Tese Jacob 2024 FINAL
Tese Jacob 2024 FINAL
Tese Jacob 2024 FINAL
ISCED-HUÍLA
Lubango, 2024
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO/HUÍLA
ISCED-HUÍLA
Lubango, 2024
Dedicatória
Profundamente, dedico este trabalho aos meus pais (André Canuela em feliz
memória e Helena Francisca) por me darem a vida e cuidarem-me,
incondicionalmente.
i
Agradecimento
Pela minha mãe Helena Francisca ter dado boa educação do berço;
Aos meus familiares Jacob Ezequiel, Madalena Zacarias, Manuel Sita, Luísa
Isaias, Linda Chilepa, Alcides Sita, Angelina Benudia, Isabel Ngongo, Minha
esposa Alice Hendjengo e aos meus filhos, pelo cuidado, carinho e apoio
durante a minha formação e a realização do trabalho;
Ao meu grande homem e também tutor Manuel Morais Sita pelo grande apoio e
sábia orientação do trabalho;
Aos professores, Job Upale, Manuel Morais Sita, Luís Adriano, Inara da Cruz e
Francisco Ricardo Monteiro por terem marcado positivamente a minha
formação e por serem excelente professor;
ii
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO DA HUÍLA
ISCED-HUÍLA
O Autor
_________________________
Jacob Miguel Canuela
iii
RESUMO
iv
Abstract
v
Keywords: Paper; Traditional authorities; Cultural heritage; Power; Culture and
Tradition
Índice
Dedicatória ……………………………………………………………………………. i
Agradecimento ………………………………………………………………………. ii
DECLARAÇÃO DE AUTORIA DO TRABALHO DE AUTORIA ……………….. iii
RESUMO …………………………………………………………………………… iv
Abstract ……………………………………………………………………………… v
Introdução ………………………………………………………………………… 2
Motivação da Escolha do Tema ..……………………………………………………3
Importância Teórica e Prática …………………………………………………… 3
Revisão da Literatura ……………………………………………………………… 4
Definição de Conceitos-Chave …………………………………………………… 6
Identificação do Problema ………………………………………………………… 7
Delimitação do Tema ……………………………………………………………… 8
Formulação de Hipóteses ………………………………………………………… 8
População …………………………………………………………………………… 8
Objectivos da Investigação ………………………………………………………… 8
Objectivo Geral ……………………………………………………………………… 8
Objectivos Específicos ……………………………………………………………… 8
Quadro Metodológico …………………………………………………………………9
Métodos e Técnicas de Trabalho a Usados na Investigação ………………… 9
Técnicas ………………………………………………………………………………10
Estrutura do trabalho ……………………………………………………………… 10
CAPITÚTLO I- O CONTEXTO GEOGRÁFICO E SÓCIO-CULTURAL DE
CHICOMBA ………………………………………………………………………… 12
1.1- Localização Geográfica e Limites ………………………………………… 12
1.1.1- O Clima …………………………………………………………………… 12
1.2- Cultura e Religião ………………………………………………………… 14
1.2.1- Cultura ……………………………………………………………………… 14
1.2.2- Religião …………………………………………………………………… 16
vi
1.3- O Atavio (Indumentária Especifica) dos Ovanyaneka ………………… 18
CAPÍTULO II: AS AUTORIDADES TRADICIONAIS NA COMUNA DO QUÊ E
SEUS DESAFIOS NO RESGATE DA CULTURA ……………………………… 22
2.1- Valores Culturais …………………………………………………………… 22
2.2- O Papel da Família na Conservação da Cultura ………………………… 23
2.3- A Cultura Angolana E Suas Implicações ……………………….………… 25
2.4- Resenha Histórica Sobre o Surgimento da Comuna do Quê …………. 29
2.5- Principais Ritos Comunitários Realizados na Comuna do Quê …………
29
2.5.1- Nascimento …………………………………………………………………31
2.5.2- Rituais de Iniciação ……………………………………………………… 31
2.5.2.1- O Ekwendje ………………………………………………………………31
2.5.2.2- O Efiko …………………………………………………………………… 32
2.5.3- Alambamento ……………………………………………………………… 33
2.5.4- Casamento ………………………………………………………………… 33
2.5.5- O Envolvimento Das Autoridades Tradicionais No Processo De
Resgate Dos Valores Culturais …………………………………………………… 34
Conclusão …………………………………………………………………………… 54
Sugestões …………………………………………………………………………… 55
Bibliografia ……………………………………………………………………………57
Anexos de Imagens ………………………………………………………………… 62
vii
INTRODUÇÃO
Introdução
A preservação e a divulgação dos padrões culturais de diferentes povos,
obedece um conjunto de normas da comunidade, através de uma geração à
outra. Hoje tem sido um grande desafio para todas franjas sociais divulgação e
valorização da cultura Nacional e local de Angola.
De acordo com Quintas (2022, p.1), disse que o papel das autoridades
tradicionais, sobretudo em zonas rurais, é importante na preservação e
divulgação dos padrões culturais, passados de geração em geração através da
instituição tradicional designada de otyoto1, ou seja, considerada como escola
ou meio de socialização do individuo, bem como na aquisição de hábitos, de
conhecimentos e na promoção de valores culturais às novas gerações. As
autoridades tradicionais, são chamadas a envidar esforços de modo que os
interesses comunitários estejam salvaguardados, tal como Arjago (2002),
citado por Kanguia, (2019, p.1), disse que ‘’aos poucos começa-se aceitar que
o contexto vai reconhecendo que qualquer perspectiva para este País passa
por um olhar sobre o passado e pela realidade sociocultural dos povos locais o
que durante a colonização em Angola, parecia impossível de imaginar ’’.
1
- É um lugar que serve para tomar refeições da noite (jantar) e educação sobre valores que regem a
comunidade.
2
Motivação da Escolha do Tema
Decidimos levar a cabo esta investigação sob tema O Papel das Autoridades
Tradicionais na Preservação da Cultura. Um estudo de caso na Comuna
do Quê, Município de Chicomba, porque nos dias hodiernos, nota-se um
desleixo da parte das pessoas sem olhar pela faixa etária, a despreocupação
com passagem de experiências do passado para novas gerações, daí ser
importante que as pessoas com idoneidade trace novos meandros que possam
corresponder com novas dinâmicas da sociedade, estas preocupações e outras
estão na mira pela qual motivaram-nos na escolha do tema.
3
Prática - O exercício da prática da cultura passa por incentivar as danças e
cânticos tradicionais nas comunidades, sobretudo nas festividades ritualísticas
de iniciação feminina e masculina, bem como em outros rituais quer os de
natureza nostálgica ou eufórica.
Revisão da Literatura
O presente tema, não sendo pioneiro, será desenvolvido tendo por base
estudos realizados por diversos autores, graças as quais nos será possível
analisar e ter referências das características e delimitação do fenómeno; por
outro lado, é pela importância que a abordagem do tema já mereceu.
Segundo Mier, (2005), citado pelo Ndala & Gomes, (2008; p.9). Refere que a
educação dos valores constitui um fenómeno que se manifesta de diversas
maneiras, como uma praga social, em níveis sociais completamente diferentes.
Não se limita a determinada época da vida, nem uma única esfera da vida.
Manifesta-se tanto de forma espontânea como de forma institucionalizada e
organizada. A partir deste conceito qualquer análise sobre a educação deve
partir, necessariamente do estudo e caracterização da sociedade em que ela
se desenvolve; dos seus problemas e contradições essenciais que constituem
o fundamento de todo sistema social de educação.
4
A educação constitui outro processo central no modo como a cultura é
continuamente produzida e transmitida entre os membros de uma comunidade
ou sociedade. […] Por outras palavras, se qualquer interação permite a
transmissão de elementos culturais entre indivíduos (socialização), algumas
interações são intensionalmente organizadas e levadas a cabo com esse
objectivo. (Abrantes & Katúmua, 2014:128).
5
Fazendo jus ao pensamento de Costa, pode-se compreender que as
responsabilidades das autoridades tradicionais em geral, baseiam-se num
conjunto de normativas aceites e respeitadas pela comunidade, aonde que o
cumprimento das mesmas devem ser escrupulosos
Definição de Conceitos-Chave
6
Tradição: é tudo o que persiste de uma cultura, geralmente é de longa
duração, apesar das mudanças a que esta sujeita fica sempre uma base,
(M.A.T2 2003).
Identificação do Problema
2
- Ministério da Administração do Território
7
Delimitação do Tema
Formulação de Hipóteses
População
Objectivos da Investigação
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
8
- Perceber a intervenção das autoridades tradicionais no processo da
preservação e divulgação da cultura na comunidade.
Quadro Metodológico
9
Método de Pesquisa Bibliográfica: este método permite utilizar o material já
publicado, constituído principalmente de livros e aquele disponível na internet.
(Silva & Menezes, 2005).
Foi através deste meio pelo qual fizemos uma discussão teórica entre vários
autores em torno da temática.
Técnicas
Estrutura do trabalho
10
CAPITÚTLO I- O CONTEXTO GEOGRÁFICO E SÓCIO-
CULTURAL DE CHICOMBA
CAPITÚTLO I- O CONTEXTO GEOGRÁFICO E SÓCIO-
CULTURAL DE CHICOMBA
1.1.1- O Clima
Tal como foi referenciado pelos autores acima, na verdade o desenho climático
de uma determinada localidade vai alterando na medida em que o tempo vai
passando, dando lugar à um novo tipo de clima que certamente nada abona
3
- Perfil Municipal de Chicomba (2016:3)
4
- Perfil Municipal de Chicomba (2016:2)
12
nas condições de habitabilidade dos seres vivos, ou vai obriga-los para novos
paradigmas de vida.
13
tropical seco no Sul. Daí que o clima de Chicomba é tropical seco com
temperaturas extremas muito altas no verão e muito frio no inverno.
1.2.1- Cultura
14
O Município de Chicomba, apresenta um mosaico cultural consolidado,
sobretudo, no efiko6 para uma parte do grupo etnolinguístico do Ovanyaneka
que residem na parte sul do Município, ekwendje7, dança, pitapondje8,
indumentárias e outros rituais.
Quando chegam ao local a ser realizado o acto são deitadas no chão, cobertas
com mantas pelas tias que as encaminham para o Ombelo. Estas colocam-nas
missangas a volta do pescoço. Depois de cobertas, já não podem mostrar o
rosto. Dentro do Ombelo ficam sentadas na esteira com a […]. Hina yomona
(são sempre raparigas mais novas) rodeadas por algumas tias, pedindo para
deixar de chorar começar a cantar. (Cruz & António, 2009; p.23)
6
-Ritual de iniciação feminina
7
-Ritual de iniciação masculina
8
-Ritual de apresentação a comunidade de um recém-nascido
9
- Lugar onde são colocadas as raparigas durante o processo de ritual de efiko.
15
Para o Ekuendje10,na sua forma original, os meninos que tinham a idade para
serem circuncidados, eram levados para sítios distantes das suas localidades
onde permaneciam durante um tempo não inferior a três meses, sub o controlo
dos ovihengue11.
1.2.2- Religião
10
- Ritual de iniciação masculino.
11
- São pessoas idóneas normalmente familiares encarregues no cuidado e ensinamento dos rituais do
Ekuenje.
12
- Acampamento onde os rapazes iniciandos recebem instruções para a vida social.
16
A religião normalmente atribui-se a origem da palavra ao latim, religião, Onis
(cultos prestados aos deuses, religião), possivelmente ao verbo re-ligo, ligar,
ligar por trás, re-ligar, mas também soltar, desligar (libertação). No domínio da
transcendência, religião significa então “voltar a ligar”, o homem a Deus, depois
de uma queda de um pecado original: essa seria a função da religião. Porém,
há outras opiniões sobre o étimo da palavra segundo as quais a religião seria
meditação, o reconhecimento, apontando-se deste modo mais para uma
atitude de religiosidade de escolher de novo. (Mesquitapud; Branco, Gonçalo,
Chinanga, 2005; p.163)
Tal como sabemos, o homem tem forças dentro de si que o forçam a assumir e
a seguir certas ideias religiosas e éticas, embora ele não as compreenda bem,
levando-o a pôr em acção essas imposições. A ser assim, religião é uma
atitude de reverente dependência a esse poder na conduta da vida e
17
manifesta-se por meio de actos especiais, como ritos, orações, actos de
misericórdia e entre outros.
13
- Perfil Municipal de Chicomba (2016:3)
14
- Lugar considerado sagrado, onde repousam os restos mortais dos anteriores soberanos.
15
- Perfil Municipal de Chicomba (2016:3)
18
Então, foram abertos os olhos de ambos e conheceram que estavam nus e
cozeram folhas de figueiras e fizeram para si a ventagem. (Géneses,3:7)
Os homens das classes mais altas usavam traje típico em forma de uma túnica
de mangas curtas, só que mais longo, chegando até os pés. Quase todos
usavam cintos enfeitados e de acordo com o status de cada pessoa, os trajes
também eram ornamentados e bordados de forma mais ou menos elaborada.
Embora algumas vezes a posição social fosse indicada pela quantidade de
enfeites na veste de corpo inteiro, era mais claramente revelada pelo uso da
estola. Outro símbolo de poder era a barba e o cabelo. Os reis costumavam
usar uma barba postiça, que era cuidadosamente penteada e por fim untar os
cabelos com óleo para evitar o ressecamento e repelir piolhos. (Silva, 2009;
p.6)
19
Os homens actaviavam pano numa forma de tchiondo21 e uvía we ponda,
calçavam o oluhaku22os homens da classe alta e os pobres descalços.
No que diz respeito ao vestuário dos sobas, no passado quando fossem para
uma festa vestiam brelém (pano branco), mas actualmente vestem-se de panos
pretos.23
21
- A forma ou feito do actavio do pano pelos homens
22
- Tipo de calçados
23
-Mandela (88 anos, Soba da Ombala), Chicomba, Sexta-Feira, Novembro de 2023 às 09 horas e 20
minutos
20
CAPÍTULO II: AS AUTORIDADES TRADICIONAIS NA COMUNA
DO QUÊ E SEUS DESAFIOS NO RESGATE DA CULTURA
CAPÍTULO II: AS AUTORIDADES TRADICIONAIS NA COMUNA
DO QUÊ E SEUS DESAFIOS NO RESGATE DA CULTURA
Angola viveu uma guerra civil violenta por cerca de 30 anos em todas as suas
dimensões, com elevadas perdas materiais e, principalmente, danos físicos e
psíquicos, nas populações rurais como aquelas que viviam em zonas urbanas.
A guerra é um acontecimento atroz e onde quer que ela se instale haverá,
certamente, o rasto da destruição social, da desintegração familiar, da
traumatização sistemática das pessoas, na perda ou mudanças de valores
morais e cívicos, quer por perdas de bens e meios de sobrevivência, como pela
morte de familiares directos e conhecidos. Para ganhar uma guerra, entende-
se que é preciso destruir o máximo possível de objectivos inimigos, sem
distinção entre objectivos militares e objectivos civis (Carvalho, 2002).
22
impõe-se a aferição das suas consequências, a fim de serem criadas
condições de estabilidade e normalização da vida das populações expostas à
violência. Por outro lado a situação de guerra com todas as suas
consequências materiais e humanas, tem sido objecto de estudo científico,
tendo-se considerado a guerra um stressor passível de desencadear sequelas
clínicas e interpessoais graves.
Na verdade pode-se entender que a família deve voltar ao seu real papel
através do processo de socialização através da interação com os demais
membros da família. Daí que a família deve, logo nos primeiros anos de vida do
23
indivíduo, transmitir valores que venham possibilitar a inserção do indivíduo na
sociedade, tal como diz a Bíblia em provérbio 22:6 (educa o menino no
caminho em que ele deve andar e quando envelhecer não se desviará dele).
De acordo com Fraga (2013), citado por (Silva, et al, 2015:3) a primeira parte
deste processo é dada já nos primeiros anos de vida, no qual se integram as
regras básicas de convívio necessárias à vida social. Nesta fase, o principal
agente de socialização é a família.
24
Sabemos que o primeiro contacto de aprendizagem da criança é na família
(com os pais ou tutores), onde através da língua assim como de outros hábitos
e costumes de uma determinada família e do seu meio de vivência, a criança
aprende. Por isso é que hoje a boa educação da sociedade está a fracassar
porque muitos pais estão ausentes, relegando a sua responsabilidade aos
trabalhadores domésticos ou à escola.
25
gerontocracia, baseado no poder dos anciãos, sendo estes uma fonte
normativa da comunidade; b) papel secundário da mulher nas sociedades
patriarcais, cuja influência se reduz ao contexto doméstico, como esposa, mãe
e educadora, (Sílva, 2011; p.4).
De acordo com Silva (2011; p.3), disse que no meio rural, a função social da
mulher liga-se ao casamento, à maternidade, ao lar e à educação dos filhos.
Valoriza-se a sua função de educadora expressa no provérbio que afirma que
“para educar um homem, eduque-se a criança, para educar uma aldeia,
eduque-se a mulher”.
26
Disse bem Sílva, as crianças eram educadas para adoptar os procedimentos
dos pais, para o efeito o otyoto, jogava um papel muito preponderante sendo
um lugar que servia como refeitório e sobretudo de recepção de visitas e de
educação dos filhos. As tarefas de casa eram distribuídas de acordo com a
idade e género, o cumprimento das normas locais eram de carácter obrigatório,
para as crianças, muita das vezes as réplicas faziam-se em público.
Como foi dito acima, que o povo angolano foi imposto a cultura europeia, mas
do que a assimilação de valores estrangeiros caso dos portugueses, procede-
se a guerra civil que de uma ou outra forma, causou nas pessoas uma
mentalidade de espírito agressivo, muitas pessoas ficaram órfãs que bem ainda
podiam apreender dos seus progenitores ou mais velhos, o encontro de muitas
culturas de diferentes povos, isto criou outros princípios versados à
delinquência, a imoralidade e outros males que afligem a sociedade.
24
- Zacarias (68 anos, reformado da Administração Municipal), Chicomba, Novembro de 2023.
27
Os valores perdidos face a colonização, pode-se destacar essencialmente, o
respeito pela vida, respeito entre os membros da família, na sociedade e
outros25.
25
- Em conversa com o senhor Matias Cassamba, professor de História, Novembro de 2023
26
- Em conversa com o senhor Matias Cassamba, professor de História, Novembro de 2023
27
- Zacarias (68 anos, reformado da Administração Municipal), Chicomba, Novembro de 2023.
28
- Em conversa com a senhora Francisca Nondjamba Neto, de 65 anos de idade, Reformada
pela área de Repartição dos Assuntos Sociais, Novembro de 2023, pelas 15 horas e 12
minutos
28
Entre o Ovanyaneka do município de Chicomba e outros povos de outras
latitudes, entende-se como um problema conjuntural, daí que é importante
sabermos as causas que estão na base da desvalorização cultural para
consequentemente atacá-las com a finalidade de se implementar actividades
que visam fomentá-la.
Em pleno século XXI, quase toda a sociedade considera que existe uma crise
de valores, ou pelo menos a falência dos tradicionais. Mas desde sempre esta
consciência de crise de valores existiu, numa perspetiva geográfica mais
restrita e sem as dimensões de generalização como sucede hoje (Monteiro,
s/ano:5).
A comuna do Quê tem como seus limites geográficos, a norte com a comuna
Sede de Chicomba, a Sul Comuna do Chitato, município de Cacula, a Oeste
com a comuna da Negola e Este com a comuna do Cutenda, antes era
conhecida de Luvando, o primeiro caçador que vinha do Luceque. Após a
29
instalação dos portugueses a comuna passou para designação de Quê e foi
levada a categoria de comuna em 1886.29
De acordo com Santos (2017, p. 14) citando Guilouski e Costa (2012), Rituais
são cerimônias constituídas de gestos simbólicos repetitivos e intencionais que
podem ou não ter conotação religiosa, sendo assim, estão presentes em todas
as culturas. Ritos são gestos simbólicos repetitivos que expressam uma crença
religiosa, um desejo, uma intenção, uma saudação entre outras finalidades.
Logo, os rituais são compostos por ritos e fazem parte do universo simbólico na
organização das sociedades humanas, bem como na sua expressão cultural.
Dentre várias expressões culturais vale dizer que entre os Ovanyaneka, são
tantos ritos começando pelo, nascimento, passagem de diferentes etapas da
vida social, politica, religiosa e bem como na morte. A par de outros povos, os
Nyaneka, realizam com regularidade os seus ritos e tendem a promove-los
para coesão do povo.
29
- Em conversa com o senhor Luciano Matende Ngunga, a administrador comunal do Quê, Novembro
de 2023.
30
-Em conversa com o senhor Luciano Matende Ngunga, a administrador comunal do Quê, Novembro
de 2023.
30
Ao longo da vida humana, o homem vai passando diferentes etapas da sua
vida, mais acompanhadas com ritos que dão o seu significado, a luz deste
pensamento Fátima (1997; p.34), clarifica que os ritos antecipam
obrigatoriamente o acesso a qualquer estado social graduado, como por
exemplo as sociedades secretas ou fechadas. Assim, toda a iniciação
pressupõe uma transformação que implica o surgimento de um novo homem,
como novo nome e uma nova personalidade, o que pressupõe a exigência de
comportamentos novos que irão integrar o iniciado de maneira definitiva na
sociedade dos adultos e separá-los dos não iniciados.
Sempre que fazer uma abordagem exaustiva sobre os traços culturais, realça-
se as acções ritualísticas entre os Nyaneka os seguintes:
2.5.1- Nascimento
31
puberdade é um dos costumes mais importantes tradicionais de Angola é
conhecido como rito da puberdade. Neste ritual os meninos e as meninas
quando chegam a idade apropriada são iniciados na fase adulta em que ambos
são preparados para os seus respectivos papéis sociais.
2.5.2.1- O Ekwendje
Fátima, (1997; p.35), diz que essa cerimónia é o ponto de partida da inclusão
de cada indivíduo do sexo masculino nos grupos de idade. É a partir dos ritos
de iniciação que as fraternidades de idade assumem toda a sua importância.
2.5.2.2- O Efiko
32
Vale salientar que sempre que se realiza este ritual, sacrifica-se um boi ou mais
a depender das condições dos pais, anteriormente foi responsabilidade dos tio
ofertar o boi, mas actualmente ainda observa-se pais a fazerem este papel.
2.5.3- Alambamento
Tal como ficou claro acima, nesta perspectiva, a quantidade e a qualidade vária
muito face a beleza que a moça ostenta. Em geral tem um caracter simbólico, o
moço com apoio dos pais e da família, junta o exigido pela família da noiva,
sendo que isso representará uma forma de gratidão que o rapaz exprime aos
pais da moça, pelo sustento e pela boa educação.
33
2.5.4- Casamento
De acordo com Chavalier (1999) citado por Santos (2017, p. 11) o casamento
simboliza a origem da vida humana (…) é uma cerimônia reconhecida com alto
grau de importância dentro da sociedade. No entanto os elementos simbólicos
presentes no ritual refletem os comportamentos e valores de diferentes grupos
étnicos em que para muitos deles o casamento é tido como algo sagrado.
Provérbio africano possui autor desconhecido, mas a partir do qual se revê o contexto
do papel social da mulher africana.
34
inconsciente e de forma espontânea. Esse tipo de educação é empírica, casual
e exercido a partir das vivências e com base no bom senso e na sobrevivência
da espécie. Acontece pela apreensão de aprendizagem e comportamentos
exteriores, que em seguida é interiorizado pelo indivíduo, se tornando um
comportamento apreendido e novamente repassado a outros membros do
grupo. Essa é a educação informal, que, por não ser organizada e
sistematizada com a finalidade de ensinar, muito embora em muitas situações
se tenha a intenção de ensinar um comportamento, mas o mesmo não é feito
de forma sistematizado, usando instrumentos que facilitem a aprendizagem.
35
É através dos otcho que as famílias vão transmitindo conhecimentos
valorativos, para influenciar o homem na construção de uma sociedade sã.
Todo o conhecimento derivado de diferentes fontes desde que não fira os
padrões culturais básicos pode ser incentivado.
Neste caso, entende-se que Durkheim (1973) apela que na adopção dos
modelos de valores, ou seja, na transmissão sobre valores é necessário que a
criança esteja educada na liberdade. Quer com isto dizer que, é necessário que
antes que as crianças estejam em contacto com valores, devem perceber a
essência de cada valor para que, naturalmente, vivam e consigam transformar
os outros.
36
que o grupo de pertença pode exercer sobre a criança não esvazia o papel da
sociedade. Eis a razão de a família se constituir num subsistema.
37
harmonia na sociedade. Os indivíduos precisam respeitar símbolos e padrões
culturais.
Angola importou e consumiu muitas ideologias alheias ao seu povo. O que lhe
foi sempre cara é a tendência a imitação de tudo, o que desintegrou
consideravelmente a consciência frágil e volúvel da actual geração que perdeu
paradigmas e modelos educacionais. Isso não admira, porque a colonização e
a guerra civil fizeram questão de criar uma mentalidade agressiva e violenta
(Zezano, 2017:79).
38
Estamos de acordo com a afirmação do Jornal de Angola, pois que, mais do
que somente a reconstrução do País, também é necessário afinar e acelerar a
"reconstrução" do homem com valores cívicos, morais e éticos para que possa
adequar-se à sociedade.
É necessário que haja envolvimento de todos para o resgate dos valores, pois
que, a Igreja sozinha não será capaz de o fazer. Só assim, teremos famílias
unidas e homens com valores que a sociedade precisa.
Quem ficar atento nas informações diárias, notará uma certa nostalgia marxista
no seio da sociedade angolana, pois, a sociedade ressente as consequências
39
dessa doutrina que por muito tempo vigorou em Angola. Saindo a rua, ou
assistindo a televisão que só sabe entreter, notar-se-á essa nostalgia na
política e até mesmo no modo de pensar de muitos (Zezano, 2017:81).
Somos de opinião que se faça uma grelha televisiva mais aturada, que se
adapta na missão de buscar os princípios morais, cívicos e éticos no passado
(daqueles que constituem como um bom legado). Talvez assim diversifiquemos
a incumbência de inculcar às novas gerações, com vista a incentivar, preservar
e eternizar uma sociedade privilegiada de uma cultura sã.
40
A salvaguarda da cultura passa pela valorização da nossa língua e pelo
conhecimento e aceitação da nossa história, com seus êxitos, fracassos,
virtudes e vícios para orientá-lo no caminho que leve as novas gerações a
melhores estádios da humanidade (Zezano, 2017:75).
Mergulhando na ideia do Zezano, as nossas línguas em, muita das vezes, não
são ensinadas no seio familiar, tudo porque encontramos famílias com "cultura
hibrida", isso faz com que os pais comuniquem-se apenas em língua
portuguesa, onde os filhos acabam aprendendo e mais talvez alguma língua
estranha no caso o calão. Pode haver iniciativa nas escolas, mas se a
aprendizagem não for desenvolvida em casa criará apenas desnorteamento.
Na verdade não tem faltado paciência e o papel dos pais, face as reacções
menos boas dos jovens, cria-se dificuldades neste processo caindo por terra
infértil o pouco que se pretende inculcar.
41
têm estado a ter uma influência muito negativa no comportamento do angolano
desde a forma menos boa de como a juventude se veste, bem como no agir.
Isto é preocupante”.
Concordamos com Victor quando faz referência às novelas como sendo algo
que tem desencaminhado os jovens, daí que é necessário que os angolanos
em particular os jovens sejam educados a ter um sentido crítico muito apurado
de modo a aproveitar o que de melhor se transmite nas novelas, para a
formação adequada da personalidade.
42
É urgente que se promovam acções objectivas e concretas, na missão de
implantação dos valores morais, cívicos e éticos, deixando de gritar «resgate
de valores». É preciso realizar colóquios com os líderes religiosos, que através
do ministério da cultura e outros órgãos afins como educação, sejam
promovidos encontros seríssimos com as autoridades, com os responsáveis
das instituições escolares, a fim de traçar um programa que visa facilitar e
educar os valores nesta sociedade bastante complexa.
39
- Em conversa com o senhor Matias Cassamba, professor de História, Novembro de 2023.
43
CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E TRATAMENTO
DE DADOS PRELIMINARES DA INVESTIGAÇÃO
CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E TRATAMENTO
DE DADOS PRELIMINARES DA INVESTIGAÇÃO
Neste capítulo, são apresentados, analisados e discutidos os dados obtidos
através de um inquérito por questionário aplicado aos Estudantes do 2º Ano de
Ensino de História do ISCED-Huíla, nos cursos Regular e Pós-Laboral do ano
Lectivo 2023/2024.
3.1.1-Caracterização da População
45
Gráfi co nº 1- Distribuição dos Estudantes
por idade
Diurno Pós-Laboral
26
20
20
10
6
4
3
18 à 25 25 à 30 30 à 50 To t al
No gráfico acima, pode-se constatar que a maioria dos alunos inqueridos, são
Diurno, numa amostra de 46 estudantes, sendo que 24 estão no intervalo dos
18 aos 25 anos de idade
100
62.75
58.9
41.01
37.25
Masc . Fem . To t al
46
3.2- Apresentação e Análise de Dados Resultantes da
Aplicação do Inquérito
100
93%
7%
1
Sim Não To t al
47
2- Como avalia o nível de actuação das Autoridades Tradicionais.
Contribuem para preservação da cultura na Comuna do Quê?
100
100
100
80
51.28
45.09
60
30.77
29.4
40
13.73
11.76
10.26
7.69
20
0
Muito Bom Bom Razoável Mau Total
100
80
60
33.33
33.33
28.21
29.4
40
21.57
25.6
15.67
12.8
20
0
0
0
0
0
M. Familiar Na Igreja Entre Amigos M. C. Sosial Na Escola Na rua Total
Diurno Pós-Laboral
48
cultura. Verificamos, com base nos dados recolhidos que, dos 46 estudantes
do período Diurno inquiridos, a maioria correspondente a 33,33% diz que é no
meio familiar, enquanto para os estudantes do Pós-Laboral inqueridos a
maioria afirma que é na escola.
G r á fi c o n º 6 - Ac h a s q u e a I g r e j a , o G o v e r n o e a lg u n s
p a r c e ir o s s o c ia is t ê m r e a liz a d o a c ç ô e s q u e v is a m a
p r e s e r v a ç ã o d a c u lt u r a
Diurno Pós-Laboral
100
100
58.97
54.9
41.03
45.1
Si m Não To t al
49
5- O intercâmbio entre a Família, Igreja e as Autoridades Tradicionais
contribui na preservação da cultura?
g ráfi c o n º 7 - i n t e rcâm b i o e n t re a F am í l i a, I g re j a e as
A u t o ri d ad e s Trad i c i o n ai s co n t ri b u e m n a p re s e rv aç ão d a
c u l t u ra
Diurno Pós-Laboral
100
100
61.5
43.59
31.37
28.21
28.21
21.57
Nota-se que os estudantes não têm notado um forte intercâmbio entre a igreja
e a família no que diz respeito a preservação da cultura. Porém, as
informações que nos foram passadas pelos nossos entrevistados, apontam
para a existência deste intercâmbio.
50
6 - Fazer parte de um elenco das Autoridades Tradicionais é suficiente
para que um individuo paute por uma conduta socialmente aceitável?
g r á fi c o n º 8 - Fa z e r p a r t e d e u m e le n c o d a s Au t o r id a d e s
T r a d ic io n a is é s u fi c ie n t e p a r a q u e u m in d iv id u o p a u t e p o r
u ma c o n d u t a s o c ia lme n t e a c e it á v e l?
Diurno Pós-Laboral
100
100
62.7
53.8
46.2
37.3
Sim Não To t al
Da análise dos dados apresentados no gráfico acima, pode-se concluir que tem
havido pouca frequência na abordagem do assunto, porque para eles, fazer
parte do elenco não é factor preponderante neste processo.
Diurno Pós-Laboral
100
100
80.4
76.9
23.1
19.6
Sim Não To t al
51
No gráfico nº 9, inquerimos os estudantes do 2º Ano na Opção de História se
Há necessidade das Autoridades Tradicionais reforçar a sua actuação na
divulgação da Cultura boa. Dos 46 estudantes do 2º Ano Opção de História,
80,4% afirmam que sim, e 76,9% do período Pós-laboral inqueridos também
afirmam o mesmo.
g r á fi c o n º 1 0 - d e q u e m a n e i r a p o d e r i a a c t u a r
Diurno Pós-Laboral
100
100
80
55
40
15
52
CONCLUSÕES E SUGESTÕES
Conclusão
Depois de feita a nossa pesquisa e analisados os dados recolhidos, chegamos
as seguintes conclusões:
As autoridades tradicionais devem conjugar esforço com outras forças vivas,
para se poder definir acçoes objectivas e concretas, no processo de resgate
dos valores culturais. Este processo será bastante espinhoso pelo nível de
desvalorização dos valores, sendo que o ponto de partida será em reavivar os
lugares imponentes comunitários designados de otchoto, para que a família
possa valer a sua acção neste processo e que de certo modo se registe
reflexos nas outras forças vivas afins.
A escola, precisa de sincronizar as acçoes de multiculturalismo, mas dentro
dos padrões definidos pelos órgãos reguladores no ministério da educação em
conjugação com regulamento Interno da Escola. Os professores que lecionam
disciplinas afins, devem promover teatros e palestras para despertar atenção
aos alunos da relevância que deve merecer o resgate dos valores culturais.
O estado através do Ministério da cultura e da Educação, devem continuar a
incentivar e premiar aqueles que se destacam aos fazedores da cultura, por
forma a dar privilégio na divulgação e preservação dos valores culturais.
O testemunho deve ser geracional, ressuscitando as instituições vocacionadas
para o efeito caso jangos comunitários, e promoção de festas indispensáveis
para exibição de algumas canções educativas e danças tradicionais, é a
maneira que se acredita pragmatizar-se para o projecto de "resgate dos valores
″. É necessário que as autoridades tradicionais e outras pessoas de opinião
pública nas comunidades rurais, desenvolvam acções filantrópicas que visam
promover eventos de caracter cultural, mormente os músicos e suas respetivas
danças, os artistas plásticos e o incentivo atinentes a realização de vários
rituais.
Por ser uma temática complexa, ainda deixou-se algumas janelas, e linhas a
serem seguidas em uma investigação, por isso, a nossa pesquisa não encerra
este assunto, pois que o nosso interesse foi o de enriquecer os conhecimentos
já existentes e sistematiza-los, bem como contribuir para que as próximas
buscas com temas semelhantes, possam partir desta.
54
Sugestões
Atendendo a dinâmica do sistema educativo nas diferentes esferas da
sociedade, sugerimos que:
55
BIBLIOGRAFIA
Bibliografia
Abrantes, P. & Katúmua, M. (2014). Curso de Sociologia. Lobito: Escolar
Editora.
57
do grupo a partir do Ensino Médio. Universidade Agostinho Neto. Instituto
Superior de Ciências da Educação-ISCED. Angola-Lubango.
Gomes, D.R.F. & Ndala, L.M.C. (2008). A importância dos valores da cultura
Nyaneka-Humbi (Mwila) no processo do ensino e aprendizagem da história.
Instituto superior de Ciências de educação da Huíla. Angola-Lubango.
Identidades, cidadania e desenvolvimento. Revista Angolana de Ciências
Sociais. Angola-Luanda.
58
Novasco E. M. L.Silva Á. P. Aguiar D. F. Xavier D. L. & Oliveira E. N. (2005).
A influência da família no processo ensino-aprendizagem. Centro Universitário
De Brasília – UniCEUB. Brasil-Brasília.
Oliveira, N.H.D. (2009). Contexto da família. Cultura académica. São Paulo:
Editora UNESP. Brasil-São Paulo.
Oliveira, P.E (2005). Crise de valores: desafio à sustentabilidade. colecção
agrinho.
OUTRAS FONTES
Pardal & Lopes (2011), Métodos e técnicas de Investigação social. Editora
Areal: Porto - Portugal.
Pascoal, A.G.D. (2016). Políticas, direitos e práticas da sociedade e do Estado.
Revista Angolana de Ciências Sociais. Angola-Luanda.
Picanço, A.L.B. (2012). A relação entre escola e família as suas implicações
no processo de ensino-aprendizagem. Escola superior de educação João de
Deus Mestrado em ciências da educação – supervisão pedagógica. Lisboa-
Portugal.
Pinto, S. (2014). Crioulizações internas: processos de transculturação nos
Bantu angolanos. Universidade Independente de Angola. Luanda-Angola.
Precoce. Universidade de São Paulo. Brasil-Brasília.
Santana, C.V.M.O.R. (2005). Família na atualidade: novo conceito de família,
novas formações e o papel do ibdfam (instituto brasileiro de direito de família).
Universidade Tiradentes – UNIT. Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo
Científico. Portugal-Aracaju.
Santos, V. (2017). Revista africano ano IXnº23, disponível em
www.africanidade.com.br
Sapalalo, G.L.N. (2018). A importância da virgindade feminina antes do
casamento, entre os Ovanyaneka de Tyipungo, um desafio para o seu resgate.
Uma visão antropológica. Instituto Superior de Ciências de educação. ISCED-
Huíla-Angola-Lubango.
59
Silva A.C. C.S. Adan, L. F. F. (2003). Crescimento em Meninos e Meninas
Com Puberdade Precoce. Departamento de Pediatria.Universidade Federal da
Bahia. Salvador-Brasil.
Sousa J. P. (2012). A importância da família no processo de desenvolvimento
da aprendizagem da criança. INESC – Instituto De Estudos Superiores Do
Ceará.
Szymanski, H. (2006). Práticas educativas Familiares e o sentido da
Constituição identitária. Universidade Católica de São-Paulo. São Paulo-Brasil.
Toniosso, J. P. Santos L. R. (2014). A importância da relação escola-família.
Graduação - Centro Universitário UNIFAFIBE – Bebedouro – São Paulo.
Zezano, M. (2017). A Miséria de um povo rico. Lubango: Chela Editora.
60
ANEXOS
Anexos de Imagens
62
Fg.3- Em conversa com o Senhor Luciano Ngunga, administrador da
comuna do Quê, / Chicomba Novembro de 2023.Fotografia pelo Joaquim.