NossoDeus-Pag 1a50
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Conteúdo licenciado para Breno de Assis Santos Neres - 038.145.793-13
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COMO SER UM BOM
TEÓLOGO?
Se, pois, a teologia é uma ciência, então ela deve incluir algo
mais do que o mero conhecimento de fatos. Deve abranger
uma exibição da relação interna desses fatos, um com o
outro, e cada um com um todo. Deve ser capaz de
demonstrar que, se um for admitido, os outros não podem
ser negados.
Pelo exposto acima, ainda a luta continua, porém, cremos que a teologia
pode gurar como ciência no seu aspecto em que se classi ca como um
estudo sério e cuidadoso das páginas das Sagradas Escrituras, em especial da
questão de relacionar os fatos visíveis com aquilo que o próprio texto expõe.
Proceder assim é relevante para que a gura dos dois tipos de teólogos
venha surgir:
Qualquer pessoa pode ser teólogo nesses dois sentidos, mas alguém poderia
perguntar: mas como ser um bom teólogo? Esse é o grande problema, pois
eu posso ser um teólogo livre, bom ou ruim, como posso também ser um
teólogo formado, bom ou ruim.
Para responder a essa pergunta, quanto à questão do bom teólogo, posso
dizer que o bom teólogo é aquele que tem no coração o temor de Deus, que
se aproxima Dele com total reverência, que sabe tirar as sandálias dos seus
pés, são esses teólogos que podem ter mais conhecimento de Deus, porque
amam de fato a Palavra do Senhor (Êx 3.5; Pv 1.7. Sl 119.99).
Portanto, quem deseja ser um bom teólogo precisa render-se diante da
Palavra de Deus, pois nela Deus concedeu ao homem o registro de suas
revelações, que se deu das mais diversas formas (Hb 1.1). Richard J. Sturz3
está certo quando diz:
Estudar sobre Deus é algo que deve ser feito com fé, mas também com a
mente, note que o salmista falou que devemos olhar para a criação com a
nossa razão, e glori car ao Deus criador por tudo o que Ele fez (Sl 19.1.1-4).
Assim como fé as obras devem andar juntas, fé e razão não podem separar-
se, especialmente no que tange ao estudo da Palavra de Deus. Pedro disse
que nós temos que estar preparados para responder com mansidão os que
pedirem “razão” da nossa fé (1 Pe 3.15).
Por causa do pecado o homem passou a pensar errado sobre Deus, isso está
provado na própria Bíblia (Rm 1.18-32). O teólogo A. B Langston6 nesse
particular pontua com precisão, quando esclarece que os poderes mentais do
homem, tudo foi corrompido pelo pecado:
a. Deus (2 Tm 3.16).
b. Diabo (1 Tm 4.1-4)
Prolegômenos e teologia
A teologia
A teologia bíblica atenta para os motivos pelo qual determinado texto foi
escrito, procura conhecer a vida de cada autor, a quem se dirigiu o livro. Por
último, quem se detém ao estudo da teologia bíblica sistemática, deve saber
que ela tem o seu lado progressivo, por isso as revelações não foram
concedidas todas em uma só vez, mas que envolveu muitas outras questões:
tempo, diversas pessoas, lugares diferentes, culturas diferentes. Só que hoje o
que está na Bíblia já foi concluído.
Vamos encerrar esse ponto dizendo o seguinte: a teologia deve ser bíblica,
sua fonte não pode ser outra coisa senão a Palavra viva de Deus. Um
estudante de teologia pode buscar outras fontes de estudos, mas a que pode
realmente gerar uma doutrina sadia e verdadeira é a Bíblia Sagrada.
A teologia sistemática procura mostrar de modo organizado às revelações de
Deus contidas na Bíblia, jamais ela deve procurar desfazer das verdades
escriturística, pois ninguém tem essa autoridade, nem mesmo os anjos ou
qualquer outro obreiro (Gl 1.8).
8 SPROUL, R. C. Somos todos teólogos: uma introdução à teologia sistemática, São José dos Campos,
São Paulo: Fiel, 2017. p. 16.
9 SAWYER, M. James, Uma Introdução à Teologia: das questões preliminares, da vocação e do labor
teológico, São Paulo: Editora Vida, 2009.p. 222.
O que é fundamento?
Já falamos que a fonte da nossa teologia é a Bíblia, sendo assim, temos que
buscar a sua compreensão da melhor maneira possível, usando bem a
exegese e a hermenêutica, pois somente desse modo iremos construir bem a
nossa fé.
Não se começa uma estrutura espiritual estudando livros exaustivos de
teologias, pensamentos de renomados teólogos, pois sabemos,
historicamente, que os grandes estudiosos do passado se converteram com a
simples mensagem da Palavra do Senhor. Antes de fazer o prédio
precisamos primeiro dos alicerces, depois vêm os pequenos tijolos. Nossa fé
começa com as pequenas passagens dos textos bíblicos (Ef 2.20-22).
Não podemos negar a grande contribuição dos teólogos patrísticos e
medievais no campo teológico, mas também somos cônscios dos muitos
erros que ainda hoje afetam a nossa fé e que vieram de suas interpretações
complicadíssimas, por isso precisamos seguir o mesmo método de Jesus no
uso dos ensinos da Palavra de Deus: Ele fazia de maneira bem simples
usando as parábolas, dando exemplo de coisas que as pessoas faziam no seu
viver diário.
Nós temos em nossas Bíblias dois testamentos: O Velho e o Novo. O Velho
Testamento estava em processo de construção, era progressivo, apontava
para tudo o que iria acontecer. O Novo Testamento é fechado, o
complemento cabal, sendo assim, sua importância para a questão
doutrinária é mais relevante. O Velho Testamento seria como uma
Note que nas palavras de Alister o que se percebe é que essa sistematização
se dá do ponto de vista da fé por meio do credo apostólico. Na segunda
conotação a de nição é mais metodológica, esclarecendo como tudo está
organizado.
A teologia exegética
b. Por qual motivo não podemos estudar a Bíblia somente espiritualizando? (1 Co 14.15)
(Rm 12.1)
d. O que é Teologia? De que maneira deve ser feito os estudos teológicos, segundo Mc
12.30 e Sl 19.1-3?
g. Se alguém desejar ser um bom estudante de teologia, quais pontos que deve ter em
mente, biblicamente?
h. “Um bom e verdadeiro teólogo quem faz não são os livros”, discorra sobre essa
a rmativa tendo como base Jo 16.12-15.
Os liberais
Neo-ortodoxia
Os ortodoxos
12 SAWYER, James M. Uma Introdução à teologia: das questões preliminares, da vocação e do labor
teológico, São Paulo: Editora Vida, 2009. p. 133.
Não parece nada de mais tentar adaptar as verdades da Bíblia para o povo de
sua época, nesse caminho andou os apóstolos, e o grande teólogo do terceiro
século, Orígenes. Mas é bom entender o seguinte: os apóstolos procuraram
falar do mesmo Evangelho apenas usando metodologia diferente para outras
pessoas, sem alterar o seu conteúdo, conforme fez Paulo. Fiz-me como fraco
para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para pôr
todos os meios chegar a salvar alguns. (1Co 9:22).
Os servos de Deus no passado procuravam levar a verdade divina
adaptando-a a cada situação dos seus ouvintes. Assim, os teólogos alemães
tiveram a intenção de romper com o abismo existente entre a Bíblia e o
homem moderno, daí buscaram adaptar essas verdades tornando-as
acessíveis à modernidade.
No século dezoito o que se dava ênfase demasiada era a con ança na razão
do homem, é bom lembrar que ainda no século 18 dezoito o pietismo seguia
esse caminho, pois dava-se ênfase ao homem e suas experiências. Entende-
se então que o iluminismo e o pietismo estavam a nados na questão de se
con ar no homem.
Essa teologia brotou da análise feita por um grupo de teólogos, que de modo
racional buscaram dar uma interpretação da existência da igreja. Eles diziam
que a igreja surgiu porque se apegou a um mestre do judaísmo denominado
de Jesus, o qual não era Deus, mas que os seus seguidores, especialmente
seus discípulos o tornaram Deus.
É bom lembrar que foi nesse tempo também, do século XIX que a Bíblia foi
totalmente marginalizada, na verdade, se fazia a leitura e estudo dela,
porém, sua leitura não era feita com o objetivo de se viver o que ela pregava,
mas para criticá-la. Sabemos que desde o momento do Iluminismo, a Bíblia
passou a ser lida não mais como Palavra de Deus, no seu aspecto dogmático,
mas tão somente como um documento qualquer, assim, claramente no
século XIX a Bíblia será analisada e estudada por homens anti-
sobrenaturais.
Foi nesse tempo que o Velho Testamento foi seriamente combatido,
sofrendo críticas severas, que dentre muitas coisas que começaram a criticar
a Bíblia, passaram a dizer que os livros de Moisés, o Pentateuco, jamais
foram escritos por Moisés, e que esses cinco livros na verdade foram escritos
em tempos posteriores, ou seja, em um período tardio na história de Israel,
fundamentado em documentos antigos, de modo que tal conteúdo
originou-se de muitas outras fontes, o que é denominado de hipótese
documentária ou então a dita teoria JEDP14. Eles passaram a dizer que o
livro do profeta Isaías foi escrito por dois autores, o livro de Daniel era
intertestamentário.
Também o Novo Testamento não cou de fora, ele sofreu críticas pesadas,
em especial no tocante a Jesus Cristo, que para Ele deram diversas vidas,
pois buscou-se voltar para Ele através do homem histórico na apresentação
dos textos dos Evangelhos.
a. Cristianismo judaico-tese.
Segundo Baur, a primeira fase da igreja era petrina, tendo seu fundamento
em Mateus e Apocalipse. A segunda fase seria paulina, fundamentando-se
nas cartas de Paulo: Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas e Lucas. A terceira
fase estaria rmada em Atos e João. Entende-se então que Baur, segundo
suas análises racionais, pôde mudar a mensagem do Novo Testamento.
Consubstanciando esse seu pensamento, M. J. Sawyer, diz:
Opondo-se ao naturalismo
Adolf von Harnack (1851-1930) foi aluno de Ritschl, esse andou nos passos
do seu mestre, a rma-se que ele é o maior emblema da teologia liberal. Diz-
se que Adolf foi o maior historiador do cristianismo em sua época, sua obra
tornou-se um modelo padrão para o outro século vindouro, uma de suas
obras de destaque é a História Dogmática (History of Dogma), apesar dos
seus méritos, ele caminhou grandemente na estrada do liberalismo.
Para Adolf Von Harnack, o original do Evangelho era puramente
corrompido, no período do Novo Testamento, ele transforma a religião de
Jesus acerca de Jesus. Segundo ele, tudo ca ainda mais corrompido desde
que o cristianismo vai deixando sua gênese judaica e entrando para o
contexto do mundo helenista, visto que é aí que a mensagem tanto em
referência a trindade e as duas naturezas de Cristo será plenamente
distorcida. Para Adolfo o que o teólogo precisava fazer era tão somente
buscar um retorno ao Evangelho tirando os elementos do helenismo e
buscando apresentar somente aquilo que fosse real e permanente. Na
13 MCGRATH E. Alister, Teologia Sistemática: sistemática, histórica e losó ca- uma introdução à
teologia cristã. P. 138.
14 J-Javé como nome de Deus. E- Elohim. D- Deuteronomista. P- Sacerdotal.