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Criancas Superdotadas e Talentosas (Salvo Automaticamente)
Criancas Superdotadas e Talentosas (Salvo Automaticamente)
Criancas Superdotadas e Talentosas (Salvo Automaticamente)
Índice
Introdução ......................................................................................................................... 3
1. Conceituação ............................................................................................................. 4
Conclusão ....................................................................................................................... 13
Bibliografia ..................................................................................................................... 14
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Introdução
Esse trabalho tem como tema crianças talentosas e superdotadas, com ênfase na sua
definição, na descrição das suas características ou por outra o seu perfil, as suas
implicações positivas e negativas em sala de aula assim como a sua inclusão referindo
que o educando superdotado tem, portanto, direitos assegurados por lei à inclusão, assim
como todos os outros educandos com necessidades educacionais especiais. Entretanto, as
altas habilidades podem receber uma menor atenção dos professores, já que é comum a
noção de que os superdotados são crianças auto-suficientes em sua educação, se o que se
considerar forem as suas elevadas capacidades.
1. Conceituação
• “Criança prodígio” é o termo usado para sugerir algo extremo, raro e único, fora do
curso normal da natureza. Um exemplo seria Wolfgang Amadeus Mozart, que começou
a tocar piano aos três anos de idade. Aos quatro anos, sem orientação formal, já aprendia
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Peças com rapidez e aos sete, já compunha regularmente e se apresentava nos principais
salões da Europa.
• Mozart, assim como Einstein, Gandhi, Freud e Portinari, entre outros mestres, são
exemplos de gênios, termo reservado para aqueles que deram contribuições
extraordinárias à humanidade. São aqueles raros indivíduos que, até entre os
extraordinários, se destacam e deixam sua marca na história.”
As pessoas citadas, tenham sido elas precoces, prodígios ou gênios, podem então ser ditas
“portadoras de altas habilidades” ou superdotadas.
A criança superdotada tem uma curiosidade acentuada pelo seu desejo de saber mais sobre
o seu tema de interesse. Isso faz com que essa criança seja uma grande questionadora e
esteja sempre em busca de respostas para as suas questões. “A época dos ‘porquês’, típica
dos 3 e 4 anos, aparece no superdotado muito antes e poderíamos dizer que não tem fim’’.
(IZQUIERDO, 2007, p. 388). Outros traços importantes são: a capacidade de se
concentrar em várias tarefas ao mesmo tempo, a ótima memória e a abrangência do seu
campo de interesse. Os superdotados têm também um impulso natural para solucionar as
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Na área musical, Davidson e cols. (1996) Realizaram um estudo com crianças que
estavam aprendendo a tocar instrumentos musicais e seus respectivos pais. O estudo
indicou que os pais exercem um papel central em relação ao início e ao prosseguimento
dos filhos no treinamento musical durante o extenso período necessário ao
desenvolvimento de um desempenho notável. Além disso, foi sugerido que as crenças dos
pais em relação aos talentos de seus filhos influenciam o comportamento deles, sendo
determinantes para um maior incentivo ao empenho dos jovens.
Apesar de todo esse amparo de leis e políticas públicas e de um crescente interesse por
parte das autoridades governamentais para com a atenção e o atendimento ao superdotado,
a prática vem sendo “bombardeada” com desafios e dificuldades. É o que salienta Melo
e Rocha (2008): “A questão, cuja ênfase incide normalmente no trato com alunos com
necessidades especiais, não é simples e apenas reflete a complexidade das polêmicas e
mudanças a enfrentar nas escolas regulares” (p. 83).
Assim, os desafios que vêm sendo colocados para a área educacional, no que diz respeito
ao desenvolvimento de altas habilidades e talentos, são grandes e complexos. Entretanto,
ao analisar a realidade nos contextos educacionais atuais, percebe-se que o amparo dado
aos educadores, no sentido de lidarem com as crianças talentosas, tem sido limitado.
Dessa forma, o professor ou não sabe identificar a criança portadora de altas habilidades
ou, quando a identifica, não sabe o que fazer para auxiliá-la no incremento de suas
habilidades (Maia-Pinto & Fleith, 2002). Isso quando acredita que essa criança necessita
de um atendimento especializado, o que nem sempre acontece. Em muitos casos, a
criança, erroneamente, é considerada como capaz de se desenvolver e desenvolver seus
estudos e talentos por conta própria.
Neste momento, a intenção é arrolar brevemente alguns mitos e crenças que são mais
citados na literatura. Primeiramente, serão abordados alguns mitos identificados por
Winner (1998). Em seguida, será analisada qual seria a concepção correta que substituiria
o mito em questão.
A ideia implícita nesse mito, segundo Winner (1998), é a de que a criança que foi
identificada como superdotada possui uma capacidade intelectual geral que faz com que
essa criança seja brilhante e se destaque em todas as áreas.
Esse mito, que foi abordado tanto por Winner (1998) quanto por Guenther e Freeman
(2000), envolve duas concepções que, atualmente, quando separadas, são consideradas
incompletas e equivocadas. A primeira delas é aquela na qual a superdotação é vista como
inata ao indivíduo, relacionada com a genética. Ou seja, ou se nasce superdotado ou não.
Já a segunda concepção é aquela que preconiza somente o papel do ambiente e da
influência social na constituição da inteligência. Ou seja, a ideia de que a superdotação é
uma questão de treinamento por parte de professores e pais, e, se a criança nasce num
ambiente que lhe proporciona boas condições de estudos e estímulos às habilidades,
então, a superdotação em determinada área poderá ser desenvolvida.
A ideia implícita nesse mito é a de que as crianças superdotadas são aquelas vistas como
populares, bem ajustadas, esbanjando saúde física e psicológica. Entretanto, vários são os
autores que destacam o quanto essas crianças podem ser emocionalmente instáveis, ou
pelo fato de não poderem ser quem realmente são, na tentativa de se igualarem aos demais
(o que pode ocasionar uma angústia significativa e até a perda da identidade), como
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pontua Novaes (1979), ou pelo fato de serem ridicularizadas pelos pares ou, até mesmo,
pelo fato de serem ainda emocionalmente imaturas para lidar com as questões que já
conseguem compreender racionalmente. Dentre algumas das características socio
emocionais dos superdotados que podem ser motivo de preocupação e de maior atenção
por parte dos familiares e profissionais que os rodeiam, Alencar (2007) cita: assincronia
entre distintas dimensões do desenvolvimento; perfeccionismo excessivo;
hipersensibilidade e sub-rendimento.
Ideia equivocada de que a superdotação determina uma vida futura de sucesso e felicidade
certos, conforme Alencar e Fleith (2001), Guenther e Freeman (2000) e Winner (1998).
Tal mito foi citado pelo documento elaborado pelo MEC, Programa de Capacitação de
Recursos Humanos do Ensino Fundamental: Superdotação e Talento, (Brasil, 1999).
Constitui uma crença equivocada de que somente aquelas crianças que provêm de
famílias de classes mais abastadas terão condições de serem estimuladas e de poderem
desenvolver seus talentos Contrariando tal crença, o fato verificado por vários
pesquisadores é de que, mesmo nas camadas menos privilegiadas socioeconomicamente,
é possível e frequente encontrar crianças brilhantes em alguma área da inteligência
(Antipoff, 1992).
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Conclusão
Uma grande dificuldade enfrentada pelos alunos superdotados está na maneira repetitiva
de repassar os conteúdos, que são muitas vezes vistos pelos professores como
inquestionáveis. Está também na maneira de pautar a aprendizagem com foco na
memorização que, impossibilita que haja espaço para dúvidas e descobertas, traz o
desinteresse do aluno pela escola, pois as aulas tornam-se pouco atrativas.
A escola tem exercido um papel nada favorável para o aprendizado dos alunos ali
inseridos, sendo em grande parte, responsável por não permitir um ensino criativo.
Contudo, essa realidade não é culpa apenas dos professores, mas de todo o sistema que
não tem se preocupado em garantir verdadeiramente um ensino de qualidade para todos.
Esta pesquisa permitiu concluir que a escola traz em seu bojo, a importância de um papel
muitas vezes insubstituível na vida desses educandos, tendo a capacidade de marcá-los
de forma quase que decisiva.
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Bibliografia
Davidson, J. W., Howe, M. J. A., Moore, D. G., & Sloboda, J. A. (1996). The role of
parental influences in the development of musical performance. British Journal of
Developmental Psychology, 14, 399-412.
Guenther, Z., & Freeman, J. (2000). Educando os mais capazes. São Paulo: Pedagógica
e Universitária.
Greenfield, P. M., Trumbull, E., Keller, H., Rothstein-Fisch, C., Suzuki, L. K., & Quiroz,
B. (2006). Cultural concepts of learning and development. Em P. A. Alexander & P. H.
Winne (Orgs.), Handbook of Educational Psychology (Vol 2, pp. 675-691). London:
LEA.
Melo, P. E., & Rocha, M. L. (2008). Poder e trabalho na escola: práticas inclusivas em
discussão. Psicologia em revista,14(2),81-94.
15
Renzulli, J. S., & Reis, S. M. (1997). The schoolwide enrichment model: A how-to guide
for educational excellence. Mansfield Center, CT: Creative Learning Press.
Simonton, D. K. Greatness: Who makes history and why. New York: The Guilford Press.
1994.