Observatório Audiovisual
Observatório Audiovisual
Observatório Audiovisual
• Produção;
• Distribuição;
• Exibição (salas de exibição);
• TV paga;
• TV aberta;
• Vídeo Doméstico;
• Streaming.
Em 2018 as atividades econômicas do setor audiovisual foram diretamente responsáveis por uma geração
de renda de R$ 26,7 bilhões na economia brasileira.
26,0 26,7
25,6 25,7
25,0 24,2
23,1
20,4
20,0
16,3
15,0
13,1
11,5
9,9
10,0 8,7
5,0
0,0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Telecomunicações 78,1
Valor adicionado pelo setor audiovisual e Valor adicionado total: variações anuais reais (%)
19,7
10,7
9,2
7,0 7,0
4,7
3,7 3,8
2,9
1,6 1,3
0,6 0,5 1,1
2008 -0,12009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
-1,0 -1,8
-3,2 -2,9
VA Total VA Audiovisual
-8,5
-13,3
100,0
80,0
60,0
48,3
40,0
21,4 23,5
19,0 16,0 17,8 16,4
20,0 10,0 12,2
0,0 1,0 0,0 3,67,00,0 0,0
4,7
0,0
4,6 3,2
0,0
2008
-2,1 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
-6,2 -5,7 -5,5 -8,2 -7,4 -5,5 -7,6
-20,0 -10,9 -11,3 -10,6
-27,2
-40,0
Fonte: IBGE, Diretoria de pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio, Pesquisa Anual de Comércio 2007-
2018, Pesquisa Anual de Serviços 2007-2018.
Elaboração: ANCINE / SRG
O gráfico abaixo mostra a participação dos segmentos da indústria audiovisual para geração do
Valor Adicionado, entre 2007 e 2018. Na TV Paga há um claro movimento de crescimento até
2016, quando a tendência sofre inflexão. No VoD se observa forte crescimento na participação
do Valor Adicionado a partir de 2017.
63,7%
60,0%
53,1%
50,0%
42,2% 43,2%
40,0%
20,0% 20,9%
10,0%
4,1% 4,4%
1,6%
3,5%
0,0% 0,2%
0,5%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Participações das atividades econômicas audiovisuais no valor adicionado pelo segmento: comparativo 2007 e 2018
Distribuição
Produção e pós-produção cinematográfic Comércio e
Programadoras e Exibição Produção e pós- cinematográfica, de vídeos a, de vídeos e aluguel de fitas
atividades cinematográfica produção e de programas de TV de programas de vídeo, DVD e
relacionadas à TV por 1,6% cinematográfica, de 2,1% de TV similares
assinatura vídeos e de 0,8% 0,2%
6,0% programas de TV
3,1% Exibição
cinematográfica Portais, provedores de
Operadoras 3,5% conteúdo e outros
Distribuição
de TV por serviços de informação
cinematográfica, de
assinatura na internet
vídeos e de programas
24,3% Programadora 20,9%
de TV
0,8% s e atividades
relacionadas à
TV por
Comércio e aluguel de assinatura Operadoras de Atividades de
Atividades de fitas de vídeo, DVD e 10,8% TV por televisão
televisão similares assinatura aberta
aberta 0,5% 32,5% 29,3%
63,7%
Fonte: IBGE, Diretoria de pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio, Pesquisa Anual de Comércio 2007-2018, Pesquisa Anual de Serviços 2007-2018.
Elaboração: ANCINE / SRG.
Emprego - Em 2019 o número de empregos registrado pelo setor audiovisual foi de 88.053.
VALORES AGREGADOS
Evolução do número de empregos no Setor Audiovisual entre 2010 e 2019
Atividades 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Produção e Pós-
8.438 10.001 11.000 11.688 11.545 11.252 11.292 10.589 10.624 11.114
produção
Distribuição 1.229 1.070 1.076 935 907 867 806 830 716 1.362
Exibição
11.247 11.687 12.949 14.027 14.466 14.297 14.754 14.883 14.626 15.587
Cinematográfica
TV Aberta 48.256 51.117 51.994 51.581 53.551 51.721 49.688 50.537 47.985 50.132
Programadoras de TV
5.245 4.971 4.243 3.837 3.486 3.627 3.490 3.718 3.272 1.652
Paga
Operadoras de TV Paga 18.079 21.107 19.939 19.077 5.763 5.232 5.082 4.696 3.732 3.895
Aluguel de DVDs 8.228 7.292 6.524 5.543 4.866 4.192 3.407 3.017 967 2.347
Comércio varejista de
5.300 5.046 4.674 4.373 4.172 3.784 3.315 2.862 2.687 1.964
CDs, DVDs
Total Setor Audiovisual 106.022 112.291 112.399 111.061 98.756 94.972 91.834 91.132 84.609 88.053
Economia Brasileira 44.068.355 46.310.631 47.458.712 48.948.433 49.571.510 48.060.807 46.060.198 46.281.590 46.631.115 47.554.211
Audiovisual /
0,24% 0,24% 0,24% 0,23% 0,20% 0,20% 0,20% 0,20% 0,18% 0,19%
E. Brasileira (%)
Participação relativa dos empregos no Setor Audiovisual por Região, entre 2010 e 2019
Regiões 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Norte 4,5% 4,6% 5,0% 5,1% 5,6% 5,8% 5,8% 5,7% 5,8% 5,1%
Nordeste 10,8% 11,4% 11,5% 12,3% 13,5% 13,5% 14,0% 13,1% 14,2% 13,7%
Sudeste 64,4% 63,6% 63,7% 62,2% 60,8% 61,1% 61,6% 60,6% 61,1% 60,9%
Sul 13,5% 13,6% 13,0% 13,7% 12,9% 12,3% 11,5% 10,9% 11,6% 11,3%
Centro-Oeste 6,7% 6,8% 6,8% 6,7% 7,2% 7,3% 7,1% 9,6% 7,3% 9,0%
Fonte: MTE / RAIS
Elaboração: ANCINE/SEC
Em 2019 foram identificados 5.438 estabelecimentos empregadores no setor audiovisual, como
pode ser observado na tabela abaixo. Entre 2010 e 2019 o setor perdeu 4.165 estabelecimentos,
um decréscimo de 43% do total registrado em 2010.
ESTABELECIMENTOS
Variação de
Atividades 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2010 a 2019
Produção e Pós-produção 1.745 2.002 2.211 2.337 2.495 2.502 2.478 2.350 2.289 2.225 480
Distribuição 292 252 212 182 177 150 133 117 100 87 -205
Exibição Cinematográfica 698 729 734 777 767 782 765 775 769 820 122
TV Aberta 636 649 677 674 696 685 691 693 689 679 43
Programadoras de TV Paga 151 137 136 127 120 112 105 105 96 92 -59
Operadoras de TV Paga 273 270 290 310 292 189 185 190 166 179 -94
Aluguel de DVDs 3.662 3.270 2.789 2.406 2.020 1.644 1.298 1.000 596 534 -3.128
Comércio varejista de CDs, DVDs 2.146 1.998 1.838 1.765 1.688 1.510 1.339 1.142 988 822 -1.324
Setor Audiovisual TOTAL 9.603 9.307 8.887 8.578 8.255 7.574 6.994 6.372 5.693 5.438 -4.165
Participação percentual dos estabelecimentos por atividade nos anos de 2010 e 2019
Programadoras de
TV Paga Operadoras de TV TV Aberta
2% 12% Programadoras de
Paga
TV Aberta Exibição TV Paga
3%
7% Cinematográfica 2%
15%
Exibição Operadoras de TV
Cinematográfica Paga
7% Distribuição 3%
2%
Distribuição
3% Aluguel de DVDs
Aluguel de DVDs
38%
10%
Produção e Pós-
produção Produção e Pós- Comércio varejista
18% produção de CDs, DVDs
41% 15%
Comércio varejista
de CDs, DVDs
22% 2010 2019
As salas de cinema do país fecharam o ano de 2020 com um público de aproximadamente 39 milhões de
espectadores, o que significa uma queda de mais de 77% em relação a 2019.
Os impactos da pandemia de Covid-19 nas salas de cinema
Em 2020, o público dos filmes nacionais totalizou aproximadamente 8,5 milhões de pagantes, uma redução de mais de 60% em
relação a 2019. Da mesma forma, a receita de bilheteria de cerca de 130 milhões de reais obtida pelos filmes nacionais significa
uma queda de 56% em relação à médias dos últimos três anos para o mesmo período, quando inflacionados pelo IPCA para 2020.
O país encerrou 2019 com o número recorde de 3.507 salas em funcionamento. No entanto, a pandemia de COVID-
19 ocasionou a paralisação das atividades durante a maior parte do ano de 2020. As salas começaram um processo
de reabertura em setembro, que foi interrompido no fim do primeiro trimestre de 2021, quando os indicadores de
contágio voltaram a crescer. Em seguida, com o avanço da vacinação e trajetória de queda do número de casos. As
salas voltaram a reabrir em um ritmo mais consistente.
Percentual de salas abertas em relação à mesma semana cinematográfica de 2019
O movimento de reabertura vem atingindo todas as regiões do país, com destaque para o eixo Rio-São Paulo, onde
se concentra a maior parte das salas do parque cinematográfico e que, no fim do segundo trimestre, possuíam
cerca de 90% do total de salas abertas em relação à mesma semana de 2019
Conforme demonstrado nos gráficos abaixo, enquanto o número médio de sessões por sala vem se mantendo
relativamente estável, em patamares similares aos do fim de 2020, o público por sessão vem mantendo uma
trajetória crescente, chegando a aproximar-se do valor médio obtido entre 2017 e 2019 ao fim do primeiro trimestre
de 2021, mas recuando nas semanas seguintes, conforme o número sessões por sala aumentou
2º trim/2021
1º trim/2021
1º trim/2021
2º trim/2021
Depois da queda enfrentada no fim do primeiro trimestre, por conta do novo fechamento das salas, esta segunda
retomada das atividades teve um crescimento acelerado de público, que já superaram com folga o pico anterior
alcançado na semana 51 de 2020, quando estreou o longa-metragem Mulher Maravilha 1984. De fato, na semana
25, que marca o fim do segundo trimestre, o público nas salas de cinema do país ultrapassou 1 milhão de
pagantes pela primeira vez desde o início da reabertura das salas. Desde então o público vem se sustentando no
patamar próximo à 1 milhão de pagantes
Fonte: https://www.economist.com/graphic-detail/tracking-the-return-to-normalcy-after-covid-19
Perspectivas para o setor de exibição
No entanto, as perspectivas são positivas. Pesquisa Datafolha/Itaú Cultural apontou que Cinema é
atividade que os brasileiros mais sentiram falta durante o período de fechamento dos espaços dedicados a
atividades culturais e entretenimento.
Fonte: https://www.itaucultural.org.br/secoes/noticias/datafolha-lancam-pesquisa-sobre-habitos-
culturais
Perspectivas para o setor de exibição
A mesma pesquisa apontou também que Cinema é a atividade com maior potencial após a reabertura
com 44% de intenção no total da amostra e 58% entre os entrevistados que foram ao cinema nos últimos
12 meses
Fonte: https://www.itaucultural.org.br/secoes/noticias/datafolha-lancam-pesquisa-sobre-habitos-
culturais
Perspectivas para o setor de exibição
Os próximos períodos ajudarão a entender qual o novo patamar de médio prazo a ser esperado para o
setor. Registra-se que as salas de cinema tendem a possuir uma estrutura de custos pouco flexível,
com grande participação dos custos fixos, fazendo com que a ausência de receitas ao longo de meses
e ou receitas muito baixas frente ao custo de manter seus complexos abertos agrave riscos de
descapitalização dos agentes, gerando dificuldades no curto e médio prazo.
A disseminação da variante delta, que tem elevado novamente o número de casos em outros países,
pode ser um fator de risco nessa trajetória.
Perspectivas para o setor de exibição
O fechamento das salas de cinema no Brasil e no mundo durante a maior parte de 2020 fez com que
as distribuidoras alterassem suas estratégias de lançamentos cinematográficos, seja pela negociação
de títulos para exibição em primeira janela através dos serviços de streaming, pelo adiamento de
seus principais lançamentos cinematográficos em 2020 ou pelo encurtamento das janelas de
exibição. Ainda é cedo para observar como essas novas estratégias impactarão no setor.
A norma, também conhecida como Lei do SeAC (Serviço de Acesso Condicionado), regulamenta a
comunicação audiovisual de acesso condicionado, complexo de atividades que permite a emissão,
transmissão e recepção de conteúdo audiovisual por quaisquer meios eletrônicos. Entre os
principais aspectos harmonizados com a implementação da Lei nº 12.485/2011, destacam-se,
dentre outros:
Já os canais brasileiros de espaço qualificado (CABEQs), por sua vez, são os canais de espaço
qualificado que, cumulativamente: sejam programados por programadoras brasileiras, não
possuam acordos de exclusividade que impeçam sua comercialização para qualquer operadora
interessada e que, no horário nobre, veiculem majoritariamente conteúdos de espaço
qualificado brasileiros, sendo metade desses conteúdos produzidos por produtora brasileira
independente
Fonte: Anatel
* até junho de 2021
Apesar de uma recuperação no início da pandemia, a audiência da TV a cabo como um todo vem mantendo
uma trajetória de queda.
Em contraste, vem crescendo a audiência de conteúdos não–lineares, incluindo serviços de streaming ao vivo
ou sob demanda, e outros formatos de distribuição OTT, além do conteúdo televisivo consumido após 7 dias
da sua transmissão linear, internet, pendrive, dentre outros conteúdos sem referência na biblioteca de
gravações da Kantar IBOPE Media.
Observa-se que cada vez mais que o conteúdo consumido via TV tende a ser destas outras fontes, que não
são canais ao vivo de conteúdo linear.
Fonte: Kantar IBOPE Media – Instar – Dados individuais –AS ABCDE 12-17 c/Pay TV [Shr%]–Regiões
Metropolitanas - 7:00 às 24:00h - 01/mai/19 a 30/jun/2021 – Emissoras abertas; Canais PayTV; Conteúdos
não lineares correspondem à Conteúdo de TV/Video sem referência.
Fonte: Kantar IBOPE Media – Instar – Dados individuais –AS ABCDE 18-24 c/Pay TV [Shr%] –Regiões
Metropolitanas - 7:00 às 24:00h - 01/mai/19 a 30/jun/2021 – Emissoras abertas; Canais PayTV; Conteúdos não
lineares correspondem à Conteúdo de TV/Video sem referência
Fonte: Kantar IBOPE Media – Instar – Dados individuais –AS ABCDE 25-34 c/Pay TV [Shr%]–Regiões
Metropolitanas - 7:00 às 24:00h - 01/mai/19 a 30/jun/2021 – Emissoras abertas; Canais PayTV; Conteúdos
não lineares correspondem à Conteúdo de TV/Video sem referência.
Fonte: Kantar IBOPE Media – Instar – Dados individuais – AS ABCDE 50-59 c/Pay TV [Shr%]–Regiões
Metropolitanas - 7:00 às 24:00h - 01/mai/19 a 30/jun/2021 – Emissoras abertas; Canais PayTV; Conteúdos
não lineares correspondem à Conteúdo de TV/Video sem referência.
Fonte: Kantar IBOPE Media – Instar – Dados individuais – AS ABCDE 60+ c/Pay TV [Shr%]
–Regiões Metropolitanas - 7:00 às 24:00h - 01/mai/19 a 30/jun/2021 – Emissoras
abertas; Canais PayTV; Conteúdos não lineares correspondem à Conteúdo de TV/Video
sem referência.
Ao falarmos de regulação, o ponto central passa a ser focado na estrutura de rede e a forma como a
nomenclatura e estratificação de diferentes serviços e segmentos se relaciona com as nomenclaturas e
estratificações dessas redes, com impactos nas definições jurídicas, no tratamento fiscal e regulatório e,
consequentemente, na fronteira de jurisdição entre diferentes poderes reguladores.
Há dois elementos centrais em jogo nessa discussão: “Linearidade x Não-Linearidade” e “Rede Dedicada x
Internet”.
Linear Não-Linear
As ramificações desse novo cenário de pressão são inúmeras e destarte podemos citar ações
como:
(i) a disponibilização de conteúdo de forma linear via internet, não mais atrelado necessariamente
à consumo via rede de tv a cabo;
(ii) a volta de pressões de verticalização de elos da cadeia de valor;
(iii) novas estratégias de negócio, acentuadas pelo cenário de pandemia, que fortaleceu
lançamentos de obras destinadas ao cinema diretamente nos serviços de streaming ,e;
(iv) tendência à concentração, fruto do aproveitamento das economias de escala e do fim da
escassez de espaço para a oferta de conteúdo.
As mudanças nas formas como conteúdos são consumidos impactam também no setor de
publicidade
Pesquisa da CENP (Conselho Executivo das Normas-Padrão), que avalia o investimento nacional em
mídia contratada e veiculada por meio de cerca de 200 agências de publicidade no país aponta que:
TV aberta perdeu R$ 1,9 bilhão no período (-20,4%); os investimentos caíram de R$ 9,26 bilhões em
2019 para R$ 7,37 bilhões em 2020;
TV por assinatura teve queda ainda maior, indo de R$ 1,21 bilhão para R$ 844,1 milhões (-30,6%);
O único meio que incrementou o faturamento de mídia foi internet (+1,7%), que registrou uma
participação de 26,7% do bolo publicitário de 2020 contra de 21,2% em 2019.
A tendência de aumento da publicidade na internet é uma realidade em mercados de referência,
como o americano. Em 2020, Google, Facebook e Amazon aumentaram sua participação em
publicidade digital de 80% para quase 90% (fonte: GroupM). Pela primeira vez a soma de receita
publicitária das três gigantes superou a soma de todas as demais mídias.
Fonte: https://www.ben-evans.com/presentations
Esse cenário joga pressão sobre a regulação e, principalmente, sobre a CONDECINE-Título.
Do total de CONDECINE-Título arrecadados entre 2012 e 2020, mais de ¾ correspondem à arrecadação proveniente do
registro das obras publicitárias. Esse montante equivale a cerca de 2%, do total arrecadado pelas diferentes modalidades de
CONDECINE.
É preciso reconhecer ainda que o próprio conceito de “propaganda” como o conhecemos está sendo alterado. As
plataformas oferecem outros tipos de serviço com introdução de modelos de oferta direta ao consumidor, que tendem a
ser mais eficientes.
Diante das transformações em andamento, cada vez mais torna-se um desafio renovar a
regulação de forma a minimizar as assimetrias e harmonizar a política pública com a realidade do
setor.
Neste mesmo contexto, cabe a reflexão sobre o atual marco regulatório da TV paga, a renovação
do mecanismo de cotas, vigente até 2023, e a necessidade de inserir serviços de streaming no
âmbito da política pública.
Algumas ações que visam encontrar caminhos regulatórios para enfrentar esse cenário:
Segundo a análise preliminar do GT, tanto do ponto de vista da estrutura do mercado para oferta de
conteúdo audiovisual e dos modelos de negócio existentes quanto do enquadramento regulatório atual dos
novos modelos de prestação, verifica-se que houve uma intensa transformação do mercado audiovisual
desde a publicação da Lei nº 12.485, de 2011, sendo, portanto, conveniente e necessária uma reavaliação
sistemática do marco legal buscando analisá-lo, de forma retrospectiva, e com uma perspectiva de
identificar os principais resultados alcançados e objetivos atingidos, além de reavaliar a conjuntura atual
buscando identificar novos problemas regulatórios que surgiram nesse interim de vigência da Lei.