Nothing Special   »   [go: up one dir, main page]

Fragmento Da Leitura de Filosofia Da Mitologia de Friedrich Schelling

Fazer download em rtf, pdf ou txt
Fazer download em rtf, pdf ou txt
Você está na página 1de 2

Fragmento da leitura da Filosofia da Mitologia de Friedrich Schelling

Leitura de Textos Filosficos

Pedro Filipe Moura Vilar

Na segunda lio da sua Filosofia da Mitologia, Fredrich Schelling explica-


nos a sua relutncia em abandonar a leitura potica da Mitologia; com
efeito, esta leitura permite-nos o acesso ao sentido literal do mito, e
evita o seu contedo aprioristico, doutrinrio. Porm, o autor, empenhar-
se- em mostrar mais do que um modo de ler e retirar o sentido prprio
de um mito:

So mythology says, or seems to say, something different from what is


to be understood, and the interpretations consistent with the viewpoint
stated are, in general, and taking the word in its widest sense, allegorical
ones ( p.31). E na arqueologia do autor, e comummente tambm
nossa, Alegoria provm da etimologia 'outro' e 'escrita'.

Uma primeira forma de compreenso e leitura da mitologia diz-se,


segundo Schelling, evemerista e entende que as figuras e eventos
mitolgicos acontecem na realidade e foram encarnados por homens
reais. Evmero foi um discipulo particularmente zeloso da herana do
seu mestre Epicuro, recorda-nos ainda Schelling.

Um segundo nvel seria aquele no qual se personificam valores e


qualidades particulares, como quando Bacon em De Patientia Veterum,
veicula ideias politicas sob aparncia mitolgica; ou exemplificar ainda
Schelling com o caso da apropriao pelos Jesuitas de escritores do
passado clssico, segundo ideosincrasias e iderios prprios aos
mesmos Jesuitas.

Mais adiante, citando Heyne, o autor procura mostrar-nos como os


primeiros filsofos se viram constrangidos na utilizao de uma
linguagem difusa, que parece toldar os seus principios e a sua filosofia, e
explica-nos tal fenmeno do seguinte modo:

The most ancient languages lacked scientific expressions for general


principles or causes, and poverty of language obliged them to express
abstract concepts as personalities, logical or real relationships by way of
the image of procreation. (p.31)

Num posterior e breve excurso pela histria da Filosofia Schelling conclui


que foram os filsofos neo-platnicos que restituram a metafsica
mitologia, na medida em que procuravam um () counterbalance to
the spiritual content of Christianity in an analogous contente in
heathenism (LI)

Você também pode gostar