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Atuação Fonoaudiológica em Unidade de Terapia Intensiva (Uti)

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ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)


Fga. Luana Junges Lauxen - CRFa 7 10566
Especialista em Saúde do Adulto e Idoso
Aprimoramento em Disfagia Neurogênica
Fonoaudióloga no Hospital Universitário de Canoas
Preceptora RIS ULBRA - Área Hospitalar Adulto e Idoso

Canoas, RS, Brasil


2022
SUMÁRIO
1. Caracterização do ambiente
2. Oxigenoterapias
3. IOT e TQT
4. Impactos da IOT e TQT na deglutição
5. Avaliação fonoaudiológica do paciente disfágico na CTI
6. Comunicação alternativa
7. Válvula de fala e deglutição
8. Casos
Unidade de Terapia
Intensiva
A Unidade de Terapia Intensiva - UTI é um serviço hospitalar

destinado a usuários em situação clínica grave ou de risco, clínico ou

cirúrgico, necessitando de cuidados intensivos, assistência médica,

de enfermagem e fisioterapia, ininterruptos, monitorização contínua

durante as 24h do dia, além de equipamentos e equipe

multidisciplinar especializada.

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017)


"O fonoaudiólogo integra a equipe multiprofissional das UTIs e dos Centros de

Terapia Intensiva (CTIs), atuando de forma interdisciplinar, para a promoção,

proteção e recuperação da saúde, com o objetivo de prevenir e reduzir

complicações, a partir do gerenciamento da deglutição e da comunicação, de

maneira segura e eficaz."

(Conselho Federal de Fonoaudiologia, 2022)


FONTE: GOOGLE IMAGENS
Caracterização


Critérios de prioridade: 1-5

Critérios de

Critérios Patológicos: doenças


Internação na UTI cardiovasculares, respiratórias, neurológicas,

toxicológicas, gastrointestinais, endócrinas e

Resolução 2.156/16 renais.


+ RDC nº 7 Indicadores clínicos: sinais vitais, exame físico,


laboratoriais

(AMIB, 2016; CFM, 2016; Mazza, 2017)


CARACTERIZAÇÃO
- Monitores: frequência cardíaca, pressão
arterial, nível de oxigênio no sangue e temperatura

- Máscaras faciais/Oxigenoterapia

- Tubo orotraqueal / TQT

- Bombas de infusão: medicação


e dieta enteral

FONTE: GOOGLE IMAGENS


Rotinas e Check-list
- Profilaxia para lesão por pressão

- Posicionamento de cabeceira no leito: 30 º a 45º; profilaxia de PAV

- Controle glicêmico

- Monitoramento neurológico, monitoramento ventilatório, oximetria de pulso arterial,

monitoramento hemodinâmico, investigações laboratoriais, eliminações, evacuações,

estomas, diurese, balanço hídrico, temperatura corporal, mobilização, medicações

(Alves & Souza, 2014)


Oxigenoterapia
CATETER NASAL DE O2 ou
ÓCULOS NASAL DE O2

OCULOS NASAL DE
ALTO FLUXO

MÁSCARA DE
VENTURI (MV)

MÁSCARA DE
HUDSIN(MH)
FONTE: GOOGLE IMAGENS
Oxigenoterapia - Ventilação Mecânica

TUBO OROTRAQUEAL (TOT)


VM

TQT EM VM

TRAQUEOSTOMIA (TQT) EM AR
AMBIENTE (AA)
FONTE: GOOGLE IMAGENS
Indicações
- A ventilação mecânica invasiva consiste em um
método de suporte ventilatório empregado em
casos nos quais o indivíduo não é capaz de manter
níveis adequados de oxigênio e gás carbônico
sanguíneos.

- Manter ou proteger as vias aéreas


comprometidas ou potencialmente em risco,
permitindo oferta ideal de ventilação e oxigenação.
Indicações
- Obstrução de via aérea alta

- Excessiva secreção pulmonar

- Inabilidade para manter a via aérea pérvia

- Perda dos reflexos protetores e insuficiência

respiratória.

(Albuquerque & David, 2014)


Complicações durante IOT
- Traumatismos como lesões no lábios e na língua, luxação e

avulsão dentária,subluxações e fraturas na coluna cervical

- Laringoespasmos, broncoespasmos, intubação inadvertida no

esôfago

- Aspiração do conteúdo gástrico

- Pneumotórax, parada cardíaca, hipóxia prolongada por várias

tentativas de IOT

- Traumatismo laringeo e traqueal. (Albuquerque & David, 2014)


IOT e Deglutição
IOT prolongada: superior a 24h ou 48h

Impacta na biodinâmica da deglutição:


riscos de broncoaspiração

Alteração de mecano e quimiorreceptores da


mucosas faríngea e laríngea

Elevação do complexo hiolaríngeo alterada


Alteração na competência glótica mecanismos


protetores das VAI

(Albuquerque & David, 2014) *Av. após 24h (adultos) ou 48h (idosos) de extubação
IOT e Deglutição

(FONTE: GOOGLE IMAGENS)


Traqueostomia
- O termo traqueostomia, refere-se a qualquer procedimento que
envolva a abertura da traqueia

- Esse recurso é utilizado para facilitar a entrada e/ou saída de ar dos


pulmões quando existe alguma obstrução no trajeto natural ou quando há
necessidade de ventilação mecânica invasiva por tempo prolongado

- Recomendações baseadas de acordo com a causa da Insuficiência


Respiratória - TRM, TCE, AVE, Clinicas (AMIB, 2013)

(Albuquerque & David, 2014)


Traqueostomia
- A cânula de traqueostomia é inserida no estoma visando promover um “atalho”
para a entrada do ar, bem como facilitar a remoção de secreção pulmonar

- Local da Incisão: entre o 2° (nunca acima - proximidade com a cricóide) e o 4° anel


traqueal
Traqueostomias CUFF: Selar a traqueia = Pacientes com
necessidade de VM;

MINIMINIZA aspirações de secreções,


alimentos e conteúdo gástrico

DEFINIÇÃO DE ASPIRAÇÃO: É a entrada do


material da orofaringe para dentro da
laringe abaixo das pregas vocais
Traqueostomias

Cuff insuflado a longo prazo...


Alimentação x cuff!!!
TQT versus IOT
- IOT prolongada – IOT não deve permanecer mais do que 3 semanas.
Quanto mais cedo melhor (inferior a 14 dias pós IOT)

- Alternativa viável à IOT


prolongada, com os
benefícios de melhorar o
conforto do paciente, reduzir
a necessidade de sedação,
diminuir a resistência das vias
aéreas e facilitar o tratamento
das vias aéreas
TQT versus IOT
- Menor incidência de lesões na laringe;

- Facilitar a limpeza da árvore traqueobrônquica e a higiene oral;

- Diminuir a incidência de estenose subglótica;

- Abreviar e facilitar o desmame do respirador;

- Alimentação por via oral;

- Transferência precoce para a unidade intermediária;

- Propiciar maior conforto, facilitar a mobilização e a comunicação

do paciente.
Impacto da TQT na deglutição
- Perda da Pressão Subglótica
- Comprometimento sensorial (perda do mecanismo
glótico reflexo)
- Ausência das funções nasais
- Redução do reflexo de adução das ppvv
(ocasionando lentidão e incoordenação do
fechamento das ppvv)
- Alteração da elevação laríngea (fechamento da VA
por tempo insuficiente)
- Comprometimento da sensibilidade da hipofaringe
e laringe
- Atrofia muscular por desuso
- Falha na coordenação respiração x deglutição
- Redução do reflexo de tosse
(Bonanno, 1971)
Broncospiração x TQT
- Elevação laríngea reduzida/ancoragem mecânica
- Dor
- Eficácia reduzida da tosse
- Sensibilidade traqueal reduzida
- Incapacidade de clarear as estases predispondo
adentrar no vestíbulo laríngeo
- Comprometimento de abertura de cricofaríngeo/EES
- Alteração do mecanismo glótico-reflexo (perda da
propriocepção)
AVALIAÇÃO
FONOAUDIOLÓGICA
DO PACIENTE
DISFÁGICO NA UTI

IMAGEM: ARQUIVO PESSOAL


Preditivos
O paciente apto a receber a intervenção fonoaudiológica deve apresentar
estabilidade clínica, ou seja, deve manter os sinais vitais (pressão arterial,
temperatura, frequências cardíaca e respiratória) dentro da normalidade,
sem uso de drogas vasoativas, considerando-se a doença de base.

Outros dois fatores importantes a considerar estão relacionados ao nível


de consciência e ao aspecto cognitivo. Situações nas quais o paciente
apresente sonolência, torpor, agitação e coma impedem o uso de
alimentos durante a avaliação clínica.

(RODRIGUES & GONÇALVES, 2014)


Objetivos Principais

1. Verificar se o paciente apresenta condições de proteção das vias


aéreas inferiores

2. Verificar a existência de disfagia, visando à prevenção de


pneumonias aspirativas

3. Verificar a possibilidade de reintrodução da alimentação por via


oral de modo seguro

(RODRIGUES & GONÇALVES, 2014)


Avaliação
Fatores de risco prévios para Identificar a
Identificar a
disfagia? capacidade de
IOT?? Quanto tempo?? possível causa da
disfagia proteção de VAS
TQT?? Motivo

Identificar a Estabelecer os Definir o


capacidade atual de objetivos da prognóstico do
dieta por via oral reabilitação quadro de disfagia

Nutrição por via oral Desmame de via


eficiente e segura alternativa de nutrição
AVALIAÇÃO FONO DA
BIODINÂMICA DA
DEGLUTIÇÃO

Anamnese
Estrutural Funcional
Prontuários*

Impressão/diagnóstico Av. objetiva?


Fonoaudiológico

Condutas!!
Fluxograma Hospital Universitário de Canoas (HUC)
Fluxograma Avaliação CTI - HUC
Consistências e manejo
Pastoso

Líquido espessado

Líquido fino

Semissólido

Sólido
Vias alternativas de alimentação

- Indicação
- Tempo de uso
- Discussão com equipe
Comunicação alternativa
- TQT sem válvula de fala

- Afásico

- Disártrico

- Disfônico

*Manejo da ansiedade

ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA COM


PACIENTE TRAQUEOSTOMIZADO

Presença de Av. Estrutural Blue Dye Test


Válvula de Fala
Cuff? Av. funcional Saliva ou volume

Condutas necessárioas... Alimentação com


SIM NÃO VO? SNE? Mista?
Insuflado? TQT metalica? TQT? SIM!!!
Treino de oclusão de TQT? Mas...

Equipe...
Viabilidade de Protocolo de
desinsuflar
decanulação
FONTE: GOOGLE IMAGENS
Válvula de fala e deglutição
Traqueostomizado
Responsivo (status cognitivo)
Estabilidade clínica
Sat O2 > 90%
Tolerar cuff 100% desinsuflado
Capaz de realizar o manejo da secreção / saliva
Dependente ou não de ventilação mecânica
Pode ser acoplada após 48 ou 72h pós traqueostomia

Não pode ser usada com cuff insuflado!!!


Benefícios
Reduz disfunção da deglutição
- Restaura pressão subglótica
- Aumenta fluxo de ar para laringe e
VAS restaurando o mecanismo glótico
reflexo
- Possibilita tosse normal com manejo
da secreção

Afeta positivamente a biomecânica da


deglutição
Contra-indicações
Pacientes que apresentem:

1. Obstrução de VAS, traquéia ou


laringe;
2. Laringectomizados;
3. Hipersecreção;
4. Instabilidade pulmonar;
5. Paralisia de pregas vocais (fixas em
adução)
EQUIPE!!
Casos
Casos
Luana Junges Lauxen

Telefone
OBRIGADA!
(51) 9 97276930

"Às vezes mais importante que o


E-mail
destino, é o caminho em sí…
luana.lauxen@hotmail.com
aproveitem a jornada!”
Hospital Universitário de Canoas

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