Nature">
Livro4 2022 Fisica
Livro4 2022 Fisica
Livro4 2022 Fisica
LIVRO
1
4 FÍSICA
CIÊNCIAS DA
Índice
NATUREZA E SUAS
TECNOLOGIAS
EDUARDO FIGUEIREDO
Coordenador e Professor
Mecânica
do Curso e Colégio Objetivo
1 – Impulso e Quantidade de Movimento . . . . . . . . . 1
RICARDO HELOU DOCA
Professor do Curso e Colégio Objetivo 2 – Centro de Massa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3 – Colisão Mecânica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4 – Gravitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
7 – A Análise Dimensional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
8 – Hidrostática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
Ondas
1 – Reflexão e Refração de Ondas . . . . . . . . . . 155
4 – Acústica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página II
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 13:13 Página 1
CAPÍTULO
Mecânica
1. Preliminares
Quando aplicamos uma força a um corpo, o efeito
Exemplificando
produzido depende de dois fatores:
O impulso da força de gravidade (peso) é sempre
• as características da força;
vertical e dirigido para baixo.
• o tempo de aplicação da força.
Para estudarmos o efeito da força, levando-se em
consideração o tempo de aplicação, foi criada a grandeza
vetorial de nome IMPULSO.
O IMPULSO DEPENDE {
a) da força aplicada;
b) do tempo de aplicação.
2. Definição de impulso
Notas
A definição geral de impulso usa o conceito de “in-
a) Impulso não é uma grandeza instantânea, isto é,
tegral” e, portanto, foge ao nível deste curso.
não é definido para um dado instante e sim para um certo
Vamos definir impulso para o caso particular de uma
intervalo de tempo ⌬t.
força constante (em módulo, direção e sentido). →
Consideremos um ponto material sob a ação de uma b) Quando a força F é variável, definimos força
→ →
força constante F durante um intervalo de tempo ⌬t. média Fm, em relação ao tempo, como sendo uma for-
→ ça constante, capaz de produzir o mesmo impulso da for-
→
Define-se impulso da força F como sendo a grande- ça variável F.
→
za vetorial I dada por: → → →
IF = IF = Fm ⌬t
→ → m
I = F . ⌬t
1
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 2
→ →
unidade [ F ] = newton (N) Q1 e Q2 são tangentes à trajetória e têm o mesmo sen-
unidade [ ⌬t ] = segundo (s) tido do movimento.
d) Para um corpo extenso, a quantidade de movi-
Portanto: unidade [ I ] = N . s mento é definida como o produto de sua massa pela ve-
locidade vetorial de seu centro de massa (será definido
dim [ I ] = dim [ F ] . dim [ ⌬t ]
oportunamente).
Em relação às grandezas fundamentais: massa (M),
comprimento (L) e tempo (T), temos:
→ →
[ F ] = MLT–2 e [ ⌬t ] = T Qcorpo extenso = m VCM
Portanto:
–1
[ I ] = MLT–2 . T ⇒ [ I ] = MLT e) Para um sistema de n partículas, a quantidade de
movimento é definida como a soma vetorial das quanti-
4. Definição de dades de movimento das n partículas.
“quantidade de movimento”
→ → → →
Consideremos uma →
partícula de massa m animada de Qsistema = m1 V1 + m2 V2 + … + mi Vi
velocidade vetorial V. →
Define-se quantidade de movimento Q da partícula
como sendo o produto
→
da sua massa m pela sua ve-
locidade vetorial V.
→ →
Q = mV
Notas importantes
a) Observe que quantidade de movimento é uma
grandeza instantânea, isto é, definida para um dado ins-
tante, ao passo que o impulso é uma grandeza definida
para um certo intervalo de tempo, isto é, entre dois
instantes.
b) A quantidade de movimento é também chamada
de “momentum” ou, ainda, “momento linear”. →
→ → f) A quantidade de movimento Q, de uma partícula,
c) a partir da definição Q = m . v e lembrando que a
massa m é um escalar positivo, concluímos que a quan- é constante em dois casos:
tidade de movimento terá a mesma orientação da veloci-
dade vetorial, isto é: A partícula está em repouso
→ →
Q = constante ≠ 0
→
Note que, como Q é uma grandeza vetorial, para ser
constante deve ser constante em módulo (movimento
uniforme) e em orientação (trajetória retilínea).
g) Em particular, no movimento
→
circular e uniforme,
a quantidade de movimento Q tem módulo constante
(porque o movimento é uniforme), porém varia em dire-
ção (porque a trajetória é curva) e, portanto, é uma gran-
deza física variável.
2
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 3
Portanto: [ Q ] = MLT–1
3
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 4
→
b) Para obter a velocidade V, em um instante t, devemos calcular
→ →
os componentes Vx e Vy segundo os eixos cartesianos Ox e
Oy.
dx
x = 1,5 t2 ⇒ Vx = –––– = 3,0 t (SI)
dt
dy
y = 2,0 t2 ⇒ Vy = –––– = 4,0 t (SI)
dt
V2 = 9,0 t2 + 16 t2 = 25 t2
V = 5,0t (SI) →
A variação ⌬ Q, representada na figu-
ra, tem módulo dado pelo Teorema
A quantidade de movimento, em um instante t, terá módulo Q de Pitágoras.
dado por:
Q=mV
4
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 5
8. (UFF-RJ) – Pular corda é uma atividade que complementa o con- 10. (VUNESP) – No laboratório de testes de certa montadora de
dicionamento físico de muitos atletas.Suponha que um boxeador automóveis, há uma pista retilínea e horizontal com um trecho
exerça no chão uma força média de intensidade 1,0 . 104 N, ao se bastante liso. No início dessa pista, uma mola elástica de
erguer pulando corda. Em cada pulo, ele fica em contato com o constante k encontra-se comprimida de uma deformação x por
chão por 2,0 . 10–2 s. um carro de massa m, em repouso. O sistema é liberado e o
Na situação dada, o impulso que o chão exerce sobre o boxeador, carro, após se soltar da mola, adquire uma energia cinética e uma
a cada pulo, tem módulo igual a: quantidade de movimento que podem ser expressas,
a) 4,0 N.s b) 1,0 . 10 N.s c) 2,0 . 102 N.s respectivamente, por
d) 4,0 . 103 N.s e) 5,0 . 105 N.s
5
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 6
de um ângulo ␣ com a horizontal. O ponto em questão localiza-se 15. (FUNDAÇÃO CESGRANRIO) – Em uma partida de futebol, a bola
a uma altura h em relação à base da rampa. O carro está com o é lançada na grande área e desviada por um jogador da defesa.
motor desacoplado e despreza-se o efeito do ar. Não considere as Nesse desvio, a bola passa a se mover perpendicularmente à
dimensões do carro. Ao passar pela base da rampa, o carro terá direção da velocidade com que a bola atingiu o jogador. Sabe-se
uma quantidade de movimento, cujo módulo será dado por que as quantidades de movimento imediatamente antes e ime-
diatamente depois do desvio têm o mesmo módulo p.
a) m g h b) m g h sen ␣
a) Qual o módulo do vetor variação da quantidade de movimento
c) m
2gh d) m
2 g h sen ␣ da bola, durante o referido desvio?
b) Sendo E a energia cinética da bola imediatamente antes do
e) m
2 g h tg ␣ desvio, qual a variação da energia cinética da bola, ao ser des-
viada?
6
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 7
c) J/K, para capacidade térmica e calor latente específico. Um macaco usa uma pedra de 800g para quebrar um coquinho
d) kg.m/s, para quantidade de movimento e impulso. apoiado numa rocha. Ao se chocar contra o alvo, a velocidade da
e) W, para potência e vetor indução magnética. pedra tem módulo de 4,0m/s. Com unidades do Sistema
Internacional, no instante do choque a energia cinética e a
20. (UEM-PR-MODELO ENEM) – Se uma das rodas de um automó- quantidade de movimento da pedra têm módulos,
vel parado permanecesse apoiada sobre o pé de uma pessoa, respectivamente.
muito provavelmente o pé seria esmagado; entretanto, se o a) 6,4 e 6,4 b) 6,4 e 3,2 c) 3,2 e 3,2
mesmo automóvel passasse em alta velocidade sobre o pé da d) 3,2 e 1,6 e) 1,6 e 1,6
pessoa, provavelmente não causaria dano.
Analisando essa afirmação, assinale a alternativa correta.
a) Em alta velocidade, provavelmente não causaria dano, pois o 22. (UFCG-MODELO ENEM) – A prima Biela experimentava lenta-
carro tornar-se-ia mais leve. mente uma mudança de comportamento e passou a frequentar a
b) Em alta velocidade, provavelmente não causaria dano, pois o cozinha.
impulso exercido sobre o pé com o carro em movimento seria “Se abanque, sá Biela, disse Jovina depois de algum tempo.
muito menor do que com o carro parado. Biela não se abancou, foi para junto do pilão, retirou a tábua que
c) Causaria dano ao pé com o carro parado, pois a variação da cobria a gral. Pegou a mão do pilão, alisou-a carinhosamente com
quantidade de movimento seria muito maior do que com o as pontas dos dedos. Lisinha, de bom peso. No fundo do pilão um
carro em movimento. punhado de milho quebrado. Deixou a mão do pilão cair pela
d) A afirmação está incorreta, pois sempre causaria danos e de primeira vez. Depois outra, mais outra. Devagar ela ganhava um
mesma proporção, pois a intensidade da força exercida pelo movimento seu muito antigo, o galeio: pilava ritmadamente a
carro nas duas situações é a mesma. canjica.”
e) Causaria maior dano com o carro parado devido ao fato de o DOURADO, Autran. Uma vida em segredo. 8.a ed.
atrito estático ser maior que o atrito cinético. São Paulo: DIFEL, 1979, p.115.
21. (PUCC-MODELO ENEM) – O macaco-prego ocorre em ambien- Biela tinha uma predileção por ver gente trabalhar. Agora, ao se
tes tão variados quanto a Amazônia, o Cerrado, a Caatinga e a exercitar essa predileção observando-a trabalhar, pode-se afirmar
Mata Atlântica. Esse animal usa pedras como martelo e troncos que
de árvores como bigornas, numa referência à base sobre a qual se a) a aprovação, por Biela, do peso da mão do pilão (“de bom
malham metais. peso”) é insignificante, pois nem seu peso nem sua massa
têm qualquer relação com as forças impulsivas que deformam
o milho.
b) ignorando-se pequenas perdas, a quantidade de energia trans-
ferida aos grãos de milho é igual ao trabalho realizado por Biela
para erguer a mão do pilão até a altura de sua queda e para
conduzi-la até a gral.
c) a quantidade de energia transferida aos grãos de milho após
uma queda da mão do pilão é muito menor do que sua energia
potencial gravitacional ao ser abandonada por Biela.
d) a velocidade com que a mão do pilão atinge os grãos de milho
não depende da altura com que Biela a eleva.
e) supondo-se que Biela deixe a mão do pilão cair livremente de
uma altura (h), ela atingirá o milho com uma quantidade de
movimento de módulo (2mgh), em que (m) é a sua massa e (g)
é o módulo da aceleração da gravidade local.
(Adaptado de Pesquisas Fapesp. Maio 2007. n. 135, p. 48)
→
7. Teorema do impulso (TI) Sejam: V1 = velocidade da partícula no instante t1
→
“O impulso total sobre uma partícula, corpo exten- V2 = velocidade da partícula no instante t2
so ou sistema de partículas, para um dado inter-
valo de tempo, é igual à variação da quantidade de
→ ⌬t = t2 – t1 = intervalo de tempo em que a
movimento da partícula, corpo extenso ou sistema força F atuou sobre a partícula.
de partículas, naquele intervalo de tempo.”
De acordo com a 2.a Lei de Newton (PFD) aplicada à
→ → partícula, para o intervalo de tempo ⌬t, temos:
Itotal = ⌬ Q
→ →
Demonstremos o teorema do impulso para o caso → → ( V2 – V1)
particular de uma partícula em trajetória retilínea sob a F = m a = m ––––––––
→ ⌬t
ação de uma força resultante F constante.
→ →
Da qual: F ⌬t = m V2 – mV1
→ → → →
Ainda: I = Q2 – Q1 = ⌬ Q
7
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 8
TEC: F = F . d = ⌬Ecin
N
TI: IF = F . ⌬t = ⌬Q A = F1 (t2 – t1) = F1 ⌬t = I1
8
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 9
23. (AFA) – Um avião está voando em linha reta com velocidade cons-
tante de módulo 7,2 . 102km/h quando colide com uma ave de
massa 3,0kg que estava parada no ar.
A ave atingiu o vidro dianteiro (inquebrável) da cabina e ficou gru-
dada no vidro.
Se a colisão durou um intervalo de tempo de 1,0 . 10–3s, a força
que o vidro trocou com o pássaro, suposta constante, teve inten-
sidade de:
a) 6,0 . 105N b) 1,2 . 106N c) 2,2 . 106N
d) 4,3 . 106N e) 6,0 . 106N
Resolução
Para relacionar força com tempo, usamos o teorema do impulso
aplicado em relação à ave:
→ →
Iave = ⌬ Qave
→ → →
F . ⌬t = m Vf – m V0
Como a ave estava inicialmente parada, temos V0 = 0 e como o
Despreze o peso da bola durante a interação entre o jogador e a
pássaro ficou pregado no avião, temos:
bola.
Vf = 7,2 . 102km/h = 2,0 . 102m/s A força média que o jogador aplicou sobre a bola tem intensidade
aproximadamente igual a:
Portanto: F . 1,0 . 10–3 = 3,0 . 2,0 . 102 a) 1,0 . 102N b) 2,0 . 102N c) 3,0 . 102N
d) 4,0 . 102N e) 5,0 . 102N
F = 6,0 . 105N
Resolução
Resposta: A Imediatamente antes da cabeçada, a bola tem uma quantidade de
→
movimento Q1 com módulo mV.
24. (ITA) – Uma metralhadora dispara 200 balas por minuto. Cada bala
tem massa de 28g e uma velocidade escalar de 60m/s. Neste Imediatamente após a cabeçada, a bola tem uma quantidade de
→ →
caso a metralhadora ficará sujeita a uma força média, resultante movimento Q2 com o mesmo módulo de Q1 e numa direção
dos tiros, de intensidade perpendicular à de Q1.
a) 0,14N. b) 5,6N. c) 55N. d) 336N.
e) diferente dos valores citados. → → →
| ⌬ Q |2 = | Q1 |2 + | Q2 |2
Resolução
Aplicando-se o teorema do impulso para n balas disparadas em →
um intervalo de tempo ⌬t, temos: | ⌬ Q |2 = (mV)2 + (mV)2 = 2(mV)2
→ → →
Ibalas = ⌬ Qbalas | ⌬Q | =
2mV
→ → →
Fm . ⌬t = n m ( Vf – V0) →
| ⌬Q | =
2 . 0,50 . 10 (SI)
Como as balas partem do repouso (V0 = 0), temos:
Fm ⌬t = n mVf →
| ⌬ Q | = 5,0
2 (SI) 7,0 (SI)
Fm . 60 = 200 . 28 . 10–3 . 60
Aplicando-se o teorema do impulso:
Fm = 5,6N → →
Resposta: B Ibola = ⌬ Qbola
→ →
25. Uma bola de futebol cai verticalmente, é cabeceada por um joga- | Fm | ⌬t = | ⌬ Q |
dor e, imediatamente após o choque, tem velocidade horizontal.
→ →
A bola tem massa m = 0,50kg e antes e após o choque a veloci- | Fm | . 3,5 . 10–2 = 7,0 ⇒ | Fm | = 2,0 . 102N
dade escalar é a mesma, V = 36km/h.
A colisão entre a bola e o jogador tem duração T = 3,5 . 10–2s. Resposta: B
9
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 10
26. Um objeto de massa 2,0kg repousa sobre uma superfície horizon- Considere as proposições a seguir:
tal. I. O módulo da variação da quantidade de movimento dos dois
No instante t0 = 0, aplica-se sobre o objeto uma força horizontal bonecos foi o mesmo, durante a freada, e vale 1,6 . 103kg . m/s.
→ II. O módulo do impulso recebido pelos dois bonecos foi o mes-
F, de direção constante, cuja intensidade inicial é de 10,0N e que
decresce linearmente com o tempo até atingir, após 5,0s, a mo, durante a freada, e vale 1,6 . 103N.s.
intensidade de 2,0N, que é justamente o valor necessário para III. FA = FB = 8,0 . 103N
manter, a partir daquele instante, o bloco em movimento retilíneo IV. FA = 100FB = 8,0 . 105N
e uniforme. V. FB = 100FA = 8,0 . 105N
Adote g = 10m/s2 e despreze o efeito do ar. Estão corretas apenas:
→
a) Construa o gráfico da intensidade de F em função do tempo. a) I, II e V b) I, II e IV c) I e III
→ d) II e IV e) I e V
b) Calcule o módulo do impulso de F, no intervalo de 0 a 5,0s. Resolução
c) Calcule o módulo do impulso da força de atrito, no intervalo de 1) Os dois bonecos têm a mesma variação de quantidade de
0 a 5,0s. →
movimento: – m V0, cujo módulo vale
d) Calcule o módulo da velocidade do objeto no instante
Q0 = 80 . 20 (SI) = 1,6 . 103kg . m/s
t1 = 5,0s.
2) Os dois bonecos receberam o mesmo impulso:
e) Calcule o trabalho da força resultante no objeto entre os → → →
instantes 0 e 5,0s. I = ⌬Q = – m V0, cujo módulo vale 1,6 . 103N.s
→ →
Resolução 3) IA = IB
a)
FA⌬tA = FB⌬tB
FA . 2,0 . 10–1 = FB . 2,0 . 10–3
FB
FA = –––– ⇒ FB = 100FA
100
→
IB = FB ⌬tB
1,6 . 103 = FB . 2,0 . 10–3 ⇒ FB = 8,0 . 105N
Resposta: A
10
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 11
29. (UNESP) – Uma garota e um rapaz, de massas 50kg e 75kg, No evento 2 a altura H foi dividida em três trechos: AE, EF e FG,
respectivamente, encontram-se parados em pé sobre patins, um de modo a serem percorridos cada um no mesmo intervalo de
em frente do outro, num assoalho plano e horizontal. Subita- tempo T.
mente, a garota empurra o rapaz, aplicando sobre ele uma força Indiquemos por ⌬E a variação de energia cinética e por ⌬Q o
horizontal média de intensidade 60N durante 0,50s. módulo da variação da quantidade de movimento do corpo em
a) Qual é o módulo do impulso da força aplicada pela garota? questão em cada um dos trechos mencionados.
b) Desprezando-se quaisquer forças externas, quais são os
módulos das velocidades da garota (vg) e do rapaz (vr) depois
da interação?
11
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 12
12
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 13
40. (UFPE-MODELO ENEM) – A aplicação da chamada “lei seca” a) o vento transfere quantidade de movimento linear para a héli-
diminuiu significativamente o percentual de acidentes de trânsito ce e, nesse processo, o momento de inércia do vento é trans-
em todo o País. Tentando chamar a atenção dos seus alunos para formado em energia cinética de rotação da hélice.
as consequências dos acidentes de trânsito, um professor de b) o vento transfere quantidade de movimento linear para a
Física solicitou que considerassem um automóvel de massa hélice e, nesse processo, energia cinética de translação do
1000 kg e velocidade com módulo igual a 54 km/h, colidindo com vento é transformada em energia cinética de rotação da hélice.
uma parede rígida. Supondo-se que ele atinge o repouso em um c) o vento transfere momento de inércia para a hélice e, nesse
intervalo de tempo de 0,50 s, determine a intensidade da força processo, energia cinética de translação do vento é
média que a parede exerce sobre o automóvel durante a colisão. transformada em energia cinética de rotação da hélice.
a) 1,0 . 104 N b) 2,0 . 104 N c) 3,0 . 104 N d) o vento transfere momento de inércia para a hélice e, nesse
d) 4,0 . 104 N e) 5,0 . 104 N processo, o momento de inércia do vento é transformado em
energia cinética de rotação da hélice.
41. (MODELO ENEM) – Policiais do esquadrão antimotim usam balas e) o vento transfere quantidade de movimento para a hélice sem
de borracha ao invés de balas comuns. Admita que as balas de transferir energia cinética.
borracha e as balas comuns tenham mesma massa, mesma
velocidade de impacto e mesmo tempo de interação com a 44. (VUNESP-MODELO ENEM) – Quando uma pessoa dá um salto
pessoa atingida por elas. A diferença é que as balas comuns e cai sobre seus pés, intuitivamente deixa seus joelhos ligeira-
aderem à pessoa e param e as balas de borracha não penetram mente flexionados. Em termos físicos, esta ação se justifica para
na pele, ricocheteando, isto é, após o impacto, a velocidade a) diminuir a energia transferida ao corpo da pessoa durante o
inverte o sentido. Seja F1 a intensidade da força média que a bala choque.
de borracha exerce na pele da pessoa ao ricochetear. Seja F2 a in- b) aumentar o tempo de interação entre a pessoa e o chão.
tensidade da força média que a bala comum exerce ao aderir à c) acrescentar energia potencial elástica ao valor da energia
pele da pessoa. mecânica.
Assinale a opção correta. d) fazer com que a interação ocorra durante um movimento
a) F1 = F2. uniforme.
b) F1 > F2 e por isso o impacto da bala de borracha dói mais que e) diminuir a força peso e consequentemente minimizar a
o da bala comum. interação.
c) F1 < F2 e por isso o impacto da bala de borracha dói menos
que o da bala comum. 45. (VUNESP-MODELO ENEM) – Os estudos sobre as propriedades
d) F1 > F2, porém o impacto da bala de borracha dói menos que dos materiais receberam grande atenção nas últimas décadas,
o da bala comum. especialmente para o desenvolvimento de materiais adequados à
e) F1 < F2 e o impacto da bala de borracha dói mais que o da bala produção industrial, como a de ferramentas e a de veículos. Quan-
comum. do se trata da proteção de passageiros de automóveis, em
colisões, faz-se necessário o uso de materiais
a) mais rígidos, para diminuir a força de impacto.
42. (UFRN-MODELO ENEM) – Visando a preservação do meio am- b) mais rígidos, para diminuir o tempo de interação.
biente de forma sustentável, a sociedade atual vem aumentando c) mais flexíveis, para evitar uma deformação do chassi.
consideravelmente a utilização da energia dos ventos, o que se d) rapidamente deformáveis, para diminuir o tempo de interação.
consegue com as turbinas eólicas. Nessa tecnologia, a primeira e) crescentemente deformáveis, para aumentar o tempo de
transformação de energia acontece na interação das moléculas do interação.
ar com as hélices dos cataventos, transformando a energia
cinética de translação das moléculas do ar em energia cinética de 46. (FGV-SP-MODELO ENEM) – Ao acender um isqueiro, uma pes-
rotação das hélices. soa faz com que seu dedão exerça uma força variável direcionada
Nessa interação, a três ações distintas:
a) a variação da quantidade de movimento das moléculas do ar I. É preciso vencer a força de atrito estático entre o
gera uma força resultante que atua sobre as hélices. rolete e a pedra a ele pressionada.
b) a variação da energia cinética das moléculas do ar gera uma II. Superado o atrito estático, a força aplicada não mais
força resultante que atua sobre as hélices. necessita ser de intensidade tão elevada e,
c) a força resultante exercida pelas moléculas do ar anula a portanto, pode ser reduzida. Ainda em contato com
velocidade das hélices. o rolete, o dedão desce e começa a abaixar a
d) a força resultante exercida pelas moléculas do ar anula a alavanca que libera o gás.
quantidade de movimento das hélices. III. Uma vez livre do rolete e com a alavanca que libera
e) a força resultante aplicada pelas moléculas de ar anula a o gás completamente pressionada, a força é man-
energia cinética das hélices. tida constante durante o tempo que for necessário
se ter a chama acesa.
43. (UFRN-MODELO ENEM) – Na praia de Rio do Fogo, no Rio Gran- O gráfico mostra, hipoteticamente, a intensidade da força exerci-
de do Norte, está sendo implan- da por uma pessoa no ato de acender um isqueiro, para cada ação
tada uma central de energia descrita.
eólica, como mostra a figura ao
lado. Essa central terá 62 ae-
rogeradores de 800 kW cada
um, totalizando uma capacidade
instalada de 49,6 MW.
Eduardo Maia/DN/14.2.06. Acesso
em 11/7/06
http://diariodenatal.dnonline.com.br
13
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 14
9. Sistema isolado
Considere um sistema físico S sob ação das forças
→ → →
externas F1, F2, …, Fn.
14
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 15
12. Explosão de uma granada No caso de uma explosão, a energia mecânica total
→ do sistema aumenta, porque uma parte da energia poten-
Quando uma granada de massa M e velocidade V0
cial química, armazenada no explosivo, é transformada
explode, as forças internas ligadas à explosão são muito em energia cinética dos fragmentos.
intensas e, no ato da explosão, as forças externas (como,
por exemplo, o peso) são desprezíveis e a granada é um Portanto, colisões inelásticas e explosões são exem-
sistema isolado. plos de sistemas físicos isolados e não conservativos.
Se a granada explode em n fragmentos de massas m1, Um sistema pode ser isolado numa dada direção,
m2, …, mn, cujas velocidades, imediatamente após a bastando que a força resultante externa não tenha
→ → →
explosão, são V1, V2, … Vn, temos: componente nessa direção. Nesse caso, a quantidade de
movimento se conserva somente na direção considerada.
→ →
Qimediatamente após = Qimediatamente antes É o caso de uma partícula lançada no campo de gra-
→
→ → → → vidade da Terra com velocidade inicial V0 não vertical.
m1 V1 + m2 V2 + … + mn Vn = M V0
Desprezando-se o efeito do ar, a única força externa
→
atuante na partícula, após o lançamento, é o seu peso P.
Cumpre ressaltar que a granada só é um sistema iso- A partícula é isolada de forças horizontais e, portan-
lado no ato da explosão enquanto existem as intensas to, haverá conservação da componente horizontal de sua
forças internas. quantidade de movimento.
47. (ITA) – Todo caçador, ao atirar com um rifle, mantém a arma fir- → →
Qf = Qi
memente apertada contra o ombro, evitando assim o “coice”
→ → →
dela. Considere que a massa do atirador é 95,0kg, a massa do rifle (ma + mr) Va + mp Vp = 0
é 5,00kg e a massa do projétil é 15,0g, o qual é disparado a uma
velocidade escalar de 3,00 x 104cm/s. Em módulo: (ma + mr) Va = mpVp
Nestas condições, a velocidade de recuo do rifle (Vr), quando se
segura muito frouxamente a arma, e a velocidade de recuo do 100Va = 15,0 . 10–3 . 3,00 . 102 ⇒ Va = 4,5 . 10–2m/s
atirador (Va), quando ele mantém a arma firmemente apoiada no
ombro, terão módulos respectivamente iguais a Resposta: D
a) 0,90m/s; 4,7 x 10–2m/s b) 90,0m/s; 4,7m/s
c) 90,0m/s; 4,5m/s d) 0,90m/s; 4,5 x 10–2m/s
48. (VEST-RIO) – Um estudante realiza a seguinte experiência:
e) 0,10m/s; 1,5 x 10–2m/s
I) Dois carrinhos de massas M1 = 0,1kg e M2 = 0,2kg são man-
Resolução
tidos inicialmente em repouso sobre o tampo horizontal de
Devido à breve duração da explosão, proveniente do disparo da
uma mesa, tendo entre eles uma mola ideal comprimida de
arma, o impulso externo sobre o sistema é praticamente nulo,
0,1m em relação ao seu tamanho quando relaxada, conforme
permitindo-nos aplicar o princípio da conservação da quantidade
mostra a figura:
de movimento.
I) O atirador segura muito frouxamente a arma.
→ → → → →
Qf = Qi ⇒ mr Vr + mp Vp = 0 II) Em seguida, o sistema é liberado e os carrinhos movem-se so-
bre a mesa praticamente sem nenhum atrito. Nesta situação,
Em módulo: mrVr = mpVp o carrinho de massa M2 atinge uma velocidade escalar
V2 = 2,0m/s.
Determine
5,00 . Vr = 15,0 . 10–3 . 3,00 . 102 ⇒ Vr = 0,90m/s
a) a velocidade escalar do carrinho de massa M1, após ele ter-se
liberado da mola;
II) O atirador mantém a arma firmemente apoiada no ombro. b) a energia potencial elástica armazenada inicialmente na mola;
c) a constante elástica da mola.
Resolução
a) Os dois carrinhos constituem um sistema físico isolado de
forças externas, pois as reações normais da mesa equilibram
os pesos dos blocos.
Portanto, haverá conservação da quantidade de movimento
total do sistema: → →
Qf = Qi
15
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 16
→ → →
M1 V1 + M2 V2 = 0 No ponto mais alto de sua trajetória, a granada explode fragmen-
→ → → tando-se em duas partes, A e B, de massas iguais.
M2 →
M1 V1 = – M2 V2 ⇒ V1 = – –––– V Imediatamente após a explosão, o fragmento A inicia uma queda
M1 2 vertical, a partir do repouso.
– 0,2 Sendo sen 37° = 0,60 e cos 37° = 0,80, determine
V1 = –––––– . 2,0m/s ⇒ V1 = – 4,0m/s a) o módulo da velocidade da granada imediatamente antes da
0,1 explosão;
b) As energias cinéticas adquiridas pelos carrinhos são dadas b) o módulo da velocidade do fragmento B imediatamente após
por: a explosão;
2 c) a energia interna da granada transformada em energia
M1V1 0,1 (–4,0)2
Ecin = –––––– = –––––––––– (J) = 0,8J mecânica, com a explosão;
1 2 2 d) o intervalo de tempo desde o lançamento até a explosão da
granada;
M2V22 0,2 (2,0)2
Ecin = –––––– = –––––––––– (J) = 0,4J e) as distâncias entre os pontos de impacto com o solo de A e B
2 2 2 e o ponto de lançamento.
Como não há atrito, o sistema de forças é conservativo e, Resolução
portanto, a energia elástica armazenada na mola foi integral-
mente transformada em energia cinética dos carrinhos:
Resolução m 0,40
Ec = –– VB2 = –––– . (32)2 (J) ⇒ Ec = 102,4J
No ato da explosão, o sistema formado por A e B é isolado e há f 4 4 f
conservação da quantidade de movimento total.
→ → → → → → → ⌬Em = Ec – Ec ⇒
Qf = Qi ⇒ QA + QB = 0 ⇒ QA = – QB f i
⌬Em = 51,2J
→ →
| QA| = | QB| ⇒ MVA = 3MVB ⇒ VA = 3VB d) O tempo de subida é calculado com base no movimento
vertical:
Se o corpo B percorreu 6,0m, o corpo A percorre uma distância Vy = V0y + ␥yt
três vezes maior: 18,0m, e a distância entre eles será de 24,0m,
isto é, x = 24,0m. 0 = 20 . 0,60 – 10ts ⇒ ts = 1,2s
dA = 16 . 1,2(m) ⇒ dA = 19,2m
dB = dA + VBtQ
16
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 17
→ →
51. Uma cápsula espacial tem massa de 4,0kg e se move por inércia Qapós = Qantes
com velocidade de módulo 4,0m/s, numa direção x. → → →
Num certo instante, a cápsula explode em dois fragmentos com M V + m V1 = m V0
massas 3,0kg e 1,0kg. O de massa 3,0kg sai com velocidade de
Como todas as velocidades têm a mesma direção, temos:
módulo 4,0m/s perpendicularmente à direção x.
Qual o módulo da velocidade do segundo fragmento? MV + mV1 = mV0
MV + m 0,8V0 = mV0
MV = 0,2mV0
0,2mV0 mV0
V = –––––––– = ––––––
M 5M
Porém: → →
| QB| = 1,0 . VB (SI); | QA| = 3,0kg . 4,0m/s;
→
| Q0| = 4,0 kg . 4,0 m/s
Após ter sido atravessado pela bala, o bloco, que estava inicial-
mente em repouso, passa a se movimentar com velocidade de
módulo V.
mV0
Mostre que V = –––––.
5M
(Despreze efeitos da força da gravidade sobre a trajetória da bala
e admita que, após a colisão, a bala se move ao longo do mesmo
eixo horizontal.)
Resolução
1) De acordo com o texto, a energia cinética final do projétil cor-
responde a 64% de sua energia cinética inicial:
mV12 mV02
––––– = 0,64 ––––– ⇒ V1 = 0,8V0
2 2
2) No ato da colisão, projétil e bloco constituem um sistema físi-
co isolado de forças externas e, portanto, haverá conservação
da quantidade de movimento total do sistema:
17
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 18
Considerando-se as quantidades de movimento em módulo: 55. Um canhão está fixo em um carrinho que está em repouso e pode
Qbarco = Qhomem deslizar livremente, sem atrito, em um plano horizontal.
Sendo M a massa do barco, V2 o módulo da velocidade do barco,
m a massa do homem e V1 o módulo da velocidade do homem,
temos:
MV2 = mV1
x d
Porém: V2 = –––– e V1 = ––––
⌬t ⌬t
O cano do canhão forma com o plano horizontal um ângulo ␣
constante.
Da figura, temos: d=L–x Um projétil de massa m é disparado pelo canhão e abandona o ca-
no com uma velocidade, relativa ao canhão, de módulo igual a V.
Mx m(L – x) A massa total do canhão e do carrinho (excluído o projétil) é M.
Da qual: –––– = –––––––– e ainda: Calcule
⌬t ⌬t
a) o módulo da velocidade de recuo do canhão;
b) a tangente do ângulo que a velocidade de lançamento do
Mx = mL – mx ⇒ x (M + m) = mL projétil, relativa ao solo, forma com o plano horizontal.
Resolução
mL a) 1) A componente horizontal da veloci-
e x = ––––––––
M+m dade do projétil, relativa ao canhão,
é dada por:
mL
Resposta: x = ––––––––
M+m Vx = V cos ␣
18
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 19
M+m
b) tg = ––––––– tg ␣
M
⌬s 120m
VA = ––– = ––––– = 1,0m/s
⌬t 120s
mAVA = mFVF
60 . 1,0 = 3,0VF
VF = 20m/s
Resposta: D
A partícula B vai desligar-se do bloco A na posição inferior (2).
Sendo g = 10m/s2, m a massa de B e 4m a massa de A e des-
prezando-se os atritos entre A e B, determine os módulos das 58. (UFPR-MODELO ENEM) – Em um cruzamento mal sinalizado,
velocidades de A e B no instante em que a partícula B abandona houve uma colisão de dois automóveis, que vinham inicialmente
o bloco A. de direções perpendiculares, em linha reta. Em módulo, a
Resolução velocidade do primeiro é exatamente o dobro da velocidade do
1) Como não existem atritos, o sistema (A + B) é conservativo e segundo, ou seja, V1 = 2V2. Ao fazer o boletim de ocorrência, o
a energia potencial perdida por (B) ao se deslocar de (1) para policial responsável verificou que após a colisão os automóveis
(2) é igual à energia cinética que todo sistema (A + B) adquire. ficaram presos nas ferragens (colisão perfeitamente inelástica) e
Assim: se deslocaram em uma direção de 45° em relação à direção inicial
m VB2 4m VA2 de ambos. Considere que a massa do segundo automóvel é
mgR = ––––––– + ––––––– exatamente o dobro da massa do primeiro, isto é, m2 = 2m1 e que
2 2
a perícia constatou que o módulo da velocidade dos automóveis
unidos, imediatamente após a colisão, foi de 40 km/h. Assinale a
Da qual: VB2 + 4 VA2 = 2gR (1)
alternativa que apresenta a velocidade correta, em módulo, do
automóvel 2, isto é, V2, imediatamente antes da colisão.
2) Como não existem forças externas horizontais, o momentum a) 15
2 km/h b) 30
2 km/h c) 60
2km/h
horizontal do sistema (A + B) permanecerá constante e igual a
d) 15 km/h e) 30 km/h
zero e, portanto, A e B adquirem quantidades de movimento
Resolução
horizontais de módulos iguais e sentidos opostos.
→ →
m | VB| = 4m | VA|
→ →
Da qual: | VB| = 4 | VA| (2)
16 VA2 + 4 VA2 = 2g R
→
20 VA2 = 2g R ⇒ | VA| =
gR
–––
10
→ →
E, ainda: | VB| = 4 | VA| = 4
gR
–––
10
1) Antes da colisão:
Substituindo-se os valores numéricos de g e R, vem: V1 = m V
Q1 = m1V1 e Q2 = m2V2 = 2m1 . –––– 1 1
2
→ →
| VA| = 1,0m/s e | VB| = 4,0m/s A quantidade de movimento do sistema formado pelos dois
→ →
carros, antes da colisão, é a soma vetorial de Q1 e Q2.
→ →
Respostas: | VA| = 1,0m/s e | VB| = 4,0m/s
Q02 = Q12 + Q22
19
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 20
––––
m2
+ m2 Vf =
2 m2V2 60 602
2 V2 = –––––– km/h = –––––– km/h
2 2
m2
3 –––– Vf =
2 m2V2
2
V2 = 30
2 km/h
3 Vf
V2 = ––––––
22 Resposta: B
59. (UERJ) – Um certo núcleo atômico N, inicialmente em repouso, 61. (UFLA-MG) – A figura abaixo mostra um plano inclinado de massa
sofre uma desintegração radioativa, fragmentando-se em três M sobre um plano horizontal sem atrito. Abandona-se nesse plano
→ → →
partículas, cujos momentos lineares são: P1, P2 e P3. inclinado um bloco de massa m, que desliza sem atrito ao longo
desse, colidindo com um anteparo e parando.
A figura abaixo mostra os vetores que representam os momentos
→ →
lineares das partículas 1 e 2, ( P1 e P2), imediatamente após a
desintegração.
20
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 21
A máxima deformação que a mola sofre quando interage com o A velocidade do projétil, imediatamente após sair do bloco, terá
carro A vale módulo:
a) 10cm b) 71cm c) 1,0m d) 7,1m e) 10m a) 100m/s b) 200m/s c) 300m/s
d) 400m/s e) 500m/s
64. (UNIFESP) – Uma pequena esfera A, com massa de 90 g, en-
contra-se em repouso e em contato com a mola comprimida de 67. (CEFET-CE) – Um projétil de massa m = 10g atinge, sem atraves-
um dispositivo lançador, sobre uma mesa plana e horizontal. sar, um bloco de madeira de massa M = 150g que se encontra em
Quando o gatilho é acionado, a mola se descomprime e a esfera repouso sobre uma superfície horizontal. Após a colisão, o siste-
é atirada horizontalmente, com velocidade de módulo 2,0 m/s, em ma bloco de madeira + projétil percorre uma distância de 200 cm
direção frontal a uma outra esfera, B, com massa de 180 g, em até parar. O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a super-
repouso sobre a mesma mesa. No momento da colisão, as esfe- fície vale 0,4. Determine o módulo da velocidade do projétil ao
ras se conectam e passam a se deslocar juntas. O gráfico mostra atingir o bloco de madeira.
a intensidade da força elástica da mola em função de sua defor- Adote g = 10,0m/s2 e despreze o efeito do ar.
mação.
68. (UDESC) – A figura mostra dois corpos, de massas m1 = 5,0kg e
m2 = 10,0kg, em repouso, ligados por um cordão ideal. Entre os
corpos, há uma mola comprimida, mas que não está presa a
nenhum deles.
66. (Olimpíada Internacional de Ciências-Taiwan)– Um projétil de 70. (UNICAMP) – Maria está balançando-se em um pneu pendurado
massa mP = 10g com velocidade horizontal de módulo 500m/s em uma corda. Considere g=10 m/s2 e despreze o efeito do ar.
atravessa um bloco de massa mB = 1,0kg que se movia na a) Se ela for empurrada e solta no ponto mais baixo, com uma
mesma direção e sentido oposto com velocidade de módulo velocidade de módulo 6,0m/s, quanto ela irá subir?
1,0m/s, sobre uma superfície horizontal sem atrito. b) Maria retornou ao ponto mais baixo, sem perda de energia me-
Imediatamente após a colisão, o bloco inverte o sentido de seu cânica, e João agarrou-se ao pneu, subindo agora as duas crian-
movimento e passa a ter velocidade com módulo 2,0m/s. ças juntas. Qual a nova altura atingida? Considere que João
tem a massa igual à de Maria e despreze a massa do pneu.
21
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 22
Considerando-se o sistema formado pelos dois sapos e a tábua, e 77. (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA) – Um projétil é disparado
as margens do lago como referencial, é correto afirmar: por um canhão e, no ponto mais alto de sua trajetória, a uma
01. a quantidade de movimento horizontal do sistema constituído distância horizontal de 100 m do canhão, explode, dividindo-se em
pelos dois sapos e a tábua se conserva. dois pedaços iguais. Um dos fragmentos é lançado horizontal-
02. a quantidade de movimento horizontal do sapo 1 é igual, em mente para trás com velocidade de mesmo módulo que possuía
módulo, à quantidade de movimento horizontal do sapo 2, o projétil imediatamente antes de explodir. Considerando-se
durante a troca de suas posições. desprezível a resistência do ar, a que distância entre si cairão no
04. a tábua fica em repouso enquanto os sapos estão no ar. solo os dois fragmentos? Admita que o projétil foi lançado a partir
08. a distância horizontal percorrida pelo sapo 1 é igual à per- do solo terrestre.
corrida pelo sapo 2.
16. após os sapos terem trocado de posição, a tábua ficará em re- 78. (ITA) – Numa brincadeira de aventura, um garoto de massa
pouso. M = 20,0kg lança-se por uma corda amarrada num galho de árvore
Dê como resposta a soma dos números associados às propo- num ponto de altura L = 3,6m acima de um cão de massa
sições corretas. m = 5,0kg que se pretende resgatar. A aceleração da gravidade
tem módulo g = 10,0m/s2 e o efeito do ar é desprezível. A massa
72. (UFBA) – Um vagão de massa igual a 90kg, vazio e sem cober- da corda é desprezível. A altura h da plataforma, acima da posição
tura, está deslocando-se sobre trilhos retos e horizontais, sem do cão, vale 1,8m.
→
atrito, com velocidade v. Começa a chover forte, e a água, cuja
densidade vale 1,0 . 103 kg/m3, caindo verticalmente, vai acumu-
lando-se no interior do vagão. Determine, em 10–3 m3, o volume
de água armazenada no vagão, quando a sua velocidade for
reduzida a 2/3 da inicial. Despreze o efeito do ar.
a) 15 b) 30 c) 45 d) 60 e) 75
22
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 23
23
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 24
24
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 25
→
8) C 9) B 10) B 11) C 12) a) 0 2) Aplicando-se o teorema do impulso:
b) 3E
→ →
14) E I R = ⌬Q
5
13) a) ⌬Q = ––– m V0
3 (Fm – P) ⌬t = m VB
15) a) 2 p 16) D 17) C 18) D Fm = 40,0 . 103 + 0,5 . 103 (N)
b) zero
Fm = 40,5 . 103 N = 40,5kN
19) D 20) B 21) B 22) B
b) Aplicando-se a 2.a Lei de Newton:
29) a) 30N . s
Fm – P = m . a
b) | Vg | = 0,60m/s e | Vr | = 0,40m/s
40,5 . 103 – 0,5 . 103 = 50 . a
40,0 . 103 = 50 . a
V02
30) a) D = ––––––
2g a = 8,0 . 102m/s2
V0 a(letal) = 8g = 80m/s2
b) T = ––––
g a 8,0 . 102 a
–––––– = –––––––––– ⇒ –––––
aletal = 10
aletal 80
c) Quando V0 duplica, T também duplica e D quadruplica.
Respostas: a) 40,5kN
31) B 32) a) 225J
b) 10 vezes maior.
b) 3,0kN
38) C
b) 1) I = área (F x t)
0,03 . 4000
I = –––––––––– (N. s)
1) Cálculo do módulo da velocidade da mocinha no ponto 2
B (1,0m do solo):
I = 60N. s
VB2 = VA2 + 2 ␥ ⌬s (MUV)
2) I = Fm . ⌬t
VB2 = 0 + 2 . 10 . 80,0 60 = Fm . 0,03
25
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 26
gb 17
71) 17 72) C 73) 21,0m Respostas: a) –––– b) = arc cos –––
3 18
74) a) 100m/s 75) E 76) E
b) 2,5 . 104J ou 25kJ 80)
EC = EA (ref. em C) 3) Cálculo de d:
⌬sx = V0x t1
mV2 b
–––– = m g ––– ⇒ V =
gb d = 400 . 30,0 (m) ⇒ d = 12,0km
2 2
4) No ato da explosão:
2) Conservação da quantidade de movimento no ato da
colisão: m
Qf = Q0 ⇒ ––– VA = mV0x ⇒ VA = 2 V0x = 800m/s
Qapós = Qantes 2
3mV1 = 2mV + m (–V) Se a granada não explodisse, ela percorreria na sua queda
uma distância d; como o fragmento A tem velocidade
V
3V1 = V ⇒ V1 = ––– ⇒ V =
gb horizontal que é o dobro da velocidade da granada, ele
1 ––––
3 3 percorrerá uma distância 2d e atingirá o solo a uma dis-
b) tância D do ponto de lançamento dada por:
D = 3d ⇒ D = 36,0km
mV02 x 0,10
______
b) Ei = 2 = _____ (400)2 (J) = 8,0 . 103 J
2
––– V
m 2
A
2
_________ 0,10
Ef = = _____ (800)2 (J) = 16,0 . 103 J
2 4
1) ED = EC (ref. em C)
26
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 27
2 2
16 gh + 2 V0 = 8 V0 Respostas: a) 1,5m/s e 3,0m/s
b) 1,0m/s
2
16 gh = 6 V0 c) 0,30m
2
6 V0 85) 1) O sistema esfera-plataforma é isolado de forças horizon-
h = –––––
16g tais:
2 Qh = Qh
3V0 f i
h = –––––– mV0
8g 2mV – –––– = mV0
2
84) a) 1) A partícula e a plataforma A estão isoladas de forças 2) O sistema é conservativo e a energia potencial perdida
horizontais e portanto: pela esfera corresponde ao acréscimo de energia cinética:
Qh = Qh
f i
mV02
–––2
→ → → 2 mV2 m V0 2
M VA + m VP = 0 mg 2 R = –––––– + ––– – ––––––
2 2 2
→ →
M VA = – m VP ⇒ MVA = mVP
V02 V02 3V02
2,0VA = 1,0VP ⇒ VP = 2VA 2gR = V2 + ––– – ––– = V2 – ––––
8 2 8
VA = 1,5m/s
6,75 = 3VA2 ⇒
VP = 3,0m/s V =
6gR (Resposta)
27
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 28
CAPÍTULO
Mecânica
2 CENTRO DE MASSA
28
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 29
→ Exemplos
→ Rexterna 1) Considere um atleta saltando do trampolim de
aCM = –––––––
Msistema uma piscina. Desprezando-se o efeito do ar, após se
desligar do trampolim, o atleta fica sob ação exclusiva da
→ → força de gravidade, que determina para o seu centro de
Rexterna = Msistema aCM massa uma trajetória parabólica. Se o atleta realizar uma
série de piruetas e acrobacias, estas não alteram a trajetória
Esta expressão traduz o chamado teorema do centro do seu centro de massa nem o ponto de encontro do CM
de massa, cujo enunciado apresentamos a seguir. com a água, pois as forças que as produziram são forças
musculares internas ao atleta.
1. Considere um conjunto de três pontos materiais definidos por m1y1 + m2y2 + m3y3
m(x;y), em que m representa a massa em kg e x e y as coorde- yCM = —–––––––––––––————
m1 + m2 + m3
nadas cartesianas em metros.
P1 2 (0; –1); P2 1 (1; 0); P3 2 (2; 6) 2(–1) + 1.0 + 2.6
O centro de massa do sistema é dado, no gráfico, pelo ponto: yCM = ––––––––––———— (m)
2+1+2
yCM = 2m
Resposta: A
Resolução
m1x1 + m2x2 + m3x3
xCM = –––––––––––––—————
m1 + m2 + m3
xCM = 1m
30
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 09/08/12 10:42 Página 31
xA = 0; xCM = ?; xB = 1,0m
xCM = 0,60m
31
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 32
mT xT + mL xL
xCM = ––––––––––––––
mT + mL
32
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 33
1 + 32 1 + 32 L
a)
–––––––––
+
1 2
L b)
–––––––––
+ 2
1 2
–––
1 + 32 L 1 + 2 L
c)
–––––––––
+ 4
1 2
––– d)
–––––––––
– 4
2 1
–––
O valor de D é:
a) 1000m b) 1200m c) 1600m
d) 1800m e) 2000m
1 + 22 L
e)
–––––––––
+ 4
1 2
–––
12. Um disco homogêneo de raio R tem espessura desprezível e seu
centro de massa tem coordenadas xCM = 0 e yCM = R, conforme
mostra a figura 1.
9. (UFPB) – Considere uma barra homogênea com massa igual a
5,0kg e 2,0m de comprimento. Nas extremidades da barra, são
colocados dois pesos de formato circular, de massas 3,0kg e
2,0kg, respectivamente, conforme a figura.
3R
centro C tem coordenadas x = 0 e y = –––– (fig. 2).
2
O centro de massa do disco, com a cavidade referente ao disco
menor retirado (figura sombreada no gráfico) terá coordenada y1
dada por:
R 3 4 5 6
a) ––– b) ––– R c) ––– R d) ––– R e) ––– R
2 4 5 6 7
33
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 34
01) O pêndulo continua oscilando com o mesmo período que ti- 20. (UFJF-MG-MODELO ENEM) – Um casal de patinadores está so-
nha antes. bre uma plataforma horizontal estreita que pode oscilar em torno
02) O centro de massa do haltere cai verticalmente em relação ao do eixo que passa pelo ponto E (veja a figura). A massa dele é de
solo. 70 kg e a dela é de 62kg. A massa da plataforma é desprezível,
04) O centro de massa do haltere cai verticalmente com relação comparada com as massas de cada patinador. Eles estão
ao solo, descrevendo movimento de rotação com velocidade inicialmente parados e de mãos dadas no centro da plataforma e
angular constante em relação ao centro de massa da esfera o conjunto casal-plataforma está em equilíbrio sobre o eixo E da
maior. plataforma.
08) O centro de massa do haltere cai verticalmente com relação
ao solo, enquanto o haltere descreve movimento de rotação
em torno do centro de massa do sistema.
16) O centro de massa do haltere cai oscilando com relação ao
solo.
Dê como resposta a soma dos números associados às proposi-
ções corretas.
34
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 35
a) a plataforma se inclina para baixo, para o lado em que o homem Suponha que um desses mísseis seja lançado do porta-aviões
se desloca. USS Carl Vinson, situado no Golfo Pérsico, em direção a uma base
b) a plataforma se inclina para baixo, para o lado em que a mulher Talibã situada em Shidand, e descreva uma trajetória parabólica.
se desloca. Suponha também que esse míssil possua um sensor com o qual
c) a plataforma se inclina para baixo, para o lado daquele que tiver se pode explodi-lo no ar, de modo que ele se fragmente em
maior velocidade. pedacinhos pequenos, para evitar, por exemplo, que atinja
d) a plataforma se inclina para baixo, para o lado daquele que tiver
indevidamente a população civil. No caso de haver uma explosão
menor velocidade.
como essa, no ar, e com respeito ao movimento do centro de
e) a plataforma continua em equilíbrio durante o movimento dos
patinadores. massa dos fragmentos após a explosão, considere as seguintes
afirmativas, desprezando-se o efeito do ar:
21. (UFOP-MG-MODELO ENEM) – Um soldado lança uma granada I. O centro de massa dos fragmentos continua descrevendo
que explode ainda no ar. Desprezando-se os efeitos de resistência uma trajetória parabólica, porque a explosão representa
do ar, podemos dizer que a trajetória da granada antes de explodir somente o efeito das forças internas.
e a trajetória do centro de massa do sistema formado pelos II. A energia mecânica não é conservada, pois ela sofre um
estilhaços da granada após a explosão e antes de chegarem ao aumento, devido à conversão da energia química armazenada
solo são, respectivamente: em energia mecânica; mas a resultante das forças externas e
a) uma parábola e uma reta vertical. o movimento do centro de massa não se alteram.
b) um arco de circunferência e uma reta vertical. III. O centro de massa dos fragmentos não continua mais
c) uma mesma parábola em ambos os casos. descrevendo uma trajetória parabólica, pois a explosão fará
d) uma parábola e uma hipérbole. com que os fragmentos sigam trajetórias próprias.
e) duas parábolas distintas. Aponte a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
22. (UEL-PR-MODELO ENEM) – Uma das armas utilizadas pelas for-
b) Somente a afirmativa II é verdadeira.
ças especiais dos Estados Unidos da América e da Inglaterra con-
c) Somente a afirmativa III é verdadeira.
tra as bases do Talibã são os mísseis Tomahawk. Esses mísseis
d) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
podem ser lançados de navios ou aviões. Dirigidos por satélite,
e) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
viajam a 880km/h, podendo alcançar alvos situados a 1600km.
35
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 36
CAPÍTULO
Mecânica
3 COLISÃO
MECÂNICA
1. Preliminares
Abordaremos, em nosso estudo, as colisões unidi- Na fase de restituição, desaparecem as deformações
mensionais, isto é, colisões em que as velocidades dos elásticas e a energia potencial elástica armazenada é re-
corpos que colidem são dirigidas segundo uma única di- transformada em energia cinética, podendo haver mais
reção, antes e após a colisão. produção de energia térmica e acústica. A fase de resti-
tuição somente termina quando os corpos se separam.
2. Fases da colisão A fase de deformação sempre existe, porém a fase de
restituição pode não existir.
36
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 37
→ → →
Qapós = Qdurante = Qantes
→ → → →
mA VA’ + mB VB’ = mA VA + mB VB
cimento dos corpos em colisão; outra parte é utilizada Se a quantidade de movimento total do sistema for-
como trabalho em deformações permanentes, e ainda mado pelos corpos que colidem não for nula, após a co-
outra parcela em energia sonora, correspondente ao lisão perfeitamente inelástica os corpos estarão gru-
barulho por ocasião do impacto. dados e em movimento.
A perda de energia mecânica nos revela que o sis-
tema de forças ligado a uma colisão parcialmente elástica
é dissipativo. → → colisão perfeitamente No final, corpos
Na fase de restituição, desaparecem as deformações Qtotal = 0 ←⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯→ em repouso
inelástica
elásticas e a energia potencial elástica armazenada é res-
tituída para a forma de energia cinética, podendo haver
mais produção de energia térmica e energia sonora. → → colisão perfeitamente No final, corpos
Qtotal ≠ 0 ←⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯→ grudados em
Do exposto, podemos concluir que: inelástica
movimento
Na colisão mecânica parcialmente elástica, a ener-
gia cinética final do sistema é menor do que a ener- O fato de não haver armazenamento de energia po-
gia cinética inicial. tencial elástica significa que:
Na colisão perfeitamente inelástica não existe a fase
Observemos que, nesta colisão parcialmente elástica,
de restituição.
existem as duas fases da colisão: deformação e restitui-
ção, porém com dissipação de energia mecânica e com
separação dos corpos após a colisão.
A quantidade de energia mecânica dissipada depende
do valor do coeficiente de restituição e:
e próximo de 1 ⇔ pouca dissipação
e próximo de 0 ⇔ muita dissipação
7. Colisão
perfeitamente inelástica Na colisão perfeitamente inelástica, há transformação de energia mecânica
(ou perfeitamente anelástica) em outras modalidades de energia.
Notas
Se a quantidade de movimento total do sistema for-
mado pelos corpos que colidem for nula, após a colisão
perfeitamente inelástica os corpos ficam em repouso, o
que significa que toda a energia cinética do sistema foi
dissipada.
38
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 39
Pergunta-se:
a) Qual o valor do coeficiente de restituição e qual o tipo de coli-
são?
b) Qual a relação entre as massas de A e B?
Resolução 1) Sendo a colisão elástica, tem-se:
a) O coeficiente de restituição e é dado por:
e = 1 ⇔ Vaf = Vap
Vaf V’B – V’A
e = –––– = –––––––– V’2 – V’1 = V1 – V2
Vap VA – VB
mAV’A + mBV’B = mAVA + mBVB 3. (FUVEST-MODELO ENEM) – Um vagão A, de massa 10t, move-
se com velocidade escalar igual a 0,40m/s sobre trilhos
mA(–5,0) + mB5,0 = mA10,0 + mB(–10,0) horizontais sem atrito até colidir com um outro vagão, B, de
massa 20t, inicialmente em repouso. Após a colisão, o vagão A
fica parado. A energia cinética final do vagão B vale:
15,0mB = 15,0mA ⇒ mB = m A
a) 100J b) 200J c) 400J d) 800J e) 1600J
Resolução
Respostas: a) e = 0,50: colisão parcialmente elástica
mB
b) –––– =1
mA
39
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 40
Resposta: C
5. (FUVEST-MODELO ENEM) – Um caminhão, parado em um
4. (UNESP) – Um corpo em movimento colide com outro de igual semáforo, teve sua traseira atingida por um carro. Logo após o
massa, inicialmente em repouso. choque, ambos foram lançados juntos para frente (colisão
Mostre que, se a colisão for completamente inelástica, a energia perfeitamente inelástica), com uma velocidade de módulo
cinética do sistema (constituído pelos dois corpos) após a colisão estimado em 5 m/s (18 km/h), na mesma direção em que o carro
é a metade da energia cinética antes da colisão. vinha. Sabendo-se que a massa do caminhão era cerca de três
Resolução vezes a massa do carro, foi possível concluir que o carro, no mo-
mento da colisão, trafegava a uma velocidade escalar aproximada
de
a) 72 km/h b) 60 km/h c) 54 km/h
d) 36 km/h e) 18 km/h
Resolução
No ato da colisão, o carro e o caminhão formam um sistema
isolado e haverá conservação da quantidade de movimento total.
Qapós = Qantes
(M + m) Vf = mV0
(3m + m) 18 = m . V0
V0 = 4,0 . 18 (km/h)
6. (VUNESP) – Em experimentos com colisões entre feixes de Como as posições foram registradas iluminando-se a bola em
prótons, verifica-se que muitas dessas colisões são elásticas. intervalos de tempo iguais, pode-se concluir que
Nesses casos, após a colisão, a) o movimento é uniformemente variado.
a) os prótons passam a andar juntos, com velocidades iguais. b) a bola se move da direita para a esquerda.
b) o momento linear de cada próton não varia, só o total varia. c) houve conservação da energia mecânica.
c) conserva-se o momento linear, e há perda de energia cinética. d) o choque da bola com a parede foi elástico.
d) não há variação nas velocidades, como se não houvesse e) o atrito com o chão é menor do lado direito.
interação.
e) a energia cinética total final permanece a mesma de antes.
8. Um elétron colide com um átomo e após a colisão o átomo fica
7. (VUNESP) – A figura representa a fotografia estroboscópica de excitado, atingindo um estado de energia potencial interna maior.
uma bola rolando no chão plano, vista por cima. Esta colisão deve ser considerada como
a) perfeitamente elástica.
b) perfeitamente inelástica.
c) inelástica, porém não perfeitamente inelástica.
d) uma colisão em que não há conservação da quantidade de
movimento total do sistema átomo-elétron.
e) uma colisão em que não há conservação da energia total do
sistema átomo-elétron.
40
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 41
41
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 42
16. (UFF-RJ) – Dois carrinhos podem deslizar sem atrito sobre um c) a variação da energia mecânica do sistema durante a colisão;
trilho de ar horizontal. A colisão entre eles foi registrada, utilizan- d) a altura do ponto A (h1) para que os blocos cheguem ao ponto
do sensores de movimento, e as respectivas velocidades, durante C.
o processo, estão ilustradas no gráfico. O carrinho de massa m2
estava inicialmente em repouso. 19. (UECE-MODELO ENEM) – Um grupo de alunos, no laboratório de
Física, afirma que observaram uma colisão perfeitamente elástica
entre duas esferas metálicas bem polidas, em uma superfície
horizontal, que resultou nas duas esferas terminarem em repou-
so. Nenhuma força externa horizontal estava agindo nas esferas
no instante da colisão. Sobre o fato, assinale o correto.
a) As velocidades escalares iniciais das duas esferas eram iguais
e suas massas eram idênticas.
b) As velocidades escalares iniciais das duas esferas eram
diferentes e suas massas eram, também, diferentes.
c) As velocidades escalares iniciais das duas esferas eram iguais,
mas suas massas não necessariamente eram idênticas.
d) A colisão não pode ter ocorrido como afirmado pelo grupo.
e) As esferas têm massas diferentes.
17. (UFMG) – Em julho de 1994, um grande cometa denominado 21. (UNESP-MODELO ENEM) – Suponha que, em uma partida de
Shoemaker-Levi 9 atingiu Júpiter, em uma colisão frontal e perfei- futebol americano os dois jogadores que aparecem em primeiro
tamente inelástica. plano na figura sofram uma colisão perfeitamente inelástica
De uma nave no espaço, em repouso em relação ao planeta, frontal, com velocidades de mesmo módulo e direção em relação
observou-se que a velocidade do cometa tinha módulo de ao solo.
6,0 . 104m/s antes da colisão.
Considere que a massa do cometa é 3,0 . 1014kg e que a massa
de Júpiter é 1,8 . 1027kg.
Com base nessas informações, calcule
a) o módulo da velocidade, em relação à nave, com que Júpiter
se deslocou no espaço, após a colisão;
b) a energia mecânica total dissipada na colisão do cometa com
Júpiter.
42
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 43
Qfinal = Qinicial
Em (1) ⇒ V’A = VB
Em uma colisão unidimensional, elástica, entre Nos esquemas, a colisão é suposta elástica e todas as esferas têm massas iguais.
corpos de massas iguais, há troca de velocidades Com a chegada de uma esfera na esquerda, apenas uma esfera se move para
a direita, permanecendo as demais em repouso.
entre os corpos. Com a chegada de duas esferas na esquerda, apenas duas esferas se movem
para a direita, permanecendo as demais em repouso.
43
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 44
mV 2
B
EB = EA ⇒ –––––– = m g H
2
VB =
2gH
O pêndulo balístico é usado para medir o módulo V1
da velocidade de impacto de um projétil, de massa m e
Usando-se a conservação da energia mecânica que vai encravar-se no bloco.
→
durante a subida, após a colisão, temos: Chamemos de V2 a velocidade do bloco, contendo
em seu interior o projétil, imediatamente após o impacto.
m(V’B )2
E’B = EC ⇒ –––––––– = m g h Usando-se a conservação da quantidade de movimento
2 total do sistema, imediatamente antes e imediatamente
após a colisão, podemos relacionar V1 e V2:
V’B =
2gh → →
Qdepois = Qantes
→ →
Usando-se a definição de coeficiente de restitui- (M + m) V2 = m V1
ção na colisão entre a partícula e o anteparo, temos: mV1
Da qual: V2 = –––––––– (1)
Vaf V’B
2 gh M+m
e = ––––– = ––––– = ––––––––
Vap VB
2 g
H Desprezando-se a resistência do ar, após a colisão, a
energia mecânica do sistema bloco + projétil permanece
constante e, durante a subida do bloco, a energia cinética
44
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 45
mV1
––––––– =
2 g
h
M+m
Usando-se a conservação da quantidade de mo-
vimento, no ato da colisão, tem-se:
M+m
Portanto: V1 = –––––––
2 g
h
m
(M + m) M+m
Ecin = ––––––––– V 2 = ––––––– . 2 g h
2 2 2 2
(I)
. Q
→ 2 → 2 → →
’ . + . Q’ . + 2. Q ’ . . Q’ . cos = . Q .
A B A B
→
i
Ecin m
2
–––––– = –––––––– mVA’2 mVB’2 mVA2
Ecin M+m –––––– + –––––– = ––––––
1 2 2 2
45
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 46
23. (FEI) – Uma esfera A, percorrendo um plano horizontal liso com 24. Duas partículas, A e B, realizam uma colisão unidimensional e per-
velocidade escalar V, choca-se com outra esfera idêntica, B, que feitamente elástica.
se encontra inicialmente em repouso sobre esse plano. O choque Antes da colisão, a partícula A tem velocidade de módulo V0 e B
é unidimensional, e, após a ocorrência dele, as esferas têm velo- está em repouso.
cidades escalares VA e VB, respectivamente. Sendo M e m as massas de A e B, respectivamente, responda
Obter os valores de VA e VB em função do valor do coeficiente de aos quesitos que se seguem.
restituição e e de V. a) Calcule as velocidades escalares de A e B após a colisão.
Resolução b) Discuta o sentido do movimento de A após a colisão.
c) Discuta a limitação da velocidade adquirida por B após a
colisão.
Resolução
Qf = Qi
VB – VA = e V (2)
V (1 – e)
VA = ––––––––– Resolvamos o sistema de equações (1) e (2):
2
De (2): VB’ = VA’ + V0
Para e = 1 (colisão elástica), a velocidade escalar de B é máxima
e a de A é mínima: Em (1): MVA’ + m(VA’ + V0) = MV0
V (1 + e ) V(1+1)
VB = ————— = ————— = V Portanto: MVA’ + mVA’ + mV0 = MV0
máx 2 2
V (1 – e) VA’ (M + m) = V0(M – m)
VA = ————— = 0
mín 2
2
V
— ⭐ VB ⭐ V
2
VB’ = V0 ( M–m
1 + ————
M+m )
V(1 – e) V(1 + e)
Respostas: VA = ––––––––– e VB = ––––––––
2 2
VB’ = V0 ( M+m+M–m
————————
M+m )
46
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 47
(
M–m
VA’ = —––——
M+m ) V0 Fazendo-se (1) + (2), obtém-se:
(1) Se M > m, resulta VA’ > 0, o que significa que, após a co- 4,0VB’ = 30,0 ⇒ VB’ = 7,5m/s
lisão, A continua caminhando para frente, isto é, no mes-
mo sentido de movimento de antes da colisão. Em (2), tem-se:
(2) Se M < m, resulta VA’ < 0, o que significa que, após a co- 7,5 – VA’ = 5,0 ⇒ VA’ = 2,5m/s
lisão, A caminha para trás, isto é, inverte o sentido de mo-
vimento de antes da colisão.
Respostas: VA’ = 2,5m/s e VB’ = 7,5m/s
(3) Se M = m, resulta VA’ = 0, o que significa que, após a co-
lisão, A permanece em repouso.
26. Considere um pêndulo constituído por um fio ideal de comprimen-
c) Retomemos VB’ : to L, fixo em O, e tendo em sua outra extremidade uma esferinha
2M de massa m.
VB’ = ———— . V0
M+m Inicialmente o pêndulo está em repouso, na posição vertical.
Um segundo pêndulo, idêntico ao primeiro, é fixo em um ponto
Podemos escrever: O’, vizinho de O, e abandonado da posição horizontal.
VB’ M
——— = ————
2V0 M+m
47
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 48
D2 = 18m
5) Cálculo do alcance:
A = D1 + D2 = 30m + 18m
A = 48m
EC = EB
Resposta: C
2m
2mgh = —— (VB’ )2 28. (UNESP-MODELO ENEM) – Em um jogo de bilhar, o jogador deseja
2
colocar a bola preta numa caçapa de canto da mesa. Conforme
( )
1 2gL 2 indica a figura, o jogador joga a bola branca em direção à preta, de
gh = — —––—— modo que a bola preta sofra uma deflexão de 30° em relação a essa
2 2
direção, para atingir a caçapa.
1 2gL L
gh = — ——— ⇒ h = –––
2 4 4
Resposta: D
ts = 1,5s
48
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 09/08/12 10:42 Página 49
2V1 V2 cos ␣ = 0
29. (UFF-RJ) – Considere duas esferas idênticas, E1 e E2. A esfera E1 Sabendo-se que até o instante t = 3,0s houve apenas uma colisão
desliza sobre uma calha horizontal, praticamente sem atrito, com entre A e B, desprezando-se o intervalo de tempo de contato
velocidade V. Em dado instante, choca-se elasticamente com a entre as esferas durante o choque e adotando-se π = 3, determine
esfera E2, que se encontra em repouso no ponto X, conforme a) a velocidade angular A, em rad/s, com que se movia a esfera
ilustra a figura. A colisão é unidimensional. A antes de colidir com B;
b) a velocidade escalar VB, em m/s, da esfera B, na situação da
figura II.
30. (VUNESP-FMJ) – A figura representa a vista de cima, em dois a) Quantas colisões haverá entre as duas esferazinhas?
instantes diferentes, de duas esferas, A e B, de massas iguais, b) Quais serão as velocidades escalares das esferazinhas ao final
presas a duas hastes rígidas de massas desprezíveis, apoiadas deste evento?
numa superfície plana, horizontal e perfeitamente lisa. As hastes
têm comprimentos 0,6m e são presas num pino fixo no ponto O, 32. (FUVEST) – Em uma canaleta circular, plana e horizontal, podem
podendo girar livres de qualquer resistência. A partir do instante deslizar duas pequenas bolas, A e B, com massas MA = 3 MB, que
t = 0, A é colocada para girar no sentido anti-horário com →
são lançadas uma contra a outra, com igual velocidade V0, a partir
velocidade angular constante A, e colide de forma perfeitamente das posições indicadas. Após o primeiro choque entre elas (em 1),
elástica com B, que estava parada na posição indicada na figura I. que não é elástico, as duas passam a movimentar-se no sentido
Devido à colisão, B sai do repouso e três segundos depois da →
horário, sendo que a bola B mantém o módulo de sua velocidade V0.
partida de A, a situação é a representada na figura II, com B se
movendo com velocidade de módulo constante VB.
49
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 50
33. Num trilho reto, horizontal e fixo no laboratório, um carrinho de conservação da energia cinética, a velocidade de afastamento das
massa m1, movendo-se com uma velocidade de módulo igual a partículas é igual à velocidade de aproximação. Qual é a massa m,
4,0m/s, colide frontal e elasticamente com outro carrinho, de em unidades de massa atômica, encontrada para o nêutron no
massa m2, que se movia com uma velocidade de módulo igual a experimento?
2,0m/s na mesma direção, mas em sentido contrário ao do
primeiro.
38. (UNESP) – Em recente investigação, verificou-se que uma peque-
na gota de água possui propriedades elásticas, como se fosse
uma partícula sólida. Em uma experiência, abandona-se uma gota
de uma altura h0, com uma pequena velocidade horizontal. Sua
trajetória é apresentada na figura.
50
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 51
51
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:30 Página 52
45. (FUVEST) – Para testar a elasticidade de uma O coeficiente de restituição, CR = VR/VI, é a razão entre o
bola de basquete, ela é solta, a partir de uma módulo da velocidade com que a bola é rebatida pelo chão
altura H0, em um equipamento no qual seu (VR) e o módulo da velocidade com que atinge o chão (VI),
movimento é monitorado por um sensor. Esse em cada choque. Esse coeficiente é aproximadamente
equipamento registra a altura do centro de constante nas várias colisões.
massa da bola, a cada instante, acompa-
nhando seus sucessivos choques com o chão. NOTE E ADOTE:
A partir da análise dos registros, é possível, Desconsidere a deformação da bola e a resistência do ar.
então, estimar a elasticidade da bola,
caracterizada pelo coeficiente de restituição
CR. O gráfico apresenta os registros de 46. (UNESP-MODELO ENEM) – Em um dia muito chuvoso, em que
alturas, em função do tempo, para uma bola o atrito entre os pneus de dois carros de massas iguais e a
de massa M = 0,60 kg, quando ela é solta e inicia o movimento estrada é muito baixo, ocorre uma colisão traseira. Sabendo-se
com seu centro de massa a uma altura H0 = 1,6 m, chocando-se que um dos carros (carro 2) estava parado no momento da
sucessivas vezes com o chão. colisão, a qual, nas condições do problema, pode ser tomada
como perfeitamente elástica, qual das descrições corresponderia
à melhor representação do que ocorre após o choque entre os
dois carros?
a) O carro 1 fica parado, e o carro 2 segue com a velocidade
original do carro 1.
b) O carro 1 volta com a mesma velocidade em módulo e o carro
2 continua parado.
c) O carro 2 segue com o dobro da velocidade original do carro 1,
mas a soma das duas velocidades continua sendo igual à
original do carro 1.
d) Os dois carros seguem em sentidos opostos com metade da
velocidade original em módulo do carro 1.
e) Os dois carros seguem juntos no mesmo sentido com metade
da velocidade original do carro 1.
52
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 53
Qapós = Qantes
Ef = 0,9 . 1011J = 9,0 . 1010J
(MJ + Mc) Vf = McV0
Mc << MJ ⇒ 1,8 . 1027 Vf = 3,0 . 1014 . 6,0 . 104 Em = Ei – Ef ⇒ Em 5,4 . 1023J
Vf = 1,0 . 10–8m/s
Respostas: a) 1,0 . 10–8m/s b) 5,4 . 1023J
53
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 54
V12 4
h1 – h2 = –––– (2) em (1): 4 . ––– VB + 3 VB = 5 V0
2g 3
V12 16 VB + 9 VB = 15 V0
h1 = h2 + ––––
2g
3
25 VB = 15 V0 ⇒ VB = ––– V0
36,0 5
h1 = 5,0 + ––––– (m)
20,0
4 3 4
VA = ––– . ––– V0 ⇒ VA = ––– V0
h1 = 6,8m 3 5 5
Respostas: a) Demonstração
Respostas: a) 4,0m/s b) 6,0m/s
c) –12,0J d) 6,8m 4 3
b) VA = ––– V0 ; VB = ––– V0
5 5
19) D 20) D 21) A 22) D 29) B
rad 42) a) No instante em que a esferinha atinge a altura máxima,
30) a) 1,5 –––– 31) a) duas colisões
s ela para em relação à plataforma, isto é, esferinha e pla-
b) 0,90m/s b) V f’(B) = –V0 taforma têm velocidades iguais.
Vf(A) = 0 Como não há atrito nem resistência do ar, o sistema
esferinha-plataforma é isolado de forças horizontais e
32) B 33) D 34) A 35) D haverá conservação da quantidade de movimento na
direção horizontal:
36) V’A = –2,0m/s e V’B = 6,0m/s Qfinal = Qinicial
54
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 55
1,0 5,0
–––– (4,0)2 = 1,0 . 10 . h + –––– (0,80)2
2 2
T = 9,0s
Como a interação é equivalente a uma colisão elástica,
vem: 44) a) Como não há atrito, o movimento até a 1.a colisão é unifor-
1) Qapós = Qantes me:
|V3| = 5,12m/s
V = V0 + ␥ t ⇒ –10 = 0 – 10 t1 ⇒ t1 = 1,0s
55
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 56
T = 4,0s
Ep = 6,0h (SI)
O gráfico da Ep em função de h terá o mesmo formato do c) A velocidade de chegada ao chão na 1.a colisão é dada por:
gráfico da altura em função do tempo, com os valores
numéricos multiplicados por 6,0. V2 = V02 + 2 ␥ ⌬s
V2I = 2 g H0 ⇒ V1 =
2 g H0
V2 = V02 + 2 ␥ ⌬s
0 = VR2 + 2 (– g) H1
VR =
2 g H1
VR
2 g H1
CR = –––– = –––––––––
VI
b) 1) Antes da 1.a colisão, a energia mecânica total é cons-
2 g H0
tante e é dada por:
E0 = mg H0
H1 0,4
CR = –––– = –––– =
0,25
E0 = 9,6J H0 1,6
56
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 57
CAPÍTULO
Mecânica
4 GRAVITAÇÃO
57
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 58
58
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 59
59
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 60
60
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 61
1. Considerando a órbita da Terra em torno do Sol como circular 3. (MODELO ENEM) – O cometa de Halley atingiu, em 1986, sua
e de raio R = 1,5 . 1011m e o ano terrestre igual a 3,1. 107s, posição mais próxima do Sol (periélio) e, em 2023, atingirá sua
calcule posição mais afastada do Sol (afélio).
a) a intensidade da velocidade de translação da Terra em seu
movimento orbital;
b) a velocidade areolar da Terra (adote π = 3,1).
Resolução
a) Sendo a órbita circular, o movimento de translação é uniforme
e a velocidade orbital é dada por:
⌬s 2πR 2 . 3,1 . (1,5) . 1011
v = ––– = –––– ⇒ v = ––––––––––––––––– (m/s)
⌬t T 3,1 . 107
61
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 62
e) não podemos calcular a razão T1/T2 , por insuficiência de da- desde a descoberta de Netuno em 1840. Veja o quadro que
dos. apresenta algumas características das órbitas para três dos
Resolução exoplanetas do sistema, incluindo o HD74156d:
Aplicando-se a 3.a Lei de Kepler, para o movimento de satélites Semieixo maior
em torno da Terra, temos: Período de
da Órbita (a) Excentri-
Revolução T2/a3
Planeta (em Unidades cidade da
R31 R32 (T) (em dias [dia2/(ua)3]
–––– = –––– Astronômicas, órbita
terrestres)
T12 T22 ua)
Sendo R1 = 4R2, vem: HD74156b 52 0,29 0,64 1,1 x 105
64R23 R23
–––––– = –––– HD74156c 2476 X 0,43 1,1 x 105
T12 T22
HD74156d 337 1,0 0,25 W
2 2 T1
T1 = 64T2 ⇒ T1 = 8T2 ⇒ ––– =8
T2 Com base nas informações, pode-se afirmar que
a) dos três planetas, o c é o que tem uma órbita cuja forma mais
Resposta: C
se aproxima de uma circunferência.
b) o valor de X, no quadro, é, certamente, menor que 0,29 ua.
5. Considere a órbita da Lua, em torno da Terra, como circular, de
c) como o semieixo maior da órbita do planeta d é 3,4 vezes o
raio igual a 60R (R é o raio terrestre) e de período igual a 27 dias.
semieixo maior da órbita do planeta b, o valor de W, no quadro,
Identifique para um satélite estacionário da Terra:
é 3,4 vezes 1,1 x 105 dia2/(ua)3.
a) o plano de órbita.
d) o valor 1,1 x 105 dia2/(ua)3 é próximo do valor para o sistema
b) a forma da órbita.
solar.
c) o período de translação.
e) o valor de X, no quadro, é comparável com o semieixo maior
d) o raio de órbita em função de R.
da órbita da Terra em torno do Sol.
Resolução
Resolução
a) A órbita está contida no plano equatorial da Terra.
a) FALSA. Quanto menor for a excentricidade, mais a órbita se
b) A órbita é circular para que o movimento de translação em
aproxima de uma circunferência (planeta d).
torno do centro de massa da Terra seja uniforme.
c) O período de translação do satélite estacionário é igual ao b) FALSA. Como o período é maior, o semieixo maior também
período de rotação da Terra: 24h. será maior, isto é, X > 1,0.
d) Aplicando-se a 3.a Lei de Kepler: c) FALSA. O valor de W é constante, isto é, 1,1 . 105
d) VERDADEIRA. Para o sistema solar, temos:
RL3 RS3
–––––– = ––––
TL2 TS2 T2 (365 d)2
––– = –––––––
a3 (ua)3
Como TS = 1d, TL = 33d, RL = 60R, vem:
T2
––– = 133 225 d2/(ua)3
(60R)3 RS3 60R 20R a3
––––––
6 = –––– ⇒ RS = –––– = –––– ⇒ RS 6,7R
3 1 9 3
T2 (dia)2
––– = 1,3.105 –––––
a3 (ua)3
6. (UFCG-PB-MODELO ENEM) – Recentemente, confirmou-se a
existência do exoplaneta HD74156d pertencente ao Sistema
HD74156 na constelação de Hydra. Exoplanetas são corpos em b) FALSA. Porque o ano do planeta é quase 7 vezes o ano terres-
órbita de estrelas fora do sistema solar e com órbitas tre.
permanentes. Trata-se do primeiro planeta teoricamente previsto Resposta: D
7. (UNESP) – Analise o movimento de um planeta em diversos e) caso as áreas sombreadas sejam iguais, o tempo levado para
pontos de sua trajetória em torno do Sol, conforme aparece na o planeta ir de A até B é maior que entre C e D.
figura.
Considerando-se os trechos entre os 8. Considere um cometa em órbita elíptica em torno do Sol.
pontos A e B e entre os pontos C e D,
pode-se afirmar que,
a) entre A e B, a área varrida pela linha
que liga o planeta ao Sol é maior do
que aquela entre C e D.
b) caso as áreas sombreadas sejam
iguais, o planeta move-se com maior
velocidade escalar no trecho entre A
e B.
c) caso as áreas sombreadas sejam iguais,
o planeta move-se com maior velo-
cidade escalar no trecho entre C e D. S1 = área varrida pelo raio vetor do cometa entre as posições A e
d) caso as áreas sombreadas sejam iguais, B.
o planeta move-se com a mesma S2 = área varrida pelo raio vetor do cometa entre as posições C e
velocidade escalar nos dois trechos. D.
62
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 63
Sabe-se que a medida do arco AB é a metade da medida do arco A partir da 3.a Lei de Kepler, podemos avaliar o período de trans-
CD e que a área S2 é quatro vezes maior que a área S1 (ver figura). lação de Ceres em torno do Sol como sendo um valor mais pró-
ximo de:
A velocidade escalar média do planeta vale V1 entre A e B e vale
a) 365 dias b) 730 dias c) 1460 dias
V2 entre C e D.
d) 1680 dias e) 2920 dias
A relação entre V1 e V2 é:
a) V1 = 4V2 b) V1 = 2V2 c) V1 = V2 Dado:
21 4,6
V2 V2
d) V1 = –––– e) V1 = ––––
2 4 13. (UNESP) – O período de revolução T e o raio médio r da órbita de
um planeta que gira ao redor de uma estrela de massa m
9. (UNIP-SP) – O cometa de Halley descreve, em torno do Sol, a satisfazem a relação (m T2)/r3 = 4π2/G, em que G é a constante de
órbita elíptica representada na figura. gravitação universal. Considere dois planetas e suas respectivas
estrelas. O primeiro, o planeta G581c, recentemente descoberto,
que gira em torno da estrela Gliese581 e o nosso, a Terra, girando
ao redor do Sol. Considere o período de revolução da Terra 27
vezes o de G581c e o raio da órbita da Terra 18 vezes o raio da ór-
bita daquele planeta. Determine qual seria a massa da estrela
Gliese581 em unidades da massa M do Sol.
63
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 64
17. (UFRJ) – A tabela a seguir ilustra uma das leis do movimento dos
planetas: a razão entre o cubo da distância média D de um planeta
ao Sol e o quadrado do seu período de revolução T em torno do
Sol é constante. O período é medido em anos e a distância em
unidades astronômicas (ua). A unidade astronômica é igual à
distância média entre o Sol e a Terra. Suponha que o Sol esteja no
centro comum das órbitas circulares dos planetas.
PLANETA MERCÚRIO VÊNUS TERRA MARTE JÚPITER SATURNO
64
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 65
3. Lei da Gravitação
Universal de Newton (1642-1727)
Apoiado nos estudos de Copérnico (1473-1543), Ga-
lileu (1564-1642) e Kepler (1571-1630), Isaac Newton
apresentou a lei da gravitação universal.
Entre dois corpos quaisquer, pelo simples fato de
terem massa, existe uma força de atração denominada
força gravitacional.
A medida da força gravitacional é traduzida na
apresentação da lei:
“A força gravitacional entre dois pontos materiais
tem intensidade diretamente proporcional ao
produto de suas massas e inversamente propor- Para um ponto material de massa m colocado em um
cional ao quadrado da distância que os separa.” ponto A, a uma altitude h, temos:
PA = FG
GMm GM
mgA = ––––––– ⇒ gA = –––––––2
(R + h)2 (R + h)
GM
Para h = 0, temos: g0 = –––––
R2
GMm
F = –––––––
d2 Portanto, a gravidade na superfície de um planeta só
depende da massa do planeta (diretamente proporcional
A constante de proporcionalidade G é denominada à massa) e do raio do planeta (inversamente proporcional
constante de gravitação universal ou Constante de Gauss ao quadrado do raio).
e seu valor, obtido por Cavendish, é:
65
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 66
→ → →
FG = Fcp + PA
GMm
PEq = Pmín = –––––
2
– m2R
R
Consideremos um ponto material de massa m locali-
zado em um ponto A de latitude (ângulo entre o vetor A variação do peso com a latitude significa variação
→ → da aceleração da gravidade com a latitude.
posição CA e o vetor fixo CO na linha do Equador).
Acompanhando a rotação da Terra, o ponto material
vai descrever movimento circular e uniforme em torno 5. Energia no campo gravitacional
do ponto C’ com raio C’A = r.
Consideremos um campo de forças atrativas, tal que
a intensidade (F) da força de campo é inversamente pro-
porcional ao quadrado da distância (r) entre os corpos
K
que se atraem, isto é: F = –– , em que K é uma constan-
r2
te característica dos corpos em questão.
Considerando-se nula a energia potencial do campo
quando a distância d entre os corpos tende para infinito
(Epot∞ = 0), pode-se demonstrar, com auxílio de cálculo
A força centrípeta Fcp necessária para manter este integral, que a energia potencial, associada ao campo de
movimento tem intensidade dada por: forças, será dada por:
66
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 67
K
Epot = – –––
r
Seja M a massa do planeta, r o raio da órbita e G a
O fato de a energia potencial ser negativa quer dizer constante de gravitação universal.
apenas que:
Em todos os pontos do campo, a energia potencial
é menor do que no infinito.
GMm
massas M e m é do tipo mencionado, pois F = –––––– GM
r2 Assim: v= ––––
r
(força atrativa) e, portanto, a energia potencial gravitacio-
nal será dada por: Observemos que, sendo G uma constante universal,
a velocidade de translação tem módulo dependente
GMm apenas da massa do planeta e do raio de sua órbita.
Epot = – ––––––– Para o mesmo planeta, quanto mais próximo for o
r
satélite, maior sua velocidade de translação.
Em relação ao sistema solar, Mercúrio é o planeta
que apresenta maior velocidade escalar média de
translação (mais veloz dos planetas) e Plutão é o que
apresenta menor velocidade escalar média de translação
(mais lento dos planetas).
Considere um corpo de massa m, animado de veloci-
dade escalar v, a uma distância r do centro de massa da
Terra.
Seja M a massa da Terra e G a constante de gravita- ⌬s 2 π r
Sendo v = –– = –––– , vem:
ção universal. ⌬t T
A energia mecânica do corpo (Em) será dada por:
2πr r
–GMm m v2 T = –––– = 2 π r . ––––
v GM
Em = ––––––––– + –––––
r 2
r3
ou ainda: T = 2π ––––
GM
6. Estudo de um
satélite em órbita Portanto, observemos que também o período de um
Um satélite de um planeta, de acordo com as Leis de satélite só depende da massa do planeta e do raio de sua
Kepler, pode estar em órbita elíptica ou circular e o seu órbita.
movimento é mantido pela força de atração gravitacional
aplicada pela Terra.
Na órbita elíptica, a velocidade linear de translação é a) Energia cinética
variável e o movimento não é uniforme.
Estudemos, apenas, um satélite em órbita circular e,
portanto, com movimento uniforme.
Sendo v =
GM
––––
r
e m a massa do satélite, temos:
67
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 68
68
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 69
mv2
A energia cinética do corpo, fora do campo ––––– ⭓ mg0R ⇒ v ⭓
2g0R
gravitacional da Terra (Epot = 0), será igual à sua energia 2
mecânica.
b) Em = 0: isto significa que a energia do corpo é ape- A velocidade escalar mínima de lançamento, para
nas suficiente para escapar do campo gravitacional da escapar ao campo gravitacional da Terra, será a veloci-
Terra. dade de escape (ve) dada por:
c) Em < 0: isto significa que o corpo não tem energia
suficiente para se libertar do campo gravitacional da ve =
2g0R
Terra; nesse caso, ou retorna à superfície terrestre ou
entra em órbita em torno da Terra. Adotando g0 = 10m/s2 e R = 6400km = 6,4 . 106m,
Dizemos, então, que existe uma energia que mantém temos:
o corpo preso, ligado à Terra, impedindo-o de escapar ao
ve =
2 . 10 . 6,4 . 106 m/s = 8,0
2 . 103m/s
seu campo gravitacional.
Tal energia é chamada “energia de ligação” entre o ve = 8,0
2 km/s 8,0 . 1,4km/s = 11,2km/s
corpo e a Terra e constitui uma espécie de barreira gra-
vitacional criada pela Terra. Portanto, a velocidade de escape do planeta Terra,
A energia de ligação é numericamente igual à energia isto é, a mínima velocidade com que devemos lançar um
mecânica do corpo com o sinal trocado, isto é: corpo para que não mais retorne à Terra, a partir de sua
superfície, é de, aproximadamente, 11,2km/s.
G M m m v2 Em nosso cálculo, não levamos em consideração a ro-
Elig = – Em = –––––– – –––– tação da Terra, nem a considerável influência do ar, tratan-
r 2
do-se, pois, de um cálculo apenas teórico. Na prática, um
corpo lançado com tal velocidade entraria em incandescên-
cia, em virtude do trabalho da força de resistência do ar.
A velocidade de escape é característica de cada pla-
neta, dependendo apenas de sua massa e raio, na suposição
de não se considerar os efeitos de rotação do planeta.
Para um corpo parado, na superfície da Terra, te-
A velocidade de escape é denominada velocidade cós-
mos: r=Rev=0 mica segunda.
Assim, se lançarmos um corpo horizontalmente, de um
Portanto: ponto bem próximo à superfície terrestre, não levando em
GMm
Elig = –––––– (1) conta a rotação da Terra nem a resistência do ar, teremos:
R
1.a) Para velocidades de lançamento inferiores a
8,0km/s, o projétil terá trajetória parabólica, retornando à
GM
Sendo g0 = ––––– , vem: GM = g0R2 (2) superfície terrestre.
R2
2.a) Para velocidade de lançamento de módulo apro-
Substituindo (2) em (1), resulta: ximadamente igual a 8,0km/s, o projétil assume uma
órbita circular com período aproximado de 84 minutos.
g0 R2 . m
Elig = –––––––– ⇒ Elig = mg0R 3.a) Para velocidades superiores a 8,0km/s e infe-
R
riores a 11,2km/s (velocidade de escape), o projétil assu-
me uma órbita elíptica.
4.a) Para velocidade de módulo aproximadamente
igual a 11,2km/s, o projétil assume trajetória parabólica,
Denomina-se energia de escape a quantidade de
não mais retornando à Terra.
energia mecânica mínima a ser fornecida a um corpo para
que consiga “escapar” do campo gravitacional da Terra. 5.a) Para velocidades superiores a 11,2km/s, o projétil
Em particular, para que um corpo parado na super- assume trajetória hiperbólica, não mais retornando à Terra.
fície da Terra consiga escapar de seu campo gravita- Nas três primeiras hipóteses, o projétil tem energia
cional, ele deve receber uma energia cinética maior ou mecânica negativa e se mantém ligado à Terra; na 4.a hi-
igual à sua energia de ligação com a Terra. pótese, a energia mecânica é nula e na 5.a hipótese, a
energia mecânica é positiva e o projétil não mais retorna
Assim: Ecin ⭓ Eligação ou Eescape = Eligação à Terra.
69
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 70
0,055 MT MT
Mercúrio: ––––––––– 0,38 –––– ⇒ gM < gT
(0,38RT)2 R2T
0,81 MT MT
Vênus: ––––––––– 0,90 –––– ⇒ gV < gT
(0,95RT)2 R2T
0,11 MT MT
Uma partícula de massa m colocada em P ficará em equilíbrio e, Marte: ––––––––– 0,39 –––– ⇒ gM < gT
portanto: (0,53RT)2 R2T
F1 = F2
316,5 MT MT
Júpiter: ––––––––– 2,5 –––– ⇒ gJ > gT
GMm G4Mm (11,2RT)2 R2T
–––––– = ––––––––––
d12 d22 94,8 MT MT
Saturno: ––––––––– 1,1 –––– ⇒ gS > gT
d12 1 (9,4RT)2 R2T
––– = –––
d22 4 14,4 MT MT
Urano: ––––––––– = 0,90 –––– ⇒ gU < gT
(4,0RT)2 R2T
d1 1
–––– = ––– 17,1 MT MT
d2 2 Netuno: ––––––––– 1,1 –––– ⇒ gN > gT
(3,9RT)2 R2T
Resposta: B
Resposta: D
23. (PUC-SP-MODELO ENEM) – Garfield, com a finalidade de dimi-
nuir seu peso, poderia ir para quais planetas? 24. (FCMPA-RS) – A densidade média do planeta Terra é de
5,0 . 103 kg/m3. Qual é a densidade de um planeta que tenha o
mesmo diâmetro da Terra, com aceleração da gravidade
superficial com módulo igual a um quinto (1/5) do módulo da
aceleração da gravidade de nosso planeta?
a) 0,25 g/cm3 b) 0,50 g/cm3 c) 0,75 g/cm3
d) 1,0 g/cm3 e) 5,0 g/cm3
Resolução
1) P = FG
GMm
Considere a tabela a seguir e gTerra = 9,8m/s2, MT = Massa da mg = –––––
R2
Terra e RT = Raio da Terra:
Planetas Massa Raio GM
g = ––––– (1)
R2
Mercúrio 0,055MT 0,38RT
70
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 71
1 T
RX = RT e gX = ––– gT ⇒ X = –––
5 5
Resposta: D
––r ––R
1 1 1 1 III. A força gravitacional que a Terra aplica no sistema formado
a) V2 = 2gR2 – –– b) V2 = 2gR2 + ––
R r pela nave e pelo seu conteúdo faz o papel de resultante
centrípeta.
––R ––R
1 1 1 1 Responda mediante o código:
c) V2 = 2gR2 . –– d) V2 = 2g2R – –– a) Apenas I está correta. b) Apenas II está correta.
r r
c) Apenas III está correta. d) Apenas I e II estão corretas.
––R
1 1 e) Apenas I e III estão corretas.
e) V2 = 2gR2 – –– Resolução
r
I. Correta. Um corpo está em queda livre quando está sob ação
Resolução exclusiva da força gravitacional. Todo corpo em órbita (circular
ou elíptica) está em uma eterna queda livre.
II. Falsa.
III. Correta. O movimento da nave é circular uniforme e a força
resultante é centrípeta.
Resposta: E
G M
V2 1 1 1 1 V= ––––––
––– = GM
2 ––– – –––
R r
⇒ V2 = 2GM
––– – –––
R r
R
GM = gR2 ⇒ V2 = 2 g R2 1 1
––– – –––
R r
⌬s 2πR
V = –––– = –––––
⌬t T
Resposta: E
2πR GM
Portanto: –––– = ––––
T R
26. (UNIP-SP-MODELO ENEM) – A ilustração a seguir representa
astronautas flutuando no interior de uma nave que está em órbita
circular em torno do centro da Terra, sob ação exclusiva da força 4 π 2R 2 GM
gravitacional aplicada pela Terra. ––––––– = ––––
T 2
R
71
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 72
Resolução
4π2
T2 = –––– . R3 A balança indicará zero quando a aceleração da gravidade (de mó-
GM dulo g = 10m/s2) for igual à aceleração centrípeta da pessoa para
acompanhar o movimento de rotação da Terra.
g = acp = 2 R
Sendo T2 = K R3, vem:
g g 2π
2 = –––– ⇒ = –––– = ––––
4π2 R R T
K = ––––––
GM
R
T = 2π ––––
G M g
Respostas: a) V = ––––––
R
6,4 . 106
T=6 –––––––– (s)
4π2 10
b) K = ––––
GM
T=6
64 . 104 (s)
29. (UNESP) – A força gravitacional entre um satélite e a Terra tem 33. (VUNESP-FMJ-SP) – O planeta Urano, descoberto em 1781,
intensidade igual a F. Se a massa desse satélite fosse quadrupli- apresenta como peculiaridade o fato de seu eixo de rotação ser
cada e a distância entre o satélite e o centro da Terra duplicasse, praticamente paralelo ao plano de sua órbita, ou seja, é um
a intensidade da força gravitacional seria planeta “deitado”. O raio de Urano é 4 vezes maior do que o raio
a) F/4 b) F/2 c) 3F/4 d) F e) 2F da Terra, e sua massa é aproximadamente 16 vezes maior que a
da Terra. Sendo gU e gT as intensidades dos campos
30. (FUVEST) – No sistema solar, o planeta Saturno tem massa cerca gravitacionais criados por Urano e pela Terra em suas respectivas
de 100 vezes maior do que a da Terra e descreve uma órbita, em superfícies, pode-se afirmar que:
torno do Sol, a uma distância média 10 vezes maior do que a dis- a) gU = (1/4) gT b) gU = (1/2) gT c) gU = gT
tância média da Terra ao Sol (valores aproximados). A razão FSat/FT d) gU = 2 gT e) gU = 4 gT
entre a intensidade da força gravitacional com que o Sol atrai
Saturno e a intensidade da força gravitacional com que o Sol atrai a 34. (UNIFESP) – Estima-se que o planeta Urano possua massa 14,4
Terra é de aproximadamente: vezes maior que a da Terra e que o módulo da sua aceleração
a) 1000 b) 10 c) 1 d) 0,1 e) 0,001 gravitacional na linha do equador seja 0,9g, em que g é o módulo
da aceleração gravitacional na linha do Equador da Terra. Sendo
31. (FUVEST) – A razão entre as massas de um planeta e de seu RU e RT os raios nas linhas do equador de Urano e da Terra,
satélite é 81. Um foguete está a uma distância R do centro do respectivamente, e desprezando-se os efeitos da rotação dos
planeta e a uma distância r do centro do satélite. Qual deve ser planetas, RU/RT vale
R a) 1,25 b) 2,5 c) 4 d) 9 e) 16
o valor da razão ––– para que as duas forças de atração sobre o
r
35. (FUVEST-SP) – Recentemente, Plutão foi “rebaixado”, perdendo
foguete se equilibrem? sua classificação como planeta. Para avaliar os efeitos da gravidade
em Plutão, considere suas características físicas, comparadas com
32. (UEPB) – Duas partículas de massas iguais a m estão localizadas as da Terra, que estão apresentadas, com valores aproximados, no
em vértices opostos de um quadrado de lado d. Duas outras quadro a seguir.
partículas, com massas iguais a m 2, estão localizadas nos ou-
tros dois vértices desse quadrado. Nessa situação, o módulo da Massa da Terra (MT) = 500 x Massa de Plutão (MP)
força gravitacional resultante que age sobre uma das partículas de Raio da Terra (RT) = 5 x Raio de Plutão (RP)
maior massa é dado por:
Gm2 Gm2 Gm2 a) Determine o peso, na superfície de Plutão (PP), de um corpo que
a) ––––– (1 + 2
2) b) 3 ––––– c) ––––– na superfície da Terra pesa 40 N (PT = 40 N).
d2 d2 d2
b) Estime a altura máxima H, em metros, que uma bola, lançada
verticalmente com velocidade de módulo V0, atingiria em
Gm2 3 Gm2 Plutão. Na Terra, essa mesma bola, lançada com a mesma
d) 2
2 ––––– e) –– –––––
d2 2 d2 velocidade, atinge uma altura hT = 1,5 m.
72
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 73
NOTE E ADOTE:
GMm
F = ––––––– ; Peso = mg; gT = 10m/s2
R2
Despreze o efeito da amotsfera e não considere os efeitos de
rotação da Terra e de Plutão.
38. (ITA) – Numa dada balança, a leitura é baseada na deformação de 43. (UFBA) – Um planeta X, que tem, em relação à Terra, massa oito
uma mola quando um objeto é colocado sobre sua plataforma. vezes maior e raio duas vezes maior, gira em torno do seu próprio
Considerando-se a Terra como uma esfera homogênea, assinale a eixo, com velocidade angular tal, que todo corpo localizado sobre
opção que indica uma posição da balança sobre a superfície seu equador tem peso aparente nulo. Se esse fato ocorresse na
terrestre onde o objeto terá a maior leitura. Terra, o dia terrestre duraria apenas T0 = 1h e 24 min. Nessas
a) Latitude de 45°. condições, determine o período de rotação do planeta X, em múl-
b) Latitude de 60°. tiplos de T0.
c) Latitude de 90°.
d) Em qualquer ponto do Equador. 44. (UECE) – A Lua descreve um círculo de raio r em torno da Terra
e) A leitura independe da localização da balança já que a massa em 28 dias terrestres. Sendo G a constante da gravitação
do objeto é invariável. universal e m e M as massas da Lua e da Terra, respectivamen-
te, a intensidade da variação da quantidade de movimento linear
39. (UNESP) – Em abril de 2007, foi anunciada a descoberta de da Lua em 14 dias é:
G581c, um novo planeta fora de nosso sistema solar e que tem
algumas semelhanças com a Terra. Entre as várias características GMm 2GMm2
a) –––––– b) –––––––
anunciadas, está o seu raio, 1,5 vez maior que o da Terra. Consi- r2 r
derando-se que a massa específica desse planeta seja uniforme e
igual à da Terra, utilize a lei da gravitação universal de Newton para 4GMm 4GMm2
calcular o módulo da aceleração da gravidade na superfície de c) –––––– d) –––––––
G581c, em termos do módulo da aceleração da gravidade g, na r r
superfície da Terra.
40. (UFPE) – À medida que se aproxima da superfície de um planeta, 45. (VUNESP) – Um satélite, de massa m, circula em órbita estável a
uma sonda espacial envia dados para a Terra. A tabela abaixo uma distância d do centro de um planeta de massa M.
indica os valores medidos para o módulo da aceleração da
gravidade desse planeta como função da distância h da sonda à
sua superfície.
g(m/s2) h(km)
0,6 4,8 . 103
2,4 0,7 . 103
41. A força gravitacional da Lua sobre a Terra causa o efeito das ma-
rés. A figura (fora de escala) que melhor representa esse efeito
está no item: Considerando-se a constante de gravitação universal G, a energia
cinética desse satélite pode ser dada por
73
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 74
3π
___ π
___
d) T = e) T = 50. Seja M a massa da Terra, m a massa de um satélite que está em
G G
órbita circular de raio r e G a constante de gravitação universal.
47. Uma estrela dupla é constituída por duas estrelas, de mesma Sabe-se que a energia potencial gravitacional Ep entre a Terra e o
massa M e cujos centros de massa estão a uma distância R, satélite é dada por:
gravitando em torno do centro de massa do conjunto, em órbitas
circulares. GMm
Ep = – ––––––––
Sendo G a constante de gravitação universal, determine o período r
T de translação das estrelas.
48. Um sistema de três estrelas é constituído por duas estrelas de A razão entre Ep e a energia cinética do satélite Ec é dada por:
mesma massa m que giram em torno de uma estrela central de Ep Ep
massa M, na mesma órbita circular de raio r. a) ––––– = – 2 b) –––– = – 1
EC EC
Ep m Ep M
c) ––––– = –––– d) –––– = –––
EC M EC m
Ep
e) ––––– = 1
EC
G m G c) a energia mecânica total do satélite em função de G, M, m e
a) V = –– M + ––– b) V = –– (M + m) r;
r 4 r
Considere nula a energia potencial gravitacional no infinito.
d) a velocidade de escape de um corpo, a partir da superfície
G m
G M
c) V = –– M + ––– d) V = –– ––– + m terrestre, em função de R e do módulo da aceleração da
r 2 r 4 gravidade na superfície terrestre indicado por g0.
G M+m NOTE E ANOTE
e) V = –– –––––––
r 4
1) A força gravitacional entre dois corpos de massas M
49. (FUVEST) – Um satélite artificial, em órbita circular em torno da e m, com centros de massa se parados por uma
Terra, mantém um período que depende de sua altura em relação distância d, tem intensidade F dada por:
à superfície da Terra. Determine
a) o período T0 do satélite, em minutos, quando sua órbita está Mm
muito próxima da superfície (Ou seja, está a uma distância do F = G ––––
centro da Terra praticamente igual ao raio da Terra.); d2
b) o período T4 do satélite, em minutos, quando sua órbita está a
uma distância do centro da Terra aproximadamente igual a 2) Para um referencial no infinito, a energia potencial
quatro vezes o raio da Terra. gravitacional E p entre dois cor pos de massas M e m,
com cen tros de mas sa separados por uma distân cia
d, vale:
–GMm
Ep = –––––––––
d
74
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 75
52. (FUVEST-SP) – Alienígenas desejam observar o nosso planeta. O astrônomo inglês Edmund Halley, em 1758, aplicou a física
Para tanto, enviam à Terra uma nave N, inicialmente ligada a uma newtoniana para prever a aparição de um cometa, cometa de
nave auxiliar A, ambas de mesma massa. Quando o conjunto de Halley, que já havia sido observado em 1607 e 1682. Infelizmente,
naves se encontra muito distante da Terra, sua energia cinética e não foi possível para Halley confirmar seus estudos.
sua energia potencial gravitacional são muito pequenas, de forma A Lei de Newton utilizada por Halley está descrita na alternativa:
que a energia mecânica total do conjunto pode ser considerada a) Todo corpo que atua sobre outro corpo, por meio de uma
nula. Enquanto o conjunto é acelerado pelo campo gravitacional da força, recebe deste último uma força de reação de mesma
Terra, sua energia cinética aumenta e sua energia potencial fica direção, intensidade e de mesmo sentido.
cada vez mais negativa, conservando a energia total nula. Quando b) Dois corpos de massas iguais ou distintas, separados por uma
o conjunto N-A atinge, com velocidade V0 (a ser determinada), o distância, atraem-se devido a uma força de natureza
ponto P de máxima aproximação da Terra, a uma distância R0 de gravitacional, na direção que os une.
seu centro, um explosivo é acionado, separando N de A. A nave N c) Todo corpo mantém seu estado de repouso ou em movimento
passa a percorrer, em torno da Terra, uma órbita circular de raio R0, retilíneo uniforme, quando o somatório das forças sobre ele
com velocidade VN (a ser determinada). A nave auxiliar A adquire for igual a zero.
uma velocidade VA (a ser determinada). Suponha que a Terra d) Quando o somatório das forças em um corpo for igual a zero,
esteja isolada no espaço e em repouso. a velocidade do corpo é constante e ele descreve uma
trajetória circular.
e) A ação de uma força constante em um corpo é proporcional à
sua aceleração, tendo esta mesma direção e intensidade da
força.
75
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 76
76
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 77
G M
27) a) V = –––––– A Terra e a Lua gravitam em MCU em torno do centro de
R massa do sistema Terra–Lua.
4π2 Para o centro C da Terra, a força gravitacional aplicada pela
b) K = ––––– Lua tem a mesma intensidade da resultante centrípeta.
GM Para o ponto A, a força gravitacional é mais intensa que a
centrípeta necessária, provocando a protuberância de água
R na face voltada para a Lua.
29) D 30) C 31) ––– = 9 Para o ponto B, a força gravitacional é menor que a centrípeta
r
necessária, provocando a protuberância na face oposta à Lua.
32) B 33) C 34) C Resposta: D
gP MP RT 2 47) T = 2π –––––– 48) A
Portanto: ––––– = ––––– ––––– 2GM
gT MT RP
49) a) Para um satélite em órbita circular, a aceleração da gra-
MP 1 RT vidade nos pontos da órbita é igual à aceleração centrí-
Sendo ––––– = ––––– e ––––– = 5, vem: peta associada ao seu movimento:
MT 500 RP g = acp = 2 r
g g 2π g
gP 1 1 2 = –– ⇒ = –– ⇒ ––– = ––
––––– = ––––– . 25 = –––– ⇒ gP = 0,5 m/s2 r r T r
10 500 20
V02 Portanto:
H = –––––
2g 4 . 6,4 . 106
T4 = 2 π –––––––––– (s)
10/16
Para o mesmo valor de V0 , temos:
HP gT T4 = 6 . 8 . 800 (s) = 38400 s
––––– = ––––
HT gP 38400
T4 = ––––– (min) ⇒ T4 = 640 min
60
H 10
––––– = –––– ⇒ H = 30m Respostas: a) 80 min
1,5 0,5 b) 640min
40) C FG = Fcp
77
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 78
GMm mV2 GM formado pelas duas naves, antes da explosão, entre o
––––––– = ––––––– ⇒ V = ––––
r2 r r ponto muito afastado (infinito) e o ponto P, vem:
E⬁ = EP
b) A força gravitacional que a Terra aplica em um corpo, na
superfície dela, corresponde ao peso do corpo.
– GM2m 2m 2
FG = P 0 = –––––––––– + ––––– V0
R0 2
GMm GM
––––––– = m g0 ⇒ g0 = –––––
em que m é a massa de cada nave.
R2 R2
c) 1) A energia cinética do satélite é dada por: 2
GM
V0 2GM
––– = ––––– ⇒ V0 = –––––
m V2m GM 2 2 R0 R0
EC = ––––––– = –––– ––––
2 2 r
GMm GMm GMm mVN2
Em = – ––––––– + ––––––– GM
r 2r ––––– = –––––– ⇒ VN = –––––
R02 R0 R0
GM m
Em = – ––––––– = – EC
2r c) No ato da explosão, o sistema é isolado e haverá conser-
vação da quantidade de movimento total do sistema:
d) Se o corpo escapar do campo gravitacional da Terra, sua
energia potencial gravitacional vai-se anular. → →
Qapós = Qantes
Usando-se a conservação da energia mecânica entre a
posição de lançamento e a posição fora do campo gravi-
m VN + m VA = 2m V0
tacional, vem:
Einicial = Efinal VN + VA = 2V0
mV02 GMm
––––
––– – ––––
––– = Ecin VA = 2V0 – VN
2 R f
2GM GM
Como Ecin ⭓ 0, vem: VA = 2 ––––– – –––––
f R0 R0
mV02 GMm
––– ⭓ 0
––– – ––––
––––
2 R
8GM GM
VA = ––––– – –––––
V02 GM 2GM R0 R0
– ⭓ –––– ⇒ V0 ⭓
–––– ––––––
2 R R
2GM GM
Ve = V0 (mín) = ––––– VA = (
8 – 1) –––––
R R0
GM
Sendo g0 = –––– , vem GM = g0 R2 2GM GM
R2 Respostas: a) V0 = ––––– b) VN = –––––
R0 R0
g0R2 GM
Ve = 2 ––––– ⇒ Ve =
2g0R c) VA = (
8 – 1) –––––
R R0
GM GM
Respostas: a) V= –––– b) g0 = ––––– 53) B 54) E 55) E 56) A 57) A
r R2
58) A 59) C
c)
GMm
Em = – –––––– d) Ve =
2g0R
2r
78
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 79
CAPÍTULO
Mecânica
79
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 80
Muitos foram
os seres humanos – 1965 – Os físicos
que dedicaram as norte-americanos Arno
suas vidas ao es- Penzias e Robert Wil-
tudo das ciências e son detectam a radiação
da descoberta da cósmica de fundo, equi-
origem do Uni- valente à radiação emi-
verso. tida por um corpo ne-
gro a uma temperatura
de 2,7K.
Entre as principais descobertas e teorias desen-
volvidas para elucidar a origem do Universo, podemos
citar:
Para a análise do Universo como um todo, temos de
– 1905 – Albert Einstein enuncia a nos basear no estudo da força gravitacional, que é a
Teoria da Relatividade e, em 1907, única das quatro interações fundamentais que apresenta
mostra a equivalência entre matéria e uma atuação em distâncias muito grandes. De fato, as
energia por meio da equação: forças nucleares forte e fraca estão restritas a distâncias
E = m . c2 da ordem do diâmetro do núcleo do átomo e, como os
corpos macroscópicos são eletricamente neutros, tam-
bém eliminamos a atuação das forças eletromagnéticas.
Uma primeira análise do Universo, estudado como
– 1917 – O astrônomo holandês Willen de Sitter um todo, foi feita por Isaac Newton (1642-1727). O Uni-
demonstra de forma teórica que o Universo está em ex- verso era tratado como infinito e homogêneo, com os
pansão. corpos celestes ordenadamente distribuídos. A interação
gravitacional era suposta com propagação instantânea.
– 1927 – O astrônomo belga Geor- A análise do Universo como um todo foi refeita por
ges Lemaître sugere que, inicialmen- Einstein (1879-1955), que utiliza como ferramenta a
te, toda a energia do Universo estava Teoria da Relatividade Geral, publicada em 1916. A
concentrada em um único lugar: o gravitação deixa de ser tratada como uma força e passa a
ovo cósmico ou átomo primordial. significar uma distorção na estrutura do espaço-tempo,
considerados de forma conjunta. Exemplificando: na
– 1929 – Edwin Teoria de Newton, a Terra move-se em uma órbita elíp-
Hubble, baseado em suas tica em torno do Sol, em virtude da ação de uma força
observações, enuncia sua gravitacional aplicada pelo Sol sobre a Terra; na Teoria
famosa lei segundo a qual de Einstein, a presença do Sol provoca uma distorção do
o módulo da velocidade espaço-tempo em suas redondezas e a trajetória elíptica
com que uma galáxia se passa a ser o caminho natural a ser seguido pela Terra.
afasta de nós é propor- Outra diferença fundamental entre a Teoria de Newton e
cional à sua distância até a de Einstein, é que, segundo Newton, a atração gravita-
nós. Esta foi a primeira cional é um processo instantâneo e segundo Einstein a
evidência da expansão do distorção gravitacional propaga-se com a limitação da
Universo. velocidade das ondas eletromagnéticas.
Einstein acreditava que o Universo fosse estático, o
que significaria que a estrutura espaço-tempo não varia-
– 1950 – Herman, ria com o tempo.
Gamov e Alpher pro- A Teoria do Universo estático ou estacionário
põem a Teoria do Big admitia que o Universo era similar em todas as direções
Bang (nome sugerido (isotrópico) e imutável com o tempo, com produção
por Fred Hoyle, em tom contínua de matéria para contrabalançar a sua expansão,
pejorativo, para o evento mantendo constante a sua densidade média. Os principais
que dá início ao Uni- defensores deste Universo estático foram Thomas Gold,
verso). Herman Bondi e Fred Hoyle.
80
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 03/04/14 09:08 Página 81
81
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 03/04/14 09:08 Página 82
b) Intervalo de tempo entre t = 0 e t = 10–43s: o que • três prótons unem-se a três nêutrons e formam o
ocorreu neste intervalo é pura especulação teórica sem núcleo do lítio.
nenhuma possibilidade de comprovação por observações Ao final de três minutos, as fusões terminam e o Uni-
físicas. verso contém 75% de núcleos de hidrogênio (prótons) e
c) Intervalo de tempo entre t = 10–43s e t = 10–35s: quase 25% de núcleos de hélio e quantidades ínfimas de
neste curto intervalo de tempo, os quarks e os antiquarks deutério, trítio e lítio.
aniquilaram-se, dando origem à radiação, na forma de fó- h) Quando o Universo possui uma idade da ordem de
tons. A quantidade de quarks é maior que a de antiquarks, 380 mil anos, a temperatura já é suficientemente baixa
de modo a restar matéria na forma de quarks. para que os elétrons comecem a se associar aos prótons
O Universo está-se resfriando, passando de uma tem- para formar os átomos de hidrogênio. Com a formação dos
peratura de 1032K em t = 10–43s para a temperatura de átomos, é costume dizer que o Universo se tornou trans-
1027K em t = 10–35s. parente, permitindo a expansão da radiação cósmica de
d) No instante t = 10–30s, os quarks remanescentes do fundo que estava confinada por uma espécie de malha for-
processo de aniquilamento começam a se fundir, dando mada pelas partículas e núcleos atômicos (que faziam com
origem aos prótons e nêutrons. Os prótons são formados que o Universo fosse opaco).
por três quarks: up, up e down. Cada quark up tem carga Quando a radiação cósmica de fundo começou a sua
2e expansão, sua temperatura era da ordem de 3000K e a
elétrica + ––– –19
3 (e = carga elementar = 1,6 . 10 C) e temperatura atual é da ordem de 2,7K, o que permitiu a
–e avaliação da idade atual do Universo.
cada quark down tem carga ––– ; por isso, a carga total i) Com idade de 200 milhões de anos, pela ação da
3 força gravitacional, as primeiras estrelas apareceram.
2 2 1
do próton vale: ––– e + ––– e – ––– e = e.
3 3 3
Os nêutrons são formados também por três quarks:
down, down e up e sua carga total é nula, pois
–e –e 2e
( ) ( ) ( )
–––– + –––– + –––– = 0
3 3 3 a) Organização cósmica da matéria: o Universo
não é homogêneo sob um aspecto local, mas é homo-
A força que mantém os quarks unidos na formação gêneo quando considerado como um todo.
de prótons e nêutrons é a nuclear forte. b) Afastamento relativo das galáxias: as galáxias
e) No instante t = 10–6s, a fusão dos quarks origi- afastam-se uma das outras, com grandes velocidades,
nando prótons e nêutrons é concluída e os quarks desapa- evidenciando que o Universo deve estar em contínua ex-
recem. pansão desde sua criação.
Os prótons e nêutrons podem-se transmutar entre si e c) Quantidade relativa dos elementos no Univer-
vão coexistir com elétrons e fótons. O nêutron emite um so: a abundância dos elementos no Universo permanece
elétron e um neutrino (ou antineutrino) e se transforma em constante no tempo e no espaço, com 75% de hidrogênio,
um próton. A força envolvida neste processo é a nuclear 23% de hélio e 2% dos demais elementos, portanto com
fraca. Um próton captura um elétron e um neutrino (ou uma proporção aproximada de um átomo de hélio para
antineutrino) e se transforma em um nêutron. três átomos de hidrogênio.
f) Após o instante t = 1s, com a queda da tempera- d) Inexistência de antimatéria no Universo: fato
tura, os prótons não podem mais transmutar-se, pois não que contraria o princípio, segundo o qual para cada
são mais capazes de capturar o elétron e o neutrino (ou partícula existe a correspondente antipartícula.
antineutrino), porém o nêutron ainda continua transfor- A explicação dada pelo Big Bang refere-se ao exces-
mando-se em próton. É por isso que existem, até hoje, so de matéria, antes do processo de aniquilamento, em
quatro vezes mais prótons do que nêutrons. relação à quantidade de antimatéria. E justamente essa
g) No intervalo de t = 10s a t = 500s, ocorrem as matéria residual corresponde à matéria que existe atual-
reações de fusão dos núcleos: mente no Universo.
• um próton une-se a um nêutron e formam o núcleo e) Existência da radiação cósmica de fundo: a nu-
do deutério (isótopo de hidrogênio). vem residual de radiação indica para o Universo, como um
• um próton une-se a dois nêutrons e formam o todo, uma temperatura média aproximada de 2,7K.
núcleo do trítio (isótopo de hidrogênio). f) A pequena densidade do Universo: a densidade
• dois prótons unem-se a dois nêutrons e formam o média é de 1 próton, 1 nêutron e 1 elétron por m3 e de
núcleo do hélio (partícula ␣). 300 fótons e 100 neutrinos por cm3.
82
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 03/04/14 09:08 Página 83
T 艑 14 bilhões de anos
83
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 03/04/14 09:08 Página 84
1. A teoria do Big Bang, que tenta explicar a origem do Universo, é b) O Big Bang deu origem ao Universo, cuja temperatura, cem
a) ficção científica. mil anos depois, era de cem mil kelvins. O Universo foi esfrian-
b) uma teoria aceita, sem contestação, por toda a comunidade do e hoje sua temperatura é de 2634,5K.
científica. c) O Universo principiou-se pelo Big Bang, quando altíssimas
c) uma teoria de caráter religioso. temperaturas e radiações eletromagnéticas foram geradas, e
d) uma teoria que admite que o Universo sempre existiu. foi-se esfriando ao longo do tempo. Atualmente, a radiação de
e) uma teoria aceita por boa parte da comunidade científica, que fundo mais intensa corresponde a uma temperatura de 2,6K.
afirma que o Universo tem uma idade da ordem de 13,8 d) O Universo principiou-se pelo Big Bang, quando altíssimas
bilhões de anos. temperaturas e radiações eletromagnéticas foram geradas, e
Resposta: E foi-se esfriando ao longo do tempo. Atualmente a temperatura
Ainda existem cientistas que acreditam que o Universo sem- correspondente à radiação de fundo é de 2,6K.
pre existiu. e) O Big Bang deu origem ao Universo há cerca de cem mil anos,
gerando uma temperatura de cem mil kelvin e uma radiação
de fundo de 1,1mm.
2. Entre os fatos citados a seguir, assinale aquele que não é
Resolução
explicado pela teoria do Big Bang:
O valor atual de é 1,1mm = 1,1 . 10–3m
a) As galáxias afastam-se uma das outras, com grandes veloci-
Calculemos a temperatura da radiação cósmica de fundo (tempe-
dades, evidenciando um Universo em expansão.
ratura média do Universo) atual:
b) O hidrogênio e o hélio são os elementos mais abundantes no
Universo e existem numa proporção quase constante de três . T = 2,898 . 10–3 (m . K)
átomos de hidrogênio para um átomo de hélio.
c) A existência da radiação cósmica de fundo. 1,1 . 10–3 . T = 2,898 . 10–3
d) A pequena densidade do Universo. 2,898
e) A existência de galáxias que não obedecem à Lei de Hubble. T = –––––– K 艑 2,6K
1,1
Resposta: E
A galáxia de Andrômeda parece estar aproximando-se de nós. Resposta: C
84
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 85
9 2
––––––––
3,0
a) 700 bilhões de anos. b) 16 bilhões de anos. 2,1 . 109 2,1 . 10
t = –––––––– ⇒ t = , ou t = 49 . 1016 segundos
c) 15 bilhões de anos. d) 12 bilhões de anos. T
e) 350 milhões de anos. Dividindo-se por 3,2 · 107 o valor de t, acima encontrado, obtemos
Resolução a idade do Universo, em anos.
Para resolver a presente questão, basta reescrever a relação Essa idade é 15 . 109 anos ou 15 bilhões de anos.
fornecida no enunciado. Resposta: C
7. Em que consiste o Big Crunch? em que H é definida como a Constante de Hubble e vale,
aproximadamente, 2,3 . 10–18Hz, V é o módulo da velocidade com
8. Levando-se em conta que a idade média do Universo está em tor- a qual uma galáxia ou quasar está-se afastando de nós (também
no de 14 bilhões de anos e a luz se desloca a 300 000km/s, es- chamada de velocidade de recessão) e d é a distância da galáxia
time a ordem de grandeza da medida do raio médio do Universo. ou quasar até nós.
Considere 1 ano = 3 . 107s. Assim, a Lei de Hubble, ao mostrar que o Universo está em ex-
pansão, concorda com a hipótese do Big Bang e aquilo que nós
9. (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA) observamos hoje no cosmo representa os “fragmentos” que
A Radiação Cósmica de Fundo foram expelidos no Big Bang ou na explosão primordial.
Chama-se de corpo negro a um corpo ao mesmo tempo emissor Considere, então, um quasar (que é um corpo extremamente
ideal e absorvedor ideal de radiação. Isto porque, segundo sua luminoso com massa tão grande quanto a massa das galáxias)
definição, um corpo negro absorve toda a radiação que cai em sua que está afastando-se de nós com uma velocidade de módulo
superfície e emite num espectro contínuo, cuja intensidade de- 2,04 . 108m/s. (Observe que tal velocidade equivale a cerca de
pende exclusivamente de sua temperatura. A temperatura de corpo 66% da velocidade da luz no vácuo!)
negro de um corpo é, assim, a temperatura na qual a emissão a) Determine, em anos-luz, a distância aproximada deste quasar
energética atinge seu valor máximo. Estrelas podem ser, ironi- até a Terra.
camente, estudadas como corpos negros. A radiação cósmica de b) Suponha que a velocidade do quasar foi constante no tempo
fundo é uma emissão observada em qualquer lugar do céu que se desde o Big Bang. Com base nesta hipótese, calcule, usando
olhe, e é bem representada pela radiação de um corpo negro à a Lei de Hubble, o tempo gasto pelo quasar para chegar a esta
temperatura de 2,735 K. Esta radiação é remanescente do estado distância. Este tempo é chamado de tempo de Hubble e re-
quente do Universo, quando sua temperatura, diminuindo à medida presenta a idade do Universo.
que o Universo se expandia (e ainda se expande, e sua temperatura
continua a cair cada vez mais lentamente), tornou-se, embora ainda 11. O Sol emite energia à razão de 1,0 . 1026J/s. A energia irradiada
bastante elevada, pequena o suficiente para que a matéria deixasse pelo Sol provém da conversão de massa em energia, de acordo
de ser afetada pela radiação. Assim, os núcleos atômicos pri- com a Equação de Einstein.
mordiais puderam capturar elétrons e a matéria eletricamente Em cada segundo, a massa transformada em energia, no Sol, é
neutra foi formada. O Universo passou de opaco para transparente, um valor mais próximo de
na chamada época de recombinação, aproximadamente uns 380 mil a) zero b) 1,1 . 109kg c) 1,1 . 1010kg
anos após o Big Bang. A identificação da existência da radiação de d) 4,0 . 1026kg e) 3,5 . 1043kg
fundo representa uma das provas mais convincentes que temos de
que a teoria do Big Bang está correta. Sabemos que o espectro de 12. (MODELO ENEM) – Um astrônomo, chamado Edwin Hubble, me-
corpo negro obedece à chamada Lei de Wien: dindo a distância e a velocidade de diversas estrelas que se afas-
máx T = constante, tavam da Terra, construiu o gráfico apresentado abaixo.
em que máx é o comprimento de onda do máximo do espectro e
T é a temperatura absoluta do corpo negro. No caso do Sol, que
também emite radiação eletromagnética como um corpo negro,
temos máx = 5000 Å (1 Å = 10–10m) e T = 6000 K.
Calcule máx do espectro da radiação de fundo.
85
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 86
Para que este corpo celeste seja um buraco negro, é preciso que 14. (SEPEB-Concurso para professor da rede estadual-SP-MODELO
nem mesmo a luz consiga escapar de seu campo gravitacional. ENEM) – No modelo atômico atual, os prótons e nêutrons não são
Considere o raio da Terra igual a 6,0 . 106m e o módulo da velocidade mais considerados partículas elementares; eles são constituídos de
da luz no vácuo igual a 3,0 . 108 m/s. partículas chamadas quarks: do tipo u, que tem carga elétrica posi-
Para que um corpo celeste esférico, com raio igual ao da Terra, se- tiva e d, que tem carga elétrica negativa. O próton é formado por
ja um buraco negro, a condição necessária e suficiente é que a in- dois quarks do tipo u e um quark do tipo d, enquanto o nêutron é
tensidade da aceleração da gravidade, em sua superfície, seja formado por dois quarks d e um quark u. Atribuindo ao próton carga
maior que: elétrica igual a 1 unidade de carga e, ao nêutron, zero, as cargas de
a) 3,0 . 108 m/s2 b) 3,0 . 109 m/s2 c) 7,5 . 109 m/s2 u e d valem, respectivamente:
10 2 11 2 a) 2/3 e 1/3 b) –2/3 e –1/3 c) –2/3 e 1/3
d) 7,5 . 10 m/s e) 7,5 . 10 m/s
d) 2/3 e –1/3 e) –1/3 e –1/3
7) É uma das teorias que tentam explicar o futuro do Universo. 12) De acordo com o gráfico, temos:
Segundo essa teoria, o Universo voltará a colapsar nova- V = kd
mente se a atração gravitacional da matéria contida nele for Para d = 1,0 . 1025m
grande o suficiente para parar a expansão. V = 0,23 . 108m/s
0,23 . 108
8) R = V . t = 3 . 108 . 14 . 109 . 3 . 107m Portanto: k = ––––––––– (SI)
logo: R = 1,26 . 1026m 1,0 . 1025
1,26 . 1026m tem como ordem de grandeza 1026m.
k = 2,3 . 10–18 Hz
9) Usando-se a Lei de Wien para a radiação emitida pelo Sol e Como V < c, resulta:
para a radiação cósmica de fundo, vem: kd < c
(máx T)Sol = (máx T)RCF
c 3,0 . 108
5000 . 6000 = máx . 3 d < ––– ⇒ d < ––––––––––– (m)
k 2,3 . 10–18
máx = 1,0 . 107Å = 1,0 . 107 . 10–10m
d < 1,3 . 1026m
máx = 1,0 . 10–3m = 1,0mm
Resposta: A
1 10 e
m = ––– . 1010kg = ––– . 109kg e = –3qd ⇒ qd = – ––
3
9 9
––– ⇒
–e 2
m 1,1 . 109kg qu = –2 qu = –– e
3 3
Resposta: B Resposta: D
86
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 09/08/12 10:42 Página 87
CAPÍTULO
Mecânica
87
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 88
Se fizermos um gráfico da energia cinética do elétron Observe que, se a partícula se move com velocidade
emitido em função da frequência da luz incidente, tere- cujo módulo é muito pequeno em comparação com c
mos: (3,0 . 108m/s), então sua massa é igual à de repouso e
Q = m0 V.
2
( ) V
1 – ––
c
2
cinética a intensidade da luz incidente, importando
apenas a frequência (cor) dessa luz.
( ) V
1 – ––
c
O aumento da intensidade da luz incidente faz com
que aumente a quantidade de elétrons emitidos, mas não tícula quando está com velocidade de módulo V.
a energia cinética de cada um.
4. Princípio da
3. Dualidade complementaridade de Bohr
onda-partícula: Louis de Broglie De acordo com o princípio da dualidade onda-
O efeito fotoelétrico mostrou que a luz, embora tenha partícula, a luz ora se comporta como onda ora como par-
natureza ondulatória, pode ter comportamento análogo tícula, dependendo do fenômeno estudado, porém nunca
ao de uma partícula (partícula de energia, que é o fóton). a luz tem simultaneamente os dois comportamentos.
Este comportamento dual onda-partícula aplica-se Esse fato é chamado Princípio da complementaridade
não apenas para a luz, mas para todas as partículas. de Bohr.
Assim, para uma partícula em movimento, a
intensidade da onda associada, num dado ponto, é 5. Princípio da
proporcional à probabilidade de se encontrar a partí- incerteza de Heisenberg
cula naquele ponto.
Um fóton de luz monocromática de frequência f e Consideremos uma partícula elementar com veloci-
c dade V e cuja posição é definida por uma coordenada x.
comprimento de onda = ––– transporta energia E e A Física Moderna ensina que não podemos especifi-
f
car simultaneamente a posição e a velocidade (ou a
quantidade de movimento Q dados por: quantidade de movimento) da partícula elementar de um
modo exato. Esta impossibilidade é denominada “Prin-
E=hf cípio da Incerteza”.
h Seja ⌬x a incerteza na medida da posição x da
Q = ––– partícula elementar e ⌬Q a incerteza na medida da
quantidade de movimento Q da partícula elementar.
Heisenberg mostrou que:
Analogamente, a uma partícula em movimento, com
quantidade de movimento Q e energia cinética E, asso- h
(⌬x) . (⌬Q) ⭓ –––
ciamos uma onda de frequência f e comprimento de onda 4π
dados por:
em que h é a Constante de Planck, cujo valor numérico é
E muito pequeno (6,6 . 10–34J . s).
f = –––
h O princípio da incerteza nada tem que ver com falhas
h de nossos instrumentos de medição ou com limitações de
= ––– nossos modelos. A incerteza prevista é irredutível mesmo
Q usando-se perfeitos instrumentos de medição.
88
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 89
E
n = –––
hf
Resposta: B
89
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 90
4. (UFRN-MODELO ENEM) – Bárbara ficou encantada com a ma- perfis, não sendo possível a visão simultânea das duas coisas.
neira de Natasha explicar a dualidade onda-partícula, apresentada Isto também ocorre ao estudarmos o comportamento dual da luz:
nos textos de Física Moderna. Natasha fez uma analogia com o ora se comporta como onda, ora se comporta como corpúsculo,
processo de percepção de imagens, apresentando uma dependendo do fenômeno estudado, mas não as duas coisas
explicação baseada numa figura muito utilizada pelos psicólogos simultaneamente. Isto é chamado de princípio da complementari-
da Gestalt. Seus esclarecimentos e a figura ilustrativa são repro- dade de Bohr.
duzidos abaixo. Resposta: B
A minha imagem preferida so-
bre o comportamento dual da
luz é o desenho de um cálice 5. Em relação ao Princípio da Incerteza de Heisenberg, considere as
feito por dois perfis. Qual a proposições que se seguem e verifique quais estão corretas.
realidade que percebemos na (1) Para medidas simultâneas da posição e da quantidade de
figura ao lado? Podemos ver movimento de uma partícula elementar, se aumentarmos a
um cálice ou dois perfis, precisão com que medimos a posição, estaremos aumen-
dependendo de qual con- tando a incerteza na medida da quantidade de movimento.
sideramos como figura e qual (2) É impossível medirmos com precisão, simultaneamente, a
consideraremos como fundo, posição e a velocidade de uma partícula elementar.
mas não podemos ver ambos (3) O princípio da incerteza será eliminado quando melhorarmos a
simultaneamente. É um exem- qualidade de nossos instrumentos de medição.
plo perfeito de realidade criada (4) O princípio da incerteza, para objetos grandes como uma bola
pelo observador, em que nós de futebol ou um automóvel, não é relevante porque as
decidimos o que vamos obser- perturbações introduzidas pelos processos de observação e
var. A luz comporta-se de for- medida são muito pequenas.
ma análoga, pois, dependendo do tipo de experiência (“fundo”), (5) Se uma partícula elementar estiver em repouso de modo que
revela sua natureza de onda ou sua natureza de partícula, sempre sua quantidade de movimento Q e respectiva incerteza ⌬Q
escondendo uma quando a outra é mostrada. sejam nulas, então nada poderemos saber a respeito de sua
posição, pois se ⌬Q → 0 (tende a zero), então ⌬x → ⬁ (tende
Diante das explicações acima, é correto afirmar que Natasha para infinito).
estava ilustrando, com o comportamento da luz, o que os físicos Resolução
chamam de princípio da Corretas: 1 – 2 – 4 – 5
a) incerteza de Heisenberg. b) complementaridade de Bohr. O princípio da incerteza está ligado ao fato de que o ato de medir
c) superposição. d) relatividade. afeta a grandeza medida. Por exemplo: o fóton de luz usado para
Resolução se medir a posição de uma partícula elementar interfere com a
A analogia apresentada sugere que ou vemos o cálice ou os dois partícula alterando sua posição e quantidade de movimento.
90
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 91
91
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 92
19. (UFJF-MG) – O modelo atômico de Bohr, aperfeiçoado por eletromagnetismo. Estas órbitas especiais atenderiam à condição
Sommerfeld, prevê órbitas elípticas para os elétrons em torno do de quantização da quantidade de movimento angular ou,
núcleo, como num sistema planetário. A afirmação “um elétron equivalentemente, do perímetro de cada órbita eletrônica.
encontra-se exatamente na posição de menor distância ao nú-
cleo (periélio) com velocidade de módulo exatamente igual a
107m/s” é correta do ponto de vista do modelo de Bohr, mas
viola o princípio
a) da relatividade restrita de Einstein.
b) da conservação da energia.
c) de Pascal.
d) da incerteza de Heisenberg.
e) da conservação do momento linear.
E3 –––––––––––––––––––––––––––––
E2 –––––––––––––––––––––––––––––
E1 –––––––––––––––––––––––––––––
Sejam:
Z = número atômico;
21. (ITA) – Um átomo de hidrogênio tem níveis de energia discretos m = massa do elétron;
–13,6 e = carga do elétron;
dados pela equação En = ––––– eV, em que {n 僆 ⺪ / n ⭓ 1}.
n2 K = constante elétrica;
Sabendo-se que um fóton de energia 10,19 eV excitou o átomo do r = raio da órbita;
estado fundamental (n = 1) até o estado p, qual deve ser o valor h = Constante de Planck;
de p? Justifique. v = módulo da velocidade do elétron na órbita; n = 0, 1, 2, 3, ...
22. (UFPI) – Sobre o modelo atômico de Bohr, indique com (V) a(s)
Analise as proposições que se seguem e classifique-as como
verdadeira(s) e com (F) a(s) falsa(s).
(1) Uma vez que um elétron em um átomo descreve, por verdadeiras ou falsas.
exemplo, uma circunferência em torno do núcleo, ele possui (1) A condição clássica para estabilidade da órbita é m v2 r = K Z e2.
aceleração e portanto emite radiação continuamente. (2) A condição quântica para estabilidade da órbita é 2 π r m v = n h.
(2) Ao passar de um estado estacionário para outro, o átomo
(3) A condição quântica para estabilidade da órbita é 2 π n r = m v h.
emite ou absorve um quantum de energia igual à diferença
entre as energias correspondentes aos dois estados. (4) A condição clássica para estabilidade da órbita é m 2 r3 = K Z e 2.
(3) No átomo de hidrogênio, para passar do nível de energia (5) A condição quântica para estabilidade da órbita é m v r = K Z e 2.
n = 2 para n = 3, o elétron deve absorver um fóton com
energia aproximadamente igual a 1,89 eV. 24. (ITA) – Experimentos de absorção de radiação mostram que a
(4) O chamado estado fundamental do átomo de hidrogênio é relação entre a energia E e a quantidade de movimento p de um
aquele no qual o elétron está no mais baixo nível de energia. fóton é E = p c. Considere um sistema isolado formado por dois
blocos de massas m1 e m2, respectivamente, colocados no
Dado: Os níveis de energia permitidos no átomo de Bohr são vácuo, e separados entre si de uma distância L. No instante t = 0,
dados pela expressão: o bloco de massa m1 emite um fóton que é posteriormente
absorvido inteiramente por m2, não havendo nenhum outro tipo
En = –13,6 (eV) de interação entre os blocos (ver figura). Suponha que m1 se
–––––
n2 torne m1’ em razão da emissão do fóton e, analogamente, m2 se
torne m2’ devido à absorção desse fóton. Lembrando que esta
em que n é um inteiro positivo e En a energia associada ao questão também pode ser resolvida com recursos da Mecânica
nível de ordem n. Clássica, assinale a opção que apresenta a relação correta entre a
energia do fóton e as massas dos blocos.
23. (UPE) – No modelo planetário do átomo, o núcleo tem carga
positiva e pequena dimensão e os elétrons circulam em volta
dele. De acordo com a Mecânica Clássica de Newton, o equilíbrio
da órbita depende de que a força de atração entre núcleo e elétron
faça o papel de força centrípeta. Desse modo, os raios das órbitas
atômicas poderiam ter qualquer valor. Na prática, observa-se que
só algumas órbitas são permitidas. Conforme a teoria
eletromagnética de Maxwell, cargas elétricas aceleradas irradiam.
O elétron, girando, tem aceleracão centrípeta e, como carga
acelerada, perde energia. Assim, o modelo atômico de Bohr seria
inviável. Entretanto, várias evidências apoiam esse modelo. Para a) E = (m2 – m1)c2 b) E = (m1’ – m2’)c2
preservar a concepção do átomo, propôs-se que, em deter- c) E = (m2’ – m2)c2/2 d) E = (m2’ – m2 )c2
minadas órbitas, o elétron não irradiaria energia, contrariando o e) E = (m1 + m1’)c2
92
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 09/08/12 10:42 Página 93
25. (UFRN) – Em alguns programas de televisão, apresentam-se pes- em que m0 é a chamada massa de repouso e V é o módulo da
soas que dizem alimentar-se apenas de luz. Para muitos, a palavra velocidade da partícula.
alimento está associada a uma boa porção de massa e a palavra Por outro lado, a energia relativística de uma partícula (ER) é a so-
luz ao conceito de energia. Os conceitos de massa e energia ma de sua energia cinética (Ec) com sua energia de repouso (E0).
dentro da Física Moderna estão relacionados a duas constantes
fundamentais: h, constante introduzida por Planck (em seu
trabalho sobre radiação de corpo negro), e c, que é o módulo da ER = Ec + E0
velocidade da luz no vácuo.
O quadro abaixo exemplifica, com duas equações, a presença Um elétron é acelerado a partir do repouso até atingir uma energia
dessas constantes, tanto na Teoria Quântica como na Teoria da relativística final igual a 2,5 MeV. A energia de repouso do elétron
Relatividade de Einstein. é E0 = 0,5 MeV. Determine
Teoria Quântica Teoria da Relatividade a) a energia cinética do elétron quando ele atinge a velocidade
(modelo corpuscular da luz) final;
b) o módulo da velocidade atingida pelo elétron como uma fração
E = hf E = mc2
do módulo da velocidade da luz no vácuo, c.
E: energia de um fóton asso-
ciado a uma radiação de fre- E: é o equivalente em energia
29. (UEL-PR) – Até o início do século XX, matéria e energia eram
quência f; da massa m de um objeto; consideradas entidades distintas. A primeira caracterizaria uma das
h 6 x 10–34 unidades do Sis- c = 3 x 108m/s (módulo da ve- propriedades intrínsecas dos corpos e a segunda o estado
tema Internacional (SI). locidade da luz no vácuo). dinâmico dos corpos em relação a um determinado meio. A partir
Tendo como referência as informações dadas e considerando-se dos trabalhos de A. Einstein, ficou claro que tal separação não
uma radiação de frequência 6 . 1014 hertz, obtenha deveria existir; matéria e energia poderiam transformar-se uma na
a) a quantidade de fótons, N, que produziria um equivalente outra. Essa nova visão dos conceitos de massa e energia cele-
energético de uma massa igual a 0,4kg; brizou-se pela relação E = mc2, em que E é a energia, m é a massa
b) a unidade para a Constante de Planck, h, a partir de uma e c é o módulo da velocidade da luz no vácuo (300 000 km/s).
análise dimensional, representada em função das grandezas: Assim, ao gerar energia, observa-se um equivalente desa-
massa (kg), comprimento (m) e tempo (s). parecimento de massa. Considere a queima de 1 litro de gasolina
que libera 5 .107 joules de energia e indique a massa desaparecida
26. (UFMG) – Paulo Sérgio, viajando em sua nave, aproxima-se de (transformada em energia) nesse processo.
uma plataforma espacial, com velocidade de módulo 0,7 c , em 5
5
que c é o módulo da velocidade da luz no vácuo. a) –– . 10–9kg b) –– . 10–9kg
Para se comunicar com Paulo Sérgio, Priscila, que está na 9 3
plataforma, envia um pulso luminoso em direção à nave.
5 5
c) –– . 109kg d) –– . 10–1kg
9 3
5
e) –– . 10–3kg
9
Com base nessas informações, é correto afirmar que o módulo da Região do Espectro Comprimento
velocidade do pulso medida por Paulo Sérgio vale Eletromagnético de onda (m)
a) 0,7 c b) 1,0 c c) 0,3 c d) 1,7 c
Raios Gama 5,0 . 10–14
27. (UFPE) – Um astronauta é colocado a bordo de uma espaçonave
e enviado para uma estação espacial a uma velocidade constante Raios X 5,0 . 10–11
de módulo v = 0,8 c, em que c é o módulo da velocidade da luz Ultravioleta 1,0 . 10–7
no vácuo. No referencial da espaçonave, o tempo transcorrido en-
tre o lançamento e a chegada à estação espacial foi de 12 meses. Visível 5,5 . 10–7
Qual o tempo transcorrido no referencial da Terra, em meses?
Infravermelho 1,0 . 10–5
28. (UFCE-Modificado) – Texto:
A energia relativística de uma partícula (ER) é dada por: Micro-onda 1,0 . 10–2
em que m é a massa relativística e c o módulo da velocidade com a) Raios Gama. b) Raios X. c) Ultravioleta.
que a luz se propaga no vácuo. d) Infravermelho. e) Ondas de rádio.
A massa relativística m de uma partícula é dada pela expressão:
m0 31. (UFCE-MODELO ENEM) – O gráfico mostrado a seguir resultou
m = ––––––––––––––––– de uma experiência na qual a superfície metálica de uma célula
2 fotoelétrica foi iluminada, separadamente, por duas fontes de luz
() V
1 – ––
c
monocromática distintas, de frequências f1 = 6,0 x 1014Hz e
f2 = 7,5 x 1014Hz, respectivamente.
93
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 03/10/13 10:31 Página 94
94
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 95
10) EC = h f – E nhf
h = Constante de Planck 14) a) Pot = ––– = –––––
⌬t ⌬t
f = frequência da radiação incidente
= energia necessária para arrancar o elétron do átomo. h = 6,6 . 10–34J.s
Resposta: E
c 3,0 . 108 3,0
f = ––– = ––––––––– (Hz) = ––– . 1015 Hz
11) Da teoria do efeito fotoelétrico, temos: 3,3 . 10–7 3,3
Ec = hf – ⌬t = 1,0s
em que é a função trabalho (energia de ligação entre o
elétron e o núcleo) Pot = 2,0 . 102W
A frequência mínima ocorre quando Ec = 0 3,0
2,0 . 102 = n . 6,6 . 10–34 . ––– . 1015
3,3
h fmín =
10
= 6,63 . 10–34 . 5,37 . 1014 (J) n = ––– . 1020
3
= 35,6 . 10–20 J
b) Porque o fóton da luz de L2 não tem energia suficiente
1 eV para vencer a energia de ligação entre os elétrons e o
1J = ––––––––––
1,6 . 10–19 núcleo nos átomos do metal.
35,6 10–20
= ––––– . ––––– (eV) 2,2 eV c) Não, porque cada átomo só pode capturar um único fóton
1,6 10–19 e, portanto, não interessa a quantidade de fótons que
estão chegando ao metal.
Resposta: A
15) a) 1) hf = 6,6 . 10–34 . 2,4 . 1014 (J)
12) Define-se o potencial de corte como sendo a ddp que cria um
15,84 . 10–20
campo elétrico capaz de interromper a corrente elétrica hf = 15,84 . 10–20 J = –––––––––––– eV
formada pelos elétrons emitidos por um metal por ocasião 1,6 . 10–19
do efeito fotoelétrico. hf = 0,99 eV
Sendo VC o potencial de corte, temos:
2) EC = h f –
e . VC = Ecin = hf – 0,90 = 0,99 –
h = 0,09 eV
VC = ––– f – –––
e e b) O potencial de corte corresponde à ddp U aplicada contra
os fotoelétrons para interromper a corrente elétrica e é
Resposta: A dado por:
e U = Ec
13) A energia cinética Ec do elétron emitido é dada por: 1,6 . 10–19 . U = 0,90 . 1,6 . 10–19
c
E = hf – ⌽ = h ––– – ⌽ U = 0,90V
Respostas: a) 0,09eV
Sendo V1 = 2V2, resulta E1 = 4E2, pois a energia cinética é b) 0,90V
proporcional ao quadrado da velocidade.
16) Para haver efeito fotoelétrico, a energia do fóton (E = hf) deve
hc hc
––– – ⌽ = 4
1
––– – ⌽
2
superar a energia de ligação entre o elétron que vai ser
arrancado e o núcleo do átomo (função trabalho ).
c 3,0 . 108
hc 4hc E = hf = h . ––– = 4,2 . 10–15 . –––––––––– (eV)
––– – ⌽ = ––––– – 4 ⌽ 6,0 . 10–7
1 2
E = 2,1 eV
4hc hc
4⌽ – ⌽ = ––––– – –––
2 1
Como E (2,1eV) é menor que (2,5 eV), não ocorrerá emissão
fotoelétrica.
b) Para que haja efeito fotoelétrico:
(4 1 – 2)
4 1 E > ⇒ hf >
3⌽ = h c ––– – ––– = h c ––––––––––
2 1 2 1 2,5
f > –– ⇒ f > ––––––––– Hz ⇒ f > 6,0 . 1014Hz
h 4,2 . 10–15
95
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 09/08/12 10:42 Página 96
(3) FALSA.
20) Seja E3 – E2 = E, então E2 – E1 = 2E e E3 – E1 = 3E (4) VERDADEIRA.
c hc m(r)2 r = K Z e2 ⇒ m 2 r3 = K Z e2
⌬E = hf = h ––– ⇒ 1 = –––– = 600nm (5) FALSA.
E
hc 24) A diferença entre m2’ e m2 é provocada pelo acréscimo da
De E2 para E1 ⇒ 2 = –––– = 300nm energia trazida pelo fóton.
2E
Da equivalência entre massa e energia, traduzida pela
hc Equação de Einstein, temos:
De E3 para E1 ⇒ 3 = –––– = 200nm
3E E
m2’ – m2 = –––
Respostas: 2 = 300nm c2
3 = 200nm
Portanto: E = (m2’ – m2 ) c 2
21) Calculemos o acréscimo de energia requerido pelo átomo pa-
ra passar do estado fundamental, em que ni = 1, até o estado Analogamente, a perda de massa m1 – m’1 é provocada pela
subsequente, em que nf = 2. redução da energia correspondente ao fóton emitido:
–13,6 (–13,6) E
⌬E = En – En ⇒ ⌬E = –––––– – ––––––– (eV) m1 – m’1 = –––
f i 2 12
2
c2
⌬E = 10,20 eV
E = (m1 – m’1 ) c 2
Como o fóton que incide sobre o átomo tem uma energia de
Resposta: D
apenas 10,19 eV (menor que ⌬E), ele não consegue produzir
o caso em que nf = 2.
25) a) E = mc2 = N h f
Esse fóton é então reemitido com sua energia de 10,19 eV,
0,4 . 9 . 1016 = N . 6 . 10–34 . 6 . 1014
sem conseguir alterar o valor de ni = 1.
N = 1035
Logo: p = ni = 1
b) E = h f
Observação: se operarmos com três algarismos significativos
e aproximarmos a energia do fóton para 10,2 eV, então será ML2T–2 = [h] T–1
atingido o estado p = 2. [h] = ML2T–1
22) (1) FALSA. Só há emissão quando o elétron “pula” de um nível u(h) = kg . m2 . s–1
de energia para outro menor.
(2) VERDADEIRA. Respostas: a) N = 1035
b) kg . m2 . s–1
(3) VERDADEIRA.
–13,6 26) De acordo com um dos postulados da teoria da relatividade,
Para n = 2 ⇒ E2 = –––––– (eV)
4 a velocidade da luz no vácuo, medida por qualquer sistema
de referência inercial, tem o mesmo módulo c = 3,0 . 108m/s.
–13,6 Resposta: B
Para n = 3 ⇒ E3 = –––––– (eV)
9
5 27) ⌬t
––– – –––
1 1 ⌬t = –––0
E2 – E3 = –13,6 eV = –13,6 ––– (eV) ␣
4 9 36
r2
96
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 97
2,0 + 2,6 +
12
⌬t = ––– (meses) = 20 meses De (1): h = ––––––––– De (2): h = –––––––––
0,6 6,0 . 1014 7,5 . 1014
Resposta: 20
2,0 + 2,6 +
28) a) ER = Ec + E0 Portanto: ––––––––– = –––––––––
6,0 . 1014 7,5 . 1014
2,5 = Ec + 0,5 ⇒ Ec = 2,0 MeV
15,0 + 7,5 = 15,6 + 6,0
m0
b) ER = mc2 = ––––––––––––––––– . c2 0,6
1,5 = 0,6 ⇒ = ––– eV ⇒ = 0,4eV
2 1,5
V
1 – ––
c Resposta: A
2 2
2
E0
V V E0 33) Resposta: D
1 – –– = ––– ⇒ 1 – –– = ––––
c ER c ER
34) Os estados de energização possíveis para o átomo do
elemento X são:
V2 E0 2
1) E0 → E1 recebendo 7,0 eV
––– = 1 – ––––
c2 ER 2) E0 → E2 recebendo 13,0 eV
3) E0 → E3 recebendo 17,4 eV
4) E1 → E2 recebendo 6,0 eV
2 2
E0 0,5 5) E1 → E3 recebendo 10,4 eV
V= c2 1 – –––– =c 1 – ––––
ER 2,5 6) E2 → E3 recebendo 4,4 eV
Quando um elétron com energia de 15,0 eV colide com um
átomo de X, ele pode provocar as energizações (1), (2), (4), (5)
1 24 e (6) e a energia restante do elétron em cada caso seria:
V=c 1 – ––– = c ––– = 0,98c (1): 8,0 eV (2): 2,0 eV (4): 9,0 eV
25 25
(5): 4,6 eV (6): 10,6 eV
Respostas: a) 2,0 MeV Resposta: B
b) 0,98c
29) E = m c2 35) 1) E = 2,0 . 106kWh = 2,0 . 106 . 3,6 . 106J
97
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 98
CAPÍTULO
Mecânica
7 A ANÁLISE DIMENSIONAL
G = K Xa Yb Zc Em função de M, L e T, temos:
riamente verdadeira. ᐉ
ou T=K –––
g
4. Previsão de fórmulas
A análise dimensional é um poderoso instrumento Nota
auxiliar na previsão de fórmulas físicas. Seja o exemplo Apenas a constante K não pode ser obtida por meio
seguinte no qual tal fato fica claro. da análise dimensional.
99
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 100
2. Adote como fundamentais as grandezas mecânicas: comprimen- 5. (MACKENZIE-MODELO ENEM) – Se, num determinado sistema
to (L), massa (M) e tempo (T). de unidades, forem multiplicadas por K as unidades de compri-
Determine as fórmulas dimensionais mento, massa e tempo, então a unidade de força desse sistema
a) da massa específica de um corpo; será multiplicada por:
b) da pressão exercida por uma força sobre uma superfície. a) K–2 b) K–1 c) K0 d) K1 e) K2
Resolução Resolução
m
a) A massa específica de um corpo é dada por: = –– Como [F] = MLT–2, associando as unidades, temos:
V
1
u(F) = u(M) u(L) ––––––
[m] M L– 3 T0 [u(T)]2
Assim: [] = ––– = –––––––– ⇒ [] = M
[V] M L3 T0
0
1
u’(F) = k u(M) . k u(L) . –––––––
b) A pressão exercida por uma força sobre uma superfície é dada [k u(T)]2
por:
Fn k2 1
p = –––– u’(F) = ––– u(M) u(L) –––––– ⇒ u’(F) = u(F)
A k2 [u(T)]2
em que Fn é a intensidade da componente normal da força em Resposta: C
relação à superfície e A é a área.
ML2T–3 = MyL3x – y + z T– 2 y – 2 z
b) E = = Fd ⇒ [E] = [F] [d] = F L [E] = F L T0
Portanto: y=1 a
4. (VUNESP) – O Sistema Internacional de Unidades, SI, compreende
sete unidades de base: o metro, o quilograma, o segundo, o 3x – y + z = 2 b
ampère, o kelvin, o mol e a candela, representativos das grandezas: –2y –2z = –3 c
comprimento, massa, tempo, corrente elétrica, temperatura
termodinâmica, quantidade de matéria e intensidade luminosa, Substituindo a em c:
respectivamente. Para efeito de análise dimensional, usamos os
seguintes símbolos associados às grandezas: L = comprimento, 1
M = massa, T = tempo e I = corrente elétrica. 2 + 2z = 3 ⇒ z = –––
2
Determine a equação dimensional da carga elétrica, da tensão
elétrica e da resistência elétrica.
1 5
Resolução Em b: 3x – 1 + ––– = 2 ⇒ x = ––– [Pot] = p a1/2 V5/6
1) Da definição de intensidade de corrente elétrica: 2 6
Q [Q]
i = ––– ⇒ [i] = –––– 7. A intensidade (F) da força que age em uma partícula é dada em
⌬t [⌬t]
função do tempo (t), conforme a expressão:
[Q] F = A + Bt
I = ––– ⇒ [Q] = I T
T em que A e B são parâmetros constantes não nulos.
Adotando como fundamentais as grandezas massa (M), compri-
2) Da equação do trabalho no campo elétrico: mento (L) e tempo (T), obtenha as equações dimensionais dos
parâmetros A e B.
= qU ⇒ [ ] = [q] [U] Resolução
Levando-se em conta o princípio da homogeneidade dimensional,
deve-se ter:
ML2T–2 = IT [U] ⇒ [U] = M L 2 T – 3 I – 1
[A] = [F] ⇒ [A] = MLT–2
3) Da 1.a Lei de Ohm: [Bt] = [F] ⇒ [B] [t] = [F]
U [U] [B] T = MLT–2 ⇒ [B] = MLT–3
R = ––– ⇒ [R] = –––
i [i]
8. Num movimento oscilatório, a abscissa (x) da partícula é dada em
M L 2T –3I – 1
[R] = ––––––––––– ⇒ [R] = M L 2 T – 3 I – 2 função do tempo (t) por: x = A + B cos (Ct), em que A, B e C são
I parâmetros constantes não nulos.
100
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 101
Adotando como fundamentais as dimensões M (massa), L (compri- “Há na Física uma coisa muito misteriosa que é o chamado
mento) e T (tempo), obtenha as fórmulas dimensionais de A, B e C. comprimento de Planck. É muito curioso saber que quando Planck
Resolução descobriu a constante h percebeu que com a constante h, com a
Levando-se em conta o princípio da homogeneidade dimensional, constante gravitacional (G) e com a velocidade da luz (c) podia-se
deve-se ter: formar um comprimento. Esse comprimento é extremamente
pequeno, da ordem de 10–33cm. Hoje se compreende que esse
[A] = [x] = L ⇒ [A] = M0LT0 comprimento deve ser importante para a compreensão da origem
do Universo. Esse número deve estar ligado ao que há de mais
[Ct] = M0L0T0, pois a função cosseno é aplicada a números puros.
fundamental na Física.”
Logo: [C] [t] = M0L0T0 ⇒ [C] T = M0L0T0 Responder agora à seguinte questão:
Qual é a possível combinação das constantes h, G e c que forma
[C] = M0L0T–1 o comprimento de Planck de acordo com o texto acima?
Resolução
Como cos (Ct) deve ser adimensional, segue-se que: 1) A energia E associada a um fóton de luz de frequência f é dada
por:
[B] = [x] = L ⇒ [B] = M0LT0 E = hf
{
x=1 x=1
y+z=1 ⇒ y=2 De c: z = –x –2y = –3x
–y = –2 z = –1 1
Em b : 2x + 3x –3x = 1 ⇒ x = –––
2
Assim: Fcp = Kmv 2R–1
1 1 3
K m v2 Portanto: x = ––– ; y = ––– e z = – –––
ou: Fcp = –––––––– 2 2 2
R
12. (PUC-PR) – Representando o comprimento por L, a massa por M c) a força, a potência e a pressão.
e o tempo por T, as dimensionais d) o peso específico, a aceleração e a potência.
e) a tensão, a potência e a energia.
L M T–2, L2 MT–3 e L–1 MT–2
13. (FEEPA) – A equação dimensional da constante de gravitação
representam, respectivamente: universal no Sistema LMT é:
a) o trabalho, a força e a massa específica. a) L3M–1T–2 b) L–1M–2T3 c) L–2M3T
b) a potência, a aceleração e a pressão. –1
d) L M T3 –2 –2
e) L M T–1 3
101
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 102
102
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 103
38. (MACKENZIE) – Sabe-se que a velocidade de propagação de uma
N
pressão: f = ––– ––– , na qual N = 1, 2, 3, 4 . . . e “” é a onda deve ser função da densidade () do meio, do módulo de
2L
Young (E = Força/área) e da frequência f do movimento ondulatório.
massa específica da corda. Em um sistema em que as grandezas Deduzir por meio de análise dimensional a função v = f (, E, f), re-
fundamentais são comprimento, massa e tempo, a equação presentando por K a constante de proporcionalidade adimensional.
dimensional de “” é:
a) LMT–1 b) L–1MT–1 c) L–1MT–2 39. (MODELO ENEM) – A potência (Pot) de um moinho a vento
depende de seu diâmetro (d), do valor da velocidade do vento (v)
d) LMT0 e) L–1MT0 e da densidade do ar ().
Sendo K um fator adimensional, podemos deduzir, por análise di-
31. (CESGRANRIO-MODELO ENEM) – Na análise de determinados mensional, que:
movimentos, é bastante razoável supor que a força de atrito seja a) Pot = K d2 v3 b) Pot = K d v2
proporcional ao quadrado da velocidade da partícula que se move. c) Pot = K d v
2 2 d) Pot = K 2 d2 v2
Analiticamente:
f = Kv2 e) Pot = K d v 3
A unidade da constante de proporcionalidade K no S.I. é: 40. A diferença entre a pressão interna e a pressão externa (⌬p), em
uma bolha de sabão, depende apenas da tensão superficial do
kg . m2 kg . s2 kg . m
a) ––––––– b) ––––––– c) –––––– líquido (força/comprimento) e do raio da bolha R. Sabe-se que o
s2 m2 s fator adimensional na relação de dependência entre ⌬p, e R vale
4. Assinale a opção que traduz a relação correta entre ⌬p, e R e
kg kg
d) ––– e) ––– explica o que ocorre quando duas bolhas de raios diferentes estão
m s ligadas por um canudinho.
R
32. (ITA) – A velocidade de propagação v de um certo fenômeno on- a) ⌬p = 4 ––– ; as bolhas ficam do mesmo tamanho.
dulatório é dada pela fórmula v = Ka xb, na qual as unidades das
grandezas K e x são, respectivamente, newton/(metro)2 e qui-
lograma/(metro)3. Determinar os expoentes a e b. 4
b) ⌬p = ––– ; as bolhas ficam do mesmo tamanho.
R
33. (UNICAMP) – A velocidade das ondas numa praia pode depender
de alguns dos seguintes parâmetros: a aceleração da gravidade g, 4
a altura da água h, e a densidade da água d. c) ⌬p = ––– ; a bolha menor diminui e a maior aumenta.
R
a) Na crista da onda, a velocidade é maior ou menor do que na
base? Por quê?
4R
b) Fazendo análise dimensional, observa-se que a velocidade da d) ⌬p = ––– ; a bolha maior diminui e a menor aumenta.
onda não depende de um dos 3 parâmetros citados. Que parâ-
metro é esse? Qual a expressão da velocidade em termos dos
2 parâmetros restantes? e) ⌬p = 4 R; não passa ar de uma bolha para outra.
34. (FEI) – Estudando um determinado fenômeno físico, um pesqui- 41. (ITA-MODELO ENEM) – Em determinadas circunstâncias verifi-
sador concluiu que a velocidade do objeto em estudo dependia de ca-se que o módulo da velocidade v das ondas na superfície de
certa força (F), de certa massa (m) e de certo comprimento ( ᐉ ), um líquido depende da massa específica e da tensão superficial
do líquido bem como do comprimento de onda , das ondas.
ou seja, concluiu que v = f (F, m, ᐉ ).
Neste caso, admitindo-se que C é uma constante adimensional,
Pela análise dimensional das grandezas citadas, determinar uma
pode-se afirmar que:
possível expressão monômia para v = f (F, m, ᐉ).
103
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 104
a b
Fᐉ
34) v = K –––
m
20) 1; 1; ␣2 21) E 22) C
35) a) MLT–2 b) F = K v h R
23) Dimensionalmente sim.
[F] = M LT –2 36) A
[m2gV2/L]1/2 = M(LT–2)1/2 V L–1/2 = ML1/2T–1LT–1L–1/2 = MLT–2
37) a) = Av
24) 1.a, pois é dimensionalmente incorreta. b) Quadruplica, pois, quando o diâmetro se reduz à metade, a
área fica dividida por 4.
25) kg e Hz 26) D 27) B 28) n = 2
29) a = 1; b = 2; c = 1; d = 1; e = 1
38) v = K
E
–––
39) A 40) C 41) A
30) C
104
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 105
CAPÍTULO
Mecânica
8 HIDROSTÁTICA
1. Objeto de estudo
Hidrostática é a parte da Física que estuda as
propriedades associadas aos líquidos em equilíbrio.
A Hidrostática fundamenta-se em três leis básicas:
a) Lei de Stevin
b) Lei de Pascal
c) Lei de Arquimedes
m m
Considere um corpo de massa m que ocupa um esfera = ––– = –––––––– (I)
volume V. Ve 4 3
–– Re
Define-se densidade absoluta do corpo como a 3
razão entre sua massa (m) e o volume ocupado (V):
m
m material = ––––––––
= ––– Ve – Voco
V
m
material = –––––––––––––– (II)
4 3 3
–– (Re – Ri )
3
Não se deve confundir a densidade de um corpo com
a densidade do material (substância) que o constitui. Verifica-se pelas expressões (I) e (II) apresentadas
Se o corpo for maciço e homogêneo, a densidade do que:
esfera < material
corpo coincidirá com a densidade do material, porém
quando o corpo apresentar partes ocas, a densidade do Assim, uma esfera oca de alumínio flutua em água
corpo será menor do que a densidade do material. por ter densidade menor que a da água, ao passo que uma
A título de exemplo, consideremos uma esfera de raio esfera maciça de alumínio afunda por ser mais densa do
externo Re com uma parte oca de raio Ri. que a água.
105
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 106
uni(P) N
Consideremos dois corpos, A e B, de densidades ab- uni(␥) = –––––– = ––– = N . m–3
uni(V) m3
solutas A e B.
Define-se densidade relativa do corpo A em relação
ao corpo B como o número AB dado por:
A
AB = ––– Tomando como grandezas fundamentais a massa
B (M), o comprimento (L) e o tempo (T), temos:
A densidade relativa é uma grandeza adimensional
(número “puro”). [P] MLT–2
[␥] = ––– = –––––––
3
= ML–2T–2
[V] L
[ rel] = M0 L0 T0
106
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 107
107
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 108
A partir desses dados, o técnico pôde concluir que estavam com 4. Verifica-se que, quando uma pessoa está deitada sobre a areia
o combustível adequado somente os postos movediça, a superfície em que ela se apoia cede menos facil-
a) I e II. b) I e III. c) II e IV. mente que se a mesma pessoa estiver em pé. Suponha o chão
d) III e V. e) IV e V. plano e horizontal.
Resolução a) Compare as forças que a pessoa exerce na superfície de
apoio, em cada caso. Suponha a pessoa em equilíbrio mecâni-
Maᐉ + Ma aᐉ Vaᐉ + aVa co.
dmistura = –––––––––– = ––––––––––––––
Vaᐉ + Va Vaᐉ + Va b) Explique o fato observado.
Resolução
sendo: Va = 0,04 V a) As forças são iguais nos dois casos e têm a mesma inten-
sidade do peso da pessoa. Isto decorre do equilíbrio mecânico
Vaᐉ = 0,96 V
da pessoa.
vem: Conclui-se, então, que o fato de a superfície ceder mais facil-
mente ou menos facilmente não depende apenas da força
800 . 0,96V + 1000 . 0,04V
dmistura = –––––––––––––––––––––––– (g/ᐉ) aplicada.
V b) Quando deitada, a superfície de contato é maior que quando
em pé. Como nos dois casos as forças normais são iguais,
dmistura = 768 + 40(g/ᐉ) = 808 g/ᐉ concluímos que, no primeiro caso (pessoa deitada), a pressão
exercida na superfície é menor que no segundo, ou seja, no
A densidade do álcool hidratado deve ser no máximo igual a primeiro caso o chão suporta menos força por unidade de
808 g/ᐉ, isto é, são adequadas as amostras IV e V. área, em média.
Observe-se, então, que o que interessa na análise feita não é
Resposta: E simplesmente a força normal atuante na superfície, mas sim a
intensidade dessa força por unidade de área, isto é, a pressão.
3. Considere dois líquidos homogêneos, A e B, que são miscíveis
entre si. 5. (FUVEST-MODELO ENEM) – Um avião que voa a grande altura é
É feita uma mistura de uma massa mA de A com uma massa mB pressurizado para conforto dos passageiros. Para evitar sua explo-
de B. são, é estabelecido o limite máximo de 0,5 atmosfera para a
As densidades de A e B são, respectivamente, dA e dB. diferença entre a pressão interna no avião e a externa.
a) Supondo que não haja contração de volume, calcule a densida-
de da mistura.
b) Estude o caso em que mA = mB.
Resolução
a) A densidade d da mistura é dada por:
mA + mB
d = –––––––––
VA + VB
mA mB
Porém : VA = –––– e VB = ––––
dA dB
mA + mB
Portanto: d = ––––––––––––––– O gráfico representa a pressão atmosférica p em função da altura
mA mB
–––– + –––– H acima do nível do mar. Se o avião voa a uma altura de 7000
dA dB metros e é pressurizado até o limite,os passageiros ficam sujeitos
a uma pressão igual à que reina na atmosfera a uma altura de
aproximadamente
b) Se mA = mB = m, então: a) 0 m b) 1000 m c) 2000 m
d) 5500 m e) 7000 m
2m 2
d = ––––––––––– = –––––––––––– Resolução
m m 1 1 Do gráfico dado, obtemos para a altura H = 7000m uma pressão
––– + ––– ––– + –––
dA dB dA dB atmosférica p = 0,40atm.
Considerando-se que pavião – p = 0,50atm e fazendo-se p = 0,40atm,
vem:
2 dAdB pavião – 0,40 atm = 0,50 atm ⇒ pavião = 0,90 atm
d = –––––––––
dB + dA
Consultando novamente o gráfico, obtemos, para p = 0,90 atm,
uma altura H = 1000m.
A densidade da mistura, com mA = mB, é a média har-
mônica entre as densidades de A e B. Resposta: B
6. (UNIFOR-CE) – Dois líquidos, A e B, quimicamente inertes e imis- 7. (UNIFOR-CE) – Misturam-se 120g de um líquido A de densidade
cíveis entre si, de densidades dA = 2,80 g/cm3 e dB = 1,60 g/cm3, dA = 0,75g/cm3 com 240cm3 de um líquido B de densidade
respectivamente, são colocados em um mesmo recipiente. dB = 1,25g/cm3. Admitindo-se que os líquidos não reagem entre
Sabendo-se que o volume do líquido A é o dobro do de B, a si e que o volume total se conserva, a densidade da mistura, em
densidade da mistura, em g/cm3, vale g/cm3, vale:
a) 2,40 b) 2,30 c) 2,20 d) 2,10 e) 2,00 a) 0,85 b) 0,90 c) 1,00 d) 1,05 e) 1,10
108
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 109
8. (UFC) – Um recipiente de vidro, quando vazio, pesa 1,2 . 10–1 N; As massas específicas de quatro substâncias, três das quais
quando cheio de gasolina, pesa 3,2 . 10–1 N; e cheio de água, pesa foram empregadas na construção desses sólidos, estão indicadas
4,2 . 10–1 N. Calcule a massa específica da gasolina, em kg/m3, e na tabela:
assinale a alternativa correta.
substâncias massa específica (g.cm–3)
a) 0,67 . 103 b) 0,69 . 103 c) 0,75 . 103
d) 0,76 . 103 e) 0,81 . 103 w 2,0
Dado: densidade da água = 1,0 . 103kg/m3
x 3,0
9. (OLIMPÍADA COLOMBIANA DE FÍSICA-MODELO ENEM) – A
tabela a seguir indica a massa e o respectivo volume de três y 4,0
líquidos homogêneos e imiscíveis.
z 6,0
Líquido Massa Volume
Admita que os sólidos tenham a mesma massa e que cada um
1 5,0kg 0,005m3 tenha sido construído com apenas uma dessas substâncias.
De acordo com esses dados, o cone circular reto foi construído
2 0,30kg 0,60ᐉ com a seguinte substância:
a) w b) x c) y d) z
3 6,0kg 4,0 . 103cm3
Quando volumes iguais desses líquidos são vertidos em um 12. (UFMG) – As figuras mostram um mesmo tijolo, de dimensões
recipiente cilíndrico, a situação de equilíbrio estável é a mostrada 5cm x 10cm x 20cm, apoiado sobre uma mesa de três maneiras
na figura: diferentes. Em cada situação, a face do tijolo em contato com a
mesa é diferente.
109
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 110
19. (UFMG) – A figura I mostra uma caixa de aço, cúbica e oca, formada
por duas metades. A aresta do cubo mede 0,30m. Essas duas me-
tades são unidas e o ar do interior da caixa é retirado até que a pres-
são interna seja de 0,10atm. Isso feito, duas pessoas puxam cada
uma das metades da caixa, tentando separá-las, como mostra a fi-
gura II. A pressão atmosférica é de 1,0atm (1 atm = 1,0 x 105 N/m2).
110
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 111
111
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 112
112
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 113
Nota
A Lei de Stevin é válida para líquidos e gases, po-
rém, como a densidade de um gás é relativamente peque-
na, a diferença de pressão só se torna relevante para
alturas muito grandes. As retas representativas são paralelas e o ângulo é
Assim, para um gás contido em um recipiente, de tal que:
dimensões normais, consideramos a pressão como a mes-
N
ma em todos os pontos da massa gasosa. tg = (g)
Quanto mais denso for o líquido (maior ), maior se-
7. Aplicações da Lei de Stevin rá o ângulo .
113
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 114
Se o recipiente que contém o líquido tiver aceleração e será a mesma em todos os casos esquematizados (mes-
constante (não nula) em relação à superfície terrestre, a mo líquido e mesma altura), não importando a forma do
superfície livre ficará inclinada de um ângulo que de- recipiente nem a quantidade de líquido.
penderá da aceleração e as regiões isobáricas serão
planos paralelos à superfície livre.
pH = 5,00 . 103Pa
pB = pC F = 1,05 . 104 N
30. Sejam os vasos da figura, contendo, respectivamente, 55kg, 50kg 31. O vaso da figura contém dois líquidos imiscíveis, (1) e (2), de den-
e 45kg de água. As bases dos vasos são planas e têm áreas sidades absolutas 1 e 2, respectivamente iguais a 0,80g/cm3 e
iguais a 0,100m2. Sendo g = 10,0m/s2 e a massa específica da 1,0g/cm3 (dado g = 10m/s2).
água () igual a 1,00 . 103kg/m3, pedem-se:
a) as pressões hidrostáticas nos fundos dos vasos;
b) as pressões absolutas nos fundos, sabendo-se que a pressão
atmosférica é igual a 1,00 . 105 N/m2;
c) os módulos das forças exercidas nos fundos pelos líquidos.
114
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 115
→
b) Traçar o gráfico da pressão hidrostática do líquido em função A força resultante FR tem intensidade dada por:
da profundidade h.
Resolução FR = F1 – F2 ⇒ FR = 3,0 . 105N
a) 1) Para o ponto A: pA = 0 (não há líquido acima de A)
Resposta: A
2) Para o ponto B:
pH = 1gh1
B
pH = 0,80 . 103 . 10 . 0,50 (Pa) 33. (UNIP-MODELO ENEM) – Os pulmões humanos podem funcio-
B
nar normalmente suportando uma diferença de pressão máxima
pH = 4,0 . 103 Pa 1
B
de ––– atmosfera.
20
3) Para o ponto C:
pH = 1gh1 + 2gh2 Um mergulhador usa um tubo longo para respirar abaixo do nível
C
de água, nadando horizontalmente.
pH = 0,80.103.10.0,50 + 1,0.103.10.0,50 (Pa)
C
pH = 9,0. 103 Pa
C
b)
32. (MODELO ENEM) – Uma represa com água, cuja largura é de Considere os seguintes dados:
5,0m, está dividida por uma barreira. 1) 1 atm = 1,0 . 105 Pa
De um dos lados, o nível da água em relação ao fundo é de 4,0m,
kg
e do outro lado, 2,0m. 2) densidade da água: 1,0 . 103 –––
A densidade da água vale 1,0 . 103kg/m3 e a aceleração da m3
gravidade tem intensidade 10m/s2.
3) módulo da aceleração da gravidade: 10m/s2.
1
h = ––– (10m) ⇒ h = 0,50m = 50cm
20
A força resultante que a água exerce sobre a barreira tem
intensidade igual a
Resposta: B
a) 3,0 . 105N b) 1,5 . 105N c) 6,0 . 104N
d) 3,0 . 104N e) 1,5 . 104N
34. (UNESP-MODELO ENEM) – Para que se administre medicamen-
Resolução
to via endovenosa, o frasco deve ser colocado a uma certa altura
A intensidade da força que o líquido exerce sobre cada lado da
acima do ponto de aplicação no paciente. O frasco fica suspenso
barreira é dada por:
em um suporte vertical com pontos de fixação de altura variável e
F = pc.A se conecta ao paciente por um cateter, por onde desce o
medicamento. A pressão na superfície livre é a pressão atmos-
pc é a pressão no centro da área banhada pelo líquido. férica; no ponto de aplicação no paciente, a pressão deve ter um
A é a área banhada pelo líquido. valor maior do que a atmosférica. Considere que dois medica-
Assim: mentos diferentes precisam ser administrados. O frasco do
h1 primeiro foi colocado em uma posição tal que a superfície livre do
F1 = g ––– . A1 líquido se encontra a uma altura h do ponto de aplicação. Para
2
aplicação do segundo medicamento, de massa específica 1,2 vez
F1 = 1,0 . 103 . 10 . 2,0 . 20(N) ⇒ F1 = 4,0 . 105N maior que a do anterior, a altura de fixação do frasco deve ser
outra. Tomando-se h como referência, para a aplicação do
h2 segundo medicamento, deve-se
F2 = g ––– . A2 a) diminuir a altura de h/5. b) diminuir a altura de h/6.
2
c) aumentar a altura de h/5. d) aumentar a altura de 2h/5.
F2 = 1,0 . 103 . 10 . 1,0 . 10(N) ⇒ F2 = 1,0 . 105N e) aumentar a altura de h/6.
115
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 116
Resolução
p2 = 1,2 1 g h2 + patm
6
Da qual: 1,2 h2 = h ⇒ ––– h2 = h
5
5
h2 = ––– h
6
5
⌬h = h – ––– h
6
116
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 117
41. (UFMG) – A figura mostra três vasos, V1, V2 e V3, cujas bases têm
a mesma área A.
Os vasos estão cheios de líquidos homogêneos L1, L2 e L3, cujas
densidades são, respectivamente, d1, d2 e d3, até uma mesma
altura H.
Valores medidos
V0 500mᐉ
Sejam F1, F2 e F3 as intensidades das forças que os líquidos
exercem no fundo dos respectivos vasos (região de área A). ⌬V 25mᐉ
Podemos afirmar que
a) F1 = F2 = F3, somente se d1 = d2 = d3. h 50cm
b) F1 = F2 = F3, quaisquer que sejam os líquidos L1, L2 e L3.
c) F1 > F2 > F3, somente se d1 = d2 = d3. Em relação a essa experiência, e considerando-se a Situação III,
d) F1 > F2 > F3, quaisquer que sejam os líquidos L1, L2 e L3. a) determine a razão R = p/patm, entre a pressão final p do ar no
tubo e a pressão atmosférica;
b) escreva a expressão matemática que relaciona, no ponto A, a
42. (VUNESP) – Ao subir do fundo de um lago para a superfície, o patm com a pressão p do ar e a altura h da água dentro do tubo;
volume de uma bolha de gás triplica. Sabe-se, ainda, que a c) estime, utilizando as expressões obtidas nos itens anteriores,
pressão exercida pelo peso de uma coluna de água de 10,0 o valor numérico da pressão atmosférica patm, em N/m2.
metros é igual à pressão atmosférica na região em que o lago se
localiza. NOTE E ADOTE:
a) Qual seria a profundidade desse lago, supondo-se que a Considere a temperatura constante e desconsidere os efeitos
temperatura no fundo fosse igual à temperatura na superfície? da tensão superficial.
b) Qual seria a profundidade desse lago, supondo-se que a Considere g = 10m/s2
temperatura absoluta no fundo fosse 4% menor que a Densidade da água = 1,0 . 103kg/m3
temperatura na superfície?
117
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 118
Península de Kamchatcka, no extremo leste do país, onde a c) suporta, no instante t = 25min, uma pressão hidrostática de
embarcação está encalhada a 190 metros de profundidade. Dez 1,0atm.
navios russos foram enviados ao local. Os EUA também devem d) atinge a profundidade máxima de 60m.
participar da operação de ajuda. e) não navega na superfície do mar.
O minissubmarino da classe Priz , normalmente usado para
realizar resgates em grandes profundidades, não possui meios de 48. (UEPB-MODELO ENEM) – É do conhecimento dos técnicos de
propulsão próprios e ficou preso no fundo do mar depois de se ter enfermagem que, para o soro penetrar na veia de um paciente, o
enroscado em redes de pesca. nível do soro deve ficar acima do nível da veia (conforme a figura
abaixo), devido à pressão sanguínea sempre superar a pressão
Sexta-feira, 5 de agosto de 2005 –19h27min atmosférica.
Moscou – Um robô britânico teleguiado mergulhou no mar e 49. (UFRN-MODELO ENEM) – No diagnóstico da hipertensão arte-
cortou os cabos que prendiam o minissubmarino russo AS-28 rial, são comumente utilizados esfigmomanômetros aneroides
“Priz” ao fundo do Oceano Pacífico. Pouco depois, os tripulantes para medir a pressão sanguínea. Nas medidas de pressão
do submarino receberam ordem de se preparar para abandonar a realizadas por esses aparelhos, determina-se apenas a pressão
embarcação. manométrica, isto é, apenas o valor que está acima da pressão
O robô Scorpio-45 havia submergido neste domingo de manhã atmosférica (pA). Essas medidas de pressão são efetuadas pela
(hora local) para tentar soltar o minissubmarino, preso no fundo do comparação da pressão do ar contido numa bolsa inflável com as
mar em uma baía de Kamchatka. pressões sanguíneas nos momentos da sístole (contração do
coração) e da diástole (relaxamento do coração). Para assegurar
Com as informações do noticiário, é correto interpretar: uma medida correta da pressão, esses aparelhos devem ser
a) O AS-28 estava enroscado nas redes de pesca, sob pressão regularmente calibrados. Para isso, usa-se um manômetro de
aproximada de 20 atm, antes de ser resgatado. coluna de mercúrio, ligado por uma tubulação flexível ao
b) Os tripulantes quase morreram pelo fato de o oxigênio, dentro esfigmomanômetro, conforme mostrado na figura abaixo.
do AS-28, estar a uma pressão de 19 atm.
c) Enquanto o robô Scorpio-45 submergia sob as águas da baía
de Kamchatka, a pressão sobre ele permanecia constante.
d) A sorte dos tripulantes foi que, durante a submersão do AS-28
em sua missão, antes de este ficar preso nas redes, o aumen-
to da pressão externa sobre a sua estrutura foi compensado
com a diminuição da pressão interna do ar nele contido.
e) Independentemente do tempo de duração do oxigênio, o gran-
de risco de morte dos tripulantes do AS-28 decorria do fato de,
àquela profundidade, sua pressão arterial manter-se em 19atm
durante um tempo muito longo, o que poderia levá-los a um der-
rame cerebral.
118
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 119
NOTE E ADOTE
8. Barômetro de Torricelli
Denomina-se barômetro todo aparelho ou dispositivo que se destina a medir a pressão atmosférica.
O barômetro mais simples que existe é o barômetro de cuba ou de Torricelli.
Um tubo de vidro de comprimento da ordem de 1m é totalmente cheio com mercúrio e sua extremidade livre é
tampada com o dedo. Em seguida, o tubo é emborcado em uma cuba contendo mercúrio com a extremidade livre para
baixo e o dedo é retirado.
119
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 120
p1 = p2 = p3
120
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 121
p1 = p2
pO + AghA = pO + BghB
AhA = BhB
hA B
–––– = ––––
hB A
Estando o sistema em equilíbrio e sob ação da gravi- As alturas líquidas, medidas a partir da superfície
dade, podemos igualar as pressões nos pontos (1) e (2) que de separação dos líquidos, são inversamente pro-
pertencem ao mesmo líquido A e ao mesmo plano hori- porcionais às respectivas densidades.
zontal.
55. Se, para a determinação da pressão atmosférica normal, se usas- óleo.hóleo = Hg.hHg
se água de densidade absoluta igual a 1,00g/cm3, qual seria a
altura da coluna de água, sabendo-se que, usando mercúrio 0,680.hóleo = 13,6.76,0
(densidade absoluta 13,6g/cm3), a altura é de 76,0cm? hóleo = 1520cm
Admita que a água não produza vapor e que o barômetro de
Torricelli tivesse dimensões que permitissem a realização da Resposta: 15,2m
experiência.
Resolução 57. Repetiu-se a experiência de Torricelli, conforme mostra a figura.
Consideremos o barômetro de Torricelli, representado na figura. As O tubo, antes de ser emborcado na cuba, não estava comple-
pressões nos pontos (1) e (2) são iguais, pois esses pontos estão ao tamente cheio de mercúrio. Considere o tubo cilíndrico e suponha
mesmo nível horizontal e na mesma massa fluida. a não variação de temperatura. Determinar a pressão atmosférica
local, em centímetros de mercúrio.
Então: p1 = p2
Mas p1 é a pressão atmosférica (pO), e p2 é a pressão da coluna Resolução
líquida de altura h (gh). Antes de se emborcar o tubo na cuba, o ar em seu interior está à
pressão p1 e ocupa o volume V1, sendo:
Assim: pO = gh
p1 = pat (pressão atmosférica);
Se o líquido for mercúrio: pO = Hg.g.hHg V1 = S. 3,0, em que S é a área da seção transversal do tubo.
Após se emborcar o tubo, o ar vai para a região superior deste.
Se o líquido for água: pO = H O.g.hH
2 2O Nesta situação, chamemos a pressão do ar de p2 e o volume que
Então: H O.g.hH = Hg.g.hHg ele ocupa, de V2.
2 2O
Considerando-se um ponto na superfície livre do mercúrio da cuba
H O.hH = Hg.hHg e outro no mesmo nível horizontal, mas no interior do tubo, temos
2 2O
1,00.hH = 13,6.76,0 que as pressões nesses pontos são iguais.
2O
hH 1034cm Então:
2O
Resposta: aproximadamente 10,3 metros. p2 + 70 = pat (em cm Hg) ⇒ p2 = pat – 70
V2 = S. 38
56. Se, na questão anterior, fosse usado um óleo não volátil de den-
sidade absoluta igual a 0,680g/cm3, qual seria a altura da coluna Aplicando a Lei de Boyle-Mariotte à porção de ar, temos:
de óleo?
p1.V1 = p2.V2 ⇒ pat.S.3,0 = (pat – 70).S.38
Resolução
Quando o líquido é o mercúrio: pO = Hg.g.hHg
pat = 76cm Hg
Quando o líquido é o óleo: pO = óleo.g.hóleo
Então: óleo.g.hóleo = Hg.g.hHg Resposta: 76cm Hg
121
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 122
Resolução
Resolução Consideremos dois pontos (1) e (2) no nível da superfície de
Consideremos um ponto A na superfície livre do mercúrio em separação dos líquidos, como feito na figura. As pressões nesses
contato com o gás do reservatório R e um ponto B no mesmo pontos são iguais, pois estão no mesmo plano horizontal e ainda
nível do primeiro, mas no mercúrio interno ao tubo vertical. Como podem ser considerados do mesmo líquido (B).
esses dois pontos estão no mesmo nível e na mesma massa
p1 = p2
fluida em equilíbrio, suas pressões são iguais: pA = pB.
pO + AghA = pO + BghB
Mas: pA = pgás e pB = pat + pcoluna h de mercúrio
AhA = BhB
Então: pgás = 70,0cm Hg + 40,0cm Hg
2,5.20 = 10hB
pgás = 110cm Hg
hB = 5,0cm
Resposta: 110cm Hg Como h = hA – hB, vem:
59. A figura abaixo representa o tubo de Hare, cuja finalidade é com- h = 20 – 5,0 (cm) ⇒ h = 15cm
parar densidades de líquidos miscíveis. Os líquidos são aspirados
pelo tubo T, que é fechado em seguida. Resposta: 15cm
122
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 123
62. (UNIP-MODELO ENEM) – A experiência com o barômetro de ambiente. Sabe-se que a pressão atmosférica no local da
Torricelli é feita em um local situado a 15km acima da superfície experiência é de 74 cmHg. Os níveis de Hg no tubo em U, em
terrestre e o resultado é apresentado a seguir. equilíbrio, estão assinalados na figura. A pressão do gás é, então,
em cmHg, de
a) 71 b) 151 c) 219 d) 299 e) 329
64. No alto de uma montanha, foi feita a experiência de Torricelli e a altura da coluna de mercúrio foi de
36cm.
Assumindo-se para o valor do módulo da aceleração da gravidade local g = 10m/s2 e para a densidade
do mercúrio o valor 14g/cm3:
123
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 124
65. (FUND. CARLOS CHAGAS) – A montagem representada na a) Com a experiência sendo realizada no nível do mar (pressão de
figura abaixo pode ser utilizada como um barômetro. 1 atm), qual será a pressão (medida em atm) do gás contido no
recipiente, se a coluna do líquido da direita apresentar um
desnível igual a 380 mm em relação ao nível do líquido contido
no tubo da esquerda?
b) Se o gás está na mesma pressão do item anterior, o que
acontecerá com a coluna de líquido, contido no tubo da direita,
se a experiência for realizada em Quito, capital do Equador,
nos Andes, que fica a 2850 m acima do nível do mar?
b) abaixa aumenta
124
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 125
70. (UNESP) – Uma pessoa, com o objetivo de medir a pressão inter- 73. (AFA) – A figura mostra como três líquidos imiscíveis, de densi-
na de um botijão de gás contendo butano, conecta à válvula do dades diferentes, se dispõem em um tubo em U, em equilíbrio
botijão um manômetro em forma de U, contendo mercúrio. Ao hidrostático.
abrir o registro R, a pressão do gás provoca um desnível de
mercúrio no tubo, como ilustrado na figura.
dB + 2dC 2dB + dC
c) dA = –––––––– d) dA = –––––––
3 3
125
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 126
76. Considere os seguintes dados: a) Determine o valor da densidade II do líquido II.
(1) pressão atmosférica local: p0 = 1,0.105N/m2 b) Faça um gráfico quantitativo da pressão p nos líquidos, em
função da posição ao longo do tubo, utilizando os eixos
(2) densidade do óleo: 8,0 .102kg/m3
desenhados. Considere zero (0) o ponto médio da base do
(3) densidade da água: 1,0 .103kg/m3 tubo, positivos os números à direita do zero e negativos, à
(4) g = 10m/s2 esquerda.
126
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:31 Página 127
127
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 128
S A . d A = S B . dB
FB SB
Vm = –––– = ––––
FA SA SB dA
–––– = –––– (II)
SA dB
Se os êmbolos têm forma cilíndrica, suas áreas são
dadas por: Comparando (I) e (II), vem:
SA = πRA2 e SB = πRB2 , em que RA e RB são os raios
dos êmbolos: FB dA
–––– = ––––
FA dB
SB RB 2
Vm = –––– = –––– Assim: FBdB = FAdA
SA RA
A relação anterior traduz a conservação de trabalho
nas máquinas simples:
Em uma prensa hidráulica, o trabalho da força
Sendo dA o deslocamento do êmbolo A e dB o deslo- aplicada ao êmbolo menor é igual ao trabalho da
camento do êmbolo B e lembrando que o líquido é in- força transmitida ao êmbolo maior.
Logo:
F1 . d1 = F2 . d2 ⇒ 1,0 . 102 . d1 = 2,0 . 104 . 1,0
d1 = 2,0 . 102m
a) Determinar o módulo da força F1, sabendo-se que o furgão
sobe em movimento retilíneo e uniforme de velocidade muito
baixa . É evidente que não se consegue esse deslocamento de uma
b) Determinar o deslocamento do êmbolo de área S1, para que o só vez, mas sim em vários golpes sucessivos.
furgão suba 1,0 metro.
Resolução Respostas: a) F1 = 1,0 . 102N
→ b) d1 = 2,0 . 102m
a) Precisamos obter sob o êmbolo de área S2 uma força F2
vertical de baixo para cima, de módulo igual ao do peso do
83. Uma seringa de diâmetro interno D igual a 1,0cm é usada com
furgão.
uma agulha de diâmetro interno d igual a 1,0mm. Aplicando-se
Então: PF = mF . g ⇒ PF = 2,0 . 103kg . 10m/s2 → →
uma força F, de 0,50N, qual a intensidade da força F’ que o líqui-
→
PF = 2,0 . 104N do aplicará no braço do paciente como consequência de F ?
Como se trata de uma situação de equilíbrio:
F2 = PF = 2,0 . 104N
→
A força F1 provoca, no ramo esquerdo do sistema, um acrés- Resolução
cimo de pressão igual a F1/S1, que, pelo Princípio de Pascal, Chamemos de S a área da secção transversal da seringa, e de s
se transmite para os pontos que estão sob o êmbolo de área a da agulha. A força F distribui-se na superfície de área S, pro-
→
S2, fazendo surgir aí a força F2. vocando um acréscimo de pressão ⌬p = F/S, que, pelo Princípio
128
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 129
F 8,0 . 103 N
84. (UNIUBE-MG-MODELO ENEM) – Um elevador de automóveis f = ––– = –––––––––– ⇒ F = 80N
será instalado em um posto de gasolina para atender carros com, 100 100
no máximo, duas toneladas de massa. O sistema é composto por
dois pistões, um de maior diâmetro que o outro, e cheios de óleo. 3) Na prensa hidráulica, há conservação de trabalho:
São conhecidos: o diâmetro do pistão menor (0,10m) e a intensi-
dade máxima da força que pode ser exercida nesse pistão, que é f = F = F . d
de 200N. Desprezando-se os pesos dos pistões e adotando-se
g = 10m/s2, o diâmetro do pistão maior deve ser de: f = 8,0 . 103 . 0,50 (J)
a) 0,25m b) 0,50m c) 1,0m
d) 1,2m e) 1,5m f = 4,0 . 103 J
Resolução
De acordo com a Lei de Pascal, vem: Resposta: C
⌬pA = ⌬pB
86. (MODELO ENEM) – Um esquema simplificado de uma prensa
hidráulica está mostrado na figura abaixo. Pode-se fazer uso de
FA FB uma alavanca para transmitir uma força aplicada à sua
––––– = –––––
SA SB extremidade, amplificando seu efeito várias vezes.
2 2
π RB2
FB SB
––––– = ––––– = –––––
FA SA π RA2
RB
= –––––
RA
= –––––
D
D
B
2,0 . 103 . 10 2
––––––––––––– =
200
–––––
DB
0,10
DB
––––– = 10 ⇒ DB = 1,0m
0,10
Resposta: C
10 . 20 = f1 . 10 ⇒ f1 = 20N
129
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 130
87. Uma prensa hidráulica ideal tem vantagem mecânica igual a 16. O
êmbolo menor é cilíndrico, tem diâmetro d e recebe uma força
normal de intensidade f, que provoca uma variação de pressão p
e realiza um trabalho .
(1) ,
O êmbolo maior, que também é cilíndrico, tem diâmetro ...........
(2)
recebe do líquido uma força de intensidade ..........., que ocasiona
(3) , e realiza um trabalho ...........
uma variação de pressão ........... (4) .
Responda como deve ser preenchida cada lacuna.
a 4d 16f 4p
b 2d 4f p
L1 A1
Sabendo-se que –––– = 8 e que –––– = 3, a maior massa M
L0 A0
89. (UNESP) – Utilizando-se a balança hidráulica da figura, composta que essa pessoa consegue equilibrar com este macaco hidráulico
por um tubo preenchido por um fluido e lacrado por dois êmbolos é de
de áreas diferentes, pode-se determinar a massa de um homem a) 90 kg b) 240 kg c) 720 kg
de 70 kg, ao colocá-lo sobre a plataforma S2 de 1,0m2 e d) 810 kg e) 240 kg
colocando-se um pequeno objeto sobre a plataforma S1 de
10cm2. 92. (UFRRJ-MODELO ENEM) – Observe a figura abaixo, que mostra
um sistema hidráulico de freio de alguns carros.
130
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 131
93. (UFCG-PB-MODELO ENEM) – As figuras a seguir mostram duas 95. (USJ-MG-MODELO ENEM) – Na figura abaixo, está represen-
partes de um sistema de freio hidráulico. tado um corte esquemático de um elevador hidráulico, muito
usado em postos de gasolina e oficinas mecânicas para lavagem
e manutenção de veículos. Basicamente, constitui-se de dois
cilindros, com áreas transversais de valores diferentes, vedados
por pistões móveis, cujos cilindros são conectados por uma
tubulação e todo o sistema é preenchido por um fluido. O pistão
da direita sustenta uma plataforma de suspensão dos veículos,
cuja massa, juntamente com a do veículo, é M. Sabe-se ainda que
o pistão da esquerda tem área a, o da direita tem área A e o
módulo da aceleração local da gravidade é g.
Adaptado de www.oficinaecia.com.br
131
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 132
E = Pfluido = fluidoVimerso g
deslocado
Notas
Nota 1: o ponto de aplicação do empuxo é o centro
da gravidade da porção de fluido que foi deslocada pela
O líquido atua sobre todas as faces do cilindro com presença do sólido.
forças de compressão e normais às regiões de contato Nota 2: a Lei de Arquimedes pode ser aplicada mes-
entre o líquido e o cilindro. mo no caso em que o sólido esteja mergulhado simulta-
As forças horizontais F3 e F4, nas faces laterais, têm neamente em dois fluidos, como na figura:
a mesma intensidade, pois estão aplicadas em pontos de E = EA + EB = AVAg + BVBg
mesma profundidade, ou seja, de mesma pressão. Por-
tanto, as forças horizontais se equilibram e a resultante
das forças horizontais é nula.
Na direção vertical, não há equilíbrio entre as forças
F1 e F2, pois a força F2, na face inferior, é mais intensa
que a força F1, na face superior, já que a pressão é maior
nos pontos de maior profundidade.
Chamando de A a área da secção transversal do cilin-
dro, temos:
F2 – F1 = (p2 – p1) A
F2 – F1 = mLg
Resposta: D
133
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 134
Resolução 1
→
A igualdade dos módulos dos momentos da força de empuxo (E ) e da O volume emerso é ––– do volume da baleia e, portanto, o volu-
→ 5
força de reação da válvula sobre a alavanca ( F ), em relação ao polo B,
pode ser expressa por: 4
me imerso é ––– do volume da baleia.
MF = ME 5
B 4
F . dBC = E . dAB ––––– = –––
1,00 5
dAB
F . –––– = água . Vi . g . dAB B = 0,80g/cm3
5
Resposta: D
F
––– = 1,0 . 103 . 1,0 . 10–3 . 10 (N) ⇒ F = 50N
5
101. (UFMG) – Uma caixa cúbica de isopor, cuja massa é de 10 g,
Resposta: A flutua dentro de um reservatório de óleo. Essa caixa está presa ao
fundo do reservatório por um fio, como mostrado na figura I.
Considere que a massa do fio é desprezível e que, inicialmente, a
100. (UFABC-MODELO ENEM)
altura da parte submersa da caixa é muito pequena. Adote
g = 10m/s2.
Aberta a temporada para avistar
Em um certo instante, uma torneira que abastece o reservatório é
baleias na Praia do Forte, no litoral da Bahia
aberta.
Na figura II, está representado o gráfico do módulo da força de
Balança horrores. Há momentos em que a gente pensa ter sido
tração T no fio em função da altura h do nível de óleo.
enganado: ‘Será que o antienjoo era placebo?’ Olha-se para lá,
olha-se para cá. De repente, uma fumacinha de água no meio da
imensidão é a salvação da lavoura. Todos correm para aquela
direção. Dá uma sensação de que o barco vai virar. Que nada.
Quando menos se espera, elas aparecem. Enormes, geralmente
em dupla ou acompanhadas de um filhote. Sair para um ‘whale-
watching’ – em bom “baianês”, baleiada – é uma baita aventura.
Não pense que a massa – elas chegam a atingir 40 toneladas,
distribuídas em até 16 metros – seja um empecilho para essas
danadas se exibirem.
(Revista da Folha, Ed. n.o 828, de 03.08.2008. Adaptado)
Considere que uma baleia, durante sua “exibição”, permaneça
em repouso por alguns segundos, com 1/5 do volume de seu
corpo fora da água.
134
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 135
c) Para h > 40cm, o empuxo passa a ser constante, pois o 3) Com o cubo totalmente imerso, temos:
cubo fica totalmente imerso e, portanto, a força que
E=T+P
traciona o fio também fica constante:
T = E – P = o a3 g – P o a3 g = Tf + mg
2) A aresta do cubo é dada pela diferença entre a altura h quando o (2,0 . 10–1)3 . 10 = 64 + 1,0 . 10–2 . 10
o cubo fica totalmente imerso e o comprimento do fio: o . 8,0 . 10–3 . 10 = 64,1
102. (UFMG) – A figura I mostra uma vasilha, cheia de água até a 104. (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA) – Um estudante realizou a
borda, sobre uma balança. seguinte experiência: colocou no prato de uma balança de ponteiro
Nessa situação, a balança registra um peso P1. uma vasilha contendo água e verificou que a balança marcou 1,5kg;
Um objeto de peso P2 é colocado nessa vasilha e flutua, ficando em seguida, mergulhou sua mão, de volume igual a 500cm3, na
parcialmente submerso, como mostra a figura II. Um volume de água contida na vasilha (figura a seguir).
água igual ao volume da parte submersa do objeto cai para fora da
vasilha.
135
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 136
136
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 137
Prefeituras permitem fácil acesso a piscinas públicas Considerando-se que as densidades das águas doce e salgada se-
jam, respectivamente, 1000 kg/m3 e 1025 kg/m3 e admitindo-se
Num belo dia de sol, três irmãos, André, Bernardo e Caetano, que a altura da linha da água (H), distância entre o fundo da balsa
estão brincando na piscina de um clube. Cada um tem uma bola: e o nível da água (figura acima), seja, respectivamente, HD para a
André tem uma de plástico oca, Bernardo, uma de borracha água doce e HS para a água salgada, podemos afirmar que a
maciça e Caetano tem uma de isopor maciça. relação HD /HS , na viagem de volta da balsa, será
Num dado momento, os três afundam completamente suas bolas a) 0,975 b) 1,000 c) 1,025 d) 9,75 e) 10,00
na água. A bola de André recebe, então, um empuxo de intensi-
dade EA, a de Bernardo, um empuxo de intensidade EB e a de 119. (UFCG-MODELO ENEM) – Em A origem das Espécies, Charles
Caetano, um empuxo de intensidade EC. Considerando-se que Darwin discutiu o que ele denominou de meios acidentais de
todas as bolas têm exatamente o mesmo diâmetro, é correto dispersão de sementes. No texto a seguir, Darwin relata alguns
afirmar que de seus resultados:
a) EA < EB < EC b) EC < EA < EB c) EA = EB = EC “A diferença entre a flutuação da madeira verde e da madeira se-
d) EA < EC < EB e) EB < EC < EA ca é muito conhecida, sendo assim, ocorreu-me que as enchen-
tes poderiam arrastar plantas inteiras ou ramos vegetais, e que
117. (UNIMONTES-MG-MODELO ENEM) – O RMS Titanic, da British esses poderiam secar nos bancos litorâneos onde ficassem enca-
White Star Line, foi um dos maiores navios transatlânticos já cons- lhados. Por ocasião de uma nova subida das águas, poderiam ser
truídos pelo homem até então. Tinha um comprimento de cerca de lançadas no mar. Isso me fez secar as hastes e ramos de 94
269 metros por 28 metros de largura e uma altura de 54 metros, plantas com frutos maduros, atirando-os depois no mar. A maioria
aproximada a um prédio de 18 andares. Saiu do Porto de afundou de maneira rápida, mas alguns flutuaram. Alguns, quando
Southampton, na Inglaterra, no dia 10 de abril de 1912, com destino verdes, flutuavam pouco tempo, e quando secos, flutuavam
137
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 138
muito mais. As avelãs maduras, por exemplo, afundavam muito a) a densidade média do barco diminuiu, tornando inevitável seu
rapidamente; quando secas, no entanto, flutuavam por cerca de naufrágio.
90 dias, após os quais germinavam, caso fossem plantadas. “[...] b) a força de empuxo sobre o barco não variou com a entrada de
DARWIN, Charles. A origem das espécies.
água.
São Paulo: Martin Claret, 2004, p. 455.
c) o navio afundaria em qualquer situação de navegação, visto ser
As alternativas seguintes referem-se aos resultados apresentados feito de ferro, que é mais denso do que a água.
por Darwin. Ignorando-se os fenômenos de superfície, assinale a d) antes da entrada de água pelo casco, o barco flutuava porque
alternativa correta. seu peso era menor do que a força de empuxo exercido sobre
a) A diferença na flutuação da madeira verde e da madeira seca ele pela água do rio.
é bastante conhecida na vida cotidiana e deve-se à diferença e) o navio, antes do naufrágio, tinha sua densidade média menor
de peso entre elas. do que a da água do rio.
b) As avelãs secas flutuaram porque sua densidade média é
maior que a densidade da água onde foram lançadas.
c) As hastes e galhos de plantas com frutos maduros que 121. (UFF-RJ-MODELO ENEM) – Em janeiro de 2000, cerca de
afundaram deslocaram uma quantidade de água cujo peso era 1,2 . 106 litros de óleo foram derramados, acidentalmente, na Baía
inferior ao deles. de Guanabara, formando imensas manchas flutuantes na super-
d) As avelãs maduras afundaram porque sua densidade média é fície da água.
menor que a densidade da água onde foram lançadas.
e) A diferença entre as quantidades de água contidas nas avelãs,
maduras e secas, não tem nenhuma importância no fenômeno
de flutuação que Darwin observou.
Considere um sólido S totalmente imerso em um lí- Substituindo na expressão do peso aparente, vem:
quido homogêneo e em equilíbrio.
Seja P o peso do sólido e E a intensidade do empuxo
1 – –––
L L
que o líquido exerce sobre o sólido. Pap = P – ––– P ⇒ Pap = P
Define-se peso aparente (Pap) do sólido S, imerso no S S
líquido, pela relação:
––––––––
Pap = P – E S – L
Pap = P
S
138
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 139
16. Aceleração no S – L
interior de um líquido
a = ––––––––
S
g
Considere um sólido S movendo-se no interior de um
líquido de modo a não perturbar muito a condição de (I) Quando S = L ⇔ a = 0 (MRU)
equilíbrio do líquido (para continuar valendo a Lei de →
Arquimedes). (II) Quando S > L ⇔ ↓ a
→
Aplicando-se a 2.a Lei de Newton: (III) Quando S < L ⇔ ↑ a
122. (UFLA-MG-MODELO ENEM) – Para identificar combustíveis Nessas condições, pode-se afirmar que a densidade do corpo vale
adulterados de uma forma simples e eficiente, os postos de a) 1,0 kg/m3 b) 2,5 . 103 kg/m3 c) 5,0 . 103 kg/m3
gasolina costumam usar uns tipos de densímetros que são d) 7,5 . 103 kg/m3 e) 1,0 . 104 kg/m3
constituídos, por exemplo, por duas esferas: uma vermelha, de Resolução
densidade V, e outra azul, de densidade A. Quando a esfera azul 1) Pap = P – E ⇒ 2,6 . 10–1 = 3,0 . 10–1 – E
está na parte superior do densímetro e a esfera vermelha na parte
inferior, pode-se assegurar que o combustível possui densidade E = 0,4 . 10–1N
C aceitável. Caso as esferas se localizem na parte superior, o
combustível apresenta-se adulterado. Com base nessa expli-
cação, pode-se afirmar que, no caso do combustível aceitável, 2) P = C V g
a) A > C > V b) A = C = V c) A < C < V
E = L V g
1
d) A = –– (C + V) e) C = 2(A + V)
2 3,0 . 10–1 C
P C
Resolução –– = ––– ⇒ ––––––––– = ––––––––
E L 0,4 . 10–1 1,0 . 103
Se uma esfera afunda em um líquido, é porque sua densidade é
maior que a do líquido. Se a esfera aflorar à superfície, é porque
sua densidade é menor que a do líquido. kg
Se a esfera ficar em equilíbrio e totalmente imersa, é porque sua C = 7,5 . 103 ––––
densidade é igual à do líquido. m3
Esfera azul aflorou: A < C
Esfera vermelha afundou: V > C Resposta: D
139
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 140
Resolução 2. Pap = P – E
→
a) P: peso do cubo aplicado pela Terra. 22,5 = 24,0 – E ⇒ E = 1,5N
→ 3. E = a (Vo + Vp)g
T: força aplicada pelo fio
1,5 = 1,0 . 103 (Vo + Vp) . 10
→
EA: empuxo exercido pelo líquido A. Vo + Vp = 1,5 . 10–4 = 15 . 10–5 (II)
I – II: Vo = 9,0 . 10–5m3
→
EB: empuxo exercido pelo líquido B. Vp = 6,0 . 10–5m3
P = C V g Vo 9,0 . 10–5
4. x = ––––––––– = –––––––––––––
P = 8,5 . 103 . (4,0)3 . 10–6 . 10(N) ⇒ P = 5,44N Vo + Vp 15 . 10–5
EA = A V g
x = 0,60 (60%)
EA = 1,2 . 103 . 32,0 . 10–6 . 10 (N) ⇒ EA = 0,384N
EB = B V g Resposta: C
EB = 0,8 . 103 . 32,0 . 10–6 . 10 (N) ⇒ EB = 0,256N 127. (FUVEST-SP) – Uma bolinha de isopor é mantida submersa, em
um tanque, por um fio preso ao fundo. O tanque contém um
EA + EB + T = P líquido de densidade igual à da água. A bolinha, de volume
V = 200cm3 e massa m = 40g, tem seu centro mantido a uma
0,384 + 0,256 + T = 5,44
distância H0 = 50cm da superfície (figura 1). Cortando-se o fio,
0,64 + T = 5,44 ⇒ T = 4,8N observa-se que a bolinha sobe, salta fora do líquido, e que seu
centro atinge uma altura h = 30cm acima da superfície (figura 2).
b) O dinamômetro indica a força que traciona o fio: 4,8N Desprezando-se os efeitos do ar e adotando-se g = 10m/s2,
determine
125. (UNESP) – Uma partícula, de volume V e de massa m, está em a) a altura h’, acima da superfície, que o centro da bolinha atin-
queda em um meio líquido. Considerando-se desprezíveis os giria, se não houvesse perda de energia mecânica (devida, por
efeitos de viscosidade do líquido no movimento da partícula, exemplo, à produção de calor, ao movimento da água etc.);
a) represente o diagrama de forças que atuam sobre a partícula b) a energia mecânica E (em joules) dissipada entre a situação
nessa situação; inicial e a final.
b) determine o módulo da aceleração da partícula em função da
densidade da partícula, P, da densidade do líquido, L, e do
módulo da aceleração gravitacional, g.
Resolução
a)
→
P = peso da partícula
→
E: empuxo que o líquido exerce na partícula
Resolução
a) Aplicando-se o teorema da energia cinética entre as posições
b) 2.a Lei de Newton: inicial (V0 = 0) e final (Vf = 0), temos:
E + P = ⌬Ecin
P – E = ma
E H0 – P (H0 + h’) = 0
V g – Vg = V a
P L P E H0 – P H0 – P h’ = 0
g (P – L) H0 (E – P) = P h’
a = –––––––––– H0 (E – P)
P h’ = ––––––––––
P
Respostas: a) ver esquema
E = V g = 1,0 . 103 . 200 . 10– 6 . 10(N) = 2,0N
g (P – L)
b) a = –––––––––– P = mg = 40 . 10 – 3 . 10(N) = 0,4N
P
H0 = 0,50m
1,6
126. (MODELO ENEM) – Arquimedes recebeu a seguinte incumbên- h’ = 0,50 . ––––– (m) ⇒ h’ = 2,0m
0,4
cia do rei de Siracusa: descobrir os teores percentuais de ouro e
de prata existentes em uma coroa, sem contudo danificá-la. b) Tomando-se a superfície livre do líquido como plano de
Arquimedes verificou que a coroa pesava 24,0N no ar e 22,5N referência, temos:
quando totalmente imersa em água. Dados:
– Densidade da água = 1,0 . 103kg/m3. E0 = (E – P) H0
– Densidade do ouro = 2,0 . 104kg/m3. Ef = P h
– Densidade da prata = 1,0 . 104kg/m3. Ed = E0 – Ef
– Módulo da aceleração da gravidade = 10m/s2
O teor volumétrico percentual de ouro existente na coroa é: Ed = (E – P) H0 – Ph
a) 10% b) 20% c) 60% d) 80% e) 100% Ed = 1,6 . 0,50 – 0,4 . 0,30(J) ⇒ Ed = 0,80 – 0,12 (J)
Resolução
1. P = mg = (oVo + pVp)g Ed = 0,68J
24,0 = (2,0 . 104Vo + 1,0 . 104Vp) . 10 Respostas:a) 2,0m
2,0Vo + Vp = 24,0 . 10–5 (I) b) 0,68J
140
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 141
141
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 142
Despreze a viscosidade dos líquidos e considere g = 10m/s2. 137. (UFC) – Um cilindro de altura H é feito de um material cuja den-
sidade é igual a 5,0g/cm3. Coloca-se esse cilindro no interior de
um recipiente contendo dois líquidos imiscíveis, com densidades
iguais a 6,0g/cm3 e 2,0g/cm3. Ficando o cilindro completamente
submerso, sem tocar o fundo do recipiente e mantendo-se na
vertical, a altura do cilindro que estará submersa no líquido de
maior densidade será:
a) H/3 b) 3H/5 c) 3H/4 d) 2H/3 e) 4H/5
Determine
a) o valor de L;
b) a razão entre os módulos das acelerações adquiridas por B e
A quando os fios são cortados;
c) a fração do volume de B que fica imersa quando ela flutua no
líquido.
Sabendo-se que o volume do corpo A é 3,0 . 10–3 m3, que sua den-
sidade é 6,0 . 102kg/m3 e que a intensidade do empuxo sobre o
corpo B vale 8,0N, determine
a) a intensidade do empuxo sobre o corpo A;
b) a intensidade da força que traciona o fio;
c) a massa do corpo B.
Dados:
módulo da aceleração da gravidade: g = 10 m/s2;
densidade da água = 1,0 . 103 kg/m3.
142
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 143
6) A 7) D 8) A 9) D 10) C Assim:
19) Não, pois cada pessoa teria de fazer uma força além da Como a pressão atmosférica (patm) equivale a 10,0 metros
capacidade humana, conforme calculado abaixo. de coluna de água, a pressão que o líquido provoca no
Para separar as caixas, cada pessoa teria de fazer uma força fundo do lago (2patm) equivalerá a uma profundidade de
(⌬F) que superasse a força feita pela diferença de pressão 20,0m .
externa (patm) e interna da caixa (pc), sendo:
b) Aplicando, novamente, a lei geral dos gases perfeitos,
⌬p = patm – pc = 1,0 – 0,1 (atm) = 0,9 atm
vem:
A = área de cada face = (0,30m)2 = 0,090m2
p1V1 p2V2
⌬F > ⌬p . A = 0,9 . 1,0 . 105 . 0,090 (N) ⇒ ⌬F > 8,1 . 103 N ––––– = –––––
T1 T2
OBS: Cada pessoa deveria ser capaz de levantar um objeto de
810kg de massa. patm . 3V p2 V
––––––––– = ––––––
T 0,96T
20) B 21) D 22) E 23) A 24) A
p2 = 2,88patm
25) E 26) D 27) C 28) A 35) C
Mas p2 = patm + plíq
36) B 37) E 38) C 39) C 40) B 2,88 patm = patm + pLíq
42) a) Supondo-se que o gás no interior da bolha se comporte De uma regra de três simples e direta, vem:
como gás ideal, da lei geral dos gases perfeitos, vem:
10 metros –––––––– patm
p1V1 p2V2
––––– = ––––– x –––––––– 1,88 patm
T1 T2
x = 18,8 metros
patm . 3V p2V
–––––––––– = –––––
T T
Respostas: a) 20,0m b) 18,8m
⬖ p2 = 3patm
43) a) p = g h
A pressão no fundo do lago é a soma da pressão atmos-
férica (patm) com a pressão da coluna líquida (plíq). p = 1,0 . 103 . 10 . h ⇒ p = 1,0 . 104 h (SI)
143
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 144
F = 6,0 . 107 N
b) pA = patm = p + a g h
1,8 . 103 . 20 = II 60 ⇒ II = 6,0 . 102kg/m3
patm = p + 1,0 . 103 . 10h
p = 1,036 . 105 Pa
20
c) Para p = ––– patm, temos: Observando-se que a pressão em todos os pontos da base do
21
tubo em U é constante e que, subindo-se através de qualquer
20
patm = ––– patm + 1,0 . 104 . 0,50 um dos líquidos, a pressão decresce uniformemente até
21 atingir o valor p0 = 1,00 . 105 Pa, traçamos o gráfico a seguir.
21 patm = 20 patm + 10,5 . 104
p 20
Respostas: a) R = ––––– = –––
patm 21
68) 80cm de Hg 69) C 70) a) 2,4 . 105 Pa 107) a) 6,3N 108) E 109) E 110) C
b) 48N b) glicerina
144
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 145
m aB
T + ––– (g + a) = m (g + a) –––– = 4,5
d aA
c) E = PB
m Vi B 2,4
T = m (g + a) – ––– (g + a)
d L Vi g = B V g ⇒ ––– = –––
L
= –––
4,4
V
T = m (g + a) 1 – ––
d Vi 6
–––– = –––
V 11
Resposta: A
EA + TA = PA → TA = PA – EA → →
PotF = | F | | V | cos 180°
Resposta: D
Sendo TB = 2TA, vem: 139) a) I) Enquanto o bloco estiver totalmente imerso, isto é,
EB – PB = 2 (PA – EA) y ⭐ 0,30m, a força tensora terá intensidade constante
dada por:
L V g – B V g = 2 (A V g – L V g)
145
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:32 Página 146
3) Para y = 0, o cilindro termina de sair do líquido e então: 2) Em 6 minutos, a água coletada no balde tem volume
dado por:
T = 4,5 . 102N
Vol 20ᐉ
Z = ––– ⇒ Vol = Z . ⌬t = –––– . 6 min = 120ᐉ
⌬t min
146
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:37 Página 147
CAPÍTULO
Mecânica
8 NOÇÕES DE HIDRODINÂMICA
2. Fluxo laminar
Consideremos um fluido movendo-se ao longo de
um tubo.
O fluxo do fluido, ao longo do tubo, é chamado la-
minar quando as partículas do fluido descrevem traje-
tórias paralelas às paredes do tubo. Sendo V1 o módulo da velocidade do fluido, na
região de área de secção transversal A1, temos:
3. Fluxo estacionário ⌬x1 = V1 ⌬t (movimento uniforme)
O fluxo de um fluido, ao longo de um tubo, é cha- Portanto: Vol1 = A1 V1 ⌬t
mado estacionário ou em regime permanente quando, Sendo 1 a densidade do fluido nesta região de área
em qualquer posição, a velocidade da partícula do fluido A1, vem:
não varia com o tempo. ⌬m1 = 1 Vol1 = 1 A1 V1 ⌬t
Isto significa que as diferentes partículas do fluido Analogamente, a massa de fluido que sai por A2 é
sempre passam pelo mesmo ponto com a mesma ve- dada por:
locidade, embora a velocidade possa variar de uma posição ⌬m2 = 2 A2 V2 ⌬t
para outra. Dada a conservação da massa, resulta:
⌬m1 = ⌬m2
4. Equação da continuidade
(conservação da massa) 1 A1 V1 ⌬t = 2 A2 V2 ⌬t
147
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:37 Página 148
Vol m
Z = –––– = A V = constante
⌬t Portanto: F = p1 –––
1
m m m
–mg (H2 – H1) + p1 ––– – p2 ––– = ––– (V22 – V12)
2
Vamos aplicar a um fluido perfeito a lei da conserva- Dividindo-se por m e multiplicando-se por , vem:
ção da energia e vamos obter a chamada Equação de
Bernoulli.
Consideremos um fluido incompressível com escoa- –g (H2 – H1) + p1 – p2 = ––– (V22 – V12)
2
mento estacionário ao longo de uma tubulação que se
eleva de uma altura inicial H1 para uma altura final H2.
V22 V12
–gH2 + g H1 + p1 – p2 = –––––– – ––––––
2 2
Finalmente:
V12 V22
p1 + g H1 + –––––– = p2 + g H2 + ––––––
2 2
Na altura H1, a pressão do fluido é P1 e na altura H2,
é P2. Generalizando, podemos escrever que, para qualquer
No deslocamento de uma massa m de líquido, da ponto do fluido perfeito incompressível, temos:
altura H1 para a altura H2, teremos os seguintes trabalhos
envolvidos: V2
p + gH + –––––– = constante
2
1) trabalho do peso:
P = –mg (H2 – H1)
Esta expressão, que nada mais traduz do que a con-
2) trabalho das forças de pressão: servação da energia, é chamada de Equação de Ber-
F = F1 . d1 = p1 A1 d1 noulli.
1
em que d1 é um deslocamento na altura H1 e
A soma p + gH é denominada pressão estática, e o
m V2
A1 d1 = Vol1 = –– termo ––––– é chamado pressão dinâmica.
2
148
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:37 Página 149
A
F = (⌬p) A ⇒ F = –––––– . (V22 – V21 )
2
Considerando-se Va o módulo da velocidade da água do rio 1, b) Se a decolagem ou aterrizagem for feita contra o vento, conse-
antes e depois da rocha; V1 o módulo da velocidade da água à guimos aumentar a diferença entre V2 e V1 e, com isto, obter
direita da rocha; e V2 o módulo da velocidade da água à esquerda a força de sustentação necessária com velocidades menores
da rocha, é correto afirmar: do avião.
a) Va é maior que V2. b) V2 é maior que V1. c) O uso dos flaps é para aumentar a área das asas e conseguir
c) Va é igual a V1. d) V1 é maior que V2. a força de sustentação necessária com velocidades menores
do avião.
e) Va é igual a V2.
Resolução 3. (UNIMONTES-MG-MODELO ENEM) – O futebol é, sem dúvida,
Pela equação da continuidade: um esporte global. Ele produz tamanho encanto e comoção nas
Z = A . V = constante pessoas que afeta significativamente o andamento de suas vidas.
O trecho abaixo traduz bem o que estamos afirmando:
Sendo L1 < L2 < L, resulta
“Neste mês em que se disputa a Copa do Mundo, os problemas
A1 < A2 < A e do planeta acabam reduzidos. Em todo o mundo, as pessoas
V1 > V2 > Va interrompem suas atividades para assistir aos jogos e aos
Resposta: D momentos de glória e frustração das seleções. Enquanto isso, a
história e a política esperam no banco de reservas.” (Retirado de
National Geographic, junho de 2006.)
2. (MODELO ENEM)
FORÇA DE SUSTENTAÇÃO DE UM AVIÃO
149
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:37 Página 150
b) As trajetórias não planas existem porque as bolas oficiais de As figuras em acordo com a realidade física são
futebol possuem, em seu interior, um dispositivo que afeta a) II e III. b) I e IV. c) II e IV.
seu movimento. Sem esse dispositivo, elas descreveriam d) III e IV. e) I e III.
trajetórias planas. Resolução
c) A rotação da bola e a força aplicada pelo ar são fundamentais De acordo com o Princípio de Bernoulli, para escoamentos ho-
para que a bola descreva trajetórias não planas. rizontais, temos
d) As trajetórias não planas acontecem quando a bola gira
V2
enquanto se desloca, e aconteceriam mesmo se não houves- p + ––––– = constante
se a força de resistência do ar, força de arrasto, que não afeta 2
a direção do movimento da bola.
Quando a secção diminui, a velocidade do fluido aumenta (equa-
Resolução
ção da continuidade) e, portanto, a pressão diminui e a altura no
medidor de pressão é menor (II correto).
Quando a secção aumenta, a velocidade diminui, a pressão au-
menta e a altura no medidor é maior (III correto).
Resposta: A
apresenta duas saídas verticais para a atmosfera, ocupadas pelo d1 2
V2 = ––– . V1
líquido até as alturas indicadas. d2
V12 V22
p1 + ––– = p2 + ––– + g H
2 2
1,0 . 10 3 1,0 . 10 3
5,0 . 10 5 + ––––––– . 4,0 = p2 + ––––––– . 64,0 + 1,0 . 10 3 . 10,0 . 5,0
2 2
Resposta: 4,2 . 10 5 Pa
150
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:37 Página 151
v=
2gh
␥y
⌬sy = v0y t + ––– t2 (MUV)
2
g 2
H – h = 0 + –– tQ ⇒ 2(H – h)
tQ = –––––––––
2 g
A água sai do orifício com uma velocidade horizontal de módulo v. 3) O alcance horizontal d é dado por:
A aceleração da gravidade tem módulo g.
a) Determine, em função de g, H e h, o valor de v e do alcance d = v tQ
horizontal d.
2(H – h)
b) Fixando-se o valor de H, qual deverá ser o valor de h para que d =
2gh ––––––––– ⇒ d = 2
h(H – h)
g
d seja máximo?
Resolução b) O valor de d será máximo quando o produto h(H – h) for
a) 1) Considere um ponto A na superfície do líquido e um ponto máximo.
B no interior do líquido e junto ao orifício.
Aplicando-se o Teorema de Bernoulli entre os pontos A e Façamos: h = x e h(H – h) = y
B, teremos: Assim, teremos: y = x (H – x)
Então, temos: H
y será máximo para x = ––– , isto é, o alcance d será
2
2
v
patm + g h = patm + –––– H
máximo quando h = ––– .
2 2
7. (UFOP-MG) – Quando se abre uma torneira de forma que saia c) a velocidade da água caindo não depende da força gravitacional
apenas um “filete” de água, a área da seção reta do filete de água e, portanto, para que haja conservação da massa, a área da
abaixo da boca da torneira é tanto menor quanto mais distante seção reta do filete tem de ser menor.
dela, porque d) as interações entre as moléculas da água tornam-se mais
a) como a velocidade da água distante da boca da torneira é maior intensas devido à ação da força gravitacional e, assim, a área da
devido à ação da força gravitacional, para que haja conservação seção reta do filete distante da boca da torneira fica menor.
da massa, a área da seção reta do filete tem de ser menor. e) devido à velocidade com que a água sai, a boca da torneira é
b) uma vez que a velocidade da água distante da boca da torneira projetada para que a água seja concentrada mais distante da
é menor devido à ação da força gravitacional, para que haja boca.
conservação da massa, a área da seção reta do filete tem de
ser menor.
151
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:37 Página 152
8. (UFPE) – A velocidade do sangue na artéria aorta de um adulto, 11. (ITA-MODELO ENEM) – Durante uma tempestade, Maria fecha
que possui em média 5,4 litros de sangue, tem módulo igual a as janelas do seu apartamento e ouve o zumbido do vento lá fora.
aproximadamente 30cm/s. A área transversal da artéria é de Subitamente, o vidro de uma janela se quebra. Considerando-se
aproximadamente 2,5 cm2. Qual o intervalo de tempo, em que o vento tenha soprado tangencialmente à janela, o acidente
segundos, necessário para a aorta transportar o volume de pode ser mais bem explicado pelo(a)
sangue de um adulto? a) princípio de conservação da massa. b) Princípio de Bernoulli.
c) Princípio de Arquimedes. d) Princípio de Pascal.
9. (UNIRIO-MODELO ENEM) – Um menino deve regar o jardim de e) Princípio de Stevin.
sua mãe e pretende fazer isso da varanda de sua residência, segu-
rando uma mangueira na posição horizontal, conforme a figura. 12. (UFBA) – Um fenômeno bastante curioso, associado ao voo dos
Durante toda a tarefa, a altura da mangueira, em relação ao jardim, pássaros e do avião, pode ser visualizado por um experimento
permanecerá constante. Inicialmente, a vazão de água, que pode simples, no qual se utiliza um carretel de linha para empinar pipa,
ser definida como o volume de água que atravessa a área trans- um prego e um pedaço circular de cartolina.
versal da mangueira na unidade de tempo, é 0. Para que a água
da mangueira atinja a planta mais distante no jardim, ele percebe
que o alcance inicial deve ser quadruplicado. A mangueira tem em
sua extremidade um dispositivo com orifício circular de raio
variável.
Para que consiga molhar todas as plantas do jardim sem molhar o 13. (UEL-PR-MODELO ENEM) – Um professor deseja demonstrar o
resto do terreno, ele deve: “Princípio de Bernoulli” para o movimento de fluidos. Para isto,
a) reduzir o raio do orifício em 50% e quadruplicar a vazão de ele pendura duas bolas de pingue-pongue iguais à mesma altura,
água. em dois fios idênticos, inextensíveis e independentes. As bolas,
b) manter a vazão constante e diminuir a área do orifício em 50%. inicialmente, estão ligeiramente afastadas entre si com uma
c) manter a vazão constante e diminuir o raio do orifício em 50%. distância da ordem do diâmetro das bolas em questão. Uma vez
d) manter constante a área do orifício e dobrar a vazão de água. montado o arranjo experimental, o professor chama um aluno e
e) reduzir o raio do orifício em 50% e dobrar a vazão de água. pede que ele assopre, com força, na região entre as bolas.
Assinale a alternativa que indica o que irá acontecer:
10. (UFCG-PB-MODELO ENEM) – O sistema cardiovascular é cons- a) As bolas vão-se aproximar, pois, com o sopro, criou-se uma
tituído pelo coração, que é o órgão propulsor do sangue, e uma região de baixa pressão entre elas.
rede vascular de distribuição. Excitados periodicamente, os mús- b) As bolas vão-se afastar, pois, com o sopro, criou-se uma região
culos do coração se contraem impulsionando o sangue através de alta pressão entre elas.
dos vasos, a todas as partes do corpo. Esses vasos são as arté- c) As bolas vão-se afastar, pois, com o sopro, aumentou-se a
rias. Elas se ramificam tornando-se progressivamente de menor quantidade de ar entre elas e, por isso, o excesso de ar vai
calibre terminando em diminutos vasos denominados arteríolas. A afastá-las.
partir destes vasos, o sangue é capaz de realizar suas funções de d) As bolas vão balançar aleatoriamente, pois, com o sopro,
nutrição e absorção atravessando uma rede de vasos denomi- aumentou-se a agitação das moléculas de ar próximas delas.
nados capilares, de paredes muito finas e permeáveis à troca de e) O “Princípio de Bernoulli” não se aplica a este experimento.
substâncias entre ele e os tecidos. O fluxo de sangue bombeado
pelo coração para a artéria aorta, de seção transversal média, para 14. (UEL-PR-MODELO ENEM) – O voo de um avião depende do
uma pessoa normal em repouso, de 3cm2 (3 . 10–4m2), é da acoplamento de vários fatores, entre os quais se destaca o
ordem de 5 litros por minuto e ao chegar aos capilares, de formato de suas asas, responsáveis por sua sustentação no ar. O
diâmetro médio igual a 6m (área ≈ 3 . 10–11m2), o fluxo sanguí- projeto das asas é concebido de tal maneira que, em um mesmo
neo continua aproximadamente o mesmo e a velocidade escalar intervalo de tempo, uma corrente de ar passando acima da asa
média do sangue nesses vasos é da ordem de 5 . 10–4m/s. tem de percorrer um caminho maior que uma corrente de ar que
Baseado no texto, pode-se afirmar que a velocidade escalar média passa abaixo dela. Desde que a velocidade do avião seja
do sangue na aorta e o número estimado de vasos capilares de adequada, isso permite que ele se mantenha no ar. Assinale a
uma pessoa normal valem, respectivamente e aproximadamente: alternativa que identifica corretamente a razão para que isso
aconteça.
a) 3m/s; 6 . 109 b) 30m/s; 6 . 106 c) 0,3m/s; 6 . 109
a) A velocidade do ar acima da asa é maior do que abaixo da asa,
d) 1,6m/s; 6 . 106 e) 16m/s; 3 . 1010 ocasionando uma pressão maior acima da asa.
152
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:37 Página 153
b) A velocidade do ar acima da asa é menor do que abaixo da asa, a) com o aumento do segmento da artéria, a velocidade do san-
ocasionando uma pressão menor acima da asa. gue, neste ponto, aumenta e consequentemente a pressão
c) A velocidade do ar acima da asa é maior do que abaixo da asa, também aumenta, podendo ocorrer a ruptura da artéria.
ocasionando uma pressão maior abaixo da asa. b) com o aumento do segmento da artéria, a velocidade do
d) A densidade do ar acima da asa é menor do que abaixo da asa, sangue, neste ponto, diminui e consequentemente a pressão
ocasionando uma pressão menor abaixo da asa. aumenta, podendo ocorrer a ruptura da artéria.
e) A densidade do ar acima da asa é maior do que abaixo da asa, c) mesmo com o aumento do segmento da artéria, a velocidade
ocasionando uma pressão maior abaixo da asa. do sangue não se altera, entretanto, há um aumento da
pressão, podendo ocorrer a ruptura da artéria.
15. (UFPA-MODELO ENEM) – A figura abaixo representa o corte d) com o aumento do segmento da artéria, a vazão do sangue
longitudinal de um pequeno trecho de uma artéria ao longo da neste ponto aumenta e consequentemente a pressão
qual escoa sangue em regime laminar. As velocidades das células aumenta, podendo ocorrer a ruptura da artéria.
sanguíneas são representadas pelas setas à esquerda, o que e) com o aumento do segmento da artéria, a vazão do sangue
mostra que o módulo da velocidade aumenta radialmente em neste ponto diminui e consequentemente a pressão aumenta,
direção ao centro e se anula nas paredes da artéria. podendo ocorrer a ruptura da artéria.
153
P1_Livro4_Mecanica_Alelex_1a154 08/08/12 11:37 Página 154
9) 1) Z = vol
—– = A . V = constante (equação da continuidade) 13) A 14) C
⌬t
2) O alcance da água será dado por: 15) E 16) B
D = V tQ
17) B 18) B
em que o tempo de queda tQ será constante, pois H é man-
tido constante demonstre que tQ =
2H
—– .
g 19) (01) FALSO.
Se as aberturas tiverem o mesmo nível, as velocidades
Z Z
Portanto: D = —– . tQ = —––– . tQ V1 e V2 serão iguais e, portanto, teremos p1 = p2 e não
A π R2 haverá ventilação.
A R
Para que D’ = 4D, devemos ter A’ = —– e R’ = —– , isto é, a
4 2 (02) VERDADEIRO.
área deve ser dividida por 4 (reduzir-se em 75%) e o raio A presença do arbusto reduz a velocidade V1, elevando
o valor de p1 e, portanto, aumentando p1 – p2 , o que
deve-se reduzir à metade (50%).
favorece a ventilação.
Resposta: C
(03) FALSO.
Vol V12 V22
10) 1) Z = –––– = A . V p1 + ––––– = p2 + –––––
⌬t 2 2
5ᐉ 5 . 10–3m3 5 m3
Z = –––– = –––––––––– = ––– . 10–4 ––––
s p1 – p2 = –– (V22 – V12) = –– (V2 – V1) (V2 + V1)
min 60s 6 2 2
Z = AV
Para que p1 – p2 fosse proporcional a V2 – V1, de-
5 5 veríamos ter V2 + V1 constante, o que não é verdade,
––– . 10–4 = 3 . 10–4V ⇒ V = ––– m/s 0,3m/s
6 18 pois V2 e V1 são as variáveis da função estudada.
154
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 155
CAPÍTULO
Ondas
1 REFLEXÃO E REFRAÇÃO
DE ONDAS
1. Reflexão
É o fenômeno pelo qual uma onda retorna ao meio
de origem, após incidência em superfície refletora.
Imagens produzidas pela reflexão de
Na figura abaixo, está ilustrada a reflexão de um trem ondas luminosas na superfície polida de
uma mesa.
de ondas retas que incidem sobre uma superfície plana.
Nas fotos acima, podemos observar a reflexão de pulsos retos que se propagam
na superfície da água de uma cuba de ondas e incidem numa barreira reta.
Deve-se observar que a frente de onda dos pulsos refletidos também é reta.
155
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 156
Nas figuras (a), (b) e (c) acima, está representada a reflexão de um trem de
pulsos retos que incidem sobre uma barreira também reta. Podemos verificar
a 2.a lei da reflexão utilizando a figura (b), na qual C2D2 = C1D1, já que o
comprimento de onda dos pulsos refletidos deve ser igual ao comprimento de
onda dos pulsos incidentes. Isso significa que, sendo o lado C2D1 comum, os
Na figura acima, estão representadas as etapas da reflexão com inversão
triângulos C2D1D2 e C1C2D1 são congruentes; logo, os ângulos 2 (ângulo de
de fase sofrida por um pulso que se propaga ao longo de uma corda elástica.
incidência) e 1 (ângulo de reflexão) são iguais.
156
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 157
A parede é mais rígida e inerte do que a mola, fazendo com que o pulso seja
refletido com inversão de fase.
A mola da direita é menos inerte (tem menor massa) que a mola da esquerda.
Por isso, um pulso que se propaga ao longo da mola da esquerda sofre
Ocorre nas seguintes condições: reflexão sem inversão de fase depois de incidir na junção das duas molas.
Ondas mecânicas – A rigidez e a inércia do meio de
destino são menores que as do meio de origem. 4. Reflexão de um pulso circular
Ondas eletromagnéticas – O meio de destino é me- Consideremos um pulso circular propagando-se na
nos refringente que o meio de origem. superfície da água de uma cuba de ondas.
Ao incidir sobre uma das bordas planas da cuba, o
pulso sofrerá reflexão, conforme ilustra a figura abaixo.
157
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 158
5. Reflexão do som –
reverberação e eco
O som no ar é constituído de ondas mecânicas longi-
tudinais que podem sofrer reflexão de acordo com as leis
e propriedades apresentadas no itens 2 e 3.
Admitamos que um homem esteja emitindo sons
diante de anteparos capazes de refletir as ondas sonoras.
Se um som refletido atingir o ouvido desse homem
depois de finda a percepção do som principal, ele ouvirá
dois sons separadamente, o direto e o refletido, o que ca-
racteriza o fenômeno do eco.
158
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 159
Eco ⇒ ⌬t ⭓ 0,10s
Considerando que o módulo da velocidade do som
Verifica-se que o ouvido humano normal percebe
no ar é igual a 340m/s (valor aproximado) e que as ondas
distintamente dois sons se o intervalo de tempo entre eles
sonoras que sofrem reflexão no anteparo percorrem uma
for de, no mínimo, um décimo de segundo.
distância 2d, calculemos d.
Admitamos que um homem, situado a uma distância
d de um anteparo refletor de ondas sonoras, emita um 2d
⌬t ⭓ 0,10 ⇒ –––––– ⭓ 0,10
forte som monossilábico. Vsom
O som reflete-se no anteparo e retorna ao homem, e,
2d
para que ele detecte um eco, o intervalo de tempo entre o ––––– ⭓ 0,10 ⇒ d ⭓ 17m
fim da percepção do som direto e a captação do som re- 340
fletido deve ser igual ou superior a 0,10s.
Para a percepção de um eco, a distância entre o ob-
servador que emite o som e o anteparo refletor das
ondas sonoras deve ser de 17m, no mínimo.
1. No centro da superfície da água (ponto C) contida no recipiente Tendo-se obtido este dado, podemos construir a figura abaixo, na
indicado na figura, deixa-se cair uma pedrinha e, por isso, forma-se qual se mostra o aspecto da superfície da água 1,2s após o im-
uma onda que se propaga com velocidade de módulo 1,0m/s. pacto da pedrinha.
159
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 160
x = 510m
2d 2d
––––– ⭓ 100(ms) ⇒ ––––– ⭓ 0,10
Vsom 330
d ⭓ 16,5m
Resposta: A
160
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 161
161
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 162
NOTE E ADOTE:
Ondas, na superfície da água, refletidas por uma borda vertical No instante t0 = 0, uma pedrinha atinge a superfície da água em
e plana, propagam-se como se tivessem sua origem em uma F, gerando um pulso circular que se propaga com velocidade de
imagem da fonte, de forma semelhante à luz refletida por um módulo igual a 10cm/s.
espelho. Supondo que o segmento FV tenha comprimento 20cm, faça um
esquema mostrando a forma e a posição do pulso no instante
t1 = 4,0s.
11. A figura representa, vista de cima, uma piscina quadrada ABCD 14. (UFC-MODELO ENEM) – O ouvido humano percebe distintamen-
cujas bordas medem 6,0m de comprimento. te dois sons quando estes estão separados por um intervalo de
tempo mínimo de 0,10s. Uma pessoa emite um som breve e forte
que se reflete num anteparo situado a uma distância d. O mínimo
valor de d para que a pessoa perceba com distinção o eco é
Dado: módulo da velocidade do som no ar igual a 340m/s.
a) 85m b) 68m c) 51m d) 34m e) 17m
162
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 163
Se ele conhecer os valores da distância d e do módulo da velocidade de propagação do som no ar, V, poderá deduzir que o valor da frequência
f das batidas do tambor é igual a:
a) V/d b) 2d/V c) 2V/d d) V/2d e) d/2V
16.
Um caminhão afasta-se de um emissor-receptor de pulsos sonoros. Em dado
instante, emite-se um pulso que se reflete no parachoque e na cabina do
caminhão, retornando, respectivamente, após 2,00s e 2,08s. Sendo de 13m
a distância entre o parachoque e a cabina, determine a velocidade do cami-
nhão.
Dado: módulo da velocidade do som no ar = 340m/s.
7. Índice absoluto de
refração de um meio
para uma onda eletromagnética
Imagens produzidas pela refração da luz através de um copo de
vidro preenchido com água.
É a grandeza adimensional n dada pela relação entre
o módulo da velocidade das ondas eletromagnéticas no
vácuo (c = 3,0 . 108m/s) e módulo da velocidade da onda
É o fenômeno pelo qual uma onda passa de um
no meio considerado (V).
meio para outro diferente.
c
n = –––
Na figura seguinte, está ilustrada a refração de um V
trem de ondas retas que passam de um meio (1) para ou-
tro (2). Observemos que, sendo V ⭐ c, temos n ⭓ 1. No
vácuo, n0 = 1.
8. Índice relativo
de refração entre dois
meios (1) e (2) transparentes
a uma onda eletromagnética
É a grandeza adimensional n2,1, dada pela relação
entre os índices absolutos de refração dos meios (1) e (2),
isto é:
n2
n2,1 = –––
n1
c c
Mas n2 = ––– e n1 = ––– . Logo:
V2 V1
163
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 164
9. Propriedades da refração
P.1. Na refração, a velocidade de propagação da
onda sempre se altera.
Nas duas figuras acima, representamos, vista de per-
n2 V1 fil (A) e vista de cima (B), a refração descrita, para a
Para ondas eletromagnéticas, como ––– = ––– ,
n1 V2 V1 1
qual vale a relação: ––– = ––– .
quanto mais refringente for o meio (maior índice absolu- V2 2
to de refração), menor será o módulo da velocidade de
propagação da onda nesse meio.
Na figura abaixo, está representado o corte de uma P.3. A onda refratada está sempre em concordân-
cuba de ondas, dotada de duas regiões: região 1 – pro-
funda, e região 2 – rasa. cia de fase com a onda incidente.
Na figura a seguir, esquematizamos a refração de um
pulso que passa de uma corda fina (1) para uma corda
grossa (2), ambas de mesmo material.
Para maior clareza, ignoramos, nesta ilustração, o
pulso refletido que certamente surge quando o pulso
incidente, que se propaga ao longo da corda (1), atinge a
junção das duas cordas.
164
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 165
12. Velocidade de
um pulso transversal
numa corda (ou mola) tensa
Consideremos uma corda (ou mola) de densidade li-
near submetida a uma força tensora de intensidade F.
Um pulso gerado na corda (ou mola) propaga-se com
A foto acima mostra ondas retas que se propagam na superfície da água de
velocidade V, conforme ilustra o esquema.
uma cuba de ondas, refratando-se de uma região profunda para uma região
rasa. No esquema ao lado da foto, podemos observar que, como o módulo de
sua velocidade de propagação diminui (V2 < V1), o mesmo ocorre com o com-
primento de onda (2 < 1). Podemos notar também que, na passagem da re-
gião profunda para a região rasa, o raio de onda (perpendicular às frentes de
onda) aproxima-se da normal à linha de separação das duas regiões (r < i).
165
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 166
V= –F–
Convém observar que a densidade linear traduz a
massa por unidade de comprimento. Na figura acima, um pulso, propagando-se ao longo de uma corda 1, incide
na junção desta corda com uma outra corda, 2, de densidade linear quatro
vezes maior, igualmente tensa. Parte da energia incidente é transmitida
m para a corda 2, sofrendo refração, e outra parte dessa mesma energia
= ––– retorna à corda 1, sofrendo reflexão. Com base na Fórmula de Taylor,
L podemos afirmar que a velocidade do pulso transmitido é a metade da do
V1
pulso incidente V2 = ––– . Observemos, ainda, que a reflexão ocorre com
2
No SI, é medida em kg/m. inversão de fase e que a velocidade do pulso refletido tem intensidade igual
à do pulso incidente (V’
1
= V1).
17. Na figura, temos ondas propagando-se do meio (1) para o meio RI: raio incidente;
(2), representadas pelas frentes de onda. RR: raio refratado;
N: normal à superfície S, no ponto de incidência.
V2 = 400m/s
e) Como V1 = 1 f1:
Sabendo-se que a frequência e o módulo da velocidade de propa-
V1 200 2 m/s
gação das ondas no meio (1) são, respectivamente, iguais a 200Hz 1 = –––– ⇒ 1 = ––––––––––– 1 =
2 m
f1 200Hz
e 200
2 m/s, determinar
a) um raio de onda incidente e o correspondente raio refratado;
f) Como V2 = 2 f2 :
b) o ângulo de incidência e o ângulo de refração;
c) a frequência das ondas no meio (2); V2 400m/s
d) o módulo da velocidade de propagação das ondas no meio (2); 2 = –––– ⇒ 2 = ––––––––
f2 200Hz
e) o comprimento de onda das ondas no meio (1);
f) o comprimento de onda das ondas no meio (2).
Resolução 2 = 2m
a) O raio de onda é sempre perpendicular às frentes de onda em
cada meio. Respostas: a) ver figura b) i = 30° e r = 45°
c) f2 = 200 Hz d) V2 = 400m/s
e) 1 =
2m f) 2 = 2m
166
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 167
Resolução
(I) ERRADA.
(II) ERRADA. O período e a frequência da onda não se alteram na
refração.
(III) CORRETA. Equação fundamental da ondulatória:
Resolução V=f
D 1,0
(I) Pulso incidente: VA = –––1– ⇒ 0,50 = –––– ⇒ ⌬t1 = 2,0s Sendo f constante, V e são diretamente proporcionais.
⌬t1 ⌬t1
Como no ar a velocidade de propagação do som é a menor
(até a junção) entre as mencionadas, o mesmo ocorre com o respectivo
(II) Pulso refletido: mesma fase, mesma velocidade e mesma comprimento de onda.
largura. Var < Vágua < VAᐉ
D D Logo: ar < água < Aᐉ
VA = –––2– ⇒ 0,50 = –––2– ⇒ D2 = 3,0m
⌬t2 6,0
Resposta: C
⬖ VB = 1,0m/s
e que V = f (2)
c c
De (1) e (2): f = –– ⇒ f = ––––
n n
II)
Alumínio 6420
167
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 168
21. (PUC) – Uma explosão solar é observada na Terra 500s depois de 26. Na figura a seguir, estão representadas as frentes de uma onda pe-
produzida. Se o espaço entre a Terra e o Sol fosse constituído de riódica que se propaga na superfície da água contida em uma cuba
um meio de índice de refração igual a 2, o tempo decorrido entre de ondas, utilizada em laboratório. Entre as regiões (1) e (2), há
o instante da explosão e o de sua observação na Terra seria: diferença de profundidade da cuba, o que implica o fenômeno da re-
a) nulo; b) 1000s; c) 250s; d) 750s; fração. O módulo da velocidade da onda na região (1) é de 2,0m/s.
e) o mesmo, pois o que se observa na Terra é o barulho produ-
zido pela explosão, cuja velocidade de propagação não tem
nenhuma relação com o índice de refração do meio.
sen cos
30° 1/2
3/2
45°
2/2
2/2
60°
3/2 1/2
Dos pontos numerados de I a IV, os que caracterizam, respectiva- a) a velocidade v2 da onda refratada no meio 2;
mente, a luz refletida e a luz refratada são: b) o comprimento de onda 2 da onda refratada no meio 2.
a) I e III b) II e III c) I e IV d) II e IV e) III e IV
168
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 169
28. O esquema abaixo representa, visto de cima, a superfície da água Cada frequência do espectro da luz branca sofre um desvio dife-
de uma cuba de ondas. Na região 1 (maior profundidade), são rente na travessia do prisma, permitindo a obtenção de um feixe
geradas ondas retas, que passam para a região 2 (menor profun- policromático no qual se distinguem as cores fundamentais pre-
didade). sentes, também, num arco-íris. A respeito do fenômeno da
dispersão da luz no prisma, analise as alternativas abaixo e aponte
a correta:
a) A cor que mais se desvia é a violeta, pois ao refratar-se do ar
para o vidro, sofre menor variação de velocidade de propaga-
ção que as demais cores.
b) A cor que menos se desvia é a violeta, pois ao refratar-se do
ar para o vidro e do vidro para o ar, sofre maior variação no
comprimento de onda que as demais cores.
c) O diferente desvio sofrido por cada uma das cores componen-
tes do espectro da luz branca é determinado pelo índice de
refração que o vidro apresenta para cada frequência, isto é,
para a luz violeta ele apresenta maior índice de refração que
Sabendo-se que na região 1 o comprimento de onda e o módulo da para a luz vermelha.
velocidade das ondas valem, respectivamente, 10cm e 20cm/s, de- d) Na travessia do prisma, a cor de maior frequência sofre o me-
terminar nor desvio, enquanto a cor de menor frequência sofre o maior
a) a frequência das ondas nas regiões 1 e 2; desvio.
b) o comprimento de onda e o módulo da velocidade das ondas e) O desvio sofrido por cada uma das cores componentes do es-
na região 2. pectro da luz branca é determinado pela variação de
(Considerar, se necessário, sen 53° = 0,80 e sen 37° = 0,60.) frequência que cada uma delas sofre na refração do ar para o
vidro e do vidro para o ar.
29. (PUC)
31. (UFC) – A figura abaixo representa a evolução temporal de um
pulso em uma corda composta de duas partes, uma de densida-
de linear d1 e outra de densidade linear d2, sujeitas a uma mesma
tensão T. L1 e L2 são as distâncias percorridas pelos pulsos refle-
tido e transmitido, respectivamente, a partir da junção entre as
partes da corda. Podemos, então, afirmar que a razão d1/d2 em
termos de L1 e L2 é igual a:
a)
L2/L1 b) L2/L1 c) (L2/L1)2
30. (MODELO ENEM) – Um dos discos clássicos do rock, o álbum
The Dark Side of the Moon, do grupo inglês Pink Floyd, lançado d) L2/ (L1 + L2) e) [L2/ (L1 + L2)]2
em 1973, traz em sua capa uma bonita figura da luz branca sendo
decomposta em um prisma óptico, o que caracteriza o fenômeno 32. Considere duas cordas elásticas, A e B, de densidades lineares
da dispersão. Pelo que se conclui da ilustração, o prisma é de respectivamente iguais a A e B, com B = 4A, emendadas
vidro (ou de material semelhante) e está imerso no ar. sequencialmente, conforme ilustra o esquema, e tracionadas por
uma força de intensidade constante. Um pulso triangular,
propagando-se ao longo da corda A com velocidade de módulo
igual a 2,0m/s, incide na emenda com a corda B, originando dois
novos pulsos: um transmitido e outro refletido. Supondo que o
esquema retrate o instante t0 = 0, pede-se representar o perfil das
cordas no instante t1 = 3,0s.
169
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 170
27) a) 340
2 m/s
11) b) 17
2m
28) a) 2,0 Hz
b) 7,5cm e 15cm/s
b) 29) a)
A luz aproxima-se
12)
da normal, porque
diminui de velocidade.
8)
O som afasta-se
13)
9) a) Aproximadamente 2,0s. da normal, porque
b) aumenta de velocidade.
b) 5,0m. Sim, pois, na refração do ar
para o vidro, a frequência da onda
não se altera.
30) C 31) C
32)
170
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 171
CAPÍTULO
Ondas
2 INTERFERÊNCIA
DE ONDAS
171
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 172
A luz branca, como a emitida por uma lanterna comum, por exemplo, consiste
de uma mistura de ondas de diferentes frequências (cores), defasadas alea-
Na ilustração acima, dois pulsos de mesma largura, em oposição de fase,
toriamente, como ilustra a figura acima. A luz emitida por uma fonte laser,
percorrem uma corda em sentidos opostos, sem dissipação da energia das
entretanto, é coerente, isto é, todas as ondas “andam juntas”, em concor-
ondas. No instante t = 0s, os pulsos se superpõem (interferência), fazendo com
dância de fase, e isso provoca interferência construtiva entre elas. Desta ma-
que a corda se apresente retilínea nesse instante. Logo após a superposição,
neira, produzem-se feixes luminosos resultantes de altíssimas intensidades,
entretanto, os pulsos “renascem”, continuando sua propagação, preservando
que têm direção de propagação perfeitamente definida e que, por isso, se pres-
suas características originais, como se nada tivesse ocorrido.
tam a tarefas que envolvem precisão. Modernamente, a luz laser tem vasta
utilização prática, como na medicina e na indústria.
3. Tipos
particulares de interferência
Observemos que, no instante da superposição (inter- Isso provocará a formação de ondas circulares, de
ferência), os pulsos se subtraem ("anulamento"), gerando mesma frequência e amplitude, que, durante a sua propa-
um pulso resultante de amplitude A = A2 – A1 (A2 > A1). gação, se superporão, determinando o fenômeno da
interferência.
Como no caso anterior, depois da superposição, cada
pulso segue sua propagação, mantendo suas caracterís- Em alguns locais, haverá superposição de duas cris-
ticas iniciais. tas e a interferência será construtiva, com a crista resul-
tante apresentando amplitude duas vezes maior do que a
4. Interferência de ondas circulares das cristas parciais.
na superfície da água
Um pequeno objeto, batendo periodicamente num
mesmo ponto da superfície tranquila da água de uma
cuba de ondas, provoca um trem de ondas circulares,
concêntricas com o local dos impactos, como ilustra a
perspectiva a seguir, em que evidenciamos um corte no
qual podem ser observados cristas e vales.
173
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 174
No esquema acima, temos uma vista de cima da superfície da água do tanque num
determinado instante. As bolinhas cheias ( ) caracterizam locais em que há superposição
de duas cristas (interferência construtiva), as bolinhas vazias ( ) caracterizam locais
em que há superposição de dois vales (interferência construtiva) e as bolinhas se-
micheias ( ) caracterizam locais em que há superposição de uma crista com um vale
(interferência destrutiva).
Convém observar que, ao longo das linhas designadas com a letra A, a interferência
A foto acima ilustra a situação
é sempre construtiva (bolinhas cheias e bolinhas vazias) – são as linhas antinodais –, descrita. Nela, podemos observar
enquanto, ao longo das linhas designadas com a letra N, a interferência é sempre algumas linhas antinodais e nodais.
É interessante notar a figura
destrutiva (bolinhas semicheias) – são as linhas nodais. simétrica que essa situação provoca.
b)
174
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 175
Resolução
No local onde flutua a boia, ocorre o fenômeno de interferência
entre as ondas provenientes das hastes A e B. Durante um perío-
do (T) dessas ondas, acontecem duas interferências construtivas
(reforços) em P: uma em que a boia apresenta máxima elongação
positiva (superposição de duas cristas das ondas de A e B) e outra
em que a boia apresenta máxima elongação negativa
(superposição de dois vales das ondas de A e B). O gráfico do
deslocamento vertical y da boia, em relação ao nível médio da
água, em função do tempo t, está mais bem caracterizado na
alternativa e.
Resposta: E
360
f = –––– Hz ⇒ f = 6,0 Hz
60
= 3,0 cm
V=f
175
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 176
176
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 177
177
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 178
Interferência Destrutiva em P:
⌬x
Da qual: ⌬1 = –––– 2
⌬x = i –––
2
(III) Defasagem por reflexões com inversão de
(i = 1, 3, 5...)
fase (⌬2): cada reflexão com inversão de fa-
(II) Fontes em Oposição de Fase (defesagem ini-
se que uma das ondas sofrer, no seu trajeto até
cial igual a rad):
o ponto P, acrescentará uma defasagem de
rad. Logo: As condições anteriores se invertem.
178
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 179
16. Dois estiletes, E1 e E2, vibram verticalmente, executando mo- 17. (FUVEST) – Duas fontes sonoras, F1 e F2, estão inicialmente se-
vimentos harmônicos simples, de frequências iguais. Suas extre- paradas de 2,5m. Dois observadores, A e B, estão distantes 10m da
midades colidem com a superfície da água de um lago, provo- fonte F1, sendo que o observador A está no eixo x e o observador B
cando ondas de amplitudes iguais que se propagam sem amor- no eixo y, conforme indica a figura. As duas fontes estão em fase e
tecimento, com velocidade de módulo igual a 10m/s. emitem som numa frequência fixa f = 170Hz. Num dado instante, a
fonte F2 começa a se deslocar lentamente ao longo do eixo x,
afastando-se da fonte F1. Com este deslocamento, os dois obser-
vadores detectam uma variação periódica na intensidade do som
resultante das duas fontes, passando por máximos e mínimos con-
secutivos de intensidade. Sabe-se que o módulo da velocidade do
som é 340m/s nas condições do experimento.
⌬P = 2 k (II) (k = 0, 1, 2, ...) A solução para i = 1 não convém, pois, neste caso,
⌬xa = 1,0m. Observemos que ⌬xa > 2,5m.
De (I) e (II):
Para i = 3, temos:
––– f + = 2k
5
2,0
f = (2k – 1) 5 ⇒ fmín = 5,0Hz ⌬xa = 3 –––– (m) ⇒ ⌬xa = 3,0m
2
(k = 1)
b) Para a ocorrência de anulamento (ID) em P: O comprimento ⌬xa é a separação entre as fontes (La).
179
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 180
(12)2 = (10)2 + L2
b
Lb 6,6m
Respostas: a) 3,0m
b) 6,6m
Logo: F1O – F2O = p –– ⇒ (3) 2 + x 2 – x = p ––
2 2
Ana produz, ao microfone, um som com frequência de 680 Hz e
José Guilherme escuta o som produzido pelos alto-falantes.
9 2 + x 2 = p –– + x
Em seguida, um dos alto-falantes é deslocado, lentamente, de 2
uma distância d, em direção a José Guilherme. Este percebe, en-
tão, que a intensidade do som diminui à medida que esse alto-fa-
= p ––2 + x
lante é deslocado. 2 2
9 2 + x 2
Determine o menor deslocamento d necessário para que José
Guilherme ouça o som produzido pelos alto-falantes com
intensidade mínima. Adote para a velocidade do som no ar o valor
340m/s. 2
9 2 + x2 = p2 ––– + px + x2
a) 0,15m b) 0,25m c) 0,50m 4
d) 0,75m e) 0,90m
9 – ––––
4
p
Resolução 2
1
Da qual: x = ––
Interferência destrutiva: d = ⌬x = i –– p
2
(i = 1; 3; 5…) Para p = 2: x = 4
V
dmín = 1 –– = 1 ––– 5
2 2f Para p = 4: x = ––
4
340 Para p = 6: x = 0
dmín = 1 . ––––––– (m) ⇒ dmín = 0,25 m
2 . 680
Como a questão se refere ao menor valor de x, diferente de zero,
optamos por:
Resposta: B
5
x = –––
19. (ITA-MODELO ENEM) – Na figura, F1 e F2 são fontes sonoras 4
idênticas que emitem, em fase, ondas de frequência f e compri-
mento de onda . A distância d entre as fontes é igual a 3 . Resposta: B
180
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 181
23. (VUNESP) – Duas fontes, F1 e F2, separadas de certa distância e Dados: F1F2 = 12m
operando em fase, produzem ondas na superfície da água com sen 53° = 0,80
comprimento de onda constante de 2,0cm. Um ponto P, na super- cos 53° = 0,60
fície da água, dista 9,0cm de F1 e 12 cm de F2. Se no ponto P as ondas provenientes de F1 e F2 se reforçam
a) Quantos comprimentos de onda existem entre P e F1 e entre (interferência construtiva), o único valor impossível para a fre-
P e F2? quência de operação dos pinos é:
b) No ponto P, a superposição das ondas produzidas por F1 e F2 a) 0,75Hz b) 1,0Hz c) 1,5Hz d) 2,5Hz e) 3,0Hz
resulta numa interferência construtiva ou destrutiva? Justifi-
que sua resposta. 27. No esquema a seguir, um carro está trafegando numa rodovia com
o rádio ligado, sintonizado numa emissora que transmite com
comprimento de onda , a partir da antena A. Suponha que, num
24. (UFU) – Um observador situado no ponto O da figura recebe on- determinado instante, a antena receptora do veículo seja atingida
das sonoras provenientes de duas fontes idênticas, F1 e F2, que exclusivamente pelas ondas de A. Essas ondas chegam ao carro
emitem, em oposição de fase, ondas de 2 metros de comprimen- por dois caminhos diferentes: o direto, AC, e o indireto, ABC,
to. depois de o sinal ser refletido no penhasco ao lado da estrada.
181
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 182
Pergunta-se:
a) Qual é o comprimento de onda do som emitido pelos alto-fa-
lantes?
b) Em que pontos do eixo, entre os dois alto-falantes, o som tem
Sabendo-se que BC é perpendicular a AB, determine intensidade máxima?
a) os valores de x para que no instante considerado o rádio do
veículo receba um sinal reforçado;
b) os valores de x para que no instante considerado o rádio do 29. (UNICAMP) – Uma piscina tem fundo plano horizontal. Um onda
veículo receba um sinal debilitado. eletromagnética de frequência 100MHz, vinda de um satélite, in-
cide perpendicularmente sobre a piscina e é parcialmente refleti-
da pela superfície da água e pelo fundo da piscina. Suponha que,
28. (UNICAMP) – O módulo da velocidade do som no ar é de aproxi- para esta frequência, o módulo da velocidade da luz na água é
madamente 330m/s. Colocam-se dois alto-falantes iguais, um de- 4,0 . 107m/s.
fronte ao outro, distanciados 6,0m, conforme a figura a seguir. Os a) Qual é o comprimento de onda na água?
alto-falantes são excitados simultaneamente por um mesmo b) Quais são as três menores alturas de água na piscina para as
amplificador com um sinal de frequência de 220Hz. quais as ondas refletidas tendem a se cancelar mutuamente?
8)
20) C
21) a) 2,0m
b) Interferência destrutiva
22) B
9) a) Onda A: da esquerda para a direita
Onda B: da direita para a esquerda 23) a) F1P → 4,5 comprimentos de onda
b) F2P → 6,0 comprimentos de onda
b) Interferência destrutiva
27) a) x = i ––– , com i = 1, 3, 5…
4
b) x = p ––– , com p = 2, 4, 6…
4
28) a) 1,5m
c) b) 0,75m; 1,5m; 2,25m; 3,0m; 3,75m; 4,5m e 5,25m do alto-
falante da esquerda, além das posições onde se en-
contram os alto-falantes.
29) a) 40cm
b) 10cm; 30cm e 50cm
182
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 183
CAPÍTULO
Ondas
3 FENÔMENOS
ONDULATÓRIOS
183
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 184
Na foto (B), tampou-se uma das extremidades do tubo e fez-se vibrar na em-
bocadura uma fonte sonora de frequência variável. Ajustou-se a frequência da
fonte até que se formou dentro do tubo uma onda estacionária de igual
frequência, caracterizada pelos nós (ou nodos) e pelos ventres (antinodos). A
posição dos nós (interferência destrutiva) fica evidenciada pelas chamas mais
baixas (pressão praticamente nula), enquanto a posição dos ventres
(interferência construtiva) fica evidenciada pelas chamas mais altas (máxima
Foto de uma corda na qual está presente uma onda estacionária com três nós pressão).
e dois ventres.
184
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 185
V
V = f ⇒ f = –––
185
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 186
Resolução
O túnel se comporta como um tubo sonoro aberto.
V 340
f = n ––– ⇒ 68 = n ––––– ⇒ n = 12
2L 2 . 30
Qual das opções pode representar corretamente sucessivas posi- Se a distância entre as barras A e B é igual a 1,8 m e a velocidade
ções desta corda vibrante? de propagação das ondas na corda é de 60 m/s, a frequência de
vibração do alto-falante será, em Hz, igual a
a) 33 b) 50 c) 60 d) 72 e) 108
186
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 09/08/12 10:49 Página 187
10. (UFPR) – Um alto-falante é colocado no ponto A da figura abaixo, a) 171m/s b) 336m/s c) 340m/s
emitindo um som de frequência constante e igual a 100Hz. Ao d) 342m/s e) 427m/s
longo do tubo AB, fechado em B, é deslocado um microfone liga-
do a um aparelho capaz de medir a intensidade sonora. Verifica-se 12. Diante da embocadura de uma proveta em cujo interior existe pó
que, a partir de A, e a cada 1,75m, ouve-se uma intensidade má- de cortiça, faz-se vibrar um diapasão, que emite um som puro de
xima e a meia distância desses pontos nada se ouve. frequência 6800Hz. O pó de cortiça aglomera-se em montículos
equiespaçados, conforme ilustra a figura.
fb = | f 1 – f2 |
187
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 188
A onda resultante tem amplitude variável entre 0 e 2a, porém essa onda é periódica. Demonstra-se que sua
frequência é dada pela média aritmética entre f1 e f2.
f1 + f2
fr = ––––––
2
A figura ilustra a superposição de duas ondas sonoras de mesma direção, mesma amplitude (a) e frequências próximas (f1 f2). Há formação de batimentos que
f1 + f2
podem ser notados por um observador com ouvido em O. Observemos que a onda resultante tem frequência constante, dada por fr = –––––––– , porém amplitude
2
(intensidade) variável. Os batimentos são os máximos de intensidade da onda resultante, sendo captados pelo observador com frequência dada por fb = | f1 – f2 |.
L
T = 2π –––
g
1
f = ––
T
1 g
f = –––– –––
2π L
3. Ressonância
Todo sistema tem pelo menos uma frequência natu-
ral de vibração ou oscilação.
Um pêndulo simples de comprimento igual a L, por
exemplo, que opera num local em que a intensidade da O mesmo ocorre com um oscilador massa-mola
aceleração da gravidade vale g, tem apenas uma frequên- ideal, que também tem apenas uma frequência natural de
cia natural de oscilação (f). Sendo T o período do pêndu- oscilação. Sendo m a massa oscilante, K a constante
lo, temos: elástica da mola, T o período e f a frequência, temos:
188
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 189
m
T = 2π –––
K
1
f = ––
T
1 K
f = –––– –––
2π m
Por outro lado, sistemas mais complexos como uma
corda de violão, um carro, uma ponte ou um prédio apre-
sentam muitas frequências naturais de vibração.
Verifica-se que, se for fornecida energia a um siste-
ma numa de suas frequências naturais de vibração, ele
oscila, procurando fazê-lo com amplitude cada vez
maior. Diz-se, então, que o sistema entrou em resso-
nância com o agente oscilador, isto é, ele “aceitou” a
energia transferida já que esta lhe foi entregue numa de
suas frequências naturais de oscilação.
Assim:
Ressonância é o fenômeno pelo qual um sistema
recebe energia periodicamente, numa de suas
frequências naturais de vibração.
4. Difração
Consideremos um carro trafegando ao longo de uma
Verifica-se que a lâmina entra em ressonância com rua A, com a buzina acionada, dirigindo-se para o cruza-
o agente excitador (onda sonora), passando a vibrar com mento desta rua com uma outra rua, B, conforme re-
amplitude crescente. presenta o esquema.
189
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 190
Nas fotos acima, ondas de comprimento de onda igual a que se propagam Cristian Huygens (1629-1695), físico
na superfície da água de uma cuba de ondas estão transpondo uma fenda de e astrônomo holandês, formulou uma
largura d. Na foto (A), na qual d > , a difração é bem discreta, mas, na foto teoria ondulatória para a luz que se
(B), na qual d , a difração é bem acentuada. contrapunha à teoria corpuscular
proposta por Newton.
190
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 191
Trata-se de um procedimento
prático por meio do qual se
promove a difração da luz em duas
fendas, com posterior in-
terferência. Essa experiência deu
forte apoio à teoria ondulatória de
Huygens, que admitia a luz como
onda.
A franja central é a mais brilhante de todas. À medida
Thomas Young que se afasta dessa franja, percebe-se um enfraquecimento
(1773-1829), físico e médico inglês.
na intensidade luminosa, como indica o gráfico a seguir.
191
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 192
5. Polarização
Dizemos que uma onda é polarizada (ou linear-
mente polarizada ou plano-polarizada) quando,
em todos os pontos atingidos pela onda, as
vibrações se fazem na mesma direção.
192
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 193
FOCO NA
A LUZ É UMA PROPAGAÇÃO DE ONDAS OU DE PARTÍCULAS?
Esta é uma das mais interessantes controvérsias da his- Em meados do século XVII, embora todos acreditassem
tória da ciência. Newton foi o mais importante propo- no modelo corpuscular de Newton (porque este gozava de
nente de uma teoria corpuscular para a luz. Ele acreditava grande autoridade e reputação), Huygens defendia a
que a luz fosse constituída de um feixe de partículas de teoria ondulatória da luz.
grande velocidade, que emanavam de fontes luminosas Para ele, a luz era uma onda. Inicialmente, o modelo
como o Sol, uma lâmpada acesa etc. A trajetória dessas ondulatório não teve aceitação entre os cientistas, e o
partículas era retilínea e elas poderiam atravessar certos modelo corpuscular de Newton foi aceito por mais de
materiais e ser refletidas por outros. Quando atingiam os um século.
olhos, causavam a sensação de ver.
Em 1801, Thomas Young ressuscitou a teoria ondula-
tória com suas experiências relativas à interferência. No
entanto, o trabalho de Young passou despercebido por
mais de uma década. Talvez o maior passo para a
aceitação da teoria ondulatória tenha sido dado pelo
físico francês Augustin Fresnel (1788-1827), que realizou
extensas experiências sobre interferência e difração,
dando a esses fenômenos uma base matemática.
Em 1850, Foucault mediu a velocidade da luz na água e
mostrou que era menor que no ar, anulando, portanto, a
teoria das partículas de Newton.
O modelo ondulatório pôde explicar uma série de fe-
nômenos ópticos conhecidos na época, como, por exem-
plo, a reflexão, a refração, a interferência e a difração.
Com esse modelo corpuscular, podem-se explicar vá- Em 1860, James Clerk Maxwell publicou sua teoria
rios fenômenos ópticos, como a reflexão e a absorção da matemática do eletromagnetismo, que explicou todos os
luz. A reflexão era explicada de modo satisfatório, com- fenômenos elétricos e magnéticos, e também levava a
parando a reflexão das “partículas” de luz com choques equação de onda para a propagação das ondas
perfeitamente elásticos entre pequenas esferas e super- eletromagnéticas. A velocidade destas ondas, prevista
fícies de corpos de massa muito maior que a das esferas. por intermédio de constantes elétricas e magnéticas,
mensuráveis em experiências estáticas de laboratório, é
Para explicar a refração, Newton admitiu que
igual à velocidade da luz medida diretamente. Maxwell
quando as partículas de luz, propagando-se no ar,
sugeriu que essa concordância não era casual, mas
aproximavam-se da água, por exemplo, eram forte-
indicava ser a luz uma onda eletromagnética.
mente atraídas por ela. Então, embora a componente
horizontal da velocidade da luz não fosse afetada por Em 1887, Hertz confirmou a teoria de Maxwell, pro-
essa atração, a componente vertical aumentava. duzindo e detectando ondas num laboratório, mediante
meios estritamente elétricos, e mostrando que essas
Assim, a luz se aproximava da normal e a explicação
ondas eletromagnéticas possuíam as propriedades das
ficava coerente com aquilo que se observava experimen-
ondas luminosas.
talmente. Entretanto, por essa teoria, a luz teria, na
água, uma velocidade maior que no ar, o que sabemos Embora se pensasse que o problema da natureza da
hoje ser incorreto. luz estivesse totalmente resolvido, a teoria ondulatória,
então em vigor, não pôde explicar o efeito fotoelétrico,
descoberto por Hertz e investigado em 1900 por Lenard.
Este descobriu que a luz, ao incidir sobre uma superfície
metálica, arranca elétrons da superfície e que a energia
desses elétrons não depende da intensidade da luz. Em
1905, Einstein demonstrou que esse resultado poderia
ser explicado admitindo que a energia de uma onda
luminosa estivesse quantificada em pequenos pacotes
ou corpúsculos, os fótons.
Estava renascendo um novo modelo corpuscular.
E qual das teorias é aceita atualmente?
Como os fenômenos de propagação da luz são mais
bem explicados pelo modelo ondulatório (difração,
interferência e refração só encontram explicação
satisfatória no modelo ondulatório) e os da interação da
A velocidade da luz na água só foi determinada luz com a matéria, mais bem explicados pelo modelo
experimentalmente por volta de 1850, cerca de 200 anos corpuscular, aceita-se atualmente que a luz apresenta
depois. uma natureza dupla (dualidade onda-partícula).
193
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 09/08/12 10:49 Página 194
Resposta: 5 000Å
a) Qual a denominação que se dá ao fenômeno que resulta da 16. (UnB-MODELO ENEM) – Como qualquer outra radiação, as mi-
superposição dessas ondas? cro-ondas podem ser refletidas, transmitidas ou absorvidas, de-
b) Qual a frequência da onda resultante da superposição dessas pendendo do material com que interagem. O forno de micro-on-
ondas? das utiliza todos esses três fenômenos. No forno, como ilustra a
c) Qual a frequência de ocorrência do fenômeno que se deu co- figura abaixo, um dispositivo chamado magnétron gera micro-on-
mo resposta no item a? das de frequência igual a 2,45GHz que, por meio de um dispersor,
Resolução são insertas no interior do forno em várias direções, visando
a) Como as frequências das ondas que se superpõem são pró- minimizar a formação de ondas estacionárias. As micro-ondas
ximas, temos a ocorrência do fenômeno denominado bati- são, então, refletidas pelas paredes metálicas do forno e absor-
mento. vidas pelas moléculas de água do alimento colocado em seu in-
b) A frequência da onda resultante (fr) é dada por: terior.
f + f2
fr = ––1–––––
2
Assim:
1003 + 997
fr = ––––––––––– (Hz) ⇒ fr = 1000Hz
2
fb = 6Hz
Respostas: a) Batimento
b) 1000Hz
c) 6Hz
15. No esquema, representam-se, vistos de cima, dois anteparos A partir dessas informações, julgue os itens que se seguem.
opacos. O da esquerda possui duas fendas estreitas, A e B, (1) No interior do forno de micro-ondas, as moléculas de água do
próximas entre si. A reta ON é perpendicular aos anteparos e alimento são responsáveis pela conversão de energia
passa pelo ponto médio de AB. Pela esquerda, incide no sistema eletromagnética em energia térmica.
luz monocromática, de frequência 6,0 . 1014Hz. No anteparo da (2) Considerando que as micro-ondas não conseguem atingir as
direita, formam-se franjas de interferência, isto é, faixas ilumi- moléculas de água que estão a uma maior profundidade em
nadas intercaladas por faixas escuras. A intensidade luminosa (l) uma peça grande de alimento, é correto afirmar que as partes
varia com a posição (x), conforme o gráfico abaixo. internas dessa peça serão cozidas principalmente devido às
correntes de convecção.
(3) Vasilhames apropriados para cozer alimentos em micro-ondas
devem ser feitos de materiais que absorvam radiação
eletromagnética na faixa de 2 . 109 Hz a 3 . 109 Hz.
(4) A eliminação das ondas estacionárias pela atuação do
dispersor permite que os alimentos sejam cozidos mais
uniformemente.
Estão corretos:
a) todos os itens b) apenas (1), (2) e (3)
c) apenas (1), (3) e (4) d) apenas (2), (3) e (4)
e) apenas (1) e (4)
Resolução
(1) Correto. As moléculas de água atingidas pelas micro-ondas de
frequência igual a 2,45GHz entram em ressonância e vibram
intensamente, tranformando a energia recebida em energia
térmica.
Adotando-se para a velocidade da luz o valor 3,0 . 108m/s, calcular (2) Errado. As partes internas do alimento (sólido) são cozidas
a diferença entre os percursos BC e AC. principalmente pelo calor recebido por condução.
194
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 195
(3) Errado. Os vasilhames apropriados para cozer alimentos em A figura observada no anteparo é
micro-ondas devem ser feitos de materiais que transmitam típica do fenômeno físico deno-
radiação eletromagnética na faixa de 2 . 109 Hz a 3 . 109Hz. minado
(4) Correto. A formação de ondas estacionárias no interior do a) interferência. b) dispersão.
forno faria com que os alimentos sofressem um super- c) difração. d) reflexão.
cozimento nas regiões dos ventres das ondas e um cozimento e) refração.
precário nas regiões dos nós. Resolução
Resposta: E A figura observada no anteparo é
determinada pela interferência
17. (UFRS-MODELO ENEM) – Mediante uma engenhosa montagem entre as ondas luminosas que
experimental, Thomas Young (1773-1829) fez a luz de uma única sofreram difração nas duas
fonte passar por duas pequenas fendas paralelas, dando origem a pequenas fendas paralelas citadas.
um par de fontes luminosas coerentes idênticas, que produziram Resposta: A
sobre um anteparo uma figura como a registrada na fotografia a
seguir.
18. Considere dois alto-falantes que emitem sons simples de fre- No esquema a seguir, aparecem quatro diapasões, A, B, C e D,
quências fA e fB, respectivamente, com fA > fB. Sabendo-se que que, se percutidos, emitem sons puros de frequência constante.
fB = 1540Hz e que há formação de batimentos à razão de quatro
por segundo, determinar
a) a frequência fA;
b) a frequência do som resultante.
1 F
f = –––– –––
2L
195
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 196
196
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 197
Sabendo que a luz momonocromática utilizada tem frequência 33. (UFC-MODELO ENEM) – Sabemos que a luz apresenta proprie-
igual a 5,0 . 1014Hz e que se propaga no local da experiência com dades de polarização, interferência, refração e difração. Os diagra-
velocidade de módulo 3,0 . 108m/s, calcule, em ângstrons mas abaixo identificam estas propriedades:
(1m = 1010Å):
a) o comprimento de onda da luz;
b) a diferença entre os percursos ópticos (b – a) de dois raios que
partem respectivamente de F2 e F1 e atingem A3 em P.
197
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 198
CAPÍTULO
Ondas
4 ACÚSTICA
198
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 09/08/12 11:03 Página 199
2 2L
2.o harmônico: L = 2 ––– ⇒ 2 = –––
2 2
199
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 200
Substituindo I em II , temos: F
V= ––
(Fórmula de Taylor)
V V
fn = –––– ⇒ fn = n –––––
2L 2L V
––– Lembrando que para uma corda sonora fn = n ––– ,
n 2L
Notas: substituindo a Fórmula de Taylor, obtemos a Equação de
(A) n é a ordem do harmônico ou o número de ven- Lagrange-Helmholts.
tres da onda estacionária considerada.
(B) f2 = 2f1; f3 = 3f1; ... ; fn = nf1.
n F
fn = ––– –––
2L
Notas:
(A) A densidade linear traduz a relação da massa
de corda por unidade de comprimento.
m
= –––
L
200
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 201
1. Na figura a seguir, a corda vibrante (que emite som) tem massa por 2. Uma corda de densidade linear igual a 0,020kg/m e comprimento
unidade de comprimento igual a 0,10kg/m e está sujeita a uma 0,50m está sob tensão de 200N. Determine
força tensora de intensidade de 230,4N. a) o módulo da velocidade de um pulso na corda;
Pede-se calcular b) o comprimento de onda 1 e a frequência f1 da onda fun-
damental que se forma na corda;
c) o comprimento de onda do som fundamental emitido, saben-
do que o módulo da velocidade do som no ar vale 340 m/s.
Resolução
a) Pela Fórmula de Taylor:
F 200
V= –– = ––––– (m/s) ⇒ V = 100m/s
a) a frequência e o comprimento de onda do som emitido pela 0,020
corda nas condições da figura (módulo da velocidade do
som = 300m/s); b) O comprimento de onda fundamental 1 na corda corresponde
b) a frequência do som correspondente ao harmônico fundamen- ao dobro do comprimento da corda.
tal.
Resolução 1 = 2L = 2 . 0,50 ⇒ 1 = 1,00m
a) A frequência do som emitido pela corda é igual à frequência de
vibração dos pontos da corda.
V 100
fsom = fcorda Como V = 1 f1 ⇒ f1 = ––– = –––– (Hz) ⇒ f1 = 100Hz
1 1,00
Com f3 = 1200Hz, obtém-se: f1 = 400Hz 4. (UPE-MODELO ENEM) – Um cabo de telefone tem 4,00m de
comprimento e massa igual a 0,20kg. Um pulso ondulatório
O som correspondente ao harmônico fundamental também transversal é produzido, dando-se um arranco em uma extre-
tem frequência 400Hz. midade do cabo. O pulso realiza quatro deslocamentos de ida e
volta ao longo do cabo em 0,80s. A intensidade da força de tração
Respostas: a) 1200Hz e 25cm no cabo vale, em newtons:
b) 400Hz a) 100 b) 80 c) 60 d) 40 e) 20
201
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 202
Resolução
D 8 . 4,00 F . 4,00
(I) V = ––– ⇒ V = ––––––– (m/s) ⇒ V = 40,0 m/s 40,0 = ––––––– ⇒ 1600 = F . 20
⌬t 0,80 0,20
5. (FUVEST) – Uma corda de violão tem 0,60m de comprimento. Os 9. (ITA) – Quando afinadas, a frequência fundamental da corda lá de
três maiores comprimentos de ondas estacionárias que se podem um violino é de 440Hz e a frequência fundamental da corda mi
estabelecer nessa corda são (em metros): deste mesmo instrumento é de 660Hz. A que distância da
a) 1,2; 0,60; 0,40; b) 1,2; 0,60; 0,30; extremidade da corda lá se deve colocar o dedo para se obter o
c) 0,60; 0,30; 0,20; d) 0,60; 0,30; 0,15; som correspondente ao da corda mi? O comprimento total da
e) 0,60; 0,20; 0,12. corda lá é igual a L e a distância pedida deve corresponder ao
comprimento vibratório da corda.
6. (UFMG) – Bruna afina a corda mi de seu violino, para que ela vibre a) 4L/9 b) L/2 c) 3L/5 d) 2L/3
com uma frequência mínima de 680 Hz. e) Não é possível a experiência.
A parte vibrante das cordas do violino de Bruna mede 35 cm de
comprimento, como mostrado nesta figura: 10. Considere um pulso transversal propagando-se ao longo de uma
corda homogênea feita de um material de densidade volumétrica
igual a .
A corda tem comprimento ᐉ, secção circular de raio constante igual a
r e está tracionada por uma força de intensidade F. Sendo V o módulo
da velocidade de propagação do pulso, podemos afirmar que:
1 F 1 F
a) V = –– –––– b) V = –– ––––
r ᐉ
Considerando essas informações e sabendo que o som se propa-
ga no ar com velocidade de intensidade 340m/s,
F F
a) calcule a intensidade da velocidade de propagação de uma c) V = –– –––– d) V = –– ––––
onda na corda mi desse violino; r ᐉ
b) considere que a corda mi esteja vibrando conforme a
frequência de 680 Hz.
F
Determine o comprimento de onda, no ar, da onda sonora e) V = ––––
produzida por essa corda.
7. Uma corda de comprimento L está presa em suas extremidades 11. (MODELO ENEM) – Um violinista deseja aumentar a frequência
e nela se estabelecem ondas estacionárias. Para o harmônico de do som emitido por uma das cordas do seu instrumento. Isto
ordem n, o comprimento de onda da onda gerada é n = 18cm e poderá ser conseguido
para o harmônico de ordem n + 1 o comprimento de onda é a) aumentando-se o comprimento vibratório e tracionando-se
n + 1 = 16cm. Determine, em cm, o comprimento L da corda. mais intensamente a corda;
b) diminuindo-se o comprimento vibratório e tracionando-se me-
8. (CESGRANRIO) – O comprimento das cordas de um violão (entre nos intensamente a corda;
suas extremidades fixas) é de 60,0cm. Ao ser dedilhada, a 2.a cor- c) diminuindo-se o comprimento vibratório e tracionando-se mais
da (lá) emite um som de frequência fundamental igual a 220Hz. intensamente a corda;
Qual será a frequência do novo som fundamental emitido, quando d) aumentando-se o comprimento vibratório e tracionando-se
o violonista, ao dedilhar esta mesma corda, fixar o dedo no traste menos intensamente a corda;
a 12,0cm de sua extremidade (figura)? e) todas as sugestões são inadequadas para que o violinista
consiga seu objetivo.
202
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 203
13. Uma corda de piano com 40,0cm de comprimento e massa 5,00g a) expressar a frequência f em função de L, F e ;
é distendida sob ação de uma força de tração de intensidade b) determinar o fator pelo qual se deve multiplicar F para que o
320N. A frequência do modo fundamental de vibração é: número de ventres observados na corda dobre.
a) 100Hz b) 200Hz c) 400Hz
d) 800Hz e) 1200Hz 19. (MODELO ENEM) – Na figura, está representado um aparato
experimental para o estudo de ondas estacionárias num fio
14. (FEI) – Uma corda vibrante tem massa m = 10g e comprimento elástico. G é um gerador de frequências, A é um alto-falante em
ᐉ = 1,0m e possui ambas extremidades fixas nos pontos A e B. cujo cone está fixado um pino e B é um bloco de massa
Quando a corda vibra na frequência de 100Hz, verifica-se a for- desconhecida.
mação do estado estacionário indicado na figura abaixo. Ajustando-se G para 20Hz, o pino preso ao cone de A vibra na
mesma frequência, provocando no fio de densidade linear
5,0 . 10–1kg/m o estado estacionário esquematizado.
17. Um dos instrumentos musicais 20. (IME) – Um pescador desenvolveu um método original de medir
mais consagrados no Brasil é o o peso dos peixes pescados. Ele utiliza uma vara com uma linha
violão, verdadeiro ícone da de 2,0m de comprimento e um frequencímetro. Ao pescar um
MPB. Dedilhando suas seis peixe, ele “percute” a linha na posição da figura e mede a fre-
cordas, um músico pode con- quência do som produzido.
duzir um ouvinte do chorinho O pescador quer selecionar uma linha adequada, de modo que
ao samba, da bossa nova ao para um peixe de peso 10N ele obtenha uma frequência funda-
pagode. mental de 50Hz.
203
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 204
n 2L
n.o harmônico: L = n ––– ⇒ n = ––– I
2 n
V V
fn = –––– ⇒ fn = n –––––
2L 2L
–––
n
Notas:
(A) n é a ordem do harmônico ou o número de nós
da onda estacionária considerada.
(I) Tubos Abertos
(B) f2 = 2f1; f3 = 3f1; ... ; fn = nf1.
Nas figuras a seguir, estão representadas as três pri-
(C) A frequência de um determinado harmônico em
meiras ondas estacionárias que podem surgir na coluna
um tubo aberto é inversamente proporcional ao com-
de ar do interior de um tubo aberto de comprimento útil
primento útil do tubo. Dobrando-se L, por exemplo, fn
igual a L. Esses três modos de vibração correspondem,
reduz-se à metade (o som fica mais grave).
respectivamente, ao 1.o harmônico (ou modo fundamen-
tal), 2.o harmônico e 3.o harmônico. (D) Os tubos sonoros abertos reproduzem to-
dos os harmônicos, tanto os de ordem ím-
par como os de ordem par.
204
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 205
V V
f(2n – 1) = ––––––– ⇒ f(2n – 1) = (2n – 1) –––––
4L 4L
––––––
2n – 1
Notas:
55 4L
5.o harmônico: L = –––– ⇒ 5 = –––
4 5
• • •
• • •
• • •
4L
(2n – 1) = ––––––––– I
2n – 1
205
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 11:59 Página 206
{ n=2
––– = 4,0cm ⇒ = 8,0cm
2
A diferença entre L1 e L2 corresponde à metade do comprimento
de onda do som.
Então:
––– = L1 – L2 ⇒ ––– = 20,0 – 16,8 ⇒ = 6,4cm
Para tubo fechado: L = (2n – 1) ––– 2 2
4
8,0cm Como:
Então: L = (2 . 2 – 1) –––––– = 6,0cm V = f ⇒ V = 6,4 . 10–2 . 5341 ⇒ V 342m/s
4
Resposta: aproximadamente 342m/s
Para o 5.o harmônico, lembrando que:
Resposta: E
206
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 12:00 Página 207
26. O quinto harmônico emitido por um tubo sonoro aberto tem fre- b) Qual o menor comprimento da coluna de ar para que se verifi-
quência de 1700Hz. Sendo o módulo da velocidade do som no ar que ressonância?
que preenche o tubo igual a 340m/s, o comprimento útil do tubo
é de: 30. (ITA) – Dois tubos de órgão, A e B, têm o mesmo comprimento
a) 0,20m b) 0,50m c) 1,0m d) 1,5m e) 2,0m. L, sendo que A é fechado e B é aberto. Sejam fA e fB as frequên-
cias fundamentais emitidas, respectivamente, por A e B. Desig-
27. (FUVEST-SP) – Um tubo aberto de comprimento L só pode emitir nando por V o módulo da velocidade do som no ar, pode-se
V afirmar que:
sons de frequência fn = n ––– (n inteiro). V V
2L a) fA = 2fB b) fA = ––– c) fB = –––
2L 4L
Sendo V = 340m/s e L = 1m:
a) Qual a frequência do som fundamental emitido pelo tubo? 1 V
b) Qual o comprimento de onda correspondente a esse som? d) fA = ––– fB e) fA = –––
4 4L
28. Um tubo sonoro aberto é soprado com ar, verificando-se a forma- 31. (UFC) – Considere dois tubos sonoros, um aberto e outro fecha-
ção de uma onda estacionária em seu interior. Essa onda possui do, ambos de mesmo comprimento e situados no mesmo am-
dois ventres situados na região interna do tubo. Sabendo-se que biente. Se o som de frequência fundamental emitido pelo tubo
a velocidade do som no ar tem módulo igual a 340m/s e que o aberto tem comprimento de onda de 34cm, qual o comprimento
som emitido pelo tubo tem frequência de 1020Hz, pedem-se: de onda, em centímetros, do som de frequência fundamental
a) o comprimento do tubo; emitido pelo tubo fechado?
b) a frequência do seu som fundamental.
32. (MODELO ENEM) – Um tubo sonoro, como
29. Em um experimento para medir a velocidade do som no ar, utili- o da figura ao lado, emite um som que se
zou-se de um tubo contendo água, aberto em uma extremidade, propaga no ar com velocidade de módulo
e um gerador de áudio com um alto-falante, que produziu uma 340m/s. Pode-se afirmar que o compri-
onda de 250Hz. Observou-se que ocorria ressonância quando a mento de onda e a frequência da onda
coluna de ar tinha comprimento de 96cm e que, abaixando o nível sonora emitida são, respectivamente:
da água, a próxima ressonância ocorria quando a coluna de ar a) 0,75m e 340Hz.
apresentava comprimento de 160cm (como indicam as figuras). b) 0,80m e 425Hz.
c) 1,00m e 230Hz.
d) 1,50m e 455Hz.
e) 2,02m e 230Hz.
207
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 12:00 Página 208
34. (CESGRANRIO) – O maior tubo do órgão de uma catedral tem Se a velocidade do som no ar tem módulo de
comprimento 10m; o tubo menor tem comprimento 2,0cm. Os 340m/s, a frequência do som emitido pelo al-
tubos são abertos e o som se propaga em seu interior com to-falante e a distância L2 da superfície livre da
velocidade de módulo 340m/s. Quais são os valores extremos da água à “boca” do tubo no instante em que
faixa de frequências sonoras que o órgão pode emitir, sabendo-se ocorre a segunda ressonância valem, respecti-
que os tubos ressoam no modo fundamental? vamente:
a) 500Hz e 34cm b) 500Hz e 51cm
35. (MODELO ENEM) – No diagrama a seguir, estão representadas c) 1000Hz e 34cm d) 1000Hz e 51cm
as curvas (A) e (B), dos comprimentos de onda () dos modos e) 2000Hz e 34cm
fundamentais de vibração de tubos sonoros, em função do
comprimento (L) desses tubos.
208
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 12:00 Página 209
9 10
Tom maior: i = ––– ; Tom menor: i = –––
8 9
16 25
A orelha humana é um incrível detector de ondas sonoras, que se divide em Semitom maior: i = ––– ; Semitom menor: i = –––
três partes fundamentais: a orelha externa, constituída pelo pavilhão 15 24
(orelha), pelo canal auditivo e pelo tímpano (membrana elástica que vibra ao (bemóis e sustenidos)
ser atingida pelas ondas sonoras), a orelha média, na qual se localizam um Nota:
sistema de pequenos ossos (martelo, bigorna e estribo) e a Trompa de Eus- É importante observar que a altura de um som está
táquio (que faz a comunicação entre o ouvido e a faringe) e a orelha interna,
que é preenchida por um líquido aquoso que faz a comunicação com a cóclea
ligada exclusivamente à sua frequência, nada tendo que
(ou caracol), elemento vital da audição, local em que se situam os terminais ver com o “volume” desse som, que está associado à
fibrosos do nervo auditivo que transmitem as informações para o cérebro, intensidade de onda.
onde se processa finalmente a interpretação dos sinais.
Muitas vezes, pedimos equivocadamente que as pessoas
falem mais baixo (ou mais alto) quando, na verdade, dese-
É a qualidade que permite a um ouvido distinguir um jamos que elas falem com menor (ou maior) intensidade.
som baixo (grave) de um som alto (agudo).
Som baixo (grave) ⇒ baixa frequência
Som alto (agudo) ⇒ alta frequência
É a qualidade que permite a um ouvido distinguir um
som fraco de um som forte.
Som fraco ⇒ pequena intensidade
Som forte ⇒ grande intensidade
Som Baixo (grave) Som Agudo (alto)
voz masculina voz feminina
Sejam:
tenor soprano
S0: sonoridade de referência;
violoncelo violino S: sonoridade do som considerado;
contrabaixo guitarra I0: intensidade do som de referência;
I: intensidade do som considerado;
mugir de um boi relinchar de um cavalo ⌬S = S – S0: magnitude da sensação auditiva ou ní-
vel do som.
Verifica-se que:
É a grandeza adimensional i, dada pelo quociente I
entre as frequências f2 e f1 dos sons considerados. ⌬S = k log –––
Matematicamente: I0
f2 “A magnitude da sensação auditiva (nível do som) é
i = ––– (f2 > f1) função do 1.o grau do logaritmo do agente excitador.”
f1
(Lei de Weber-Fechner)
209
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 12:00 Página 210
210
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 12:00 Página 211
Mesmo com o avanço da tecnologia, é praticamente impossível repetir por meio de sintetizadores eletrônicos o timbre exato de um instrumento musical acústico.
Nas fotos acima, temos as formas de onda da mesma nota musical emitida por instrumentos acústicos e sintetizados. As diferenças entre os gráficos A e A’, B e B’
indicam, respectivamente, as diferenças de timbre.
43. Uma onda sonora chega a um ouvinte com intensidade I, dando-lhe projetado para filtrar os ruídos contínuos e de baixa frequência,
uma sensação sonora S. Por quanto deveria ser multiplicada a como o do motor de aviões, carros e trens, mas não bloqueia os
intensidade da onda que chega a esse ouvinte, para que sua sen- sons de alta frequência, como a voz humana, campainhas e
sação sonora aumentasse de x? latidos de cachorros. O mecanismo de bloqueio do som segue um
Resolução princípio de física: o de que uma onda pode ser anulada por outra
Queremos que a nova sonoridade seja: igual, emitida em sentido contrário. O fone capta o ruído externo
S’ = S + x ⇒ S’ – S = x e transmite as informações para um microprocessador que, de-
Seja I’ = n I a intensidade sonora que provoca a sensação sonora pois de identificar sua intensidade, envia por meio de um alto-fa-
S’. lante uma onda sonora idêntica. Só para se ter uma ideia de sua
utilidade, o ruído interno dentro de um trem de metrô é de 95 dB,
Pela Lei de Weber-Fechner, podemos escrever: enquanto sons a partir de 130 dB – equivalentes ao de uma
turbina de avião a 100m de distância – podem causar danos per-
I I’ manentes à audição.
S – S0 = K log ––– (1) e S’ – S0 = K log ––– (2)
I0 I0 (Adaptado de Veja, edição de 21 de abril de 2004).
211
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 12:00 Página 212
49. A dificuldade que uma pessoa tem em imitar a voz de outra é de-
vida ao fato de a pessoa
a) não ouvir bem o som da própria voz;
b) não conseguir reproduzir os mesmos sons fundamentais da
voz da outra pessoa;
c) não conseguir reproduzir os mesmos harmônicos do som da
voz da outra pessoa;
d) não conseguir emitir a voz com a mesma sonoridade da voz da
outra pessoa;
e) ter uma capacidade de concentração limitada ao fazer a imita-
ção.
212
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 12:00 Página 213
56. Uma onda longitudinal tem nível sonoro de 40dB. Uma outra onda
longitudinal de mesma frequência e no mesmo meio de propa-
gação tem nível sonoro de 60 dB. Quantas vezes a intensidade
física da segunda onda é maior que a da primeira?
6. Efeito Doppler-Fizeau
É o fenômeno que consiste em um observador
captar uma frequência aparente diferente da fre-
quência real das ondas emitidas por uma fonte,
pelo fato de haver aproximação ou afastamento
entre os dois.
O Efeito Doppler-Fizeau é um fenômeno comum,
que pode ser observado com todos os tipos de ondas, me-
cânicas ou eletromagnéticas, mas que fica bastante evi-
dente quando as ondas envolvidas são sonoras.
Consideremos as situações esquematizadas a seguir, Neste caso, o observador receberá mais frentes de
em que um observador está nas proximidades de uma fá- ondas por unidade de tempo do que receberia se estives-
brica, cuja sirene emite um som de frequência constante se em repouso. Isso significa que ele captará uma fre-
fF. Seja fO a frequência percebida pelo observador. quência aparente fO maior do que a frequência real fF
É claro que, se o observador estiver em repouso em emitida pela fonte, isto é, ele ouvirá um som mais alto
relação à sirene, fO = fF. (agudo) do que o verdadeiro som da sirene.
213
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 12:00 Página 214
Neste caso, o observador receberá menos frentes de No exemplo acima, VO > 0 e VF < 0.
ondas por unidade de tempo do que receberia se estives- fO fF
se em repouso. Isso significa que ele captará uma fre- ––––––– = –––––––
quência aparente fO menor do que a frequência real fF V + VO V – VF
emitida pela fonte, isto é, ele ouvirá um som mais baixo
(grave) do que o verdadeiro som da sirene.
Afastamento: fO < fF
fO fF
––––––– = –––––––
V – VO V + VF
Sejam:
fF: frequência real emitida por uma fonte de ondas;
fO: frequência aparente captada por um observador;
VF: valor absoluto da velocidade da fonte de ondas;
VO: valor absoluto da velocidade do observador;
V: valor absoluto da velocidade das ondas em rela-
ção a um referencial no solo.
Ao observar o espaço, os astrônomos têm condições de dizer, fundamentados
Demonstra-se que: pelo Efeito Doppler-Fizeau, se uma estrela está aproximando-se ou
afastando-se da Terra. Basta que seja observada com que coloração é
fO fF captada, em nosso planeta, a luz emitida pelo astro. Se a estrela se apresenta
––––––– = ––––––– avermelhada, seu espectro está deslocado para as baixas frequências:
V+ – VO V+– VF isso significa afastamento. Se a estrela se apresentar azulada, entretanto, seu
espectro está deslocado para as altas frequências: isso significa aproximação.
214
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 12:00 Página 215
61. Uma fonte sonora, que emite uma determinada nota, move-se d) observador e fonte movendo-se em sentidos opostos numa
com velocidade constante de módulo 20m/s em relação a um trajetória retilínea, um afastando-se do outro, com velocidades
observador parado. Calcular a relação entre as frequências apa- de módulos iguais a 66m/s.
rentes que o observador percebe quando a fonte se aproxima e Resolução
quando a fonte se afasta. Adotar para o módulo da velocidade do
fO fF
som o valor 340m/s. –––––––– = ––––––––
Resolução V+ V
– O V +
– VF
fO fF
–––––––– = ––––––––
V+ V
– O V +
– VF a)
fO 1200
–––––––– = ––––––––
330 + 66 330 + 0
fO = 1440Hz
fO1 fF
––––––– = –––––––– b)
340 + 0 340 – 20
340
fO1 = ––––––– fF
320
fO = 1500Hz
c)
fO2 fF
––––––– = ––––––– –
340 + 0 340 + 20
340
fO = ––––––– fF
2 360
fO 1200
–––––––– = ––––––––
340 330 + 66 330 – 66
–––– fF
fO1 320 f 1 360
⬖ –––– = –––––––– ⇒ ––O–– = –––– fO = 1800Hz
fO2 340 fO2 320
–––– fF
360
d)
fO1 9
–––– = –––
fO2 8
Resposta: 9/8
215
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 12:00 Página 216
63. (UFPR-MODELO ENEM) – Os morcegos se orientam e encon- 64. Na foto abaixo, aparece o astrônomo norte-americano Edwin
tram suas presas emitindo, de suas narinas, ondas ultrassônicas Powell Hubble (1889-1953) que se notabilizou por descobrir que
e recebendo as ondas refletidas. Para detectar uma presa, na as nebulosas – galáxias situadas fora da Via Láctea –, afastam-se
mais completa escuridão, o morcego emite ondas numa certa umas das outras com velocidades diretamente proporcionais às
frequência fE, que são refletidas pela presa e voltam para ele com distâncias que as separam. Essa constatação deu forte amparo à
outra frequência, fD. O morcego ajusta a frequência emitida até teoria do Big Bang, segundo a qual o Universo se teria originado
que a recebida seja de 80 kHz, que corresponde ao máximo de a partir de uma grande explosão, encontrando-se desde essa sin-
sensibilidade para a audição de um morcego. Dessas forma, ele gularidade em franca expansão. As nebulosas foram observadas
pode tanto calcular a posição quanto a velocidade da presa. por Hubble avermelhadas ao invés de brancas, como se deveria
Considerando a velocidade do som no ar igual a 340 m/s, é correto esperar.
afirmar:
a) Ondas ultrassônicas são ondas sonoras com frequências mais
baixas que as detectadas pelo ouvido humano.
b) Se uma mariposa estiver voando de encontro ao morcego, a
frequência detectada pelo morcego será menor que a emitida
por ele.
c) Para a frequência de máxima sensibilidade de recepção, o
comprimento de onda vale 4,25 m.
d) Se o morcego está em repouso e uma mariposa está afas-
tando-se dele, do ponto de vista do morcego, o comprimento
de onda detectado será menor do que o da onda emitida por
ele.
e) Se a presa produzir suas próprias ondas ultrassonoras, pode
confundir o sistema de detecção do morcego e assim salvar a
vida dela.
Resolução
a) ERRADA
Ultrassons: ondas com frequências mais altas que as
detectadas pelo ouvido humano.
b) ERRADA
A frequência detectada pelo morcego será maior que a
emitida por ele.
c) ERRADA
Esse desvio observado no espectro luminoso emitido pelas galá-
V = f ⇒ 340 = 80 . 103 ⇒ = 4,25 . 10–3 m xias no sentido das colorações vermelhas foi chamado de red
shift. O red shift pode ser explicado pela(o)
= 4,25 mm a) difração da luz. b) inferência dos raios luminosos.
c) polarização da luz. d) Efeito Compton.
d) ERRADA e) Efeito Doppler.
O comprimento de onda detectado pelo morcego será maior Resolução
que o emitido por ele. O desvio observado no espectro luminoso emitido pelas galáxias
no sentido das colorações vermelhas (red shift) revela que estas
e) CORRETA estão em processo de afastamento do observador, o que é
explicado pelo Efeito Doppler luminoso.
Resposta: E Resposta: E
65. (UFJF-MODELO ENEM) – Um pescador P, ao se aproximar da a) fp < fA < fB < fC b) fp = fC < fA < fB
linha da costa com seu barco, aciona a buzina para avisar que está c) fp > fC > fB >fA d) fp > fA > fB > fC
chegando. Sua direção de deslocamento está alinhada com o e) fp < fA = fB = fC
ancoradouro, onde se encontra um companheiro C (conforme a
figura a seguir). 66. (UNISA) – A cor da luz emitida por certa estrela parece-nos mais
avermelhada do que é na realidade. Este fenômeno é devido ao
fato de
a) a estrela estar muito distante da Terra;
b) a luz propagar-se com velocidade muito grande no vácuo;
c) a luz sofrer refração na atmosfera;
d) a estrela estar-se afastando da Terra;
e) a estrela estar-se aproximando da Terra.
216
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 12:00 Página 217
71. (IME) – Um observador escuta a buzina de um carro em duas si- 75. Uma fonte sonora de frequência igual a 440Hz oscila em
tuações diferentes. Na primeira, o observador está parado e o car- movimento harmônico simples de amplitude 0,20m e pulsação
ro afasta-se com velocidade V; na segunda, o carro está parado e 550rad/s. Considere um observador em repouso num ponto do
o observador afasta-se com velocidade V. Em qual das duas si- prolongamento da trajetória da fonte. Supondo que o som se
tuações o tom ouvido pelo observador é mais grave? Justifique progague no meio com velocidade de módulo 330m/s, determine
sua resposta. os limites da faixa de frequências percebidas pelo observador.
72. (MODELO ENEM) – Uma fonte sonora de frequência f, deslocan- 76. Um pêndulo de comprimento 1,6m oscila com pequena amplitude
do-se em linha reta com velocidade constante, passa por um ob- angular sem sofrer os efeitos do ar (figura 1). A massa do pêndulo
servador parado. O observador verifica que as frequências f1, é uma fonte sonora operando com frequência constante f0 e M é
recebida quando a fonte se aproxima, e f2, recebida quando ela se um microfone fixo, cuja função é captar o som emitido pela massa
afasta, apresentam um intervalo de duas oitavas na escala pendular.
musical.
217
P2_Livro4_Ondas_Alelex_155a218 08/08/12 12:00 Página 218
8) 275Hz 9) D 10) A
42) 850Hz 46) E 47) A
11) C
48) C 49) C 50) B
12) a) 100Hz
b) Reduzir L à metade ou quadruplicar F ou, ainda, alterar L e F 51) C 52) D 53) C
adequadamente.
54) D 55) E 56) Cem vezes.
F 9
13) B 14) 50cm e 25N 15) –– = ––
F’ 4
57) C 58) 50m 59) 30 dB
16) 81Hz 17) a) 21%
b) 20% 60) a) Frequências compreendidas entre 20Hz e 200Hz.
b) 1,0 W/m2
3 F c) Deve ser amplificada 100 vezes.
18) a) f = ––– ––
19) C 20) 5,0 . 10–1g
2L
218