anemia sídero-acréstica, talassemia, anemias provocadas por chumbo, porfiria cutânea tardia.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

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BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE – RDC 47/2009

NORIPURUM® EV somente deve ser administrado quando a indicação da ferroterapia tiver sido confirmada por meio de investigação apropriada
com exames laboratoriais (por ex. ferro sérico, ferritina sérica e/ou hemoglobina e/ou hematócrito e/ou contagem de eritrócitos e/ou hematimetria -
VCM, HCM,CHCM).
A administração parenteral de preparados de ferro pode causar reações alérgicas ou anafiláticas, que podem ser potencialmente letais. Deve haver
disponibilidade de suporte para ressuscitação cardiopulmonar e tratamento antialérgico.
Reações de hipersensibilidade também foram relatadas após doses anteriores sem eventos de qualquer complexo de ferro parenteral, incluindo
sacarato de hidróxido férrico. Cada paciente deve ser observado para efeitos adversos durante pelo menos 30 minutos após cada aplicação de
NORIPURUM® EV.
Administrar o produto com cuidado em pacientes com histórico de asma, eczema, outras alergias ou reações alérgicas por outros preparados
parenterais de ferro, uma vez que tais pacientes apresentam risco acentuado de apresentar reação alérgica.
Entretanto, demonstrou-se em diversos estudos com pacientes que tiveram histórico de reações de hipersensibilidade ao dextrano de ferro ou ao
gluconato férrico que NORIPURUM® EV foi bem tolerado.
NORIPURUM® EV deve ser administrado com cuidado a pacientes com disfunção hepática.
Deve-se ter cuidado especial na administração do produto em pacientes que sofram de infecções agudas ou crônicas. É recomendado que a
administração de NORIPURUM® EV seja interrompida em pacientes com bacteriemia. Em pacientes com infecção crônica, uma avaliação de risco /
benefício deve ser realizada
Deve-se evitar o extravasamento paravenoso, pois o extravasamento de NORIPURUM® EV no local da injeção pode causar dor, inflamação e
manchas na pele.
A estabilidade de sistemas coloidais é limitada. Por isso, particularmente nos casos de armazenagem inadequada, há possibilidade de formação de
sedimentos nas ampolas do preparado.
Uso em gravidez e amamentação:
Gravidez
Não há ou há apenas uma quantidade limitada de dados (menos de 300 casos de gravidez) do uso de sacarato de hidróxido férrico em mulheres
grávidas no primeiro trimestre. Uma quantidade moderada de dados (entre 300-1.000 casos da gravidez) do uso de NORIPURUM® EV em mulheres
grávidas no segundo e terceiro trimestres não mostrou preocupações de segurança para a mãe ou para o recém-nascido.
NORIPURUM® EV deve ser utilizado durante gravidez somente se o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto, particularmente
durante o primeiro trimestre.
Os estudos em animais não indicam efeitos nocivos diretos ou indiretos com relação à toxicidade reprodutiva (ver secção "Dados de segurança pré-
clínica").

Amamentação
A informação sobre a excreção de ferro no leite materno após a administração de sacarato de hidróxido férrico intravenoso é limitada. Em um estudo
clínico, dez mães saudáveis amamentando com deficiência de ferro receberam 100 mg de ferro sob a forma de sacarato de hidróxido férrico. Quatro
dias após o tratamento, o conteúdo de ferro no leite materno não tinha aumentado e não havia nenhuma diferença em relação ao grupo controle (n =
5). Não se pode excluir a possibilidade de que recém-nascidos/lactentes podem ser expostos a ferro derivado de NORIPURUM® EV através do leite
materno, portanto, o risco/benefício deve ser avaliado.
Dados pré-clínicos não indicam efeitos nocivos diretos ou indiretos para a criança em amamentação. Em ratas lactantes, tratadas com sacarato de
hidróxido férrico com Ferro 59 marcado, foi observada baixa secreção de ferro no leite e transferência de ferro para a prole. É pouco provável que o
sacarato de hidróxido férrico não metabolizado passe para o leite materno.
Fertilidade
Não foram observados efeitos do tratamento de sacarato de hidróxido férrico sobre a fertilidade, o desempenho sexual e o desenvolvimento
embrionário inicial em ratos.
Categoria B de risco na gravidez - Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista. NORIPURUM® EV deve ser utilizado durante gravidez somente se o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto,
particularmente durante o primeiro trimestre.
Pacientes pediátricos: Se houver necessidade clínica, recomenda-se não exceder a dose de 0,15 mL de NORIPURUM® EV (3 mg de ferro) por kg
de peso corporal, uma a três vezes por semana, dependendo do nível de hemoglobina.
Pacientes idosos: Não existem cuidados especiais para administração endovenosa de NORIPURUM® EV em pacientes idosos.
Dirigir e operar máquinas: É improvável que NORIPURUM® EV influencie a capacidade de dirigir ou utilizar máquinas. No entanto, se sintomas
como tonturas, confusão ou delírios ocorrerem após a administração de NORIPURUM® EV, pacientes afetados não devem conduzir veículos ou
utilizar máquinas até que os sintomas tenham diminuído.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Até o momento não há relatos de casos de interação medicamentosa com o produto.
Assim como todos os preparados à base de ferro para uso parenteral, NORIPURUM® endovenoso não deve ser administrado concomitantemente aos
compostos orais de ferro, uma vez que a absorção oral do ferro seria reduzida.

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7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO


Não armazenar em temperatura superior a 25ºC. Não congelar.
Este medicamento tem validade de 36 meses a partir da data de sua fabricação
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
NORIPURUM® EV é uma solução aquosa e viscosa, de cor marrom, apresentada em ampolas de vidro incolor.
As ampolas devem ser visualmente inspecionadas antes da utilização quanto a sedimentos e danos. Somente aquelas livres de sedimento e que
apresentem solução homogênea devem ser usadas. O armazenamento inadequado do produto poderá levar à formação de sedimentos visíveis a olho
nu.
Após aberto, Noripurum® EV deverá ser utilizado imediatamente.Estudos de estabilidade físico-química demonstram que NORIPURUM® EV,
diluído em solução fisiológica estéril, é estável dentro das primeiras 12 horas após a diluição, desde que mantido em temperatura abaixo de 25°C. Do
ponto de vista microbiológico, o produto deve ser usado imediatamente. Se não for usado imediatamente, o tempo e as condições de armazenamento
antes do uso são de responsabilidade do usuário. Normalmente não deveriam exceder 3 horas a temperaturas abaixo de 25°C, a menos que a diluição
tenha ocorrido em condições assépticas controladas e validadas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR


POSOLOGIA
Cálculo da posologia
A posologia de NORIPURUM® EV deverá ser determinada individualmente, conforme a necessidade total de ferro, levando-se em conta três fatores:
1) Grau de deficiência de ferro (em mg), déficit total de ferro em mg
2) Peso do paciente em kg
3) Reserva necessária de ferro
Pode-se encontrar a dose total (em mL) para um tratamento completo com NORIPURUM® endovenoso, por meio das seguintes fórmulas:
Deficiência total de Fe (mg) = [peso (kg) x DHb (g/dl) x 2,4] + reservas de Fe (mg)
Total em mL de NORIPURUM® EV a administrar = deficiência total de Fe (mg)
20 mg/mL
Onde:
DHb = diferença entre a hemoglobina ideal para o sexo e a idade do paciente e a hemoglobina encontrada no exame laboratorial do paciente (em
g/dl).
2,4 = 0,34% (porcentagem de ferro presente em cada molécula de hemoglobina) X 7% (volume percentual aproximado de sangue no organismo).

Valores normais de hemoglobina (Hb) desejados e reservas de ferro para os seguintes pesos aproximados:
Valores médios de hemoglobina desejados Reservas de ferro desejadas
< 35 kg de peso corporal 13,0 g/ dL 15 mg/kg
> 35 kg de peso corporal 15,0 g/ dL 500 mg

Para a determinação fácil e rápida do total de mL ou de ampolas com 5 mL necessárias, pode-se usar a seguinte tabela:
HEMOGLOBINA ATUAL
6,0 g/dL 7,5 g/dL 9,0 g/dL 10,5 g/dL
DO PACIENTE
Nº de
Nº de ampolas Nº de ampolas Nº de ampolas
mL ampolas com mL mL mL
PESO EM KG com 5 mL com 5 mL com 5 mL
5 mL
5 8 1,5 7 1,5 6 1 5 1
10 16 3 14 3 12 2,5 11 2
15 24 5 21 4,5 19 3,5 16 3
20 32 6,5 28 5,5 25 5 21 4
25 40 8 35 7 31 6 26 5,5
30 48 9,5 42 8,5 37 7,5 32 6,5
35 63 12,5 57 11,5 50 10 44 9
40 68 13,5 61 12 54 11 47 9,5
45 74 15 66 13 57 11,5 49 10
50 79 16 70 14 61 12 52 10,5
55 84 17 75 15 65 13 55 11
60 90 18 79 16 68 13,5 57 11,5
65 95 19 84 16,5 72 14,5 60 12
70 101 20 88 17,5 75 15 63 12,5
75 106 21 93 18,5 79 16 66 13
80 111 22,5 97 19,5 83 16,5 68 13,5
85 117 23,5 102 20,5 86 17 71 14
90 122 24,5 106 21,5 90 18 74 14,5

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BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE – RDC 47/2009

Para converter Hb (mM) para Hb (g/dL), multiplicar o primeiro por 1,6.

Se a dose total necessária exceder a dose única máxima permitida, a administração deve ser dividida. A dose total administrada não deve
exceder a dose calculada.

Cálculo da posologia para reposição de ferro secundária à perda de sangue e para compensar a doação de sangue autóloga
A dose de NORIPURUM® EV requerida para compensar a deficiência de ferro é calculada segundo as fórmulas a seguir:
1) Se a quantidade de sangue perdido for conhecida: a administração intravenosa de 200 mg de ferro (=10 mL de NORIPURUM® EV) resulta em um
aumento do nível de hemoglobina equivalente a uma unidade de sangue (=400 mL com índice 150 g/L de hemoglobina)
Ferro a ser reposto [mg] = número de unidades de sangue perdido x 200 ou
quantidade de NORIPURUM® EV necessária [mL] = número de unidades de sangue perdido x 10

2) Se o nível de hemoglobina for reduzido: aplicar a fórmula anterior, considerando que a reserva de ferro não precisa ser restaurada.
Ferro a ser reposto [mg] = peso corporal [kg] x 0,24 x (hemoglobina ideal – hemoglobina real) [g/L]
Por exemplo: peso corporal de 60 kg e déficit de hemoglobina de 10 g/L  ferro a ser reposto ≅ 150 mg  necessidade de 7,5 mL de
NORIPURUM® EV.

Posologia média recomendada


Adultos e pacientes idosos: 5 – 10 mL de NORIPURUM® EV (100 a 200 mg de ferro) uma a três vezes por semana, dependendo do nível de
hemoglobina.
 Crianças: há uma quantidade moderada de dados referentes a crianças nas situações estudadas. Se houver necessidade clínica, recomenda-se
não exceder a dose de 0,15 mL de NORIPURUM® EV (3 mg de ferro) por kg de peso corporal, por mais que três vezes na semana, dependendo do
nível de hemoglobina.

Dose única máxima tolerada


 Adultos e pacientes idosos:
Injeção: 10 mL de NORIPURUM® EV (200 mg de ferro) administrados em no mínimo 10 minutos.
Infusão: Quando a situação clínica exigiu, chegaram-se a administrar doses de até 500 mg. A dose única máxima tolerada é de 7 mg de ferro por kg
de peso corporal administrada uma vez por semana, mas não excedendo 25 mL de NORIPURUM® EV (500 mg de ferro) diluídos em 500 mL de
solução fisiológica estéril, administrados em no mínimo 3,5 horas.
Os tempos de infusão recomendados neste item devem ser estritamente seguidos até mesmo se o paciente não receber a dose única máxima tolerada.

MODO DE USAR
Cuidados na administração
As ampolas devem ser visualmente inspecionadas quanto a sedimentos e danos antes de serem utilizadas. Devem-se usar somente aquelas livres de
sedimento e que apresentem solução homogênea.
Uma vez aberta a ampola, a administração deve ser imediata.
Estudos de estabilidade físico-química demonstram que NORIPURUM® EV, diluído em solução fisiológica estéril é estável dentro das primeiras 12
horas após a diluição, desde que mantido em temperatura abaixo de 25°C. Do ponto de vista microbiológico, o produto deve ser usado
imediatamente. Se não for usado imediatamente, o tempo e as condições de armazenamento antes do uso são de responsabilidade do usuário.
Normalmente não deveriam exceder 3 horas a temperatura abaixo de 25°C, a menos que a diluição tenha ocorrido em condições assépticas
controladas e validadas.

NORIPURUM® EV deve ser diluído somente com solução de cloreto de sódio estéril 0,9% p/v. Não devem ser usadas outras soluções ou
medicamentos de diluição intravenosa, uma vez que há potencial para precipitação e/ou interação. Não se conhece a compatibilidade com recipientes
que não sejam de vidro, polietileno ou PVC.

NORIPURUM® EV deve ser administrado por via intravenosa e nunca por via intramuscular pois, em função de seu elevado pH. Pode-se administrar
a solução por infusão, por injeção endovenosa lenta ou diretamente na linha do dialisador.

NORIPURUM® EV não é adequado para dose total de infusão (TDI), em que a dose total de ferro necessária, correspondendo à deficiência total de
ferro do paciente, seja administrada em uma única infusão completa.

A solução diluída deve ser marrom e límpida.


Cada ampola de NORIPURUM® EV é destinada a uma única aplicação. Produto não utilizado ou resíduos devem ser descartados de acordo com as
normas aplicáveis.

Infusão endovenosa:

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NORIPURUM® EV deve ser exclusivamente diluído em soro fisiológico estéril, em uma diluição de 1 mL de NORIPURUM® EV (20 mg de ferro)
em 20 mL de solução de cloreto de sódio estéril a 0,9% p/v [5 mL (100 mg de ferro) em no máximo 100 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9%
p/v, até 25 mL (500 mg de ferro) em no máximo 500 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9% p/v]. A diluição deve ser feita imediatamente antes da
infusão e a solução deve ser administrada como segue:
Concentração de ferro 100 mg 200 mg 300 mg 400 mg 500 mg
Velocidade mínima de infusão 15 min. 30 min. 1,5 h 2,5 h 3,5 h

Para administração da dose única máxima tolerada de 7 mg de ferro/kg de peso corporal, deve-se respeitar o tempo de infusão de no mínimo três
horas e meia, qualquer que seja a dose total.

Injeção endovenosa:
NORIPURUM® EV pode ser administrado não diluído, por injeção endovenosa lenta, a uma velocidade máxima de 1 mL por minuto (uma ampola
de 5 mL em 5 minutos), não excedendo a dose de 10 mL (200 mg de ferro) por injeção. Após a aplicação, estender o braço do paciente.
Deve-se ter cautela com o extravasamento paravenoso (vide “Precauções e advertências”).
Injeção direta no dialisador: NORIPURUM® EV pode ser administrado diretamente na linha do dialisador, seguindo-se as mesmas recomendações
para injeção endovenosa ou infusão endovenosa.

Instruções para abertura da ampola:


A ampola de NORIPURUM® EV apresenta no local de ruptura uma microincisão, o que facilita sua abertura. A ampola apresenta em sua haste duas
identificações coloridas: um ponto azul, que é o ponto de ruptura, e acima um anel roxo para identificação do produto. Portanto, siga as instruções a
seguir para a correta abertura da ampola:

1) Segure a ampola com uma das mãos, deixando o ponto de ruptura azul voltado para fora. Deve-se ter cautela para não deixar
o produto entrar em contato com a roupa, pois causa manchas (Fig.1).

2) Quebre a ampola pressionando com o polegar da outra mão a parte superior da ampola e fazendo uma flexão para trás com o
dedo indicador (Fig. 2).

9. REAÇÕES ADVERSAS
A reação adversa ao medicamento mais comumente relatada em estudos clínicos com NORIPURUM® EV foi a disgeusia, que ocorreu em uma
proporção de 4,5 eventos por 100 pacientes. As reações de hipersensibilidade são as reações adversas graves ao medicamento associadas ao
NORIPURUM® EV mais importantes, as quais ocorreram a uma proporção de 0,25 eventos por 100 pacientes em estudos clínicos.
As reações adversas ao medicamento relatadas após a administração de NORIPURUM® EV em 4.046 sujeitos em estudos clínicos, assim como as
relatadas no pós-comercialização, são apresentadas a seguir:

Reação comum (≥1/100 e <1/10): disgeusia, hipotensão, hipertensão, náusea, reações no local da injeção/infusão*.

Reação incomum (≥1/1.000 e <1/100): hipersensibilidade, dor de cabeça, vertigem, parestesia, hipoestesia, rubor, flebite, dispneia, vômitos, dor
abdominal, diarreia, constipação, prurido, erupção cutânea, espasmos musculares, mialgia, artralgia, dor nas extremidades, dor nas costas, calafrios,
astenia, fadiga, edema periférico, dor, aumento da gama-glutamil transferase, aumento da alanina aminotransferase, aumento da aspartato
aminotransferase, aumento da ferritina sérica.

Reação rara (≥1/10.000 e <1/1.000): síncope, sonolência, palpitações, cromatúria, dor no peito, hiperidrose, pirexia, aumento da lactato
desidrogenase sérica.

Frequência desconhecida1): Reações anafilactoides, angioedema, nível reduzido de consciência, estado de confusão, perda da consciência, tremor,
ansiedade, bradicardia, taquicardia, colapso circulatório, tromboflebite, broncoespasmo, urticária, eritema, suor frio, mal-estar, palidez
*) As mais frequentemente relatadas são: dor, extravasamento, irritação, reações, mudança de cor da pele, inchaço e queimação no local da

injeção/infusão.
1) Relatos pós-comercialização espontâneos

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Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos - VigiMed, disponível em
http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE
Uma superdose pode causar sobrecarga aguda de ferro, que pode manifestar-se como hemosiderose. Superdoses podem ser tratadas com medidas de
suporte e, se requerido, um agente quelante de ferro.
Ver item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR - Dose única máxima tolerada.

Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS
MS – 1.0639.0255
Farm. Resp: Geraldo César M. de Castro
CRF-SP nº 23.860

Fabricado por
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Importado por:
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Rodovia SP 340 S/N km 133,5 - Jaguariúna - SP
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VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

USO RESTRITO A HOSPITAIS

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