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RESUMO: A leitura deve ser vista como um conjunto de comportamentos que se regem por
processos cognitivos armazenados na memria do indivduo, os quais afloram durante o
contexto da atividade leitura. Sendo assim, o sentido maior da leitura garantir a escrita como
um bem cultural no processo de ampliao e compreenso do mundo e, essa tarefa, no
completada apenas nas sries iniciais, uma vez que se constitui em um processo longo, que
dever ser iniciado, provocado, sustentado e desenvolvido durante as experincias escolares,
afirmando que se formam leitores na relao dialgica entre aquele que ensina e aquele que
aprende.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Leitor qualificado. Sries iniciais
ABSTRACT: The reading should be seen as a set of behaviors that is governed by cognitive
processes stored in the memory of the individual, which resurface during the context of activity
reading. Thus, the greater sense of reading and to ensure that the writing as a cultural asset in
the process of expansion and understanding of the world, and this task is not completed only in
the early grades, since it is a long process, which should be initiated as a result, sustained and
developed during the school experiences, stating that if they form readers in dialogic relationship
between one who teaches is one who learns.
KEY WORDS: Reading Reader qualified Initial series
Conceito de Leitura
O tema leitura tem sido amplamente discutido nos meios acadmicos, uma vez
que no processo de alfabetizao precede a aprendizagem da escrita. Para situarmos o
estudo a ser desenvolvido sobre leitura se faz necessrio que se busque a definio
deste termo, a luz do que j foi estudado sobre a temtica aqui abordada.
Segundo Tersariol (s/d, p. 266), leitura o ato ou efeito de ler, arte, hbito de ler;
aquilo que se ler. O ato de ler, para Brando e Micheletti (2002, p. 9):
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atravs do ato de ler que o homem interage com outros homens por meio da
palavra escrita. O leitor um ser ativo que d sentido ao texto. A palavra escrita ganha
significados a partir da ao do leitor sobre ela.
A leitura um processo de compreenso de mundo que envolve caractersticas
essenciais singulares do homem, levando a sua capacidade simblica e de interao
com outra palavra de mediao marcada no contexto social. Assim, um texto s se
completa com o ato da leitura na medida em que atualizada a lingstica e a temtica
por um leitor.
Os Parmetros Curriculares Nacionais (2001, p. 53), instrumento norteador de
apoio s prticas pedaggicas, no tpico Prtica de leitura, apresenta a seguinte
definio para a leitura:
A leitura um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construo
do significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre
o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a lngua: caractersticas do
gnero, do portador, do sistema de escrita, etc.
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O Leitor Qualificado
como prtica social de seu dia-a-dia, pois se observam crianas que chegam ao final da
quarta srie do ensino fundamental sem saber ler e escrever.
Tem-se o conhecimento a respeito das praticas de leitura em nossas escolas, as
mesmas concebem a leitura como sendo uma prtica com um nico fim: memorizar
textos e responder questes mecnicas, sem darem nenhuma oportunidade para que o
aluno possa expressar a sua criatividade.
A leitura na escola tem sido fundamentalmente um objeto de ensino, para que
esta se constitua em um objeto de aprendizagem necessrio que tenha sentido para o
aluno (PCN, 2001, p. 54). A atividade de leitura dentro da prtica docente deve
compreender uma prtica social complexa, trabalhando com diversidades de textos e
de combinaes entre eles, incluindo a leitura de mundo.
Trabalhar com leitura em uma prtica que tenha significado para a vida do
educando significa trabalhar com a diversidade de objetivos e modalidades que
caracterizam a leitura, ou seja, os diferentes para qus- resolver um problema prtico,
informar-se, divertir-se, estudar, escrever ou revisar o prprio texto (PCN, 2001, p. 5455).
Um leitor competente s pode constituir-se mediante uma pratica constante de
leitura de textos de fato, a partir de um trabalho que se organize em torno da
diversidade de texto de leitura infantil para o incio, inclusive aqueles que ainda no
sabe ler e escrever convencionalmente.
O gosto pelos livros no coisa que aparea de repente na vida da criana.
necessrio ajud-la a descobrir o que eles lhe podem oferecer. Cada livro pode trazer
uma idia nova, ajudar a fazer uma descoberta importante e ampliar o horizonte da
criana. Aos poucos ela ganha intimidade com o objeto livro. Uma coisa certa: as
histrias que os pais e filhos vem juntos formam a base do interesse em aprender a ler
e gostar dos livros.
O professor, como facilitador da aprendizagem da leitura, deve procurar conhecer
a realidade do aluno para a partir desta buscar novas metas que o ajudar a interpretar
de forma organizada os conhecimentos que o aprendiz traz consigo para a sala de aula.
Porm, partindo dessas iniciativas que o professor criar situaes de ensino que
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No entanto, para desenvolver este processo em sala de aula, ser preciso que o
professor tenha conscincia da importncia que a leitura trar para o desenvolvimento
scio-cultural de seus educandos. Por outro lado sabemos que se a leitura deve ser um
hbito. Tambm deve ser para o aprendiz fonte de prazer e lazer, interagir com o seu
meio, fazendo uso da mesma. Para isso dever ser sugerida e incentivada o mais cedo
possvel para o indivduo por seus pais e familiares atravs de contos, histrias,
cantigas e brincadeiras que possam contribuir com o desenvolvimento do processo de
construo da mesma. Isto pode acontecer, se seus pais e familiares tiverem o hbito
de praticar a leitura em casa e incentiv-las a praticar este hbito.
A leitura na escola tem sido fundamentalmente um objeto de ensino. Para que
esta se constitua um objeto de aprendizagem necessrio que tenha sentido para o
aluno. A atividade de leitura deve compreender-se uma prtica social complexa,
trabalhando com diversidades de textos e de combinaes entre eles, incluindo a leitura
de mundo. Para tanto, Silva (1985, p. 62) sugere que o ato de ler seja visto como um
instrumento de conscientizao e libertao, necessrio a emancipao do homem na
busca incessante de sua plenitude.
Um leitor competente s pode constituir-se mediante uma prtica constante de
leitura de textos de fato, a partir de um trabalho que se organize em torno da
diversidade de textos que circulam socialmente, principalmente o uso de textos de
literatura infantil para o incio de alfabetizao. Este trabalho pode envolver todos os
alunos, inclusive aqueles que ainda no sabem ler e escrever convencionalmente.
O trabalho com leitura tem como finalidade a formao de leitores competentes e
a formao de escritores, capazes de produzir textos eficazes tem origem na prtica de
leitura. O objetivo da leitura formar cidados capazes de compreender diferentes
textos com os quais se defrontam, principalmente quando os alunos no tm acesso a
bons materiais de leitura e no convivem com adultos leitores, quando no participam
de prticas, onde ler indispensvel.
Segundo Silva (1985, p. 22) O processo de leitura apresenta-se como uma
atividade que possibilita a participao do homem na vida em sociedade, em termos de
compreenso do presente e passado e em termos de possibilidades de transformao
cultural. Portanto, a escola deve oferecer materiais de qualidade para seus educandos,
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ativamente
da
sociedade
em
que
esto
inseridos
exercendo
conscientemente a cidadania.
Para valorizar a leitura ser preciso que o professor esteja consciente da sua
postura como mediador em sala de aula, criando meios que facilitem a compreenso do
processo ensino/aprendizagem, como tambm criando desafios para cada tipo de
problema, procurando a atender a todos de forma heterognea, principalmente no
processo de leitura e escrita.
Percebe-se que para transformar a educao, ser preciso que a escola cumpra
seu papel de instituio formadora de cidados crticos, conscientes e autnomos em
seu meio. Para isso, ser preciso que escola e comunidade estejam engajadas em um
trabalho conjunto, formando uma poltica educacional que possa contribuir com um
processo de mudana.
atravs do gosto pela leitura que o leitor navega no mundo de imaginao de
fantasias que desperta em si prprio o gosto pela leitura e cada vez mais ele busca
nossas fontes de prazer atravs da leitura, dependendo da forma como compreendida
e interpretada.
O amor pelos livros no coisa que aparea de repente. preciso ajudar a
criana a descobrir o que eles lhe podem oferecer. Cada livro pode trazer ima idia
nova, ajudar a fazer uma descoberta importante e ampliar o horizonte da criana. Aos
poucos ela ganha intimidade com o objeto-livro. Uma coisa e certa: as histrias que os
pais contam e os livros que pais e filhos vem juntos formam a base do interesse em
aprender a ler e gostar dos livros.
Os pais que h algum tempo vm cultivando livros com a famlia, tm na leitura
uma atividade comum e cotidiana em sua casa. possvel, entretanto, que a partir dos
doze anos, aproximadamente a criana comece a resistir aos encantos de ficar em casa
lendo e passe cada vez mais uma boa parte do tempo com grupos de amigos, cuja
influncia ir se tornando cada vez maior. A escola tambm ocupa um grande espao
em sua vida social e, dependendo da habilidade dos professores, poder ter uma
enorme influncia no gosto pela leitura. Este o momento em que, de acordo com seu
prprio nvel de experincias e habilidades, a criana poder ser capaz de assimilar,
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CONSIDERAES FINAIS
Ao trmino desse estudo, vimos que o tema o processo da leitura nas sries
iniciais do ensino fundamental, durante esta pesquisa, nos proporcionou muitas
discusses e avanos nas metodologias utilizadas nas prticas em sala de aula.
Percebemos a importncia de uma fundamentao terica que fundamente o
trabalho em sala de aula, como tambm a contribuio de uma ao coletiva que, sem
as quais ser impossvel desenvolver um trabalho de qualidade.
Sabemos que no fcil, j que o prprio sistema no oferece condies para que
os professores possam ter essa formao importante para o exerccio de sua profisso.
Mas no impossvel j que podemos aos poucos ir formando grupos de estudos para
discutirmos e refletirmos o que se passa na educao e, dessa forma, buscarmos
subsdios que possam ampliar a nossa prtica educativa.
Precisamos despertar primeiramente nos professores o interesse pela leitura, uma
vez que percebemos por parte de alguns professores a falta de interesse em
desenvolver uma prtica cotidiana da leitura. Portanto, sabemos que no s culpa dos
mesmos, mas como foi dito acima, este fruto de um sistema desorganizado. preciso
a sociedade se mobilizar para melhorar a educao, uma vez que esta no deve ser
tratada com desprezo pelos governantes. E todos os educadores devem ter essa
conscincia porque so eles que trabalham diretamente com os educandos, que devem
estar preparados para lutar pelos seus direitos e por melhorias para as suas escolas,
principalmente bibliotecas, em que possam ser encontrados bons materiais para a
prtica da leitura, para assim conseguir uma boa aprendizagem e novos conhecimentos
criativos e crticos.
Quando se discute o processo da leitura para alunos matriculados em turmas da
primeira fase do ensino fundamental questiona-se a necessidade de o professor que
trabalha com esta clientela possuir conhecimentos para a formao de bons leitores.
A leitura deve ser vista como um conjunto de comportamentos que se regem por
processos cognitivos armazenados na memria do indivduo, os quais afloram durante
o contexto da atividade leitura. Sendo assim, o sentido maior da leitura garantir a
escrita como um bem cultural no processo de ampliao e compreenso do mundo e,
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essa tarefa, no completada apenas nas sries iniciais, uma vez que se constitui em
um processo longo, que dever ser iniciado, provocado, sustentado e desenvolvido
durante as experincias escolares, afirmando que se forma leitores na relao dialgica
entre aquele que ensina e aquele que aprende.
Portanto, as atividades de leitura para alunos da primeira fase do ensino
fundamental se propem a situar o indivduo no contexto social no qual est inserido,
com o professor entendendo que alfabetizar levar o educando a entender o que ler,
de maneira que o ato de alfabetizao no se resuma a um adestramento as tcnicas
mecnicas de leitura.
REFERNCIAS
BRANDO, Carlos Rodrigues. O que educao? 12 ed. So Paulo: Brasiliense,
2003.
SILVA, Ezequiel T. da. Leitura e realidade brasileira. Porto Alegre: Mercado Aberto,
1985.
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