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ADMINISTRAÇÃO APLICADA À
ENGENHARIA DE SEGURANÇA
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de patrimônio pela redução de custos ou mesmo pela valorização dos ativos da
empresa.
𝑱 = 𝑽𝑭 − 𝑽𝑷 (Eq. 1)
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utilizando o conceito relativo, que prescinde da utilização do período, ou seja, no
nosso exemplo anterior, a quantidade de juros ($20) está associada ao período
de um ano. Quando usamos a taxa, podemos fazer juízo de valor dela sem
maiores detalhes (p.e., 5% ao mês (ou a.m.) pode ser considerada uma taxa de
juros alta, mesmo sem saber sobre que valores estamos falando). Já quando
recebo a informação de que meu dinheiro rendeu $20, isso pode ser muito ou
pouco, dependendo do período a que se refere). Assim, define-se Taxa de Juros
(𝑖) como a relação entre o valor dos juros 𝐽 e o valor presente 𝑉𝑃 a que ele se
refere. Lembrando que como o Juro está associado com o tempo, essa condição
é assumida pela taxa, ou seja, quando expressamos a taxa de juros, é
mandatório que informemos a que periodicidade ela se refere. Assim temos:
𝑱
𝒊= (Eq.2)
𝑽𝑷
𝑽𝑭 = 𝑽𝑷 (𝟏 + 𝒊)𝒏 (Eq. 3)
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usando a mesma expressão (eq. 3), uma operação de desconto, trazendo um
valor que se encontra em um período do futuro até o presente, descontado os
juros respectivos. Seja o seguinte exemplo: um valor de uma dívida de $7.500
irá vencer daqui a 90 dias. Se sabemos que a taxa de juros envolvida foi de
0,25% a.d. (ao dia), qual o valor do pagamento hoje, sendo descontados os juros
respectivos? Usando a equação 3: 7.500 = 𝑉𝑃 (1 + 0,0025)90 → 𝑉𝑃 =
7.500
(1+0,0025)90
= $5.990,55.
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Gráfico 1 – Exemplo de fluxo de caixa
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TEMA 3 – TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE (TMA)
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não é pelo “ganho” econômico que o projeto representa, mas uma identificação
do total do investimento que deverá ser realizado pela empresa.
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Figura 2 – Representação do Fluxo de Caixa de um projeto, sendo
(a) na forma gráfica e (b) na forma de tabela. Observe que na forma gráfica (a)
os valores tiveram os 3 zeros cortados para melhor representação
(a) (b)
Ou
𝒏
𝑭𝑪𝒋
𝑽𝑷𝑳 = ∑
(𝟏 + 𝑻𝑴𝑨)𝒋
𝒋=𝟎
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A utilização de planilhas eletrônicas permite obtermos esses valores pela
função financeira VPL, assim, temos para o Excel®:
Observe que a função VPL do Excel® possui sintaxe própria (ordem das
variáveis), que é mostrada à medida que a função é digitada na célula. Um
detalhe importante é a necessidade de se efetuar a soma do fluxo de caixa “0”
externamente à função.
Pode-se dizer, então, que o VPL é o resultado econômico do projeto, ou
seja, se for positivo, o projeto criou ou gerou valor, rendendo acima da taxa
mínima indicada (TMA). Se for negativo, destruiu valor, ou que rendeu abaixo da
TMA. E se for 0 (zero), considera-se que o projeto rendeu exatamente aquilo que
foi solicitado como taxa mínima, ou seja, sua rentabilidade é a TMA.
Considerando o que vimos, verifica-se que o VPL depende do valor da
TMA. Se eu tenho um projeto que possui VPL positivo (𝑉𝑃𝐿 > 0), à medida que
a TMA aumenta, o VPL diminui até que zere (𝑉𝑃𝐿 = 0) e acabe por ficar negativo
(𝑉𝑃𝐿 < 0). Para o nosso exemplo, partindo de uma TMA=0% a.a., passando por
15% a.a. e chegando a 50% a.a., temos os resultados de VPL da figura a seguir.
Um gráfico foi gerado para analisarmos o comportamento do resultado:
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Figura 4 – VPL é uma função da TMA escolhida
O Valor da TMA para que o VPL seja igual a zero é o que se denomina
de Taxa Interna de Retorno (TIR) do projeto. Nota-se que para o nosso exemplo
a TIR é pouco maior que 30% a.a. O valor da TIR pode ser determinado
utilizando-se da função “TIR” das planilhas eletrônicas. No Excel®, temos como
indicado na figura a seguir.
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Considera-se, assim, que a TIR é a taxa que faz com que o VPL seja igual
a zero. Se a taxa encontrada for razoavelmente próxima de uma taxa possível
de ser encontrada no mercado, podemos dizer que a TIR representa a
rentabilidade do projeto. Isso se dá porque para que essa rentabilidade seja
alcançada, cada fluxo de caixa deve ser reaplicado à TIR até o fim do projeto.
Tal definição é intrínseca à condição do cálculo de VPL e pode parecer confusa
e de difícil aplicação. Assim, é importante que o analista tenha cuidado com o
uso da TIR como representante da rentabilidade do projeto, usando, ao invés, o
valor do VPL, que não possui essas limitações descritas.
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não olhando os demais períodos posteriores a essa data. O uso dessa análise é
extremamente comum, porém, é importante que o analista tenha visão das suas
limitações, considerando a ferramenta apenas introdutória, sendo seguida de
outras análises mais robustas (VPL, B/C etc.).
Considere para análise o fluxo de caixa em forma de tabela que se
apresenta na tabela a seguir.
Como o exemplo traz ganhos em uma série em que todos os valores são
iguais, o cálculo do PayBack se dá por uma divisão simples entre o investimento
500.000
inicial e os ganhos periódicos, no caso: = 6,25 = 6 anos e 3 meses (0,25
80.000
x 12 = 3 meses). Pode-se dizer que esse projeto hipotético trazido pela tabela
anterior “se paga” em seis anos e três meses. Há um pressuposto importante
nesse cálculo que precisa ser considerado quando encontramos resultados com
os detalhes como do exemplo. Veja que a parte decimal do tempo de retorno,
0,25 anos depende de como o fluxo dito anual (os $80.000) estejam distribuídos
uniforme e linearmente ao longo do ano (p.ex., 80.000/12 = $6.666.67 por mês).
Caso isso não se verifique, esse detalhamento do cálculo deverá ser desprezado
e podemos somente afirmar que o tempo de retorno é “menor que sete anos”. É
uma informação menos exata, mas correta, evitando-se o problema dos fluxos
mensais diferentes ao longo do ano.
Suponha agora que nosso exemplo foi modificado, trazendo fluxos
diferentes para cada período, como na tabela a seguir. Para encontrarmos o
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tempo de retorno, é preciso fazer uso de uma coluna auxiliar, em que um “saldo
devedor” é determinado pela conta simples do uso do fluxo de cada ano a fim de
“abater” o valor investido. Quando o valor desse saldo se tornar positivo, temos
o retorno do investimento.
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REFERÊNCIAS
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