Est. Amaz. Ciclo Da Borracha
Est. Amaz. Ciclo Da Borracha
Est. Amaz. Ciclo Da Borracha
O apogeu da borracha deu-se, em torno de 1870, no Brasil República, serviu de vestuário até
pneus de automóveis estrangeiros com o seu aperfeiçoamento em técnica de vulcanização. Mas
caiu com a plantação da seringueira em outra localidade com um melhor plano de manejo, e por
causa de uma guerra se reergueu durante esse período e finalmente depois, voltou a sua
insignificância.
Quando descobriram o método da vulcanização, a borracha começou a ser utilizada para fins
industriais e como as grandes empresas como a “Goodyear” ou “Pirelli” tinham clientes que
almejavam muito mais a qualidade e a durabilidade que qualquer outra coisa em um pneu, a
demanda externa pelo produto da Hevea brasiliensis aumentou, a economia daquela época
elevou-se extraordinariamente.
Para ligar a Bolívia ao oceano, para esta ter acesso ao rio Madeira e por pressões de alguns
políticos do Amazonas foi assinado o Tratado de Petrópolis que anexou o Acre ao Brasil. Para
escoar a produção da borracha da Bolívia e do estado do Mato Grosso foi projetada a estrada de
ferro Madeira-Mamoré, esta que originalmente teria 600 km e que teria uma empresa inglesa como
sua construtora.
Em 13 anos de obras, várias empresas assumiram a construção da ferrovia, mas apenas 364 km
ficaram prontos, e ainda assim foi durante a decadência do ciclo da borracha, ligando o nada a
coisa nenhuma e matando mais de 20.000 pessoas. Essa parte da história ficou para sempre
imortalizada na obra “Mad Maria” de Márcio Sousa.
O Acre se tornou o maior produtor mundial de borracha, mas não viveu o auge pois em
pouquíssimos anos a produção asiática passou a produção brasileira por estarem mais bem
organizados.
A única coisa que o lucro da borracha deixou para a Amazônia foi a primeira universidade do Brasil
cujo objetivo era o de melhorar o intelecto das pessoas que aqui viviam.
Os ingleses queriam que Manaus se tornasse a “Paris
dos trópicos”, pois assim os barões não investiriam em
avanços tecnológicos, só iriam querer saber de realizar
grandes edificações como o Teatro Amazonas e ostentar
o dinheiro ganhado com coisas e costumes inapropriados
para a região.
No alto Tapajós o primeiro projeto foi criado, a “Fordlândia” que tinha por objetivo plantar 8 milhões
de seringueiras e fazer uma comunidade agrícola. Após o mal das folhas ocorrido nesses
seringais, ergueu-se um novo projeto chamado de “Belterra” onde foram plantadas apenas 2
milhões de mudas no baixo Tapajós próximo à cidade de Santarém.
Com a segunda guerra mundial a Cia Ford Industrial do Brasil ordenou que explorassem o que
fosse possível do seringal onde metade das árvores se perdeu por serem jovens demais. Deu 10
anos de lucro, mas durante a guerra fracassou.
Ainda durante a década de 20 foi alavancado o projeto Vila Amazônia na região Bragantina no
Pará próximo à cidade de Parintins onde japoneses de formação superior cultivavam a Juta e a
Malva. A pimenta-do-reino decaiu por causa dos conservados. Durante a segunda guerra mundial
os japoneses foram expulsos da vila Amazônia pelo motivo de uma suposta espionagem.
O segundo ciclo da borracha deu-se durante a segunda grande guerra enquanto a rota
malasiana estava fechada pelo Japão.
Os Estados Unidos da América investiu 300 milhões de dólares na Amazônia e criou o B.C.B.
(Banco de Crédito da Borracha) para administrar esse dinheiro e para influenciar politicagens
futuras.
O acordo de Washington, fruto dessa politicagem, serviu para o Brasil vender mais barato para os
E.U.A.: aço, ferro e borracha. Com isso houve a criação dos “soldados da borracha” para uma
produção em grande escala com a finalidade de sustentar os soldados na Itália.
Na década de 50 houve um outro incentivo à produção de borracha, pelo governo brasileiro, para
abastecer o mercado interno e a criação de um polo calçadista, afinal os europeus pagavam caro
por um luxo a mais.
A Zona Franca de Manaus, que fazia parte de uma política nacional de integração da Amazônia
ao Brasil, iniciou-se como uma área de livre comércio que pela ausência de política se tornou
uma área de contrabando.
Com a criação da SUFRAMA, a ZFM teria 30 anos de incentivos fiscais e territórios doados pelo
governo federal. A Zona Franca de Manaus teve duas fases: a implantação do parque industrial,
mão-de-obra barata e a fase comercial, reserva de mercado.