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TRABALHO PPB - 2ºsemestre - Noite VALENDO

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FACULDADE PLUS

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
2º SEMESTRE – PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS

TÂNIA LIMA SOUSA

RESUMO DO CAPÍTULO 7: INTELIGÊNCIA E TESTE DO LIVRO


INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA (LINDA DAVIDOFF)

FORTALEZA – CE

2021
TÂNIA LIMA SOUSA

RESUMO DO CAPÍTULO 7: INTELIGÊNCIA E TESTE DO LIVRO


INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA (LINDA DAVIDOFF)

Trabalho para composição de nota da


disciplina de Processos Psicológicos
Básicos do curso de Psicologia, da
Faculdade Plus, sob orientação da
Professora Mestra Iara Fernandes
Teixeira.

FORTALEZA – CE

2021
Definição de Inteligência

Não há um consenso entre os psicólogos sobre o que seria a inteligência e


sobre a centralidade do comportamento considerado inteligente.
Alguns realçam: a) o pensamento abstrato e o raciocínio; b) as capacidades que
possibilitam a aprendizagem e a acumulação de conhecimentos; c) a competência
social. Inclusive, para os psicólogos da atualidade, não é possível determinar um
único fator do qual dependam todas as habilidades cognitivas.

O ponto de vista dos fatores múltiplos da inteligência foi adotado pelo


psicólogo. L. L. Thurstone (1938) que “alegava que o conceito de inteligência geral
de Spearman abrangia, na verdade, capacidades múltiplas. Thurstone mediu sete
componentes com um famoso teste denominado Capacidades Mentais Primárias”
(p. 283). Os sete componentes verificados foram: a) Rapidez e precisão nas
operações matemáticas básicas; b) facilidade de acessar um vocabulário
específicos; c) entendimento fácil de ideias em forma de palavras; d) uso da
memória; e) raciocínio; f) percepção e g) capacidade de identificar objetos com
rapidez e precisão.

Velocidade Cognitiva

Assim como acontece no senso comum, muitos pesquisadores cogitam que


pessoas consideradas brilhantes devem possuir um raciocínio mais rápido. Contudo,
questão da velocidade cognitiva é complexa (p. 284), pois alguns tipos de
comportamento inteligente estão ligados à velocidade, contudo, não é obrigatório
que os mais rápidos tenham sempre o melhor desempenho. Do contrário, pessoas
com altos resultados em testes de inteligência costumam ser ineficientes quando
estão diante de um problema pela primeira vez e adquirem velocidade com a prática.
Outro dado interessante sobre a inteligência é interligação entre a aprendizagem e
altos níveis de motivação.

Hereditariedade e Ambiente

Novamente, não há uma unanimidade entre os psicólogos, porém, há um


acordo em apontar a hereditariedade e o meio ambiente como influenciadores da
inteligência. Alguns psicólogos acreditam na predominância da hereditariedade em
relação à capacidade de memorização de curto prazo e velocidade de recuperação,
a partir, da memória de longo prazo, enquanto o ambiente influencia estratégias para
solução de problemas e o monitoramento do próprio desempenho.

Definições Universais

Os conceitos acerca da inteligência variam de cultura para cultura (p. 285),


por isso, definições de inteligência precisam levar em conta a cultura. Embora as
mesmas capacidades mentais existam em todas as culturas, os valores de cada uma
ditam quais delas são apreciadas e cultivadas e quais não.

Perspectiva Operacional

Inicialmente, o objetivo para definir o conceito de inteligência era a intenção


de categorizar e distinguir alunos ditos ignorantes dos brilhantes. A escola
behaviorista define a inteligência através de conceitos operacionais lidaram com o
problema da definição da inteligência definindo-a operacionalmente medidos através
dos testes de inteligência. Quando a psicologia cognitiva passou a predominar, os
investigadores manifestaram insatisfação com essa abordagem circular (p.285).

Abordagem Cognitiva

Estudos da abordagem cognitiva apontam para a existência de três tipos


distintos de habilidades de processamento de informação para a chegada em
resoluções de tarefas mentais complexas: a) codificação de termos através de
informações da memória de longo prazo; b) inferência entre os elementos dos dois
primeiros termos da analogia e c) mapeamento da relação que liga a primeira metade
da analogia à segunda metade. Segundo Sternberg, a definição cognitiva de
inteligência de depende de um programa de pesquisa voltado ao rastreamento dos
componentes que ajudam as pessoas a se comportar de modo inteligente. (p. 286)

CONSTRUINDO TESTES PSICOLÓGICOS PADRONIZADOS

Teste psicológico é uma tarefa única ou um conjunto de tarefas concebidas


para fornecer informações sobre algum aspecto da capacidade, do conhecimento,
das habilidades ou da personalidade humana (p.286).
Seleção de Itens de Testes

Para a elaboração de testes padronizados existes vários critérios muito


importante para a escolha dos itens que irão fazer sua composição. São eles: a)
deve haver um grande número de itens; b) devem solicitar o uso de habilidades que
se encontram na faixa do examinando; c) os problemas apresentados devem ser
interessantes; d) as questões do teste não devem favorecer ou discriminar qualquer
grupo para o qual o teste seja direcionado; e) as perguntas devem ser justas no que
se refere à notação numérica.

Avaliação de Itens de Testes

Após serem transcritos, os itens dos testes precisam ser revisados e testados
para a certificação de que cumprirão seus objetivos. A revisão é feita por um grupo
de revisores independentes e os testes em uma grande amostragem de pessoas.
Essa primeira certificação permite aos cientistas sociais avaliarem se os itens estão
adequados e se fornecerão as respostas das seguintes importantes perguntas: a) os
itens específicos são muito fáceis ou muito difíceis? b) as respostas corretas a uma
determinada questão tornam-se mais prováveis com a idade? c) o desempenho em
cada item correlaciona-se com o desempenho geral no teste? Os itens que superam
todos esses obstáculos sobrevivem, mas o teste em si está muito longe da perfeição.

Garantia de Objetividade

Os testes livres da parcialidade do examinador são considerados testes


objetivos e várias são as estratégias utilizadas para a garantia da objetividade, como
por exemplo, propor perguntas com uma única ou várias respostas corretas, e
descrever procedimentos padronizados e uniformes. Para obter critérios uniformes
de contagem de pontos, os elaboradores de testes reúnem informações de um grupo
de referência.

Avaliação da Precisão

Precisão refere-se à consistência, estabilidade ou capacidade de reprodução


de uma medida e, geralmente, é uma preocupação para as medições psicológicas.
Sobre a precisão que interessam aos psicólogos, incluindo as seguintes: a) quando
diferentes examinadores fazem a contagem dos escores de um mesmo teste, suas
avaliações são coerentes entre si? b) os itens do teste são coerentes? c)
mensurações repetidas em diferentes pontos do tempo por formas idênticas ou
semelhantes de um teste geram contagens de pontos similares? (p. 288)

Validade

Considera-se a validade de um teste quando ele for capaz de medir aquilo


para o qual foi pensado. Contudo, pode ocorrer precisão sem validade. A precisão,
porém, costuma ser necessária para a validade. No caso dos testes de inteligência,
a precisão é sempre importante (p.289). Estabelecer a validade é uma tarefa
complexa. Uma pessoa que vai bem em um teste de inteligência deve sobressair-se
em testes de solução de problemas e raciocínio. Para os testes de inteligência, as
medidas de critério incluem testes de solução de problemas e formação de conceitos
e notas escolares.

Há ainda outra dificuldade no que se refere à validade, uma vez que, os testes
não são inteiramente válidos e pode-se afirmar a existência de graus de validade.
Se a validade for alta, a predição será razoavelmente correta. Caso for baixa, a
predição será bastante incerta. Como se pode imaginar, não é possível cravar
nenhuma previsão, pois dentro de um grupo, não se leva em conta circunstâncias
individuais.

MEDINDO A INTELIGÊNCIA

Possivelmente, Francis Galton foi um dos primeiros cientistas a pesquisar


seriamente sobre a inteligência. Ele considerava a possibilidade de, por influências
genéticas, uma família fosse mais propensa a ter membros brilhantes do que outra.
Levando em consideração que as pessoas apreendem conhecimento a partir de sua
relação por meio das sensações, Galton, observou pessoas mentalmente incapazes
e com dificuldades motoras e perceptivas, contudo, chegou à conclusão de que as
medições dos testes sensório-motores não apresentaram uma boa correlação com
resultados de notas escolares ou outras indicações práticas de inteligência. Em
consequência, esse método foi abandonado no início dos anos de 1900.
Teste de Inteligência de Alfred Binet

Todavia, foi Alfred Binet quem criou a primeira medição prática da inteligência
por meio da observação das habilidades cognitivas como medidas de inteligência. O
projeto de Binet teve significativa arrancada. Em 1904. Nesse ano, Binet foi nomeado
pelo governo para um estudo sobre problemas de ensino em crianças retardadas. O
grupo concluiu que se deveria identificar as crianças mentalmente incapazes e dirigi-
las a escolas especiais. Binet e seus colaboradores começaram a trabalhar em um
teste que distinguiria as crianças que poderiam daquelas que não poderiam se
beneficiar do ensino regular (p.290).

O índice de inteligência era medido pela diferença entre a idade cronológica


e o nível mental das crianças e quando os níveis mentais estavam dois anos abaixo
de sua idade real eram consideradas retardadas. Apesar disso, Binet não era a favor
de classificar cada examinando pelo resultado do teste e de atribuir-lhes números
para descrever seus desempenhos.

Em 1916, Lewis Terman, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos,


fez uma revisão amplamente aceita do teste de Binet. Esse teste ficou conhecido
como Stanford-Binet e adotava o parâmetro do Q.I. que é um número que descreve
o desempenho relativo em um teste através da comparação de indivíduos diferentes
com a mesma idade. A idade mental era dividida pela idade cronológica e o resultado
multiplicado por 100.

Ainda que os resultados sejam expressos em números, seu significado não


pode ser considerado exato por causa das divergências sobre as opiniões sobre
eles. A questão do que significam os resultados de Q.I. corresponde à questão da
validade.

Testes de Inteligência Atuais

As ideias de Terman a respeito de testes de inteligência foram adotadas no


mundo todo porque seu modelo "funcionava" em um sentido prático. O modelo
permitia que examinadores treinados atribuíssem à inteligência um número que
parecia razoável e o resultado poderia ser alcançado após uma sessão de uma hora.
Embora poucos cientistas sociais tenham questionado a ideia básica da
Escala Stanford-Binet, alguns tentaram aperfeiçoá-la, construindo novos
instrumentos em linhas parecidas. Para poupar tempo e dinheiro, os psicólogos
desenvolveram testes que podiam ser aplicados em grupo. Atualmente, há mais de
200 testes de inteligência sendo usados por educadores nos Estados Unidos.

HEREDITARIEDADE E INTELIGÊNCIA MEDIDA

Seguindo uma lógica típica estadunidense, o desempenho das pessoas em


testes mentais depende tanto de sua experiência quanto de seus genes, ou seja, a
hereditariedade teria função primordial. Para fundamentar essa afirmação, são
usadas três fontes principais de evidências: estudos de adoção, de gêmeos de
famílias, e de anormalidades hereditárias. Os resultados demonstram que quanto
maior a proporção de genes em comum de dois membros de uma família, tanto maior
a correlação média entre seus Q.ls.

Como a Hereditariedade Favorece a Inteligência Medida

Há ainda outra questão acerca da hereditariedade a discutir. Como a herança


influencia o desempenho em um teste? Ainda que as pessoas não herdem
comportamento; os pais passam adiante estruturas fisiológicas e a química que
tornam mais prováveis uma série de comportamentos, sob determinado ambiente
(p. 295). Os pesquisadores apontam que existem três tipos de interação: a) passiva:
onde mães e pais geneticamente relacionados propiciam um determinado ambiente
de criação que é parcialmente o resultado de sua hereditariedade; b) evocativa: a
hereditariedade da criança ajuda a modelar suas qualidades mentais e de
personalidade, as quais evocam respostas previsíveis do meio ambiente; c) ativa: as
pessoas selecionam e atentam para aspectos de seu meio ambiente, os quais se
entremeiam com sua herança genética.

AMBIENTE E INTELIGÊNCIA MEDIDA

Os cientistas sociais concordam que diferentes ambientes fomentam


diferenças entre indivíduos na inteligência medida. Embora a influência do ambiente
sobre a inteligência não seja questionada, é interessante destacar precisamente o
que o ambiente faz à capacidade mental. Para a discussão a autora, considera
apenas algumas das influências físicas e sociopsicológicas que sabidamente afetam
a inteligência medida.

Desnutrição

A influência da desnutrição sobre a inteligência é um tópico complexo, pois


os estudos não foram conclusivos. À primeira vista, a desnutrição parece afetar os
níveis de inteligência. Quando ocorre logo no início da vida, dados sugerem que a
desnutrição pode prejudicar a estrutura e o funcionamento do sistema nervoso e
reduzir a capacidade intelectual (p. 297).

Toxinas

Toxinas são venenos que provêm de plantas, animais, microrganismos ou


tecnologia. As toxinas que podem prejudicar o sistema nervoso são chamadas de
neurotoxinas. As emissões provenientes do escapamento de veículos e da indústria
depositam altos níveis de chumbo no solo e na poeira. Níveis mais altos de chumbo
foram associados a desempenhos piores em testes de inteligência, habilidades de
aprendizagem reduzidas e menor capacidade de concentração. Até mesmo níveis
relativamente baixos de chumbo (outrora considerados inócuos) foram relacionados
com esses problemas.

CONSTRUCTOS MENTAIS RELACIONADOS

A inteligência é apenas um dos aspectos do funcionamento mental. Há uma


série de outras dimensões relacionadas a considerar: estilos cognitivos,
aproveitamento escolar e aptidão escolar.

Estilos Cognitivos

As pessoas lidam com tarefas mentais usando diferentes modos de perceber


e pensar aquilo que os psicólogos chamam de estilos cognitivos.

Aproveitamento Escolar

O aproveitamento escolar refere-se ao rendimento obtido na escola. As


pessoas precisam ter um certo nível de inteligência para ter aproveitamento, mas o
rendimento escolar depende também de motivação, interesse e ajustamento.
Aptidão Escolar

A aptidão escolar refere-se à capacidade que um indivíduo tem de se


beneficiar com a educação formal. Em suma, a inteligência e a aptidão escolar são
muito semelhantes.

Os testes mentais ajudam a reunir informações sobre o intelecto e sobre as


diferenças individuais e de grupos ajudam também a selecionar indivíduos
adequados para oportunidades limitadas ou expandidas. Podem surgir sérios
abusos se os dados dos testes forem usados para, por exemplo, por crianças de
minorias e pobres em trajetórias de reforço e vocacionais que não permitam
desenvolver seu potencial.

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