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Artigo Pós-Graduação Lato Sensu em Docência em Letras e Práticas Pedagógicas Corrigido
Artigo Pós-Graduação Lato Sensu em Docência em Letras e Práticas Pedagógicas Corrigido
Artigo Pós-Graduação Lato Sensu em Docência em Letras e Práticas Pedagógicas Corrigido
Olindina-Ba
2022
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2022
RESUMO:
O artigo foi elaborado através de pesquisas e levantamentos em materiais
bibliográficos, livros, teses, sites e arquivos. com a finalidade de analisar as variadas
práticas de leitura geradoras de desenvolvimento da compreensão discente sobre o
que lê. Preocupou-se, também, com a função da escola que precisa ajudar o
aprendiz a se tornar um leitor autônomo, ativo, com liberdade de escolha em relação
ao que quer ler. Nesse sentido, no que diz respeito ao processo de ensino-
aprendizagem, acredita-se que a principal mudança deve ocorrer no modo como os
professores entendem o trabalho com textos e na forma como a prática da leitura
deve ser desenvolvida em sala de aula, a qual deve contemplar práticas mais
dinâmicas e motivadoras.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Formação. Crítico-social.
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Graduada em Pedagogia e Letras, Universidade Estadual Vale do Acaraú / Universidade Federal da
Paraíba. Professora da Educação Básica. Atuando no Ensino Fundamental e Médio.
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O ato de ler faz com que o indivíduo tenha respostas para o cotidiano e para o
que acontece, pois, quando lê, a pessoa agrega uma nova opinião sobre a temática
e, desta forma, se há incentivo à leitura, com certeza um adulto questionador e
crítico será erguido no meio social; assim, o cidadão que não lê não têm base
literária e experiência para a formação de opinião sobre determinados assuntos.
Tem-se que tornar um hábito diário, fazendo com que desde pequenos a
criança tenha um livro em mãos, um gibi, uma revista, um jornal, enfim um texto que
lhe seja prazeroso e que proporcione uma visão melhor, mais real da sociedade que
lhe cerca, para que assim não somente possua uma consciência crítica, mas crítica
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e construtivista, com embasamento, solidez nos atos e nas atitudes, e tal firmeza
intelectual se ergue aliada à literatura.
Pessoas que não são leitoras têm a vida restrita à comunicação oral
e dificilmente ampliam seus horizontes, por ter contato com ideias
próximas das suas, nas conversas com amigos.[...] é nos livros que
temos a chance de entrar em contato com o desconhecido, conhecer
outras épocas e outros lugares-- e, com eles abrir a cabeça. Por isso,
incentivar a formação de leitores é não apenas fundamental no
mundo globalizado em que vivemos. É trabalhar pela
sustentabilidade do planeta, ao garantir a convivência pacífica entre
todos e o respeito à diversidade.(GROSSI,2008,p.03)
no trabalho com tal ferramenta de conhecimento, de modo coercivo, sendo que será
avaliado pela concretização desse fato.
tem a resposta para todas as perguntas não apenas para responder a questionários
dos professores. Como diz Paulo Freire: “A leitura do mundo precede a leitura da
palavra” FREIRE, (2003, p. 13). Sobre isso, é válido dizer que o aprimoramento da
leitura pressupõe um leque de conhecimentos que reflete nas situações cotidianas.
Sem contar no benefício instigante que causa ao indivíduo, pois é a leitura contribui
para a realização da aprendizagem, o enriquecimento do vocabulário, e ainda torna
o ser compreensivo e crítico ao ponto de manifestar suas opiniões ao longo da vida.
Neste sentido, constata-se que a leitura deve ter um significado para o leitor,
ela engloba um conjunto de conhecimentos relevantes para a compreensão do texto
e do mundo. De tal forma, que quando não existe leitura o indivíduo não tem
palavras para se expressar, expor suas ideias. Contudo, isso acontece quando só
existe o processo de decodificação, deixando-o sem contexto, sem lexo, sem
comunicação.
Os autores relatam ainda, que “Não adianta mandar o aluno ler dizendo-lhe:
“Leia porque a informação está aí”. Muito menos adianta mandar abrir o livro didático
e copiar o texto que lá está” RANGEL e ROJO, (2010, p. 86). Agindo assim, não
favorece o entendimento do texto, a leitura deve fluir junto com um mundo cheio de
desejos e vontades por parte do leitor. Segundo os autores a realização de cópias
desenvolve apenas atividades motoras.
Leio para meus filhos não em função das aulas sobre a segunda
infância da faculdade (não as tive), ou porque o pediatra tenha nos
recomendado isso (ele não o fez), mas porque meu pai lia para mim.
Portanto, quando chegou minha vez, eu sabia que havia uma tocha a
ser passada de uma geração para outra. (CASTLE, 2005, p. 20).
Diante de tal situação, a leitura feita em voz alta influencia mais as pessoas a
terem um prazer maior pelo ato de ler, e ainda, auxilia o aluno para que leia com
fluência, sem gaguejar. É um comportamento social que deve ser passado de
geração a geração e que os mediadores devem usar em sala de aula. “Leia em voz
alta na turma; coloque os alunos para lerem uns para os outros, porque os próprios
alunos são muito exigentes, mas são solidários e se ajudam mutuamente quando
estimulados”. RANGEL & ROJO, (2010, p. 99) Segundo eles, a leitura em voz alta é
boa mais o aluno não pode ser pego de surpresa. Ele tem de ter um tempo para
preparar a leitura, ou seja, deve ser planejada.
É essencial para o sucesso com o trabalho da leitura em sala de aula, a
utilização de um universo textual amplo e diversificado, fazendo-se necessário que o
aluno entre em contato com os vários tipos de textos que circulam socialmente, para
adquirir autonomia e escolher o tipo de texto que mais se encaixa com o seu gosto
ou com as suas necessidades. Por isso, é importante proporcionar para os alunos
diversificadas situações nas quais a leitura esteja em foco, pois se aprende ler lendo
e a interpretar o que leu interpretando. No entanto, para se formar um leitor crítico o
mais coerente é propor para o estudante leitura crítica. As estratégias de leitura,
envolvem vários tipos de conhecimentos e várias habilidades do leitor ao manusear
o texto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Nota-se que para pensar no quesito "leitura", faz-se necessária a
reorganização dos espaços em sala de aula, para que assim haja interação do aluno
com o mundo real, social ou afetivo, garantindo-lhe vivências; qualidade de troca de
pontos de vista; opiniões e dando ênfase à tomada de decisões, gerando a propícia
autonomia, que é muito importante e decisiva para a formação de um homem, um
sujeito social engajado com as questões peculiares a si e aos que lhe cercam,
dentro de uma nova sociedade e de novos e velhos conceitos.
Vale ressaltar que um tema tão abrangente como a leitura necessita de uma
pesquisa ainda mais aprofundada, visto que há vários tipos e que, eficazmente,
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conduz toda a nossa caminhada humana, pois norteia diversas atividades diárias do
indivíduo, para que aconteça um erguimento formativo do ser crítico e reflexivo.
Com o crescimento acelerado das novas tecnologias de comunicação e
informação, faz-se cada vez mais necessária a formação de leitores críticos que
sejam capazes de ler e compreender o que leem, para que possam compreender
melhor o mundo e sua própria realidade. É preciso, também, preocuparmo-nos com
a formação do professor no que compete a leitura crítica, por entender-se que
muitos desses profissionais não gostam de ler e/ou não cultivam este hábito e por
isso não desenvolvem práticas de leituras eficientes em suas salas de aulas.
Com os procedimentos mencionados anteriormente, queremos contribuir para
a formação de leitores críticos, sensibilizando os educandos de que essa formação
depende de uma prática de interpretação de textos, de uma constante atividade de
leitura.
É imprescindível argumentar que para se realizar um trabalho significativo
com a leitura o qual possa resultar em um leitor crítico, é preciso se desprender de
atividades de reprodução que visam tão somente fazer o aluno-leitor passar os olhos
sobre o texto, decodificando as palavras e se prendendo a superficialidade do
escrito. Portanto, formar o leitor crítico é uma necessidade de se construir cidadãos
também críticos, para lutarem por seus espaços na sociedade e no mercado de
trabalho, sendo autônomos e realizando seus ofícios com eficiência.
REFERÊNCIAS
SILVA, Ezequiel Theodoro da. O Ato de Ler: Fundamentos Psicológicos para uma
Nova Pedagogia da Leitura. 10.ed. São Paulo: Cortez, 2005.
LINARD, Fred; LIMA, Eduardo. O X da questão. Nova Escola, São Paulo, SP, n° 18,
abr. 2008.
GROSSI, Gabriel Pillar. Leitura e sustentabilidade. Nova Escola, São Paulo, SP,
2008.