Colheitas de Produtos Biológicos
Colheitas de Produtos Biológicos
Colheitas de Produtos Biológicos
Relatório de estágio
Valência de colheita de sangue
Índice Geral
Índice Geral........................................................................................................................ i
Resumo/Abstract...............................................................................................................ii
Índice de Figuras.............................................................................................................. iii
Introdução........................................................................................................................ 1
I. Centro Hospital do Porto...........................................................................................1
II. Central de Colheitas..................................................................................................1
III. Objectivos................................................................................................................2
IV. A importância da colheita de sangue no contexto das análises clínicas .................3
Desenvolvimento.............................................................................................................. 4
I. Recepção.................................................................................................................... 4
1. Secretariado............................................................................................................... 4
1.1. Requisições de análise............................................................................................ 4
II. Sala de Colheitas.......................................................................................................5
1. Entrada do paciente na sala de colheitas...................................................................5
2. Identificação de amostras para análise ..................................................................... 5
3. Preparação e orientação do paciente..........................................................................6
4. Colheita de sangue.....................................................................................................7
4.1. Escolha do local da punção....................................................................................7
4.2. Procedimento da colheita de sangue venoso.......................................................... 8
4.2.1. Escolha da agulha adequada.............................................................................. 11
4.2.2. Resolução e prevenção de problemas................................................................13
4.2.2.1. Hemólise.........................................................................................................13
4.2.2.2. Hematomas pós-punção..................................................................................13
4.2.2.3. Hemoconcentração.........................................................................................13
4.2.2.4. Uso do álcool..................................................................................................14
4.2.2.5. Punção mal sucedida......................................................................................14
5.Colheita de urina.......................................................................................................15
5.1. Amostra ocasional................................................................................................15
5.2. Urina tempo determinado (24/12 horas)..............................................................16
6.Colheita de fezes.......................................................................................................17
6.1. Exame microbiológico e bioquímico, ptt, osmolaridade).....................................17
6.2. Pesquisa de sangue oculto....................................................................................18
7. Transporte das amostras para o laboratório.............................................................18
Conclusão....................................................................................................................... 19
Bibliografia......................................................................................................................20
Anexos............................................................................................................................. 21
I
Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
Resumo
O presente relatório de estágio enquadra-se na unidade curricular de Educação
Clínica II, pertencente ao terceiro ano da Licenciatura em Análises Clínicas e Saúde
Publica, lecionada na Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto, do Instituto
Poltécnico do Porto.
O estágio, que decorreu no serviço de colheitas do Centro Hospitalar do Porto
(Hospital de Santo António), teve a duração de três semanas (15 dias úteis), com uma
carga horária de cinco horas diárias.
Nas póximas páginas irá ser abordada a caracterização da instituição de
acolhimento, descrição geral do modo de funcionamento dos serviços prestados pela
central de colheitas e as atividades desenvolvidas no âmbito do estágio curricular.
Abstract
The aim of this report is to briefly describe all the work that has been developed
upon the extent of the curricular unit “Educação Clínica II”, as part of the third year of
my bachelor degree of Medical and Public Health Laboratory Technologist by the
Superior School of Health Technology of Porto.
The internship work was developed at the Blood Test Department (Phlebotomy)
at Centro Hospitalar do Porto. The training lasted 75 hours, from September 1th 2014 to
September 19rd 2014.
This paperwork will describe the characterization of the host institution, a
general description of the mode of operation of the services provided by the Blood Test
Department and activities carried out under the traineeship.
II
Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
Índice de Figuras
III
Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
Introdução
O Centro Hospitalar do Porto, EPE foi criado a 1 de Outubro de 2007, através da fusão do
Hospital de Santo António, EPE com o Hospital Central Especializado de Crianças Maria Pia e a
Maternidade Júlio Dinis. Em 2011, foram novamente alargadas as fronteiras do CHP, fundindo-
se com o Hospital Joaquim Urbano e nesse ano foi também inaugurado o CICA.
1
Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
O paciente é então encaminhado ao piso -1, o da central de colheitas, que possui uma sala
de espera e WC.
Após ser chamado, entra na sala de colheitas e entrega a senha que lhe foi entregue no
secretariado, aí recebe uma caixa com os tubos necessários à colheita de sangue (com excepção
dos tubos de tampa azul escura, porque não cabem na máquina dispensadora), e dirige-se ao
posto onde está o técnico que o chamou. Depois é efectuada a flebotomia e/ou entrega de
produtos biológicos.
III. Objectivos
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Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
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Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
Desenvolvimento
I. Receção
1. Secretariado
Antes de entrar na central de colheitas, o paciente dirige-se ao secretariado, onde lhe é
pedida a convocatória. Depois o adminitrativo acede à ficha do paciente e dá-lhe um código com
uma letra que corresponde ao tipo de prioridade de chamada para a sala de colheitas, e o seu
número de ordem.
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Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
Após ouvir a sua chamada o paciente dirige-se à entrada da sala de colheitas, onde lhe é entregue
uma caixa de plástico que contém os seguintes elementos:
todos os tubos necessários à colheita, exceto os que não podem ser dispensados pelo
aparelho “Vacuette VIP System”, por exemplo, os tubos de tampa azul escura para
hematologia;
etiquetas autocolantes com identificação, letra e número de chamada do doente;
etiquetas autocolantes extra para identificar tubos que não foram nas caixas;
etiqueta autocolante própria para ser coladas na requisição que deverá acompanhar o tubo
de tampa azul com citrato de sódio, para o laboratório.
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Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
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Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
o doente não estiver em repouso, isso poderá influenciar nalguns parâmetros a determinar, tais
como lactato e catecolaminas plasmáticas.
De notar que, quando o doente for hipogoagulado, (nem sempre a ficha do doente indica)
será sempre conveniente que o técnico o saiba. Por isso convém sensibilizar o doente para,
sempre que efectuar colheitas, informe o técnico. Assim sendo, será utilizada uma agulha de
calibre mais pequeno, por forma a facilitar o processo de cicatrização, após a punção.
4. Colheita de sangue
4.1. Escolha do local da punção
Nem sempre é fácil encontrar as veias para se puncionar. É muito comum seleccionar-se
a veia mediana (na prega do cotovelo) devido ao seu calibre considerável, por ser bastante
superficial e relativamente fixa. Poderão ser escolhidas outras veias do braço (cefálica, basílica)
ou a veia femural. Em muitos casos as veias movem-se ao toque com a agulha, outros casos são
tão difíceis, que se tem de recorrer a veias da mão. Foram presenciados vários casos como os
descritos acima, durante o período de estágio.
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Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
Quando as veias antecubitais não estão acessíveis, por vezes é necessário recorrer às veias do
dorso da mão.
Por outro lado o técnico tem que estar sensível a algumas contra-indicações, como
fístulas arteriovenosas, esvaziamento ganglionar (mastectomia), veias esclerosadas, braços ou
mãos edemaciados ou que apresentem algum tipo de comprometimento, presença de
queimaduras, plegias no membro a ser puncionado.(4)
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Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
As vantagens que este sistema apresenta em relação aos sistemas abertos traduzem-se por: (9)
maior segurança biológica, porque há menos manipulação;
maior rapidez;
proporção constante entre aditivos e e volume da amostra;
facilita a colheita a pacientes com veias difíceis;
durante a colheita, o sangue flui para uma câmara localizada na parte supeiror do sistema,
permitindo a visualização do sangue, confirmando a correta canalização da veia do
paciente.
Fig. 6. Uma agulha tipo “butterfly” é usada para pacientes não estáveis ou em alguns casos
de veias muito pequenas e frágeis. (Booth KA, Phlebotomy for Health Care Personnel. 2nd ed. 2009)
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Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
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Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
Se for feita uma colheita múltipla, colher os diferentes tubos segundo a seguinte
ordem sequencial:
tubos para a análise do soro;
tubo seco;
tubo com gel separador;
tubos com anticoagulantes;
1. Tubos de coagulação com citrato (rolha azul claro);
2. Tubo de heparina com ou sem gel separador de plasma (rolha azul escura);
3. Tubo com EDTA (rolha lilás);
4. Outros tubos (heparina sódio, heparina lítio, flureto de sódio potássio
oxalato, entre outros);
homogeneizar o sangue lentamente nos tubos (excepto o tubo seco) para evitar a
hemólise;
após a colheita remover a agulha e fazer pressão sobre o local da punção até se
processar a hemostase, utilizando uma gaze. Doentes hipocoagulados devem fazer
pressão durante mais tempo;
colocar um penso protetor;
desprezar o material para os recipientes próprios;
verificar se o paciente se encontra bem e se a hemorragia já parou;
Informar o doente que não deve fazer esforços com o braço puncionado, nem pegar
em objetos pesados, pelo menos na meia hora subsequente à colheita;
O transporte deve ser cuidadoso e o envio ao laboratório deve ser rápido.
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Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
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Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
4.2.2.1. Hemólise
A hemólise das amostras deve ser evitada a todo o custo. Os eritrócitos podem ser
destruídos se uma grande quantidade de vácuo os puxar através do orifício de uma agulha de
pequeno calibre. Por isso, para os tubos maiores deve utilizada uma agulha de maior calibre.
Uma amostra hemolisada irá produzir resultados errados nos testes laboratoriais. (3)
Também deve ser evitada a agitação extrema dos tudos para evitar a hemólise.
4.2.2.3 Hemoconcentração
Define-se hemoconcentração como um aumento rápido do racio dos componentes do
sangue em relação ao plasma. Pode ser causada se o paciente abrir e fechar rapidamente o punho,
se o técnico deixar o garrote apertado por mais de um minuto, ou simplesmente se estiver
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Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
demasiado apertado. A hemoconcentração deve ser evitada porque pode causar resultados
errados para alguns testes laboratoriais, tais como: níveis de proteínas, contagens celulares, e
estudos da coagulação.
Fig. 11. Bisel da agulha encostado à parede da veia (o fluxo sanguíneo pára)
(Booth KA, Phlebotomy for Health Care Personnel. 2nd ed. 2009)
também pode acontecer que o sangue não flua porque a agulha não penetrou na
parede da veia. Nesse caso o técnico deve fazer avançar suavemente a agulha;
A agulha pode penetrar tanto na veia que pode até mesmo extravasá-la (Fig.12.);
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Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
5. Colheita de urina
5.1. Amostra ocasional
A urina ocasional pode ser colhida a qualquer hora do dia. É dado ao doente uma folha de
instruções (modelo PUB.CORELAB.UCC370/3) que explica o modo como ele deve proceder.
O contentor utilizado na central de colheitas o CHP é o sistema da “Vacuette”, que é
estéril e seguro e de fácil uso. Assim, depois de receber a urina do paciente o técnico passa a
urina para os tubos próprios, da seguinte maneira:
1. homogeneizar a amostra;
2. retirar a etiqueta do recipiente;
3. inserir o tubo na cânula do recipiente;
4. fazer pressão no tubo para perfurar a borracha com a agulha;
5. esperar que a urina seja tranferida para o tubo, por ação do vácuo;
6. retirar o tubo
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6. Colheita de fezes
6.1. Exame microbiológico e bioquímico, ptt, osmolaridade)
O serviço de colheitas fornece ao doente as instruções que constam do documento
PUBCORELAB.UCC.386/3 e um contentor próprio de 30 mL.
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Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
Após receber o contentor com a amostra do paciente, o técnico só tem que rotulá-la
devidamente e enviá-la para o laboratório.
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Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
Conclusão
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Bibliografia
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Anexos
Material Função
Luvas Proteger o técnico e o paciente.
Gazes ou
algodão Limpar o local a puncionar. Aplicar após remoção da agulha.
Antisépticos Desinfetar o local a puncionar. Pode ser álcool isopropílico a 70%, excepto para o
daseamento da alcoolemia, ou pode ser iosopovidona (“betadine”)
Pensos ou
adesivos Proteção do local puncionado.
Garrote Facilitar a procura das veias. Elas tornam-se mais proeminentes com a aplicação do garrote.
Tubos de colheita
com vácuo Armazenar as amostras.
Adaptador
ou”holder” Fazer a ligação entre a agulha e os tubos de vácuo.
Agulhas Puncionar a veia.
Seringas Substituir o uso dos tubos de vácuo, em casos especiais, como por exemplo, seringa
heparinizada para gasometria.
Contentor para
objectos perfuro- Onde se deve descartar todos os sistemas de agulhas e holders usados, e outros objetos
cortantes perfuro-cortantes usados.
Sacos para Sacos brancos para material contaminado ou suspeito de contaminação. (Luvas, gazes e
algodão usados, etc)
triagem do lixo
Sacos pretos para resíduos não perigosos.
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Relatório de Estágio – (SÉRGIO JOSÉ PINTO TEIXEIRA)
Tubos
quantiFeron
Estes tubos devem ser agitados vigorosamente para que a mistura seja eficaz, garantindo
assim a integração total do conteúdo do tubo no sangue.
Uso: diagnóstico da tuberculose
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