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René Roussillon1
Resumo
O autor propõe uma reflexão sobre a necessidade de se expandir a psicanálise para atender
as novas problemáticas narcísico-identitárias e que não entram no registro padrão da prática
psicanalítica. Destaca como um dos maiores problemas do futuro da psicanálise a extensão de
sua prática e das condições desta, de maneira a não perder de vista seus fundamentos, indicando
a associatividade e sua escuta.
Palavras chaves: patologias narcísicas; método; associatividade.
Introdução
1 Analista didata da Sociedade Psicanalítica de Paris SPP, presidente do Grupo de Analistas de Lyon,
docente da Universidade de Lyon 2.
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de praticar a psicanálise? É dizer também que o singular talvez não seja da ordem
do dia, ou não o seja mais, se é que ele já o foi: existe uma psicanálise, uma só, ou
práticas psicanalíticas que apresentam, ainda que com o mesmo objetivo confesso,
diferenças às vezes consideráveis?
Gosto muito do conceito proposto por D. W. Winnicott de “exploração psica-
nalítica” para definir o estatuto do tratamento de alguns analisandos que apresentam
questões narcísico-identitárias e que não entram no registro padrão da prática psica-
nalítica à medida que a questão da identidade do sujeito é central e a da diferencia-
ção eu/não-eu essencial. Esse registro, portanto, diz respeito tanto aos analisandos
considerados “casos-limite”, “borderline”, “narcisistas” como a um desfile de modos
de funcionamento psíquico que tendem a produzir, quando em análise, as formas
de transferência marcadas pelo paradoxo, a paixão, a negatividade, o limite, a confu-
são… e não pelo conflito, o afeto-sinal, a ambivalência, a castração, a ilusão…
O maior problema da questão das extensões pode agora ser formulado: até
onde as extensões da psicanálise (fora de sua definição padrão) permitem a ela
permanecer “psicanalítica”, e quando é que a extensão a faz perder esse estatuto na
prática? É, como constata-se facilmente, a questão da definição do “psicanalítico”
que está fundamentalmente implicada, a questão do que fundamenta a psicanálise
para além de suas formas locais ou “regionais”, formas que ela pode tomar em tal
ou qual situação clínica singular. Essas reflexões são cruciais se não quisermos que a
questão da extensão da psicanálise, para além da situação e da prática padrão, sirva de
passaporte às múltiplas derivas que fariam perder à psicanálise sua essência mesma.
Quanto mais quisermos pensar a questão das possíveis extensões da psicanálise, mais
devemos ir aos próprios fundamentos de seu emprego, e mais necessitamos de rigor
nas condições da extensão e do que a fundamenta.
A técnica de análise mudou à medida que o psicanalista não procura mais ob-
ter o material de seu próprio interesse, mas permite ao paciente de seguir o
curso natural e espontâneo de seus pensamentos… (sessão de 30 de Outubro
de 2007)
Sua convicção se fortalece nos anos seguintes à medida que ele se aprofunda
na concepção daquilo que organiza e agencia secretamente os laços associativos, ele
consegue revelar a lógica dos “complexos associativos” e outras formações do in-
consciente.
Daí em diante, vai se revelando progressivamente que o “fundamental” no
método não é tanto a regra em si – ele apenas traduz uma regra de escuta da asso-
ciatividade, ele só facilita o trabalho –; o que é fundamental é a regra da escuta do
psicanalista. Ele deve escutar as associações com a ideia de que elas são coerentes, o
que implica que se dois elementos são associados é porque eles possuem um elo. Se o
mesmo é manifesto, se é “evidente”, dado na consciência, coerente, não há problema;
tais elementos começam quando o elo não é manifesto, não é evidente, não é dado,
não é “consciente”: aí abre-se a especificidade da escuta da clínica psicanalítica. O
analista deve escutar as associações, questionando o elo implícito, inconsciente, ele
deve fazer suposições concernentes a este elo, tentar reconstruí-lo e reconstruir a
lógica por trás da cadeia associativa.
Como elas estão, na maior parte do tempo, em contraste com a vida social cotidiana
(que é muito dessexualizada) elas são frequentemente recalcadas, tanto que Freud
vai gradualmente colocar em evidência que elas são também “atraídas” por forma-
ções organizadoras da vida psíquica inconsciente, “conceitos inconscientes” (Freud,
1917), as “formações6 originárias” que terão também um status quase estrutural em
seu pensamento, um status de “conceitos inconscientes” (1917).
É nessa “teoria mínima” do funcionamento psíquico do sujeito que a escuta
psicanalítica será baseada, ela estará latente em sua escuta, mas organizará sua for-
ma. A atenção “igualmente flutuante”, a equalização metodológica da escuta que ela
implica, que prescreve nada esperar de específico quando se escuta um analisando
durante a sessão, faz com que o analista, por sua vez, “associe livremente” tomando
as associações do paciente e sua ruptura aparente de conexão como ponto de partida.
A regra é a mesma para os dois protagonistas da situação psicanalítica, simplesmente
ela funciona em um plano deslocado para o analista à medida que para o paciente
o que move sua cadeia associativa são os eventos inapropriados de sua história, ao
passo que para o analista são os brancos, as rupturas, as ideias incidentes, as incoe-
rências, as particularidades das cadeias associativas do analisando, o analista associa
sobre as associações do analisando. A situação psicanalítica é uma situação de co-
-associatividade, de associatividade a dois.
A associatividade do analista supõe uma forma de duplo dever implícito. Por
um lado ele associa “em duplo”, em identificação com seu analisando (ele está “lado
a lado” com o mesmo) sem o qual ele nada perceberia do que ocorre neste. Mas ele
está também afastado dele, sem o que ele não perceberia onde o analisando e a ca-
deia associativa vacilam, onde as singularidades de sua vida psíquica inconsciente se
manifestam. Teoricamente, a própria análise do analista permitiu-lhe adquirir uma
liberdade associativa de tal forma que ele perceba as rupturas associativas do anali-
sando, onde ele não pode continuar seguindo-o “em duplo”, onde suas próprias ca-
deias associativas o levam a algum lugar diferente de onde o analisando vai ou parece
ir, isto é, onde as idiossincrasias específicas do analisando se manifestam.
É também aqui que o trabalho de interpretação-construção toma sentido,
em conexão com essas rupturas ou peculiaridades da associatividade do analisan-
do. Quando Freud (1938) em “Construções em análise”, examina os critérios que
podem orientar o analista na avaliação dos efeitos de seu trabalho de interpretação-
-construção, ele recusa de uma vez as tentativas de se basear somente no acordo ou
6 Prefiro usar formação ou conceito a usar “fantasia originária”. Em 1916, Freud lhe confere um valor
organizador da experiência psíquica. Em 1917, sobre o “objeto pequeno destacável” e a “castração”,
ele propõe a ideia de que este é um “conceito inconsciente” e mostra que é um organizador de uma
parte da associatividade psíquica que permite a diferentes “significantes” da castração deslizar uns
sobre os outros.
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explicação; ele observa: “explicação, fraqueza da síntese”. Ele indica que, segundo
ele, as experiências precoces que tendem a se repetir compulsivamente são aquelas
que não puderam ser integradas devido à fragilidade da síntese. Outra observação,
implícita em sua proposta, deve ser esclarecida: se nas épocas anteriores ao apareci-
mento da linguagem verbal existe uma fragilidade da síntese, é possivelmente porque
a linguagem verbal tem uma participação significativa na mesma, que ela lhe é um
vetor privilegiado.
Desse modo, então, o confrontamento psicanalítico à compulsão à repetição,
às experiências e traumatismos precoces, passam por uma evolução paradigmática
do trabalho psicanalítico.
Por um lado, certas experiências históricas voltam ao sujeito a partir de per-
cepções que se dão como atuais, alucinação e percepção não se opõem mais, as per-
cepções atuais podem ser infiltradas pelo retorno alucinatório de experiências arcai-
cas que vêm se “disfarçar” (Freud, 1938) no presente.
Trata-se então, pelo outro lado, de “reconhecer” o núcleo de verdade histórica
que elas contêm, de reconstruir as experiências históricas implicadas para integrá-las
(síntese) na trama da subjetividade.
Uma consequência desta evolução paradigmática aparece, daqui em diante, na
necessidade de escutar as experiências que precedem a aparição da linguagem verbal.
E como, sem deixar de ser psicanalista, realizar esta escuta? Podemos imaginar que
o que dessas experiências pôde ser capturado na linguagem verbal, integrado nela,
pode ser ouvido a partir da escuta psicanalítica padrão. Mas pressentimos também
que o que escapou à síntese também escapou a essa captura, que o que se repete
compulsivamente é exatamente o que escapou a essa segunda integração e então às
formas de memórias ditas “declarativas”, isto é, produzindo “lembranças” vividas
subjetivamente como tais. O retorno das experiências arcaicas não integradas efetua-
-se de maneira “processual”, ou seja, elas imprimem sua influência nos seus modos
de tratamento, nos próprios processos de tratamento, “representações” que coman-
dam a sua atividade. É principalmente em procedimentos, mais que nos conteúdos,
os processos psíquicos nos quais elas manifestam sua presença sempre atual. Elas
tendem, então, a retornar ao presente da subjetividade como se elas fossem sempre
atuais, e sob a mesma forma de seu primeiro registro. São experiências que prece-
dem a aparição da linguagem verbal, elas retornam na “linguagem da época” de seu
registro, linguagem do afeto, linguagem da sensório-motricidade, do ato, linguagem
do corpo, contemplados como linguagens narrativas.
Nós chegamos ao ponto onde a questão clínica e técnica da extensão da escuta
psicanalítica pode encontrar sua forma, ela supõe que a escuta da associatividade
possa integrar também suas formas de linguagem pré e não verbais, ela supõe um
modo de escuta que integre e se misture à escuta das cadeias associativas verbais,
As condições da exploração psicanalítica das problemáticas narcísico-identitárias 17
significante que a habita e se mascara. A histeria “fala” pelo corpo, mostra o que o
sujeito não pode dizer, o que esconde tão bem. Na conversão, Freud apontou que o
corpo da histérica tenta dizer as palavras que o sujeito não poderia aceitar pronun-
ciar e de tomar plena consciência. Por exemplo, uma náusea expressa a linguagem
cotidiana de ter “dor no coração” (mal au coeur), e o mal de ter “dor no coração” vai
remeter a uma forma metafórica de pontada no coração, até um amor decepcionado.
O ato, nos processo histéricos, pode ser interpretado como um representante-afeto, é
a linguagem do ato, passagem da linguagem pelo ato, mais do que a passagem ao ato.
Ele é linguagem enviada, dirigida a si próprio, por assim dizer, mas também
endereçada ao outro, à espera, talvez, que o que ele diz sem saber, sem dizer, é ouvido
e refletido pelo outro. A partir de “Estudos sobre a histeria”, Freud nota no conjunto
dos cenários, narrados e postos em cena, o lugar que é obtido pelo que ele chamou,
em 1895, de “o espectador indiferente.” A cena é dirigida a esse espectador, que tam-
bém é um representante externalizado do ego, um duplo, ela fala “para” este espec-
tador, é mais uma vez “mensagem endereçada” a um outro, como “testemunha” do
que não tinha sido historicamente incluído.
E novamente em 1920, quando Freud começou a analisar a tentativa de sui-
cídio da jovem moça que lhe foi confiada – ela se joga de uma ponte – ele não age
de forma diferente dos casos anteriores, analisa o significado do ato, sua linguagem,
examina a quem ele se destina, nesse caso, ao pai sob os olhos do qual o ato é come-
tido.
Os exemplos de Freud, que acabamos de apontar, pertencem ao universo neu-
rótico, eles colocam em cena representantes da economia anal ou fálica, pertencem
a um universo já marcado pelo aparelho da linguagem, por ele enquadrado, logo,
um universo já estruturado pela metáfora. O corpo “diz”, põe em cena o que o su-
jeito não pode dizer, mas que potencialmente poderia, o corpo metaforiza a cena.
A estrutura do ato e da cena é, aqui, narrativa. Freud é claro nesse sentido, as cenas
contam um cenário, uma história, a história de um pedaço de vida que não pode ser
assumido pelo sujeito, ela pertence ao universo da linguagem e a seus modos de sim-
bolização, mesmo que seja o corpo que “fala” e “mostra”; e se a história tenta contar
ao próprio sujeito, ela é também e talvez sobretudo, narração para um outro sujeito.
Lembramos que nos textos de J. McDougall dedicados às “neo-sexualidades”,
frequentemente chamadas de “perversões”, há uma conclusão semelhante em rela-
ção a esses quadros clínicos. O “espectador indiferente” de “Estudos sobre a histe-
ria”, a quem o sintoma neurótico é dirigido, irá tornar-se simplesmente “espectador
anônimo” nos cenários perversos, variante, dessa vez pertencente ao universo narci-
sista do primeiro.
Em 1938, em se tratando, dessa vez, do universo psicótico dos pacien-
tes delirantes e na sequência do fim de “Construções em análise”, Freud propõe a
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generalização de suas declarações de 1895 no que diz respeito à maneira pelo qual o
sujeito psicótico “sofre de reminiscências”; ele estende aos estados psicóticos a ob-
servação segundo a qual as manifestações psicóticas também se desenvolvem fren-
te a um “espectador indiferente”, e, portanto, também aparecem como “mensagem
endereçada” a esse espectador. Mas desde 1913, na parte dedicada ao interesse da
psicanálise para a psiquiatria, Freud afirmou sua fé no fato de que os atos, fossem eles
de estereotipias observadas na demência precoce, isto é, na esquizofrenia, não eram
desprovidos de sentido, mas apareciam como “resquícios de atos mímicos sensatos,
mas arcaicos.”
E continuou:
O fracasso da recuperação
à descoberta do “horror da castração” que deve servir para corrigir o fetiche como
Freud avançou em diferentes momentos. A hipótese que proponho, em complemen-
to, tenta dar sentido uma vez que é fato que se trata do rosto, e que este parece fun-
cionar como um espelho, espelho de olhar brilhante que faz brilhar o nariz, espelho
de terror que a Medusa supõe provocar.
Winnicott enfatiza que a função primária do rosto da mãe, logo a ligação com
o feminino primário na sua concepção, é refletir os próprios estados de ser para a
criança e, assim, funcionar como uma forma primitiva de espelho da alma. O passo
é tão difícil de atravessar até pensar que a experiência da descoberta do feminino se-
cundário, representada pelo sexo feminino misturam-se ao traço de uma experiência
feminina primária, que reflete o rosto da mãe. Que a descoberta da diferença dos se-
xos vem a se transferir como uma experiência primitiva relacionada com a expressão
facial da mãe e da ameaça, por exemplo, da extinção de um “brilho em seu olhar”,
para significante primeiro do desejo e do prazer do mesmo olhar que contemplou o
filho. Mesclando a “conversa” secundária da criança com a figura do sexo feminino,
as formas primárias encontram-se com o feminino.
Não posso multiplicar os exemplos no âmbito desta reflexão, mas eu gostaria
de salientar e, finalmente, e em continuação do que eu acabei de mencionar, a ideia
de uma linguagem do ato sexual e da sexualidade. Gostaria de mencionar, em pri-
meiro lugar, a relação sexual, em particular, que me parece ser bastante interpretável,
conforme a linha que proponho.
O encontro dos corpos, a forma como eles se encontram, como um penetra
o outro, o ritmo do “vai e vem”, a doçura, a brutalidade, a postura, intensidade do
engajamento de si etc., “contam” para o outro a pulsão de si, mas também contam
como, no corpo a corpo primitivo “pré-verbal” com os primeiros objetos, os corpos
se encontraram, se penetraram, e como isso pôde ser reintegrado, mediatizado e
simbolizado no sexual adulto. Os corpos “falam” o sexual, o ato sexual “conta” a
experiência em si e a história da experiência do encontro com o objeto.
A linguagem corporal no mundo animal fornece o último exemplo. A “do-
mesticação” dos golfinhos segue um ritual interessante e pode também ser encontra-
do em algumas formas de ato sexual ou de encontro corporal no homem. O treina-
dor deve começar colocando uma parte de seu próprio corpo, o braço, por exemplo,
para não dizer seu membro, na boca cheia de dentes afiados do golfinho que pode-
ria, num só golpe de mandíbula, cortar o que lhe é oferecido. Mas ele se contenta
em exercer uma fraca pressão sobre o membro oferecido, o braço. Ele faz “sentir”
que poderia cortá-lo ou machucá-lo, mas ele para sem ferir o “domador” confian-
te. Então, ele pode retirar o braço, o golfinho se vira e oferece barriga, a parte mais
vulnerável de sua anatomia. O domador, por sua vez, coloca a mão sobre o ventre
e exerce uma pressão que significa tanto que ele pode exercer seu poder sobre esta
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parte vulnerável, quanto o fato de que ele não o faz. Aí está um “diálogo” corporal
que me parece ser o protótipo corporal das operações baseadas no que nomeamos a
“transferência de base” que se pode observar quando um tratamento psicanalítico se
desenvolve bem. Evidentemente, um tal diálogo é polissêmico, pode ser interpretado
de várias maneiras, do ponto de vista das formas do sexual engajado, do ponto de
vista das implicações narcísicas da vulnerabilidade e da segurança etc., mas não seria
também a característica fundamental da linguagem do ato e, de uma maneira mais
geral, do corpo.
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