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Automedicação Apresentação

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Os perigos da

Automedicação
EVA NANTES
AUTOMEDICAÇÃO

AUTOMEDICAÇÃO: Uso de medicamento sem a prescrição, orientação e ou o


acompanhamento do médico ou dentista.
Portaria nº 3.916/MS/GM, de 30 de outubro de 1998.
INTRODUÇÃO
O QUE MOTIVA AS PESSOAS A CONSUMIR
MEDICAMENTOS?

A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio


imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências mais graves
do que se imagina.

Os medicamentos são comprados, por indicações de amigos, matérias


de jornais, revista, Internet ou indicação do balconista
LUCRO X SAÚDE

A cultura da automedicação, somada a geniosidade do marketing,


expõem inúmeras pessoas ao perigo.

Pesquisa feita pelo Ministério da Saúde em 2008 relata que apenas


30% dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva
conseguiram absorver os princípios ativos que necessitavam
LUCRO X SAÚDE

O DISCURSO DA MÍDIA ESCRITA DESTINADO A


MEDICAMENTOS E SAÚDE MENCIONA PELO MENOS TRÊS
ESTRATÉGIAS:

 1ª) A farmacologia dispõe de pílulas e métodos capazes de enfrentar,


senão todas, a grande maioria das doenças, e de promover a saúde e o
bem-estar de quem se dispuser (e puder) pagar por suas fórmulas.

 2ª) A cura e a manutenção da saúde resultam, entre outras coisas, de


uma atitude ativa do indivíduo no sentido de transformar seus hábitos
cotidianos.

 3ª) A noção de que se possa encontrar saúde em produtos vendidos


em drogarias é um engodo: o mito da saúde em pílulas.
 A indústria farmacêutica mundial é considerada como o segundo melhor
negócio do planeta, ficando atrás apenas de companhias de petróleo.
Segundo a revista inglesa “Focus”,o setor faturou em 2002, 406 bilhões de
dólares (Revista Superinteressante, fev. 2003, p 44).

 O Brasil está entre os 5 maiores consumidores de medicamentos no mundo,


são mais de 32 mil rótulos de medicamentos, com 12 mil substâncias,
quando na verdade bastariam 300 itens.

 Há uma drogaria para cada 3 mil habitantes, mais que o dobro recomendado
pela Organização Mundial de Saúde.

A automedicação no Brasil já é um problema grave de saúde pública.


Cenário Brasileiro

4º mercado de consumo de medicamentos no cenário mundial (IMS


Health).
• País com o maior número de farmácias do mundo: > 60 mil
farmácias e drogarias.
• 3,34 farmácias /10 mil habitantes (170 milhões habitantes)
OMS recomenda 1 farmácia/10 mil habitantes
• Cultura de automedicação

“ 80 milhões de pessoas são adeptas da automedicação no país”


“ Ao Persistirem os Sintomas o Médico Deverá ser Consultado ”

Mitos:
- Medicamento sinônimo de “remédio” – somente benefícios
- “Se a ANVISA aprovou é porque mal não faz!
AUTOMEDICAÇÃO
OUTRAS ORIGENS DA AUTOMEDICAÇÃO

Propaganda de medicamentos;
AUTOMEDICAÇÃO
 Herança cultural ou folclórica;

 Orientação profissional;

Instintiva;
O POR QUE DA AUTOMEDICAÇÃO ?
Ausência de posto de saúde;
Tempo de espera na fila;

Tempo de espera:
DIAS / MESES para
atendimento médico.
AUTOMEDICAÇÃO

OS PREJUÍZOS DA AUTOMEDICAÇÃO

 Gastos supérfluos;
Atraso no diagnóstico e na terapêutica adequada;
Reações alérgicas;
Intoxicação;
Agressões as sistema digestivo;
AUTOMEDICAÇÃO

ALGUNS EFEITOS ADVERSOS

Ficam mascarados;

Confundem com os da doença que motivou a consumo e


criam novos problemas;
Mais graves: Podem levar internação hospitalar ou à morte;
MEDICAMENTOS QUE MAIS CAUSAM
REAÇÕES ADVERSAS.
 Psicofármacos

 Antipiréticos e analgésicos

 Antibióticos

Vale dizer que tanto as substâncias sintéticas quanto as naturais podem


fazer mal aos consumidores.

Em relação aos medicamentos homeopáticos,


a proposta da homeopatia é o tratamento da
pessoa enquanto ser humano que age,sente e
se relaciona,e não submetendo a condição
permanente de de paciente-consumidor.
Tipos de Uso Irracional de Medicamentos

 Uso abusivo de medicamentos (polimedicação);


 Uso inadequado de medicamentos antimicrobianos, frequentemente
em doses incorretas ou para infecções não-bacterianas;
 Uso excessivo de injetáveis nos casos em que seriam mais
adequadas formas farmacêuticas orais;
 Prescrição em desacordo com as diretrizes clínicas;
 Automedicação inadequada, frequentemente com medicamento que
requer prescrição médica.
E como se não bastasse a falta de fiscalização ou controle, o Brasil é considerado
culturalmente, como a população que adora se automedicar, ou seja, toma desde
o chá da vovó até analgésicos e antiinflamatórios disponíveis em farmácias e

drogarias.
Segundo publicação na revista brasileira “Terra”, a questão cultural da
automedicação do brasileiro é constatada pela Organização Mundial de Saúde
(OMS). Pois ainda nos tempos atuais, em algum momento, as pessoas recorrem à
prática de curar-se por meio de plantas medicinais (Revista Terra, jun. 2004, p
61). No norte e nordeste do país é comum a venda de “garrafadas” (feitas à base
de plantas e rezas) que prometem verdadeiros milagres.

Em cada parte do país, seja por uma questão geográfica e até cultural, as
pessoas encontram novas formas de se automedicar, seria um sintoma da 
cultura.
AUTOMEDICAÇÃO
O que mais preocupa os profissionais da saúde
1) Uso indiscriminado de paracetamol: a substância, no fígado, é transformada
em metabólito intermediário, que pode resultar em lesões hepáticas. Na Grã-
Bretanha, uma pesquisa recente evidenciou que ele era o maior causador de
transplante de fígado.

2) Associações com outros medicamentos ou alimentos: a melhor forma de tomar


o medicamento é com água. Café preto, refrigerante, sucos de frutas e leite podem
alterar a composição do medicamento ou o pH (acidez) do trato digestório, onde é
absorvido, minimizando ou aumentando os efeitos. Além disso, muitos remédios
interferem na ação do outro, podendo bloquear ou causar uma intoxicação.

3) Uso de medicamentos para qualquer problema: o remédio só deve ser


administrado em último caso. O colesterol é um bom exemplo. Só se começa a
administração da substância quando já se tentou regular com dieta e exercícios
físicos.
Combinações explosivas
:: Amoxicilina (antibiótico) + anticoncepcional oral = risco de
gravidez indesejada.

:: Diurético + lítio (estabilizador de humor usado para tratar


transtorno bipolar) = potencializa os efeitos adversos do lítio,
podendo causar náuseas, fraqueza muscular, tremores, vômitos, perda
de função renal, alteração da função da tireoide e confusão mental.

:: Aspirina + anticoagulantes orais = aumenta o risco de sangramento,


podendo levar à hemorragia.
:: Omeprazol (antiácido) + Varfarina (anticoagulante): o primeiro
aumenta a concentração sanguínea da varfarina, podendo causar
hemorragia.
:: Captopril (anti-hipertensivo) + sucos = absorção prejudicada.
:: Tetraciclina antibiótico + leite ou antiácidos = o leite tem cálcio
que, associado ao antibiótico, pode anular o efeito do medicamento.
:: Dexametasona Oral (corticoide, antiinflamatório) +
medicamentos para o diabetes = a dexametasona aumenta a
glicemia, ou seja, eleva o açúcar no sangue.
:: Paracetamol + diclofenaco, nimesulida (antiinflamatório) = pode
potencializar ou agravar doenças hepáticas e renais.
O que não fazer:
Antibióticos: O uso indiscriminado pode causar resistência antimicrobiana,
levando a maior dificuldade de tratar infecções atuais e futuras.

Antiinflamatórios: Aumentam a produção de ácido clorídrico e reduzem a de


muco, que protege o estômago. Se o paciente já tem gastrite ou úlcera, pode causar
sangramento. O abuso pode provocar insuficiência renal.

Remédios para emagrecer: Hipertensos não devem tomar, pois aumentam a


pressão arterial.

Relaxantes musculares: Provocam sonolência. É preciso evitar ao praticar


atividades que exijam atenção.

Fitoterápicos: Também podem oferecer riscos com superdosagem e interferir no


efeito de outros medicamentos.

Ansiolíticos: Seu uso crônico causa dificuldade de concentração e raciocínio,


além de dependência.
Medicamento é droga, portanto os remédios têm efeitos
colaterais.
Estatísticas da Organização Mundial de Saúde
(OMS)
 Em todo o mundo, mais de 50% de todos os medicamentos receitados são
dispensáveis ou são vendidos de forma inadequada.
 Cerca de 1/3 da população mundial tem carência no acesso a medicamentos
essenciais.
 Em todo mundo, 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma incorreta.
 Conforme os manuais médicos americanos, de 10% a 20% das internações
hospitalares nos Estados Unidos são em decorrência de reações adversas a
medicamentos, que podem ser naturais ou por administração indevida.

No Brasil, as mulheres praticam mais frequentemente a


automedicação do que os homens, com um percentual de 59%
contra 41% 
Outros fatores que expõe os consumidores de
medicamentos a riscos:
Médicos que não tem acesso completo a respeito da segurança dos fármacos;

Falta de conhecimentos os efeitos nocivos do que prescreve;

Não sabe identificar/ prevenir combinações perigosas entre substâncias


Farmacológicas;

Fatores agravantes:

Receitas médicas ilegíveis;

Não trazem informações claras quanto:


 Administração;
Duração do tratamento;
Precauções;

As bulas: Linguagem técnica, falta de dados


O FARMACÊUTICO E A AUTOMEDICAÇÃO
AUTOMEDICAÇÃO RESPONSÁVEL - Uso de medicamento não prescrito
sob a orientação e acompanhamento do farmacêutico.

Conselho Federal de Farmácia

CO
UTI
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UM MERCADO LUCRATIVO,
CONCORRIDO E CARENTE DE
ÉTICA
1)COMÉRCIO NO BRASIL :
Esta entre os 10 maiores do mundo;
Alta concorrência;
Gasto excessivo com propagandas;
Alta de 143% dos medicamentos nos últimos 10 anos;
Variedade de 25 a 45mil medicamentos.
UM MERCADO LUCRATIVO,
CONCORRIDO E CARENTE DE
ÉTICA
2)TÉCNICAS“MERCADOLÓGICAS” :
Empurroterapia

A indústria farmacêutica
utiliza-se de todas as
ferramentas do marketing para
vender medicamento como
mercadoria qualquer. Os
próprios balconistas de
farmácias, incentivados pela
poderosa indústria
farmacêutica, receitam
analgésicos e indicam
medicamentos de tarja
vermelha (éticos) aos
consumidores, prováveis
doentes.
UM MERCADO LUCRATIVO,
CONCORRIDO E CARENTE DE ÉTICA
3) ÉTICA
Criação dos medicamentos genéricos;
Desenvolver projetos;
Aprovar leis; Como se não bastasse o poder da
Executar (difícil) indústria farmacêutica em altos
investimentos de marketing, ela
encontra como parceira: muitos
médicos e a mídia de massa, que
legitima algumas informações e
divulga muitas vezes, sem
responsabilidade, medicamentos a
leigos, que não deveriam receber
determinada informação sem
orientação de um  profissional da
saúde.
LEI RDC Nº 44, DE 17 DE AGOSTO DE 2009
“Dispõe sobre as Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do
funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de
serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providencias.”

Art. 41 – Na área destinada aos medicamentos deve estar exposto esse cartaz, em
local visível ao público, contendo a seguinte orientação, de forma legível e
ostensiva que permita a fácil leitura a partir da área de circulação comum

“MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS


INDESEJADOS, EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE
COM O FARMACÊUTICO”.

É obrigatório ter essa Lei fixado na


área de atendimento e de fácil
visualização em todas as drogarias e
farmácias
SOLUÇÕES PROPOSTAS:
Educar e informar a população;

Maior controle na venda com e sem prescrição;

Melhor acesso aos serviços de saúde;

Adoção de critérios éticos para promoção de medicamentos;


Retirada do mercado de numerosas especialidades
farmacêuticas;

Incentivo à adoção de terapêutica não medicamentosa;


A decisão de levar um medicamento da palma da mão ao
estômago é exclusiva do paciente. A responsabilidade de fazê-lo
depende, no entanto, de haver ou não respaldo dado pela
opinião do médico ou de outro profissional de saúde.
>>> Saiba mais
—A cada 20 dias, um novo medicamento entra no mercado.
— O Brasil está entre os cinco maiores consumidores de
medicamentos no mundo.
—  Os gastos com medicamentos representam 12% do orçamento
familiar.
—  Somente 50 % dos pacientes, em média, tomam corretamente seus
medicamentos
Referencias
Automedicação Rev. Assoc. Med. Bras. vol.47 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2001

Os Perigos da Automedicação Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde,

<http://www.endocrino.org.br/os-perigos-da-automedicacao> Acessado em 07/09/2016.

DE AQUINO, D. S.; DE BARROS, J. A. C.; DA SILVA, M. D. P. A automedicação e os


acadêmicos da área de saúde. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, n. 5, p. 2533-
2538, 2010.

Vasco, M. A.J. "Automedicação, custos e saúde." Revista Portuguesa de Medicina Geral


e Familiar 16.1 (2000): 11-4.

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