Business">
Conteúdo Gest de Vendas e Atend Ao Público
Conteúdo Gest de Vendas e Atend Ao Público
Conteúdo Gest de Vendas e Atend Ao Público
Existem diversas formas de estruturar uma equipe comercial. Se você tiver uma equipe
reduzida, saiba que também é possível organizá-la de forma a obter a máxima eficiência de cada
vendedor.
Quanto a selecionar os vendedores, lembre-se de considerar os objetivos da empresa,
a cultura organizacional e o orçamento disponível para as contratações.
TIPOS DE VENDAS
O processo de venda ao longo dos anos vem recebendo inúmeras atribuições, na tentativa de
gerar um público fiel para uma demanda constante. Tais atribuições tornaram está altamente
qualificada, com aspectos mais fortes e com bases coerentes e participativas, envolvendo a opinião
de quem produz, de quem comercializa e de quem compra. Isso mudou as formas de agir, pois os
profissionais envolvidos necessitam de uma estrutura e um preparo pessoal altamente qualificado. É
interessante notar que alguns fatores serão significativos para nortear as ações destes profissionais,
tais como a frequência com que se vende para um cliente, a forma de pagamento e o volume
comercializado.
Existem vendas de grandes quantidades de produtos e outras de menor volume de
mercadorias. Como consumidor, você está acostumado a fazer compras em pequenas quantidades,
para o consumo próprio ou de sua família. Não é verdade? Como consumidor ou comprador final,
você compra no varejo, em pequenas quantidades. Nesta modalidade, você poderá adquirir o
produto ou o serviço comprado à vista, quando o quita integralmente, ou a prazo, quando negocia
um compromisso de pagamento futuro. Nesse caso temos dois tipos de vendas:
Varejo (ou retalho): é a venda de produtos ou a comercialização de serviços em pequenas
quantidades, em oposição ao que ocorre no atacado. É a venda por retalho, como por partes de um
todo, direto ao comprador final, o consumidor do produto ou serviço, sem intermediários. Todas as
atividades de venda de bens ou serviços realizadas diretamente aos compradores finais são definidas
como varejo. O local onde os produtos ou serviços são vendidos (lojas, rua ou residência do
consumidor) não é importante para esta classificação. Da mesma forma, todas as maneiras pelas
quais estes bens ou serviços são vendidos estão incluídas no conceito de varejo, seja através de
venda pessoal, correio, telefone, seja por máquina automática, internet etc.
A venda varejista (ou varejo) é
a modalidade de venda que atende
diretamente o consumidor final, e a
forma mais comum de venda utilizada
no cotidiano de lojas e mercados. No
varejo, os produtos são vendidos em
unidades ou em pequenas quantidades,
de acordo com a necessidade exata do
consumidor. Por esse motivo, o preço
sempre será mais alto do que no
atacado.
Atacado (ou venda por grosso): é a forma de comercialização de grandes quantidades de
produtos. Tais produtos são mais baratos por serem vendidos em lotes maiores que os de varejo e,
também, por serem destinados a lojistas. Em geral, este sistema necessita de elos em sequência na
cadeia de suprimentos (posições ou empresas intermediárias), passando pelo comércio varejista,
para alcançar os consumidores finais.
Ética nas vendas vai muito além de falar a verdade para os seus potenciais clientes. Muitos
vendedores podem achar que qualquer técnica é válida para conseguir fechar um negócio. Contudo,
há uma linha tênue entre persuasão e manipulação – e é importante entender com clareza a
diferença entre ambos. Muitos vendedores confundem, porém, a Persuasão: É o convencimento
através de argumentos lógicos. É vender o que realmente o cliente necessita. Manipulação: É
Falsificação da realidade, ou seja, é manipular as informações para induzir alguém a pensar de
determinada forma. É vender o que o cliente não precisa, ou seja, é empurrar o produto “goela
abaixo” no cliente.
Vender é muito mais do que conseguir um “sim” do cliente. E você e sua equipe de vendas
sabem muito bem disso. Uma venda bem feita é aquela que é capaz de convencer o cliente de que
ele realmente está tomando a decisão certa. De que seu produto ou serviço fazem de fato sentido
para a necessidade dele. E que ninguém está ali simplesmente para tomar o dinheiro do cliente.
Ter ética nas vendas é trilhar esse caminho de forma clara, gerando valor e mostrando como
realmente você é o diferencial que faltava. Siga alguns passos do que é feita a ética:
1. Nome - Manter um nome respeitado e, até mesmo, admirado é a única garantia de
negócios futuros. Um nome respeitado também é feito de: atualização constante. Ninguém gosta de
um vendedor que parou no tempo; Interesse pelo mercado/negócios do cliente; Postura e atitudes
adequadas ao cliente: você pode ser informal, mas não deve transformar o processo de venda em
papo de mesa de bar (ou de banheiro feminino, leitora).
2. Trabalho e ambiente – A responsabilidade fundamental pela correção dos
procedimentos internos de uma empresa (todos os procedimentos, a começar no departamento de
pessoal) cabe à alta direção. Não passar rasteira, não pagar propina aos compradores da empresa
cliente, exercer a autoridade com responsabilidade.
3. Honestidade – Ser honesto é como estar grávida. Ou se está ou não se está. Ou se é
honesto ou não. Não existe meio termo. E esse conceito vai muito além da honestidade na
negociação e venda do produto. Se algo é confiado a alguém, seja um serviço, uma palavra ou um
bem, requer responsabilidade total.
A ética em vendas pode ser entendida como os padrões utilizados para avaliar se o
comportamento do profissional de vendas é certo ou errado, bom ou mau, justo ou injusto. Muitas
são as situações recorrentes na arena comercial que levam o vendedor consciente a um dilema
moral. Alguns exemplos:
1. Propina - É a oferta de algo de valor ao comprador com objetivo de influenciar seu
julgamento ou sua conduta. Ao utilizar este expediente uma vez, como forma de acessar um novo
cliente, incorre-se no risco, quase uma certeza de que o procedimento se repetirá em todos os
próximos pedidos. A propina passa a integrar o preço, podendo comprometer a margem líquida da
empresa e até mesmo sua própria comissão.
2. Conluio - Trata-se de acordo, aliança ou combinação com intuito de prejudicar outrem. O
objetivo pode ser evitar a entrada de um novo fornecedor, por exemplo, buscando desqualificá-lo
por questões de preço, prazo ou qualidade, garantindo assim a manutenção de uma política que
perpetue o pedido ao vendedor e a propina ao comprador.
3. Espionagem - Foi-se o tempo em que espiões se camuflavam dentro das empresas,
arrombavam portas ou furtavam fórmulas secretas. A contraespionagem virou uma indústria dos
serviços, além de funcionar como uma das estratégias possíveis na política de BI, ou business
intelligence, de algumas organizações. Os segredos corporativos estão por toda parte: nas lixeiras
dos escritórios (daí a invenção das fragmentadoras de papel), nos relatórios postados sobre a mesa
dos executivos e especialmente nos computadores. Acessar listas de preços, políticas de desconto,
mailing de clientes e planos estratégicos, está a um clique do mouse. Por isso, a segurança de
informações tornou-se vital para as corporações.
4. Conflito de interesses - Esta situação fica caracterizada quando uma negociação é
conduzida de forma a beneficiar o vendedor, mas não a empresa em que trabalha. A meta de vendas
é atingida, a comissão é garantida, mas a rentabilidade do negócio fica comprometida.
5. Indução ao erro - Aqui presenciamos o profissional que oferece ao seu cliente o que lhe
convém vender, independentemente de atender às necessidades e expectativas. E isso acontece em
dois extremos. Se a disponibilidade financeira do comprador é limitada, o produto ou serviço
ofertado é reduzido ao limite, muitas vezes sem atender à demanda. Em contrapartida, quando não
há restrições orçamentárias, o vendedor impõe algo muito superior ao desejável, incluindo recursos
ou opcionais que jamais serão utilizados, mas que oneram o valor da negociação.
Diante de todas estas possibilidades, resta ao vendedor uma certeza. Evitar um conflito ético
e pessoal está relacionado aos seus valores e também aos valores da organização na qual trabalha.
Uma negociação conduzida de maneira lícita, íntegra e honrada, satisfaz o cliente garantindo uma
repetição de compra ou, no mínimo, boas referências sobre sua conduta profissional e sobre os
procedimentos de sua empresa.
Valores são os princípios que guiam o processo decisório e que balizam seu comportamento
no cumprimento de sua missão, sua razão de existir. São seus valores que lhe indicarão quando usar
um dos artifícios apresentados acima - ou como buscar alternativas aos mesmos capazes de manter
você no jogo das vendas.
Lembre-se de que a ética é uma opção fundamentada no bem e na virtude, no qual, “não
são os princípios que dão grandeza ao homem, mas é o homem que dá grandeza aos princípios".
Negocie produtos, negocie serviços, mas não negocie princípios!
MÓDULO II: ESTRATÉGIAS, PLANEJAMENTO E
ORGANIZAÇÕES DE VENDAS
PLANEJAMENTO DA FORÇA DE VENDAS
O planejamento da força de vendas requer do gestor de vendas um conjunto de habilidades
gerenciais relacionadas ao planejamento, organização, direção e controle, funções básicas da
administração.
No planejamento, considerando os objetivos da empresa, deve-se quantificar o mercado de
atuação, estabelecer o seu potencial, identificar o nível de renda. Dependendo da empresa, ele pode
se envolver em muitas outras atividades, sobretudo no que se refere ao levantamento de
informações e outras atividades do planejamento mercadológico.
Na organização de vendas, as atividades estão voltadas à estrutura de vendas, tais como:
recrutamento, seleção, treinamento, alocação de território, motivação, dentre outros.
Na função direção, o gerente de vendas deve tornar efetivo aquilo que foi planejado e ter
especial empenho no cumprimento dos objetivos, metas, estratégias, como também liderar a equipe.
E, por fim, no controle, o gerente de vendas, além de fazer uso do controle da força de
vendas, deve administrar os custos necessários para atingir determinados objetivos e o controle
entre o planejado e o realizado, bem como tomar medidas corretivas, se forem necessárias.
As etapas do planejamento da força de vendas são apresentadas a seguir:
PLANO DE VENDA
O plano de vendas organiza todas as etapas do processo comercial, incluindo estratégias,
metas e ações a serem executadas para conquistar o objetivo corporativo. Ele também pode
projetar vendas e comparar o desempenho da empresa com os concorrentes. É um documento
escrito contendo em detalhes os processos da empresa para o pessoal da área de vendas. A clareza
na descrição das tarefas de vendas, torna-se 50% mais importante na determinação da motivação
dos vendedores. Pode-se afirmar que um plano de vendas bem elaborado é o principal instrumento
de motivação dos vendedores.
Seus componentes podem ser diferentes. Mas todos eles se concentram no crescimento do
negócio: planos de lucro, estratégias de vendas, análises, mercado-alvo, potenciais de força de
vendas existentes e muito mais.
Acompanhe, no quadro a seguir, um resumo das informações de um plano de vendas:
7. Estratégias e táticas - Sugira as melhores abordagens para sua empresa e descreva sua
implementação.
8. Plano de ação para indivíduos e equipes - Aqui, você pode determinar as funções e
responsabilidades de membros específicos da equipe, atribuir tarefas e definir prazos para eles.
9. Critérios de desempenho e benchmarks analíticos - Descreva as métricas e sistemas
rastreados que ajudam a monitorá-los.
Obviamente, um plano de vendas promove autodisciplina e diligência, mas também garante que
suas vendas não se esgotem com o tempo. O que significa que não é opcional. se tornar realidade.
Portanto, a primeira vantagem de um plano de vendas é que ele o ajuda a concretizar todas as suas
grandes ideias.
Além disso, com ele, você pode determinar a demanda pela sua solução e identificar novas
áreas de produtos para prever o crescimento do seu negócio. É também uma ótima ferramenta
para analisar seus rivais e obter vantagem competitiva para posicionar a sua empresa de forma
distinta no mercado e especificar o nicho de seu produto.
Sem o plano de vendas, seria difícil escolher estratégias e métricas para sua equipe de vendas.
E, como resultado, seria mais difícil medir seu progresso, otimizar seu desempenho ao longo do
tempo e motivar as partes interessadas.
O PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO
Os profissionais de vendas estão expostos a uma série de fatores que interferem no
desempenho das vendas, dentre eles pode-se apontar: a capacidade de raciocínio, a criatividade, a
comunicação; a dependência em relação ao resultado da negociação, o estado emocional, a
capacidade econômica e financeira. Além do que existe todo o contexto da outra ou das outras
partes.
Desse modo, para que os vendedores tenham sucesso nas vendas, devem se preparar para
poder lidar com todo e qualquer tipo de possíveis imprevistos ao longo da negociação. Ele pode
fazer isso por meio da escolha de uma dentre as inúmeras concepções existentes em relação ao
processo de negociação.
Diariamente pessoas discutem negócios e chegam a acordos satisfatórios sem negociar. A
negociação é necessária quando duas ou mais partes se defrontam com diferenças de objetivo ou de
ponto de vista. Em decorrência destas diferenças, a negociação envolve um componente
fundamental: movimento. O objetivo aqui consiste em induzir a outra parte a deslocar-se de sua
posição original em direção a novos objetivos.
Segundo Junqueira (1991), a negociação é
um processo contínuo que começa com a
preparação (antes do encontro das partes),
desenvolve-se (encontro das partes) e continua
com o controle e avaliação (após o encontro das
partes), até a próxima negociação (se houver),
conforme as sete etapas:
Estas etapas mostram mais claramente as possíveis situações em que um negociador pode se
encontrar, mesmo sabendo que não é necessário passar por todas elas, apresenta-se as principais
características como segue:
1. Preparação - Trata-se do planejamento inicial com a finalidade de obter o máximo de dados
e informações a respeito da outra parte, como: · histórico das relações; · objetivos ideais e reais; ·
presunção da necessidade; · planejamento de concessões; · conflitos potenciais; · expectativas
positivas.
2. Abertura - Objetiva criar um clima propício ao desenvolvimento da negociação, deixando a
outra parte mais à vontade. Sugere-se: reduzir a tensão; definir os objetivos; obter concordância
para prosseguir.
3. Exploração - Busca detectar necessidades, expectativas e motivações da outra parte para
utilizá-las nas etapas seguintes.
4. Apresentação - É a etapa na qual se apresenta ao outro negociador a proposta, mostrando
como esta pode atender às suas necessidades e expectativas. Pode ser dividida em: descrição dos
produtos, serviços e ideias; problemas resolvidos; benefícios.
5. Clarificação - Este é o momento de esclarecer todas as dúvidas, fazendo-se uma síntese do
que foi exposto. Para uma boa clarificação deve-se: estar preparado para responder às objeções;
evitar frases perigosas; aceitar as razões da outra parte; levantar dúvidas potenciais.
6. Ação Final - É nesta fase que ocorre o fechamento do negócio. Deve-se estar atento a alguns
aspectos, tais como: atenção aos sinais de aceitação; tornar sua proposta reversível; apresentar
opções; recapitular vantagens/desvantagens; propor o fechamento do negócio.
7. Controle / Avaliação - Controlar o que foi acertado (preços, prazos, condições, etc.); avaliar
os resultados obtidos (comprovação do previsto e do realizado, análise das concessões, observações
para a próxima negociação).
No processo de negociação devemos cumprir algumas etapas para se alcançar os objetivos.
Assim, estratégias e táticas devem ser seguidas para se evitar ou minimizar o aparecimento de
impasses, que fatalmente aparecerão. Também no processo surgirá a necessidade de se fazer
concessões para se alcançar os objetivos. No conhecimento dos negócios é importante se conhecer,
além dos objetivos, as alternativas e os critérios de decisão que serão tomadas durante o processo de
negociação.
O processo de negociação é a forma ou maneira de como devemos utilizar as informações e os
recursos sobre os cenários, o conhecimento do negócio, as habilidades e o relacionamento pessoal
dos negociadores, ou seja, é a negociação propriamente dita. No processo, utilizamos as estratégias
e táticas para se alcançar os objetivos.
Devemos iniciar a negociação, não com atritos ruídos ou desconfianças, mas, sim, transferir ou
gerar confiança e criar um clima construtivo para que as pessoas sejam receptivas, dispostas a ouvir
e prestar informações relevantes que possam levar ao bom desenvolvimento da negociação.
Durante a negociação devemos coletar informações para nos inteirar e confirmar os problemas
dos outros negociadores, as soluções e os possíveis benefícios que ele procura alcançar.
Com conhecimento e habilidade os negociadores minimizam e eliminam os impasses fazendo
concessões, dentro dos limites do objetivo desejável e o mínimo necessário.
Durante o processo de negociação algumas técnicas, estratégias e táticas não devem ser
utilizadas, são elas:
1. Improvisação e falta de planejamento: no mundo globalizado em que vivemos as
informações são muito rápidas e em grande quantidade, aqueles que se preparam melhor têm grande
chance de sair vitoriosos;
2. Descobrir o ponto fraco do oponente e atacá-lo: o sucesso da negociação está na
valorização dos aspectos positivos dos negociadores, então devemos descobrir as oportunidades e
aproveitá-las.
3. Aplicar truques, macetes e artimanhas: o uso destes artifícios pode tornar o adversário
perigoso, ele pode, também, adotar os mesmos artifícios e derrotá-lo.
4. Tentar a manipulação: se o negociador pretende se utilizar disto, a primeira coisa que tem a
fazer é se colocar posição do outro. Veremos que o problema é bem diferente daquilo que
pensamos.
5. Agredir e intimidar: esta não é uma boa estratégia ou tática, pois demonstra para o
adversário que quer impor a sua força, mas os seus argumentos são fracos.
Dessa forma, o profissional de vendas, além de preparar as etapas da negociação, deve
preparar-se para ouvir atentamente as partes, levando em consideração a posição de cada uma das
partes, procurando iniciar a negociação pelos pontos em comuns. Outro aspecto relevante para uma
boa negociação é a coleta de informações completa sobre os pontos que envolvem a negociação –
quem é o cliente, o que já negociou com ele, que fatos relevantes estiveram presentes nas
negociações anteriores, ações dos concorrentes etc. – e, se for a negociação, o vendedor deve
levantar todas as informações possíveis de quem é o negociador, qual o negócio, como são
percebidos no mercado, quem são os concorrentes etc.
O NEGOCIADOR
“O marketing preocupa-se com as atividades de troca e com a maneira como as condições para
sua realização são estabelecidas.”
Desse modo, os profissionais que estão
envolvidos em atividades que abrangem situações de
barganha devem ter determinadas competências
pessoais para conduzirem as atividades com
eficiência, constituídas pelos elementos apresentados
na figura.
Na dimensão do comportamento humano, encontram-se:
• O conhecimento (o saber) - informação, atualização profissional contínua;
• A habilidade (como fazer) - visão pessoal das coisas, o modo prático de aplicar o conhecimento
diante das situações e problemas;
• A atitude (querer fazer) - saber fazer acontecer, comportamento ativo e proativo, ênfase na ação e
no fazer acontecer etc.
A competência seria determinada no ponto convergente destes três aspectos: conhecimento,
habilidades e atitudes, conforme mostra o esquema acima.
Conhecimentos - O que você negocia? Aviões comerciais de milhões de dólares?
Medicamentos? Serviços de TI? Produtos de atacado? Produtos de varejo? Dependendo do
segmento de atuação, o negociador deve possuir determinado conhecimento formal, além de um
conjunto de informação sobre sua empresa, sobre o produto e/ou serviço que negocia, sobre o
mercado, sobre a concorrência e sobre o comportamento de compra do consumidor.
Habilidades - A literatura apresenta diversas concepções sobre o conjunto de habilidades que o
negociador deve ter. Destaca-se, um quadro a seguir que você pode conferir.
Atitude - O sucesso dos resultados das negociações está cada vez mais atrelado a um esforço
estratégico de equipe, em vez de características próprias de cada negociador. Tomando o cuidado
para não sugerir que o sucesso das negociações é função exclusiva de traços individuais dos
profissionais, Ingram et al. (2009) entende que para “fazer acontecer” nas atividades negociais é
preciso ser imbuído de empatia (capacidade de ver as coisas como os outros veem), determinação,
entusiasmo e habilidade de comunicação interpessoal.
A negociação é uma área dinâmica e complexa, pois envolve pessoas/interesses nas duas
pontas, e para enfrentar a intensa concorrência e a dinâmica do mercado que estão cada vez mais
globalizados, as empresas, além de considerar o conhecimento, a habilidade e atitude, buscam nos
profissionais de vendas perfis específicos e estilos capazes de conduzir as negociações de forma
eficaz. Dessa forma, chegou o momento de entender as questões que envolvem o perfil e o estilo
dos negociadores.
Quando se entra em uma negociação, deve-se ter em mente que, embora cada pessoa seja única
e diferenciada, pela sua história, personalidade, exigências, capacidade de sacrifício ou
disponibilidade de recursos, dentre outras, pode-se, com observação e experiência, identificar o
perfil do negociador da outra parte ou partes. É preciso ter em mente que o perfil dos negociadores
aponta características que envolvem questões racionais e afetivas do ser humano.
Acredita-se que um bom começo para obter êxito na negociação é primeiramente identificar
qual é o seu próprio perfil. Depois disso, deve-se identificar o perfil da outra parte ou partes para
colocar o processo de negociação em andamento. Desse modo, veja algumas considerações quando
verificar que seu oponente é:
Efetivo: você deve ser direto, buscando otimizar seu tempo; deve focar-se nos resultados a
serem atingidos na negociação. Deve demonstrar-se eficiente e eficaz. Procure valorizá-lo sempre
que possível, destacando suas qualidades.
Analítico: com esse tipo de negociador você deve utilizar dados, mostrar-lhe resultados de
pesquisa, para convencê-lo de que o que você está propondo tem embasamento. Nesse caso,
também é importante oferecer-lhe alternativas para que ele possa analisar. Não force a tomada de
decisão. Lembre-se de que esse tipo de negociador precisa se sentir seguro e precisa de tempo para
análise.
Relativo: nessa circunstância, deve-se valorizar e ter bom relacionamento com o negociador,
uma vez que ele aceita bem as diferenças individuais. Sendo assim, você pode explorar a
negociação por meio dos demais, estabelecendo assistência e apoio para aquilo que for preciso,
todavia não deixe de lado as questões referentes ao interesse do grupo.
Intuitivo: para negociar com esse perfil, você deve estar preparado para responder a muitos
questionamentos, e muitas vezes eles vão fazer parte de “um mundo das possibilidades, ao invés da
realidade”. Dessa maneira, deve-se estar atento para trazer as discussões para os objetivos reais da
negociação para não se perder em questões secundárias.
Pode-se entender como estilo de negociação, a descrição de todas as características de
comportamento de um indivíduo que envolve um encontro de negociação, incluindo, a impressão
inicial, as atribuições de situações vivenciadas, as questões de outras fontes não relacionadas ao
conhecimento e o comportamento subsequente durante as negociações.
Para Steele, Murphy e Russill (1991), os negociadores empregam cinco conceitos básicos para
realizar seu movimento: acordo, barganha, coerção, emoção e raciocínio lógico. Os autores
descrevem que acordo e barganha são considerados como meios “honestos” de se chegar ao
fechamento do negócio. Já, coerção, emoção e raciocínio lógico são considerados conceitos
“desleais” ou “manipulatórios”.
Acordo -Vários pontos das propostas precisam obter o aceite das partes, o que se chama de
acordo. São os pontos nos quais o entendimento pode e deve ser realizado.
Barganha - É o ato de fazer e obter concessões das partes envolvidas. Ocorre de forma
positiva quando as partes realizam trocas entre si.
Coerção - Muito usada por quem detém um relativo poder sobre a outra parte em busca de
um acordo forçado, beneficiando uma das partes.
Emoção - A emoção está intimamente ligada a todas as atividades desenvolvidas. A emoção
pode ser utilizada de forma positiva, se for racional e controlada, ou negativa, se não tiver nenhum
controle.
Raciocínio Lógico - Sua utilização possibilita a segurança de que a proposta apresentada
está calcada em referências.
Uma vez definido o que será negociado, é necessário identificar quem tem o melhor perfil para
conduzir a negociação, pois uma falha, dependendo do que está sendo negociado, pode causar
grandes prejuízos à organização.
O negociador precisa conhecer a fundo sobre o que irá ser negociado, o tempo estimado para o
fechamento do negócio, até onde o negociador pode chegar, quais as restrições, se é que elas
existem. Isso fará com que o negociador tenha mais informações e com isso se sinta mais seguro
durante o processo. É preciso que ele saiba também qual o procedimento a seguir caso haja um
impasse na negociação.
Com relação aos negociadores, estes devem apresentar algumas características, tais como, o
relacionamento interpessoal. As pessoas que se propõem ou são indicadas como negociadores
devem apresentar um estilo próprio que é o de não se envolver emocionalmente com a negociação e
os atores desta. Quem vai para uma mesa de negociação não pode ver a outra parte como um
inimigo, e sim como uma outra pessoa que quer resolver um problema comum. Para isso, devem ter
flexibilidade nas negociações para evitar as decisões de “isso pode e isso não pode”. Essa
flexibilidade é importante porque ela corta algumas arestas que vão surgindo ao longo das
negociações.
O negociador, ainda, deve ter e demonstrar confiança nos assuntos envolvidos na negociação.
Se ele transmite segurança, o oponente terá mais cuidados ao fazer algumas colocações de seus
pontos de vista, pois se eles forem colocados de uma forma errada ou que gerem interpretações
dúbias, com certeza, ele sairá perdendo na negociação. O bom negociador deve formular bem as
perguntas, considerando três pontos: o que quer saber, como perguntar e como aplicar as
informações recebidas.
E-MAIL - O e-mail, sem dúvidas, é uma das formas mais antigas de relacionamento a
distância com os clientes. Apesar de algumas pessoas afirmarem que essa estratégia vem caindo em
desuso, é muito difícil encontrar um consumidor que não tenha uma conta de e-mail.
HELP DESK - pode ser traduzido como um “balcão de ajuda”. Basicamente, é um
atendimento a distância, que ocorre em tempo real com um atendente respondendo dúvidas ou
solucionando problemas mais difíceis dos clientes.
SOFTWARE DE GERENCIAMENTO DE DADOS - Por fim, um bom software de
gerenciamento de dados para fazer a armazenagem e o manuseio de todas as informações de
atendimento. Essa ferramenta é crucial para avaliar a qualidade desses processos e verificar
eventuais pontos de melhorias que devem ser executados nele.
Uma equipe de atendimento bem preparada pode fazer toda a diferença em um negócio. O
primeiro ponto que explica a importância desse aspecto está no fato de que essas pessoas lidarão
diretamente com o seu cliente. Os seus vendedores ou consultores, em muitos casos, são o primeiro
contato do consumidor com a solução comercializada pela sua empresa.
Portanto, é fundamental que eles estejam devidamente treinados para receber todo e qualquer
tipo de perfil de comprador, identificando suas necessidades e adequando sua linguagem a ele. Esse
nível de atendimento só é conquistado quando a sua equipe recebe um bom treinamento
Todavia, além do conjunto de princípios necessários para que a empresa tenha foco no cliente,
faz-se necessário perguntar que características devem apresentar os profissionais que lidam e
interagem com os clientes?
Na visão de Sequeira de Valdez (2006), os profissionais do atendimento devem ter cinco
características fundamentais, que são relacionadas a seguir.
Autossuficiência técnica - Significa ter conhecimentos técnicos suficientes sobre o
funcionamento da instituição (o que ela faz, o que fazem suas áreas/setores, como é a estrutura de
comunicação, a quem encaminhar as ocorrências dependendo da situação, dentre outros aspectos),
para primeiramente atender a manifestação dos clientes, como por exemplo, solicitações, sugestões,
reclamações etc. e, depois, para tomar decisões necessárias tanto para solucionar a situação quanto
para o devido encaminhamento, quando for necessário.
Desse modo, a empresa deve capacitar adequadamente os atendentes no início de suas
atividades, ou toda vez que houver algum tipo de mudança, como por exemplo, lançamento de novo
produto ou inovação incorporada aos produtos/serviços etc.
Habilidades de comunicação - As habilidades de comunicação são essenciais no
atendimento ao cliente e elas passam inevitavelmente em saber ouvi-lo. Depois, saber falar e ser
claro o suficiente para ser entendido. Para se fazer entender, é necessário ter fluxo verbal,
vocabulário condizentes com o público que deve ser atendido, boa dicção, pronúncia adequada das
palavras, clareza e adequação ao tipo de linguagem do cliente. Os profissionais de atendimento ao
consumidor devem falar em tom de voz audível, todavia moderado; devem ser objetivos e evitar o
uso de gírias e vícios de linguagem.
Cortesia e empatia - Cortesia e empatia são atitudes fundamentais para quem lida com o
público. A empatia é a capacidade que uma pessoa tem de se colocar no “lugar” do outro. No
relacionamento com o cliente, a empatia acontece quando ele, o cliente, sente que o atendente o está
ouvindo e compreendendo-o bem, porque, simplesmente, está sabendo se colocar em seu lugar.
Cortesia significa amabilidade, afabilidade, civilidade, delicadeza. Quando se interage com o
cliente, quatro habilidades combinam, comunicação com criação de empatia e a manifestação da
cortesia”:
1. Ouvir as pessoas;
2. Observar como a outra pessoa (cliente) participa da interação;
3. Colocar-se no lugar do cliente;
4. Aceitar as diferenças.
Capacidade de gerenciar crises - Os profissionais que fazem atendimento ao cliente devem
ser dotados de inteligência emocional, já que a atividade que exercem está relacionada em lidar com
pessoas. E lidar com pessoas é lidar com uma enormidade de diversidade, o que requer muita
paciência, “jogo de cintura” e equilíbrio, porque, diante de situações de conflito, as pessoas podem
ficar exaltadas, malcriadas e, muitas vezes, violentas. Para lidar com os clientes de maneira
favorável, as organizações, na atualidade, buscam atrair profissionais que saibam administrar as
emoções para reagir positivamente a situações adversas.
Autonomia para resolver problemas - A autonomia é uma questão delicada dentro das
organizações. O primeiro passo para concedê-la requer a predisposição da pessoa que exerce a
gerência de qualquer atividade em reduzir o controle sobre os outros, atribuindo-lhes autonomia e
delegando poderes.
A delegação está intimamente ligada com a descentralização da autoridade na organização
fundamentando-se, dentre outros fatores, na confiança e no compromisso entre a empresa com os
funcionários e vice-versa.
A autonomia para os profissionais de atendimento é importante para planejar e administrar o
relacionamento com o cliente, dentro da perspectiva dos valores e das bases estratégicas da
empresa.
Além de todos os aspectos já mencionados sobre a qualidade no atendimento ao cliente e do
desafio das empresas de se manter produtivas e competitivas no mercado, emergem outras questões
que envolvem as relações de consumo: as questões legais. No Brasil, isso começa a ter força em
1990 com a Lei nº 8.078, conhecida como Código de Defesa do Consumidor (CDC). Assuntos do
CDC relacionados à gestão de vendas e o atendimento ao cliente envolvem a oferta de
produtos/serviços, a comunicação de marketing, preço, prazo, argumentos de vendas, cláusulas
abusivas em contrato, cobrança de dívidas, dentre outros.
O essencial é perguntar ao cliente o que ele achou do atendimento, se está satisfeito, se gostou
dos serviços, e o mais importante, deixar claro ao cliente que estará sempre à disposição. Estar
atento às necessidades dos e ao que faz o cliente se sentir beneficiado e satisfeito para que possamos
dar um atendimento encantador, tudo isso é essencial.
Numa escala decrescente de importância, podemos observar os seguintes percentuais de fugas
dos clientes por causa do péssimo atendimento: 68% dos clientes fogem das empresas por
problemas de postura no atendimento; 14% fogem por não terem suas reclamações atendidas; 9%
fogem pelo preço; 9% fogem por competição, mudança de endereço.