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Queda Livre - Fisico Quimica
Queda Livre - Fisico Quimica
Queda Livre - Fisico Quimica
AL 1.1 Queda livre: força gravítica e aceleração da gravidade (manual pag. 68, 69, 70)
Questão
Um conjunto de objetos é deixado cair. Terão a mesma aceleração no movimento de queda?
problema
Aprendizagem Essencial: Determinar, experimentalmente, a aceleração da gravidade num movimento de queda livre,
investigando se depende da massa dos corpos, avaliando procedimentos e comunicando os resultados.
De acordo com a segunda Lei de Newton, a aceleração tem sempre a mesma direção e o mesmo sentido da
resultante das forças, o que permite concluir que, durante a queda de um grave, aceleração é constante. Sendo a
aceleração constante, a aceleração média é igual à aceleração instantânea e por isso a componente escalar da
aceleração, pode ser determinada por
Esta aceleração, constante para qualquer corpo em queda livre, é designada aceleração gravítica e, ao nível médio
das águas do mar, tem módulo 9,8 m s- 2.
A determinação do módulo da velocidade é obtida indiretamente com um digitímetro associado a uma célula
fotoelétrica. O digitímetro começa a contar o tempo quando o corpo passa à frente da célula, interrompendo o seu
feixe luminoso, e termina a contagem quando este atravessar o feixe por completo. O digitímetro regista então o
intervalo de tempo, t, que um corpo de comprimento, 𝓁, demora a passar em frente à célula, pelo que se pode
determinar a componente escalar da velocidade média, nessa posição através da expressão
Esta velocidade média aproxima-se tanto mais da velocidade num instante, quanto menor for intervalo de tempo
que o corpo demora a atravessar o feixe de luz.
Nota:
Ao utilizar-se uma esfera, é necessário ter o cuidado de que seja o
diâmetro da esfera a cortar o feixe de luz da célula fotoelétrica. Se o
diâmetro da esfera não estiver alinhado com o feixe de luz, o feixe é
interrompido por um tempo menor do que o que seria se tivéssemos o
diâmetro alinhado. Como não se sabe exatamente qual a espessura do
corpo que corta o feixe, e se continua a admitir que é o diâmetro, vão
calcular-se velocidades maiores e, como resultado disso, a aceleração
determinada será maior do que se houvesse alinhamento.
1
Agrupamento de Escolas nº 3 de Rio Tinto
Escola Secundária de Rio Tinto
b) À aceleração do corpo em «queda livre», chama-se aceleração da gravidade (ou aceleração gravítica).
c) Rigorosamente, sobre a Terra atuam as forças resultantes da interação com todos os outros astros, por
exemplo, a Lua ou os outros planetas do sistema solar. No entanto, a força que o Sol exerce na Terra é muito
superior às restantes forças. Assim, ao analisar-se o movimento da Terra em relação ao Sol, pode considerar-
se apenas a força gravítica que o Sol exerce na Terra. À semelhança do que ocorre com um corpo que cai
para a Terra, pode afirmar-se que a Terra está em queda livre para o Sol.
d) Um paraquedista não está em queda livre pois as forças de resistência do ar que nele atuam não são desprezáveis.
2.
a)
b) A maçã em queda livre tem um movimento retilíneo uniformemente acelerado. A aceleração tem sempre a mesma
direção e o mesmo sentido da resultante das forças. Logo, como a resultante das forças, o peso da maçã, tem a
direção da velocidade, a aceleração também terá, o que significa que o movimento é retilíneo (a velocidade apenas
varia em módulo). O sentido da resultante das forças, e da aceleração, é também o da velocidade, o que implica
que o movimento seja acelerado. Como a altura de queda é pequena, comparada com o raio da Terra, a força
gravítica que atua na maçã é constante e, em consequência, também a aceleração, daí tratar-se de um movimento
uniformemente acelerado.
c) A aceleração de queda livre é a aceleração gravítica, e esta é igual para todos os corpos, independentemente
da sua massa.
3. Uma célula fotoelétrica pode acionar o cronómetro digital quando o feixe de luz entre as suas hastes é
interrompido ou resposto. Se um corpo atravessar o feixe de luz da célula fotoelétrica, o cronómetro mede o
intervalo de tempo que a espessura do corpo demora a passar pelo feixe. Por isso, pode calcular-se a
velocidade média do corpo pelo quociente entre a espessura do corpo e esse intervalo de tempo. Esta
velocidade média aproxima-se tanto mais da velocidade no instante em que o feixe começa a ser interrompido
quanto menor for o intervalo de tempo que o corpo demora a atravessar o feixe de luz (se o intervalo de tempo
for muito pequeno, a variação de velocidade nesse intervalo é desprezável).
4. Mede-se o intervalo de tempo que a esfera demora a percorrer a distância entre as duas fotocélulas e
determinam-se as velocidades com que a esfera atravessa as fotocélulas 1 e 2, medindo os tempos de
passagem e o diâmetro da esfera. Pode calcular-se a aceleração da esfera, que é a aceleração gravítica, pelo
quociente entre a variação de velocidade e o intervalo de tempo que a esfera demora a ter essa variação de
velocidade (intervalo de tempo que levou a percorrer a distância entre as duas fotocélulas). ; os corpos de
diferentes massas devem ter formas e tamanhos
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A experiência foi realizada com duas esferas de massas diferentes: esfera A e esfera B.
7,171 261,48
7,385 261,06
5,807 263,13
5,782 263,01
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Tratamento de dados
1. Relativamente ao tempo de interrupção do feixe de luz e ao tempo de queda da esfera A entre as células, calcule a incerteza relativa. (Apresente todos os cálculos
efetuados na tabela 3).
Tempo de interrupção do feixe de luz na célula Y (tY) Tempo de queda da esfera entre as céculas X e Y (tqueda)
7,385 261,06
ou ou
2. Calcule a componente escalar da aceleração para a esfera A e a esfera B e o respetivo erro percentual. (Apresente todos os cálculos efetuados na tabela 4).
Tabela 4
Valor mais provável Diâmetro da esfera, d Velocidade, Valor mais provável Aceleração,
Erro percentual (%)
do tY (m s-1) do tqueda (m s-2)
Esfera
̅̅̅ 𝓁 ̅̅̅
| |
(ms) 𝓁 mm (ms)
| |
A 7,222 20,50 2,839 261,41 10,86
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IV - Questões pós-laboratoriais
1. a) e b) Calculado na tabela 4.
2. As medidas diretas são as obtidas com a craveira (diâmetro da esfera) e com o cronómetro digital (tempo de
passagem da esfera em frente à fotocélula 2, e tempo que a esfera demorou a percorrer a distância da fotocélula
X à Y. As medidas indiretas são a velocidade e a aceleração.
– as esferas poderão não ter velocidade nula na posição da primeira fotocélula, pois há alguma dificuldade em
colocá-la tão perto sem que o cronómetro inicie a contagem do tempo;
– as esferas poderão também não interromper o feixe exatamente com o seu diâmetro.
(Prevê-se que ambos os erros conduzam a uma determinação da aceleração gravítica com um erro por
excesso).
4. Com base nos resultados da experiência, indique, justificando, se a aceleração gravítica depende da massa do
corpo.
A esfera de maior raio tinha uma massa maior do que a mais pequena. Porém, os valores encontrados para as
acelerações das duas esferas são muito próximos (mas maiores que o valor tabelado). As diferenças poderão
resultar dos erros experimentais identificados em 3. Então, pode concluir-se que a aceleração de queda livre não
depende da massa. (Contudo o valor da aceleração da gravidade não é uma constante universal, uma vez que
depende do planeta assim como da altitude e latitude do lugar onde o corpo se encontra.)
5. O resultado mais exato é o que apresentar menor erro percentual. Logo, o valor medido para a esfera de menor
raio foi mais exato. (comparar os erros percentuais na medida da aceleração gravítica de cada esfera, calculado
na tabela 4, e concluir.
6. Se o diâmetro da esfera não estiver alinhado com o feixe de luz, o feixe é interrompido por um tempo menor do
que o que seria se tivéssemos o diâmetro alinhado. Como não se sabe exatamente qual a espessura do corpo
que corta o feixe, e se continua a admitir que é o diâmetro, vão calcular-se velocidades maiores e, como
resultado disso, a aceleração determinada será maior do que se houvesse alinhamento.
7.
a) ̅̅̅
. ( ̅̅̅ ).
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b)
Diâmetro de passagem na célula entre as duas
da esfera /mm 2/ms células/ms / m s1 / m s2
(±0,05) (±0,1) (±0,1)
8,4 223,7
8,5 220,5
As precisões de cada um dos aparelhos de medida utilizados foram diferentes. Por isso, as medidas efetuadas
não têm o mesmo número de algarismos significativos.
O arredondamento da medida com mais algarismos significativos, ficando ambas com o mesmo número de
algarismos significativos, conduz a valores de medidas iguais. Logo, têm igual exatidão.
8. A esfera de maior raio tinha uma massa mais de duas vezes maior do que a mais pequena. Porém, os valores
encontrados para as acelerações das duas esferas são muito próximos, sendo que as diferenças verificadas
resultarão de erros e de incertezas nas medidas efetuadas. Então, pode concluir-se que a aceleração de queda
livre não depende da massa. Logo, os amigos teriam a mesma aceleração de queda.
1. Dividindo o diâmetro da esfera por ̅̅̅ , determina-se um valor aproximado do módulo da velocidade da esfera
no instante em que esta se encontra em frente da célula fotoelétrica y, .
1.1.1 Ao determinar por este método, que aproximação se faz?
Considera-se que é igual ao módulo da velocidade média da esfera, no tempo que esta demora a
passar em frente da célula y. OU [Considera-se que] a velocidade.
OU o módulo da velocidade da esfera é constante, no tempo que esta demora a passar em frente da
célula .
OU Considera-se que o movimento da esfera é retilíneo e uniforme, no tempo que esta demora a
passar em frente da célula
1.1.2 O cálculo de pressupõe que a esfera interrompe o feixe luminoso da célula B pelo seu diâmetro. No
entanto, um erro experimental frequente decorre de a esfera interromper, de facto, o feixe luminoso
por uma dimensão inferior ao seu diâmetro.
Quando este erro ocorre, indique se o valor de calculado é superior ou inferior ao verdadeiro e se o
erro associado é por excesso ou por defeito no valor experimental do módulo da aceleração gravítica.
2. Calcule a componente escalar da aceleração para a bola A, recorrendo apenas à equação das posições (2º
Método).
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Material e equipamento
Marcador electromagnético, Fita de papel (1,2 m), Régua, Máquina de calcular gráfica e Cilindro metálico.
Esquema de montagem
Analisar as marcas obtidas na fita do marcador electromagnético e determinar o valor da aceleração da gravidade.
Tratamento de dados
Na seguinte tabela estão registados alguns dos valores das grandezas medidas na fita (tempo e posições
correspondentes).
Questões
0,00 0,0000 1. Faça o esboço do gráfico da posição em função do tempo durante a descida.
0,10 0,0700
0,15 0,1365
0,20 0,2210
0,30 0,4550
0,35 0,6080
0,40 0,7850 2. Utilizando a calculadora gráfica, trace o gráfico do quadrado do tempo que a esfera
0,45 0,9870 demorou a percorrer a distância entre as células, , em função da distância percorrida,
0,50 1,2160 .
0,55 1,4600
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VII- Exercícios
1. Considere que um corpo foi abandonado de uma altura em relação ao solo. Despreze a resistência do ar.
Deduza as expressões que permitem calcular o tempo de queda e o módulo da velocidade da esfera no instante
em que atinge o solo.
2. Dois corpos A e B foram abandonados da mesma altura, . A massa do corpo B é o dobro da massa do corpo A.
1. Qual das expressões traduz o módulo da velocidade, , com que cada esfera passa na célula Y?
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3. Para cada uma das três esferas, A, B e C, mediram-se o diâmetro, d, o tempo de passagem das esferas pela célula
Y, , e o módulo da velocidade, , com que cada esfera passa na célula Y, apresentados na tabela à direita.
a) Preveja, fundamentando sem efetuar cálculos, se a aceleração gravítica depende da massa das esferas em
queda livre.
Ensaio / ms
1.o 222,6
o
2. 219,1
3.o 218,8
c) O erro percentual da medida da aceleração gravítica da esfera C foi 7,2% por excesso.
Determine o módulo da aceleração gravítica da esfera C obtido experimentalmente.
Considere como referência para o módulo da aceleração gravítica.
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1. (A)
O intervalo de tempo que a esfera demora a passar pela célula Y, , é muito pequeno, pelo que se pode afirmar
que, nesse intervalo de tempo, a velocidade da esfera é praticamente constante.
Assim, pode calcular-se um valor aproximado da velocidade em Y através da velocidade média correspondente a
um deslocamento da esfera igual ao seu diâmetro (no intervalo de tempo, , de interrupção do feixe de luz na
2. (A)
Se a distância, , aumentar, a esfera deverá demorar mais tempo para a percorrer, o que implica que adquira
maior velocidade, visto que se move com aceleração constante. Se passar em frente à célula Y com maior
velocidade, irá percorrer uma distância igual ao seu diâmetro em menos tempo. Ora, este é o intervalo de tempo,
.
3.
a) Após terem percorrido a mesma distância, partindo do repouso, as velocidades com que as três esferas, de
massas diferentes, passam na célula Y são aproximadamente iguais.
Como, partindo do repouso, as variações de velocidade das três esferas são aproximadamente iguais para a
mesma distância percorrida, prevê-se que o tempo necessário para percorrer essa distância seja também o
mesmo. Logo, as suas acelerações são aproximadamente iguais.
Portanto, prevê-se que a aceleração de um corpo em queda livre, aceleração gravítica, não dependa da massa
do corpo.
b) O valor mais provável do tempo que a esfera demora a percorrer a distância entre as células X e Y é
.
c) O erro absoluto, , desvio do valor experimental em relação ao valor exato
, pode ser determinado a partir do erro relativo:
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