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Apostila-Portuges-Modulo-Ii 60 0
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PORTUGUÊS EM FOCO
MÓDULO II
CLASSES DE PALAVRAS
As classes variáveis são: artigo, adjetivo, pronome, numeral, substantivo e verbo. Nas classes
invariáveis, há: advérbio, conjunção, preposição e interjeição. Neste módulo estudaremos
morfossintaxe das classes de palavras variáveis.
Durante toda nossa trajetória enquanto seres aprendizes, passamos por determinadas etapas que
norteiam a prática da educação formal.
Atendo-nos aos conhecimentos de que dispomos acerca dos fatos linguísticos, tomamos consciência
de que a palavra morfossintaxe, em se tratando dos aspectos semânticos a ela atribuídos, resulta na
junção de aspectos morfológicos associados a aspectos sintáticos. Assim, acerca de tal afirmativa,
equivale afirmar que uma determinada palavra, com referência à classe gramatical a que pertence,
pode assumir funções sintáticas distintas, dependendo do contexto oracional, no qual se encontram
inseridas. No que se restringe às disciplinas da grade curricular, mais especificamente à Língua
Portuguesa, apreendemos os conteúdos direcionados a cada série de uma forma específica.
Quando adentramos no ensino médio, começa uma fase revisional de tudo aquilo que já travamos
contato durante as séries anteriores. E é justamente nesse período que nos deparamos com a
chamada Morfossintaxe. Ela nada mais é, que a junção da Morfologia, a qual estuda as palavras de
acordo com sua classe gramatical, e a Sintaxe, onde o estudo centra-se na posição desempenhada
pelas palavras em meio ao contexto linguístico.
Ao falarmos sobre morfossintaxe, devemos levar em consideração que uma mesma palavra analisada
sob a ótica morfológica pode assumir diversificadas funções quando analisada de acordo com a
sintaxe.
Logo, analisando o vocábulo “conhecimento” de acordo com a classe morfológica, estamos diante de
um substantivo abstrato. Sintaticamente, este mesmo vocábulo poderá exercer papéis divergentes.
Observe:
Nessa oração ele é sujeito simples, por tratar-se de apenas um núcleo.
Já em:
Devemos priorizar o conhecimento, o vocábulo “conhecimento” funciona como objeto direto, pois o
verbo priorizar é transitivo, e, consequentemente, requer um complemento.
Os alunos necessitam de conhecimento para obter bons resultados. Nesse exemplo, o vocábulo
exerce a função de objeto indireto, como sendo um complemento do verbo necessitar, que, via de
regra exige a presença de uma preposição.
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Gostaria que você saciasse a minha ânsia por conhecimentos. O vocábulo ”conhecimento”
completa o sentido de um nome - o substantivo “ânsia”, portanto, trata-se de um complemento
nominal.
De acordo com Macambira (1987, p. 17), “As palavras existentes em qualquer língua distribuem-se
em várias classes, conforme as formas que assumem ou as funções que desempenham, e para alguns
autores conforme o sentido que expressam.”
Em sua obra “A estrutura morfossintática do português, tanto ao tratar de classes de palavras quanto
de funções sintáticas”, Macambira (1987) vale-se de três tipos de critério:
Morfossintaxe do substantivo
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamente relacionadas
com o verbo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e
do agente da passiva.
Pode ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do
predicativo do sujeito ou do objeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos
como núcleos de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas funções são
desempenhadas por grupos de palavras.
Dentro da oração o substantivo pode funcionar como núcleo das seguintes funções sintáticas:
MORFOSSINTAXE DO ADJETIVO
Pois bem, uma mesma palavra, a depender do contexto oracional em que ela estiver demarcada,
pode assumir funções sintáticas distintas, como é o que ocorre com o adjetivo. Nesse sentido,
compreender acerca da morfossintaxe do adjetivo é importante. Eis, portanto, algumas elucidações:
* Predicativo do sujeito – Ocupa tal classificação quando se refere ao sujeito da oração pela
mediação ou não de um verbo de ligação. Vamos aos exemplos:
* Predicativo do objeto – Tal função se manifesta em virtude de fazer referência ao objeto mediante
um verbo transitivo, ou seja, aquele que requer um complemento. Eis os exemplos que ilustram a
ocorrência em questão:
MORFOSSINTAXE DO ARTIGO
Com se percebe, para definir o que é artigo, mencionar suas relações com o substantivo. Assim, nas
orações da língua portuguesa, o artigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo a que se
refere. Tal função independe da função exercida pelo substantivo:
A existência é uma poesia.
Uma existência é a poesia.
a) É obrigatório o emprego do artigo definido entre o numeral ambos e o substantivo a que se refere.
b) Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo cujo (e flexões).
c) não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no sentido de lar, moradia) e terra ( no sentido de
chão firme), a menos que venham especificadas.
g) Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento, com exceção de senhor(a), senhorita e
dona. EX: Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
j) Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome de revistas, jornais, obras literárias.
MORFOSSINTAXE DO PRONOME
Eu
Tu
Ele/ela
Nós
Vós
Eles/elas
Eu gosto muito de você. (sujeito simples)
Atuando como complemento verbal (objeto direto ou indireto, agente da passiva, complemento
nominal, adjunto adverbial, adjunto adnominal), classifica-se em pronomes pessoais do caso oblíquo,
subdividindo-se em átonos e tônicos. Constatemos, pois:
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Átonos: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.
Tônicos: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.
Essas encomendas foram entregues a mim. (objeto direto)
Gostaria de lhe agradecer pelo favor. (objeto indireto)
No que tange a tais pronomes, “eu” e “tu” desempenharão sempre a função sintática de sujeito,
assim como nos exemplos:
Já os pronomes “mim” e “ti” exercem a função sintática de complemento verbal ou nominal, agente
da passiva, adjunto adverbial e sujeito acusativo, como evidenciado abaixo:
Os pronomes em questão somente se classificam como reflexivos ou recíprocos – razão pela qual são
empregados na voz reflexiva e na voz reflexiva recíproca. São exemplos:
Por mais que pareçam estranhas as formas “com nós” e “com vós”, elas podem ser perfeitamente
aplicáveis se à frente delas estiver indicando uma palavra que represente “somos nós” ou “quem sois
vós”, assim como nos atestam os exemplos abaixo:
Falaram com nós todos acerca das mudanças que iriam ocorrer.
Desistiu de sair com nós dois por quê?
De ele ou dele? Do ou de o?
Chegou o momento de ele decidir se permanece ou não.
O fato de o professor não ter explicado representa o descompromisso.
Em virtude de estarmos falando da norma padrão da língua portuguesa, eis que uma canção
demonstra ser objeto de estudo: sob a autoria de Marisa Monte, Beija eu:
[...]
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Beija eu!
Beija eu!
Beija eu, me beija
Deixa
O que seja ser...
[...]
Ao analisarmos a colocação do pronome pessoal do caso reto, “eu”, constatamos que se trata de um
uso indevido, dada a condição de ele funcionar como sujeito, não como complemento (quando na
verdade o correto seria beija-me). No entanto, em se tratando da licença poética concebida ao
artista, possíveis desvios são tidos como intencionais, aceitáveis, portanto.
1) PRONOME PESSOAL
Os pronomes pessoais do caso reto (eu, tu ele/ela, nós, vós, eles/elas) devem ser empregados na
função sintática de sujeito ou predicativo do sujeito, podendo também ser empregados como
vocativo (tu e vós).
A norma culta não aceita esses pronomes empregados como complemento, embora esse uso seja
comum na linguagem coloquial. Exs.: Convidaram ele para a festa. / Chamaram nós para a festa.
Na função de complemento, na linguagem formal, usam-se os pronomes oblíquos e não os pronomes
retos. Exs.: Convidei-o. / Chamaram-nos.
Os pronomes retos (exceto eu e tu), quando precedidos de preposição, passam a funcionar como
oblíquos. Nesse caso, considera-se correto seu emprego como complemento. Exs.: Informaram a ele
os reais motivos. / Emprestaram a nós os livros.
As formas retas: eu e tu, só podem funcionar como sujeito ou como predicativo. Considera-se errado
seu emprego como complemento.
Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas de preposição, não se usam as
formas retas eu e tu, mas as formas oblíquas mim e ti. Exs.: Ninguém irá sem mim. / Nunca houve
discussões entre mim e ti.
Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas eu e tu mesmo precedidas de
preposição: quando essas formas funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo. Nesses casos, a
preposição é uma exigência do verbo e não do pronome. Exs.: Deram o livro para eu ler. / Deram o
livro para tu leres.
As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas como complemento de verbos transitivos
diretos, ao passo que as formas lhe, lhes são empregadas como complemento de verbos transitivos
indiretos. Exs.: O menino convidou-a. / O filho obedece-lhe.
1.1PRONOMES DE TRATAMENTO
Autoridades Universitárias
Ao Magnífico
Reitor
Vossa V. Mag.asou Magnífico
Magnificência V. Mag.ª ou V. Magas. Reitor ou
V. Maga.
Reitores ou ou ou Ao
V. Exa. ou V. Excelentíssimo
Vossa Ex.ª V.Ex.as ou Excelentíssimo Senhor Reitor
Excelência V.Exas. Senhor Reitor Nome
Cargo
Endereço
Ao
Excelentíssimo
Excelentíssimo Senhor Vice-
Vossa V.Ex.ª, ou V.Ex.as ou V.
Vice-Reitores Senhor Vice- Reitor
Excelência V.Exa. Exas.
Reitor Nome
Cargo
Endereço
Assessores
Ao Senhor
as
Pró-Reitores Vossa V.S.ª ou V.S. ou Senhor + Nome
Senhoria V.Sa. V.Sas. cargo Cargo
Diretores Endereço
9
Coord. de
Departamento
Autoridades Judiciárias
Abreviatura Abreviatura
Cargo ou Função Por Extenso Vocativo Endereçamento
Singular Plural
Auditores
Curadores
Defensores Ao
Públicos Excelentíssimo
as
Desembargadores Vossa V.Ex.ª ou V. V.Ex. ou V. Excelentíssimo Senhor
Membros de Excelência Exa. Exas. Senhor + cargo Nome
Tribunais Cargo
Presidentes de Endereço
Tribunais
Procuradores
Promotores
Ao Meritíssimo
Senhor Juiz
Meritíssimo
Meritíssimo
Senhor Juiz ou
Juiz
M.Juiz ou
ou
Juízes de Direito V.Ex.ª, V. V.Ex.as ou Ao
Exas. Excelentíssimo
Vossa
Excelentíssimo Senhor Juiz
Excelência
Senhor Juiz Nome
Cargo
Endereço
Autoridades Militares
Oficiais Ao
Generais Vossa V.Ex.ª ou V. V.Ex. , ou Excelentíssimo Excelentíssimo
as
Endereço
Ao Senhor
as
Outras Vossa V.S.ª ou V. V.S. ou V. Senhor + Nome
Patentes Senhoria Sa. Sas. patente Cargo
Endereço
Autoridades Eclesiásticas
A Sua
V.Ex.ª Excelência
Vossa
Rev.maou V. V.Ex.as Rev.masou Excelentíssimo Reverendíssima
Arcebispos Excelência
Exa. V. Exas. Revmas. Reverendíssimo Nome
Reverendíssima
Revma. Cargo
Endereço
A Sua
V.Ex.ª Excelência
Vossa
Rev.maou V. V.Ex.as Rev.masou Excelentíssimo Reverendíssima
Bispos Excelência
Exa. V. Exas. Revmas. Reverendíssimo Nome
Reverendíssima
Revma. Cargo
Endereço
V.Em.ª, V.
V.Em.as, V.
Ema.
Emas. A Sua
Vossa Eminentíssimo
Eminência
Eminência ou ou Reverendíssimo
ou Reverendíssima
Cardeais Vossa ou
Nome
Eminência V.Em.ª Eminentíssimo
V.Emas Rev.masou Cargo
Reverendíssima Rev.ma, V. Senhor Cardeal
V. Emas. Endereço
Ema.
Revmas.
Revma.
Ao
Reverendíssimo
V. Rev.ma
Vossa V. Rev.mas Reverendíssimo Cônego
Cônegos ou V.
Reverendíssima V. Revmas. Cônego Nome
Revma.
Cargo
Endereço
A
Reverendíssima
V. Rev.ma
Vossa V. Rev.mas Reverendíssimo Irmã
Freiras ou V.
Reverendíssima ou V. Revmas. Irmã Nome
Revma.
Cargo
Endereço
2) PRONOME RELATIVO
Pronomes Relativos são aqueles que representam nomes já referidos, com os quais estão
relacionados. Retomam um nome anterior. Chamamos de antecedente o termo que o pronome
relativo retoma, relaciona, o termo dependente, o qual é fixo, não podendo ter outra colocação na
frase. Este termo será o sujeito da oração principal. O sujeito da oração subordinada chama-se
consequente, o termo relacionado pelo pronome relativo. A parte da oração principal que não é o
antecedente (o predicado da oração principal) pode mudar de posição na frase (estes em negrito,
sublinhado o antecedente):
2. Antes do pronome adjetivo quando o predicado da oração principal é colocado depois da oração
subordinada:
EX:
Ouço a voz do vento, que varre à tarde.
Pronome relativo, sujeito do verbo varrer sujeito simples.
Junto aos pronomes qual e quais haverá um pronome demonstrativo que concordará com o
antecedente (os pronomes demonstrativos podem estar contraídos com preposição, nestes casos, o
pronome é equivalente a cujo e flexões):
Não se põe artigo junto aos pronomes cujo, cujos, cuja e cujas, eles simplesmente concordam com o
antecedente. São equivalentes a ao/do qual, aos/dos quais, à/da qual, às/das quais:
As pessoas cujas eu falei não compareceram. = As pessoas às/das quais eu falei não
compareceram.
MORFOSSINTAXE DO NUMERAL
A partir daí, podemos concluir que, no primeiro caso, o numeral exercerá funções substantivas
(sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, etc.); no segundo caso, funções adjetivas.
Um é pouco, dois é bom, três é demais. (numeral substantivo na função de sujeito)
Quinze pessoas compareceram. (numeral adjetivo na função de adjunto adnominal)
Observe:
Um é pouco, dois é bom, três é demais, (numerais na função sintática de núcleo do sujeito).
Dois mais dois são quatro (numeral desempenhando a função de predicativo do sujeito).
Já o numeral adjetivo exerce a função de adjunto adnominal.
Quinze pessoas compareceram à reunião (numeral na função de adjunto adnominal. Acompanhando
o substantivo pessoas, núcleo do sujeito).
a) adjunto adnominal, como palavra adjetiva: As duas crianças cantavam e dançavam. Os primeiros
colocados serão favorecidos.
b) Como numeral substantivo, isto é, empregado no lugar do nome, exercerá as funções próprias ao
substantivo: sujeito, objeto, predicativo, agente da passiva:
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c) O ordinal deve ser empregado quando se faz referência ao primeiro dia do mês:
Ex.: São Lourenço da Mata, 1º de junho...
d) Na nomenclatura de papas, reis, séculos e capítulos usa-se o ordinal até o décimo; daí por diante,
mantém-se o emprego do ordinal se o numeral vier anteposto ao substantivo; se posposto, emprega-
se o cardinal:
Exemplos: Pedro I (primeiro) – ordinal até 10º. Pio XII (doze) – cardinal – posposto ao substantivo.
Nessas referências o ordinal e o cardinal são frequentemente representados pelos algarismos
romanos. O vigésimo século (ordinal).
O sexto capítulo (ordinal). Estes antepostos ao substantivo.
e) Na linguagem forense, encontramos a expressão “a folhas oito”. É o uso do plural pelo singular
(sinédoque), pois o texto não se refere às informações das folhas antecedentes, mas somente às
indicações da folha numerada “8”, ou seja, à folha oitava. Trata-se de um fato de linguagem de grupo
social, e não da linguagem comum.
f) O sistema de numeração, em algarismos romanos, resulta da contagem dos dedos da mão. O latim
refletia bem esse processo, pois, através dos ideogramas, representava os números de um a dez.
Assim o ideograma identificador do numeral cinco é o contorno da mão aberta: V. O número dez é o
resultado de cinco mais cinco, os dois sobrepostos: X.
Curiosidades:
a) Quando chegarmos a 2020 deveremos dizer anos vintes (sim, com s). Raciocínio simplório –
Quantos anos há nos anos vintes? Resposta: (1921, 1922, 1923...) um, dois, três... Isto é plural!
Raciocínio gramatical – O numeral pode ser substantivo (quando fica no lugar do substantivo) e
adjetivo (quando acompanha o substantivo e de certa forma modifica-o). Neste caso, o numeral
adjetivo varia de acordo com o substantivo em gênero e número. Ex.: Os anos trintas. (substantivo
no plural, numeral no plural. Obs.: a década de vinte. (singular porque década mesmo indicando dez
está no singular)
b) Hum mil (será o dinheiro que pensa?) - isto é arcaísmo. Não há nem hum, nem um mil. Alguns
dizem que é para que ninguém ponha no cheque dois, três mil. Isto não cola, pois, se pensarmos
simploriamente é só colocar o numeral mil bem pertinho do início da linha do cheque, se assim lhe
convier. No entanto a explicação para o não uso é outra: mil é um numeral no plural que dá ideia de
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plural, um, é singular. Não combinam. Bilhão, trilhão, etc., embora deem ideia de plural estão no
singular, pertencem ao singular.
MORFOSSINTAXE DO VERBO
Os verbos são, em sua maioria, significativos, isto é, informam alguma coisa a respeito do sujeito a
que se referem. Há, no entanto, alguns verbos que, por serem vazios ou quase vazios de conteúdo
significativo, praticamente nada informam a respeito do sujeito. São os verbos de ligação, que, como
o próprio nome indica, atuam como ligação entre o sujeito e um atributo do sujeito (o predicativo do
sujeito).
Os verbos de conteúdo significativo sempre funcionarão como o núcleo do predicado verbal ou o
núcleo verbal do predicado verbo-nominal. Exs.: Marcos recebeu os presentes. / Marcos recebeu os
presentes aborrecido.
Já os verbos de ligação, por serem vazios ou quase vazios de conteúdo significativo, não funcionam
como núcleo do predicado. Dessa forma, nos predicados em que aparece, o núcleo será sempre um
nome. Daí poder-se afirmar que quando ocorrer verbo de ligação seguido de um nome o predicado
será, sem dúvida, predicado nominal. Veja:
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar,
entre outros processos:
ação (correr);
estado (ficar);
fenômeno (chover);
ocorrência (nascer);
desejo (querer).
O que caracteriza o verbo são suas flexões, e não os seus possíveis significados. Observe que palavras
como: corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns verbos mencionados
acima; não apresentam, porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA
A Sintaxe é a parte da língua portuguesa que trabalha com a disposição das palavras em uma frase e
a lógica entre elas. Ela é muito importante para compreender a combinação de orações e palavras.
Nos estudos gramaticais a sintaxe é estudada por meio da análise sintática para analisar o sujeito, o
predicado e os termos acessórios de uma oração.
A concordância de uma frase ocorre quando há determinada flexão entre dois termos e ela pode ser
caracterizada como verbal ou nominal. É a responsável pela harmonia na construção de uma frase na
língua portuguesa.
Concordância Verbal
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Flexão do verbo para concordar com o número e a pessoa do seu sujeito. O verbo representa o
subordinado e o sujeito o item subordinante. Em alguns casos surgem dúvidas na hora da prova
devido o uso de expressões que passam o sentido de pluralidade e confundem o aluno.
Sujeito Simples: Quando é um sujeito simples o verbo concorda em número e pessoa e a ação é
praticada por apenas um núcleo.
- Meus filhos chegaram (3º pessoa do plural) com fome.
- Meu filho chegou (3º pessoa do singular) com fome.
Regras Sujeito Simples
1) Sujeito formado por expressão partitiva (uma porção de, a maioria de, grande parte de...) pode ter
a concordância no singular ou plural quando for seguida de substantivo ou por um pronome no
plural.
A maioria dos alunos apoia/apoiaram a greve dos professores.
Parte dos ônibus apresentou/apresentaram defeito mecânico.
3) Para os sujeitos que indicam uma quantidade aproximada (cerca de, perto de, mais de...) seguido
por um numeral e substantivo, o verbo fica em concordância com o substantivo.
7) Para os casos em que existe porcentagem que não é sucedida de substantivo o verbo concorda
com o número. Exemplo:
8) Quando o sujeito da frase é o pronome relativo "que" o verbo concorda em número e pessoa com
o termo que antecede o pronome.
Pelé foi um dos jogadores que mais usaram a camisa da seleção brasileira.
João é um dos que ensinam inglês na escola do bairro.
10) Para os casos em que o sujeito for um pronome relativo o verbo pode concordar com o termo
que antecede o pronome ou vir na 3º pessoa do singular.
11) Para o sujeito que é um pronome de tratamento o verbo deve permanecer na 3º pessoa do
singular ou plural. Exemplos:
Faz duas semanas que não como carne.
Trovejou ontem pela manhã.
Dica: Quando falamos durante o dia a dia somos levados a fazer concordância apenas no singular
muitas vezes levando ao erro.
Sujeito Composto: Aquele que possui mais de um núcleo. Veja a seguir as regras:
1) Para o sujeito composto que vem antes do verbo a concordância deve ser no plural. Exemplos:
2) Para os sujeitos compostos que possuem pessoas gramaticais distintas a concordância verbal
segue a seguinte regra: a 1º pessoa predomina sobre a 2º pessoa. Exemplo:
3) Quando o sujeito composto vem após o verbo (posposto) há duas possibilidades de concordância.
Na primeira o verbo concorda no plural com o sujeito e na segunda opção concorda com o núcleo do
sujeito mais próximo.
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5) Quando há sujeitos compostos formados por núcleos sinônimos o verbo concorda no plural ou no
singular. Exemplo:
6) Quando o sujeito composto apresenta termos dispostos em gradação o verbo pode concordar
com o último núcleo do sujeito ou ficar no plural. Exemplos:
7) Quando os núcleos do sujeito estão ligados pelos termos “ou” ou “nem”, o verbo concorda no
plural e a afirmação do predicado é relacionada a todos os núcleos. Para os casos de núcleo
excludente o verbo permanece somente no singular. Exemplos:
9) Quando os núcleos do sujeito são ligados com o termo “com”= “e” o verbo concorda no plural.
Exemplo:
10) Para os núcleos do sujeito ligados por expressões correlativas (tanto...quanto, não somente, não
só...mas ainda, etc).
Tanto os alunos quanto os professores ficaram tristes com o fim das aulas.
11) Quando os sujeitos compostos são reunidos em apenas um aposto recapitulativo (nada, tudo,
etc.) a concordância se dá de acordo com o termo utilizado na oração. Exemplo:
Com o verbo ser, a concordância verbal poderá ser feita de acordo com o sujeito gramatical, como
normalmente, ou poderá ainda ser feita de acordo com o predicativo do sujeito.
- Com os sujeitos tudo, nada, o, isto, isso e aquilo, ficando o verbo no singular se o predicativo do
sujeito estiver no singular e no plural se o predicativo do sujeito estiver no plural.
Exemplos:
- Com sujeitos formados pelos pronomes interrogativos que ou quem, ficando o verbo no singular se
o predicativo do sujeito estiver no singular e no plural se o predicativo do sujeito estiver no plural.
Exemplos:
Exemplos:
É uma da tarde.
São seis da tarde.
É um quarteirão para a direita.
São três quarteirões para a direita.
Hoje é primeiro de setembro.
Hoje é doze de setembro.
Nota: Com a utilização da palavra dia nas datas, o verbo fica no singular: Hoje é dia doze de
setembro. Também é possível a construção da frase com o verbo no singular sem a palavra dia,
ficando a mesma subentendida: Hoje é doze de setembro.
- Com sujeito formado por uma expressão de sentido partitivo ou coletivo, ficando o verbo no
singular se o predicativo do sujeito estiver no singular e no plural se o predicativo do sujeito estiver
no plural.
Exemplos:
A maioria é criança.
A maioria são crianças.
O restante é besteira.
O restante são besteiras.
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- Com um sujeito singular que se refira a coisas e um predicativo do sujeito no plural, devendo o
verbo ser escrito também no plural.
Exemplos:
Nota: Caso o sujeito indique pessoas, a concordância verbal da oração deverá ser feita com o sujeito.
Exemplos:
A concordância verbal da oração poderá ser feita com o sujeito ou com o predicativo do sujeito:
- Quando o sujeito ou o predicativo do sujeito forem formados por um pronome pessoal reto, sendo
a concordância verbal feita de acordo com esse pronome.
Exemplos:
Nota: Caso o sujeito e o predicativo do sujeito sejam ambos formados por um pronome pessoal reto,
a concordância verbal será feita de acordo com o primeiro pronome pessoal reto, que exerce função
de sujeito.
Exemplos:
- Com sujeito que indique quantidade ou medida, seguido de: pouco, muito, menos de, mais de, o
suficiente, o bastante,… ficando o verbo sempre no singular, independentemente da quantidade
expressa ou da utilização do plural em algum termo da oração.
Exemplos:
REGÊNCIA VERBAL
Regência verbal é a relação de subordinação que ocorre entre um verbo e seus complementos.
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Acontece que quem confia, "confia em”. Logo, o correto seria dizer:
“… a marca em que o mundo confia.”
As pessoas falam “A rua que eu moro”, “Os países que eu fui”, “A comida que eu mais gosto”. O
correto seria dizer “A rua em que moro” (quem mora, mora em...), “Os países a que fui” (quem vai,
vai a...), “A comida de que mais gosto” (quem gosta, gosta de...).
O problema também está presente em uma letra da dupla Roberto e Erasmo Carlos, “Emoções”.
Se eu me esqueci, eu "me esqueci de". Quem esquece, "esquece algo". Quem se esquece, "esquece-
se de algo". Logo, o correto seria “são momentos de que não me esqueci.” Pode-se, também,
eliminar a preposição de e o pronome me. Ficaria “são momentos que eu não esqueci”.
São os verbos que não necessitam ser completados. Sozinhos, indicam a ação ou o fato.
Estes verbos aparentam ter complemento, por exemplo, “Quem vai, vai a algum lugar”. Porém a
indicação de lugar é circunstância, não complementação. Classificamos este complemento como
Adjunto Adverbial de Lugar. É importante observar que a regência destes verbos exige a preposição a
na indicação de destino e de na indicação de procedência. Só se usa a preposição em na indicação de
meio, instrumento.
São intransitivos, mas costumam estar acompanhados de adjunto adverbial, regendo a preposição
em.
Moro / Resido em Londrina;
Minha casa situa-se no Jardim Petrópolis;
Não utilize a preposição “a” para logradouros.
Minha casa situa-se à rua Pero Vaz; (errado)
Moro a cem metros da estrada;
Deitar-se e Levantar-se:
Deito-me às 22h e levanto-me bem cedo.
São verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por outro termo, denominado <objeto
direto>. Por essa razão, uma das maneiras mais fáceis de analisar se um verbo é transitivo direto é
passar a oração para a voz passiva, pois somente verbo transitivo direto admite tal transformação,
além dos verbos (des)obedecer, pagar, perdoar, aludir, apelar, responder, assistir(ver), que admitem
a passiva mesmo não sendo VTD. (Motivo: eram diretos antigamente.)
O objeto direto pode ser representado por um substantivo, palavra substantivada, oração (oração
subordinada substantiva objetiva direta) ou pronome oblíquo. Uma vez que pronomes oblíquos
tônicos (mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas) só são usados com preposição, quando estes
representam objeto direto, tem-se um objeto direto preposicionado.
Desfrutar e Usufruir:
Compartilhar:
São verbos que se ligam ao complemento por meio de uma preposição. O complemento é
denominado <objeto indireto>. O objeto indireto pode ser representado por substantivo, palavra
substantivada, oração (oração subordinada substantiva objetiva indireta) ou pronome oblíquo.
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OBS: Estes verbos admitem os pronomes lhe, lhes como objeto indireto; alguns, porém, não.
Mas há exceções: assistir, aludir, referir-se, aspirar, recorrer, depender. Os gramáticos não trazem as
razões históricas para esse modo peculiar de construção de alguns verbos. Nem precisariam fazê-lo,
assim como não precisam justificar o motivo de um determinado verbo ser hoje transitivo direto e
outro, transitivo indireto. Às vezes, os verbos são sinônimos, mas apresentam diferentes
transitividades. Em verdade, a função primordial da Gramática não é fixar regras impositivas de cima
para baixo, mas sistematizar os fatos e as condutas que encontra na língua como manifestação.
Quando se usa o verbo constar com o sentido de “estar escrito, registrado ou mencionado” ou “fazer
parte, incluir-se”, as preposições – de e em – são corretas :
Revidar (a):
Responder (a):
Não são verbos pronominais, portanto não se deve dizer simpatizar-se, nem antipatizar-se.
Sobressair (em):
Pode ser também verbo intransitivo. Somente neste caso, usa-se com a preposição para, que dará
início a Oração Subordinada Adverbial de Finalidade. Para ficar mais fácil, memorize assim:
Verbos bitransitivos
Também chamados de transitivo diretos e indiretos. São os verbos que possuem os dois
complementos - objeto direto e objeto indireto.
São VTDI, com a preposição a. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
Agradeci a ela o convite.
Paguei a conta ao Banco.
Se o time rival ganhasse, a torcida não perdoaria aos jogadores a derrota em casa.
Pedir:
Preferir:
É VTDI, com a preposição a. Não admite ênfase, como: mais, muito mais, mil vezes.
Prefiro estar só a ficar mal acompanhado.
Aspirar:
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Agradar:
Assistir:
Pode ser VTD ou VTI com a preposição a quando significar ajudar, prestar assistência.
Chamar:
Pode ser VTD ou VTI com a preposição a quando significar dar qualidade. A qualidade pode vir
precedida da preposição de, ou não.
Obs.: Não confundir com a express]ão sem crase “chamar a atenção”, que não significa repreender,
mas fazer ser notado.
Casar:
Custar:
Será VTI com a preposição a quando significar ser difícil. Nesse caso o verbo custar terá como sujeito
aquilo que é difícil. A pessoa a quem algo é difícil será objeto indireto.
Atender:
Anteceder:
Esquecer e Lembrar:
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Serão VTD quando não forem pronominais, ou seja, quando não forem acompanhados de pronome
oblíquo átono (esquecer-se, lembrar-se):
Esquecer-se e Lembrar-se:
Implicar:
Será VTD, quando significar fazer supor, dar a entender, produzir como consequência, acarretar.
Será VTDI, com a preposição em, quando significar envolver alguém em algo.
Namorar:
Apesar de ser muito usado com a preposição com, que só deveria ser usada para iniciar adjunto
adverbial de companhia, será VTD quando possuir os significados de inspirar amor a, galantear,
cortejar, apaixonar, seduzir, atrair, olhar com insistência, cobiçar.
Presidir:
Proceder:
Renunciar:
Satisfazer:
Atentar:
Cogitar:
Consentir:
Almejar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição por, ou VTDI, com a preposição a.
Almejamos dias melhores.
Almejamos por dias melhores.
Almejamos dias melhores ao nosso país.
Pode ser VI ou VTD. Quando for VI, admitirá a preposição em, iniciando Adjunto Adverbial de Lugar.
Pisei a grama para poder entrar em casa.
Não pise no tapete, menino!
Prevenir
Querer:
Será VTD, quando significar desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar.
Sempre quis seu bem.
Quero que me digam quem é o culpado.
Visar:
Pode ser VTDI. Proibir alguém de alguma coisa / Proibir alguma coisa a alguém:
O pai proibiu o filho de viajar.
A ANVISA proíbe oferecer prêmios à indústria farmacêutica.
Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido:
· abdicar (de)
· acreditar (em)
· almejar (por)
· ansiar (por)
· anteceder (a)
· atender (a)
· atentar (em, para)
· cogitar (de, em)
· consentir (em)
· crer (em)
· deparar (com)
· desfrutar (de)
· desdenhar (de)
· gozar (de)
· necessitar (de)
· preceder (a)
· precisar (de)
· presidir (a)
· renunciar (a)
· satisfazer (a)
· versar (sobre).
Exemplos:
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Os pronomes são os átonos sempre estão vinculados a um verbo e, de acordo com a posição,
recebem a seguinte classificação:
a) Próclise;
b) Ênclise;
c) Mesóclise
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A colocação dos pronomes pessoais oblíquos átonos na oração pode ser feita depois do
verbo (sendo chamada de ênclise), no meio do verbo (sendo chamada de mesóclise), ou
antes, do verbo (sendo chamada de próclise), existindo regras definidas para cada uma
dessas situações.
Apesar desse uso generalizado, a próclise não deve ser utilizada quando o verbo se encontra
no início das frases. Nesta situação, o correto é a ênclise.
Exemplos:
Ouviram-me chamar?
Deram-lhe os parabéns!
Caso o verbo não se encontre no início da frase, nem haja situações que justifiquem o uso
específico de uma forma de colocação pronominal, é facultativo o uso da próclise ou da
ênclise.
Exemplos:
Sente-se imediatamente!
Lembre-me para fazer isso no fim do expediente.
- Em orações com o verbo no gerúndio (sem a preposição em).
O jovem reclamou muito, comportando-se como uma criança.
Fiquei sem reação, lembrando-me de acontecimentos passados.
- Em orações com o verbo no infinitivo.
Próclise
A colocação pronominal deverá ser feita antes do verbo apenas quando houver palavras
atrativas que justifiquem o adiantamento do pronome, como:
Exemplos:
Não te quero ver nunca mais!
Nunca a esquecerei.
Exemplos:
Exemplos:
Isso me deixou muito abalada.
Aquilo nos mostrou a verdade.
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- Advérbios, sem que haja uma pausa marcada. Havendo uma pausa marcada por uma
vírgula, deverá ser usada a ênclise.
Exemplos:
Aqui se come muito bem!
Talvez te espere no fim das aulas.
Mesóclise
A colocação pronominal deverá ser feita no meio do verbo quando o verbo estiver
conjugado no futuro do presente do indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo.
Exemplos:
Ajudar-te-ei no que for preciso.
Comprometer-se-iam mais facilmente se confiassem mais em você.
A mesóclise é maioritariamente utilizada numa linguagem formal, culta e literária. Caso haja
situação que justifique a próclise, a mesóclise não ocorre.
- Caso não haja palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo poderá ficar após o
verbo principal ou após o verbo auxiliar.
Exemplos:
Quero ver-te hoje.
Quero-te ver hoje.
- Caso haja alguma palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo poderá ficar
antes da locução verbal ou depois da locução verbal.
Exemplos:
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- Caso não haja palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo deverá ficar depois
do verbo auxiliar, nunca depois do verbo principal no particípio.
Exemplo:
Tinham-me dito que você não era de confiança.
- Caso haja alguma palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo deverá ficar
antes da locução verbal.
Exemplo:
Já me tinham dito que você não era de confiança.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1. AZEREDO, J. Carlos. Iniciação à sintaxe do português. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1990.
2. CUNHA, C.F. & CINTRA, C. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro, Nova
Fronteira, 2001.
3. MIRA MATEUS, M.H. et alii. Gramática da Língua Portuguesa. Coimbra, Livraria Almedina, 1983.