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Resenha Coração e Alma
Resenha Coração e Alma
Resenha Coração e Alma
RESENHA
OUWENEEL, Willem. Coração e alma: Uma perspectiva cristã da Psicologia.
São Paulo: Cultura Cristã, 2014.
Segundo o autor, “tudo o que ocorre nas estruturas mentais está sob controle de nosso
coração” (p. 72).
Muitos pensadores consideram o homem meramente como um animal racional.
A Sagrada Escritura dá mais importância a esse pensamento que imagina, medita e está
cheio de sentimentos. Todavia, mesmo o pensamento sendo uma faceta da vida
espiritual, ele não está sob o controle da vida sentimental ou intelectual, mas governado
pelo coração.
Um homem pode pertencer a uma igreja ou algum outro grupo apenas para
atender demandas intrínsecas. É como um cristão nominal que frequenta uma entidade
religiosa, goza de um testemunho aparentemente ilibado, se relaciona com os demais
membros, porém seu coração está longe de Deus. Como disse Jesus: Este povo honra-
me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim (Mateus 15:8). É o coração
que mostrará quem o homem é verdadeiramente.
No capítulo cinco, Ouweneel, fala sobre a personalidade normal descrevendo o
desenvolvimento do “ethos” ou da condição ético-religiosa de uma pessoa. Para ele,
mesmo que muitos dos valores e normas sejam diferentes para pessoas de culturas
distintas, existe um padrão mínimo existente no desenvolvimento moral das pessoas.
Como se todos tivessem algo em comum em sua avaliação moral. Sendo assim, todos
os homens, ainda que pecadores, tem uma capacidade moral comum entre si.
Além dessa capacidade moral intrínseca ao homem, este também é um ser
relacional. Uma personalidade normal é caracterizada pela capacidade de se relacionar
de forma funcional. Sendo o homem pecador, pode ser que este baseie seus
relacionamentos pelo principio da atração. Se o outro for belo, talentoso ou simpático
pode provocar interesse dos demais. Mas isso ocorre geralmente com estrelas do
esporte ou ciência, por exemplo. Todavia, pode ocorrer o oposto quando alguém
próximo é perfeito de mais ou superior em seus feitos. Isso pode provocar uma reação
de repulsa, pois as qualidades de um podem ressaltar os defeitos do outro. Dessa
forma, segundo Ouweneel, “pecadores juntos’ se sentem mais à vontade” (p. 98).
No capítulo seis, o autor fala sobre a personalidade anormal abordando os
critérios comumente utilizados para a classificação e definição do que é tido como
anormal. Essa definição é complicada de se explicar por ser muito reducionista por
parte dos teóricos e da divergência entre eles. As doenças mentais não podem ser
reduzidas apenas a causas físico- bióticas ou transtornos corporais. De um lado se vê o
SEMINÁRIO TEOLÓGICO “REV. DENOEL NICODEMOS ELLER”
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