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Santa Rita Cássia: Editorial Missões

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SANTA RITA DE CÁSSIA

@)
13.3 edição

EDITORIAL MISSÕES

CUCUJÃES
Título original: SANTA RITA DE CASIA SANTA RITA DE CÁSSIA
Autor: P. Januário dos Santos
António Manceni e Amata Fersi era um casal rico
Desenhos: Da edição original
que vivia em Rocca-Porena, perto de Cássia. Iam
© Apostolado Maria n o · Sevilha avançando em anos mas sentiam-se muito sós por­
Com licença eclesiástica.
que Deus não lhes concedia filhos.
Rezavam muito para obter esta graça até que
Deus escutou as suas preces e lhes concedeu uma
menina que seria baptizada cinco dias após o nasci­
mento, na Colegiada de Santa Maria de Cássia, com
o nome de Margarida. O povo começou a tratá-la ca­
rinhosamente com o nome de Rita.
Desde muito cedo, Deus manifestou através de
sinais extraordinários que ela seria uma grande san­
ta. Diz-se que, ainda pequenina, deitada no seu ber­
ço, boquinha entreaberta, um enxame de abelhas
brancas rodipiava em volta da sua boca, num suave
Reservados todos os direi tos para Portugal e paises de expressão portuguesa pela murm úrio como que de uma música celestial. Os pais
EDITORIAL MISSÕES
Apartado 40 - 3721-908 VILA DE CUCUJÃES
perguntavam-se: que quererá isto dizer?
Conta-se que este enxame de abelhas nunca mais
Composição e Impressão
se afastou dela seguindo-a para Cássia quando en­
Escola npográfica d as Missões- Vila de Cucujães trou no mosteiro das Agostinhas e que, ainda hoje,
Janeiro de 2012 abrigadas num velho muro, entre a cela da santa e o
coro, saem do seu esconderijo durante a Semana
ISBN 972-577-177 ·X Santa.
Depósito Leg a l 339130/12 Educada cuidadosamente na fé cristã, Rita era

-· 3
uma princesazinha. Os pais compravam-lhe vestidos
caríssimos e adornavam-na com jóias de alto valor.
A menina, porém, cujo quarto se assemelhava a
um oratório, reflectia nos ensinamentos cristãos que
os pais lhe davam e olhava frequentemente para o
cruCifixo que, para ela, era o retrato mais perfeito do
amor de Deus pelos homens. Por isso, começou a
pensar que as roupas delicadas e as jóias mais ca­
ras nada valiam perante a grande honra de servir
unicamente a Jesus Cristo no mosteiro das Agosti­
nhas de Cássia.

O CASAMENTO

Entretanto os pais pensavam de maneira muito


diferente. E, sendo ela ainda jovenzinha, propuse­
ram-lhe que casasse com um belo rapaz chamado
Fernando. Ele era esbelto, rico e parecia dotado de
bons sentimentos. Enganaram-se. Fernando não
possuía os dotes que aparentava. Pelo contrário, era
rude, colérico e egoísta. Ao saber dos projectos dos
pais, Rita colocou-se de jo�lhos e manifestou com
abundantes lágrimas a sua aspiração: ser religiosa.
Deus concedeu-lhes uma meninél que foi bapt;zada com o nome de
Em vão. Os pais insistiram com ela apresenta­
Margarida mas que o povo começou a tratar carinhosamente por Rita. ram-lhe o noivo e obrigaram-na a casar com ele.

4-
-5
Rita, sem saber o que fazer, recorreu à oração e
o céu manifestou-lhe que teria de passar pelo casa­
mento.
Mas Fernando estava muito longe de ser aquilo
que os pais de Rita e toda a gente da aldeia pensa­
va. Bem cedo começou a manifestar os sentimentos
que pululavam no seu coração: colérico, violento, só
pensava em jogar e divertir-se sem se preocupar mi­
nimamente com a atenção que devia dar ao lar. Mais:
muitas vezes tratava asperamente a esposa chegan­
do mesmo a bater-lhe.

MAUS TRATOS DO MARIDO

As vizinhas, sabedoras do facto porque o mau


am biente extravasava os muros da casa, admiravam
a serenidade de Rita que sofria em silêncio e rezava
sem se queixar a ninguém do mau temperamento do
esposo. Tinha aprendido com o Divino Crucificado a
sofrer tudo em silêncio. Ela também, como ovelha
levada ao matadouro, não levantava a voz nem de­
nunciava o algoz que tinha junto de si.
O Senhor abençoou o seu lar concedendo-lhe dois
filhos a que deu o nome de João Tiago e Paulo Ma­
Ao saber do projecto dos pais que fhe propunham casamento, Rita
coloco u-se de joelhos e manifestou a sua as piração: ser refigiosa.
ria.

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Ambos tinham herdado o temperamento difícil do
pai. Como foi espinhosa a sua educação!
Rita, porém, não desanimava. Continuava a so­
frer tudo em silêncio, com paciência e a rezar a Nos­
sa Senhora e aos seus santos padroeiros: S. João
Baptista, Santo Agostinho e S. Nicolau Tolentino.
Pouco a pouco, devido à oração e aos bons exem­
plos da esposa, Fernando mudou. Já não a insulta­
va, já não lhe batia e mostràva-se compreensivo pro­
curando colaborar na educação dos filhos.
Mas este clima de acalmia foi sol de pouca dura:
um dia chegou a casa de Rita uma notícia triste, to­
talmente inesperada: o marido, após 18 anos de ca­
samento, tinha sido morto .Por pessoas inimigas per­
to de Rocca-Porena.
Rita sofreu com a triste notícia e mais ao pensar
que ele tinha sido assassinado, sem se ter reconci­
liado com Deus e recebido os últimos sacramentos.
Perdoou aos assassinos e ficou desolada ao ter co­
nhecimento da resolução dos filhos que tinham deci­
dido vingar a morte do pai.
- Meus queridos filhos, peço-vos, por amor de
Nosso Senhor, que não façais isso! Perdoai como
Jesus perdoou na cruz aos seus algozes!
- Não, querida mãe! Nada nos demoverá do nos­
Fernando tratava asperamente Rita chegando mesmo a bater-lhe. so propósito.

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O marido, após 18 anos de casamento, foi morto por pess o as
inimigas, perto de Rocca-Porena. Meus filhos: perdoai como Jesus perdoou na cruz.

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Rita refugiou-se na oração. Diante do crucifixo que
cobria de lágrimas, rezou, rezou muito...
Passado pouco tempo, os filhos, reconciliados
com Deus, tendo posto de parte os seus sentimentos
de vingança, morreram.

O RENASCER DA VOCAÇÃO

Quanto Rita não sofreu com mais esta provação!


Tinha ficado só no mundo. Esta situação levou-a a
entregar-se mais a Deus e a multiplicar os seus je­
juns e orações.
O seu amor aos pobres era exemplar. Uma vez
deu a própria capa para agasalhar um mendigo en­
trando ela em casa transida de frio, toda enregelada.
O desejo de abraçar a vida religiosa voltou a cres­
cer na sua alma. Um dia, ao ouvir na igreja dos Agos­
tinhos a frase de Jesus "Eu sou o Caminho, a Verda­
de e a Vida" ... correu ao convento a pedir a sua ad­
missão. A resposta da superiora foi peremptória:
- Não, minha filha! Aqui só aceitamos donzelas
que não tenham contraído o matrimônio. Tu és viúva.
Por isso, o teu estado de viuvez veda-te a entrada no
convento. É uma lei que não admite excepções. Rita era extremamente carinhosa para com os pobres. Dava-lhes
Perante esta recusa, decidiu viver em casa como alimento, roupas e bons conselhos.

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se fosse uma monja. presença. Não que ri­
Desabafava esta sua am admiti-la mas ha­
mágoa todos os dias via ali algo de extra ­
diante do crucifixo do ordinário que mani­
seu oratório . festava a vontade de
Uma noite sentiu Deus: ela tinha entra­
que a chamavam. Le­ do sem forçar ou abrir
vantou-se cheia de qualquer porta ou ja­
medo. Veio à jane l a. ne la. Perguntaram­
Um estranho perso­ -lhe como tinha entra­
nagem que ela viu do e Rita, com s impli­
como sendo S. João cidade, narrou o fac­
Baptista, convidou-a to maravilhoso.
a segui-lo. Com ele Foi na véspera da I

vinham Santo Agosti­ Ascensão de 1416. - ��- . -�-.


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n ho e S. Nicola u Tinha 35 anos. ..,., �
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Tolentino que lhe dis­
Uma noite, S. João Baptista, San­
A qui só aceitamos do�zelas que seram: OSEU AMOR to Agostinho e S. Nicolau To/entino
não tenham contraido matrimó­
- Rita, vem con- A CR ISTO disseram-lhe:
nio. (pág. 11)
nosco para o conven­ CRUCIFICADO -Rita vem connosco para o con­
vento das monjas. Nós vamos in­
to das monjas. Nós vamos introduzir-te nele.
troduzir-te lá. (pág. 11)
Num instante, sem saber como, Rita encon­ Despojou-se de
trou-se no convento sem ser capaz de dizer por que todos os be ns , distribuindo-os pelos pobres e entrou
porta tinha entrado. Ficou só, trémula , a rezar, no meio no noviciado. A sua grande devoção, desde os mais
da escuridão. tenros anos, foi o crucifixo. Como S. Paulo ela podia
Quando as monjas se levantaram, deram pela sua dizer: não sei o utra co isa senão Jesus Cristo e Jesus

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Cristo crucificado.
Foram extraordinárias as revelações e milagres
que fez. Um dia, em oração, viu como Jacob, uma
.escada entre a terra e o céu pela qual os anjos subi­
am e desciam. No alto, Cristo convidava-a a subir.
Várias vezes o demónio procurou aterrorizá-la com
tentações horríveis. Sempre o afastou com o sinal da
cruz.
Para experimentar a sua obediência, a abadessa
ordenou-lhe que regasse o tronco seco de uma vi­
deira. Rita não colocou nenhuma objecção e o mila­
gre aconteceu: o tronco reverdeceu, cobriu-se de fo­
lhas viçosas e deu excelentes uvas de moscatel. Esta
videira de Santa Rita ainda hoje é apresentada aos
peregrinos.
Amiga da pobreza, vestia um hábito grosseiro,
habitava numa cela desconfortável rnas que tinha uma
grande riqueza: um expressivo crucifixo para o qual
ergúia o primeiro olhar ao levantar-se e o último ao
deitar-se.
Jejuava frequentemente fazendo três quaresmas
por ano.
A sua pr·incipal devoção, como já referimos, era o
Senhor crucificado. Certo dia, após ter ouvido um
sermão de S. Tiago da Marca sobre a Paixão de Je­
sus, ao chegar ao convento, ajoelhou-se diante do Para experimentar a sua obediência a abadessa ordenou-lhe que
regas se o tronco seco de uma videira.

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crucifixo e pediu a graça de participar no seu corpo
dos sofrimentos da Paixão. Nisto sentiu que uma es­
pada de agudos espinhos lhe trespassava a fronte
ao mesmo tempo que algo como um raio de luz lhe
fazia na testa uma dolorosa ferida. Um espinho da
coroa de Jesus tinha-se cravado na sua fronte.
Durante quinze anos sofreu com uma chaga hor­
rível que criava vermes. Certa ocasião referiu-se a
estes vermes chamando-lhes "os meus anjinhos".
Muitos teólogos a consultavam e ficavam admira­
dos com a sua ciência que ela aprendia aos pés do
crucifixo e nos frequentes êxtases que Deus lhe con­
cedia.
Terminado o cisma dos anti-papa, para o que muito
contribuiu com as suas orações e sacrifícios, quis ir a
Roma tomar parte no jubileu proclamado por Nicolau
V. A Prioresa não lhe queria dar autorização invocan­
do como motivo a chaga que ela tinha na fronte e
que a todos horrorizava. Rita recorreu à oração e a
chaga cicatrizou num instante.
Depois de ter cumprido a devoção do jubileu re­
gressou a Cássia e, com espanto geral, a chaga da
fronte reabriu-se novamente.
Após a peregrinação a Roma, ainda viveu sete
Ajoelhou-se diante do crucmxo e sentiu que uma espada de anos.
agudos espinhos lhe trespassava a fronte enquanto um raio de luz Ao fazer 72 anos foi provada com um doença ter-
lhe fazia na testa uma dolorosa fetida.

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rível. Pregada ao seu leito quase só vivia da San­
tíssima Eucaristia. Às Irmãs que a lamentavam res­
pondia com um sorriso no lábios: '/!\minha alma vive
nas chagas de Jesus Crucificado e não tem necessi­
dade de outro alimento".
Já quase no fim da vida, num dia frio de Janeiro,
visitou-a uma parente que lhe perguntou em que lhe
poderia ser útil.
- Olha! Vai ao meu antigo jardim e traz-me uma
rosa.
Ela pensou que a Santa estava a delirar com fe­
bre. Rosas em Janeiro?! Mas, quando passou pelo
jardim, viu uma roseira ostentando uma bela rosa
aberta. Colheu-a e levou-a ao mosteiro. Ao vê-la, to­
das as religiosas não cessavam de louvar a Deus por
facto tão extraordinário.
Ao despedir-se, a parente perguntou-lhe se ela
não desejava mais nada. Rita respondeu:
- Sim! Vai à figueira do meu antigo quintal e traz-
-me de lá dois figos.
Já mais crédula na possibilidade do milagre, a
parente, ao chegar a Rocca-Porena, encontrou numa
figueira despida de folhas dois excelentes figos ma­
duros. Levou-os à monja e novamente todas louva­
ram a Deus pelos prodígios que operava para mos­
Quis ir a Roma tomar parte no jubileu proclamado por Níco/au 11.
trar a santidade de Rita.

20- -21
Três dias antes do falecimento teve a visão do
Menino Jesus e de Nossa Senhora anunciando-lhe o
seu fim próximo.
Rendidas às virtudes da santa viúva, as religio­
sas reuniram-se em volta do seu leito pedindo que as
abençoasse. Depois de ter recebido o Santo Viático
e a Unção dos Doentes, expirou no dia 22 de Maio
de 1457, um sábado, dia consagrado a Nossa Se­
nhora.
Mesmo no momento em que exalou os últimos
suspiros começaram os milagres: a religiosa enfer­
meira, que a tratava, viu a sua alma subir ao céu en­
volta numa nuvem, cercada pelos anjos, os sinos do
mosteiro repicaram sem ninguém os ter movido e o
cheiro fétido da sua chaga transformou-se em sua­
víssimo perfume.
Narrar os milagres que se realizaram após o seu
falecimento, em favor dos seus devotos, seria um
nunca mais acabar. Daria vários volumes. Por algu­
ma razão se chama a Santa Rita a Advogada das
causas desesperadas.

Trouxeram-fhe uma rosa ... Ao morrer o cheiro fétido da sua chaga


'
transformou-se em suavís simo perfume...

22- -23
DEVOCIONÁRIO

TRÍDUO OU NOVENA A SANTA RITA


- Rezar a Ladainha e uma das orações que se propõem a
seguir, durante três ou nove dias, conforme se trate de tríduo ou
novena, a implorar a graça desejada:

LADAINHA DE SANTA RITA

Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus Cristo,
tende piedade de nós.
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus Cristo,
ouvi-nos.
Jesus Cristo,
atende i-nos.
Pai Celeste,
que sois Deus,
tende piedade de nós.
Filho, Redentor do mundo,
que sois Deus,
tende piedade de nós.
Espírito Santo,
que sois Deus,
tende piedade de nós.
Trindade Santíssima,
que sois um só Deus,
No momento da morte, Jesus e Maria vieram ao seu en contro. tende piedade de nós.

24- -25
Santa Rita,
Santa Rita,
cujo nome vos foi dado por um anjo,
que vos tínheis
Santa Rita,
pela última das vossas irmãs,
que na idade de doze anos
Santa Rita,
fizestes voto de perten cer só a Jesus,
consoladora dos aflitos,
Santa Rita,
Santa Rita,
modelo das donzelas,
serva fiel da Virgem Imaculada,
Santa Rita,
Santa Rita,
esposa fidelíssima,
favorecida por Deus
Santa Rita, Cl)
com o dom dos milagres, -o
mãe exemplaríssima, c:
Santa Rita,
Santa Rita, ...
o
que encheis de admiração os santos doutores a.
cheia de zelo
pela vossa profunda ciência dos divinos mistérios, lU
pela salvação das almas, 111 Cl
•O Santa Rita, o
Santa Rita, c a:
.... cheia de zelo
perfeitamente submissa o
c.. pela conversão dos pecadores
à vontade de Deus,
lU e pelo alívio das almas do Purgatório,
Santa Rita, C)
o Santa Rita,
que miraculosamente a:
convidada por Jesus e Maria
entrastes no convento,
para irdes gozar da glória celeste,
Santa Rita,
Santa Rita,
que desmaiáveis
cuja morte tão santa
quando meditáveis na Paixão de Jesus,
foi imediatamente seguida de admiráveis prodígios,
Santa Rita,
Santa Rita,
que obtivestes de Jesus crucificado
advogada das causas dese�peradas.
um espinho da sua coroa
para vos fazer participar
V Rogai por nós, Bem-Aventurada Santa Rita.
da sua Sagrada Paixão,
- .

- R. Para que por vossa intercessão obtenhamos de Jesus e de


Santa Rita,
Maria a graça que solicitamos.
cuja paciência nos sofrimentos
era admirável,
Santa Rita,
que tão heroi camente
prati castes os três votos da religião,

2&-
-27
ORAÇÃO ORAÇÃO A SANTA RITA
NO DIA DA SUA FESTA, 22 DE MAIO
ó gloriosa Santa Rita de Cássia, modelo insigne de paciência,
em todos os sofrimentos físicos e morais por que passastes, nos ó poderosa taumaturga do mundo católico, gloriosa Santa Rita
diversos estados de vida a que Deus vos chamou, Vós que de Cãssia, neste dia em que se celebra a vossa festa, a nossa ora­
conseguistes vencer todos os ob stáculos pela oração perseverante, ção sobe confiante a Deus.
vinde em meu socorro, agora que estais gozando no Céu para sem­ Nesta hora solene, em que mil corações se voltam para vós chei­
pre, a recompen sa de todos os vossos trabalhos. os de esperança na vossa protecção, eu junto à deles a minha humil­
Fazei vossa a minha aflição, dizei por mim a Maria Santíssima, de oração, a fim de que vós a apresenteis aos divinos Corações de
nossa Mãe, uma palavra em meu favor, para que Ela advogue a Jesus e Maria, para me obterdes as graças que me são necessárias.
minha causa junto de Jesus, a quem Vós nada recusastes em vida, Ó grande Santa, não é possível que a minha esperança no vos­
cooperando com Ele na salvação das almas. so socorro seja vã, pois sois justamente chamada "a Santa das cau­
Vós sois a advogada das causas julgadas impossíveis. Vós que sas desesperadas". Encontro-me, por minha culpa, na desgraça;
muito sofrestes, compreendeis muito bem o meu problema. E se o volvei para mim o vosso olhar benevolente, não fecheis o coração à
que peço não for para glória de Deus e bem da minha alma, obtende­ minha humilde súplica e dignai-vos auxiliar-me com a vossa podero­
·me o que a ambos for mais conforme. sa protecção.
Prometo que a gratidão nunca me sairá da alma e que hei-de Reconheço que os meus pecados me tornam indigno da vossa
propagar o vosso culto, pois quem honrar os Santos de Deus honra­ protecção, mas espero da vossa caridade que intercedais por mim
-O a Ele próprio que é o único autor da santidade. aos pés de Jesus para que, comemorando este dia festivo da vossa
entrada no Céu, eu obtenha a graça da salvação da minha alma.
(Rezemos 3 Glórias à Santlssima Trindade em acção de gra­ Santa Rita, ouvi os meus gemidos, secai as minhas lágrimas, e
ças por todos os dons concedidos por Deus a Santa Rna). prometo-vos propagar por toda a parte que aquele que pedir a Deus
uma graça por vosso intermédio, é seguramente atendido.
Neste dia de glória, em que cada um manifesta a mais viva con­
BREVE ORAÇÃO A SANTA RITA fiança no vosso patrocínio, alcançai-me de Deus a graça celestial
que imploro para mim, para todos os que me são caros, para o Sumo
Gloriosa Santa Rita, vós que tão maravilhosamente participastes Pontífice, Bispos, Padres, Religiosos, propagadores do vosso culto,
da dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, obtende-nos a pobres, enfermos, aflitos, pecadores e para as almas do purgatório.
graça de sofrer com resignação as penas desta vida e protegei-nos Ó Santa Rita, esposa amantíssima de Jesus Crucificado, que
em todas as nossas necessidades. vos acariciou com um espinho da sua coroa; neste dia da vossa en­
trada triunfal no Céu, peço-vos que a vossa santa protecção me acom­
(Jndulgenciada por S. Pio X). panhe durante a vida e à hora da minha morte. Amen.

28- -29
A ESPOSA É O SOL DA FAMÍLIA na ou no campo, ou ainda nas absorventes actividades do comér­
cio ou da indústria.
Enquanto viveu em matrimónio, aplica-se bem a Santa Rita A esposa é o sol da família pela sua sinceridade natural, a
de Cássia esta beta alocução de p;o X/1, aos recém-casados, em sua sim plicidade digna, o seu porte cristão distinto; é o sol da
11 de Março de 1942: família, pelo seu hábito reflexivo e a rectidão de espírito, e ainda
pela nobre harmonia com que se apresenta, veste e adorna, mos­
A família tem o brilho de um sol que lhe é próprio: a esposa. trando-se ao mesmo tempo reservada e afectuosa. Sentimentos
Ouvi o que dela diz e pensa a Sagrada Escritura: A graça de uma delicados, graciosas expressões de rosto, silêncios e sorrisos ino­
mulher dili gente encanta o marido. A mulher santa e recatada centes e um condescendente sinal de cabeça, tudo isso lhe dá a
duplica o seu encanto. Como o sol que se fevanta nas alturas de graça duma flor rara mas simples que, ao desabrochar, se abre
Deus, assim a beleza de uma mulher virtuosa é o ornamento da para receber e reflectir as cores do sol.
sua casa. Oh se compreendêsseis como são profundos os sentimentos
Sim, a esposa e mãe é o sol da família. É o sol pela sua de amor e gratidão que desperta e grava no coração do pai de
generosidade e dedicação, pela sua prontidão constante e pela família e dos filhos, uma figura assim de esposa e de mãe!
delicadeza sempre atenta que a faz adivinhar tudo quanto possa
tornar agradável a vida do marido e dos filhos. Irradia à sua volta
luz e calor da alma. Costuma dizer-se que será feliz um matrimó­
nio quando cada um dos cônjuges, ao contraí-lo, está disposto a
não procurar a sua própria felicidade mas a do outro; todavia,
embora este nobre sentimento e propósito seja dever de ambos,
ele c onstitui principalmente uma virtude da m ulher, pelo seu natu­
ral afecto materno e pela sua peculiar sabedoria e prudência de
coração. Se lhe dão desgostos, oferece co ntentamento e confi­
ança; se recebe hum ilhações, inspira dignidade e respeito: tal
c om o o sol que, ao raiar, alegra a manhã enevoada e, ao pôr-se,
tinge as nuvens com seus raios dourados.
A esposa é o sol da família pela limpidez do seu olhar e o
calor da sua palavra. Com o seu olhar e a sua palavra penetra
s uavemente nas almas, vence-as, comove-as, anima-as, conse­
guindo afastá-las do tumulto das paixões; restitui ao marido a boa
disposição na alegria do convívio familiar, quando volta de longas
jornadas de trabalho contínuo e muitas vezes esgotante, na afiei-

30- -31
ÍNDICE

Santa Rita de Cássia ........................................................... 3

O Casamento...................................................................... 5

Maus tratos do marid o......................................................... 7

O renascer da vocação........................................................ 12

O seu amor a Cristo crucificado........................................... 15

Devocionário .................................. ....................................


. 25

Tríduo ou novena a Santa Rita .................................... 25

Ladainha de Santa Rita................................................ 25

Oração......................................................................... 28

Breve oração a Santa Rt


i a ........................................... 28

Oração a Santa Rita no d i a da sua festa, 22 de Maio 29

A Esposa é o Sol da Família................................................ 30

32 -

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