Dependência de Anfetaminas
Dependência de Anfetaminas
Dependência de Anfetaminas
dependência
de
Anfetaminas
Protocolo
A deusa grega Hígia, na pintura Medicina, de Gustav Klimt, 1907.
Clínico
1
ZARAGOZA, R.M. et al. Efficacy and safety of slow-release fenproporex for the treatment of obesity. Rev Mex
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<http://www.projetodiretrizes.org.br/diretrizes11/abuso_e_dependencia_de_anfetaminicos.pdf >.
2
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da Síndrome Metabólica, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 2010. Disponível em:
<http://www.abeso.org.br/pdf/diretrizes2010.pdf>.
2. CLASSIFICAÇÃO NA CID 10
F1 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de anfetaminas.
.0 - Intoxicação aguda
.1 - Uso nocivo para a saúde
.2 - Síndrome de dependência
.3 - Síndrome de abstinência
.8 - Outros transtornos mentais ou comportamentais
.9 - Transtorno mental ou comportamental não especificado
3. DIAGNÓSTICO
Perda de peso, anemia e outros sinais de desnutrição e comprometimento da
higiene pessoal freqüentemente são vistos com a dependência de anfetamina prolongada.
A intoxicação com anfetamina aguda às vezes está associada a confusão, fala
errática, cefaleia, ideias transitórias de referência e tinido. Durante a Intoxicação intensa, podem ocorrer
ideação paranoide, alucinações auditivas em um sensório claro e alucinações táteis. Frequentemente, o
usuário da substância reconhece que esses sintomas decorrem dos estimulantes. Raiva extrema, com
ameaças ou demonstrações de comportamento agressivo, pode ocorrer. Alterações do humor, tais como
depressão com ideação suicida, irritabilidade, anedonia, instabilidade emocional ou perturbações na
atenção e concentração são comuns, especialmente durante a abstinência.
Os critérios para diagnóstico da síndrome de abstinência de anfetamina
são os seguintes:
A. Cessação (ou redução) de um uso pesado e prolongado de anfetamina (ou substância
correlata).
B. Humor disfórico e duas (ou mais) das seguintes alterações fisiológicas,
desenvolvendo-se em horas a dias após o Critério A:
(1) fadiga
3
CRF/SP. Parecer Técnico sobre o Uso de Anorexígenos. São Paulo: Conselho Regional de Farmácia de São
Paulo, 2011. Disponível em: <http://portal.crfsp.org.br/images/arquivos/parecer_tecnico_anorexigenos.pdf >.
4
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5
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Brasileira de Psiquiatria, Associação Médica Brasileira, 2002. Disponível em:
<h t t p : / / w w w . p r o j e t o d i r e t r i z e s . o r g . b r / p r o j e t o _ d i r e t r i z e s / 0 0 3 . p d f > .
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ACM. Abuso e Dependência de Anfetamínicos. Projeto Diretrizes. [BESSA, M.A. et al.]. São Paulo: Associação
Brasileira de Psiquiatria, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo, Associação Brasileira de
Nutrologia, Sociedade Brasileira de Pediatria, Associação Médica Brasileira, 2012. Disponível em:
<http://www.projetodiretrizes.org.br/diretrizes11/abuso_e_dependencia_de_anfetaminicos.pdf >.
4. CASOS ESPECIAIS
Compreendem situações a respeito do tratamento ou da doença em que
a relação risco-benefício deve ser cuidadosamente avaliada pelo médico prescritor e nas quais
um comitê de especialistas nomeados pelo gestor estadual ou municipal poderá ou não ser
consultado para a decisão final.
6. TRATAMENTO
Não existe medicação eficaz no controle da síndrome de abstinência,
devendo a abordagem ser sintomática. Pode-se utilizar neurolépticos (como o haloperidol e a
clorpromazina), em caso de sintomas psicóticos.
Os neurolépticos diminuem a fissura pela droga, mas têm efeitos
colaterais sedativos que levam os usuários a não querer usá-los. No caso de crises de
ansiedade e pânico, pode-se usar ataráxicos (benzodiazepínicos).
7
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