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O Conceito de Saúde para Além Da Doença: O Pensamento Sanitário Brasileiro E Os Desafios Contemporâneos
O Conceito de Saúde para Além Da Doença: O Pensamento Sanitário Brasileiro E Os Desafios Contemporâneos
O Conceito de Saúde para Além Da Doença: O Pensamento Sanitário Brasileiro E Os Desafios Contemporâneos
RESUMO
ABSTRACT
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O conceito de saúde para além da doença: o pensamento sanitário brasileiro e os desafios contemporâneos
INTRODUÇÃO
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Daí que o campo da Saúde Coletiva, ainda que portador de alto teor
crítico quanto à dimensão científica, prática e política da Saúde Pública,
acabou por carregar, também, uma dimensão dessa tradição, configuran-
do cenários de pensamento, de práticas e de políticas públicas híbridos. `
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2 Aqui há uma questão importante: nos anos de 1950, o campo da Saúde Pública,
tal como aparece no livro de Leavell e Clark, mas não apenas nele, compreendia
um âmbito distinto do que compreende hoje. Originalmente, o termo referia-se ao
entorno e aos fatores que comprometem as condições de saúde. Nessa acepção, as
áreas de interesse desse subcampo de conhecimento e de práticas eram o sanea-
mento e as contaminações (água, esgoto, poluição do ar, lixo, ambiente laboral,
acidentes e contaminações de solo e água), predominantemente interessadas nas
áreas urbanas e ambientes laborais. Também incorporava certa dimensão ecológi-
ca das doenças no controle de vetores animais. Predominava a ideia, portanto, de
que a ação sobre esses “fatores do meio” evitaria o adoecimento. Não havia, ainda,
emergido a questão ambiental como questão socioeconômica e histórica, tal como
veio a se configurar a partir dos anos de 1970 e 1980, convertendo-se na questão
ambiental contemporânea.
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médico; bem como à própria concepção de adoecimento que, por ser “deter-
minado socialmente”, segundo os termos do pensamento crítico da Saúde
Coletiva, pode e deve libertar-se da nosografia e da clínica médica, poden-
do ser pensada como um processo em saúde-doença, não necessariamente
medicalizável.
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Essas são questões que desafiam pensar e ver com outros olhos, formu-
lar novas bases de análise, outras categorias, e talvez até mesmo novos obje-
tos de/sobre a saúde e sua produção social. Se o intento for o da consonância
com o tempo presente, mantendo, porém, a tradição original da crítica.
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