A Destruição Da Civilização Preta
A Destruição Da Civilização Preta
A Destruição Da Civilização Preta
Williams
Publicado em 27 de janeiro de 2015por https://estahorareall.wordpress.com/
A DESTRUIO DA
CIVILIZAO PRETA
GRANDES QUESTES DE UMA RAA
DE 4500 A.C. AT 2000 D.C.
POR CHANCELLOR WILLIAMS
Third World Press
Dedicao
para a juventude Preta da Dcada de Sessenta por iniciar a Segunda Grande
Emancipao a Libertao de nossas mentes e assim mudando o curso da
histria.
Prefcio
Embora este livro seja ainda um resumo de pesquisa mais detalhada, parecia
necessrio amplificar certas perguntas e as respostas para elas. O generalizado
interesse e estudo do livro muito apreciado e gratificante para o autor, e as
cartas das prises tm sido mais emocionantes e reveladoras.
Como observado em outros lugares, estou perfeitamente consciente de muitas
repeties ao longo do trabalho, inevitveis por causa de mtodos comparativos
utilizados, e outras para nfases o que pode ter acabado por parecer
superenfatizado [overemphasis].
Contedo
PREFCIO
MAPAS E ILUSTRAES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
PARTE I
A PR-VISUALIZAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
CAPTULO I
A VISO GERAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
CAPTULO II
A Grande Depresso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
O Mito de Influncia Externa . . . . . . . . . . . . . . . 68
O Problema do Mulato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Egito Preto tornando-se Marrom e Branco . . . . 83
A Cidade de uma Centena de Portes . . . . . . . . 91
Tebas e o Papel da Religio . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
CAPTULO III
EGITO: A ASCENO
E QUEDA DA CIVILIZAO PRETA . . . . . . . . . . . . 101
A PRIMEIRA CATARATA:
A NOVA FRONTEIRA DO MUNDO PRETO . . . . . . 125
A Nova Fronteira dos Pretos . . . . . . . . . . . . . . . . 127
Fragmentos da Pr-Histria . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Os Filhos do Sol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
O Desenvolvimento da Escrita . . . . . . . . . . . . . . . 134
frica Crist . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
CAPTULO V
A CONSTITUIO AFRICANA:
NASCIMENTO DA DEMOCRACIA . . . . . . . . . . . . 171
Origem da Democracia Africana . . . . . . . . . . . . . 172
Educao Primeira [Early Education] . . . . . . . . . . 176
O Primeiro Sistema Judicial . . . . . . . . . . . . . . . . . 178
A Antiga Constituio Africana . . . . . . . . . . . . . . . 181
O Direito Fundamental do Povo Africano . . . . . . 181
CAPTULO VII
A DISPERSO DO POVO
ROTAS PARA A MORTE E DESTRUIO . . . . . . . 187
Migraes Como Declnio Cultural . . . . . . . . . . . 187
Estudiosos Brancos Como Autoridades . . . . . . . . 190
A Tragdia do Sahara . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195
Etnologia e a Migrao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199
Os Imperialistas com a Caneta . . . . . . . . . . . . . . . 201
Para As Cavernas, Para os Pntanos . . . . . . . . . . 203
CAPTULO VIII
A RESSURREIO E A VIDA:
ESTUDOS DE CASO POR ESTADOS . . . . . . . . . . . 208
Eles o Chamaram de Gana . . . . . . . . . . . . . . . . 208
Mali . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 214
Songai . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 217
O Renascimento Preto da Aprendizagem . . . . . 219
O Triunfo dos Muulmanos Pretos e o Fim . . . . 223
Os Notveis Mossi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235
CAPTULO IX
FRICA CENTRAL:
EVIDNCIA DE UM ESTADO MENOR . . . . . . . . . . 235
O Reino de Kuba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235
A Organizao Poltica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 241
O Governo de Kuba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242
A Religio de Kuba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244
Histria de Filosofia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247
Shyaam O Grande . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 248
O Rei-General . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 251
CAPTULO X
DIABOS BRANCOS DO OESTE . . . . . . . . . . . . . . . 259
A Estria Kongo-Angola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261
Rainha Nzinga:a Inconquistvel . . . . . . . . . . . . . . 276
,
CAPTULO XI
O LTIMO
DOS IMPRIOS PRETOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 290
Os Construtores de Imprios . . . . . . . . . . . . . . . 294
O Grande Mutota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295
,
PARTE II
CAPTULO XII
UMA VISTA DA PONTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 311
O Resumo [The Summing Up] . . . . . . . . . . . . . . . 311
Uma Vista da Ponte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319
Uma Vista da Terra-Me . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 326
,
CAPTULO XIII
CAPTULO XIV
CAPTULO XV
Mapas e Ilustraes
PARTE I
O que aconteceu com o Povo Preto da Sumria? o viajante
perguntou ao velho, pois registros antigos mostram que o povo da
Sumria era Preto. O que aconteceu com eles? Ah, o velho
suspirou. Eles perderam a sua histria, ento eles morreram. . . .
Pg. 17
A Pr-Visualizao
Minhas prprias aulas de histria eram apenas uma parte da rebelio contra o
nico tipo de livros didticos disponveis. Era uma rebelio geral contra a sutil
mensagem, at mesmo da maioria dos autores brancos liberais (e seus
discpulos negros): Vocs pertencem a uma raa de Ninguns. Vocs no tm
nenhuma histria que valha a pena apontar com orgulho.
A Destruio da Civilizao Preta, portanto, no poderia esperar mais
cinco anos apenas para ser mais detalhada, impressionante, ou macia no
mbito de aplicao; pois uma reinterpretao da histria da raa Africana
poderia ser compactada em um trabalho menor para leitura de fundo, e assim
escrita para que o Preto John Doe, motorista de txi ou trabalhador, e Jane Doe,
empregada domstica ou garonete, possam ler e entender a mensagem de seus
antepassados e antepassadas, bem como estudantes universitrios e
professores.
.
Pg. 18
ORIGEM E
DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO
Em uma pequena cidade rodeada por campos de algodo na Carolina do Sul, um
pequeno menino Preto na 5 srie comeou a assediar professores, pregadores,
pais e avs com perguntas que ningum parecia capaz de responder:
(1) A Terra dos Pretos [The Land of The Blacks] foi no apenas o bero da
Civilizao em si, mas, que os Pretos foram, uma vez, as principais pessoas na
Terra;
(2) que o Egito foi, uma vez, no apenas totalmente Preto, mas o prprio nome
Egito foi derivado dos Pretos;
Minha pesquisa foi uma busca por algumas respostas especficas para questes
muito especficas. Algumas delas foram:
.
Pg. 20
Pg. 21
ESCOPO DO ESTUDO
Isto pode ser no apenas o ponto de vista correto, mas at bonito para os
historiadores que representam as pessoas j chegadas que controlam o mundo.
Eles podem muito bem darem-se ao luxo de conhecimento histrico para o fim
do conhecimento a grande satisfao que vem de apenas saber como as coisas
vieram a ser.
Mas o historiador Preto, membro de uma raa sob cerco perptuo e lutando
uma guerra quase invisvel para a sobrevivncia, no se atreve a seguir nestes
passos do mestre. Muito pelo contrrio, aps fielmente pesquisando e reunindo
o fragmentado registro da histria da raa, a tarefa da anlise e interpretao
crtica deve comear. O que eram nossas foras no passado? Em que aspectos
estvamos mais vulnerveis? Onde foi que ns erramos? E tudo isso, como o
estudo da histria em si, deve ser para o propsito expresso de determinar O
QUE FAZER AGORA.
Em suma, o historiador Preto; se ele quer servir a sua gerao, no deve hesitar
em declarar o que ele pensa que os resultados de seus estudos dizem. Porque,
quando a nossa histria nos mostra onde temos sido fracos, ela est tambm
mostrando-nos como, atravs de nossos prprios esforos, podemos nos tornar
fortes novamente.
.
Pg. 23
.
OS RABES BRANCOS
Os implacveis holofotes da histria foram transformados sobre os papis
desempenhados pelo uso de ambos, o Islamismo e o Cristianismo na subjugao
dos Pretos.
Isto confundiu muitos e ultrajou aqueles que no fazem uma pausa para
distinguir homens maus que usam a religio para disfarar os seus verdadeiros
objetivos da prpria religio.
Os Pretos nos Estados Unidos parecem ser mais misturados e confusos sobre a
busca da identidade racial do que em qualquer outro lugar. Da, muitos esto
abandonando os nomes dos seus senhores de escravos Brancos Ocidentais e
adotando no Africanos mas os nomes de seus senhores de escravos rabes
e Berberes!
Em ambos os casos, nem o Preto rabe, nem o Preto Americano {*} pensa que
ele branco.
.
Pg. 24
.
A JORNADA EUROPIA
Eu cheguei Inglaterra, no outono de 1953 para iniciar os estudos formais na
Universidade de Oxford, principalmente por meio do Instituto de Estudos
Coloniais e na Casa Rhodes [Rhodes House] (que pode ser mais
apropriadamente chamada de Casa Africa).
(1) Eu queria uma mais direta, vista de perto, viso da mente Europia, a sua
verdadeira atitude para com o mundo Preto.
A partir dos objetivos expostos do estudo, deve ser bvio que eu estava ainda
examinando vrios aspectos das provveis razes por que os brancos se
tornaram os donos do mundo.
A linha que divide essas classes de Pretos superiores e mdios das massas
Pretas e suas aspiraes bsicas mais rigidamente desenhada. E esta
mentalidade de classe superior, tornando-se ainda mais cristalizada desde a
independncia, uma quase certa garantia de uma maior revolta em uma escala
nunca vista.
Ainda assim, estudar com mestres e professores Brancos deve ser mais
gratificante, e pode ser, se voc no entrar em instituies Brancas com uma
cabea como jarro vazio indo a uma fonte para ser preenchido. Eu estava seguro
e muito bem recompensado durante meus estudos em universidades brancas
unicamente porque acontecia que Eu no era to ingnuo a ponto de esperar
que os pontos de vista dos conquistadores fossem os mesmos que os do
conquistado em assuntos relacionados com o nosso lugar no mundo.
Em outro lugar tenho enfatizado, pela repetio, que algumas das fontes mais
fecundas para o estudo veio involuntariamente de estudiosos Brancos.
Pg. 27
OS ESTUDOS DE CAMPO
Na medida em que o estudo da histria Africana concernido, Eu considero a
investigao direta no campo e na frica como da maior importncia.
Este trabalho de campo deve ser realizado somente aps profunda pesquisa em
fontes documentais escritas e outras. O estudo das fontes disponveis por
escrito, a sua avaliao, e os montantes registros arqueolgicos so todos a
primeira grande fase de pesquisa Africana e, eu diria, um pr-requisito para o
trabalho de campo.
Apesar de que dois anos foram dedicados ao trabalho de campo, a rea coberta
s foi possvel por causa de cuidadoso planejamento e agendamento prvio de
reas e grupos em cada pas, meses antes da minha chegada. Isto tinha que ser
no interior, ou Pas Selva [Bush Country], geralmente longe dos centros
urbanos Ocidentalizados.
O escopo amplamente variando do estudo menos uma equipe s foi possvel por
causa do interesse e apoio ativo de certos governos Africanos e a ajuda
inesquecvel das pessoas em cada regio e pas. Para todos os tipos de ajuda que
foram necessrios.
Como indicado acima, muita coisa havia sido pr-arranjada. O Departamento de
Estado dos Estados Unidos tinha notificado a embaixada Americana em cada
pas que eu estava chegando, solicitando nossos embaixadores para dar toda a
assistncia solicitada.
Estou tentando deixar claro aqui que, embora eu no tivesse o tipo de equipe de
pesquisa acima referida, muitas pessoas 128 em nmero participaram neste
trabalho e tornaram o resultado possvel.
Os intrpretes eram geralmente assistentes que falavam duas ou trs das lnguas
oficiais do pas.
A pesquisa documental precedendo a tudo isso nos Estados Unidos no foi feita
inteiramente sozinho. Algumas das reas mais importantes do meu estudo de
fontes antigas foram checadas em estudos independentes por um seleto grupo
de estudantes de ps-graduao em histria. Sua assistncia em reavaliar essas
fontes primitivas como Manetho, Herdoto, Josefo, Estrabo, Abu Salih, et
al foi inestimvel. Os primeiros dentre estes estavam foram Reverendo Carleton
J. Hayden e o Sr. Donald W. Kiehefner.
Concluindo minhas observaes sobre os estudos de campo em frica, alguns
comentrios sobre quatro dos pases visitados esto em ordem.
O simples fato era que, enquanto eles estavam bastante familiarizados com
pesquisadores Europeus circulando livremente em todo o pas,
um Preto fazendo estudos de campo no Sudo , de fato, um fenmeno.
Etipia (o novo nome para a Abissnia), como a Repblica do Sudo, tambm
governada por pessoas de sangue misto, os quais no apenas no se consideram
Africanos por raa, mas que mantm uma sociedade de classe privilegiada com
base na cor. Para eles, todos Africanos de pele preta so Bantu. Quanto a estes,
eles sentem-se superiores em razo de sangue branco, e suas prticas
discriminatrias so to sutis e reais como aquelas dos Brancos. E, embora a
escravizao de Africanos de pele preta continua em ambos os pases, mesmo
em nossos tempos, ambos o Sudo e a nova Etipia adotaram a Frente da
Irmandade [the Brotherhood Front] desde o surgimento repentino de tantos
estados Africanos independentes O Sudo para servir de ponte entre o
mundo rabe e os novos estados Pretos, e, assim, controlar ou influenciar as
suas polticas internacionais atravs das Naes Unidas; e a Etipia para
controlar mais diretamente ou influenciar a frica Preta atravs de apoio
ocidental no estabelecimento da sede da Organizao da Unidade Africana em
Adis Abeba e empurrando Haile Selassie no papel fundamental da ampla
liderana continental, bloqueando, assim, a perigosa influncia de Kwame
Nkrumah. ( por causa da minha firme recusa em pular ou encobrir estes
aspectos do registro histrico que sou criticado por muitos Negros e eu sei
exatamente quando usar esse termo!) {*}
[{*} Uma das iluses fatais entre os Pretos achar que o mundo branco no
sabe sobre os muitos pontos fracos na raa, os quais so a base de seu poder e
controle sobre eles. Quando chegarmos ao ponto onde comeamos a procurar e
virar o holofote sobre as coisas que dividem e nos mantm pra trs neste
ponto os opressores brancos tero motivo para tremer. O homem branco se
mantm em estado de alerta, mantendo uma afiada vigia para detectar
quaisquer sinais de fora e desenvolvimento entre os Pretos. prospectar por
verdadeiros obstculos unidade seria um sinal preocupante de crescente
fora.]
E agora, ao Sul, para as terras totalmente regidas por brancos, onde hostilidade
uma face preta era totalmente esperada: Rodsia e frica do Sul.
Muito antes de chegar frica do Sul foi-me dito que eu poderia pular a
Rodsia, e que, mesmo se admitido na frica do Sul eu no estaria autorizado a
trabalhar. Mas a Rodsia para a surpresa de quase todo mundo tirou todos
os impedimentos, como se tivesse resolvida a derrotar todos os estados Pretos
em comodidades e vrios tipos de assistncia para alm de todas as expectativas
e necessidades. Houve a usual conferncia de imprensa, seguido de cobertura de
manchete de primeira pgina sobre minha misso.
O que me referi acima como curioso foram incidentes como excitados policiais
correndo para acenar para o grande Cadilac, porque eles podiam to
rapidamente identificar um rosto preto antes de verem o selo dos Estados
Unidos estampado nas laterais do carro ou o vo da bandeira Americana do
cap.
por isto que Eu exorto aos alunos que pretenderem assumir o grande desafio
de pesquisa bsica nesta disciplina, a entrar em territrio inimigo, ficar l,
estudar e analisar criticamente as suas palestras e seus escritos acadmicos,
pois so algumas das fontes mais gratificantes para a histria Africana
precisamente porque em astutamente tentar excluir, disfarar ou diminuir o
papel dos Pretos na histria do mundo, eles muitas vezes revelam o oposto do
que se pretendia. Eles so frutferas fontes de evidncia inconsciente
fornecendo a prpria evidncia que eles pensaram em suprimir ou registrando
fatos, o significado dos quais, eles eram totalmente ignorantes.
(1) que Rei na frica significava algo totalmente diferente do que significava
na Europa e na sia;
(2) que este Rei Preto, longe de fazer pose, no tem o direito de receb-los,
mesmo socialmente, sem a presena de pelo menos trs Ancios seniores;
(3) que, para atender a um pedido para realizar exploraes no pas, o inteiro
Conselho de Estado teve de ser chamado, e que isso no poderia ser feito pelo
Rei sem o conselho do Primeiro Ministro (que aconteceu de estar em viajem
quando os exploradores chegaram capital);
Deve ficar claro, portanto, que as nossas orientaes para a investigao devem
conduzir a uma anlise crtica de todas as fontes, sejam originais, secundrias
ou orais.
Em particular, devemos procurar queles trabalhos que tm a misso especial
de provar a superioridade dos brancos por provar a inferioridade dos Pretos
tudo em linguagem to sutil, acadmica e cientfica que para a mente acrtica,
suas verdades so auto-evidentes.
Mas tambm digno de nota que, enquanto os escritores racistas mais hostis
geralmente provam exatamente o oposto do que pretendiam, suas obras contm
inevitavelmente teis, dados factuais que devem ser aceitos. Na verdade,
duvidoso que qualquer pessoa, mesmo um diabo, poderia escrever um livro
completamente destitudo da verdade.
Pesquisa na histria Africana mais tediosa, trabalhosa, e demorada do que
verdade para outros campos no suprimidos. Pois em desenvolver a histria
subdesenvolvida dos Pretos, preciso explorar as fontes mais improvveis por
um fragmento aqui e um fragmento l, e em obras de modo algum
concernidas com a histria Africana, e com a mesma freqncia, com nenhum
tipo de histria. s vezes um pargrafo ou dois no relato de um explorador; em
outros momentos, itens significativos podem ser encontrados nos inmeros
relatos de missionrios para seus escritrios em casa, explicando as tarefas da
misso, mas tambm as instituies nativas a serem superadas. Todas essas
podem ser fontes valiosas e mais vlidas precisamente porque no tinham a
inteno de ser tal, absolutamente. Os escritores estavam detalhando maiores
interesses Europeus. Todas as referncias a Africanos eram meramente
acidentais para propsitos maiores. Apenas montar todos esses fragmentos
juntos pode ser um campo de pesquisa por si s.
Primeiro de tudo, preciso conhecer os vrios nomes que se referiam aos Pretos
exclusivamente e pelos quais eram conhecidos em todo o mundo antigo. Para
alm dos mais amplamente utilizados Africano e Etope , eles foram tambm
conhecidos como Tebanos [Thebans], Lbios [Lybians], Tinitas [Thinites],
Nnios [Nubians], Kushitas [Cushites], Menfitas [Memphites], Nmidas
[Numidians], etc. Mesmo antes de Asiticos brancos ganharem a ascendncia
em qualquer uma dessas reas, a sua presena em um nmero relativamente
pequeno foi suficiente para identific-los como os lderes e empreendedores do
que quer que atraia a ateno do mundo.
Pg. 35
A ESTRUTURA TEORTICA
Ao longo dos anos estudando a histria Africana certas proposies e teorias
evoluram muito naturalmente como faris orientadores nas exploraes.
Algumas delas so apresentadas aqui, algumas anteriormente declaradas ou
implcitas:
3. Que a histria de como uma civilizao to avanada foi perdida uma das
maiores e mais trgicas na histria da humanidade e deve ser o principal foco de
estudos de pesquisa em histria Africana;
6. Que a fora e grandeza do povo Africano podem ser medidas pela forma
como, em face do que, por vezes, pareceu serem todas as foras do inferno, eles
lutaram para sobreviver atravs de tudo isso e, reconstruram reinos e imprios
alguns das quais suportaram mil anos.
.
Pg. 37
.
Meu foco, ento, sobre os grandes temas da histria dos Pretos que emergem
dessa confrontao com a escolstica branca; pois enquanto eu cobri a maior
parte do mesmo terreno explorado por estudiosos antes de mim, eu geralmente
cheguei a concluses diferentes daquelas deles, e a partir do mesmo conjunto de
fatos.
Vamos fazer uma pausa por um momento neste ponto. Eu fiz uma acusao de
acobertamento pela escolstica Ocidental branca na frica. Se ela no pudesse
ser sustentada, ela nunca seria feita. Eles so trazidos sob fogo em vrios pontos
atravs deste trabalho o tipo de trabalho, como eu tambm disse, deve ser
absolutamente desnecessrio nos anos finais do sculo 20.
Mas o que certo por desarmar quase todos so os ataques francos do racismo
sobre racismo em toda a publicao.
Eu Suponho que ningum esperado para perceber a incapacidade implcita de
historiadores Pretos para lidar com a histria Africana objetivamente. (Eles no
so referidos como historiadores, claro), eles so Alguns intelectuais
Africanos modernos que tentaram mostrar grandes civilizaes no passado,
mais grandiosas do que qualquer coisa que j existiu.
.
Pg. 41
.
A NOVA ABORDAGEM
O primeiro perodo deveria comear com pr-histria, principalmente porque
Nowe, uma das cidades mais antigas da Terra, foi iniciada pelos Pretos antes da
histria registrada.
Esta inicial concentrao dos brancos ao longo do litoral da Terra dos Pretos
uma circunstncia de importncia crucial na histria Preta porque foi
exatamente a partir deste desenvolvimento que as conquistas dos Pretos foram
ofuscadas pelos posteriores escritores ou apagadas completamente.
A chamada por especialistas Pretos para um perodo em uma rea. O que, por
exemplo, foi a influncia real dos brancos Asiticos rigidamente retidos por
sculos no mais baixo um quarto do pas sobre os Pretos que ocupavam os
Trs Quartos que veio a ser conhecido como Alto Egito?
So necessrios reviso e estudos aprofundados deste perodo. O historiador
geral est fora. As melhores histrias gerais, regio por regio, podem ser
escritas somente depois que o trabalho dos especialistas feito.
O segundo perodo pode muito bem ser a partir da conquista do Baixo Egito
pelo lder Etope, Menes, em 3100 a.C. {*} [Nota {*} datas anteriores, como
4500 a.C., tambm so dadas e aceitas por muitas autoridades; pois datas
conflitantes aparecem nos registros antigos. Eu no debaterei este ponto]
3100 a.C. at o fim da Sexta Dinastia, 2191 tambm o fim do Imprio Antigo.
Este foi o perodo que deu luz ao Egito e antes do qual no havia Egito. Foi o
perodo em que Reis Pretos uniram as Duas Terras, iniciaram o sistema
Dinstico (Linhagem), e comearam a construo da maior civilizao. A mais
aprofundada reviso e concentrao de pesquisa devem ser voltadas para este
segundo perodo. Ele foi, de fato, a Idade de Ouro na histria dos Pretos, a idade
em que atingiram o auge da glria to deslumbrante em realizaes que
escritores Ocidentais e rabes se sentiram compelidos a apag-lo pela fora de
sua posio e comear a histria Preta mais de 3.000 anos mais tarde, limitando
tanto quanto fosse permitido para frica ao Sul do Sahara.
O Quinto Perodo deve ser a partir dos ltimos faras Pretos para a destruio
da restante diviso sul do Imprio Etope abaixo da primeira catarata, 730 (a.C.)
at o Quinto Sculo (d.C.).
O Sexto Perodo: A partir do ressurgimento de sucessores estados Preto no
Quinto Sculo (d.C.) at a sua destruio final pelos rabes no Dcimo
Terceiro Sculo.
O Stimo Perodo, assim como o Segundo, no deve ser uma diviso de tempo
de seqncias cronolgicas prximas e em grande parte irrelevantes. Ele um
estudo das migraes dos Pretos que cobriram muitos sculos, mas que se
tornaram mais difundidas e desesperadas depois da conquista rabe do centro
original da civilizao Preta no Sudo. Os longos perodos de peregrinao por
todo o continente, muitas vezes sem rumo, era a grande corrida histrica dos
Pretos para a sobrevivncia uma raa que tentava ultrapassar a fome, a
doena, a escravido e a morte. O perodo que se deve ter um intenso
aprofundamento e anlise crtica se estende do Dcimo Terceiro Sculo at o
colonialismo no Dcimo Quinto (Sc. XV d.C.).
Como a arte da escrita foi perdida por um dos primeiros povos a invent-la? . .
. Estude as migraes.
Como e por que um, uma vez grande povo, com uma origem comum lascou-se
em inmeras pequenas sociedades e chefiados independentes a partir dos quais
2.000 lnguas e dialetos diferentes desenvolveram-se? . . . Estude as
migraes.
A China Antiga e o Extremo Oriente, por exemplo, deve ser uma rea especial da
pesquisa Africana. Como explicar uma to grande populao de Pretos no sul da
China poderosa o suficiente para formar um reino de si prpria?
Ou com os Pretos de Formosa, na Austrlia, a pennsula Malaia, Indo-China, as
dos Andaman e vrias outras ilhas?
Nada mais claro do que o fato trgico de que a frica, como o resto do mundo
Preto, tem apenas a iluso de ser livre e independente. Ela apenas cerca de um
tero livre. Ela ainda est economicamente algemada como sempre foi em
alguns aspectos, at mais.
Este ltimo Perodo, ento, a hora das grandes decises, ele pode muito bem
ser a ltima chance da raa Preta para um renascimento e salvao.
.
Pg. 45
.
CAPTULO I
A Viso Geral
A TERRA DOS PRETOS ERA UMA TERRA VASTA UM GRANDE MUNDO
dentro de si mesmo cobrindo 12 milhes de milhas quadradas [cerca de
19,312,128 Km]. Do seu ponto mais setentrional no que hoje a Tunsia at o
Cabo das Agulhas so cerca de 5000 milhas [8,046,72 km], e na sua mais ampla
extenso de leste a oeste 4.600 milhas [7402,9824 km]. Todo este segundo
maior continente foi uma vez Bilad as Sudo, A Terra dos Pretos e no
apenas a regio Sul para a qual eles tm sido constantemente empurrados do
norte. Depois das ocupaes Asiticas, Gregas e Romanas, o termo Sudo veio
a indicar as reas ainda no retiradas dos Pretos e era co-extensivo com o
imprio Etope.
Pois o imprio Etope estendia-se, uma vez, para o Mediterrneo ao norte e para
a fonte do Nilo para o Sul no pas (Abissnia), que recentemente voltou a ser o
antigo nome do imprio Etope que em pocas anteriores formava suas
provncias do sudeste. At o fim dos tempos de Menes, 3.100 a.C., a Etipia
ainda inclua trs quartos do Egito ou at vinte e nove graus no paralelo Norte.
Os Asiticos se apossaram da regio do Delta da As Duas Terras, bem
conhecidas por todos os historiadores, mas nunca totalmente explicadas. (Pois
explicar as Duas Terras, claro, explodiria o mito sobre os construtores da
civilizao Egpcia).
Foi apontado que o estudo dos Pretos deve comear no Egito, porque as
maiorias de seus monumentos indestrutveis esto l; e, ainda, porque muitos
dos artefatos que os arquelogos tm descoberto durante os ltimos 75 anos
como Egpcios so, na verdade Africanos. No entanto, a prpria Terra-
Corao da Raa [Heartland of the Race] e o bero da civilizao eram na
verdade ainda mais para o sul, abaixo da primeira catarata, centrada em torno
das cidades capitais de Napata e Meroe. De l a civilizao preta se espalhou
para o norte, atingindo suas realizaes mais espetaculares no que ficou
conhecido como civilizao Egpcia.
Foi por razes de segurana que muitos destes grupos mais tarde chamados
de tribos ou sociedades procuraram as reas mais escondidas e isoladas que
puderam encontrar. Esta separao permanente de seus parentes em outros
grupos era geralmente bastante contrria aos desejos dos seus coraes. A
fragmentao e separao inicial eram, muitas vezes, sob lgrimas. Mas a
quebra em unidades menores parecia ser o nico caminho para a sobrevivncia
em uma situao de crise permanente aparentemente permanente, uma vez
que o movimento de pessoas por todo o continente vinha acontecendo a tanto
tempo alm da memria de cada gerao que migraes e assentamentos
temporrios estavam entre os fatos mais significativos da tradio oral de cada
sociedade.
Deve-se fazer uma pausa aqui para reflexo, se h qualquer tentativa sria para
realmente entender o que aconteceu com o povo Africano e por qu.
Este ponto importante. Pois um dos captulos mais notveis na histria dos
Pretos aquele lidando com esses lderes destemidos e povos que, tendo
perdido um estado aps o outro, juntamente com trs quartos de seus parentes,
no entanto, ultrapassavam todas as foras da destruio e morte e comeavam a
construir sempre mais uma vez ainda outro estado.
***
Mas o que dizer das inmeras sociedades, fugindo antes das hordas
conquistadoras e escravizadoras, bem como da fome e mortes que eram seus
companheiros dirios, o que acontece com aqueles que no encontraram
Terra Prometida em lugar algum? Pois completamente ao contrrio das
sociedades que eu mencionei que puderam se estabelecer e tiveram a
oportunidade de iniciar e desenvolver civilizaes comparveis com nenhuma
outra em nenhum outro lugar no mundo daquele tempo, este povo, no pode
nem se estabelecer e nem desenvolver uma civilizao. O que eles sofreram de
ano para ano enquanto vagavam sobre o continente quase alm tanto de
descrio quanto de crena. De fato, enquanto a estria bem conhecida,
poucos escritores gostariam de entrar em seus detalhes horrveis. Basta dizer
que, aqui, neste ponto, estavam numerosas sociedades de Africanos que foram
praticamente condenados morte por inanio ou escravizao pelos rabes
(eu ainda estou no perodo pr-Europeu) ou barbrie e selvageria e, em muitos
casos, at mesmo canibalismo.
Os fatos que temos, ento, mostram que depois de terem perdido o Egito e o
Sudo Oriental, alguns Africanos, derrogando todas as condies adversas,
agruparam-se para formar naes e desenvolveram uma elevada ordem de
civilizao independente de quaisquer influncias. Outros, nunca se
estabeleceram em lugar nenhum o tempo suficiente para desenvolver qualquer
coisa notvel, mas perecem ter permanecido em um estado de letargia ou
suspendida animao.
.
Pg. 51
.
Pois as suas 3.377 milhas atravs do corao da frica Preta, o Nilo se afunda ao
cortar gargantas profundas em seu piso de pedra calcria macia, deixando
falsias em locais de algumas centenas a milhares de metros de altura. O que
isto significa que, por cerca de 3.000 milhas atravs do lado oriental do
continente o Nilo estava coletando o solo rico carregado a ele pelas fortes chuvas
e milhares de crregos afluentes. Estes fluem para a Me dos Rios e adicionam
para o enriquecimento das suas guas fluindo para o norte, guardados por
todo o caminho por seus canais profundos at atingir o fundo de arenito duro
acima de Assuo e depois comea seu estouro peridico transbordamento o
resto do caminho para o mar!
Esta Nova Gerao [New Breed], meio-Africana, estava para se juntar com
seus pais e parentes Asiticos nas guerras e ataques escravisadores contra os
Pretos que prosseguiram sculo aps sculo at que todo o Norte de frica foi
finalmente tomado.
Ainda outro fator geogrfico fatdico que favoreceu os invasores foi implicado ou
parcialmente indicado nas observaes precedentes. Alm da ocupao fcil das
terras baixas do litoral e da gradual tomada das ricas terras do Vale do Nilo e
sua antiga civilizao, ambos os Asiticos e os Europeus encontraram as terras
altas da frica Austral e Oriental mais agradveis e saudveis para o
estabelecimento Caucasiano. Isso significou que, mesmo depois de a natureza
j ter condenado trs quartos da massa de terra do continente como
impossvel para sustentar a vida humana, os Asiticos e os Europeus vieram
para tomar e manter o melhor do um quarto que fora deixado.
A massa de terra nas regies do leste, por exemplo, tem vindo a sofrer um
movimento vertical de elevao e afundamento junto com um processo de
nivelamento ocasionado pela atmosfera e intempries desde os tempos do
Mioceno.
Os Gelogos traam a elevao das montanhas da regio mesmo o
Kilimanjaro e a falha e fraturamento que criaram o Grande Rift, a precoce
atividade vulcnica.
Temos falado muito sobre desertos Africanos de areia e rochas que algum
poderia se enganar ao pensar que era esse tipo de terra somente que no
poderia suportar uma populao. Mas havia vastas reas no desrticas de duro
solo vermelho ou vermelho-marrom que tinham sido arrastados por chuvas
fortes, roubado dos seus elementos essenciais para a vegetao (como clcio e
fsforo), e, claro, o seu uma vez rico hmus de topo de solo. Este desgaste
contnuo foi obviamente destrutivo. O problema do solo foi ainda mais agravado
por ter embaixo pisos de rgida laterita assim como se houvesse um plano
mestre para garantir que este solo no iria segurar qualquer gua. Portanto, o
problema envolvia muito mais do que restaurar o topo- de solo e um
programa de conservao da terra para prevenir eroso, porque este duro piso
debaixo drena as chuvas embora to rpido quanto ele chegasse a esse nvel.
Pode muito bem ser que a resposta esteja nas Pirmides desafiadoras da morte
que eles construram no Egito quando a terra era sua.
pg. 56
Mas mesmo este fato central, quando plenamente realizado, ainda permanecer
no campo da mera discusso at que Pretos em todos os lugares comecem
organizao de massas para a educao em massa das massas.
Deve haver uma ruptura ou extino gradual. Esta a pr-condio final para a
sobrevivncia e o progresso.
A sua ateno chamada novamente para o mapa da frica, pois muito
significante, onde os primeiros invasores entraram e se estabeleceram
definitivamente.
Isto foi bastante fcil para os rabes. Eles possuram os Africanos capturados
que compunham as suas foras de combate. Os Africanos podem culpar apenas
a si prprios por isso. Aqui, como em algumas outras coisas, eles ainda estavam
envolvidos em prticas que, embora uma vez universais, h muito haviam
estado morrendo ou geralmente sendo abandonadas pelo resto do mundo. Esta
era a escravizao de prisioneiros de guerra capturados.
Pretos contra pretos com aumento da desconfiana e dio podem ser rastreados
para os assaltos por escravos pelos prprios Africanos. Os assaltos no interior
por escravos eram resistidos por alguns chefes e os assaltantes foram atacados.
Mas essa oposio nem sempre se deveu a qualquer oposio escravido, mas
a este tipo de ao direta que ignorava os chefes e, assim, eliminou os seus
lucros. *
3. Mas que eles esto mal preparados para a guerra, a no ser contra os seus
vizinhos, que tambm usam o tipo de lanas, arcos e flechas que ns
abandonamos h muito tempo.
Assim, poderia ter sido verdadeiramente relatado para ambas sia ou Europa,
em qualquer momento durante os ltimos mil anos, que a generalizada
segmentao e frequente desunio entre os Africanos torna-os fcil para se
conquistar e dominar.
Alguns destes seis itens hipotticos seriam vlidos como concluses sobre uma
situao geral somente aps o colapso generalizado de fortes estados Africanos,
quando pequenos estados fragmentares espalhados pelo continente como uma
epidemia. Mas, como veremos, a resistncia unida dos pretos s invases branco
Asiticas vinha acontecendo desde antes da histria registrada comear; e,
apesar de todas as segmentaes e infindveis invases do Norte, Sul, Leste e
Oeste, houve naes pretas que mantiveram a resistncia de cinco mil anos at
este sculo 20. Ns vamos rever algumas dessas em captulos que se seguem.
Pg. 62
CAPTULO II
A fuso das raas comeou em torno do permetro norte. O resultado final foi
sempre o mesmo: Os Pretos foram empurrados para o fundo da escada social,
econmica e poltica sempre e onde quer que os Asiticos e seus descendentes
mulatos ganharam o controle.
Este esquema de enfraquecer os Pretos atravs de voltar seus irmos meio-
brancos contra eles no pode ser subestimado [overemphasized] porque ele
comeou no incio dos tempos, tornou-se a prtica universal dos brancos, e
ainda uma das pedras angulares do edifcio do Poder Branco.
Houve pretos que nem fugiram ante o avano Asitico e nem se submeteram
escravido. Estes, tambm rejeitaram a fuso como o processo de transformar a
raa, se mantiveram firmes combatendo e foram geralmente dizimados. Em
suma, os Africanos mantiveram o Alto Egito (Sul), enquanto os Asiticos
mantiveram o Baixo Egito (Norte).
Historiadores do antigo Egito fariam bem em fazer uma pausa e refletir mais
sobre a questo das Duas Terras. Aqueles que esto interessados na verdade
sobre a histria do homem preto sero obrigados a faz-lo. Pois a mais
significativa parte da histria do preto Africano desenvolveu-se no Egito, e a
diviso do pas em Duas Terras uma predominantemente Asitica e a outra
Africana marcou a primeira grande etapa das interminveis presses que
constantemente foraram os pretos das reas do norte. Mas durante incontveis
sculos, a maior regio foi mantida pelos pretos. Esta era a regio do sul
chamada Alto Egito [Upper Egypt].
Parece bastante claro que este conflito gangorra [see-saw conflict] entre
Africanos e Asiticos cobriu sculos remontando pr-histria, assim como ele
estava para continuar intermitentemente durante quase cinco mil anos depois
de Menes. De fato, a Revoluo de Zanzibar e o conflito puramente racial no
Sudo so simplesmente uma continuidade atual da antiga luta entre os
invasores e os invadidos.
Depois que o Norte dos Asiticos foi subjugado, a capital Africana foi transferida
de Nekheb no Sul para o Norte, onde as Duas Terras se encontravam. Aqui
montado o que tinha sido o limite, a Cidade Eterna de Memphis foi
construda, nomeada para o rei, e, como Tebas, tornou-se o ponto focal do poder
Preto e um dos principais centros da civilizao Africana. Ao completar a
construo de Memphis, o sobrinho de Menes aparentemente acreditava que ele
estava fazendo a resoluo definitiva do problema com os Asiticos, e que esta
capital permaneceria para sempre. O massivo sistema de fortificao construdo
para controlar os Asiticos permaneceu por sculos. A crena literal do Africano
na imortalidade se refletiu em suas construes e arranjos de sepultamento. As
primeiras mastabas de tijolo, de trs-cmaras, prenunciaram as posteriores
pirmides que estavam para cercar a cidade como vigias e formar uma linha de
marcha de l para o deserto Giz.
Pg. 67
Pg. 68
No houve nenhum Egito antes do rei preto cujo nome este foi indiretamente
derivado. Antes aquele pas era chamado de Chem ou Chemi outro nome
indicando seus habitantes pretos, e no a cor do solo, como alguns escritores
tm desnecessariamente se esticado em afirmar.
Nossa tarefa comear a remoo dessa falsa incrustao, endurecida como est
por dois mil anos de crescimento sem contestao. O tempo contnuo na
histria dos pretos altamente importante em referncia ao estado da
civilizao nas terras de onde os grupos invasores vieram durante os primeiros
mil anos de ascendncia Preta no Egito e Etipia do sul (o Sudo).
acentuadamente a partir do Africano escrita original como foi desenvolvida
abaixo do primeiro catarata.
Memphis 3100
. . .
Foi o incio de uma nova era na histria dos pretos quando um Rei Etope
mudou o curso do rio Nilo atravs da construo de uma grande barragem na
fronteira entre o Alto e o Baixo Egito para o local da nova capital que levaria o
seu nome.
Por geraes Memphis foi quase inteiramente uma cidade todo-Africana, com
aldeias de Asiticos brancos lentamente crescendo em torno da periferia. Pois os
Asiticos so um povo uito inteligente e muito astuto. Uma vez conquistados,
eles fingiam completa e humilde aceitao da regra Africana. Longe de mostrar
o menor sinal de qualquer sentimento de superioridade racial, eles eram tais
mestres da arte da dissimulao que eles poderiam enganar os Africanos, muitas
vezes sob o disfarce de fraternidade, capitalizando sobre sua, muitas vezes,
compleio escura, instituies semelhantes, casamentos inter-raciais, e mistura
com a populao preta em geral, tanto quanto possvel. Que tudo isso era a rota
direta para a repetida ascendncia Asitica no continente poucos Africanos
pareciam ver. Pois eles so, como uma raa, sempre prontos a perdoar e
esquecer males passados cometidos por estrangeiros; Considerando que, por
outro lado, uma tribo Africana companheira pode facilmente tornar-se um
inimigo tradicional e continuar como tal por tantas geraes que ningum se
lembre sobre o que a briga original era!
Ainda assim deve ter ocorrido a alguns que, uma vez que eles prprios sabiam
muito bem quem os construtores da civilizao preta eram, uma meticulosa
investigao viria a revelar tudo o que eles tentaram esconder.
Eu saliento repetidamente tambm que alguns dos vieses no so deliberados,
mas muitas vezes to profundamente enraizados que o estudioso branco
totalmente inconsciente deles. Um deles, por exemplo, foi Sir Flinders W.M.
Petrie, um dos maiores Arquelogo-Historiadores sobre o Egito. Ele se
esforava tanto para ser cientificamente objetivo. No entanto, quando ele
desenterrava um famoso rei ou rainha que era inconfundivelmente Negro, ele
parecia estar bastante confuso. Mas, como a maioria de seus colegas
investigadores, alguns de seus melhores pensamentos eram movidos para uma
explicao racional. Desta forma, o achado de Mertitefs, a rainha preta de
Sneferu, indicou que a mulher real podia ser de uma raa inferior e no do tipo
elevado.
Pg. 76
O PROBLEMA DO MULATO
Mesmo se nenhuma tal afirmao for feita, as novas classes dominantes e todos
os membros de sua raa so superiores perante os povos indgenas ou
conquistados. Convenincia e a prpria sobrevivncia ditou lealdade e servio
fiel aos mestres Asiticos nas regies sobre as quais eles tinham ganhado o
controle, primeiro no norte do Egito. Isso significava que, mesmo no incio,
aliar-se com os Asiticos no foi unicamente determinado pelo fato de se
algum era um mestio ou um puro-sangue Africano. Os Pretos que no
optaram por fugir para o sul, mas permaneceram sob o domnio Asitico,
mesmo escravizados, trabalhavam mais duro para ganhar reconhecimento e
aceitao do que qualquer outro grupo. De fato, to ansiosos estavam alguns
desses primeiros Pretos para integrao com os Asiticos que eles mesmos
fizeram muito da criao da nova gerao de Egpcios que viriam a se tornar
seus inimigos mortais. Pois em um esforo total para satisfazer os invasores,
eles livremente deram as suas filhas e outras mulheres desejveis como
presentes para se tornarem concubinas, acelerando assim o processo de
reproduo em escala cada vez maior. Isso tambm no diminuiu a captura
indiscriminada de mulheres em ataques aldeias Africanas para o mesmo
propsito e para exportao para a sia.
Referncia foi feita raa dos Egpcios de suas mes. Pois no Egito, como em
outros lugares, foi um processo sexual de via-nica. A raa superior [master
race] sempre manteve as suas prprias mulheres sagradas e isoladas por trs
das paredes de suas casas. Elas no eram autorizadas a ir para fora, exceto sob
guarda. Mulheres Africanas no tinham tais restries ou proteo. Elas eram
um alvo fcil para os homens de todas as raas, e para eles era sempre
temporada aberta. Muitas mulheres Pretas preferiram a morte por suicdio.
Sobre estas, tambm, a histria no canta.
Mas o que tem sido referido como um fenmeno social foi na verdade um
desenvolvimento entre os mestios [half-breeds] em todos os lugares que correu
contrrio ao que seria normalmente esperado, se no contrrio prpria
natureza. Este foi a simples rejeio da me e seu povo e uma clivagem para o
pai e seu povo. Embora eu no saiba se o imenso amor que os Africanos
geralmente tm por suas mes algo maior do que entre outros povos, este
certamente to marcante que tem sido uma questo de comentrio por muitos
escritores. Algumas das principais razes pelas quais os mestios se voltaram
contra os Pretos e buscaram integrao com os Asiticos foram apontadas. Estas
aplicam-se aos Pretos, bem como nova gerao [new breed]. Todos
procuraram segurana, promoo e prestgio social atravs da integrao de si
mesmos com as classes dominantes atuais. Mas os mestios [halfbreeds] tinham
a posio inicial e todas as vantagens.
Outra situao que foi um fator muito potente na atitude dos mestios
[halfbreeds] para com a raa de suas mes foi que, na maioria das vezes, as
mes eram escravas concubinrias.
Isto significava que o mestio [half-breed] era introduzido no mais baixo nvel
de vida Africana mesmo desde o nascimento. O concubinato [concumbinage]
era to geral que ofuscou o nmero menor de mulheres Africanas que foram as
esposas legtimas dos Asiticos. Estas mulheres Africanas foram a exceo,
geralmente vindo como elas vinham a partir de poderosas classes superiores, as
famlias nobres ou reais. Em tais casos, parece no importar absolutamente o
quo Pretas elas eram. Mas, uma vez que a maioria dos novos Egpcios eram
originalmente filhos e filhas de mes escravas e pais de classe alta, eles
tendiam a ter vergonha de suas mes e procurar auto-realizao no lado de seus
pais. Alm disso, a me escrava no tinha nenhum direito sobre os filhos que ela
concebia. Eles pertenciam ao pai Asitico que podia e, geralmente considerava-
os como nascidos-livres [free-born] devido ao seu sangue Asitico.
Para provar o quo verdadeiramente Asiticos eram, os Egpcios mestios
fizeram do dio aos Africanos um ritual, e tentaram superar os brancos em
incurses [raiding] por escravos nas reas todo-Africanas [all-African areas].
Vrios Afro-Eurasianos que se tornaram reis Egpcios declararam guerra
eterna contra os Pretos e prometeram escravizar a raa inteira. Esperana
nesta conexo pode ter se desenvolvido a partir do fato de que enquanto muitas
raas foram representadas entre os escravos capturados, os Africanos
constituam o maior nmero.
A coisa mais caridosa que pode ser dita sobre o racismo dos Boeres Holandeses
e suas proles mestias do Cabo que eles desconheciam at mesmo os nomes de
grandes lderes Africanos, para no mencionar a grande civilizao que eles
tinham construdo ao bem ao norte de onde os Holandeses desembarcaram pela
primeira vez.
Um fato perturbador era que a maioria dos maiores reis e rainhas do Egito
foram Africanos Pretos to grandes, na verdade, que seus nomes foram de
bom grado [gladly], propagados por pginas que glorificam o passado Egpcio
seus nomes, mas no a sua identidade Africana. Na histria esses Pretos so
simplesmente Egpcios, e no Cushitas, Etopes, ou Nbios. Isto ainda uma
outra tcnica para deliberadamente perder o rastro da histria Africana. Mas
as esptulas [spades] dos arquelogos continuavam apenas trazendo tona
estatuetas e alguns retratos notveis que frustravam alguns estudiosos,
enquanto outros se sentiam desafiados a replicar com uma artilharia pesada de
palavras e frases enganosas [misleading].
Independentemente do que os pesquisadores de campo encontraram, o
principal trabalho de reconstruo da histria Africana no sculo XX est ainda
nas mos daqueles que a degradaram mos brancas que ainda tm o poder de
mold-la [a histria Africana] como eles querem; (3) Finalmente, a grande
revolta de escravos brancos (Mamelucos) em 1250 D.C., e seus ataques
assassinos contra seus senhores Turcos e rabes acabaram para sempre com a
escravizao geral de brancos, e, posteriormente, levou a uma concentrao na
escravizao dos Pretos somente. Isto mudou o curso da histria e veio a fazer o
mito de superioridade-inferioridade racial parecer como sendo uma realidade
visvel: Senhor [Master] e escravo poderia haver qualquer dvida sobre isso?
Mesmo os escravos podiam perceber que sua situao presente era uma de
inferioridade. E aps sculos de escravido [bondage], os escravos geralmente
passaram a acreditar que eles eram de fato seres inferiores e que seus senhores,
pelos prprios arranjos da vida, eram superiores. Para quer seja na sia,
Europa, Amrica do Sul, nos Estados Unidos ou nas ndias Ocidentais, a
histria foi a mesma: As ligaes essenciais com seu passado foram quebradas.
Todo conhecimento da antiga grandeza foi perdido. Mesmo seu parentesco e as
relaes familiares foram destrudas junto com seus verdadeiros nomes. Eles
no eram considerados como seres humanos. Eles se tornaram uma raa de
exilados [outcasts] odiando a si mesmos por s-lo. O triunfo Caucasiano foi
completo.
No decorrer do tempo, os Egpcios se tornaram mais e mais conscientes de sua
separada e no-Asitica identidade nacional como Egpcios. O termo Asitico,
claro, cobre numerosas nacionalidades e grupos tnicos brancos. Sangue
Asitico no tinha qualquer significado especfico. Podia ser Hebraico, Mongol,
rabe, Persa, Indiano etc. O nacionalismo Egpcio com seu senso de
independncia poderia evoluir ainda mais facilmente por causa desta falta de
identidade exclusiva com qualquer uma de suas nacionalidades afins.
Um outro fator importante foi os Asiticos relativamente no misturados (e uma
pitada de Europeus) que tinham vivido no pas por tantas geraes que eles
consideravam a si mesmos como Egpcios, prestando nenhuma lealdade a seus
pases de origem, e prontos para lutar como Egpcios quando o Egito era
atacado ou quando Ele prprio ia para a guerra. Aqui, novamente, vemos razes
adicionais para o por que de os Egpcios se sentirem mais Asiticos do que
Africanos. Eles tornam-se ainda mais claros se tivermos em mente que, durante
todos os sculos da evoluo Egpcia para uma separada identidade e
nacionalidade, implacvel guerra com os Africanos continuou. Enquanto os
Africanos pareciam resolvidos a retomar o Egito, nenhum fara poderia
descansar facilmente. A partir do registro, que se estende por vrios milhares de
anos, parece que os Pretos tinham a inteno de reconquistar o Egito como
Menes tinha feito ou lutar para sempre. Eles parecia tomar suas derrotas mais
devastadores como meros retrocessos temporrios, e sempre invadiram ou
tentaram invadir o Egito novamente e novamente (e novamente, observe a
muito diferente verso ocidental).
Ser que esta uma das principais razes porque os Egpcios os odiavam tanto?
Ter sido a escravizao em massa de Africanos uma parte de um esquema para
quebrar o poder e acabar com a ameaa eterna da Terra dos Pretos hoje o sul?
Mas tudo no estava indo bem na terra. Houve guerras civis, diviso do pas
novamente, reunificao novamente, descentralizao, um rompimento em
nomarcas autnomas [autonomous nomarchies] e volta unificao mais uma
vez. Esses altos e baixos parecem estar de acordo com a fora ou a fraqueza da
liderana em qualquer perodo determinado, ou com o papel desempenhado
pelos conquistadores na unificao ou no fracasso para unificar o pas.
Pg. 83
.
O EGITO PRETO
TORNANDO-SE MARROM E BRANCO
A longa longa extenso dos sculos em milnios tornou fcil para eliminar
alguns dos desenvolvimentos mais significativos naquelas eras precoces no
Egito. O surgimento de grandes lderes e longos perodos de realizaes notveis
foram seguidos por lderes fracos e longos perodos de desorganizao e caos
nacionais em ciclos to incrveis que parece que alguma lei scio-poltica
implacvel estava operando na terra. O governo centralizado, primeiro
institudo por Menes, sempre desmoronou conforme guerra civil se espalhava
sobre as provncias e reinos constituintes. Um dos piores e mais fatdicos
perodos de crise foi durante a Stima, Oitavo, Nona e Dcimo Dinastias, 2181-
2040 A.C.
Inferno no centro do imprio (Alto Egito) por 141 anos. Cento e quarenta e um
anos de retrocesso e destruio. Ambas as extremidades do imprio romperam
com o centro. O extremo norte, Baixo Egito branco, tornou-se independente
novamente e mais e mais brancos se espalharam para o Alto Egito, aproveitando
ao mximo a agitao geral, e promovendo-a atravs da formao de alianas
com vrios chefes provinciais na guerra contra os outros. Uma vez que o Baixo
Egito tambm tinha luta interna entre suas provncias agora independentes,
chefes do Delta no hesitaram em aceitar os convites dos prncipes Pretos para
formar alianas e levar tropas para o Alto Egito. Os Asiticos tambm
marcharam atravs do deserto da Lbia, onde eles tambm haviam substitudo
os Pretos indgenas e agora eram a populao dominante.
Um sculo e meio disso. Uma pausa e reflexo so necessrias aqui para que o
significado total do que foi exposto acima seja aproveitado. No entanto, a
imagem no precisa ser to confusa como muitos escritores a tm feito pelo
simples expediente de omitir fatos salientes. Entre estes esto os seguintes: (1)
O colapso da autoridade centralizada a partir de Memphis no s permitiu ao
Baixo Egito tornar-se independente novamente, mas tambm significou que
esta regio predominantemente Asitica estava no mesmo estado de
perturbao como o resto do pas. (2) Reis no Baixo Egito, governando de Avaris
ou Sais, muitas vezes afirmaram ser reis ou faras de todo o Egito, sem ter
ganhado o controle de todo o pas, assim como reis no Alto Egito, governando
de Tebas ou Memphis, fizeram afirmaes semelhantes durante o mesmo
perodo sem ter adquirido o controle sobre todo o pas ou mesmo sobre a
totalidade do Alto Egito. Este ponto muito importante; pois o que isso significa
que houve perodos em que ambos os aspirantes, brancos e pretos, alegaram
ser faras do Egito ao mesmo tempo em que nenhum deles tinha realmente
nenhum controle efetivo sobre a nao. (3) Escritores, sabendo isso bem o
suficiente, no entanto, tm geralmente apresentado os brancos e Afro-Asiticos
(classificados como brancos) como os faras Egpcios, enquanto ignorando os
faras Africanos completamente. Sua defesa, quando pressionados, que os
faras Africanos so indicados como Tebanos, Memphitas etc., satisfeitos,
como indicado anteriormente, que o uso desses termos uma parte do apago
[blackout] da histria preta. (4) Os perodos durante os quais as incurses
Asiticos foram maiores, como 2181-2040 A.C., devem ser enfatizados porque
estas presses populacionais causaram uma retirada constante de pretos no-
integracionistas para o sul abaixo da Primeira Catarata.
(5) ignorar este inicial movimento separatista entre os pretos negligenciar uma
das chaves mais importantes para a compreenso mais completa da histria
Egpcia preta.
Mas, assim como os Pretos tinham se retirado em grande nmero do Baixo
Egito conforme este se tornou mais e mais branco e comeou a se estabelecer
alm do que se tornou a fronteira entre o Baixo e Alto Egito, ento agora eles
estavam movendo-se de um lugar para outro no Alto Egito em um esforo intil
para escapar dos sempre prementes brancos. Estes foram os Pretos que
finalmente se juntaram a outros no Sul (Nbia).
. . .
O fim da Dcima Segunda dinastia em 1786 [a.C.] encerrou quase trs sculos e
meio de grandes lderes e, portanto, um grande progresso. No entanto, mais
uma vez, o ciclo de desastre voltou com a Dcima Terceira dinastia. Pigmeus
mentais sentaram-se nos tronos antes ocupados por gigantes. Quase dois
sculos de lutas internas e decadncia se seguiram. O Baixo Egito, claro, tinha
rapidamente tornado-se independente novamente pela terceira vez. Isto
significou um aumentado e irrestrito fluxo de Asiticos para o pas. Um perodo
de turbulncia era tambm o momento oportuno para grandes invases
armadas.
Entre estes invasores estavam os Hicsos [Hyksos], os Filhos de Israel
[Children of Israel], de acordo com o historiador Josefo. Esta invaso do Egito
em 1720 a.C. foi cruel e destinada a nada menos do que o extermnio do povo
Egpcio e sua substituio pelos Israelitas. Eles no conseguiram isso, mas se
estabeleceram para governar o pas como a Dcimo Terceira e e Dcima Sexta
dinastias e permaneceram como uma poderosa influncia por mais de 400 anos.
*
[* Alguns escritores dizem que eles eram rabes e que seu governo durou
cerca de 250 anos.]
O ponto importante aqui que Semitas verteram sobre o Egito aps a sua
conquista por companheiros de tribo [fellow-tribesmen], e que isto avanou
ainda mais o carter Asitico dos Egpcios. O poder Hicso foi quebrado durante
a 18 dinastia e muitos foram expulsos em massa. Eles voltaram para a
Palestina e fundaram Jerusalm. Enquanto isso, o Egito estava se
desenvolvendo no Imprio Novo [The New Empire] e, durante a mesma
dinastia em que os Hicsos foram expulsos, ele revidou conquistando a terra
natal dos Hicsos e a Sria e estendendo conquistas at o Eufrates. Deve ser
notado aqui que a maior invaso Hebraica do Egito ocorreu cerca de 600 anos
antes de Moiss e do Cativeiro.
. . .
Uma razo pela qual as grandes questes da histria Africana devem ser tanto
revisadas quanto ampliadas, que qualquer um que se atreva a desafiar os
pontos de vista predominantes e amplamente difundidos est em uma posio
muito mais precria do que aquela do pequeno Davi enfrentando o imponente e
poderosamente armado Golias. Aqui um exrcito quase universal de gigantes,
permanecendo firmes na defesa das ideologias Africanistas que eles tm
desenvolvido, devem ser combatidos. Para este fim eu revi posies j
afirmadas, a fim de ser absolutamente claro, e eu expandi introduzindo fatos
adicionais sobre o mesmo assunto.
Na verdade, eu poderia ser devidamente acusado de superenfatizar um ponto
sobre o qual a maioria dos estudiosos j esto de acordo: a grande antiguidade
da civilizao Africana. Mas a maior de todas as questes est bem aqui no
consenso geral de que no perodo mais antigo conhecido para a humanidade,
uma civilizao Africana nas reas mais tarde chamadas de Sudo e Egito estava
totalmente desenvolvida, com todas as artes da vida civilizada j
amadurecidas, o seu incio sendo colocado to longe no incio da histria do
mundo que est alm do alcance do homem . . . Uma vez que a evidncia mais
convincente forou os estudiosos a estas concluses nos ltimos tempos, as
prevalecentes teorias racistas da histria criaram um dilema muito real: Como,
tendo em vista o incio da civilizao na Terra dos Pretos, explicar o papel deles
na histria do mundo? Tendo com sucesso degradado a raa preta em todo o
mundo e apoiado esta degradao com a sua cincia e religio, como agora
explicar que esta mesma raa preta foram os primeiros construtores da prpria
civilizao da qual os Caucasianos eles prprios so herdeiros?
A Academia branca resolve tais problemas muito nitidamente e sem um piscar
de olhos. Neste caso, eles muito simplesmente colocam o homem branco na
frica antes de o homem preto! E, aparentemente, no se sentindo seguros o
suficiente com isso, eles passam por cima da prpria geografia e tiram o Egito
para fora da frica, fazendo deste uma parte do Oriente Mdio Asitico! Risos e
tragdia [Laughter and tragedy]. Pois, obviamente, um racismo to extremo que
se torna ridculo tambm se torna divertido, mesmo que seja ao mesmo tempo a
tragdia de um inabalvel assalto do sculo XX sobre os Pretos.
A descoberta de que a mais antiga civilizao e, portanto, a nao mais avanada
estava na frica levou os estudiosos brancos a fazer uma rpida reviravolta, indo
muito alm de transformar os povos indgenas em brancos: Eles agora fazem da
frica o bero de toda a raa humana e, para agradar a Deus, recorrem aos
filhos de No novamente para uma teoria das origens e disperses raciais mas
agora a partir da frica sobre a terra. Estudiosos Ocidentais na ausncia de
fatos slidos, no hesitam em usar mitos e lendas se estes servirem a seus
propsitos. Assim, para alm da lenda de como as diferentes raas vieram a ser
e migraram, temos tambm citado a lenda Egpcia de como o deus, Tum,
atribuiu cores para os diversos grupos.
Sir Gardiner Wilkinson em seus trs volumes sobre o antigo Egito segue a
mesma linha bem conhecida sobre os Egpcios como Caucasianos. Nisso, ele
est bastante em sintonia com a maioria dos escritores Ocidentais e Asiticos
sobre o assunto. Na verdade, para alm da evidncia citada acima, ele se apoia
tambm sobre caractersticas Caucasianas em certos monumentos Egpcios,
retratos etc. As esculturas de cabea, imagens e outras representaes de
pessoas so bem verdadeiras, dependendo do perodo em que o trabalho foi
feito. Foi este feito durante a longa era de representaes clssicas quando todos
os retratos eram de uma forma padronizada? O sujeito era idealizado em uma
tentativa artstica para faz-lo parecer bem diferente do que ele realmente era.
Na verdade uma representao verdadeira do indivduo era considerada vulgar.
A pergunta complementar , foram as pinturas murais e representaes
semelhantes feitas durante estes perodos de ascendncia Europia (Asitica e
Afro-Asitica)? Pois durante esses perodos as classes altas e regentes de ambos
Africanos e Afro-Asiticos foram classificadas como Caucasianas ou Asiticas e
uma ntida distino foi feita entre eles e os Pretos no-integracionistas [non-
integrating Blacks]. As pinturas estilizadas tambm mostram os Pretos nos
mesmos padres invariveis. A primeira revolta conhecida contra este antigo
sistema de arte clssica veio durante as reformas religiosas de Iknaton
[Akhenaton], no sculo XV a.C.
Pg. 91
Mas nunca esqueamos o fato central acerca de Tebas nem mesmo por um
momento. Pois ainda que os Pretos nunca tivessem deixado um registro escrito
nico de sua grandeza passada, esse registro ainda estaria, desafiando o tempo,
nas pedras imortais de Tebas, de suas colunas cadas de templos, monumentos e
suas pirmides uma cidade mais eterna do que Roma porque a sua fundao
foi colocada antes do alvorecer da histria, e sua planta foi aquela copiada por
outras cidades do mundo. Se os Pretos de hoje querem medir a distncia at as
alturas de onde eles caram, eles no precisam de ir mais longe do que Nowe
(Tebas).
TEBAS
E O PAPEL DA RELIGIO
Essa crena na vida aps a morte foi a grande inspirao para a construo em
to grande escala, tentando erguer estruturas que ficariam para sempre. A
Necessidade, portanto, deu luz s cincias matemticas necessrias para a
construo das maravilhosas pirmides e os projetos de arquitetura para o mais
elaborado sistema de construo de templos que o mundo j conheceu. Como
cidade de Amon, o rei dos deuses, e de sua esposa, a grande deusa, Mut, os
templos e monumentos para eles sozinhos tinham que ser em uma escala
macia. Havia tambm o deus da guerra de Tebas, a fonte do poder dos mais
poderosos exrcitos, os guerreiros mais orgulhosos e mais destemidos. A partir
deste centro do imprio sozinho, 20.000 carros de guerra poderiam ser
colocados em campo. A hierarquia de deidades no s incluia numerosos deuses
e deusas menores, mas tambm uma longa linhagem de venerados antigos reis,
rainhas e ancestrais. Tudo isso no s inspirou a interminvel construo de
templos em Tebas, mas tambm uma concentrao em atingir os mais elevados
padres de excelncia. Isto, por sua vez convidou ao aprofundamento da
reflexo, inveno e descoberta. Muitos dos templos eram o que chamaramos
de faculdades [colgios], como as diferentes reas de estudo eram centradas no
templo. Aqui estudiosos de terras estrangeiras vieram para estudar, e a partir
daqui idias religiosas e projetos arquitetnicos foram difundidos. Os primeiros
Gregos e Romanos avidamente copiaram de ambos, remodelaram-los e fizeram-
lhes partes integrantes de uma cultura Ocidental original. Durante os perodos
de declnio ou conquistas, A Europa e a sia capturaram e transportaram da
frica tanto dos artefatos de sua civilizao quanto puderam. Cambyses, por
exemplo, to cedo quanto o sculo VI a.C., roubou mais de $ 100.000.000 de
materiais histricos preciosos de Tebas apenas. Cambyses foi apenas um das
incontveis milhares de pessoas que invadiram os tmulos repositrios
[Museus] da histria Preta durante cada um dos perodos de invaso estrangeira
e governo estrangeiro. Pois estas tumbas continham no apenas muitos valiosos
registros histricos em diferentes formas, mas tambm grandes tesouros em
ouro e pedras preciosas. Nestes casos, os registros histricos foram geralmente
destrudos incidentalmente, e no deliberadamente. Os saques em sepulturas e
grandes tmulos eram em busca dos grandes tesouros a serem encontrados l.
Mas o ouro e outros tesouros roubados no tinham nenhuma importncia
quando comparados com a massa de materiais histricos de valor inestimvel
que esto espalhados pela Europa e sia, alguns em museus, alguns destrudos
ou jogados fora tudo a partir do corao da civilizao Preta. Hoje os
descendentes dos ladres ainda presunosamente declaram, Os Pretos nunca
tiveram qualquer histria que valha a pena; se tiveram, onde esto seus
registros?
O fato ainda interessante sobre Tebas que muitos de seus antigos grandes
templos eram runas pr-histricas mesmo h cinco mil anos atrs. O templo
mais antigo em Karnak, por exemplo, no que foi o centro de Nowe [Tebas],
remonta alm do alcance dos registros do homem. Nenhuma outra cidade na
Terra jamais teve tantos templos, e ainda hoje existem mais runas de templos l
do que em qualquer lugar do mundo. Por causa do esplendor de seus projetos
arquitetnicos e do tamanho colossal das estruturas, eles, assim como as
pirmides, tornaram-se maravilhas do mundo. A religio foi no s a ocasio
imediata para o desenvolvimento da arte e da arquitetura, mas tambm inspirou
o movimento por grandeza, o grande projeto em uma escala to grande quanto a
inteligncia e esforo humanos pudesse alcanar. Nada menos foi condizente
com os deuses.
O ponto de tudo isso que a religio fez o povo obediente, submisso e tanto
mais se seu governante tivesse um papel sobre-humano e at mesmo parentesco
com os deuses e os ancestrais protetores. Pois no significava isso ento que os
governantes detinham todas as chaves para o Cu?
A grande civilizao dos Pretos que por incontveis eras foi centrada em torno
de Nowe (Tebas) no surgiu por acaso. O progresso no acontece
automaticamente. Cada passo em frente feito por esses primeiros Pretos foi feito
voc pode at dizer forado pelos imperativos do que tinha de ser feito para
sobreviver. Tenha em mente que a sobrevivncia espiritual era mais importante
do que a fsica um conceito que no se espera que o mundo moderno
compreenda de todo.
O desenvolvimento da escrita no explicado pela simples declarao de uma
necessidade de se comunicar. A idia de permanncia pareceu motivar o
desenho de imagens e smbolos que foram o primeiro passo do homem para a
arte de escrever. Significativamente, os escribas originaram-se nos templos
sagrados. E por isso que tantas inscries de importncia histrica foram
encontradas l em paredes, altares e nas colunatas. A Cidade mais antiga do
mundo, que no s tinha o maior nmero de templos, mas tambm os mais
antigos, deve ter sido o lugar onde a maior massa de dados histricos teria sido
encontrada, se os saqueadores de diferentes pases no tivessem destrudo,
roubado, e levado embora tanto dela. Aqui no precisamos nos preocupar tanto
com mais um testemunho, como o de Diodoro afirmando que os Tebanos foram
os mais antigos (primeiros) homens na Terra, de acordo com a sua tradio, e
que eles tambm originaram os sistemas de filosofia e astrologia no
precisamos nos preocupar tanto com a sua antiguidade, a qual j est bem
estabelecida, como quanto perda de grande parte da evidncia adicional sobre
o desenvolvimento da filosofia e o incio da cincia espacial da astrologia.
A nfase tem sido sobre a Thebald como todo Alto Egito, o Alto Egito [upper
Egypt] como Alta Etipia, e Tebas (Nowe) como sua cidade mais antiga e uma
dos verdadeiros primeiros centros da civilizao Preta. E ns temos dito que os
brancos antigos assim a consideraram. O historiador Grego, Erasthosthenes,
refere-se a Menes como O Tebano [The Theban] e primeiro rei de Tebas
(significando a Thebald ou Alto Egito, quando unificado o com Baixo Egito, e o
incio da Primeira Dinastia 3100 a.C.). O mesmo historiador observou que o
reinado de sessenta e dois anos de Menes foi um dos mais longos na histria, e
que o de seu sobrinho, Atothones, correu prximo em segundo lugar, cinquenta
e nove anos.
Durante este perodo inicial e antes de Memphis ser fundada A Cidade dos
Cem Portes espalhava-se por seis milhas quadradas ao longo de ambos os
lados do Nilo. Ela era tambm a Cidade Bela [City Beautiful], sendo
chamada por mais nomes glorificantes diferentes do que qualquer cidade
conhecida do mundo antigo. Suas mais amplas avenidas, pautadas com esfinges,
templos, palcios e monumentos poderiam acomodar a variedade de carros
coloridos, vinte lado a lado [twenty abreast]. Ela era tambm As Duas Cidades
[The Two Cities], ou A Cidade dos Vivos e A Cidade dos Mortos [The City
of the Living and The City of the Dead]. Uma ficava no lado leste do rio e a
outra ficava do lado oeste. Cada uma competia com a outra em uma corrida pela
magnificncia. Palcios e manses estavam em grande parte concentrados na
margem leste. Templos, estando por toda parte, eram to numerosos na Cidade
dos Vivos, quanto na Cidade dos Mortos sobre a Margem Oeste, onde os
templos morturios de reis e rainhas estavam localizados, juntamente com os
vrios cultos religiosos e casas de sacerdotes, artesos, soldados e as massas. A
Margem Oeste [West Bank] era uma tal colmia de atividades industriais,
comerciais e religiosos, que Cidade dos Mortos, mesmo que se refira a seus
famosos locais de sepultamento, no entanto, um nome muito enganoso
[misleading]. O status de Tebas como a cidade capital e centro de atividades
imperiais aumentou e diminuiu, com poucas excees, de acordo com a raa ou
nacionalidade da dinastia reinante naquele momento. Sendo o centro do poder
preto, era um alvo principal para destruio por invasores no-Africanos e,
depois de terem alcanado o controle, eles estabeleceram novas capitais em
outros lugares. A importncia da cidade que tinha sido a inveja do mundo foi
ignorada, e muitas de suas atividades culturais foram tranferidas para outros
lugares. Nenhum fara branco podia sentir-se nem confortvel nem seguro no
centro de uma das mais densamente populadas reas dos Pretos do imprio. Os
Egpcios de cor geralmente sentiam-se da mesma maneira. Tebas tambm foi
eclipsada por vezes, pelos programas de construo de reis Pretos em seu
esforo para avanar do muito antigo para o muito novo, e tambm com a
finalidade de garantir uma administrao centralizada mais eficaz. A construo
de Memphis foi para este propsito. Por outro lado, Piankhi e seus sucessores
na Vigsima Quinta Dinastia, aparentemente, preferiram a cidade capital de
Napata no profundo Sul do que ambas Tebas e Memphis. Ser isso porque a
Cidade Santa de Napata era como Meroe, a nica grande cidade todo-Preta que
nunca havia sido contaminada pelas mos dos conquistadores? Podemos assim
especular. claro, porm, que Tebas refletia as mudanas no poder mais
diretamente quer se as mudanas fossem ocasionadas por foras internas ou
externas. Ela declinou conforme Memphis ergueu-se durante as dinastias I, II,
III, IV e V. (3100-2345 a.C.) Estas foram as primeiras cinco linhagens Africanas
a reinar aps a reunificao. Houve uma posterior queda de Tebas depois da
Quinta Dinastia, e novamente por razes internas de natureza bem diferente.
suficiente dizer que, aps o perodo durante o qual houve uma poltica ativa de
integrao de Africanos e Asiticos atravs da capital de Memphis em sua linha
divisria (a fronteira entre o Alto e o Baixo Egito), reis nativos geralmente
procuraram restaurar sua glria antiga a cidade to querida ao corao dos
Pretos.
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CAPTULO III
Egito: A Ascenso
e Queda da Civilizao Preta
PODEMOS AGORA REVER E RESUMIR ESTE LONGO PERODO, comeando
com um esboo de alguns desenvolvimentos importantes que destacam fatores
na ascenso e queda dos Pretos e uma discusso mais aprofundada desses
fatores. Comecemos, pois, no incio, onde alguns dos erros de interpretao
[misisterpretations] foram simplesmente devido ignorncia.
O BLACKOUT EM REVISO
A converso de nomes no Egito foi em uma escala to universal que sua origem
e carter Africanos foram to alterados quanto foi humanamente possvel fazer.
Pequenas unidades polticas ou estados, que os Europeus denominam como
chefias [chiefdoms] em outras partes da frica, tornam-se nomarquias no Egito.
Outra situao predinstica a ter em mente diz respeito ao governo nas Duas
Terras. Todos os Asiticos tiveram seus reis no Baixo Egito e os Pretos tiveram
seus reis no Alto Egito. As longas guerras entre as duas raas foram sobre a
unificao e controle das Duas Terras. Estas lutas aparentemente estavam
acontecendo desde que as incurses Asiticas comearam nos tempos pr-
histricos. E no era apenas o controle de todo o Egito at a Primeira Catarata
que estava envolvido, mas a unificao e o governo de todo o imprio Etope
desde o Mar Mediterrneo at a prpria fonte do Nilo. Este grande projeto e
objetivo devorador ao longo da histria da frica deve ser entendido se, por
exemplo, se entender por que at mesmo os faras Pretos do Egito levaram as
guerras para o meio de sua prpria raa, tentando subjugar uma Nbia, Wawat,
ou Cush rebeldes. Os movimentos separatistas sulistas e as rebelies se
espalharam medida que a influncia e a integrao Asiticas se espalhavam
pelo Norte.
O outro evento a ser aguardado com pacincia foi a passagem de tantos grandes
lderes Africanos e a chegada dos mais fracos. Esta era uma certeza histrica
caso ciclos de desenvolvimentos passados no fossem mais.
Mas o tempo parecia mais lento e mais longo durante as primeiras cinco
dinastias, cada uma das quais foi caracterizada por grandes lderes um
perodo de setecentos e cinquenta e cinco anos. A lista traz nomes que ainda
ressoam pelos corredores do tempo: Menes, Athothes, Peribsem, Khasekhem,
Imhotep, Zoser, Sneferu, Khufu, Khafre, Userkaf, Neferefre, e outros que
restabeleceram o poder Etope um imprio unido e o mantiveram sem um
desafio srio por quase mil anos.
Durante esse perodo, ativo comrcio exterior e contatos ampliados com outros
pases eram agora possveis. A estabilidade interna foi alcanada atravs do
processo de maior centralizao do poder em Memphis e da perfeio da
burocracia da vasta administrao imperial. O Estado tornou-se o principal
promotor e inspirador do progresso em todas as frentes: Agricultura,
desenvolvimento industrial, cincia, artes, engenharia, programas de
construo macia, minerao e construo naval. A rpida ascenso e expanso
de numerosos ofcios, cada um uma sociedade secreta organizada, estimulou o
notvel desenvolvimento industrial e de construo. A paz e a estabilidade
internas proporcionaram a oportunidade para o desabrochar de um gnio
nativo at ento dormente, e a religio foi a principal fonte motivadora. Cada
ofcio-sociedade tinha seu prprio sub-deus padroeiro (no confundir com o
Deus Supremo). Foi durante esse mesmo perodo que a pedra foi usada pela
primeira vez na construo, a escrita hieroglfica foi inventada pela primeira
vez, as grandes pirmides foram construdas, a extrao de pedreiras foi
aperfeioada e expandida e Imhotep tornou-se o maior arquiteto do mundo e o
Pai da Medicina Cientfica. Foram sete sculos e meio das pginas mais
gloriosas da histria do mundo preto.