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PERSPECTIVAS SOBRE O ESTÍMULO À CRIATIVIDADE POR MEIO DA ARTE NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL FAVENI Elaine

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

ELAINE CRISTINA DA SILVA SÁ

PERSPECTIVAS SOBRE O ESTÍMULO À CRIATIVIDADE POR MEIO DA


ARTE NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

BRAGANÇA PAULISTA/SP
2024
2

CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

ELAINE CRISTINA DA SILVA SÁ

PERSPECTIVAS SOBRE O ESTÍMULO À CRIATIVIDADE POR MEIO DA


ARTE NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título de 2 ª Licenciatura em
Artes

BRAGANÇA PAULISTA/SP
2024
3

PERSPECTIVAS SOBRE O ESTÍMULO À CRIATIVIDADE POR MEIO DA ARTE NOS


ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Elaine Cristina da Silva Sá1,

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- A arte é um campo de conhecimento único, com conteúdo e objetivos próprios. Tem o
potencial de ensinar aos alunos sobre história, cultura e sociedade, ao mesmo tempo que desenvolve seu
pensamento crítico, resolução de problemas e habilidades de comunicação. Neste artigo exploraremos a
importância de considerar as artes como parte integrante do currículo e não apenas como um meio para
atingir um fim. Discutiremos os benefícios únicos da arte-educação e como ela pode ser integrada em
outras áreas do currículo para promover uma aprendizagem mais significativa para os alunos. O objetivo
geral explorar os benefícios únicos da arte-educação para os alunos por meio da criatividade para os
anos finais do Ensino Fundamental. Contudo vale ressaltar que as artes visuais precisam ser
apresentadas a criança de uma forma lúdica O artigo justifica-se, uma vez que foi comprovado que a
arte-educação proporciona muitos benefícios aos jovens estudantes, incluindo a promoção da
criatividade, do pensamento crítico e da autoexpressão. A integração das artes noutras áreas do
currículo, como ciências, matemática e artes linguísticas, pode ajudar os alunos a estabelecer ligações
entre disciplinas e a aprofundar a sua compreensão dos conceitos. No entanto, os benefícios da arte-
educação para os alunos não podem ser subestimados. A arte-educação não só promove a criatividade e
a autoexpressão, mas também tem o potencial de desenvolver o pensamento crítico, a resolução de
problemas e as capacidades de comunicação dos alunos. O estudo foi realizado por meio de pesquisa
bibliográfica, que envolveu a identificação e análise criteriosa de informações e dados contidos em
materiais impressos.

PALAVRAS-CHAVE: Arte. Linguagens artísticas. Linguagem musical. Anos iniciais.

1
elainefilo2009@hotmail.com
4

1 INTRODUÇÃO

A sociedade contemporânea exige uma certa atitude para acompanhar as


mudanças da atualidade e do mercado de trabalho porque o sistema atual é capitalista.
No comportamento diário, as pessoas buscam cada vez mais o imediatismo e a
praticidade. Neste contexto, constatamos que por falta de conhecimento ou de tempo
na vida social e escolar, a arte acaba por não ocupar o espaço necessário, fazendo
com que a arte não receba a atenção de muitos. anos. a devida atenção.
A arte é frequentemente vista como uma ferramenta para aumentar a criatividade
ou uma forma de autoexpressão. Porém, é importante perceber que a arte é muito mais
do que isso. Na verdade, a arte é um campo de conhecimento único, com conteúdo e
objetivos próprios. Tem o potencial de ensinar aos alunos sobre história, cultura e
sociedade, ao mesmo tempo que desenvolve seu pensamento crítico, resolução de
problemas e habilidades de comunicação. Neste artigo exploraremos a importância de
considerar as artes como parte integrante do currículo e não apenas como um meio
para atingir um fim. Discutiremos os benefícios únicos da arte-educação e como ela
pode ser integrada em outras áreas do currículo para promover uma aprendizagem
mais significativa para os alunos.
O objetivo geral explorar os benefícios únicos da arte-educação para os alunos
por meio da criatividade para os anos finais do Ensino Fundamental. O objetivo
específico é: fornecer pesquisas baseadas em evidências sobre os benefícios da arte-
educação para os alunos. Identificar competências e áreas de conhecimento
específicas que podem ser desenvolvidas por meio da arte-educação. Fornece
orientação prática para professores que desejam integrar as artes em seu currículo.
O artigo é preciso, pois foi demonstrado que a arte-educação beneficia os jovens
estudantes de inúmeras formas, incluindo o aumento da criatividade, do pensamento
crítico e da autoexpressão. A combinação das artes com outras áreas curriculares,
como ciências, matemática e línguas, pode facilitar a ligação entre disciplinas e
aumentar a compreensão das ideias pelos alunos. No entanto, o valor da arte-educação
para os estudantes não pode ser esquecido. A arte-educação não só promove a
5

criatividade e a autoexpressão, mas também tem o potencial de melhorar o


pensamento crítico, a resolução de problemas e as capacidades de comunicação dos
alunos.
Por meio do estudo da arte de diferentes épocas e culturas, os alunos são
expostos a uma maior compreensão do seu entorno. Eles também podem aprender
sobre as diversas maneiras pelas quais a arte tem sido empregada ao longo da história
para comunicar ideias e transmitir informações cruciais. A arte-educação pode facilitar o
desenvolvimento de capacidades de comunicação. Quando os alunos produzem arte,
devem ter a capacidade de transmitir eficazmente os seus pensamentos e emoções
através da criação da sua arte. Isto também pode facilitar o desenvolvimento da sua
capacidade de comunicar os seus pensamentos e emoções noutras áreas das suas
vidas.
Neste artigo, discutimos o valor da arte-educação como um campo de
conhecimento distinto, com conteúdos e objetivos próprios. Discutiremos os benefícios
singulares da arte-educação para alunos do ensino médio, como ela promove o
pensamento crítico, a resolução de problemas e as habilidades de comunicação.
Também forneceremos conselhos práticos para aqueles que desejam incorporar as
artes em seus métodos de ensino de forma significativa.
A investigação foi realizada por meio de pesquisa bibliográfica, que envolveu o
processo de identificação e revisão criteriosa de materiais e informações escritas. Os
pesquisadores desenvolveram conexões entre as informações e os dados coletados e
analisaram a consistência das informações fornecidas pelos autores. Esta metodologia
facilitou a recolha de informação factual relevante e que teve a oportunidade de apoiar
os resultados da investigação.

2 EDUCAÇÃO POR MEIO DA ARTE: Transformando o Processo de


Aprendizagem

Segundo Barbosa (2006), arte é criatividade e desenvolvimento cognitivo que


leva a ações e ideias. O objetivo da arte é expressar a visão humana na criação, ou
seja, busca externalizar as percepções, pensamentos e emoções de alguém sobre o
6

mundo. A educação, por sua vez, traz consigo os conceitos de transferência de


conhecimento, desenvolvimento de habilidades sociais e crescimento intelectual,
visando criar uma cidadania que compreenda verdadeiramente a realidade de sua vida.
A educação é um fator que promove a humanização, a socialização, a atividade e a
elevação da voz.
A arte e a educação por meio da arte são campos ambíguos que se
interpenetram. Artistas contemporâneos e/ou educadores e professores estão
trabalhando em projetos sociais sem autoria, em bairros desfavorecidos, com
populações de risco, com pessoas especiais, com presos, com doentes, com crianças,
com adultos retomando o papel do artista xamã, providenciado experiências de
conhecimento de si e do mundo por meio da arte. Esses artistas escapam às definições
do mercado da arte elitista. Da mesma forma, há professores de artes que evitam o
currículo típico das escolas e ajudam os seus alunos a alcançar um objetivo a longo
prazo: facilitar experiências interculturais com a arte e por meio da arte, sem a intenção
de formar artistas ou consumidores, mas sim de alcançar um futuro sustentável, onde
os indivíduos são mais criativos, mais críticos e mais solidários; onde pequenas
populações possam cultivar as suas diferenças culturais, compreender, valorizar e
praticar criações artísticas antigas, criar empregos e gerar turismo cultural. (EÇA,
2010).
A arte tem capacidade para múltiplas funções em relação à educação e pode ser
utilizada para abordar diversas questões e disciplinas: Arte-educação é um campo de
estudo que se dedica principalmente à combinação interdisciplinar de arte e educação,
o termo também é usado como um meio de designação pelo seu binarismo, distinção
de dois campos num processo que antes se caracterizava por um carácter dualista,
quase como uma escola de teorias educativas sobre a utilização de materiais artísticos
na escola, ou vice-versa, de forma subordinada (BARBOSA, 2006)
Desde que os humanos começaram a refletir sobre suas razões, eles evoluíram
para uma sociedade que busca cada fenômeno que ocorre. Isso levou a mudanças na
sociedade, incluindo capitalismo, consumo e outros tópicos. Isto facilitará o início de
trabalho adicional e reduzirá a quantidade de tempo disponível para o irrealista e
idealista. Esta condição é iniciada pelas escolas, que têm adoptado cada vez mais uma
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abordagem generalizada da arte e a capacidade de expressar ideias livremente foi


perdida. Como tal, muitos ideias pré-desenvolvidas e já produzidas aumenta a massa
de informação que não é suficiente para melhorar a sociedade crítica. O mecanismo de
hipertrofia provoca uma profunda falta de racionalidade, os valores e as emoções não
conseguem desenvolver-se por meio de um canal racional. Como resultado, a dança,
as festas, a arte e o ritual desaparecem do nosso quotidiano, que está repleto de
tarefas únicas, não criativas e alienantes (DUARTE JUNIOR, 2007).
Para o autor acima a arte-educação centra-se na utilização da arte para imbuir
de significado os sentimentos e a percepção do mundo que nos rodeia, utilizando as
emoções e preferências simbólicas do indivíduo (cultura, memória, criatividade). Com
isso, pretendeu-se ensinar aos alunos sobre a cultura herdada e agregar
conhecimentos a fim de fornecer aos alunos instrumentos que os ajudem a desenvolver
uma capacidade intelectual para compreender como ser crítico dentro de uma mesma
cultura.
Na escola, a arte deve incutir novas tradições para que o sujeito tome
consciência do seu papel de criador e produtor, é óbvio que este não será o caso com a
proposta relativa ao ensino e aprendizagem da arte. A arte-educação tem sido
considerada desinteressada por muitos dos influenciadores educacionais brasileiros,
por isso, agora é hora de considerar a arte-educação como importante e intrínseca à
condição humana. Para tal, seria benéfico implementar novos métodos artísticos no
currículo da escola e contar com profissionais devidamente formados relativamente às
ações contemporâneas de arte-educação, o que não só promoverá o pensamento
associado à arte, mas também inovará o método de educação em si. Estas ações
devem focar nas diferentes áreas da arte e enfatizar o desenvolvimento cognitivo, físico
e intelectual do aluno e seu desenvolvimento (RODRIGUES; SOUZA; TREVISO, 2017).

2.1 Perspectivas arte-educação e a promoção da criatividade e da inovação nos


anos iniciais do Ensino Fundamental.
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Em relação ao ensino de artes, Dória (2013) relata que este ensino passou a ser
componente obrigatório do currículo na escola brasileira a partir de 1971, conforme a
Lei n º 5.692. Desta forma a disciplina Arte-educação, como era chamada, passa a
indicar o trabalho de forma mais integrada, tais como: Música, Artes Plásticas, Dança e
Teatro. Em 1988, ano da elaboração da Constituição Federal, a arte-educação sofreu
riscos de ser excluída do currículo escolar, tal fato levou educadores da área a
organizarem manifestações a modo de garantir a permanência do estudo das artes nas
escolas.
A partir da LDB 9394/96 a matéria de artes passa a ser reconhecida como
disciplina, tendo seu ensino se tornado obrigatório na educação básica, conforme
dispõe o parágrafo 2º do artigo 26: O ensino da arte constituirá componente curricular
obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o
desenvolvimento cultural dos alunos.
Neste artigo vamos nos concentrar na arte no início do Ensino Fundamental. De
acordo com a BNCC (2018) Educação Básica – Anos Finais, há necessidade de
garantir que os alunos ampliem sua interação com expressões artísticas e culturais
nacionais e internacionais de diferentes períodos e contextos. Essas práticas podem
ocupar os mais diversos espaços da escola, difundir-se no entorno e fomentar o
relacionamento com a comunidade. Além disso, esta fase difere porque o conhecimento
é mais sistemático e as experiências relacionadas com cada língua são mais
diversificadas, tendo em conta a cultura jovem. Desta forma, a componente artística
ajudará a aprofundar o estudo das diferentes linguagens e o diálogo entre elas e com
outras áreas do conhecimento, conferindo assim aos alunos maior autonomia nas suas
experiências artísticas.
A BNCC (2018) tem como objetivo explicar as competências que os alunos
devem desenvolver ao longo da educação básica e em cada etapa da escolarização
como expressão do direito de todos os alunos aprenderem e se desenvolverem.
A escola define os seus objetivos e filosofia no seu programa de ensino, tendo
em conta um conjunto de fatores, observando os alunos, indo ao encontro das suas
necessidades e valorizando as suas diferenças, visando sempre o sucesso académico.
Com base no currículo desenvolvido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), as
9

recomendações pedagógicas são desenvolvidas com base nas habilidades e


competências de cada eixo e de cada conteúdo, que os alunos podem ou não alcançar
na construção de processos de aprendizagem significativos. Desde que a LDB
9.394/96, de 20 de dezembro de 1996, tornou obrigatório o ensino de artes nas escolas,
as aulas de artes passaram a ter mais formação e planejamento. Depois de anos
recebendo diferentes perspectivas, reconhece-se finalmente que o ensino da arte pode
dar um contributo significativo para a aprendizagem dos alunos e que o conhecimento
transmitido pela arte é fundamental para o desenvolvimento da criança (ROCHA;
CERDEIRA, 2017).
Se pensarmos na realidade concreta das escolas, inclusive no próprio ambiente,
encontramos diversidade cultural, de classe e racial. A partir deste ponto, é importante
proporcionar aos alunos oportunidades de experimentar o máximo de formas de arte
utilizando diferentes temas e formas de arte (NASCIMENTO, 2013 apud ROCHA;
CERDEIRA, 2017)).
De acordo com o Roteiro de Arte-educação publicado pela UNESCO (2006 apud
EÇA, 2010), diferentes linguagens artísticas proporcionam oportunidades únicas para
os jovens compreenderem e criarem as suas identidades pessoais; incentivam a
investigação interdisciplinar, a tomada de decisão participativa e inspiram os jovens. e
as crianças a participarem numa aprendizagem ativa, criativa e questionadora. Tendo
isto em conta, será simples compreender a lógica da centralidade da arte-educação no
processo de ensino: a arte educa os alunos sobre a incerteza do futuro, eles
respondem a problemas e discutem tecnologias que ainda não foram criadas. Estudos
demonstraram que os alunos que têm acesso a uma boa arte-educação em qualquer
área (musical, visual, drama, dança) desenvolveram habilidades interpessoais, são
mais tolerantes, podem utilizar o pensamento divergente e convergente, são mais
curiosos e são mais abertos mudar.
Huizinga (1971) considerou o brincar como um ato que concede liberdade de
ação e proporciona prazer, tanto nas brincadeiras infantis quanto nas cerimônias
religiosas e teatrais, nas atividades recreativas, nas competições e nos jogos. infeliz.
Nessa perspectiva, o comportamento lúdico é semelhante ao “fluxo artístico”, os dois
comportamentos compartilham o mesmo denominador de tarefas e responsabilidades
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diárias, aumentam a sensação e a percepção, facilitam a imersão total no presente e


liberam novos atributos sociais e físicos. Entre eles, o conceito de “eu” e a combinação
potencial de componentes imateriais, como sonhos, criatividade, expressividade e
catalisadores para associação pessoal com os ambientes físico e social são
primordiais.
A definição de criatividade mudou ao longo dos anos. Conforme estudos do
Karademir (2021) os pesquisadores descrevem o fenômeno da criatividade com base
em uma variedade de ideias e métodos diferentes, incluindo reflexos de inteligência,
processos inconscientes, habilidades de resolução de problemas, comportamentos de
pensamento baseados em conotações e outras expressões diferentes. A criatividade
também é considerada uma forma individual de pensar, e a personalidade criativa e as
habilidades de compreensão individual são examinadas quantitativamente por meio de
métodos psicométricos. Criatividade é usar a mente para criar ideias, dar novas formas
à mente, usar a mente para criar coisas novas, fazer coisas novas e usar a imaginação
para gerar novas ideias e projetar coisas novas. Criar algo é invenção. Alguns
investigadores examinam a criatividade em termos de fatores organizacionais ou
sociais e estudam como estes fatores influenciam a criatividade.
É importante notar que as alterações causadas pela globalização, que afetam
todas as esferas da atividade humana, contribuem para que a arte seja introduzida nas
escolas por meio de museus virtuais, o que não seria possível sem a utilização da
tecnologia. Antes da implantação dos computadores nas escolas, esse recurso ainda
não era real e o acesso a obras, principalmente obras de arte encontradas em museus,
era menos comum. Não queremos presumir que as obras de arte perderam
popularidade devido ao acesso mais fácil. Contudo, destacamos a facilidade de acesso,
pois muitas pessoas teriam facilidade em admirar as obras, estabelecendo assim uma
relação mais direta com as artes, especificamente na escola (GOMES; NOGUEIRA,
2008).
Esse acesso às artes visuais, hoje comum na sociedade, também pode ser
demonstrado por meio de pinturas de artistas consagrados que estão impressas em
capas de cadernos, livros, revistas e online, por exemplo. Concluímos que, devido às
possibilidades proporcionadas pelos avanços tecnológicos da globalização e das artes
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visuais, a análise e percepção das criações visuais, bem como as diferentes


abordagens estéticas, tornaram-se mais comuns e mais acessíveis a todos (GOMES;
NOGUEIRA, 2008).
Para o autor citado acima, a valorização das obras continua a ser observada nos
museus, mas um conceito que se enraizou na cultura também permeou todas as áreas
da sociedade, inclusive as escolas. Como resultado, os processos sociais de
globalização levaram a um aumento da proximidade cultural e o valor das artes visuais
na vida dos indivíduos e dos processos expressivos associados contribuíram para a
potencial associação do domínio estético com o domínio ético em termos básicos.

3 CONCLUSÃO

Por meio do conteúdo estudado, pode-se perceber a importância da finalidade do


ensino de arte no Ensino Fundamental, visto que esses aprendizados permitem um
desenvolvimento cognitivo, pessoal e até profissional nos alunos, de modo que a
criança se expresse, análise, critique e transforme a realidade à sua volta.
A importância do ensino da arte não é evidente apenas na escola primária, mas ao
longo de toda a carreira escolar da criança. O método de mitigação das situações de
conflito deve ser o trabalho reflexivo e pedagógico, bem como a formação continuada
dos professores, considerando a própria profissão como espaço privilegiado de
aprendizagem, de pesquisa e de novas possibilidades de atuação profissional. É
necessário que os professores valorizem o trabalho dos alunos e os ensinem a valorizar
o seu próprio trabalho e o dos colegas, cultivando assim nos alunos o carácter crítico, a
sensibilidade, a solidariedade e a capacidade de observar e refletir sobre o que veem.
Apesar das diferentes perspectivas, tanto professores como alunos precisam buscar
novas opções de ensino e aprendizagem, dar maior ênfase ao diálogo docente e apoiar
e fortalecer os vínculos afetivos, que são elementos fundamentais do processo
educativo.
Vimos que a integração da arte-educação noutras áreas do currículo, como
matemática, ciências e artes linguísticas, ajuda os alunos a estabelecer ligações entre
12

disciplinas e a aprofundar a sua compreensão dos conceitos. Ao estudar artes, os


alunos desenvolvem pensamento crítico, resolução de problemas e habilidades de
comunicação que os servirão bem ao longo de suas carreiras acadêmicas e
profissionais. Um dos benefícios únicos da arte-educação é que ela incentiva os alunos
a pensar fora da caixa. Quando os alunos são encarregados de criar a sua própria arte,
são forçados a encontrar soluções novas e criativas para os problemas. Isso os ajuda a
desenvolver habilidades de pensamento crítico que são úteis em qualquer assunto. A
arte-educação também tem o potencial de ensinar aos alunos sobre história, cultura e
sociedade.
A arte-educação desempenha um papel vital nos anos finais do Ensino
Fundamental, proporcionando benefícios únicos além do currículo tradicional. Por meio
das artes, os alunos são capazes de explorar a sua criatividade de maneiras não
possíveis em outras disciplinas. Isso não apenas enriquece sua experiência
educacional, mas também promove o desenvolvimento de habilidades essenciais, como
pensamento crítico, resolução de problemas e expressão emocional. Portanto,
devemos continuar a atribuir importância e integrar a arte-educação nas escolas e
reconhecer que a arte-educação tem um potencial incomparável no cultivo da
criatividade e das capacidades de inovação dos alunos. Afinal, são estes jovens
criativos e inovadores que moldarão o futuro da nossa sociedade.

4 REFERÊNCIAS

BARBOSA, A. M. Arte-Educação no Brasil. 5.ed - São Paulo: Perspectiva, 2006.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. MEC, Brasília,


2018.

_____. Lei n º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases


da Educação Nacional. Brasília, DF, 1996.
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DUARTE JUNIOR, J. F. Por que arte-educação? 6.ed. Campinas, Sp :Papirus, 2007.

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