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Retroalimentação II
Retroalimentação II
Retroalimentação II
Raquel Calloni
Sistemas de controle
e retroalimentação
negativa e positiva
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
O ser humano está em constante contato com o ambiente que o cerca
e, por esse motivo, sempre está sujeito a alterações oriundas desse meio.
Além disso, nossas próprias necessidades de interação com esse meio
nos fazem exigir mais de algumas partes do organismo do que outras em
diferentes momentos do dia. Por esse motivo, sistemas de percepção de
alterações ambientais e internas e sistemas de reorganização fisiológica
trabalham constantemente para manter o equilíbrio orgânico, o que
chamamos de homeostasia.
Neste capítulo, você vai estudar como o organismo regula seu fun-
cionamento diante das interferências ambientais as quais está constan-
temente exposto, ou diante das alterações fisiológicas ou patológicas
internas, com o objetivo de sustentar a vida e se manter em equilíbrio.
Organismo em
homeostase
Mudança
interna
Perda da
homeostase
Atividade de mecanismos
de recuperação da
homeostase
Falha Sucesso
Doença Saúde
Figura 1. Consequências do funcionamento adequado ou alte-
rado dos mecanismos de manutenção da homeostase.
Fonte: adaptada de Silverthorn (2010).
Resposta parácrina: a célula produz substâncias que irão atuar sobre as células vizinhas.
Resposta autócrina: as substâncias produzidas pela célula atuam sobre ela mesma.
PARÁCRINA AUTÓCRINA
Oxigênio 35 a 45 mmHg
Glicose 75 a 99 mg/dL
pH 7,3 a 7,5
por um neurônio eferente, que se conecta a efetores, que podem ser músculos,
glândulas e tecido adiposo (SILVERTHORN, 2010).
No controle reflexo endócrino, ou seja, aquele em que atua o sistema en-
dócrino, as próprias células endócrinas atuam como sensores e como centro
integrador, não havendo, portanto, via aferente. A via eferente, por sua vez, são
os hormônios transportados pelo sangue, que atuam sobre qualquer célula que
tenha os receptores apropriados, que são os efetores (SILVERTHORN, 2010).
A alça de retroalimentação, por sua vez, modula a alça de resposta. A resposta
gerada pela atuação da alça de resposta retroalimenta e influencia o sinal de
entrada da via reflexa. Nas seções a seguir, você vai compreender os detalhes
do funcionamento dos mecanismos de retroalimentação positiva e negativa.
Retroalimentação positiva
A alça de retroalimentação é denominada positiva quando atua mantendo ou
reforçando o estímulo que a gerou (Figura 3). O mecanismo de retroalimenta-
ção positiva não leva à homeostase, pois posiciona o sistema fora do ponto de
ajuste e a resposta cessa apenas quando há uma intervenção externa. Vejamos
alguns exemplos.
Estímulo
A resposta
gera mais
estímulo
Resposta
Figura 3. Funcionamento da retroalimentação positiva.
Fonte: adaptado de Silverthorn (2010).
Estiramento
do colo
do útero
Causando Estimula
Empurram
o bebê contra o
colo do útero
Liberação
de ocitocina
Alça de retroalimentação
positiva
Causa
Contrações
uterinas
O nascimento do bebê
interrompe o ciclo
Retroalimentação negativa
Os sistemas de controle por retroalimentação negativa constituem a maioria
dos sistemas de controle corporais. Essa via de controle se caracteriza pela
resposta atuando em oposição ao sinal de entrada, o que leva à estabilização
da variável regulada (Figura 5).
Estímulo
A resposta
cessa o
estímulo
Resposta
Figura 5. Funcionamento da retroalimentação negativa.
Fonte: adaptado de Silverthorn (2010).