Cultura Bakongo - Um Olhar Académico
Cultura Bakongo - Um Olhar Académico
Cultura Bakongo - Um Olhar Académico
TEMA
Turma: T1
Grupo: E
O DOCENTE
_____________________
Ph.D. António Pereira
Luanda - 2019
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO KALANDULA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
TEMA
O DOCENTE
_____________________
Ph.D. António Pereira
Luanda – 2019
II
DEDICATÓRIA
III
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao grandioso Deus, pelo dom da vida, por ter concedido saúde, força,
clareado as ideias e por ter colocado, pelo caminho, pessoas disponíveis, que ajudaram na
conclusão deste trabalho.
Ao professor da cadeira de cultura e personalidade por tudo que tem feito para o
engrandecimento dos nossos conhecimentos e capacidades académicas e profissional.
IV
EPÍGRAFE
V
SUMÁRIO
VI
INTRODUÇÃO
O presente trabalho científico, da cadeira de cultura e personalidade, tem como tema a
Cultura Bakongo e Personalidade, entende-se por bacongo, os povos que pertenceram ao antigo
estado do Kongo, que nos escritos historiográficos é o Estado do Kongo, com sede em Mbanza-
Kongo, hoje capital da Província do Zaire. Na atualidade os Bakongo de Angola encontram-se
repartidos no Noroeste do país nas Províncias, de Cabinda, Uíge e Zaire. No seu conjunto o
grupo etnolinguístico e cultural Bakongo encontra-se repartido na parte Noroeste da África
Central, entre a República de Angola, República do Congo, República Democrática do Congo
e a parte sul da República do Gabão. A sede da sua capital cultural encontra-se em Angola, que
após a independência do país voltou a retomar a antiga designação de Mbanza-Congo, que os
portugueses haviam retirado após construção das primeiras igrejas no Estado do Kongo, e de
terem baptizado a capital com o nome de S. Salvador.
Deste modo, entende-se que, para se chegar ao conhecimento universalmente válidos
sobre sobre a cultura e personalidade do povo bakongo traçou-se os seguintes objectivos gerais
e específicos:
Objectivo Geral:
Analisar a cultura do povo bakongo, formas de manifestações cultural e da sua
personalidade identitária, através de um estudo analítico do modus de vida, e suas
relações quotidiana na sociedade actual.
Objectivo específico:
Identificar quem e onde estão os bakongos;
Entender os modos de vida e as relações sociais do povo bacongo;
Determinar o grau de conservação cultura identitária do povo bacongo.
Metodologia:
O método criteriosamente acolhido na pesquisa é o da revisão bibliográfica, que
corresponde a pesquisa em livros e artigos científicos, baseada numa análise qualitativa dos
factos sociais relevantes ao estudo a ser feito.
Quanto a estrutura do trabalho, inicialmente, temos a introdução, seguida do primeiro
capítulo, referencial teórico, ou desenvolvimento, onde é espelhado e desenvolvido o trabalho
na íntegra, o capitulo segundo, depois vem as conclusões, seguida das referências
bibliográficas.
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CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: A CULTURA
BAKONGO E PERSONALIDADE
Os traficantes de escravos do começo dos anos 1500 usaram o nome Kongo, pela
primeira vez, somente em relação ao povo Bakongo. (THOMPSON 2011, p.108) Em 1482,
quando o explorador português aportou nas margens do Rio Nzadi (que na língua local,
Kikongo, significava Rio Grande ) batizado de Rio Congo pelos portugueses, este reino já
existia há quase um século. O reino do Kongo foi dotado de uma estrutura política centralizada
e das mais sólidas na África Central. De acordo com Munanga (2009, p.71): O grau de
aperfeiçoamento desse reino levou alguns autores ocidentais a pensarem que tenha sido pelos
portugueses no início do século XVI, hipótese que não resiste às provas históricas.
(MUNANGA 2009, p.71) a estrutura política kongo O poder político era exercido por um
soberano com a designação de Ntotila-a-Kongo, o que significa na língua kikongo, aquele que
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congrega, une os seus povos, os Bakongo. Por outro lado, era também designado de wene-
kongo, wene a kongo; Mfumo-a-Kongo; Ntinu a kongo que para os portugueses nos seus
escritos de crônicas de viagem e mesmo na historiografia passou a ser o Manicongo, o Senhor
do Kongo. Finalmente, Mfumu a Kongo, o Senhor dos Bakongo ou ainda Ntinu-a-Kongo.
Segundo Salim Abdelmadjid (2007), os estudos de antropologia mostram que o rei é o Mfumu
(primogénito, tio materno) de todas as famílias e de todos os clãs matrilineares que se
reconhecem, segundo a tradição oral dos antepassados fundadores comuns.
Pode-se então concluir que o rei é um chefe superior acima de uma rede de clãs e
linhagens, que o seu reino não é um Estado monárquico no sentido europeu. Assim, para o
estudo das formas de organização social e as referentes ao Lumbu, isto é, as estruturas
residenciais do antigo Estado do Kongo, importa aqui fazer-se um recuo no espaço e no tempo,
buscando compreender estas estruturas a partir do período anterior a presença portuguesa no
Kongo. Segundo Elikia M Bokolo(2009, p. 182), exprime: No que se refere às formas de
organização social e às estruturas residenciais, pode verificar-se que nas décadas ou no século
procedendo à fundação do reino, estavam em concorrência ou em situação de
complementariedade dois sistemas: o primeiro, dikanda ou kanda (pl. wakanda), baseada na
filiação e no sistema de parentesco; o segundo privilegiava pelo contrário as relações baseadas
na residência.
E como aconteceu em muitas partes de África, o reino do Kongo teve à sua volta outros
estados vassalos como os de Loango, Kakongo e Ngoyo, ao norte do rio Nzadi. Ao Sul o
Ndembu e o reino do Ndongo até a sua separação. A língua oficial do reino e dos Bakongo era
e é, o Kikongo. A estrutura de base política do Kongo era a Vata Aldeia, constituída por várias
unidades pequenas que são o Lumbu – residência familiar, também conhecido por Belù.O
conjunto de várias residências, isto é, acima de cinquenta ou mesmo cem casas residenciais
passam a designar-se de Vata Aldeia. No caso europeu é a Vila. E logo acima da Vata surge a
Mbanza, a cidade africana de facto. Daí a capital do reino ter a designação pela qual ficou
reconhecida, Mbanza-Kongo, isto é, a Cidade dos Bakongo, o centro político por excelência. A
figura central desta estrutura política era o Ntotila-a-Kongo, como ficou expresso. A residência
oficial do Ntótila a kongo é o Lumbo Lwa Ntótila; Wene Wa-Kongo; Mfumu a akongo; O
Palácio Real, que também pode chamar Lumbo Lwa Nene Lwa Ntótila a casa grande do rei
Palácio Real. De seguida o Conselho dos Anciãos, Mbanda-Mbanda; Mfumua-Nsí, Senhor do
Território; Mfumu Za Ns; Mfumu Za Ntoto; o Senhor da Terra, ou ainda donos das terras.
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1.2 A Cultura
Definições de "cultura" foram realizadas por Ralph Linton, Leslie White, Clifford
Geertz, Franz Boas, Malinowski e outros cientistas sociais. Em um estudo aprofundado, Alfred
Kroeber e Clyde Kluckhohn encontraram, pelo menos, 167 definições diferentes para o termo
"cultura". Clifford Geertz, discutia negativamente a quantidade gigantesca de definições de
cultura, considerando um progresso de grande valor o desenvolvimento de um conceito que
fosse coerente internamente e que tivesse um argumento definido. Assim, definiu cultura como
sendo um "padrão de significados transmitidos historicamente, incorporado em símbolos, um
sistema de concepções herdadas expressas em formas simbólicas por meio das quais os homens
comunicam, perpetuam e desenvolvem seu conhecimento e suas atividades em relação a vida."
Por ter sido fortemente associada ao conceito de civilização no século XVIII, a cultura, muitas
vezes, se confunde com noções de: desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta e
comportamentos de elite.
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CAPÍTULO II – A CULTURA E PERSONALIDADE BAKONGO:
ANÁLISE DO TEMA
Para os Bakongo “E Muntu Kalendi vanga Konso Kwa Salu ko, Kondwa Kwa Nzambi”
o que significa que a pessoa humana não deve realizar qualquer tipo de trabalho ou actividade
sem a presença de Nzambi-Deus. Para eles Nzambi é o omnipresente e omnisciente como
consequência, o termo Nganga que, grosso modo, pode ser lido como sacerdote africano, foi
adaptado e integrado no rito católico como, Nganga Nzambi, dada a sua influência social. Era
o início da integração de elementos africanos no ritual religioso católico europeu. Com a
cristianização do africano no Kongo manteve-se e incorporou-se a designação de Nzambi-a-
Mpungu Deus todo-poderoso; Deus – Forte para designar o Ser Criador Nzambi Nvangi, o
criador de todas as coisas. Será que a introdução da nova religião a Cristã resolveu o problema
da aceitação da mesma pelos congueses? Os fatos históricos registrados neste período
demonstram bem que não foi fácil efetuar-se esta fusão de duas religiões, a africana e a
européia. Para J. Thornton: A fusão de religiões requer algo mais que a simples mistura de
formas ideais de uma religião com outra. Exige a reavaliação dos conceitos básicos e das fontes
de conhecimento dessas religiões encontrarem a base comum.
Procura-se deste modo fazer uma construção da religião cristã na cultura bacongo, sem
discurar das religiões culturais africanas, com maior enfase nas igrejas nativas dos povos desta
região de angola, como o kinbanguismo e o tocoísmo. Tanto os cristianismos quanto as religiões
africanas foram construídos da mesma maneira, através de interpretações filosóficas de
revelações. As africanas, entretanto, ao contrário das cristãs, não construíam essas
interpretações religiosas de modo a criar uma ortodoxia. (J. THORNTON, 2004, p ). O mesmo
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autor continuando na sua abordagem alude: A realidade religiosa da idade média era igual em
todas as sociedades de então, umas mais e outras menos, consoantes os níveis de
desenvolvimento. Se para os africanos as revelações eram descontínuas e para os europeus a
revelação era contínua, resumida na bíblia, que fornecem a base inviolável para a fé e a estrutura
de grande alcance para a religião e a cosmologia. Mas nem a igreja nem os leigos deixaram de
acreditar na realidade da revelação contínua.
A missão protestante foi, nesta região, mais bem sucedida que em qualquer outra parte
de Angola, perfazendo os protestantes nos distritos de Uíge e Zaire 35% da população, enquanto
a média de protestantes na colônia não passava de 13%, em 1950 (Marcum, 1969: 55). Mesmo
assim, na área bakongo, os católicos ainda faziam maioria, comprovando o domínio colonial
português, que se efetivava inseparado do seu braço católico. O sucesso do catolicismo se deveu
ainda, como veremos, à antiga presença da igreja católica desde o século XVI embora esta
presença tivesse sido interrompida desde o século XVIII.
O apego ao culto dos antepassados não significa um retorno ao que hoje se considera atraso,
tradicional, sem inovação, face ao moderno. As Comunidades têm uma dinâmica própria. Têm
o sentido de inovação, estabelecem a relação entre o tradicional e o moderno. Inovam e refutam
as coisas de acordo com o tempo e o espaço. Por isso, os Bakongo afirmam: Ndyanga vya,
ndyanga savuka. Significa dizer, que o capim que se queima e se renova. Outro adágio ki fwa,
fwa, ki mpinga, mpinga. Naka mu mwana ko, mu ntekelo. O equivale dizer: onde há morte, há
sucessão. Se não for o filho (sobrinho) é o neto Mukanda, Longo Escolas Iniciáticas. A
mukanda ou longo são as escolas iniciáticas de formação do homem. Têm sentido teórico
prático, pedagógico e ético-moral utilizados no mundo bantu e não só.
Assim, quanto a cultura tradicional bakongo, no que conserne a religiosidade, são cristão
protestantes (movimento evangélicos), baptista, católicos e outros. Quanto as religiões
tradicionais, pode-se afirmar que na cultura bakongo e não só cultua-se também na religião
tradicional Kimbanguista, Tocoísta e outros.
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2.3 A Circuncisão e a iniciação feminina na cultura bakongo
Para os bakongos, trata-se do espaço vital para a formação do Homem, é o início da verdadeira
socialização Bantu. Esta iniciação completa-se com os seguintes ritos sucessivos:
Separação da família e da comunidade e circuncisão (o local onde decorre a circuncisão tem o nome
de Kimpasi, Kayidi, no meio da floresta);
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2.4 O CASAMENTO TRADICIONAL NA CULTURA BACONGO – N´KAMA
LONGO (KAMALONGO)
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Esta cerimônia é precedida de outros encontros, de emissários da família do noivo com
representantes – materno e paterno – da família da noiva e com reuniões entre as famílias para
os ajustes necessários para a organização do evento. Embora pareça que todos os acordos já
estão mais ou menos predefinidos, é no Kamalongo que as famílias negociam – ritualmente –
os bens a serem entregues, se está tudo em conformidade com o que foi acertado previamente
e onde são negociados alguns aspectos do acordo, ainda mais se a família do noivo não
conseguiu juntar todos os bens, o que é muito comum. Nesta ocasião pode haver rompimento
pelo não cumprimento do acordo por uma das partes, embora isso raramente aconteça. A
cerimônia do Kamalongo é uma das mais importantes cerimônias da sociedade Bakongo, onde
não está em jogo apenas a formação de uma nova família, mas o estabelecimento de uma aliança
pública entre duas famílias, acarretando a troca de bens que simbolizam o reconhecimento, pela
família do noivo, do trabalho dispensado pela família que gestou e criou a principal força
produtiva e reprodutiva da sociedade, a mulher, que passa então a residir com a família do
marido, e a produzir dentro desta nova família – filhos e trabalho. Os bens passados para a
família da noiva também indicam que o noivo adquirirá alguns direitos importantes sobre seus
futuros filhos ainda que estes continuem a “pertencer” à família materna.
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2.5 O RITUAL FUNEBRE NA CULTURA BAKONGO
Os ritos funerários têm normalmente uma duração predefinida, decidida em reunião
breve, após a morte de alguém, pelos «mfumo a kanda» e variam entre os três (3) e cinco (5)
dias. Nessa reunião também é decidido o dia do funeral e da resolução de todos os problemas,
entretanto o óbito pode ser prolongado em função da presença de todas as partes a que pertence
o falecido. Na cultura kongo, a pessoa pertence a três partes, que são: «ki ngudi, ki sé e ki
nkaka».
Na vida moderna quando morre uma pessoa, independentemente do local onde tenha
acontecido e como tenha morrido, é levada à morgue onde permanece alguns dias ou algumas
horas, no caso de uma criança, até um dia antes ou algumas horas antes da cerimónia do funeral,
dependendo das possibilidades de cada família. Logo há uma gritaria e um choro provocado
pela perda de alguém muito próximo e querido.
Os próprios pais do morto ou então os familiares mais próximos, os da casa onde
aconteceu a morte começam a cantar e a dançar, para incentivar as outras pessoas que pouco a
pouco vão enchendo o local, porque ouviram o barulho e outras pessoas porque foram avisadas.
Aí as vozes se levantam ouvem-se os gritos dos que choram e lamentam. Nos bakongo, logo
que a pessoa perde a vida, tem que se pôr ao corrente toda gente, principalmente os «mfumu a
kanda» tanto materno como paterno e o porta-voz, porque sem eles, o funeral não se pode
realizar. Antigamente a notícia dos óbitos transmitia-se por batucadas, fumo, armas de fogo, e
pelas próprias crianças e jovens que anunciavam o sucedido de porta em porta e de aldeia para
aldeia. Havia um toque de batuque muito próprio, que era emitido do mondo ou do tambor
«koko» para avisar as pessoas, de que o sítio onde vinha aquele som havia óbito. Através de
uma fogueira espalhava-se o fumo de uma maneira muito peculiar em sinal de óbito também.
Quanto à arma de fogo, o disparo era feito em cima de um de um telhado.
O «nfumu a kanda» das duas partes, materno e paterno e também o«kinkayi» se
responsabilizam por tudo; colocam no centro da mesa uma tigela ou panela onde se mete todo
dinheiro que vão recebendo. Esse mesmo dinheiro se gasta para a despesa do óbito, como
compra de comida, de bebida e os lençóis com que se tapa o morto e o que sobra é dividido
entre os filhos, netos e bisnetos. O mukongo esta consciente de que quando vai a um óbito, além
de participar da dor da família enlutada ou da sua própria família, deve também contribuir com
um «nkangu»3, para ajudar nas despesas, isso dentro do conceito de que o fardo da morte não
é levado por uma pessoa apenas. As canções funerárias são normalmente cantadas aquando da
morte de alguém pelos amigos, que em vista do morto choram com a família.
2.6 Idioma
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O Bakongo falam diversos dialectos do Kikongo, semelhante ao Kikongo falada no
antigo Reino. Estes dialectos são diferentes em toda a região. alguns dificilmente podem ser
entendido por falantes de outros dialectos. Ainda mais os seus esforços de reconstrução do país
após a independência, o governo do antigo Zaire criou uma versão padronizada da linguagem,
que incorporou elementos de muitas variantes. Kikongo padrão é usado em escolas de ensino
fundamental em toda a província inferior e Bandundu e é chamado de Mono Kotuba (estado
Kikongo). Em 1992, falantes de Kikongo em todos os países numeradas 3,217,000, a maioria
dos quais viveu em Angola. Na República do Congo, alto-falantes Kikongo contabilizar 46 por
cento da população.
2.6 Folclore
O Bakongo são uma mistura de povos que assimilou a cultura Kongo e linguagem ao
longo do tempo. O Reino era constituída por alguns trinta grupos no seu início. Seus habitantes
originais ocuparam um estreito corredor sul do Rio Congo de Kinshasa actual para a cidade de
Matadi porta no baixo Congo. Através do conflito, conquista e tratados, veio a dominar a tribos
vizinhas, incluindo o Bambata, o Mayumbe, o Basolongo, a Kakongo, o Basundi e o Babuende.
Estes povos adoptado gradualmente a cultura Bakongo e através de casamentos inter-raciais
completamente misturado com o Bakongo.
2.7 Vestuário
Nos tempos antigos, o Bakongo usava roupas feitas de casca amolecida por batendo. No
entanto, através da sua longa associação com o Ocidente, o Bakongo adoptaram roupas
ocidentais. Fotografias do final dos anos 1880 mostram-lhes vestindo ternos sobre seu sarong
(saias longas envolvente). Eles geralmente são considerados muito bons aparadores por outros
congoleses. Mulheres adoptarem as últimas modas locais e penteados, que mudam a cada
poucos meses. O pilar é a sarong Africano (pagne). Muitas famílias são obrigadas a comprar
roupas usadas ao mercado; crianças geralmente vestem camisetas, shorts e overshirts de
algodão solto para desgaste diário.
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2.8 Alimentação
O Bakongo são mais conhecidos por suas modas do que pela sua cozinha. Normalmente,
eles comem três refeições por dia. Para o pequeno-almoço, uma família de vila come uma bola
de massa, como feita de farinha de mandioca (fufu) com molho do dia anterior. Diners usam
seus dedos, e antes de comer, eles lavam suas mãos em uma bacia com água morna. Algumas
pessoas podem ter café e pão francês, que é cozido localmente em toda a região.
O almoço é a maior do dia. Bakongo desfrutar de um dos vários molhos, comidos com fufu ou
com arroz. Mandioca deixa (saka saka), batem e cozidos, é sempre um favorito. Peixes salgados
secos (makayabu) ou sardinha é adicionada para fazer um saka saka rico. Outro local favorito
é socado gergelim sementes (wangila), ao qual é adicionado pequeno camarão seco. Squash
socados sementes (mbika), temperado com muita pimenta e envolto em folhas de bananeira,
são vendidos em estandes na estrada e são um lanche popular para os viajantes. O prato mais
comum é feijão branco cozido em molho de tomate, cebola, alho e pimenta de óleo de Palma.
Os grãos são consumidos com arroz, fufu ou chikwange (um pão de mandioca preparado em
folhas de bananeira).
Ceia geralmente consiste de sobras, mas chikwange com um pedaço de makayabu coberto de
molho de pimenta é muito gratificante, especialmente quando lavadas para baixo com
cerveja.Kin (Kinshasa) Setembro jours (que significa "Pão de sete dias de Kinshasa") é um
chikwange gigante, tão grande que ele supostamente leva uma família inteira por semana para
comê-lo.O Bakongo é apreciador de vinho de Palma. Palm suco é aproveitado da parte superior
do tronco de coqueiros. Fermenta dentro de horas e deve ser bebido no dia seguinte. No sábado
e no domingo à tarde, as pessoas se sentar sob as árvores de manga, com a bebida láctea, picante.
Eles também fazem vinho de cana-de-açúcar (nguila), vinhos de frutos e gin caseiro (cinco
centavos). É habitual a derramar uma pequena quantidade sobre o terreno para os ancestrais
antes de beber.
2.9 Educação
Por causa de sua longa história de contacto com missionários europeus, o Bakongo gozaram
relativamente elevados níveis de alfabetização e educação. Actualmente, a maioria dos pais
deseja enviar seus filhos para a escola e mais além, mas muitas crianças de famílias de médias
são obrigadas a abandonar, pelo menos temporariamente, por razões financeiras. Assim, não é
incomum encontrar vinte anos em algumas escolas.
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CONCLUSÕES
Chegados aqui o pesquisador, estudante, tem a seu dispor conhecimentos sobre o tema
em estudo, que o pode levar a concluir com maior equidade e determinação possível.
Os objectivos deste trabalho é Analisar a cultura do povo bakongo, formas de manifestações
cultural e da sua personalidade identitária, através de um estudo analítico do modus de vida, e
suas relações quotidiana na sociedade actual.
Deste modo, e da análise feita, chega-se a conclusão, de que, a tradição bakongo tem
poder; o legado dos antepassados. Mbanza Kongo é o lugar de origem do povo bakongo, o local
escolhido pelos mais velhos para a construção da capital do Kongo dia Ntotila. A cidade é o
local de reverência ao passado, em seu momento de liberdade e da tradição. A cidade também
é o local do futuro. Ela conserva o fundamental papel de lugar de conciliação da ordem
ancestral, no qual os problemas causados pela ruptura da ordem tradicional pelo colonialismo
podem ser restaurados.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANCHIS, Pierre. “Para não dizer que não falei de sincretismo”. Comunicações do ISER. n.
45. Rio de Janeiro, 1994.
SERRANO, Carlos M. H.. “Poder, Símbolos e Imaginário Social”. In. AREIA, M.L.R. (dir.)
Angola: os símbolos de poder na sociedade tradicional. Centro de Estudos
Africanos/Instituto de Antropologia da Universidade de Coimbra, pp. 49-66, 1983b.
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