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Aula 09 - Uso de Medicamentos e Violência

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USO DE MEDICAMENTOS

NOS IDOSOS

MsC Flávia Danielli Martins Lima


CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O uso de medicamentos constitui-se hoje uma epidemia entre


idosos. Por que???

Existem grandes consequências do amplo uso de


medicamentos em idosos. Quais?

Apesar dos efeitos dramáticos que as mudanças orgânicas


decorrentes do envelhecimento ocasionam na resposta aos
medicamentos, a intervenção farmacológica é, ainda, a mais
utilizada para o cuidado à pessoa idosa.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
No Reino Unido, cerca de 2/3 dos idosos utilizam medicamentos
prescritos ou não, e 1/3 de todas as prescrições é feito para estas
pessoas

Nos Estados Unidos os idosos foram responsáveis pela aquisição


de 1/3 das prescrições médicas emitidas, e por 40% dos
medicamentos vendidos sem receita médica.

No Brasil estima-se que 23% da população consome 60% da


produção nacional de medicamentos, especialmente as pessoas
acima de 60 anos.
POLIFARMÁCIA
CONCEITO
É o uso de cinco ou mais medicamentos (que aumentou de modo
importante nos últimos anos, apesar de não ser uma questão
contemporânea).

Nos países desenvolvidos, estima-se que 20% a 40% dos idosos utilizem múltiplos
agentes associados.

No Brasil, o número de medicamentos disponíveis no mercado aumentou em


500% nos últimos anos.

A polifarmácia ocorre em média em 31,5% dos idosos. Na cidade de Fortaleza


observou-se que 13,6% dos idosos usava cinco ou mais medicamentos prescritos.
EVENTOS ADVERSOS EM IDOSOS

A frequência de eventos adversos relacionados aos medicamentos é


maior nos idosos, aumentando expressivamente de acordo com a
complexidade da terapia.

O risco de ocorrência de eventos adversos aumenta em 13% com o uso


de dois agentes, de 58% quando este número aumenta para cinco,
elevando-se para 82% nos casos em que são consumidos sete ou mais
medicamentos
EVENTOS ADVERSOS EM IDOSOS
Fatores de Risco

Complexidade do Excesso de Duração


regime medicamentos prolongada de
terapêutico prescritos tratamento

Distúrbios (cardio,
Déficit de respiratórios e Interações
informações renais) pré- Medicamentosas
existentes
FARMACOCINÉTICA
• O processo de envelhecimento acarreta em alterações no percurso e
absorção da droga utilizada.

• Tende a ser mais lenta devido à redução do fluxo sanguíneo


Absorção esplênico, o que causa retardo no início de ação dos fármacos.

Metabolismo • No envelhecimento há redução da massa hepática e


diminuição do fluxo sanguíneo hepático, acarretando declínio
Hepática da função hepática e metabolismo de alguns medicamentos.
• Há redução da função renal devido à diminuição do fluxo
sanguíneo renal e do ritmo de filtração glomerular e de
Função Renal secreção tubular. Estas alterações resultam na redução da
excreção renal dos psicofármacos e acúmulo da droga
inalterada ou de seus metabólitos.
PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS
TERAPÊUTICAS EM IDOSOS
MÉDICO
Antes de se prescrever psicofármacos para um paciente idoso, deve-se realizar
anamnese completa, incluindo detalhado histórico psiquiátrico e exame físico
minucioso.

Antes da prescrição de psicofármacos para idosos deve considerar a avaliação da


real necessidade do emprego do psicofármaco, os efeitos colaterais, custo e
monitoramento do uso.

É importante descrever e documentar claramente o sintoma-alvo a ser tratado,


considerar as intervenções não farmacológicas disponíveis e revisar os potenciais
efeitos colaterais do psicofármaco que se intenciona prescrever.
PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS
TERAPÊUTICAS EM IDOSOS
ENFERMEIROS
Supervisão/monitorização da pessoa idosa no que se refere aos
efeitos adversos.

Indicar intervalo de 1-2h entre as administrações dos


medicamentos.

Educar e orientar os cuidadores para o estabelecimento de uma


parceria
PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS
TERAPÊUTICAS EM IDOSOS
ENFERMEIROS
Ter atenção aos ármacos que atuam no sistema cardiovascular, no sistema
nervoso central, os anticoagulantes, os antibióticos e os analgésicos que são
considerados os principais agentes iatrogênicos.

Na Atenção Básica deve juntar as intervenções realizadas pelo/os especialista/s -


coordenação do cuidado - evitando duplicação desnecessária de exames,
procedimentos e medicamentos.

Explicar a ação dos medicamentos e forma de uso ao idoso.


ATIVIDADE DISCENTE
Leitura de Artigo:
• Nóbrega, O.T.; Karnikowski,
M.G.O. A terapia medicamentosa
no idoso: cuidados na medicação.
Ciência e Saúde Coletiva, 10(2):
309-33, 2005.
VIOLÊNCIA CONTRA O
IDOSO

MsC Flávia Danielli Martins Lima


CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A violência tem se tornado um problema global ao longo das


décadas!

É por que não houve violência no passado?

É por que há mais violência atualmente?


CONCEITO
• O fenómeno do abuso de idosos foi introduzido pela
1975 primeira vez com o termo "espancamento de avós" no
Reino Unido.

Ação isolada ou repetida, ou a ausência de resposta


apropriada, que ocorre em qualquer relacionamento em
que haja uma expectativa de confiança, e que cause dano ou
sofrimento a uma pessoa idosa" (WHO, 2002).
CLASSIFICAÇÃO
• imposição de dor ou lesão, exercer coerção física ou
Física restringir a liberdade de movimento pelo uso da força

• atos praticados com a intenção de causar dor ou


Psicológica lesão emocional.

• contato sexual sem o consentimento de qualquer tipo


Sexual com uma pessoa mais velha.

• Envolve a apropriação ilícita ou indevida de dinheiro


Financeira ou propriedade da pessoa mais velha.

• Falha de um prestador de cuidados designado para


Negligência satisfazer as necessidades de um idoso dependente.
TEORIAS EXPLICATIVAS
• Teoria do Stress do Cuidador (Teoria Situacional ou de Sobrecarga do cuidador)
I

• Teoria da Troca Social


II

• Teoria da Psicopatologia do Cuidador


III

• Teoria Político-Esconômica
IV

• Teoria Feminista
V

• Teoria da Aprendizagem Social


VI
FATORES DE RISCO
CONDUTAS E ESTRATÉGIAS DOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O que Fazer em Caso de Suspeita ou Idoso Vítima de Violência?
• Identificar possíveis fatores de risco e/ou sinais de violência (equimoses,
I desidratação, úlcera de decúbito, silêncio em responder perguntas...)

• Uso de comunicação verbal e não-verbal para facilitar o vínculo e o


II planejamento assistencial.

• Promover educação em saúde para cuidadores, idosos e população em


III geral.

• Denunciar casos de idosos em risco e/ou vítimas de violência.


IV
ONDE DENUNCIAR

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