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Apocalipse 9 Comentário

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Ap 9:1

5ª TrombetaI. “...vi uma estrela que do céu caiu na terra”.? Devemos observar que João não
percebeu a queda da estrela; mas viu-a já caída do céu. Uma chave lhe é dada; o anjo toma-a a
usa para abrir o “poço do abismo”.?1. Observemos que a descrição do juízo da quinta
trombeta que é o primeiro “ai”, em sua descrição, ocupa um espaço de onze versículos,
porquanto há completa descrição da invasão por parte das hostes infernais, e aquilo que elas
são. O espaço extraordinariamente grande dado a essa visão, deve-se à tremenda modificação,
para pior, que isso trará para a humanidade. O quadro geral deste juízo divide-se em três
partes, a saber: (a) descrição geral, vs. 1 a 6; (b) descrição específica dos gafanhotos infernais,
vs. 7 a 10; (c) descrição do “anjo do abismo”. O rei dos gafanhotos, v. 11. O presente juízo
neste capítulo, começa com a queda de “uma estrela”. A palavra “estrela” que
freqüentemente, aparece nas Escrituras, não tem sentido uniforme, mas versátil; pode
significar um homem (cf. Gn 37:9 e Ap 1:20) ou um angelical, santo ou decaído, dependendo
do contexto. No presente texto porém, a “estrela” significa o próprio Satanás, que é o “anjo do
abismo”. (Ver v.11). No livro do profeta Isaías 14:12 há uma passagem paralela à do texto em
foco: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançada por terra, tu
que debilitavas a nações!”. Os anjos da Bíblia, especialmente na poesia, são chamados de
“estrelas (cf. Jó 38, e Ap 12:4-9). Neste versículo ela é, pois, um ser pensante, um anjo decaído,
Satanás o opositor de Deus e dos homens.

Ap 9:2

(VER A CONSUMAÇÃO DESTE FLAGELO EM Ap 16:10, QUE DIZ: “E O QUINTO anjo derramou a
sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso...”).?I. “...escureceu-se o sol e o
ar”.? Deve ser observado que, no primeiro estágio ou introdução deste juízo “escureceu-se o
sol e o ar”. Na sua consumação porém, conforme descrita no capítulo 16:10, o reino da Besta
“se fez tenebroso; e eles (seus súditos) mordiam as suas línguas de dor”. Porém, tanto no
início como na consumação: o mundo habitável foi mergulhado na “escuridão”.?1. ?O poço de
abismo?. Alguns estudiosos traduzem também por “fenda do abismo”, isto é, porque grego
“phear” tem esse sentido. O poço do abismo aqui referido, não quer dizer apenas “o abismo”
(sentido comum), mas “o poço do abismo”, isto é, “o mais interior da cova” (cf. Ez 32:23), ali
pois, por expressa ordem de Deus, estão encarcerados os poderosos que zombaram de Deus
na “terra dos viventes”. Ezequiel diz que, sete nações desceram ali e que “seus sepulcros
foram postos no mais interior da cova” (cf. Ez 32:18,21 e ss). Nas epístolas de Pedro e Judas,
encontramos anjos ali aprisionados (2 pd 2:4 e Jd v. 6). No contexto teológico, e bíblico, esse é
um lugar chamado de “região tenebrosa e melancólica, onde se passa uma existência
consciente, porém e inativa”; longe de Deus (2Sm 22:6; Sl 9:17). “Há uma tradução entre os
escritos judaicos que diz: Originalmente, o poço do abismo era reputado como o lugar que
abrigava “os espíritos em prisão”; mas ali viveram apenas como “sombras” a vaguearem ao
redor”.?2. ?Hades.? “O escondido”. A palavra encontra-se em Mt 11:23; 16:18; Lc 16:23; At
2:27,31; Ap 1:18; 6:8 e ss); é o equivalente de Sheol do Velho Testamento. O Dr. C. I. Scofield
chama a nossa atenção para dois pontos importantes: (a) “Antes da ascensão do Cristo, as
Escrituras dão a entender que Hades consistia de duas partes, os lugares dos salvos e dos
perdidos, a primeira chamada “Paraíso” e o “Seio de Abraão”, ambas as expressões vêem do
Talmud dos judeus, mas foram empregadas por Jesus e Paulo, em Lc 16:22 e 23:43; 2Co 12:1-
4, conscientes e eram “consolados” (Lc 16:25). O ladrão crente havia de estar nesse mesmo dia
com Cristo no “Paraíso”. Os perdidos eram separados dos salvos por “um grande abismo” (lc
16:26). Um homem que representa os perdidos do Hades, é o rico de Lucas (16:26). Ele era
consciente, senhor de todas suas faculdades, memória, etc. e “em tormento”. (b) Hades
“depois” da ascensão de Cristo. No que diz respeito aos não salvos, a Escritura não revela
nenhuma mudança no seu lugar ou estado. No julgamento do Grande Trono Branco, Hades
comparecerá ali; sua missão será, entregar os “mortos que nele havia”. Serão julgados, e
passarão ao “Lago de Fogo e de Enxofre” (Ap 20:13,15). No contexto de Lc 16:23, o “Paraíso” é
retratado como estando “acima” do Hades. Isso é observado nas próprias palavras: “E no
Hades (o rico), ERGUEU os olhos...”. Quanto ao “Paraíso” houve uma mudança. Paulo foi
arrebatado ao terceiro céu... ao Paraíso (2Co 12:1-4). O Paraíso, pois, agora está imediata
presença de Deus, “debaixo do Altar”, em “frente do trono” (cf. Ap 6:9 e 7:9,15). Entende-se
que (Ef 4:8-10) indica a ocasião da mudança: “Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro”.
Acrescenta-se imediatamente que Ele (Cristo) tinha primeiro “descido às partes mais baixas da
terra?”, isto é, à parte do Hades que era o Paraíso. As almas que foram mortas durante o
período sombrio da Grande Tribulação, são imediatamente colocadas debaixo do altar que
evidentemente, é parte do Paraíso (Lc 23:43; Ap 6:9 e ss). Durante o período atual os salvos
que morreram estão “ausentes do corpo e presentes com o senhor.

Ap 9:3

“...vieram gafanhotos”. ?Os terríveis gafanhotos mencionados nesta secção não são os
pequenos animais, mas os anjos decaídos que, por expressa ordem de Deus estão aprisionados
em escuridão (cf. 2Pd 2:4 e Jd v.6). São seres espirituais do mundo tenebroso; mas não são
demônios (ver At 23:8), e que, durante este período de encarceramento, perderam o seu
estado de configuração e, são apresentados com um aspecto terrível. No sexto versículo da
epístola de Judas, vermos os anjos caídos ali aprisionados em cadeias eternas, na escuridão
exterior, esperando pelo julgamento do grande dia. Pode-se considerar que isso acontecerá
quando da “Parousia”, ou, provavelmente, no fim do Milênio, quando for instaurado o
julgamento do Grande Trono Branco (cf. 2Tm 4:1; Ap 20:11 e ss). Na segunda epístola de
Pedro, há também menção de anjos presos nas “cadeias da escuridão, ficando reservados para
o juízo”. (cf. 2Pd 2:4). Seja como for, ali no ‘poço do abismo” estão os gafanhotos infernais
devidamente equipados, com suas armas destruidoras contra aqueles que viverem no “tempo
do fim”.

Ap 9:4

“...E foi-lhe dito que não fizessem dano à erva da terra”.? Este versículo tem seu paralelo na
passagem de Joel (2:3): “Diante dele (do exército de gafanhoto) um fogo consome, e atrás dele
uma chama abrasa; a terra diante dele é como o jardim do Éden, mas atrás dele um
desolamento; sim, nada lhe escapará”. No Antigo Testamento, a invasão de gafanhotos era
uma punição terrível de Deus (cf. Êx 10:12 e ss). Essa idéia teológica de fundo o autor do
Apocalipse a desenvolve com riqueza de pormenores. Esses anjos rebeldes, como já ficou
definido acima, são vistos no presente texto, como sendo gafanhotos infernais. Eles não
formaram a nuvem, mas saíram dela. No dizer de Charles: “Os gafanhotos (animais) foram a
oitava praga do Egito. Mas estes são diferentes dos gafanhotos ordinários da terra: terão
ferrões nas caudas, como se fossem escorpiões. Com os ferrões é que feriam, e não com a
boca, como fazem os gafanhotos naturais; na realidade, foram proibidos de tocar nas árvores
ou em qualquer erva verde”.?1. Os gafanhotos naturais não têm rei (cf. Pv 30:17), esses
porém, têm “sobre si, rei, o anjo do abismo” (v.11). Observemos ainda dois pontos focais nesta
secção: (a) O texto em foco, diz que, os gafanhotos são seres inteligentes, discernem, pois
receberam ordem exclusivamente para não tocar “...à erva da terra, nem a verdura, alguma,
nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de Deus”.
O autor alude ao trecho de (Ap 7:1 e ss). Ali, os quatro anjos guardiões das forças da natureza,
são proibidos de danificar as “verduras”, até que sejam assinalados “os servos” de Deus.
Aquele capítulo passa, então, a descrever os 144,000: (b) “Assim como Israel, no Egito,
escapou das pragas que puniam aos seus vizinhos egípcios, assim também o novo Israel
(144,000) será isolado dos ataques dos gafanhotos que emergirão do abismo”.

Ap 9:5

“...cinco meses”.? Esta expressão é repetida no versículo dez do presente capítulo. É a


extensão normal da vida de um gafanhoto ordinário.?1. Focalizemos dois pontos importantes
na presente secção: (a) as interpretações históricas; (b) os gafanhotos literaisaa) Algumas
interpretações históricas pensam que esse número simboliza um período muito mais longo,
pois cada dia seria igual a um mês ou algum outro período de tempo. Em seguida procuram
encaixar o resultado em algum evento histórico, usualmente de caráter militar, como o ataque
dos sarracenos, sob Maomé, ou como os ataques posteriores, que assaltaram o Egito, a
Palestina, a Síria, Constantinopla e outros lugares. Nesse caso, os “gafanhotos” seriam os
próprios “sarracenos”. Essa maneira de interpretar o texto, dificilmente se coaduna com a tese
principal. Sendo dias proféticos, assim um dia representava “um ano” (cf. Nm 34:14 e Ez 4:6),
afiançando que esse tempo está envolvido entre 612 a 762 d.C.(bb) Os gafanhotos literais
nascem na primavera e morrem no fim do verão (de maio a setembro); exatamente cinco
meses. Durante esse tempo, ele se mostra ativo, e qualquer destruição por ele produzida, tem
lugar cinco meses. A praga dos gafanhotos sobrenaturais durará também “cinco meses”. Esse
espaço de tempo, é mencionado nas Escrituras com um sentido especial; nele Deus trouxe o
dilúvio “sobre o mundo dos ímpios”. Exatamente “cinco meses”: (de 17 do mês segundo; maio,
ao dia 17 do sétimo mês: setembro), prevaleceram as águas na terra (cf. Gn 7:11 e 8:4).
Exatamente “cinco meses”. As Escrituras são proféticas e se combinam entre si em cada
detalhe! “Aqui notamos a preocupação de poupar a vida aos homens, conservando-lhes a
possibilidade de arrependimento, embora sob o aguilhão da dor. Tiveram um prazo, porém,
não buscaram a vida, mas inutilmente procuraram a morte”.

Ap 9:6
“...e a morte fugirá deles”. ?O versículo em foco, tem seu paralelo no livro do profeta Joel
(2:6): “Diante dele (do exército de gafanhotos) temerão os povos; todos os rostos são como a
tisnadura da panela”. Os gafanhotos infernais receberam poder semelhante ao dos escorpiões.
Os viajantes do Oriente Médio, onde os escorpiões são comuns, precavêem-se destas
criaturas, que muitas vezes são encontradas debaixo de pedras soltas e em ruínas, pois suas
ferroadas são severas e doridas quando perturbados. Esta arma de ataque é um instrumento
de dor excruciante, perturbação mental e até mesmo a morte. No livro de Jó (3:21)
encontramos homens amargurados de ânimo procurando a morte: “...que esperam a morte, e
ela não vem: e cavam em procura dela mais do que tesouros ocultos”. Esta é a única passagem
nas Escrituras em que a morte foge dos homens, ao invés de o homem fugir da morte. Os
homens da quinta trombeta se transformarão num verdadeiro comando suicida, porém seus
intentos serão frustrados, pois a morte estará presa durante aqueles dias. O sofrimento dos
homens chegará a uma intensidade tal, durante a Grande Tribulação, que a humanidade em
geral concordará que mais vale a pena morrer, o que será uma avaliação pervertida da morte.
Isso lembra-nos das palavras de Heródoto ao relatar o relatório de artabano e Xerxes: “Não há
nenhum homem, entre esta multidão ou noutro lugar, que seja tão feliz que nunca tenha
sentido o desejo – e não digo apenas uma vez, mas muitíssimas vezes de estar morto, e não
vivo. As calamidades nos sobrevêm, as enfermidades nos assediam e desesperam, fazendo
com que a vida, embora tão curta, pareça longa. Assim também a morte, mediante a miséria
da nossa vida, é o mais doce refúgio de nossa raça”. O pecado leva o homem a esse extremo;
esse é o resultado da queda no pecado: eles vivem nele; e sua recompensa é a “morte” (cf. Rm
6:23 e ss).

Ap 9:7

“...o parecer dos gafanhotos’. ?Este versículo e os três que se seguem, sito é, (8,9, 10)
descrevem nove pontos (ou caracteres) importantes na descrição geral dos temíveis
gafanhotos:?1.? (a) “?Cavalo aparelhados para a g?uerra”. Sugestivamente, certas línguas,
levadas pelo aspecto da cabeça do gafanhoto, dão-lhe nome que sugere o cavalo (Cavalleta =
italiano; Heupferd ou cavalo de feno = alemão, etc.). A descrição dos “animais” é horripilante e
hedionda; João nada viu na terra que pudesse realmente identificar-se com essas criaturas
vinda do mundo exterior. Teve de servir-se dos mais desconexos elementos comparativos para
descrever-lhes a monstruosa aparência. Eles são vistos equipados; Isso indica que eles
pertenciam a uma “Ordem de Guerreiros” vindo do “poço do abismo”. O cavalo é rápida e
forte, e produz a morte sem misericórdia (cf. Jó 39:19-25; Sl 33:17; 147:10). “Terrível é o
fogoso respirar das suas ventas” (Jó 39:20). Sendo que, essas criaturas são mais ainda em grau
supremo!?(b) “?Coroas semelhantes ao ouro?”. Os gafanhotos descritos por João, trazem algo
parecido “como coroas”, em contraste com expressão em Apocalipse 2:4; 2:2; 12:1 e 14:14.
Alguns intérpretes observam que as cabeças dos animais terminam em forma de “Coroa”,
como se fossem de ouro. A passagem em foco, nos leva a pensar que, os gafanhotos
pertenciam a uma “ordem real” do “poço do abismo”, por cuja razão “tinham si, rei”. O rei dos
terrores! (Jó 18:18 e Ap 9:11). São seres animalescos de natureza bestial!?(c) “?Seus rostos
eram como rostos de homens?”. No paralelismo de Joel 2:7, os temíveis animais, andarão
como se fossem homens: “Como valentes correrão, como homens de guerra subirão os muros;
e irá cada um nos seus caminhos e não se desviarão da sua fileira”. Os rostos semelhantes aos
de homens dessas horas espirituais, sugerindo inteligência e capacidade humana, dar-lhes-ão
terror adicional. Alguns estudiosos aceitam isso literalmente, como se dá no caso dos
intérpretes históricos. “São homens”, dizem eles, “como sarracenos”. Porém, para nós, essa
forma de interpretação não se harmoniza com aquilo que é depreendido do texto em foco.
Segundo um rabino; A expressão: “rostos como de homens”. Significa “uma face irada” (Pv
25:23) e dura de ser encarada como a “pederneira” (Ez 3:9).

Ap 9:8

“...cabelos como de mulheres, etc”. ?O presente versículo da seqüência ao versículo anterior:?


1. (d) “?Tinham cabelos como de mulheres?”. Entre os comentaristas são seguidas várias
interpretações sobre a presente expressão: (a) porque as antenas dos gafanhotos sugerem
isso, conforme pensam alguns intérpretes, como diz um provérbio árabe: “o gafanhoto tem
cabeça de cavalo, peito de leão, pés de camelo, corpo de serpente e antenas como cabelos de
mulheres”. Algumas traduções trazem: “cabelos longos como de uma moça”. Seja como for,
neles havia algo feminino. (b) Ou então, conforme poderíamos esperar, os “sarracenos”
usavam os cabelos compridos, segundo dizem os intérpretes históricos e em muita das vezes
foram confundidos por alguém como se fossem mulheres. (c) Eram monstros cabeludos como
são descritos por Isaías 13:21: “...e os sátiros pularão ali”. Isto é, “sã’ir” – Lv 17:7; 2Cr 11:15. O
termo significa “cabeludo” e aponta para o demônio como sendo um sátiro: demônio feminino
da noite, etc. (d) Para outros (talvez a forma predominante) “Eram seres destituídos dos
elevados padrões morais como bem pode ser contemplado numa figura de retórica: “...rapazes
escandalosos”, cf. 2Rs 22:47 e 1Co 11:4,7,14, .?(e) “?Seus dentes eram como de leões?”. Esta
figura é emprestada de Joel (1:6 e ss), onde uma nação hostil é comparada à ameaça de uma
praga de gafanhotos, que, destruiria toda verdura do campo: “...os seus dentes são dentes de
leão, e têm queixadas de um leão velho”. Na simbologia profética, isso significa “sua terrível
capacidade de destruição, sua voracidade incessante e brutal”. A implicação desta figura é que
os terríveis gafanhotos nascidos da fumaça, serão cruéis, selvagens e implacáveis no tormento
que causarão aos homens sem Deus.

Ap 9:10

“...tinham caudas... e aguilhões”. ?Encontramos aqui a oitava e nona características dos


gafanhotos. Nesta secção, o autor sagrado retorna às idéias gerais segundo se descrevem dos
versículos três e cinco deste capítulo:? ?1. (h) “?Caudas semelhantes às dos escorpiões?”. O
texto em foco, nos faz lembrar de uma curiosidade interessante: “...Há uma espécie de
gafanhotos, do nome científico “Acridium Lineola”, comumente vendidos nos mercados de
Bagdá (Capital do Iraque), como alimento, que tem ferrões nas caudas”. Sendo porem, que
aqueles, são ordinários; esses, porém infernais. Os naturalistas dizem-nos que o escorpião
sacode a cauda constantemente a fim de atacar, e que o tormento causado por suas picadas é
muito severo. Tudo isso, e mais ainda, será encontrado em grau supremo nos horripilantes
animais contemplados por João.?(i) “?Aguilhões nas suas caudas?”. Na declaração de Jesus a
Paulo no caminho de Damasco (At 9:5), o “aguilhões” representa uma força irresistível. A
presente expressão proverbial, era também encontrada em diversos autores de diferentes
culturas, sob uma ou outra forma. Tem sido encontrada nos escritos dos poetas gregos e até
helenistas. Ela era tomada no sentido de representar uma força espiritual, uma força do mal;
que só pode ser resistida por uma superior – O Espírito de Deus (cf. Lc 10:19). Num cômputo
geral na apreciação de João sobre esses seres, observemos o que segue: (a) São gafanhotos,
mas têm a malícia de escorpiões. (b) Avançam como soldados montados para a batalha. (c)
Usam coroas. (d) Têm a semelhança de homens em seu rosto. (e) Há algo de feminino em sua
aparência. (f) Em sua voracidade são quais leões.

Ap 9:11

“...o anjo do abismo”.? O anjo do texto em foco é o próprio Satanás; ele é mencionado em sete
livros do Antigo Testamento e em dezenove do Novo. Tem cerca de vinte e cinco nomes nas
Escrituras: sua identidade é falsa. Ele é realmente chamado na poesia de “Rei dos Terrores” (Jó
18:14); no presente versículo, ele se apresenta novamente como sendo um “rei”. Nesta visão
dos gafanhotos infernais, ele é chamado por dois nomes:?1. (a) ?Abadom?; (b) ?Apoliom?: em
ambas as línguas quer dizer “destruidor”. (aa) ABADOM. Abadom, é um termo hebraico que
significa “destruição” ou “ruína”, conforme se vê em Jó 31:12. Algumas vezes é usado como
equivalente da “morte”. A palavra é também usada para o lugar da destruição, sinônimo de
Sheol ou mundo invisível dos mortos em (Jó 26:6; 28:22; Pv 15:11 e 27:20), e é usada para o
próprio mundo dos mortos (em Jó 31:12; Sl 88:11). João traduz a palavra para o grego não
para o termo equivalente, apoleia, “destruição”, mas por um particípio, apollyin, que significa
“o destruidor”. (bb) APOLION. Apoliom, esse termo grego é cognato do Apollumi, verbo que
significa “destruição”, e sua tradução em português acompanhou o sentido original de
“destruição”. Seja como for, é essa a missão sombria do “anjo do abismo”: “Matar e destruir”.
Ele é chamado de “o destruidor” porque do ponto de vista divino de observação é o que ele é!
(cf. Jo 10:10).

Ap 9:12

“...Ais”.? O profeta Ezequiel, profeta do cativeiro, fala em seu livro de “...lamentações, e


suspiros e ais” (cf. Ez 2:10). O primeiro “ai” é a quinta trombeta. O trecho de Ap 9:1-11 ocupa-
se com a descrição desse primeiro “ai”. O segundo “ai” é o juízo da sexta trombeta, descrito
em Ap 9:13-21 e o terceiro “ai” é o juízo da sétima trombeta, descrita em Ap 11:15-19.
Durante o período da Grande Tribulação, os juízos de Deus ir-se-ão tornando
progressivamente mais severos, procurando levar os homens ao arrependimento. Porém, os
homens terão mergulhado nas densas trevas do mal. Por conseguinte, o curso inteiro das mais
tremendas punições terá de sobrevir contra eles, até a plenitude dos tempos (o Milênio) que
virá com o “refrigério” de Deus (At 3:19-21. Finalmente, isso trará uma “nova era”, o Milênio,
como é anunciado no terceiro “ai” desta secção (11:15), porquanto purificará a terra,
possibilitando a ocorrência da “Parousia” ou segundo advento de Cristo. Porquanto, os juízos
divinos sempre têm um propósito disciplinador e restaurador, e não meramente vingativo.

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