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Teorias de Inteligência - Considerações Críticas
Teorias de Inteligência - Considerações Críticas
Teorias de Inteligência - Considerações Críticas
Este módulo será o primeiro de três a tratar das Teorias de Inteligência. Este centralizará sua
atenção no conceito de Inteligência como capacidade cognitiva, a fim de, estabelecer
algumas considerações críticas iniciais. O capítulo de ALMEIDA, L. S.; PRIMI, R.,
Considerações em torno da medida da inteligência, em: PASQUALI, L. e cols., Instrumentação
Psicológica: fundamentos e práticas. Artmed. 2010. p.386-410 iniciará com um breve relato
sobre a polêmica em torno da definição e em torno da medida de inteligência. Salienta as
críticas sobre a descrição fatoralista da inteligência, que eram descritas a partir de seu
desempenho e não de sua essência, bem como, da psicologia cognitiva, que apesar dos
experimentos não conseguiu uniformidade de posições. Contudo, apesar das considerações é
importante conceituar pelo menos duas abordagens da inteligência: como uma entidade
simples e como uma entidade integradora de funções. A inteligência geral tem sido avaliada
por tarefas que envolvem compreensão, raciocínio e resolução de problemas. Em outras
palavras, predominam funções cognitivas mais complexas que simples. Estudos cognitivistas
mais recentes reforçam a importância dos componentes relacionais e inferenciais na
descrição do exercício da inteligência, ou seja, a predominância de funções complexas. Com
isto, decorrem várias classificações dos testes de inteligência, porém, aqui serão agrupados
em testes de inteligência de aplicação coletiva e de aplicação individual. Abaixo um exemplo
de questão que encontrará durante seu estudo.
Muitas são as críticas aos instrumentos de avaliação de inteligência. Estas parecem estar
propiciando a diminuição no uso da palavra “inteligência”. Em seu lugar têm surgido outras como
“cognição” e “competências de realização.” Contudo, este desinteresse pelo estudo da
inteligência não atribui a ela uma importância menor. Por esta razão é possível afirmar que:
Para esta questão a resposta correta é a letra (c). As novas concepções e conhecimentos
sobre dificuldades de aprendizagem não permitem a substituição da avaliação de inteligência.
É possível complementar com outros recursos. Quanto à avaliação das aptidões cognitivas
este é um dos domínios da psicologia que tem muita aplicação tanto em crianças quanto em
adultos. As pesquisas apontam que a melhor capacidade preditiva de desempenho
profissional é a medida cognitiva. A concepção de inteligência como uma estrutura de
aptidões diferenciadas tem sido razão de vários estudos sobre a inteligência.
A controvérsia existente sobre os testes de inteligência ficaram particularmente mais
intensos nos períodos de grande uso, como no pós-guerra e na década de 60 quando os EUA
investiu recurso maciço na educação. Múltiplos argumentos foram usados, em especial, o
baixo valor científico e a falta de neutralidade social. É difícil assegurar que se está avaliando
algo cuja definição não é perfeitamente clara. A busca de estandardização e objetividade
parecem não assegurar o que se está avaliando. De acordo com os autores do texto
referenciado, o “artificialismo” nas situações apresentadas e na execução impedem que os
examinandos expressem suas reais capacidades. Uma proposta para realizar uma avaliação
mais abrangente da inteligência é o programa SOMPA (system of multicultural pluralistic
assessment) que integra informações da escala Wechsler com outras obtidas por meio de
entrevistas, avaliação sensório-motora e inventário de comportamentos. Por último, este
módulo se centrará nas possibilidades de investigação advindas de alterações previsíveis na
avaliação da inteligência.
De acordo com Almeida (2010) algumas alterações na avaliação de inteligência são previsíveis.
Qual das afirmações abaixo se refere a essas possibilidades:
I) Decompor conceitos clássicos de inteligência nos seus elementos processuais mais básicos.
II) Valorização progressiva das capacidades e aspectos cognitivos ligados a aprendizagem em
detrimento da aptidão mental.
III) Valorização progressiva da aptidão mental em detrimento das capacidades e aspectos
cognitivos ligados à aprendizagem.
IV) Integrar conceitos de inteligência como aptidão verbal, quociente de inteligência e raciocínio.
V) desenvolvimentos teóricos operados no campo dos estudos do processamento da
informação.
A alternativa correta é a letra (a), pois as afirmativas (I), (II) e (V) estão corretas. A afirmativa
(III) está incorreta porque o que se pretende é que a avaliação de aptidão mental e intelectual
pura decresça rapidamente no campo dos estudos sobre problemas de aprendizagem. A
afirmativa (IV) dada à valorização da decomposição dos conceitos citados está incorreta
Complementarmente a estas reflexões é importante ler também o texto de PASQUALI, L.,
Inteligência: Um conceito equívoco. em PRIMI, R. (org) Temas em Avaliação Psicológica.
Campinas. Ibap. 2002. Cap.7.
Exercício 1:
Almeida e Primi (2010) tecem considerações sobre as medidas de inteligência, que instigam os estudiosos
sobre o conceito de inteligência e a aplicação e avaliação de testes.
A)
os atuais testes de inteligência garantem diagnósticos precisos por haver sido superada a margem de erro
das estimativas feitas no passado.
B)
estudos desenvolvidos com grupos, especialmente com grandes grupos, foram determinantes para o
desenvolvimento dos testes de inteligência e para a eficácia das avaliações psicológicas.
C)
apesar dos avanços dos testes de inteligência nas últimas décadas é de conhecimento de todos os
psicólogos atuantes nesse campo que os resultados ainda não possibilitam confiar em sua validade.
D)
os testes de inteligência são carentes de estabilidade porque estudos longitudinais indicam haver
diferenças significativas em todos os seus resultados, o que faz com que as medidas de um sujeito na
infância e na fase adulta sejam muito divergentes.
E)
os testes de inteligência são medidas preditivas do sucesso de determinado sujeito. Até o momento não
há instrumento que permita conhecer integralmente o nível e a capacidade mental de um indivíduo.
Comentários:
Exercício 2:
I Sob uma perspectiva dinâmica de avaliação, o avaliador não deve interagir, questionar, dirigir nem instruir
quanto ao desempenho da criança que está em situação de teste para preserva o necessário
distanciamento profissional.
II Os testes de inteligência são muito criticados porque sua normatização desconsidera as diferenças
individuais.
III Estudos de revisão atestam que os sujeitos que obtêm um melhor resultado nos testes de inteligência
apresentam melhores rendimentos em outros contextos.
IV Durante um processo de avaliação psicológica, a precisão do instrumento não dispensa a intuição do
profissional que a realiza.
A)
I e II.
B)
I e III.
C)
II e III.
D)
II e IV.
E)
III e IV.
Comentários:
Exercício 3:
A inteligência pode ser concebida como um arranjo diferenciado ou heterogêneo de processos, operações
e habilidades. De acordo com essa concepção podemos afirmar corretamente que
I a relação entre personalidade e intelecto depende da dinâmica psíquica de cada momento. A ação da
personalidade sobre o intelecto ocorre somente em relação à inteligência geral.
II no ser humano, a dinâmica da inteligência acha-se relacionada a três funções: cognitiva, emotiva e
conativa.
III a inteligência é, estruturalmente, uma função exclusiva do conhecedor.
A)
I e II.
B)
II e III.
C)
I.
D)
II.
E)
III.
Comentários:
Exercício 4:
No texto "Inteligência: um conceito equívoco", Pasquali (2002) refere que a inteligência, conceito ambíguo,
já foi entendida de diferentes formas. O autor propõe o seguinte conceito:
A)
B)
C)
D)
E)
A inteligência pode ser resumida ao fator "G", conforme definida por Spearman.
Comentários:
Exercício 5:
Segundo Spearman, todas as habilidades humanas têm um fator comum geral (g) e um específico (e).
SENDO ASSIM,
de acordo com essa teoria, a capacidade de um indivíduo para resolver um problema aritmético dependeria
apenas do fator específico (e), relacionado à habilidade exigida para lidar com abstração numérica.
A)
C)
D)
E)
Comentários:
Exercício 6:
A)
James Cattell utilizou medidas de força muscular, velocidade do movimento e sensibilidade à dor como
recursos para avaliar funções complexas associadas à inteligência.
B)
Francis Galton tentou atribuir à hereditariedade o papel de determinar as diferenças intelectuais entre
pessoas.
C)
a grande contribuição da Escala Binet-Simon foi a de organizar questões em níveis de dificuldade para
crianças de diferentes idades.
D)
as concepções de Catell são semelhantes às de Galton, uma vez que ambos associavam a capacidade de
discriminação sensorial à inteligência.
E)
Francis Galton associou o retardo mental à dificuldade para discriminar o calor, o frio e a dor.
Comentários:
Exercício 7:
A noção de escores de idade mental foi amplamente discutida em conexão com o QI-razão das primeiras
Escalas de Inteligência Stanford-Binet. Esse escore, derivado dessa escala, era calculado com base no
desempenho da criança, que obtinha créditos em termos de anos e meses dependendo do número de
testes dispostos em ordem cronológica que completasse de modo satisfatório. Pelas dificuldades
apresentadas por esse procedimento, ele foi abandonado e em seu lugar foi introduzida por David
Wechsler, em 1939, outra proposta de escala de inteligência: a Wechsler Bellevue I (WAIS). Seus escores
passaram a ser amplamente utilizados desde a primeira edição da Escala de Inteligência para Crianças
(WISC), publicada em 1949.
A)
QI equivalente.
B)
QI de desvio.
C)
QI padrão.
D)
QI percentil.
E)
QI de série escolar.
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