texto psi 1
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PSICOLOGIA NA ENGENHARIA
DE SEGURANÇA DO TRABALHO,
COMUNICAÇÃO E TREINAMENTO
TEMA 1 – PSICOLOGIA
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Figura 1 — Mente e corpo separados
Créditos: GoodIdeas/Shutterstock
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maneira racional, à luz da ciência. De acordo com essa teoria, os trabalhadores
deveriam ser recrutados e treinados para que estivessem alinhados ao que foi
planejado pela indústria, seus trabalhos deveriam ser supervisionados para inibir
ociosidade e para verificar se estavam produzindo de acordo com o programado.
E ainda, para reduzir custos e tempo, os movimentos dos trabalhadores deveriam
ser padronizados.
As cenas do filme Tempos Modernos, de 1936, ilustram esse período
histórico que marcou o início da Psicologia Industrial. O filme protagonizado por
Charles Chaplin fez uma crítica à massificação dos trabalhadores, que eram vistos
como objetos, sem que tivessem sua subjetividade considerada, mas sim apenas
sua capacidade para o trabalho. A Psicologia da época colaborou para separar os
aptos dos não aptos para o trabalho, selecionando aqueles que tinham mais
agilidade (menor tempo de reação ao estímulo), mas isso logo se mostrou um
prejuízo para a saúde mental dos seres humanos.
Créditos: neftali/Shutterstock.
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Após um século de história, a Psicologia alinhou seu método de
investigação e tratamento aos direitos humanos e atualmente contribui com
teorias psicológicas sobre desenvolvimento, personalidade e relações humanas,
reconhecendo processos psíquicos subjetivos que diferenciam as pessoas umas
das outras e a influência de determinantes sociais e culturais às quais as pessoas
estão submetidas.
Podemos entender que as pessoas são determinadas por um processo
sócio-histórico que as antecede e que lhes dá pertencimento, e pelo seu próprio
processo psíquico de desenvolvimento e individuação que lhes garante a
condição de sujeitos e que caracterizam a sua personalidade.
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• Interacionistas: esta concepção foi dada pelo filósofo Immanuel Kant
(1724-1804), para quem a razão é inata, mas é uma estrutura vazia e sem
conteúdo, que depende da experiência para existir. Assim, põe-se fim à
polaridade “inato ou adquirido”. Segundo essa perspectiva, as duas coisas
precisam ser consideradas, pois as capacidades mentais são inatas, porém
os conteúdos são apreendidos por meio da experiência.
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ou intensidade dada a um evento é sempre determinada pela
maneira que a pessoa o percebe e não pelo evento em si.
Como podemos perceber, não existe apenas uma concepção, mas várias.
O fato de serem diferentes não quer dizer que uma seja mais certa do que outra,
mas sim que elas estudam aspectos diferentes, sendo que todos eles são
variáveis que interferem no comportamento humano.
3.1 Behaviorista
Colocamos nosso animal em uma situação na qual ele vai responder (ou
aprender a responder) a uma de duas luzes monocromáticas.
Alimentamo-lo em uma (positiva) e punimo-lo na outra (negativa). Em
pouco tempo, o animal aprende a ir à luz na qual ele é alimentado
(Watson, 2008, p. 296).
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aprendidos: lembrança, recordação e esquecimento. O maior poder está em ser
capaz de treinar a mente para que o comportamento desejado seja espontâneo.
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Uma das estratégias para solução de problemas é por meio da identificação
de três classes de problemas: aqueles que solucionou durante a semana, os
problemas que continuam gerando sofrimento e os que prevê que acontecerão na
próxima semana.
De acordo com a teoria cognitivo-comportamental, a pessoa pode aprender
a identificar, monitorar e gerenciar não apenas seus problemas do contexto
(externo) quanto seu padrão de crenças e pensamentos (interno) que causam
uma visão distorcida da realidade, como:
• Visão de si: acredita que não tem valor, que é incapaz e não se sente
seguro para enfrentar situações difíceis ou ameaçadoras.
• Visão do outro: acredita que não vale a pena se relacionar com outras
pessoas, pois elas não poderão ajudá-lo.
• Visão do futuro: incerteza e imprevisibilidade. Dificuldade em enxergar
possibilidade de mudança ou melhoria.
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• ID – instância inata, arcaica, bruta e não organizada da personalidade, cujo
único propósito é reduzir a tensão. Tende ao princípio do prazer e não ao
princípio da realidade. É inconsciente.
• EGO – núcleo mais organizado, que faz a mediação das demandas do
mundo interno (id) e do mundo externo (normas, superego). É parte
consciente e parte inconsciente.
• SUPEREGO – conjunto das forças morais inibidoras que se desenvolvem
sob a influência da educação durante o processo de socialização. Essas
normas advindas da educação são internalizadas pelo indivíduo como parte
da sua personalidade. O superego torna o comportamento menos egoísta
e mais virtuoso e, quando internalizado em excesso, pode resultar em
comportamentos com tendência ao perfeccionismo. É parte consciente e
parte inconsciente.
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Figura 3 — Imagem que mostra diferentes percepções
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Figura 4 — Diferentes pontos de vista podem gerar conflitos
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REFERÊNCIAS
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