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Livro1 2022 Fisica
Livro1 2022 Fisica
Livro1 2022 Fisica
LIVRO
1 FÍSICA
CIÊNCIAS DA
Índice
NATUREZA E SUAS
TECNOLOGIAS
EDUARDO FIGUEIREDO
Coordenador e Professor
do Curso e Colégio Objetivo
Cinemática
NEWTON VILLAS BÔAS
RONALDO FOGO 1 – Fundamentos da Cinemática Escalar . . . . . . . . . . 1
CAIO SÉRGIO V. CALÇADA 2 – Movimento Uniforme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Professores do Curso e Colégio Objetivo
3 – Movimento Uniformemente Variado . . . . . . . . . . 51
4 – Movimento Vertical de
5 – Vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
Termologia
1 – Termometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
2 – Calorimetria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
6 – Termodinâmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 189
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Eletrodinâmica
1 – Corrente e Tensão Elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 207
2 – Resistores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 215
Eletromagnetismo
1 – Campo Magnético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 284
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CAPÍTULO
Cinemática
1
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Se um ponto material P puder estar em qualquer Uma partícula está em repouso, para um dado
lugar do espaço, sua posição só ficará definida por um referencial, quando sua posição permanece inva-
terno (x; y; z) de coordenadas. riável, isto é, as três coordenadas cartesianas (x, y
e z) permanecem constantes no decurso do tempo.
Uma partícula está em movimento, para um da-
do referencial, quando sua posição varia no decur-
so do tempo, isto é, pelo menos uma das coorde-
nadas cartesianas está variando.
Exemplos
(I) Considere um carro em uma rua e um poste. O
velocímetro do carro marca 100km/h. O motorista do
carro está em repouso ou em movimento? A resposta
correta é: depende do referencial.
Se o referencial for a superfície terrestre, o poste
estará em repouso e o motorista estará em movimento a
100km/h.
O conjunto de três eixos perpendiculares entre si, Se o referencial for o carro, o motorista estará em re-
usado para se definir a posição do ponto material no es- pouso e o poste estará em movimento a 100km/h.
paço, é denominado sistema cartesiano triortogonal e (II) Considere um avião em pleno voo e um pas-
as coordenadas (x; y; z) do ponto material são as coor- sageiro dormindo em uma poltrona.
denadas cartesianas que definem a posição do ponto
Se o referencial for o avião, o passageiro estará em
material.
repouso, e, se o referencial for a superfície terrestre, o
É usual chamarmos x de abscissa (ou abcissa), y de
passageiro estará em movimento.
ordenada e z de cota ou altura.
4. Referencial ou
sistema de referência
O sistema cartesiano triortogonal deve ser fixado em
um local, em relação ao qual pretendemos estudar a posi-
ção do ponto material.
Esse local é chamado sistema de referência ou re-
ferencial.
Quando o referencial for omitido, vamos assumi-lo
como sendo a superfície terrestre.
5. Repouso – movimento
Repouso e movimento são conceitos relativos, isto
é, dependem do referencial adotado. Para o referencial A, ligado ao ciclista (parado em relação ao solo terrestre),
Não existe repouso absoluto nem movimento abso- o rapaz e a moça estão em movimento; para o referencial B, ligado ao trem,
luto. o rapaz está em repouso e a moça e o ciclista estão em movimento.
3
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5. (GAVE-MODELO ENEM) – No Campeonato da Europa de Atletis- Atleta Irina: 11,22s – 0,144s = 11,076s
mo em 2006, na Alemanha, Francis Obikwelu, atleta de nacio- Atleta Yekaterina: 11,22s – 0,150s = 11,070s
nalidade portuguesa, ganhou a medalha de ouro nas corridas de (III) VERDADEIRA. Tempo médio para as mulheres:
100 e de 200 metros.
As tabelas referem as marcas alcançadas, na prova final da corrida 0,144 + 0,150 + 0,144 + 0,164
TM = ––––––––––––––––––––––––––––– (s) = 0,150s
de 100 metros, pelos atletas masculinos e femininos que ficaram 4
nos quatro primeiros lugares. Numa corrida, considera-se tempo
de reação o intervalo de tempo entre o tiro de partida e o mo- Tempo médio para os homens:
mento em que o atleta sai dos blocos de partida. O tempo final 0,183 + 0,148 + 0,167 + 0,184
inclui o tempo de reação e o tempo de corrida. TH = ––––––––––––––––––––––––––––– (s) = 0,170s
4
100m MASCULINOS (PROVA FINAL)
Tempo de reação Tempo final Na realidade, não precisaríamos calcular o valor do tempo mé-
Lugar Nome dio porque a simples observação da tabela revela um tempo
(segundo) (segundos)
de reação menor para as mulheres.
1.o Francis Obikwelu 0,183 9,99
(IV) VERDADEIRA. De fato, como o tempo médio de reação dos
2.o Andrey Yepishin 0,148 10,10
homens é maior e o tempo médio final é menor, resulta que o
3.o Matic Osovnikar 0,167 10,14 tempo médio de corrida dos homens é menor.
4.o Ronald Pognon 0,184 10,16 Resposta: E
6. A respeito do objeto de estudo da Cinemática, assinale a opção (III) Quando um trem de comprimento L atravessa um túnel retilí-
falsa: neo de comprimento 4L, ele é considerado um ponto material.
a) A Cinemática usa os conceitos da geometria e mais a ideia de (IV)Quando um trem vai de São Paulo para o Rio de Janeiro e
tempo. pretendemos calcular sua velocidade média neste percurso, o
b) A Cinemática é o estudo geométrico do movimento sem trem pode ser considerado um ponto material.
investigar as suas causas. (V) Quando estudamos a rotação de um corpo, suas dimensões
c) A Cinemática estuda um movimento por meio de três funções são sempre relevantes e ele é tratado como corpo extenso
matemáticas: posição x tempo; velocidade x tempo e (isto é, não é um ponto material).
aceleração x tempo.
d) As grandezas fundamentais usadas no estudo da Cinemática 8. Uma garota em seu carro novo, com o velocímetro marcando
são: o comprimento L e o tempo T. 100km/h, colide com um poste.
e) No estudo da Cinemática, é importante o conceito de massa. A garota, ao prestar depoimento na delegacia, explica para o
delegado que o poste estava a 100km/h.
7. A respeito do conceito de ponto material, julgue as proposições a Esta argumentação, aparentemente absurda, tem algum con-
seguir: teúdo físico? Explique.
(I) Um corpo é considerado ponto material ou partícula quando
suas dimensões não interferem no estudo do movimento. 9. Considere a figura na qual um automóvel se desloca (em relação
(II) Um corpo é considerado ponto material quando sua massa é à Terra) com velocidade de valor 60km/h.
desprezível.
4
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Estão corretas:
a) apenas I e II; b) apenas I, II e III;
Complete com a palavra repouso ou movimento. c) apenas I, II e IV; d) apenas III e IV;
a) O motorista (M) em relação ao seu automóvel (A) está em e) I, II, III e IV.
................................, mas em relação ao poste (P) está em
.................................................. .
b) O cidadão (C) em relação ao poste (P) está em 13. Considere um sistema cartesiano triortogonal fixo em um
...................................., mas em relação ao automóvel (A) está referencial R.
em .................................................
c) O poste (P) está em .............................. em relação ao
automóvel (A).
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9. Origem dos
tempos; Espaço inicial
O instante t0 = 0 é denominado origem dos tempos,
instante inicial ou instante de referência.
Qualquer instante posterior a t0 será considerado po-
sitivo e qualquer instante anterior a t0 será considerado
negativo.
Tempo negativo significa um instante anterior à
origem dos tempos escolhida.
8. Lei do movimento:
Função horária dos espaços Exemplificando: consideremos uma bolinha partin-
do do repouso do teto de uma sala e passando diante dos
Quando um ponto material está em movimento, a sua olhos de uma pessoa escolhida como observador. Ad-
posição varia no decurso do tempo. A maneira como a mitamos que o instante escolhido como t0 = 0 seja o ins-
posição varia com o tempo é a lei do movimento. Como tante em que a bolinha passou diante dos olhos do
a posição é definida pelo espaço (s), a lei do movimento observador. Admitamos, ainda, que a bolinha gastou 2,0s
é dada pela função matemática que traduz a correspon- para ir do seu ponto de partida até os olhos do ob-
dência entre os valores do tempo (t) e os valores do espa- servador. Isto posto, dizemos que a bolinha partiu no
ço (s). instante t = –2,0s, isto é, 2,0s antes do instante escolhido
Essa função s = f(t) é denominada função horária como t = 0.
do movimento. A denominação equação horária, que No lançamento de um foguete, o instante t0 = 0 é o
também é utilizada para traduzir essa função, é impró- instante de partida do foguete.
pria, pois o termo equação refere-se a uma igualdade que Um pouco antes, começa uma contagem regressiva,
só é verdadeira para um número finito de valores das na qual se evidencia o conceito de tempo negativo.
variáveis.
Na função horária, as variáveis t e s têm unidades –10,0s ; –9,0s ; –8,0s; ...... ; –1,0s ; zero
que devem ser indicadas quando se representa a função. Define-se espaço inicial (s0) como sendo o valor as-
sumido pelo espaço na origem dos tempos.
Exemplos
Espaço inicial (s0) é o valor do espaço na origem
a) s = 8,0 + 3,0t (t em h e s em km)
dos tempos ( t = 0).
b) s = 3,0 – 2,0 t + 1,0t2 (SI)
c) s = 3,0 t3 – 2,0 (SI)
SI é o Sistema Internacional de Unidades. Exemplos
1) s = 3,0t2 (SI)
A função que relaciona o espaço com o tempo é de-
nominada função horária dos espaços ou equação t = 0 ⇒ s = s0 = 0
horária do movimento.
2) s = 10,0 + 4,0t + 2,0t2 (SI)
t = 0 ⇒ s = s0 = 10,0m
Notas
1) Quando o ponto material está em repouso, o seu 3) s = – 4,0 + 8,0t – 7,0t2 (CGS)
espaço permanece constante, podendo ser positivo, ne-
t = 0 ⇒ s = s0 = – 4,0cm
gativo ou nulo, dependendo de onde ele está parado.
2) No SI (Sistema Internacional de Unidades), o tem-
po é medido em segundos (s) e o espaço em metros (m). Notas
3) No sistema de unidades CGS (centímetro-gra- 1) O espaço inicial será nulo quando na origem dos
ma-segundo), o tempo é medido em segundos (s) e o tempos o móvel estiver posicionado na origem dos espa-
espaço em centímetros (cm). ços.
4) Quando a equação horária s = f(t) for uma relação 2) O espaço inicial indica apenas onde está o móvel
do 1.o grau, o movimento será chamado uniforme. no instante t = 0.
5) Quando a equação horária s = f(t) for uma relação 3) Não se pode confundir origem dos tempos (ins-
do 2.o grau, o movimento será chamado uniformemente tante t = 0, marcado em um relógio) com origem dos es-
variado. paços (posição em que s = 0, marcada na trajetória).
9
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15. Considere um avião com velocidade constante em uma trajetória C para D: o espaço aumenta algebricamente de (2m) para
reta e horizontal, em relação à Terra. Num dado instante, o avião (5m) e o móvel se afasta da origem.
abandona uma bomba. Estude a trajetória da bomba em relação
ao avião e em relação à Terra, desprezando-se a resistência do ar. (MODELO ENEM) – Texto para as questões de 18 a 21.
Resolução O esquema a seguir representa o perfil de uma estrada, que vai
Tomando-se como referencial o avião, a bomba terá apenas o mo- ser percorrida por um carro.
vimento de queda vertical, imposto pela gravidade, e a trajetória
será um segmento de reta vertical.
17. O que podemos concluir quando, em uma trajetória retilínea, 20. Após meia hora do início da viagem, o carro se encontra em uma
a) o espaço aumenta, em valor absoluto? posição na estrada entre
b) o espaço aumenta algebricamente? a) o quilômetro 12 e o quilômetro 13.
Resolução b) o quilômetro 50 e o quilômetro 60.
a) O valor absoluto do espaço representa a distância do móvel à c) o quilômetro 62 e o quilômetro 63.
origem dos espaços; se o valor absoluto do espaço aumentar, d) o quilômetro 0 e o quilômetro 1.
o móvel estará afastando-se da origem dos espaços. e) o quilômetro 30 e o quilômetro 31.
b) Se o espaço aumentar algebricamente, isto é, em valor relativo Resolução
(levando-se em conta o sinal), só podemos concluir que o móvel Para t = 0,5h, ainda é válida a primeira função horária. Assim:
se desloca no sentido adotado como positivo para a trajetória, s2 = 50 + 50 . (0,5)2 (km) ⇒ s2 = 62,5km
podendo estar aproximando-se ou afastando-se da origem. Resposta: C
21. O carro passa pelo ponto E da estrada após um tempo de viagem de:
a) 1,0h b) 2,0h c) 3,0h d) 4,0h e) 5,0h
Quando o móvel se desloca, no sentido positivo da trajetória, de: Resolução
A para B: o espaço aumenta algebricamente de (–6m) para O ponto E da estrada está numa posição tal que é válida a se-
(–3m) e o móvel se aproxima da origem. gunda função horária (ela é válida a partir do ponto C). Como o
B para O: o espaço aumenta algebricamente de (–3m) para (0) arco AE mede 200km, temos:
e o móvel se aproxima da origem.
O para C: o espaço aumenta algebricamente de (0) para (2m) 200 = 100tE ⇒ tE = 2,0h
e o móvel se afasta da origem. Resposta: B
10
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22. A respeito do conceito de trajetória de um ponto material, julgue 26. (FUVEST) – Um marinheiro no topo de um mastro vertical abando-
as proposições a seguir: na uma luneta que está inicialmente a uma distância L do mastro e
(I) Trajetória pode ser definida como o caminho percorrido pelo a uma altura H da base do mastro no convés. Sabe-se que o navio
→
ponto material. se move com velocidade V0 constante relativamente à costa e que
(II) Trajetória é o lugar geométrico das posições ocupadas pelo a resistência do ar é desprezível. A distância entre a base do mastro
ponto material no decurso do tempo. e a luneta, no momento em que esta chega ao convés, é
(III) Trajetória não depende do referencial adotado.
2
(IV)Se o ponto material estiver em repouso, sua trajetória se reduz 2HV 0 2H
a um ponto. a) L2 + –––––– b) V0 –––
g g
23. Considere um helicóptero e um carro descrevendo trajetórias reti-
líneas, horizontais e paralelas com a mesma velocidade, relativa à 2H 2H
Terra, de modo que o helicóptero está sempre na vertical acima c) L + V0 ––– d) V0 ––– –L
do carro. g g
Num dado instante, uma bolinha de gude é abandonada do heli- e) L
cóptero. Despreze o efeito do ar.
Nota: g é o módulo da aceleração da gravidade.
11
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11. Conceito de
velocidade escalar média
Retomemos o exemplo do automóvel viajando de
São Paulo para o Rio de Janeiro. Durante a viagem, cer-
tamente sua velocidade escalar não se manteve sempre
constante. Surge, então, a ideia de se definir uma veloci-
dade escalar média para o trajeto considerado. Assim,
O avião e o “Queen Elizabeth” cruzam o Atlântico com diferentes velocidades
se os 400km que separam São Paulo do Rio de Janeiro escalares médias. O avião gasta menos de 3,0h e o “Queen Elizabeth” gasta
forem percorridos pelo automóvel em 5,0 horas, con- mais de 3,0 dias.
cluímos que, em média, o automóvel percorreu 80km
em cada hora. Isto significa que, embora a velocidade
escalar do automóvel seja variável, ele teve uma veloci- 12. Definição de
dade escalar média de 80km por hora. velocidade escalar média
Consideremos um ponto material P, descrevendo
uma trajetória L, em relação ao referencial adotado. Seja
O a origem dos espaços e orientemos a trajetória confor-
me indicado na figura.
⌬s
Vm = –––
⌬t
13
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m
u(V) = ––– = m . s–1
s
cm
u(V) = ––– = cm . s–1
s
• Unidade prática:
u(L) = quilômetro (km)
u(T) = hora (h)
A velocidade escalar média de um corredor é calculada dividindo-se o seu
deslocamento escalar pelo intervalo de tempo gasto. km
Notas u(V) = ––– = km . h–1
h
(1) O valor absoluto de ⌬s só representa a distância
que o ponto material percorreu, se o móvel, no intervalo
de tempo considerado, não inverter o sentido de seu • Relações:
movimento. km 1000m 1 m
1 –––– = –––––– = ––– –––
(2) Se o móvel avançar e, em seguida, recuar, vol- h 3600s 3,6 s
tando ao ponto de partida, seguindo a mesma trajetória,
então ⌬s = 0 e Vm = 0. m cm
1 ––– = 102 ––––
Exemplo s s
Uma esfera é atirada verticalmente para cima: ela so-
be 1,0m, para, desce 1,0m e retorna ao ponto de partida.
A distância total percorrida foi de 2,0m, porém ⌬s = 0 e Se uma velocidade estiver expressa em km/h e qui-
⌬s sermos obter sua medida em m/s, basta dividir o número
Vm = ––– = 0. de km/h por 3,6.
⌬t
(3) Se o móvel voltar ao ponto de partida, através Exemplificando
de uma trajetória fechada, sem inverter o sentido de seu 36,0
movimento, então ⌬s não será nulo e sim igual à dis- V = 36,0km/h = –––– (m/s) = 10,0m/s
3,6
tância percorrida. Se, por exemplo, a trajetória fechada
for uma circunferência, percorrida sempre no mesmo 72,0
V = 72,0km/h = –––– (m/s) = 20,0m/s
sentido, ao completar uma volta teremos ⌬s = 2πR, em 3,6
que R é o raio da circunferência descrita. 108,0
V = 108,0km/h = ––––– (m/s) = 30,0m/s
3,6
14
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35. O movimento de um ponto material é definido pela função horária 37. Consideremos um ponto material descrevendo um trecho ABC de
dos espaços: trajetória, tal que os trechos AB e BC têm a mesma extensão d.
s = 3,0t2 – 12,0t + 4,0 (SI) Sejam V1 e V2 as velocidades escalares médias nos trechos AB e
BC, respectivamente.
Calcule a velocidade escalar média entre os instantes: Calcule a velocidade escalar média no trecho AC.
a) t1 = 0 e t2 = 2,0s Resolução
b) t1 = 0 e t3 = 4,0s
c) t1 = 0 e t4 = 6,0s
Resolução
⌬s –8,0 – 4,0
Vm = ––– = –––––––––– (m/s) ⇒ Vm = –6,0m/s
⌬t 2,0 – 0
Chamemos as distâncias percorridas AB e BC de d e sejam ⌬t1 e
b) t1 = 0 ⇒ s1 = 4,0m ⌬t2 os intervalos de tempo gastos nos percursos AB e BC, respec-
t3 = 4,0s ⇒ s3 = 3,0 . 16,0 – 12,0 . 4,0 + 4,0 (m) = 4,0m tivamente. Da definição de velocidade escalar média, temos:
⌬s 4,0 – 4,0 d d
Vm = ––– = –––––––––– (m/s) ⇒ trecho AB: V1 = –––– ⇒ ⌬t1 = ––––
Vm = 0 ⌬t1 V1
⌬t 2,0 – 0
c) t1 = 0 ⇒ s1 = 4,0m d d
trecho BC: V2 = –––– ⇒ ⌬t2 = ––––
t4 = 6,0s ⇒ s4 = 3,0 . 36,0 – 12,0 . 6,0 + 4,0 (m) = 40,0m ⌬t2 V2
⌬s 40,0 – 4,0 d d
Vm = ––– = –––––––––– (m/s) ⇒ Vm = 6,0m/s ⌬t1 + ⌬t2 = –––– + ––––
⌬t 6,0 – 0 V1 V2
36. Consideremos um ponto material descrevendo um trecho ABC de
AC 2d
trajetória. O trecho AB é percorrido com velocidade escalar média trecho AC: Vm = ––––––––– = ––––––––––––
V1 em um intervalo de tempo ⌬t1; o trecho BC é percorrido com ⌬t1 + ⌬t2 d d
–––– + ––––
velocidade escalar média V2 em um intervalo de tempo ⌬t2. V1 V2
Calcule a velocidade escalar média no trajeto AC.
Resolução Assim:
2
Vm = –––––––––– 2 V1 V2
1 1 ou Vm = –––––––––
––– + ––– V1 + V2
V1 V2
15
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39. (MODELO ENEM) – O gráfico I, apresentado a seguir, mede a O tempo de percurso é calculado pela definição de velocidade
velocidade escalar média de um ônibus em função da quantidade escalar média.
de km de lentidão em virtude do congestionamento, em um
⌬s ⌬s
determinado dia. Vm = ––– ⇔ ⌬t = –––
O gráfico II mostra a evolução do congestionamento com o ho- ⌬t Vm
rário, ao longo do dia.
10
7h da manhã: T1 = ––– (h) = 0,4h
25
10
7h da noite: T2 = ––– (h) = 1,0h
10
T2 – T1 = 1,0h – 0,4h
T2 –T1 = 0,6h = 0,6 . 60 min
T2 – T1 = 36 min
Resposta: D
40. (UESPI) – Uma partícula move-se ao longo do eixo dos x de acor- a) Calcule o tempo gasto por Fernanda para nadar os 6,0km.
do com a equação x = 26,0 + 4,0t2 (SI). A velocidade escalar b) Calcule a velocidade escalar média de Fernanda no percurso
média no intervalo de tempo entre t1 = 0 e t2 = 2,0 segundos é total da prova.
a) 5,0m/s b) 8,0m/s
c) 9,0m/s d) 10,0m/s 42. (FATEC-SP) – Um carro faz uma viagem de São Paulo ao Rio. Os
e) 20,0m/s primeiros 250km são percorridos com uma velocidade escalar
média de 100km/h. Após uma parada de 30 minutos para um
41. (UFRJ) – Numa competição, Fernanda nadou 6,0km e, em segui- lanche, a viagem é retomada, e os 150km restantes são percorri-
da, correu outros 6,0km. Na etapa de natação, conseguiu uma ve- dos com velocidade escalar média de 75km/h.
locidade escalar média de 4,0km/h; na corrida, sua velocidade A velocidade escalar média na viagem completa foi, em km/h,
escalar média foi de 12,0km/h. a) 60 b) 70 c) 80 d) 90 e) 100
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43. (FUVEST) – Um passageiro, viajando de metrô, fez o registro de 48. (UERJ) – Ao se deslocar do Rio de Janeiro a Porto Alegre, um
tempo entre duas estações e obteve os valores indicados na avião percorre essa distância com velocidade escalar média V no
tabela. 1
primeiro –– do trajeto e 2V no trecho restante.
Chegada Partida 9
Vila Maria 0:00min 1:00min A velocidade escalar média do avião no percurso total foi igual a:
9 8 5 5
Felicidade 5:00min 6:00min a) –– V b) –– V c) –– V d) –– V
5 5 3 4
17
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IV) Se o carro estiver com velocidade escalar média de 300km/h Para velocidades no intervalo entre 20km/h e 120km/h, o desem-
para realizar 10 voltas na pista, o consumo de combustível penho D, medido em km/litro, em função de V, medido em km/h,
será de 480 litros. é dada pela função:
Somente está correto o que se afirma em: V2 3 5
a) I b) I e II c) I, II e III d) IV e) III e IV D = – –––– + –– V – ––
320 8 4
(MODELO ENEM) – Texto para as questões 52 e 53. Nas condições de desempenho máximo, isto é, menor consumo
de combustível nesta viagem, o tempo de percurso entre A e B
Nos Estados Unidos, a gasolina é vendida com preço fixado para será de:
uma unidade de volume chamada galão, que corresponde, a) 1,0h b) 1,5h c) 2,0h
aproximadamente, a 4 litros. Considere que, num dado posto de d) 2,5h e) 3,0h
gasolina, o galão é vendido a U$ 2,20 e que a cotação do dólar é
R$ 2,50. Dado: Para uma função do 2.o grau do tipo y = ax2 + bx + c, o
Sabe-se, ainda, que a densidade da gasolina é de 0,80g/cm3.
b
valor de y será máximo (a < 0) ou mínimo (a > 0) para x = – ––– .
52. Um dado carro tem um tanque de gasolina com capacidade de 2a
70 litros.
Determine a massa M de gasolina para encher o tanque (que
55. (MODELO ENEM) – Um carro percorre um trajeto ABC de uma
estava vazio) e o preço P que isto custa em reais.
rodovia, descrevendo uma trajetória retilínea, sempre no mesmo
a) M = 56kg e P = R$38,50 b) M = 56kg e P = R$96,25 sentido, partindo de A, passando por B e chegando a C.
c) M = 70kg e P = R$96,25 d) M = 70kg e P = R$38,50 As velocidades escalares médias, em cada trecho, estão rela-
e) M = 60kg e P = R$86,40 cionadas a seguir:
Trecho Velocidade escalar média
53. Admita que o referido carro gastou um tanque completo (70 litros)
em 8,0h com velocidade escalar média de 70km/h para ir de uma AB 40km/h
cidade A para uma cidade B ao longo de uma rodovia retilínea, BC 80km/h
sem paradas.
AC 60km/h
O desempenho d do carro nesse trajeto, medido em km/litro, isto
é, quantos quilômetros foram rodados com um litro de gasolina foi Considere as seguintes proposições:
de: I – Os tempos gastos para percorrer os trechos AB e BC são
a) 4,0 b) 6,0 c) 8,0 d) 10,0 e) 12,0 iguais.
II – A extensão do trecho BC é o dobro da extensão do trecho
54. (MODELO ENEM) – Uma pessoa pretende ir de carro de uma ci- AB.
dade A até uma cidade B percorrendo uma distância de 120km III – A velocidade escalar do carro nunca ultrapassou o valor de
com velocidade constante de módulo V, com menor gasto 80km/h.
possível de combustível. Responda mediante o código:
Despreze o tempo gasto pelo carro para acelerar de 0 a V e para a) somente I está correta.
frear de V até zero. Obviamente, o carro parte do repouso da b) somente II está correta.
cidade A e volta ao repouso ao chegar na cidade B. c) somente I e II estão corretas.
O desempenho do combustível D corresponde à distância que o d) somente I e III estão corretas.
carro percorre para cada litro de combustível que é gasto. e) somente II e III estão corretas.
⌬s
Vm = –––
⌬t
18
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A velocidade escalar instantânea é o limite da velo- Fazendo-se ⌬t tender a zero (⌬t → 0), a parcela a⌬t
cidade escalar média quando o intervalo de tempo tende a zero e obtemos a velocidade escalar instantânea
considerado tender a zero. no instante t:
V = 2 at + b
Em linguagem matemática:
⌬s
⌬s O cálculo do lim ––– que acabamos de fazer é
V = lim Vm = lim ––– ⌬t → 0 ⌬t
(⌬t → 0) (⌬t → 0) ⌬t
a função matemática denominada “derivada” da função
s = f (t). Assim, podemos definir:
ds
Simbolicamente: V = –––
dt
s = atn + bt + c
temos:
ds
V = ––– = natn–1 + b
dt
O trem-bala Exemplos
atinge a velocidade a) s = 8,0 + 3,0t (t em h; s em km)
escalar de 515km/h.
ds
V = ––– = 3,0km/h
Mostremos como se pode calcular esse limite, por dt
meio de um exemplo.
Consideremos um ponto material cujo movimento é b) s = 3,0 – 2,0t + 1,0t2 (CGS)
traduzido pela função horária dos espaços:
s = at2 + bt + c ds
V = ––– = –2,0 + 2,0t (CGS)
em que s é o espaço no instante t e a, b e c são constan- dt
tes (parâmetros do movimento).
Para calcularmos a velocidade escalar instantânea c) s = 3,0t3 – 2,0 (SI)
num instante t, calculemos inicialmente a velocidade ds
escalar média entre o instante considerado t1 = t e um V = ––– = 9,0t2 (SI)
instante posterior t2 = t + ⌬t. dt
Assim: s1 = at2 + bt + c
d) s = 4,0 + 2,0t (SI)
s2 = a (t + ⌬t)2 + b(t + ⌬t) + c
ds
Desenvolvendo-se o valor de s2, temos: V = ––– = 2,0m/s (constante)
dt
s2 = a(t2 + 2t⌬t + ⌬t2) + b(t + ⌬t) + c ou
s2 = at2 + 2at⌬t + a⌬t2 + bt + b⌬t + c Notas
Calculando-se ⌬s = s2 – s1, obtemos: 1.a) O valor da velocidade escalar instantânea no
⌬s = 2at⌬t + a⌬t2 + b⌬t instante t = 0 (origem dos tempos) é denominado velo-
Dividindo-se a expressão por ⌬t, obtemos a veloci- cidade escalar inicial (V0).
dade escalar média:
Nos exemplos citados acima, temos:
⌬s
Vm = ––– = 2at + a⌬t + b a) para t = 0: V0 = 3,0km/h
⌬t
19
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V0 = –2,0cm/s
c) para t = 0: v0 = 9,0 . 02 ⇒ V0 = 0
d) para t = 0: V0 = 2,0m/s
VA > 0
2.a) O sinal da velocidade escalar instantânea deter- VB < 0
mina o sentido do movimento ao longo da trajetória:
V > 0 ↔ o móvel caminha no sentido positivo da tra- 3.a) A palavra instantânea pode ficar subentendida
jetória (s crescente). e falaremos apenas velocidade escalar.
V < 0 ↔ o móvel caminha no sentido negativo da 4.a) No ponto de inversão do sentido do movi-
trajetória (s decrescente). mento, a velocidade escalar anula-se.
6,0 t’ = 1,0 s
0 = 6,0t2 – 6,0 → t2 = ––– = 1,0 ⇒
6,0 t’’ = –1,0s
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59. No movimento de uma partícula, a relação espaço x tempo é dada 61. Considere a velocidade do som no ar com módulo igual a 340m/s.
por: O avião comercial Boeing 747 atinge 0,80 de velocidade Mach.
s = At2 + Bt + C Qual é o tempo mínimo necessário para percorrer os 5440km que
em que, A, B e C são parâmetros constantes, sendo A negativo e separam Lisboa de Nova Iorque?
B e C positivos. Apresente a resposta na forma hh:mm (horas e minutos).
Para que valores de t a velocidade escalar será positiva (espaço a) 5:30 b) 5:33 c) 5:45 d) 6:30 e) 6:35
crescente)? Resolução
Resolução Se o boeing 747 atinge 0,80 de velocidade Mach, a sua velocidade
tem módulo V dado por:
ds
V = ––– = 2At + B
dt V = 0,80 Vsom = 0,80 . 340m/s = 272m/s
V > 0 ⇒ 2At + B > 0 O tempo mínimo (menor distância percorrida: voo em linha reta)
2At > – B para percorrer 5440km é dado por:
Determine 5
a) o instante t1 a partir do qual o móvel inverte o sentido de seu ⌬t = 5h + –– . 60 min
movimento. 9
b) o espaço s1 do ponto de inversão.
Resolução ⌬t 5h + 33 min
ds
a) V = ––– = 40,0 – 8,0t (SI) Resposta: B
dt
No ponto de inversão, V = 0
62. O avião voa a uma velocidade máxima de 2520km/h.
40,0 – 8,0t1 = 0
b) t = t1 = 5,0s ⇒ s = s1
s1 = 160m
21
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63. (MACKENZIE-SP) – Em experiências efetuadas nos laboratórios 68. Em uma corrida com extensão de 100m, um atleta descreve uma
de Física de alta energia, observam-se determinadas partículas trajetória retilínea e, durante os seis primeiros segundos de seu
elementares com altíssimas velocidades. Entre os valores abaixo, movimento, a função horária dos espaços é dada por: s = 1,0t2 (SI)
certamente, a única velocidade possível para tais partículas é Após os seis segundos iniciais, a velocidade escalar do atleta é
a) 2 . 108m/s b) 4 . 108m/s c) 6 . 108m/s mantida constante, até cruzar a linha de chegada.
d) 8 . 108m/s e) 1. 109m/s O atleta cruza a linha de chegada com uma velocidade escalar de
a) 12,0m/s b) 11,0m/s c) 10,0m/s
64. (UNIFESP) – A função da velocidade em relação ao tempo de um d) 8,0m/s e) 6,0m/s
ponto material em trajetória retilínea, no SI, é v = 5,0 – 2,0t. Por
meio dela, pode-se afirmar que, no instante t = 4,0 s, a velocidade 69. (UEL-PR) – Um móvel passa pelo ponto P de uma trajetória reti-
desse ponto material tem módulo línea no instante t = 0. A velocidade escalar desse móvel está
a) 13 m/s e o mesmo sentido da velocidade inicial. representada no gráfico, em função do tempo.
b) 3,0 m/s e o mesmo sentido da velocidade inicial.
c) zero, pois o ponto material já parou e não se movimenta mais.
d) 3,0 m/s e sentido oposto ao da velocidade inicial.
e) 13 m/s e sentido oposto ao da velocidade inicial.
Os instantes correspondentes aos pontos de inversão no sentido 71. Em uma corrida de 50m de extensão ao longo de uma pista reti-
do movimento da partícula são apenas línea, um atleta tem sua coordenada de posição (espaço) variando
a) t1, t3 e t5 b) t2 e t4 c) t3 e t5 com o tempo segundo a relação:
d) zero, t2 e t4 e) t1 e t3 s = 0,5t2 (SI)
Determine
67. Uma partícula está em movimento retilíneo obedecendo à seguin- a) o tempo gasto pelo atleta para percorrer os 50m.
te função horária dos espaços: s = 2,0t2 – 18,0 (unidades do SI), b) a velocidade escalar média do atleta nesta corrida.
válida para t ≥ 0. c) a velocidade escalar com que o atleta cruza a linha de chegada
a) Em que instante a partícula passa pela origem dos espaços? em km/h.
b) Calcule a velocidade escalar da partícula nesse instante. d) o gráfico da velocidade escalar em função do tempo.
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Determine
a) a velocidade escalar do projétil em função do tempo;
b) a velocidade escalar com que o projétil foi lançado para cima;
c) o instante t1 em que o projétil atinge sua altura máxima;
d) a altura máxima atingida pelo projétil;
A velocidade Mach de um avião é a razão entre a sua veloci-
e) o instante t2 em que o projétil retorna ao solo;
dade e a velocidade do som, a altitude e temperatura deter-
f) a velocidade escalar com que o projétil retorna ao solo.
minadas.
Considere a velocidade do som no ar com módulo igual a 340m/s.
73. (PISA-MODELO ENEM) – No dia 16 de novembro de 2004, o Quando o avião X-43A, em 16/11/2004, estabeleceu o recorde de
avião X-43A estabeleceu um novo recorde, atingindo a velo- velocidade, ele estava aproximadamente a
cidade Mach de 9,6, o que corresponde a uma velocidade 9,6 a) 340km/h b) 1224km/h c) 3264km/h
vezes maior do que a velocidade do som. d) 11750km/h e) 15000km/h
Uma grande aceleração escalar significa que a velocidade escalar varia rapidamente; uma pequena aceleração
escalar significa que a velocidade escalar varia lentamente.
Aceleração escalar nula (constante) significa que a velocidade escalar não varia.
A sequência de fotos mostra um astronauta sujeito aos efeitos de uma grande aceleração escalar.
18. Definição de
Um avião a jato tem uma grande aceleração escalar durante a decolagem, o aceleração escalar média
que significa que sua velocidade escalar está variando rapidamente.
Consideremos um ponto material em movimento, em
relação a um certo referencial adotado.
Sejam V1 e V2 as velocidades escalares do ponto mate-
17. Conceito de
rial nos instantes t1 e t2. Representemos por ⌬V = V2 – V1 a
aceleração escalar média variação da velocidade escalar ocorrida durante o intervalo
Durante um movimento, entre dois instantes quais- de tempo ⌬t = t2 – t1.
quer t1 e t2, em geral, a velocidade escalar não varia sem-
pre da mesma maneira, isto é, a aceleração escalar não se Define-se aceleração escalar média (␥m) entre os
mantém constante. Surge, então, a ideia de se definir uma instantes t1 e t2 como a razão entre a variação da
aceleração escalar média para o intervalo de tempo con- velocidade escalar instantânea (⌬V) e o correspon-
siderado. dente intervalo de tempo (⌬t).
23
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Assim:
A velocidade escalar é a rapidez com que a posi-
a) O espaço s é um indicador de posição responden- ção (espaço) varia.
do à pergunta: onde está o móvel? A aceleração escalar é a rapidez com que a veloci-
b) A velocidade escalar V é um indicador de rapidez dade escalar varia (é a velocidade da velocidade).
⌬V 30,0 – 0 Resposta: A
␥m = ––– = ––––––––– (m/s2) ⇒ ␥ m = 5,0m/s2
⌬t 6,0
76. Uma partícula desloca-se, em trajetória retilínea, com equação ho-
rária dos espaços dada, em unidades do SI, por:
Resposta: B
s = 1,0t3 – 3,0t2 + 3,0t
75. Abaixo, é fornecido o gráfico da velocidade escalar de um móvel,
em função do tempo. Calcule
a) a velocidade escalar e a aceleração escalar no instante t1 = 1,0s;
b) a aceleração escalar média entre os instantes t0 = 0 e
t1 = 1,0s.
Resolução
ds
a) V = ––– = 3,0t2 – 6,0t + 3,0 (SI)
dt
␥ = 6,0t – 6,0 (SI)
Para t1 = 1,0s ⇒
{␥ }
V1 = 0
1
=0
b) t0 = 0 ⇒ V0 = 3,0m/s
t1 = 1,0s ⇒ V1 = 0
⌬V 0 – 3,0
␥ m = ––– = –––––––– (m/s2) ⇒ ␥ m = –3,0m/s2
A aceleração escalar média, no intervalo de tempo de 6,0s a ⌬t 1,0 – 0
16,0s, é, em m/s2: Respostas: a) 0 e 0
a) 0,40 b) 0,50 c) 0,67 d) 2,0 e) 2,5 b) –3,0 m/s2
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77. Uma partícula desloca-se, em uma trajetória retilínea, com equa- (MODELO ENEM) – Texto para as questões 79 e 80.
ção horária dos espaços dada por: (UFRJ) – Um fabricante de carros esportivos construiu um carro
que, na arrancada, é capaz de passar de 0 a 108km/h (30m/s) em
s = 2,0t3 – 16,0 10s, percorrendo uma distância d. A figura a seguir representa o
gráfico velocidade escalar-tempo do carro durante a arrancada.
válida em unidades do SI e para t ≥ 0.
No instante em que a partícula passa pela origem dos espaços,
sua aceleração escalar vale, em m/s2:
a) zero b) 6,0 c) 12,0 d) 24,0 e) 48,0
Resolução
1) s = 2,0t3 – 16,0 (SI)
t = t1 ⇔ s = 0
3 3
2,0t 1 – 16,0 = 0 ⇒ t 1 = 8,0 ⇒ t1 = 2,0s
2) V = 6,0t2 (SI)
␥ = 12,0t (SI)
t = t1 = 2,0s ⇒ ␥ 1 = 24,0m/s2 79. Calcule a aceleração escalar média do carro durante a arrancada,
em m/s2.
Resposta: D a) 1,0m/s2 b) 2,0m/s2 c) 3,0m/s2
d) 4,0m/s2 e) 5,0m/s2
Resolução
78. (UNIFOR-CE) – Uma partícula desloca-se ao longo de uma reta.
A aceleração escalar média do carro é calculada pela definição:
No gráfico a seguir está representada sua velocidade escalar (V)
⌬V
em função do tempo (t). Entre os instantes t = 0s e t = 10s, o valor ␥m = –––
de sua aceleração escalar anulou-se ⌬t
a) 1 vez. b) 2 vezes. c) 3 vezes.
Do gráfico dado:
d) 4 vezes. e) 5 vezes.
t1 = 0 …… V1 = 0
t2 = 10,0s …… V2 = 30,0m/s
V2 – V1 30,0 – 0
␥m = ––––––– = ––––––– (m/s2) ⇒ ␥m = 3,0m/s
2
t2 – t1 10,0 – 0
Resposta: C
81. Um corpo abandonado em queda livre, nas proximidades da Terra, cai com aceleração escalar constante de 9,8m/s2.
Isto significa que
a) em cada segundo de movimento o corpo percorre 9,8m.
b) a velocidade escalar do corpo é constante e vale 9,8m/s.
c) em cada segundo de movimento sua velocidade escalar aumenta 9,8m/s.
d) em cada segundo de movimento a velocidade escalar aumenta (9,8)2 m/s.
e) em cada segundo quadrado o corpo percorre 9,8m.
82. (UNESP) – O fabricante informa que um carro, partindo do repouso, atinge 100 km/h em 10 segundos. A melhor estimativa para o valor da
aceleração escalar média nesse intervalo de tempo, em m/s2, é
a) 3,0 . 10–3 b) 2,8 c) 3,6 d) 9,8 e) 10,0
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83. (UERJ) – Um móvel se desloca em movimento variado e sua 87. Uma partícula, em trajetória retilínea, tem equação horária dos
velocidade escalar em função do tempo está representada pelo espaços dada, em unidades do SI, pela relação:
arco de parábola abaixo. s = 1,0t3 – 12,0t + A (válida para t ≥ 0)
em que A é um parâmetro constante.
Determine
a) o valor de A para que a partícula pare na origem dos espaços;
b) a aceleração escalar da partícula no instante em que ela para.
Determine
a) a aceleração escalar no instante t1 = 2,0s;
Entre os instantes t1 = 1,0s e t2 = 3,0s, a aceleração escalar média b) a aceleração escalar no instante t2 = 12,0s;
do móvel vale, em m/s2, c) a aceleração escalar média no intervalo entre t0 = 0 e
a) –15,0 b) –10,0 c) zero t3 = 20,0s.
d) 10,0 e) 15,0
84. Uma bicicleta se move durante 10,0s com equação horária dos
espaços dada por: (VUNESP) – As questões de números 89 e 90 baseiam-se nas
s = 0,5t2 (SI) informações:
a) Qual é a trajetória descrita pela bicicleta? Justifique sua A velocidade escalar v em função do tempo t de um trem urbano
resposta. entre as estações P e Q é dada pela função v = – 320t2 + 320t.
b) Calcule a velocidade escalar e a aceleração escalar no instante Nessa função, a velocidade escalar v está sendo medida em
t1 = 5,0s. km/h, e o instante t em minutos.
85. Uma partícula descreve uma trajetória retilínea com equação 89. Se o trem parte de P no instante t = 0, então o tempo de viagem
horária dos espaços dada, em unidades do SI, por até chegar a Q e parar nesta estação, em minutos, é igual a
s = 2,0t3 – 24,0t, válida para t ⭓ 0 a) 1,0 b) 1,5 c) 2,0 d) 2,5 e) 3,0
A aceleração escalar da partícula, no instante em que ela para,
vale 90. A velocidade escalar máxima atingida por esse trem durante a
a) zero b) 3,0m/s2 c) 6,0m/s2 viagem de P até Q, em km/h, é igual a
d) 12,0m/s 2 e) 24,0m/s 2
a) 100 b) 95 c) 90 d) 85 e) 80
Dado: A velocidade escalar será máxima quando a aceleração
86. O gráfico a seguir representa a velocidade escalar em função do escalar for nula.
tempo para um móvel que descreve uma trajetória retilínea.
91. Em um teste de retomada de velocidade de um automóvel, foram
anotados os seguintes dados:
Variação de Tempo Distância
Marcha
velocidade gasto percorrida
3.a 36km/h a 72km/h 8,0s 120m
27
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93. (UNIRIO-MODELO ENEM) Caçador nato, o guepardo é uma espécie de mamífero que refor-
ça a tese de que os animais predadores estão entre os bichos
mais velozes da natureza. Afinal, a velocidade é essencial para os
que caçam outras espécies em busca de alimentação. O guepar-
do é capaz de, saindo do repouso e correndo em linha reta, che-
gar à velocidade escalar de 72,0km/h em apenas 2,0 segundos, o
que nos permite concluir, em tal situação, ser sua aceleração es-
calar média, em m/s2, igual a:
a) 10,0 b) 15,0 c) 18,0
d) 36,0 e) 50,0
22. Classificação dos movimentos c) Movimento circular: é aquele cuja trajetória está
contida em uma circunferência.
Nesse caso, a equação da trajetória, num sistema de
coordenadas Oxy, é do tipo:
De acordo com a forma da trajetória, os movimentos (x – a)2 + (y – b)2 = c2,
podem ser classificados em: em que a, b e c são constantes, sendo a e b as coor-
a) Movimento retilíneo: é aquele em que a trajetória denadas do centro da circunferência e c ⬆ 0, o raio da
está contida em uma reta. circunferência.
Nesse caso, a equação da trajetória, num sistema de Exemplos
coordenadas cartesianas Oxy, é do tipo:
y = ax + b,
com a e b constantes.
Exemplos
Cumpre observar que, se o grau da função horária a) Movimento acelerado: é aquele em que o valor
dos espaços s = f(t) for maior do que 2, o movimento não absoluto da velocidade escalar instantânea aumenta.
recebe nome especial. Demonstra-se que isto ocorre quando a velocidade
Existem outros movimentos importantes, cuja fun- escalar instantânea (V) e a aceleração escalar instantânea
ção horária dos espaços s = f (t) não é do tipo polinomial, (␥) têm o mesmo sinal, isto é, V . ␥ > 0.
como, por exemplo, o movimento harmônico simples
(MHS). Se V > 0 e ␥ > 0, o movimento será progressivo e
acelerado.
Se V < 0 e ␥ < 0, o movimento será retrógrado e
acelerado.
b) Movimento retardado: é aquele em que o valor
Dependendo do sinal da velocidade escalar instan- absoluto da velocidade escalar instantânea diminui.
tânea, os movimentos classificam-se em: Demonstra-se que isto ocorre quando a velocidade
a) Movimento progressivo: é aquele em que a escalar instantânea (V) e a aceleração escalar instantânea
velocidade escalar instantânea é positiva. Isto ocorre (␥) têm sinais opostos, isto é, V . ␥ < 0.
quando o espaço (s) é crescente, ou seja, quando o mó-
vel caminha no sentido positivo adotado para a trajetória. Se V > 0 e ␥ < 0, o movimento será progressivo e
b) Movimento retrógrado: é aquele em que a retardado.
velocidade escalar instantânea é negativa. Isto ocorre Se V < 0 e ␥ > 0, o movimento será retrógrado e
quando o espaço (s) é decrescente, ou seja, quando o retardado.
móvel se movimenta em sentido contrário ao sentido
positivo adotado para a trajetória. Sinal Sinal Sinal
V Classificação
de V de ␥ de V . ␥
progressivo e
(+) (+) (+) aumenta
acelerado
retrógrado e
(–) (+) (–) diminui
retardado
retrógrado e
Quanto ao valor absoluto da velocidade escalar ins- (–) (–) (+) aumenta
acelerado
tantânea, podemos classificar os movimentos em:
O “dragster” em seu percurso final tem mo- Fotografia estroboscópica Na fotografia estroboscópica superior, o carrinho está em movimento acelerado e
vimento retardado em virtude da ação do pa- evidenciando um movimento a distância entre as fotos sucessivas está aumentando.
raquedas. acelerado na vertical. Na fotografia estroboscópica inferior, o carrinho está em movimento retardado e a
distância entre as fotos sucessivas está diminuindo.
29
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Na foto da esquerda, o movimento do carro é progressivo e retardado. Na foto da direita, o movimento do carro é retrógrado e retardado.
94. Considere um ponto material movimentando-se segundo uma aumenta em valor absoluto, o ponto material se afasta da
função horária dos espaços dada por: origem dos espaços.
c) Se o espaço aumenta em valor relativo, ou seja, se o espaço
s = (a – b) t3 + (a + b) t2 + ct + d
é crescente, a velocidade escalar instantânea é positiva e o
em que s é o espaço, t é o tempo e a, b, c, d são parâmetros movimento é progressivo.
constantes. d) Se o espaço diminui em valor absoluto, o ponto material se
a) Qual a condição para que o movimento seja uniformemente aproxima da origem dos espaços.
variado? e) Se o espaço diminui em valor relativo, isto é, o espaço é de-
b) Qual a condição para que o movimento seja uniforme? crescente, a velocidade escalar instantânea é negativa e o mo-
Resolução vimento é retrógrado.
a) Para o movimento ser uniformemente variado, a função horá-
f) Se a velocidade escalar instantânea aumenta em valor abso-
ria dos espaços s = f(t), que é do tipo polinomial, deve ser do
luto, por definição, o movimento é acelerado e a velocidade
2.o grau em t e, para tanto, o coeficiente de t3 deve ser nulo e
escalar instantânea e a aceleração escalar instantânea têm o
o coeficiente de t2 deve ser diferente de zero.
mesmo sinal (ambos positivos ou ambos negativos).
Assim: a – b = 0 e a + b ≠ 0.
g) Se a velocidade escalar instantânea aumenta em valor relativo,
Segue-se então que: a=b⬆0 isto é, se a velocidade escalar instantânea é crescente, a ace-
leração escalar instantânea é positiva e existem duas hipó-
b) Para o movimento ser uniforme, a função horária s = f(t), que teses:
é do tipo polinomial, deve ser do 1.o grau em t e, para tanto, os 1) Se V > 0 ⇒ o movimento é progressivo e acelerado
coeficientes de t3 e t2 devem ser nulos e o coeficiente de t
deve ser diferente de zero. 2) Se V < 0 ⇒ o movimento é retrógrado e retardado
Assim: a – b = 0 h) Se a velocidace escalar instantânea diminui em valor absoluto,
a+b=0 por definição, o movimento é retardado.
c⬆0 i) Se a velocidade escalar instantânea diminui em valor relativo,
Segue-se então que: a = b = 0 e c ⬆ 0 isto é, se a velocidade escalar instantânea é decrescente, a
aceleração escalar instantânea é negativa e existem duas
hipóteses:
95. Que podemos concluir quando, em um movimento de um ponto
1) Se V > 0 ⇒ o movimento é progressivo e retardado
material,
a) o espaço é constante? 2) Se V < 0 ⇒ o movimento é retrógrado e acelerado
b) o espaço aumenta em valor absoluto, em uma trajetória retilí-
nea? 96. (MODELO ENEM) – Um carro está descrevendo uma trajetória
retilínea com função horária dos espaços dada por:
c) o espaço aumenta em valor relativo?
d) o espaço diminui em valor absoluto, em uma trajetória retilí- s = 2,0t2 – 8,0t + 10,0 (SI)
nea?
e) o espaço diminui em valor relativo? Na origem dos tempos (t = 0), o movimento é
a) uniforme. b) progressivo e acelerado.
f) a velocidace escalar instantânea aumenta em valor absoluto? c) progressivo e retardado. d) retrógrado e acelerado.
g) a velocidade escalar instantânea aumenta em valor relativo? e) retrógrado e retardado.
h) a velocidade escalar instantânea diminui em valor absoluto? Resolução
i) a velocidade escalar instantânea diminui em valor relativo? V = 4,0t – 8,0 (SI)
Resolução ␥ = 4,0 m/s2
a) Se o espaço é constante, o ponto material ocupa sempre a
mesma posição e, portanto, está em repouso.
b) Em uma trajetória retilínea, o valor absoluto do espaço repre-
t=0 {V0 = –8,0m/s
␥0 = 4,0m/s2 }
O movimento é retrógrado porque a velocidade escalar é negati-
senta a distância do ponto material à origem; se o espaço
va.
30
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O movimento é retardado porque a velocidade escalar e a acele- sitiva e é retardado porque V está diminuindo.
ração escalar têm sinais opostos. (II) O movimento é retrógrado porque a velocidade escalar é ne-
Resposta: E
gativa e é acelerado porque V está aumentando.
(III) O movimento é retrógrado porque a velocidade escalar é ne-
97. O gráfico a seguir representa o espaço em função do tempo para
um móvel que se desloca com aceleração escalar constante. gativa e é retardado porque V está diminuindo.
(IV)O movimento é progressivo porque a velocidade escalar é po-
sitiva e é acelerado porque V está aumentando.
a) 0 ≤ t < t1
{ } V1 < 0 retrógrado
␥ > 0 retardado
b) t > t1
{ }
V>0
␥>0
progressivo
acelerado
Resolução
Antes de chegar ao primeiro quebra-molas (instante t1) o carro
deve frear e o módulo de sua velocidade vai diminuir.
Imediatamente após passar o primeiro quebra-molas o carro ace-
lera e o módulo de sua velocidade aumenta.
No gráfico, destacamos quatro secções distintas indicadas por Antes de chegar ao segundo quebra-molas (instante t2) o carro
I (0 ≤ t < t1), II (t1 < t < t2), III (t2 < t < t3) e IV (t3 < t < t4). volta a frear e o módulo de sua velocidade volta a diminuir. Ime-
Classifique, em cada secção, o movimento como progressivo ou diatamente após passar o segundo quebra-molas o carro volta a
retrógrado; acelerado ou retardado. acelerar e o módulo de sua velocidade volta a aumentar.
Resolução Esta sequência de eventos ocorre na opção A.
(I) O movimento é progressivo porque a velocidade escalar é po- Resposta: A
31
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Considere na volta de Campinas para São Paulo, os seguintes 105. Uma partícula descreve uma trajetória retilínea e o gráfico espaço
intervalos de tempo: x tempo, associado ao seu movimento, é dado a seguir.
intervalo de tempo T4: o velocímetro dá indicações decrescentes O gráfico tem a forma de um arco de parábola com vértice no
instante t = t2.
intervalo de tempo T5: o velocímetro indica o mesmo valor
intervalo de tempo T6: o velocímetro dá indicações crescentes
32
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V = A + Bt
6) E 27) a)
7) I) VERDADEIRA. II) FALSA. III) FALSA.
IV) VERDADEIRA. V) VERDADEIRA.
8) Para um referencial fixo no solo terrestre, o poste está em
repouso e a garota está a 100km/h.
Para um referencial fixo no carro, o poste está em movimento
a 100km/h e a garota está em repouso.
Os conceitos de repouso e movimento são relativos e
dependem do referencial adotado.
9) a) repouso – movimento b) repouso – movimento
c) movimento
10) Os conceitos de repouso e movimento são relativos, isto é,
dependem do referencial adotado. Para o referencial fixo no b) A trajetória não está determinada; a equação horária não
ônibus (Heloísa), o passageiro está em repouso. tem nada que ver com a trajetória.
Para o referencial fixo na superfície terrrestre (Abelardo), o c) t = 0 ⇒ s = 0: o carro está na origem dos espaços.
passageiro está em movimento. d) Toda vez que o espaço for múltiplo de c.
11) B 12) B s = 0 …… t0 = 0
13) (I) VERDADEIRA. (II) FALSA. s = c = 200m ........... t1 = 10,0s (1 volta)
(III) VERDADEIRA. (IV) VERDADEIRA. s = 2c = 400m ......... t2 = 20,0s (2 voltas)
14) D .
.
22) I. FALSA. II. VERDADEIRA. .
III. FALSA. T IV. VERDADEIRA. s = nc = n . 200m ..... tn = n . 10,0s (n voltas)
28) (01) VERDADEIRA. (02) FALSA.
23) C 24) A
(04) FALSA. (08) VERDADEIRA.
25) I. VERDADEIRA. II. FALSA. 26)E
(16) VERDADEIRA.
III. VERDADEIRA. IV FALSA.
Resposta: 25
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C
T3 Progressivo Retardado V>0 ␥<0
c) t = T …… s1 = ––– T4 Retrógrado Retardado V<0 ␥>0
4
T5 Retrógrado Uniforme V<0 ␥=0
9C C T6 Retrógrado Acelerado V<0 ␥<0
t = 3T …… s3 = ––– = 2C + ––– (posição B)
4 4 102) C
C
d) t = T …… s1 = –––
103) a) t1 = 2,0s V1 = 20,0m/s
␥1 = –10,0m/s2 Progressivo e Retardado
4
b) t2 = 4,0s ⇒ V2 = 0
C O projétil atingiu o ponto mais alto de sua trajetória.
t = 4T …… s4 = 16 . ––– = 4C (posição A)
4
V3 = –20,0m/s
c) t3 = 6,0s ␥ = –10,0m/s2
3
Retrógrado e Acelerado
30) B 31) C 32) C 33) B 104) Progressivo Acelerado
34) C 40) B 41) a) 1,5h Intervalo
Sinal de V Sinal de ␥ ou ou
b) 6,0km/h de tempo
Retrógrado Retardado
42) C 43) D 44) A 45) B 0 < t < t1 V<0 ␥>0 retrógrado retardado
46) a) 25m/s e 5m/s 47) C 48) A 49) D t1 < t < t2 V>0 ␥>0 progressivo acelerado
b) 2.° e 7.°
t2 < t < t3 V>0 ␥<0 progressivo retardado
50) C 51) C 52) B 53) C 54) C
t3 < t < t4 V<0 ␥<0 retrógrado acelerado
55) C 63) A 64) D 65) C 66) C
67) a) 3,0s 68) A 69) C 70) B 105) a) Como o gráfico s = f(t) é parabólico, a função s = f(t) é do
2o grau e por isso o movimento é uniformemente variado
b) 12,0m/s
em todo o intervalo de t = 0 a t = t4.
71) a) 10s b) 5,0m/s A aceleração escalar será constante.
c) 36km/h d) b) No instante t = t2 (vértice da parábola), temos o ponto de
inversão no sentido do movimento. A velocidade escalar é
nula e a aceleração escalar é positiva porque a parábola
tem concavidade voltada para cima.
c) A velocidade escalar será positiva ou negativa conforme o
espaço seja crescente ou decrescente. A aceleração
escalar será positiva ou negativa conforme a parábola
dh tenha concavidade voltada para cima ou para baixo.
72) a) V = –––– = 20,0 – 10,0t (SI) No instante t1, temos:
dt V1 < 0 porque o espaço é decrescente;
␥ > 0 porque a parábola tem concavidade para cima.
b) V = V0 = 20,0m/s c) t1 = 2,0s d) hmáx = 20,0m
O movimento é retrógrado e retardado.
e) t2 = 4,0s f)V2 = –20,0m/s d) No instante t3, temos:
73) D 81) C 82) B V3 > 0 porque o espaço é crescente; ␥ > 0
83) B 84) a) Indeterminada 85) E O movimento é progressivo e acelerado.
b) 5,0m/s e 1,0m/s2 106) E
dV 107) Acelerado ou
86) a) –5,0m/s2 b) ␥ = ––– = –10,0 + 5,0t (SI) Intervalo Progressivo ou
dt Sinal de ␥ retardado ou
de tempo Sinal de V retrógrado
uniforme
t1 = 0 ⇒ ␥1 = –10,0m/s2
0 < t < t1 V>0 ␥>0 progressivo acelerado
t2 = 2,0s ⇒ ␥2 = 0
t1 < t < t2 V>0 ␥=0 progressivo uniforme
t3 = 4,0s ⇒ ␥3 = 10,0m/s2
t2 < t < t3 V>0 ␥<0 progressivo retardado
c) ␥ < 0 quando a velocidade escalar é decrescente:
t3 < t < t4 V<0 ␥<0 retrógrado acelerado
0 ≤ t < 2,0s
t4 < t < t5 V<0 ␥=0 retrógrado uniforme
d) ␥ > 0 quando a velocidade escalar é crescente: t > 2,0s t5 < t < t6 V<0 ␥>0 retrógrado retardado
␥1 + ␥2 A A
e) ␥m = ––––––– porque a função ␥ = f(t) é do 1.o grau. 108) a) t > – ––– b) t < – –––
2 B B
109) a) t1 = 1,0s (projétil subindo)
87) a) A = 16,0 88) a) 2,0m/s2
t2 = 3,0s (pojétil descendo)
b) 12,0m/s2 b) –1,0m/s2
c) 0,5m/s2
␥ progressivo e retardado
V1 = 10,0m/s
b) t1 = 1,0s 2
89) A 90) E 91) a) 1,25m/s2 (3.a) e 1,0m/s2 (4.a) 1 = –10,0m/s
b) Sim, pois Vm = média aritmética
␥ retrógrado e acelerado
V2 = –10,0m/s
c) 250m t2 = 3,0s 2
2 = –10,0m/s
92) C 93) A 100) E
110) B 111) D 112) B
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CAPÍTULO
Cinemática
2 MOVIMENTO
UNIFORME
1. Definição A = s0
Em relação a um dado referencial, um movimento
O parâmetro A representa o espaço inicial s0.
é chamado uniforme quando a função horária dos
espaços s = f(t) é do primeiro grau.
Isto significa que a relação espaço-tempo é do tipo:
s = A + Bt
em que A e B são parâmetros constantes e B ≠ 0.
Notas
• Um ponto material pode estar em movimento uni-
forme em qualquer trajetória.
• Os movimentos uniformes mais estudados são o
A medida algébrica do arco OP0 é o espaço inicial s0.
retilíneo uniforme (MRU) e o circular uniforme (MCU).
• O tipo de movimento de um ponto material depen-
de do referencial adotado. Assim, um ponto material A velocidade escalar instantânea V é obtida por meio
pode ter movimento uniforme em relação a um certo da derivação da função s = f(t).
referencial e outro tipo de movimento, ou mesmo estar s=A+Bt
parado, em relação a outro referencial. ds
• Quando o movimento não é uniforme, ele é cha- V = ––– = 0 + B
mado de movimento variado. dt
B = V
2. Interpretação física O parâmetro B representa a velocidade escalar.
dos parâmetros A e B
3. Propriedades do
Se fizermos, na relação espaço-tempo, t = 0 (origem movimento uniforme
dos tempos), o valor assumido pelo espaço será o espaço
inicial s0. t = 0 ⇔ s = s0
s = A + Bt
s0 = A + B . 0 s = s0 + V t
35
P1_Livro1_Cinematica_Alelex_1a118 05/07/12 09:00 Página 36
␥m = ␥ = constante = 0
4. Classificação do
movimento uniforme
Se a velocidade escalar for positiva, o movimento
uniforme será progressivo.
Fotografia estroboscópica de um trator de brinquedo deslocando-se em
movimento uniforme. O intervalo de tempo entre as fotos sucessivas é de 0,5s. Se a velocidade escalar for negativa, o movimento
uniforme será retrógrado.
36
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n ⌬s
Área = V (t2 – t1) = ––– . ⌬t = ⌬s
Movimento Uniforme e Retrógrado (fig. 2). ⌬t
Notas n
• No instante t = T, o móvel está passando pela ori- Área (V x t) = ⌬s
gem dos espaços.
• A tangente do ângulo ␣, indicado nas figuras, é
uma medida da velocidade escalar.
Como a aceleração escalar é constantemente nula, o
n ⌬s
tg ␣ = ––– = V > 0 (fig. 1) gráfico da relação ␥ = f (t) será uma reta coincidente com
⌬t
o eixo dos tempos.
–(– ⌬s) ⌬s
tg ␣ = – tg  = –––––– = –––– = V < 0 (fig. 2)
⌬t ⌬t
6. Velocidade relativa
Como a velocidade escalar é constante e não nula, o Consideremos dois móveis, A e B, percorrendo uma
gráfico da relação velocidade escalar x tempo será uma mesma trajetória retilínea, com velocidades escalares,
reta paralela ao eixo dos tempos. respectivamente, iguais a VA e VB.
Define-se velocidade escalar relativa do móvel B,
em relação ao móvel A, como a grandeza VBA dada por:
VBA = VB – VA
VAB = VA – VB
e
VBA = –VAB
Movimento Uniforme e Progressivo.
37
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| Vrel | = | VA | – | VB |
(Com | VA | > | VB |)
b) Quando os móveis caminham em sentidos opos-
tos, o módulo da velocidade escalar relativa é dado pela
soma dos módulos das velocidades escalares de A e B:
38
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4. O gráfico abaixo representa o espaço de uma partícula em fun- d = 1,02 . 103m = 1,02km
ção do tempo.
Considere as proposições que se
Resposta: 1,02km
seguem:
(01) A trajetória da partícula é re-
tilínea.
(PISA-MODELO ENEM) – Texto para as questões de 6 a 8.
(02) A velocidade escalar da par-
tícula é crescente. ECOSSONDA
(04) O movimento é uniforme. O fundo dos oceanos tem sido cartografado com rigor devido à
(08) O movimento é progressivo. utilização de ecossondas. Inicialmente, emitem um impulso sono-
(16) O movimento é acelerado. ro que posteriormente é refletido (eco) pelo fundo do mar.
(32) A área sob o gráfico mede a
variação de espaço.
(64) A aceleração da partícula é nula.
Dê como resposta a soma dos números associados às proposi-
ções corretas.
Resolução
(01) Falsa: O gráfico espaço x tempo nada nos revela sobre a
trajetória.
(02) Falsa: Como a função s = f(t) é do 1.o grau, a velocidade
escalar é constante.
(04) Verdadeira: Quando o gráfico s = f(t) é uma reta oblíqua, o
movimento é uniforme.
(08) Verdadeira: Quando o espaço é crescente, o movimento é
progressivo (V > 0).
(16) Falsa: A aceleração escalar é nula; não é nem acelerado
nem retardado.
(32) Falsa: A área no gráfico espaço x tempo não tem significa- Conhecidos o intervalo de tempo que decorre entre a emissão do
do físico. impulso e a recepção do eco e a velocidade de propagação do
(64) Falsa: A aceleração escalar é nula; se a trajetória for curva, som, é possível determinar a profundidade do local por meio da
existe uma aceleração chamada centrípeta. fórmula seguinte:
Resposta: 12
⌬t
h = ––– x V em que
5. Um atirador ouve o ruído da bala atingindo o alvo 4,00 segundos 2
após dispará-la com velocidade de módulo igual a 1,02 . 103m/s. Su-
pondo-se que a velocidade do som no ar seja constante e tenha h é a profundidade, em metros (m);
módulo igual a 340m/s, qual a distância entre o atirador e o alvo? ⌬t é o intervalo de tempo entre a emissão do impulso e a recep-
Despreze a ação da gravidade sobre o movimento da bala. ção do eco, em segundos (s);
Resolução V é a velocidade escalar média de propagação do som na água,
em metros por segundo (m/s).
A velocidade escalar média de propagação do som na água é
aproximadamente 1450m/s.
d = Vs . t2 = 340 t2 (2) ⌬t = 4s
39
P1_Livro1_Cinematica_Alelex_1a118 05/07/12 09:00 Página 40
2) a profundidade h é dada por: 8. Complete com superior ou inferior, de modo a obter afirmações
⌬t verdadeiras.
h = ––– x V
2 O tempo decorrido entre a emissão de um sinal sonoro e a recep-
ção do eco de uma sonda colocada na Fossa das Marianas é
A divisão do tempo ⌬t por 2 se justifica porque no intervalo de
1. _________ ao triplo do tempo decorrido na Fossa do Mar Jônico;
tempo ⌬t o sinal sonoro percorreu uma distância 2h
correspondente a ida do sinal e a volta do eco. 2. _________ ao dobro do tempo decorrido em Litke Deep;
4 3. _________ ao dobro do tempo decorrido na Fossa Sandwich do
h = ––– . 1450 (m)
2 Sul.
lacuna 1 lacuna 2 lacuna 3
h = 2900m ⇒ h = 2,9km a) inferior – inferior – inferior
b) inferior – superior – superior
Resposta: B c) superior – superior – inferior
d) superior – inferior – superior
7. As fossas oceânicas são as regiões mais profundas dos oceanos. e) inferior – igual – inferior
Oceano/Mar Antártico Ártico Atlântico Resolução
Profundidade 7235m 5462m 8648m 2h 2h h
⌬t = ––– = ––––– = –––– (s)
Fossa Litke Deep, Fossa de V 1450 725
Localização
Sandwich do Sul Bacia Eurásia Porto Rico
10924
Mar 1) Fossa das Marianas: ⌬t1 = –––––– (s) 15,1s
Oceano/Mar Índico Pacífico 725
Mediterrâneo
Profundidade 7725m 10924m 5121m 5121
Fossa do Mar Jônico: ⌬t2 = ––––– (s) = 7,06s
Fossa Fossa do Mar 725
Localização Fossa de Java
das Marianas Jônico
⌬t1< 3 ⌬t2 (inferior)
Imagine uma ecossonda colocada na zona da fossa de Porto Rico
e que emite um sinal sonoro. Quantos segundos decorrem até a 2) Fossa das Marianas: ⌬t1 15,1s
recepção do seu eco?
a) 6,0s b) 8,0s c) 9,0s d) 11,9s e) 12,4s 5462
Resolução Litke Deep: ⌬t3 = –––––– (s) = 7,53s
725
De acordo com a tabela, na Fossa de Porto Rico o Oceano Atlân-
tico tem uma profundidade h = 8648m
De acordo com a relação dada, temos: ⌬t1 2 ⌬t3 (igual)
⌬t
h = ––– x V
2 3) Fossa das Marianas: ⌬t1 15,1s
⌬t 7235
8648 = ––– . 1450 Fossa Sandwich do Sul: ⌬t4 = –––––– (s) = 9,98s
2 725
17296 ⌬t1 < 2 ⌬t4 (inferior)
⌬t = –––––– (s) ⇒ ⌬t 11,9s
1450
Resposta: E
Resposta: D
9. A tabela a seguir representa valores do espaço e do tempo para A função horária, que descreve a posição, em relação ao tempo,
um móvel em movimento uniforme. em unidades do SI, é
tempo (s) 1,0 2,0 4,0 y a) s = 2,0 + 3,0t b) s = 2,0 + 17,0t
espaço (m) 2,0 x 11,0 17,0 c) s = 5,0 + 2,0t d) s = 3,0 + 2,0t
e) s = 2,0 + 5,0t
Determine
a) a velocidade escalar do móvel; 11. Dois móveis, A e B, percorrem uma mesma trajetória retilínea com
b) o espaço inicial; movimentos uniformes e velocidades com intensidades respectiva-
c) o valor de x; mente iguais a 2,0m/s e 1,0m/s e sentidos indicados na figura. No
d) o valor de y. instante t0, o móvel A está posicionado em A0 e o móvel B em B0.
s(m) 2,0 5,0 8,0 11,0 14,0 17,0 Adotando-se o ponto O como origem dos espaços e o instante t0
t(s) 0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 como origem dos tempos, determine
40
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a) as equações horárias para os movimentos de A e B. O técnico usou um detector de som que registrou o instante do
b) a distância entre os móveis A e B no instante t 1 = 10,0s. disparo t1 e o instante t2 em que o som do impacto da bala contra
a árvore foi captado. O intervalo de tempo entre t2 e t1 é de 1,35s.
12. Um carro descreve uma trajetória retilínea com movimento uni- A velocidade com que o som se propaga no ar, no local da
forme. experiência, tem módulo igual a 340m/s. O efeito da gravidade
No instante t1 = 10,0s, a posição do carro é definida por um sobre o projétil deve ser desprezado de modo que a velocidade do
espaço s1 = 250m. projétil possa ser suposta constante.
No instante t2 = 20,0s, a posição do carro é definida por um A partir da experiência, o técnico encontrou para o módulo da
espaço s2 = 450m. velocidade do projétil o valor:
Determine a) 100m/s b) 200m/s c) 250m/s
a) a velocidade escalar do carro em km/h. d) 300m/s e) 400m/s
b) a posição do carro na origem dos tempos (t = 0).
19. (UFSCar-MODELO ENEM) – Os relâmpagos são descargas
13. Um vestibulando sai de sua casa e caminha até o local das provas, elétricas que cortam o céu antes ou durante as tempestades. A
dando um passo por segundo, em média. O tamanho médio do eletricidade liberada por um relâmpago de meio segundo de
seu passo é de 0,7m. Ele demora 18 minutos no percurso. A duração é equivalente à potência de cerca de cem milhões de
distância entre a sua casa e o local das provas é de lâmpadas comuns. Essa energia liberada aquece o ar, provocando
a) 554m b) 650m c) 756m ondas de pressão denominadas trovões. Nós vemos primeiro o
d) 842m e) 859m relâmpago e algum tempo depois ouvimos o trovão porque a luz e
o som se propagam com velocidades bastante diferentes.
14. Na figura a seguir, as duas sequências de pontos indicam as posi- Enquanto a luz se propaga com a velocidade de 300 mil quilômetros
ções, ao longo do plano da figura, ocupadas pelos móveis M e N por segundo, a velocidade do som no ar é cerca de 330 metros por
em instantes intervalados de 0,10s. M e N movimentam-se segundo. Essa diferença entre as velocidades permite-nos calcular
somente da esquerda para a direita. a distância entre o relâmpago e o lugar em que estamos. Assinale
a alternativa que apresenta a expressão do cálculo da distância
aproximada – d (em quilômetros) considerando-se o intervalo de
tempo ⌬t (em segundos) entre a visão do relâmpago e a audição do
trovão.
⌬t ⌬t
a) d = (330⌬t)
b) d = –––
3
c) d = ––––
330
Sabe-se que cada quadradinho, na figura, tem lado representando
⌬t
uma distância de 1,0cm e que os movimentos de M e N são
uniformes.
d) d = (300 000⌬t)
e) d = –––––––––
300 000
Admita que
(1) a primeira foto corresponda à origem dos tempos (t = 0); 20. (EFOMM-MODELO ENEM) – O sistema G.P.S. (Global Positioning
(2) a origem dos espaços corresponda à posição do móvel M na System) permite localizar um receptor em qualquer lugar da Terra
quinta foto e do móvel N na sétima foto;
por meio de sinais emitidos por satélites simultaneamente. A
(3) as trajetórias estejam orientadas da esquerda para a direita.
Pedem-se figura mostra uma situação na qual os satélites A e B emitem
a) as velocidades escalares dos móveis M e N. sinais para um receptor R localizado na reta AB, tangente à
— —
b) as equações horárias dos espaços para os móveis M e N. superfície da Terra no ponto O, onde AO = 4 OB.
41
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24. (MODELO ENEM) – Em uma rua escura, está acesa uma única Da semelhança dos triângulos ALS e BCS, vem:
lâmpada L a uma altura H do solo horizontal.
Uma pessoa de altura h caminha em trajetória retilínea com ––– –––
LA AS
velocidade constante de módulo V, em relação ao solo. –––––
––– = ––––––
–––
Seja S a sombra de sua cabeça projetada no solo. CB BS
—– —– —– —–
Porém : LA = H; CB = h; AS = sS; BS = sS – sP
H sS
Portanto : —– = —–——
h sS – sP
H (sS – sP) = h sS
H sS – Hsp = hsS
sS (H – h) = HsP
H
sS = —––– sP
H–h
A velocidade de S, em relação ao solo, tem módulo
Dividindo-se os dois membros pelo intervalo de tempo ⌬t, vem:
H H
a) variável. b) igual a ——— V. c) igual a — V.
H–h h H
Vs = —––— V
(H – h) H–h
d) igual a V. e) igual a ——— V.
H
Resposta: B
Resolução
25. Um trem de comprimento 300m tem velocidade escalar constan-
te de 108km/h.
Qual o intervalo de tempo para o trem
a) passar diante de um observador parado à beira da estrada.
b) passar por um túnel de comprimento 600m.
Resolução
a)
42
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b) d
t = tE = ––––––––– ⇒ s1 = sE
V1 + V2
d V1d
Assim: sE = V1 . ––––––––– ou sE = ——––—
V1 + V2 V1 + V2
d
Respostas: a) –––––––––
V1 + V2
冧
P1 : s0 = 0
⇒ s1 = 0 + 15t ⇒ s1 = 15t (SI)
V = V1 = 15m/s
Uma vez que o móvel P2 parte 10s atrasado em relação a P1, sen-
do t segundos o tempo de trajeto de P1, o tempo de trajeto de P2
é igual a (t – 10) segundos.
Montemos as funções horárias para os movimentos de P1 e
Assim:
P2. Como as velocidades escalares são constantes não nulas,
os movimentos são uniformes e, consequentemente, as fun-
冧
P2 : s0 = 0 s2 = 0 + 20(t – 10)
ções horárias são da forma:
s = s0 + vt
V = V2 = 20m/s ⇒ s2 = 20(t – 10) (SI)
Móvel P1: s0 = 0 (parte da origem A)
V = + V1 (movimento progressivo: de A para B) a) No instante de encontro t = tE, os móveis estão na mesma po-
Logo: s1 = 0 + V1t ou s1 = V1t sição, portanto, seus espaços são iguais.
t = tE ⇒ s1 = s2
Móvel P2: s0 = + d (distância do ponto B à origem A)
Assim: 15tE = 20(tE – 10)
V = –V2 (movimento retrógrado: de B para A)
ou 3,0 tE = 4,0 te – 40
Logo: s2 = d – V2t
Finalmente: tE = 40s
O instante de encontro (te) é obtido observando-se que, no mo-
mento do encontro, os móveis ocupam a mesma posição e, por- O encontro realizou-se 40s após a partida de P1 ou 30s após a
tanto, têm espaços iguais. partida de P2.
43
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b) Para obtermos as distâncias percorridas pelos móveis, desde 29. (MODELO ENEM) – Eduardo foi com seu cachorro ao supermer-
a partida até o instante de encontro, basta multiplicarmos a cado. O cachorro tem uma coleira com uma guia com um extenso
sua velocidade escalar pelo tempo de trajeto até o encontro. fio.
Assim: d = V . ⌬tE Na impossibilidade de entrar no supermercado com seu cachorro,
Eduardo amarra a extremidade do fio em um poste e vai fazer
P1 : d1 = V1 ⌬t1 = 15 . 40 (m) ⇒ d1 = 6,0 . 102m compras.
P2 : d2 = V2 ⌬t2 = 20 . 30 (m) ⇒ d2 = 6,0 . 102m O cachorro, inicialmente parado junto ao poste, corre com velo-
cidade constante, em linha reta, afastando-se do poste até o fio
Como era de se esperar, estas distâncias são iguais, pois os ficar completamente esticado.
móveis partem do mesmo ponto A. Em seguida, o cachorro descreve uma trajetória circular em torno
do poste com o fio esticado em seu comprimento máximo e sem
Respostas: a) 40s enrolar no poste.
b) 6,0 . 102m Depois de um certo tempo, já muito cansado, o cão se dirige
lentamente rumo ao poste, com velocidade constante, em linha
28. Dois móveis, A e B, descrevem uma mesma trajetória retilínea e reta, parando junto ao poste.
suas coordenadas de posição variam com o tempo, conforme o Despreze o intervalo de tempo gasto pelo cão para acelerar e para
gráfico a seguir. frear.
Determine
a) as velocidades escalares de A e B.
b) as equações horárias dos espaços para os movimentos de A e
B.
c) o instante de encontro dos móveis.
d) a coordenada do ponto de encontro dos móveis.
Resolução
⌬x
a) V = –––
⌬t
–200
VA = ––––– (m/s) = –10,0m/s
20,0
Resolução
400 1) Inicialmente o cão se afasta do poste com velocidade cons-
VB = –––– (m/s) = 20,0m/s tante (movimento uniforme). A distância d cresce com o tem-
20,0 po t e o gráfico da função d = f(t) é um segmento de reta
crescente a partir da origem. O ângulo ␣ é função crescente
b) x = x0 + Vt da velocidade do cão.
xA = 1000 – 10,0 t (SI) e xB = 100 + 20,0 t (SI) 2) Quando o cão descreve uma trajetória circular em torno do
poste, a distância d permanece constante e o gráfico da fun-
c) xB = xA ⇒ 100 + 20,0 tE = 1000 – 10,0 tE ção d = f(t) será um segmento de reta paralela ao eixo dos
tempos.
3) Quando o cão volta a se aproximar do poste com velocidade
30,0 tE = 900 ⇒ tE = 30,0s
constante, a função d = f(t) passa a ser um segmento de reta
d) xA = xE com d decrescente e como o ângulo é função crescente da
t = tE = 30,0s
xE = 1000 – 10,0 . 30,0 (m) ⇒ xE = 700m velocidade do cão e este está cansado, a sua velocidade é
menor e resulta < ␣.
Resposta: D
Respostas: a) VA = – 10,0m/s e VB = 20,0m/s
b) xA = 1000 – 10,0t (SI)
xB = 100 + 20,0t (SI)
c) tE = 30,0s
d) xE = 700m
44
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30. O gráfico a seguir representa o espaço em função do tempo para A velocidade escalar média do automóvel, nesta viagem, em
o movimento de uma bicicleta. km/h, foi de, aproximadamente,
a) 19 b) 21 c) 68 d) 75 e) 80
Pedem-se
Oriente a trajetória de A0 para B0 e adote a posição inicial de A a) as equações horárias para os movimentos de A e B.
como origem dos espaços.
b) o instante TE em que os carros estarão lado a lado.
Pedem-se
c) o instante T em que o carro A estará 200m à frente do carro
a) as equações horárias dos espaços para os movimentos de A e
B.
B.
d) os gráficos espaço x tempo para os dois móveis no intervalo
b) o instante de encontro TE.
de tempo entre t = 0 e t = T.
c) a posição dE do ponto de encontro.
d) os gráficos espaço x tempo para os movimentos de A e B.
36. (FMTM-MG) – Na figura, estão representados, num plano
33. (VUNESP) – O gráfico velocidade es calar x tempo repre- cartesiano, os gráficos posição x tempo do movimento de dois
senta uma viagem de automóvel de São Paulo a Curitiba que móveis, A e B, que percorrem uma mesma reta.
durou 6,0 horas, com uma parada de 30 minutos em Registro.
45
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Se esses móveis se mantiverem em movimento com as mesmas A largura da caixa é de 2,0m, a distância entre as retas perpendi-
características, durante o tempo suficiente, eles deverão cruzar-se culares às duas laterais perfuradas da caixa e que passam,
no instante e na posição iguais, respectivamente, a respectivamente, pelos orifícios de entrada e de saída da bala
a) 10s; 200m. b) 10s; 300m. c) 20s; 400m. (ambos na mesma altura) é de 20cm.
d) 25s; 400m. e) 20s; 200m. Suponha que a direção do disparo seja perpendicular às laterais
perfuradas da caixa e ao deslocamento do caminhão e, também,
37. Dois carros, A e B, descrevendo trajetórias retilíneas e paralelas que o atirador estava parado na estrada. Considere o movimento
têm suas posições em função do tempo dadas pelo gráfico a da bala retilíneo e uniforme. A velocidade da bala tem módulo
seguir. igual a:
a) 90km/h b) 200km/h c) 400km/h
d) 450km/h e) 900km/h
Determine
a) as velocidades escalares de A e B.
b) as equações horárias para os movimentos de A e B.
c) o instante TE em que os carros se encontram.
d) a posição sE em que os carros se encontram.
38. (FUNREI-RJ-MODELO ENEM) – Para decidir quem é o melhor O gráfico a seguir representa a distância d da frente de onda
piloto, Rubens Barrichello e Ricardo Zonta resolveram disputar sonora até a posição da pessoa em função do tempo t.
entre si uma prova de automobilismo em que os carros de ambos
eram exatamente iguais. O circuito utilizado foi dividido em quatro
trechos, I, II, III e IV, e as distâncias percorridas pelos pilotos em
função do tempo estão representadas no gráfico a seguir.
46
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42. (VUNESP) – Dois amigos, correndo sobre uma mesma pista reti- Resolução
línea e em sentidos opostos, avistam-se quando a distância que
os separa é de 150 metros. Um está correndo com velocidade es-
calar constante de 5,0m/s e o outro com velocidade escalar cons-
tante de –7,5m/s. Que distância cada um percorrerá, desde o ins-
tante em que se avistam até o instante em que um passa pelo
outro?
Resolução
1) Vrel = |V1| + |V2| = 12,5m/s
⌬s 150
2) Vrel = ––– ⇒ 12,5 = –––– ⇒ ⌬t = 12,0s
⌬t ⌬t
3) d = |V| ⌬t
2)
⌬s ⌬s 60
Vrel = ––– ⇒ ⌬t = –––– = –––– (h)
⌬t Vrel 120
Calcule
a) a duração do cruzamento entre os trens.
⌬t = 0,50h = 30min b) a distância que cada trem percorreu, em relação aos trilhos,
durante o cruzamento.
Resposta: C Resolução
47
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a) Vrel = | VA | + | VB | = 108km/h = 30,0m/s Supondo-se que, nesse gráfico, a velocidade com que as duas
⌬s ⌬s 300 pessoas andam é aproximadamente a mesma, acrescente ao
Vrel = —— ⇒ ⌬t = —— = —–— (s) ⇒ ⌬t = 10,0s gráfico uma semirreta (indicada pela letra C) que corresponda a
⌬t Vrel 30,0
uma pessoa que permaneça imóvel na esteira rolante.
b) ⌬s = Vt A velocidade da esteira é maior que a da pessoa.
1 < 2 < 3
Resposta: C
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49
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A distância total percorrida pelo pássaro século V. O li é uma antiga unidade de medida de comprimento
a) não está determinada. b) vale 240km. chinesa. Cada li equivalia a, aproximadamente, 500 metros.
c) vale 120km. d) vale 60km.
e) vale 30km. 58. Uma estrada circular à volta de uma montanha tem 300 li de com-
primento. Três pessoas, A, B e C, percorrem a estrada. A pessoa
A caminha a 150 li por dia, a pessoa B, a 120 li por dia e a pessoa
(PISA) – Texto para as questões de 58 a 60. C, a 90 li por dia. Se partirem todas do mesmo ponto, ao mesmo
tempo, e caminharem no mesmo sentido, ao fim de quantos dias
À VOLTA DA MONTANHA voltarão a encontrar-se no ponto de partida pela primeira vez?
a) 5d b) 8d c) 10d d) 12d e) 15d
3,0cm
14) a) VM = –––––– ⇒ VM = 30,0cm/s
0,10s
2,0cm
VN = –––––– ⇒ VN = 20,0cm/s
0,10s
50
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CAPÍTULO
Cinemática
3 MOVIMENTO
UNIFORMEMENTE VARIADO
1. Definição t = 0 ⇔ s = s0
s = A + Bt + Ct2
Em relação a um dado referencial, um movimen-
to é chamado uniformemente variado quando a s 0 = A + B . 0 + C . 02
função horária dos espaços s = f(t) é do segundo
A = s0
grau, isto é, do tipo:
B = V0
Se na relação s = f(t) fizermos t = 0 (origem dos tem-
pos), o valor assumido pelo espaço será denominado O parâmetro B representa a velocidade escalar
espaço inicial s0. inicial V0.
51
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Exemplos
1) t1 e t3 são os instantes em que o móvel passa pela origem dos espaços (s = 0).
2) t2 (vértice da parábola) é o instante em que o móvel para (V = 0) e, a partir desse instante, inverte o sentido de
seu movimento.
3) No gráfico I, de 0 a t2 o espaço é decrescente e a velocidade escalar é negativa; de t2 em diante o espaço é
crescente e a velocidade escalar é positiva.
4) No gráfico II, de 0 a t2 o espaço é crescente e a velocidade escalar é positiva; de t2 em diante o espaço é
decrescente e a velocidade escalar é negativa.
5) No gráfico I, entre 0 e t2 temos V < 0 e ␥ > 0 e o movimento é retrógrado e retardado; de t2 em diante temos
V > 0 e ␥ > 0 e o movimento é progressivo e acelerado.
52
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5. Gráfico
velocidade escalar x tempo
Como a relação velocidade escalar x tempo é do 1.º grau, o respectivo gráfico tem a forma de uma reta oblíqua em
relação aos eixos do espaço e do tempo com as seguintes características:
a) velocidade escalar crescente, quando a aceleração escalar for positiva.
b) velocidade escalar decrescente, quando a aceleração escalar for negativa.
c) declividade da reta medindo a aceleração escalar.
d) área sob a reta medindo o deslocamento escalar ⌬s.
Exemplos
n ⌬V ⌬V
tg␣ = –––– = ␥ tg = – –––– = – ␥
⌬t ⌬t
tg␣ = –tg  = ␥
53
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Demonstremos a propriedade d em um caso particu- • O fato de a velocidade escalar ser variável e a ace-
lar: leração escalar ser constante justifica o nome de movi-
mento uniformemente variado, isto é, a velocidade esca-
lar varia (daí o nome variado), porém de uma maneira
uniforme (daí o termo uniformemente variado).
7. Gráfico
aceleração escalar x tempo
Como a aceleração escalar é constante e diferente de
zero, o gráfico da função ␥ = f(t) será uma reta paralela
ao eixo dos tempos.
n (V + V0)
Área (V x t) = –––––––– . ⌬t
2
V + V0 ⌬s (velocidade
Porém: –––––––– = Vm = –––– escalar média)
2 ⌬t
n ⌬s
Logo: Área (V x t) = –––– . ⌬t
⌬t
n
Área (V x t) = ⌬s
6. Aceleração escalar
Na interpretação dos parâmetros, concluímos que
␥
C= —.
2
Nota
Nota
A área sob o gráfico ␥ = f(t) mede a variação da
• O fato de a aceleração escalar ser constante e não
velocidade escalar ⌬V.
nula pode ser usado como definição do movimento uni-
formemente variado. De fato:
• O fato de a aceleração escalar ser constante (não
nula) implica que a aceleração escalar média também n ⌬V
Área (␥ x t) = ␥ (t2 – t1) = –––– . (t2 – t1)
seja constante (para qualquer intervalo de tempo) e igual ⌬t
à aceleração escalar instantânea.
n
⌬V Área (␥ x t) = ⌬V
␥m = –––– = ␥ = constante ≠ 0
⌬t
54
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⌬s = 90,0m = 15,0m/s
c) Vm = ––– –––––––
⌬t 6,0s
V0 + V 0 + 30,0
ou Vm = –––—— = –––––—— (m/s)= 15,0m/s
2 2
Respostas: a) 5,0m/s2
b) 90,0m
c) 15,0m/s
Com base no texto analise as proposições a seguir:
3. Um avião, ao decolar, percorre 1,20km com aceleração escalar
I) Se um automóvel estiver a 100km/h a distância de reação
constante partindo do repouso, em um intervalo de tempo de 20s.
valerá 30m.
a) Qual a aceleração escalar do avião durante a decolagem?
III) Se o automóvel percorreu 45m desde o instante em que o
b) Com que velocidade escalar o avião decola, em km/h?
motorista viu um obstáculo até iniciar a freada é porque o
Resolução
automóvel estava a 150km/h.
␥ III) A relação entre Dr (em metros) e v (em km/h) é:
a) ⌬s = V0t + –– t2
2 100
Dr = ––––– V
␥ 30
1,20 .103 = –– . 400 ⇒ ␥ = 6,0m/s2
2
a) Apenas I está correta b) Apenas II está correta
55
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3) FALSA
A relação entre o deslocamento ⌬s e o tempo t é dada por:
␥
⌬s = V0t + ––– t2
2
␥
V0 = 0 ⇒ ⌬s = ––– t2
2
7. No instante em que o sinal de trânsito autoriza a passagem, um 9. Uma motocicleta, com velocidade escalar de 72,0km/h, tem seus
caminhão de 24m de comprimento, que estava parado, começa a freios acionados repentinamente e para após 20,0s.
atravessar uma ponte de 145m de comprimento, movendo-se Admita que, durante a freada, a aceleração escalar manteve-se
com uma aceleração escalar constante de 2,0m/s2. O tempo que constante.
o caminhão necessita para atravessar completamente a ponte é, a) Qual o módulo da aceleração escalar que os freios propor-
em segundos, cionaram à motocicleta?
a) 12 b) 13 c) 14 d) 145 e) 169 b) Qual a distância percorrida pela motocicleta desde o instante
em que foram acionados os freios até a sua parada total?
8. Uma partícula está em movimento uniformemente variado com
aceleração escalar de 2,0m/s2. 10. Um automóvel está com velocidade escalar de 108km/h, quando
No instante t1 = 4,0s, sua velocidade escalar vale 18,0m/s. freia com aceleração escalar constante, até parar. A freada durou 10s.
Determine Durante a freada, a aceleração escalar do carro tem módulo a e a
a) a velocidade escalar inicial V0. distância percorrida vale D.
b) o deslocamento escalar entre os instantes t0 = 0 e t1 = 4,0s. Os valores de a e D são dados por
56
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8. Propriedades
A Equação de Torricelli relaciona a velocidade escalar com o deslocamento ⌬s, independentemente da variável
tempo.
Para obtê-la, retomemos as equações da velocidade escalar instantânea e da velocidade escalar média (entre os
instantes zero e t).
57
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2
De (1): V – V0 = ␥ t (3) V2 = V 0 + 2 ␥ ⌬s
O gráfico da função V = f(s) terá a forma de uma
⌬s (4)
De (2): V + V0 = 2 ––– parábola cujo eixo de simetria é o eixo dos espaços. Em
t particular para V0 = 0 e s0 = 0, teremos os gráficos repre-
sentados a seguir.
⌬s = V0T + — ␥ T2 (2n – 1)
2
␥
Para n = 1, temos: ⌬s1 = V0T + — T2
2
Para intervalos de tempo sucessivos e de mesma du-
␥
ração T, os respectivos deslocamentos escalares variam Para n = 2, temos: ⌬s2 = V0T + — T2 . 3
em progressão aritmética cuja razão r é dada por: 2
␥
r = ␥ . T2 Para n = 3, temos: ⌬s3 = V0T + — . T2 . 5
. 2
.
em que ␥ é a aceleração escalar. .
Portanto, os valores de ⌬s estão variando numa pro-
Demonstração gressão aritmética cuja vazão r é dada por:
O enésimo intervalo de duração T começa no ins- r = ⌬s2 – ⌬s1
tante t1 = (n – 1)T e termina no instante t2 = nT. Para me-
lhor compreensão, imagine T = 1s e pense no quarto se- ␥ ␥
gundo começando no instante t1 = 3s e terminando no r = 3 — T2 – — T2
2 2
instante t2 = 4s.
O deslocamento escalar ⌬s entre os instantes t1 e t2 é r = ␥ T2
dado por:
⌬s = s2 – s1, em que: Para esclarecer melhor a propriedade, vamos exem-
␥
s1 = s0 + V0 (n – 1) T + — [(n – 1)T]2 plificar.
2 Um ponto material parte do repouso da origem dos
␥ espaços com aceleração escalar constante ␥ = 2,0m/s2.
s2 = s0 + V0 (nT) + — (nT)2 Consideremos intervalos de tempo sucessivos de du-
2
ração T = 1,0s.
␥ ␥
⌬s = V0T [n – (n – 1)] + — T2 [n2 – (n – 1)2] Isto posto, temos: s = — t2
2 2
58
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59
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Resposta: B
V0 + Vf – 4,0 + 6,0
Vm = –––––––– = ––––––––––– (m/s) = 1,0m/s Resposta: 50m/s
2 2
Resposta: D 21. Um avião “Jumbo” precisa atingir uma velocidade de módulo
360km/h para decolar.
19. (UFPE) – No instante t = 0, um automóvel B parte do repouso Suponha que a aceleração escalar da aeronave seja constante e
com aceleração escalar constante, descrevendo uma trajetória que a pista tenha um comprimento útil de 2,0km.
retilínea. Determine
No mesmo instante t = 0, um outro automóvel A passa ao lado de a) o mínimo valor da aceleração escalar necessária para a decola-
B com movimento uniforme, descrevendo uma trajetória retilínea gem.
paralela à de B. b) o intervalo de tempo que dura a decolagem, nas condições do
O diagrama a seguir representa as coordenadas de posição de item (a).
cada um desses automóveis em função do tempo. c) a velocidade escalar média, durante a decolagem, nas condi-
ções do item (a).
Resolução
a) V 2 = V02 + 2␥ ⌬s (MUV)
(1,0 . 102)2 = 2 ␥mín 2,0 . 103
⌬s V0 + Vf
b) ––– = ––––––––
⌬t 2
VA 0 + 1,0 . 102
No instante t = 5,0s, a razão ––– entre as velocidades escalares Vm = ––––––––––––– (m/s) ⇒ Vm = 50m/s = 180km/h
VB 2
de A e B vale: Respostas: a) 2,5m/s2
1 1 b) 40s
a) ––– b) ––– c) 1 d) 2 e) 3 c) 180km/h
3 2
Resolução 22. (VUNESP-Modificado) – Um ponto material percorre uma traje-
Entre os instantes 0 e 5,0s, os automóveis terão deslocamentos tória retilínea com movimento uniformemente variado.
iguais e, portanto: O ponto material passa por um ponto A no instante t1 = 0 com velo-
0 + VB cidade escalar V1 = 10,0m/s e retorna ao ponto A no instante
Vm = Vm ⇒ VA = ––––––––
(A) (B)
2 t2 = 4,0s.
60
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2) V = V0 + ␥ t
–10,0 = 10,0 + ␥ . 4,0 ⇒ ␥ = – 5,0m/s2
23. A velocidade do homem muda de sentido a partir do instante:
3) a) 10s b) 20s c) 25s d) 35s e) 40s
Resolução
A velocidade muda de sentido quando a velocidade escalar trocar
de sinal.
VB2 = VA2 + 2␥⌬s Isso ocorre unicamente no instante t = 40s, de acordo com o
gráfico dado.
0 = 100 + 2 (–5,0) AB ⇒ AB = 10,0m Resposta: E
25. (VUNESP) – Em uma estrada plana e retilínea, cujo limite de b) a velocidade detectada pelo radar para um segundo carro que
velocidade é 80km/h, um automóvel passa, com velocidade segue o primeiro com velocidade escalar de aproximação de
escalar constante de 108km/h, por um guarda parado ao lado da 40km/h, considerando-se que o primeiro carro mantém a
pista. Imediatamente, o guarda acelera uniformemente sua velocidade escalar de 72km/h.
potente motocicleta e alcança o infrator após 60s. A velocidade
máxima atingida pelo guarda e a distância percorrida por ele até 28. Uma partícula, em movimento uniformemente variado, descreve
alcançar o infrator são, respectivamente, uma trajetória retilínea e passa por um ponto A, no instante t1 = 0,
a) 108km/h e 1800m. com velocidade escalar V0 > 0 e aceleração escalar ␥ = – 4,0m/s2.
b) 108km/h e 900m. A partícula para em um ponto B, a uma distância D do ponto A, e
c) 216km/h e 900m. retorna ao ponto A no instante t2 = 8,0s.
d) 216km/h e 1800m
e) 216km/h e 3600m.
61
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29. (UNICAMP) – Uma possível solução para a crise do tráfego aéreo 32. Uma partícula em trajetória retilínea está em movimento pro-
no Brasil envolve o emprego de um sistema de trens de alta gressivo e uniformemente variado, a partir do instante t = 0, de
velocidade conectando grandes cidades. Há um projeto de uma modo que em cada segundo de movimento a partícula percorre
ferrovia de 400 km de extensão que interligará as cidades de São uma distância de 1,0m a mais do que no segundo anterior.
Paulo e Rio de Janeiro por trens que podem atingir até 300 km/h. Com os dados apresentados, podemos concluir que a aceleração
a) Para ser competitiva com o transporte aéreo, estima-se que a escalar é igual a
viagem de trem entre essas duas cidades deve durar, no a) –1,0m/s2 b) –2,0m/s2 c) 0
máximo, 1 hora e 40 minutos. Qual é a velocidade escalar mé- d) 1,0m/s2 e) 2,0m/s2
dia de um trem que faz o percurso de 400 km nesse tempo?
b) Considere um trem viajando em linha reta com velocidade 33. (FUVEST-MODELO ENEM) – A velocidade máxima permitida em
constante. A uma distância de 30 km do final do percurso, o uma auto-estrada é de 110 km/h (aproximadamente 30 m/s) e um
trem inicia uma desaceleração uniforme de 0,06 m/s2, para carro, nessa velocidade, leva 6,0s para parar completamente.
chegar com velocidade nula a seu destino. Calcule o módulo Diante de um posto rodoviário, os veículos devem trafegar no
da velocidade do trem no início da desaceleração. máximo a 36km/h (10m/s). Assim, para que carros em velocidade
máxima consigam obedecer ao limite permitido, ao passar em
frente do posto, a placa referente à redução de velocidade deverá
30. (UNICAMP) – Em muitas praças de pedágio de rodovias, existe
ser colocada antes do posto, a uma distância, pelo menos, de
um sistema que permite a abertura automática da cancela. Ao se
a) 40m b) 60m c) 80m d) 90m e) 100m
aproximar, um veículo munido de um dispositivo apropriado é
Admita, na solução, que durante as freadas a aceleração escalar
capaz de trocar sinais eletromagnéticos com outro dispositivo na
permaneça constante e sempre com o mesmo valor.
cancela. Ao receber os sinais, a cancela abre-se automaticamente
e o veículo é identificado para posterior cobrança. Para as
34. (MODELO ENEM) – Dois carros, A e B, descrevem trajetórias
perguntas a seguir, desconsidere o tamanho do veículo.
retilíneas e paralelas.
a) Um veículo aproxima-se da praça de pedágio a 40km/h. A
O carro A tem movimento uniforme.
cancela recebe os sinais quando o veículo se encontra a 50m
O carro B parte do repouso e tem movimento uniformemente
de distância. Qual é o tempo disponível para a completa
variado.
abertura da cancela?
No instante t = 0, os carros A e B estão lado a lado.
b) O motorista percebe que a cancela não abriu e aciona os freios
No instante t = T, os carros A e B estão novamente lado a lado.
exatamente quando o veículo se encontra a 40m dela, impri-
O gráfico espaço x tempo a seguir traduz o evento descrito.
mindo uma desaceleração de módulo constante. Qual deve
ser o valor dessa desaceleração para que o veículo pare exa-
tamente na cancela?
Pedem-se:
a) a velocidade escalar inicial.
b) a aceleração escalar.
Resolução
⌬s V0 + Vf 27,0 V0 + 0
a) ––– = –––––– ––– ⇒ ––––– = –––– –––– ⇒ V0 = 18,0m/s
⌬t 2 3,0 2
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Respostas: a) –1,0m/s2 ⌬V
␥ = ––––
b) 4,0m/s ⌬t
A (MU): s = s0 + Vt
3) Para que o móvel B fique 32,0m à frente do móvel A:
sA = 9,0t (SI)
sB – sA = 32,0 ⇒ 6,0t + 1,0t2 – 10,0t = 32,0
␥
B (MUV): s = s0 + V0t + ––– t2
2 → t1 = – 4,0s (rejeitada)
4,0
sB = –––– (t – 2,0)2 (SI)
2
1,0t2 – 4,0t – 32,0 = 0 –––
Resposta: E
→ |t2 = 8,0s
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폷 distância percorrida antes que o motorista comece a acionar os freios (distância do tempo de reação);
폷 distância percorrida durante a frenagem (distância de frenagem).
O diagrama em caracol abaixo apresenta a distância teórica de parada para um veículo em boas condições de frenagem (um motorista
particularmente atento, freios e pneus em perfeitas condições, uma rua seca com um bom revestimento do solo) e como a distância de parada
depende da velocidade.
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IV (F) A distância de frenagem é dada pela diferença entre a Dtotal = Dreação + Dfrenagem
distância necessária para parar o veículo e a distância Dtotal = 16,7 + 1,4 (57,7 – 16,7) (m)
percorrida durante o tempo de reação:
Resposta: D
D = 101m – 22,9m
Nota: aumentar 40% equivale a multiplicar por 1,4
D = 78,1m
Resposta: D 43. De acordo com o diagrama apresentado, o tempo de reação do
41. Um motorista para seu veículo em uma distância total de 70,7m. motorista é um valor mais próximo de:
O módulo da velocidade inicial do veículo e o tempo gasto para a) 0,50s b) 0,60s c) 0,75s
pará-lo completamente são dados, respectivamente, por: d) 0,80s e) 0,85s
a) 90km/h e 18,7s b) 100km/h e 4,92s c) 90km/h e 4,92s Resolução
180
d) 100km/h e 5,38s e) 80km/h e 4,46s Para a velocidade inicial V0 = 180km/h = –––– m/s = 50m/s, o
Resolução 3,6
No diagrama em caracol para Dtotal = 70,7m fazemos a leitura: diagrama nos dá uma distância percorrida de 37,5m durante o
Tempo gasto para parar completamente o veículo: 4,92s tempo de reação.
Velocidade inicial: 90km/h
⌬s 37,5 37,5
Resposta: C Portanto: V = –––– ⇒ 50 = –––– ⇒ TR = –––– (s)
⌬t TR 50
42. Em uma rua molhada, com todas as outras condições constantes, a
distância de frenagem (não a distância de tempo de reação) TR = 0,75s
aumenta em 40%.
Qual das seguintes opções mostra como calcular a distância total
Resposta: C
(em metros) para parar um veículo viajando a 80km/h em pista
molhada?
44. De acordo com o diagrama apresentado, o módulo da aceleração
a) 57,7 . 1,4 b) (57,7 – 16,7) . 1,4
escalar do carro, durante a freada, é um valor mais próximo de:
c) 16,7 + (57,7 . 1,4) d) 16,7 + (57,7 – 16,7) . 1,4
a) 2,0m/s2 b) 3,0m/s2 c) 5,0m/s2
e) 16,7 + (57,7 + 16,7) . 1,4
d) 6,0m/s2 e) 8,0m/s2
Resolução
Resolução
Para V0 = 80km/h a distância percorrida durante o tempo de
reação continua valendo 16,7m (leitura do gráfico). Para a velocidade inicial V0 = 50m/s, o diagrama nos dá uma
A distância de frenagem é dada pela diferença entre a distância distância de frenagem Df = 245,5m – 37,5m = 208,0m.
necessária para parar o veículo (57,7m) e a distância percorrida Usando-se a Equação de Torricelli:
durante o tempo de reação (16,7m) e como aumentou em 40%
V 2 = V02 + 2 ␥ ⌬s
temos:
Dfrenagem = 1,4 (57,7 – 16,7)m 0 = (50)2 + 2 (–a) 208,0 ⇒ 416a = 2500 ⇒ a 6,0m/s2
A distância total será dada por: Resposta: D
45. Abaixo, estão cinco pares de gráficos que representam a distância percorrida durante o tempo de reação do motorista e a distância percorrida
durante seu tempo de frenagem. A velocidade do carro em quilômetros por hora está mostrada no eixo horizontal e a distância percorrida em
metros está no eixo vertical. Qual dos pares de gráficos é coerente com as informações dadas no diagrama em caracol?
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V 2 = V02 + 2␥ ⌬s
0 = V02 + 2 (–a) DF Resposta: C
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50. (UNESP) – Um veículo A, locomovendo-se com velocidade es- O tempo gasto pelo atleta desde a partida até cruzar a linha de
calar constante, ultrapassa um veículo B, no instante t = 0, quan- chegada, com precisão de décimo de segundo, é igual a
do B está começando a se movimentar. Os veículos percorrem a) 9,9s b) 10,0s c) 10,1s
trajetórias retilíneas e paralelas. d) 10,2s e) 10,3s
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4,0 . 12,5
d = ––––––––– (m) ⇒ d = 25m
2
Resposta: D
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Resolução 61. (MODELO ENEM) – Considere uma corrida olímpica de 100 me-
⌬s = Área (V x t) tros rasos. Os gráficos a seguir pretendem representar a velo-
cidade do atleta vencedor em função do tempo. Para escolher o
– 1,0 . 5,0
1) ⌬s1 = – A1 = –––––––––– (m) = – 2,5m gráfico correto, você deve ter uma ideia do recorde mundial para
2 este tipo de corrida e saber que a máxima velocidade que o atleta
10,0 pode atingir é inferior a 50,4km/h (ou 14,0m/s).
2) ⌬s2 = A2 = (4,0 + 2,0) –––– (m) = 30,0m É dado ainda que a distância percorrida pelo atleta é medida pela
2
área sob o gráfico velocidade x tempo.
3) d = | ⌬s1 | + | ⌬s2 | = 32,5m O gráfico que pode traduzir o desempenho do atleta é:
Resposta: D
62. (UNESP) – Os movimentos de dois veículos, I e II, estão regis- 63. (OBF) – A figura representa a velocidade escalar de um móvel em
trados nos gráficos da figura. função do tempo.
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Pedem-se:
a) a velocidade escalar média do atleta, neste percurso de 200m;
b) a velocidade escalar (em km/h) com que o atleta cruza a linha
de chegada;
c) a aceleração escalar do atleta no instante t = 5,0s.
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Contudo, o motorista está embriagado e o seu tempo de reação Sabe-se que no instante t = 46,0s o carro B tem uma volta de
é maior. vantagem em relação ao carro A.
Sabe-se que o carro percorreu 250m desde que o motorista viu o
perigo até a imobilização do carro. O gráfico a seguir representa a
velocidade escalar do carro em função do tempo.
Adotando-se π 3, o valor de R é
a) 20,0m b) 30,0m c) 40,0m d) 50,0m e) 60,0m
O tempo de reação do motorista foi de:
a) 0,8s b) 0,9s c) 1,0s d) 1,2s e) 1,4s 74. O gráfico a seguir representa a velocidade escalar de um atleta,
em função do tempo, em uma corrida de 100m rasos.
71. (AMAN) – O gráfico da aceleração escalar de um móvel em movi-
mento retilíneo, em função do tempo, é representado na figura. A
aceleração escalar média no intervalo de 0 a 30 segundos vale:
Determine
a) a distância total percorrida pela partícula no intervalo de tempo
entre t0 = 0 e t1 = 12,0s. No instante t1 = 19s, a distância entre os carros vale d1 e, no instante
b) a coordenada de posição x no instante t1 = 12,0s. t2 = 38s, a distância entre os carros vale d2.
c) o instante t2 em que a partícula retorna à origem das Dados:
coordenadas. 1) Considere π igual a 3.
2) O comprimento C de uma circunferência de raio R é dado por
73. Considere uma pista de corridas circular e de raio R. Dois carros, C = 2 π R.
A e B, partem da mesma posição, no instante t = 0, com velo- 3) A distância d entre os carros A e B é a medida do segmento de
cidades escalares variando com o tempo, conforme os gráficos a reta AB, conforme indicado na figura.
seguir. Os valores de d1 e d2 são:
71
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79. Uma partícula move-se ao longo do eixo dos x de modo que sua
coordenada de posição (espaço) varia com o tempo conforme o
gráfico a seguir, formado por três arcos de parábola com vértices
nos instantes t1, t3 e t5.
Resolução
Observar que
O gráfico que melhor representa a velocidade escalar da partícula,
em função do tempo, é: 1) nos vértices das parábolas (t1, t3 e t5), a velocidade escalar é
nula;
2) quando o espaço é crescente, a velocidade escalar é positiva
(por isso, V0 > 0);
3) enquanto for a mesma parábola (mesmo MUV), temos a
mesma reta oblíqua no gráfico V = f(t).
Resposta: A
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N
80. (UNIFENAS-MG-MODELO ENEM) – Numa linha de metrô, duas ⌬s = Área (V x t)
estações, A e B, distam 300m uma da outra.
(2,7 + 0,7)
O trem do metrô pode atingir uma velocidade escalar máxima de ⌬s = ––––––––– 10,0(m) ⇒ ⌬s = 17,0m
20,0m/s. 2
Nas fases de aceleração e de freada, o módulo da aceleração es- Respostas: a) 2,7s
calar do metrô tem valor máximo de 5,0m/s2. b) 17,0m
O tempo mínimo para o trem partir do repouso da estação A e
voltar ao repouso na estação B é de: 82. (ESCOLA NAVAL-RJ) – Considere uma partícula em movimento
a) 4,0s b) 10,0s c) 19,0s d) 31,0s e) 45,0s sobre uma trajetória retilínea, de tal maneira que a sua velocidade
Resolução escalar varia em relação ao tempo, de acordo com a função
1) Cálculo do tempo gasto nas fases de aceleração e freada: horária: V = – 0,50t + 4,0 (SI).
A distância total percorrida pela partícula, entre os instantes t = 0
V = V0 + ␥ t (MUV) e t = 12s, é de:
20,0 = 0 + 5,0 t1 ⇒ t1 = 4,0s a) 32,0m b) 22,0m c) 20,0m d) 14,0m e) 8,0m
Resolução
2) Construção do gráfico velocidade escalar x tempo: 1) V = – 0,50t + 4,0 (SI)
t1 = 0 ⇒ V1 = 4,0m/s
t2 = 12s ⇒ V2 = – 2,0m/s
3) ⌬s = Área (V x t)
20,0
300 = (x + 4,0 + x – 4,0) –––– 2) ⌬s = Área (V x t)
2
8,0 . 4,0
30,0 = 2,0x ⇒ x = 15,0 ⇒ T = (x + 4,0)s ⇒ ⌬s1 = ––––––––– (m) = 16,0m
T = 19,0s 2
4,0 . 2,0
Resposta: C ⌬s2 = – ––––––––– (m) = – 4,0m
2
81. (VUNESP) – O tempo de reação (intervalo de tempo entre o ins- 3) d = | ⌬s1 | + | ⌬s2 | = 20,0m
tante em que uma pessoa recebe a informação e o instante em Resposta: C
que reage) de certo motorista é 0,7s, e os freios podem reduzir a
velocidade escalar de seu veículo à razão máxima de 5,0m/s em 83. (ESCOLA NAVAL-RJ) – Uma partícula possui velocidade escalar
cada segundo. Supondo-se que esteja dirigindo com velocidade igual a 2,0m/s no instante t0 = 0 e percorre uma trajetória retilínea.
constante de módulo 10,0m/s, determine Sabe-se que a aceleração escalar da partícula varia, em relação ao
a) o tempo mínimo decorrido entre o instante em que avista algo tempo, de acordo com o gráfico a seguir.
inesperado, que o leva a acionar os freios, até o instante em
que o veículo para.
b) a distância percorrida nesse tempo.
Resolução
a) 1) O tempo de freada é dado por:
V = V0 + ␥ t
0 = 10,0 – 5,0t1 ⇒ t1 = 2,0s
2) O tempo mínimo possível (T) é dado por:
T = t1 + tR
em que tR é o tempo de reação. A distância percorrida pela partícula, entre os instantes t0 = 0 e
t1 = 6,0s, vale:
T = (2,0 + 0,7)s ⇒ T = 2,7s a) 10,0m b) 22,0m c) 32,0m d) 42,0m e) 51,0m
Resolução
b) O gráfico velocidade escalar x tempo é o seguinte: 1) ⌬V = área (␥ x t) = 2,0 . 3,0 (m/s) = 6,0m/s
2) Gráfico velocidade escalar x tempo:
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⌬s = 42,0m
Resposta: D
TR = 1,0s
Resposta C
85. Um carro descreve uma trajetória retilínea e sua coordenada de Intervalo MU ou Sinal Sinal Progressivo Acelerado
posição varia com o tempo, conforme o gráfico a seguir. de tempo MUV de V de ␥ ou retrógrado ou retardado
0 → t1
t1 → t2
t2 → t3
t3 → t4
t4 → t5
t5 → t6
MU = movimento uniforme
MUV = movimento uniformemente variado
Os trechos OA, BCD e EF são ramos de parábolas com eixos de V = velocidade escalar
simetria na direção do eixo dos espaços e AB e DE são ␥ = aceleração escalar
segmentos de reta.
a) No local indicado na folha de respostas, construa o gráfico da 86. O gráfico a seguir representa a coordenada de posição em função
velocidade escalar em função do tempo. do tempo para uma partícula que se move ao longo de um eixo Ox.
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a) Construir, no local indicado, o gráfico da velocidade escalar da imobilização do carro para o motorista em estado normal
partícula, em função do tempo. (tempo de reação de 0,5s) e para o motorista alcoolizado
b) Classifique o movimento como progressivo ou retrógrado, (tempo de reação de 1,0s).
acelerado ou retardado, nas secções BC e EF. b) Calcule, a partir dos gráficos, as distâncias percorridas pelo
carro desde a visão do perigo até a imobilização do carro, nas
87. (OBF) – Um motorista espera o sinal de trânsito abrir. Quando a duas situações propostas.
luz verde acende, o carro é acelerado uniformemente durante
6,0s na razão de 2,0m/s2, após o que ele passa a ter velocidade 92. O gráfico a seguir representa a velocidade escalar V de um atleta
escalar constante. No instante em que o carro começou a se olímpico, em função de sua coordenada de posição x.
mover, ele foi ultrapassado por um caminhão movendo-se no O atleta descreve uma trajetória retilínea e a competição é de
mesmo sentido com velocidade escalar constante de 10,0 m/s. 100m rasos.
Após quanto tempo e a que distância da posição de partida do
carro os dois veículos se encontrarão novamente?
88. Uma partícula desloca-se em trajetória retilínea de tal modo que sua
velocidade escalar varia com o tempo de acordo com a relação:
V = 20,0 – 2,0t (SI)
A distância total percorrida pela partícula, entre os instantes t1= 0
e t2= 20s, vale:
a) 25m b) 50m c) 75m d) 100m e) 200m
momento exato e conseguiu parar a composição corretamente na D D
a) Vmáx =
aD e T = ––– b) Vmáx =
aD e T = –––
estação A, no horário esperado. Depois de esperar o desem- a 2a
barque e o embarque dos passageiros, partiu em direção à esta-
ção B, a próxima parada, distante 800m da estação A. Para
2D D
percorrer esse trecho em tempo mínimo, impôs à composição a c) Vmáx =
2aD e T = ––– d) Vmáx =
2aD e T = 2 –––
aceleração e desaceleração máximas permitidas, mas obedeceu à a a
velocidade máxima permitida. Utilizando-se as informações
apresentadas, e considerando-se que a aceleração e a desace- D
leração em todos os casos foram constantes, calcule e) Vmáx =
aD e T=2 –––
a
a) a distância que separava o trem da estação A, no momento
em que o condutor começou a desacelerar a composição.
94. (UFC) – Um trem, após parar em uma estação, tem aceleração
b) o tempo gasto para ir da estação A até a B.
escalar de acordo com o gráfico da figura abaixo, até parar nova-
mente na próxima estação.
91. Denomina-se tempo de reação de um motorista o intervalo de
tempo entre a visão de um perigo iminente e o ato de acionar o
freio.
Este tempo de reação é o tempo que a ordem proveniente do cére-
bro gasta para chegar ao pé da pessoa, no ato de acionar o freio.
Considere que, para uma dada pessoa, o tempo de reação seja
0,5s e que o carro esteja com velocidade de módulo V0 = 108km/h.
A aceleração que os freios podem proporcionar ao veículo tem
módulo constante a = 6,0 m/s2.
Para a mesma pessoa, agora alcoolizada, o tempo de reação
passa a ser de 1,0s.
a) Construa o gráfico velocidade escalar x tempo desde a visão
do perigo (pedestre atravessando a rua à frente do carro) até a
75
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b)
Intervalo MU ou Sinal Sinal Progressivo Acelerado
de tempo MUV de V de ␥ ou retrógrado ou retardado
b) 90,0m e 105m
92) a) O gráfico de V = k
V<0 retrógrado x é um arco de parábola cujo eixo de
b) BC
␥ < 0 acelerado simetria é o eixo x.
b) 12,0m/s
V>0 progressivo
EF c) 3,6 m/s2
␥<0 retardado
d)
87) 18,0s e 180m 88) E
89) a)
77
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CAPÍTULO
Cinemática
78
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h(km) g(m/s2)
0 9,806
1,0 9,803
4,0 9,794 ␥
⌬s = V0 t + –– t2
2
8,0 9,782
16,0 9,757 g 2
H = 0 + ––
2 tQ
32,0 9,708
100,0 9,598 2H
t 2 = –––
Q g
4. Queda livre na vertical
Se o corpo estiver em queda livre ao longo de
uma reta vertical, o seu movimento será uniformemente
variado e sua aceleração escalar terá módulo igual ao da
tQ =
2H
–––
g
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V2 = V02 + 2␥ ⌬s
Vf2 = 0 + 2g H
Vf =
2gH
1. (UFMT) – Galileu, na torre de Pisa, fez cair vários corpos peque- Resolução
␥
nos, com o objetivo de estudar as leis do movimento dos corpos a) ⌬s = V0t + — t2 ↓䊝
em queda. A respeito dessa experiência, julgue os itens, despre- 2
zando-se o efeito do ar.
I. A aceleração do movimento era a mesma para todos os corpos. g 2H
II. Se dois corpos eram soltos juntos, o mais pesado chegava ao H = — tQ2 ⇒ tQ = –––––
2 g
solo horizontal no mesmo instante que o mais leve.
III. Se dois corpos eram soltos juntos, o mais pesado chegava ao so-
lo horizontal com velocidade escalar maior que a do mais leve.
Resolução 2 . 45
tQ = —––— (s) ⇒ tQ = 3,0s
I. Verdadeira. 10
Desprezando-se a força aplicada pelo ar, todos os corpos caem
com a mesma aceleração, que é chamada aceleração da gravi-
dade, não importando a massa do corpo. b) V2 = V02 + 2 ␥ ⌬s
II. Verdadeira.
Vf2 = 2 g H ⇒ Vf =
2gH
Partindo do repouso, da mesma altura e desprezando-se o
efeito do ar, todos os corpos têm o mesmo tempo de queda
até o chão, suposto horizontal. Vf =
2. 10 . 45 (m/s) ⇒ Vf = 30m/s
III. Falsa.
Desprezando-se o efeito do ar, os corpos atingem o solo
horizontal com velocidades escalares iguais.
⌬s 45m
c) Vm = —— = ——— ⇒ Vm = 15m/s
2. Um vaso de flores cai, a partir do repouso, da janela de um ⌬t 3,0s
prédio, de uma altura H = 45m acima do solo.
Despreze o efeito do ar e considere g = 10m/s2. Respostas: a) 3,0s
Calcule b) 30m/s
a) o tempo de queda do vaso até atingir o solo. c) 15m/s
b) o módulo da velocidade do vaso ao atingir o solo.
c) a velocidade escalar média durante a queda.
80
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3. Em um local onde o efeito do ar é desprezível e a aceleração da Como as três esferas têm veloci-
gravidade é constante, uma partícula parte do repouso em queda dades diferentes e aceleração rela-
livre. tiva nula, cada uma terá movimen-
Demonstre que as distâncias percorridas (dn) em segundos su- to retilíneo e uniforme em rela-
cessivos aumentam de acordo com a relação dos números intei- ção às outras e as distâncias entre
ros ímpares sucessivos, isto é: elas serão dadas por:
d1 d2 d3 dn
—— = —— = —— = … = —— =… d = d0 + Vrelativat (MU)
1 3 5 n
dAB = d1 + (2gT – gT)t = d1 + (gT)t
n = número inteiro ímpar.
dBC = d2 + (gT – 0)t = d2 + (gT)t
Resolução
A distância percorrida no enésimo segundo (dn) é dada por: Como d1 > d2 ⇒ dAB > dBC
dn = sn – sn – 1
␥ Porém, a taxa de aumento de dAB e
s = s0 + V0t + — t2
2 dBC é a parcela (gT)t, que é a mes-
ma para dAB e dBC e, portanto:
g
t = n ⇒ sn = — n2 dAB e dBC são diferentes, porém
2
aumentam igualmente.
g
t = n – 1 ⇒ sn–1 = — (n – 1)2
2 Resposta: B
81
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Resolução
(I) VERDADEIRA.
Para t = 0, temos d = 100m (distância inicial até o chão).
(II) VERDADEIRA.
A queda livre acontece até d = 20m
d = 100 – 5,0t2
20 = 100 – 5,0T2
5,0T2 = 80 ⇒ T2 = 16 ⇒ T = 4,0s
(III) FALSA.
Não temos elementos para calcular o tempo de queda até o
solo, pois desconhecemos as características do movimento
Considere as proposições que se seguem: durante a freada.
(I) A altura inicial das cadeiras, relativa ao chão, vale 100m
(IV) VERDADEIRA.
( II ) A queda livre das cadeiras dura 4,0s
Para t = 1,0s temos:
( III) O tempo de descida das cadeiras desde sua partida até a
d = 100 – 5,0 (1,0)2 (m)
chegada ao solo vale 20 s d = 95m
(IV) Em 1,0s de queda livre, as cadeiras percorrem 5,0m Como a altura inicial era 100m então as cadeiras percorreram
Estão corretas apenas: 5,0m.
a) I, II e IV b) I, II e III c) II, III e IV d) I e IV e) II e III Resposta: A
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havia pouco vento, mas, até os 1000 metros de altura, tudo corria
Adote
16. (Olimpíada de Física da Bolívia) – Deixa-se cair, a partir do Eu queria agradecer-te, Galileo,
repouso, cinco esferinhas intercaladas por intervalos de tempos a inteligência das coisas que me deste.
iguais desde o teto de um edifício de altura H. O efeito do ar é Eu,
desprezível e adota-se g = 10m/s2. e quantos milhões de homens como eu
Quando a primeira esferinha atinge o solo, a quinta está prestes a a quem tu esclareceste,
partir e, nesse instante, a distância entre a segunda e a terceira
ia jurar – que disparate, Galileo! –
esferinha vale 5m.
O valor de H é: – e jurava a pés juntos, e apostava a cabeça
a) 5m b) 10m c) 16m d) 20m e) 24m sem a menor hesitação –
que os corpos caem tanto mais depressa
17. (INEP-MODELO ENEM) – Uma missão espacial tripulada parte quanto mais pesados são.
com destino a Marte. A aceleração da gravidade nesse planeta é
menor do que na Terra.
Pois não é evidente, Galileo?
Caso um martelo escape da mão de um astronauta em Marte,
a) ele ficará flutuando Quem acredita que um penedo caia
b) ele cairá com a mesma velocidade com que cairia na Terra. com a mesma rapidez que um botão de camisa ou que
c) ele cairá mas rapidamente do que cairia na Terra. um seixo de praia?
d) ele cairá mais lentamente do que cairia na Terra.
e) não há elementos para compararmos as acelerações de queda Contrariando o senso comum, Galileo afirmava que corpos de pe-
em Marte e na Terra. sos diferentes, quando estiverem em queda livre (sem resistência
do ar) terão
18. (ETEC-MODELO ENEM) – No seu balão “Brasil” ou em outro a) velocidades constantes.
balão qualquer, Santos Dumont sentia-se duplamente gratificado: b) velocidades proporcionais aos respectivos pesos.
pelo prazer do esporte e porque cada subida lhe trazia sempre c) velocidades inversamente proporcionais aos respectivos pesos.
novas experiências. Num grande balão que mandara construir, d) a mesma aceleração, não importando seus pesos.
partiu com os amigos para uma ascensão. A partida foi lenta, pois e) acelerações proporcionais aos respectivos pesos.
a) A aceleração escalar é constante e diferente de zero e, por isso, o movimento é uniformemente variado.
␥ = –g = constante
83
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b) O ponto mais alto da trajetória é o ponto de inver- j) Cálculo da altura máxima atingida
são do movimento e, por isso:
A altura máxima H é calculada
No ponto mais alto da trajetória, a velocidade esca- usando-se a Equação de Torricelli do
lar anula-se. movimento uniformemente variado:
2 2
c) Na subida, a velocidade escalar é positiva e o mo- V = V0 + 2␥ ⌬s
vimento é progressivo. 2
0 = V0 + 2(–g) H
d) Na descida, a velocidade escalar é negativa e o 2
movimento é retrógrado. 2gH = V0
e) A aceleração escalar vale –g, tanto na subida 2
como na descida ou no ponto mais alto. V0
H = ––––
f) Na subida, o movimento é retardado e na descida 2g
o movimento é acelerado.
Notas
g) Quando o móvel retornar ao ponto de lançamento, • O tempo de subida é proporcional a V0 e a altura
a velocidade escalar será igual a –V0. 2
máxima é proporcional a V0 .
Vretorno = –V0 • Se V0 for multiplicada por 2, o tempo de subida
será multiplicado por 2 e a altura máxima será multipli-
h) O tempo de subida até o ponto mais alto e o tempo cada por 4.
de queda até retornar ao ponto de lançamento são iguais. l) Gráficos cartesianos
Adotando-se o ponto de partida como origem dos
tsubida = tqueda espaços (h0 = 0) e orientando-se a trajetória para cima
(␥ = –g), temos:
Notas
• As propriedades (g) e (h) decorrem do fato de o
movimento ser uniformemente variado.
• Se orientarmos a trajetória para baixo, o movi-
mento na subida passa a ser retrógrado e na descida passa
a ser progressivo, porém continua sendo retardado na su-
bida e acelerado na descida.
i) Cálculo do tempo de subida
V0
ts = –––
g
V0
tQ = ts = ––––
g
2 V0
Tvoo = ts + tQ = –––––
g
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20. (UFES) – Em um local onde se despreza a resistência do ar e se 22. Em um local onde g = 10m/s2 e o efeito do ar é desprezível, um
adota g = 10m/s2, um projétil é disparado a partir do solo, vertical- objeto é lançado verticalmente para cima, a partir do solo terrestre.
mente para cima, com velocidade inicial de módulo igual a O objeto atinge 75% de sua altura máxima com uma velocidade
2,0 . 102m/s. de módulo igual a 30m/s.
Calcule A altura máxima atingida pelo objeto vale:
a) o tempo de subida do projétil. a) 45m b) 90m c) 180m d) 200m e) 360m
b) a altura máxima atingida. Resolução
Resolução
a) V = V0 + ␥ t ↑ (+) V2 = V02 + 2 ␥ ⌬s
0 = V0 – g ts
0 = V02 + 2(–10) H ⇒ V02 = 20 H (1)
V0 200
ts = –––– ⇒ ts = –––– (s) ⇒ ts = 20s 3
g 10 900 = V02 + 2 (–10) –– H
4
b) V2 = V02 + 2 ␥ ⌬s ↑ (+) 900 = V02 – 15H ⇒ V02 = 900 + 15 H (2)
0 = V02 – 2g H
(1) = (2): 20 H = 900 + 15 H
V20 200 . 200 5 H = 900 ⇒
H = –––– ⇒ H = ––––––––– (m) ⇒ H = 2,0 . 103m H = 180m
2g 20
Resposta: C
Respostas: a) 20s
b) 2,0km 23. Em um local onde o efeito do ar é desprezível e a aceleração da
gravidade é constante, uma partícula é lançada verticalmente para
21. (MODELO ENEM) – Um artefato é disparado, a partir do solo, cima, a partir do solo, no instante t = 0.
com velocidade inicial vertical e de módulo V 0, em um local A partícula atinge sua altura máxima H no instante t = T.
onde g = 10m/s2 e o efeito do ar é desprezível. H
A altura da partícula será –– , durante o movimento de subida, no
Um observador situado a 80m acima do solo horizontal vê o 2
artefato passar diante dele na subida e 6,0s após o vê passar na instante:
descida.
Seja H a altura máxima atingida pelo artefato, medida a partir do
solo.
a) 1 – ––––
2
2
T b) 0,4T c) 0,5T
2
VB2 = V02 + 2 ␥ ⌬s
T T
2
900 = V02 + 2 (–10) 80 t1 = ––––– = ––––––
2 2
V02 = 2500
T
2
V0 = 50m/s Porém: tBC = tCB = t1 = ––––––
2
O tempo pedido de A para B é dado por:
3) No trecho AC: tAB = T – tBC
VC2 = V02 + 2 ␥ ⌬s
2
tAB = T – T ––––
0 = 2500 + 2 (–10) H 2
20H = 2500
H = 125m
tAB = T ( 2
1– ––––
2
)
Resposta: E Resposta: A
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entre os instantes t = 0 e t = 10,0s.
VA VA
31. A partir de uma mesma altura H, dois projéteis, A e B, são a) 1 b) ––– c) –––
VB VB
lançados verticalmente com velocidades de mesmo módulo
30,0m/s. O efeito do ar é desprezível e a aceleração da gravidade
tem módulo g = 10,0m/s2. O projétil A é lançado verticalmente
para baixo e gasta um tempo T para atingir o solo. VB VB
O projétil B é lançado verticalmente para cima e gasta um tempo d) ––– e) –––
VA VA
2T para atingir o solo.
4 3
2H (t1 + t2) d) vale ––– e) vale –––
e) g = ––––––––––– 3 4
t22
87
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31) E
2H ␥
7) a) T = –––– b) V =
2gH 32) y = y0 + V0t + ––– t2 (MUV)
g 2
g
c) Quando H duplica, os valores de T e V ficam multiplicados por H = V0t – ––– t2
2 = 1,41, o que significa um aumento percentual de 41%. 2
8) Hmín 18m 9) 60m
g
Hmáx 22m ––– t2 – V0t + H = 0
10) a) 10 m/s2 b) 30 m/s c) 15 m/s2 (em módulo) 2
11) a) 4,0m/s2 b) 8,0m 2 V0 2H
12) D 13) C t2 – ––––– t + –––– = 0
g g
V2 H 3H
14) a) –––– =3 b) H1 = ––– e H2 = ––– Como as raízes desta equação são t1 e t2, pela regra do pro-
V1 4 4
duto das raízes, temos:
15) E 16)C 17)D 18)B 19)D 2H
t1t2 = ––––
26) C 27)B 28)T = 2,0s g
V = 72km/h
29) a) 3,0m/s b) 0,60s 2H
g = –––––
30) a) O movimento do projétil é uniformemente variado e por- t1 t2
tanto
V = V0 + ␥ t (subida) Resposta: C
5,0 . 20,0
H = ––––––––– (m) ⇒ H = 50,0m
2
⌬s H = 50,0m
c) Vm = –––– = –––– –––––– ⇒ Vm = 10,0m/s
⌬t ts 5,0s
V0 + Vf 20,0 + 0
ou ainda: Vm = –––––––– = –––––––– (m/s)
2 2
␥
a) h = h0 + V0t + ––– t2
Vm = 10,0m/s 2
h0 + 2V0 = 35 (2)
b) V2 = V02 + 2␥ ⌬s
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CAPÍTULO
Cinemática
5 VETORES
→
Para estudar as grandezas vetoriais, necessitamos de Para indicarmos que a intensidade de F1 é o dobro da
→
um outro conjunto cujos elementos envolvam os con- intensidade de F2, podemos usar uma das seguintes no-
ceitos de módulo (ou intensidade ou valor numérico), tações:
direção e sentido. Tais elementos são chamados de → →
vetores. F 1 = 2 F2
ou F1 = 2 F2
→ →
Assim, Não escreva F1= 2 F2 , pois estaríamos indicando que
→ →
um vetor é uma associação de três atributos: mó- F1 e F2 têm mesma direção e sentido, o que, no caso, não
dulo, direção e sentido. é verdade.
Dois vetores são iguais quando tiverem o mesmo
módulo, a mesma direção e o mesmo sentido. 6. Soma de dois vetores
Um vetor é constante quando tiver módulo constan- → →
Consideremos dois vetores, V1 e→V2 ; chama-se
→
“vetor
te, direção constante e sentido constante.
→ soma”→ou vetor resultante entre V1 e V2 um terceiro
O vetor nulo ( 0 ) é um vetor cujo módulo é o núme-
ro zero e a direção e o sentido não estão determinados. vetor V3 obtido geometricamente como se segue.
→
Não confunda o vetor nulo (0 ), que pertence ao con- Constrói-se um “paralelogramo”→
tendo
→
como lados
junto de vetores, com o número zero (0), que pertence ao as representações geométricas de V1 e V2, feitas com a
conjunto dos números reais. mesma origem O.
A diagonal do paralelogramo que contém a origem
comum O corresponde
→
à representação geométrica do
5. Representação vetor soma V3 .
geométrica de um vetor
Um vetor é representado geometricamente por um
segmento de reta orientado com as seguintes caracterís-
ticas:
a) A direção e o sentido do segmento orientado são
os mesmos da respectiva grandeza vetorial.
b) A medida do segmento orientado é proporcional à
intensidade da grandeza vetorial que ele está represen-
tando.
→
Assim, por exemplo, consideremos duas forças, F1 e
→
F2 , que sejam perpendiculares entre si e a intensidade de
→ →
F1 igual ao dobro da intensidade de F2.
Indiquemos por:
→ →
AB o vetor que representa F1;
→ →
AC o vetor que representa F2 .
Os segmentos orientados que traduzem os vetores
→ →
AB e AC são representados a seguir:
90
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A lei dos cossenos afirma que, em um triângulo qual- Em particular para ␣ = 90° (cos ␣ = 0), recaímos na
quer, temos: aplicação do Teorema de Pitágoras.
“O quadrado de qualquer um dos lados é igual à
soma dos quadrados dos outros dois lados menos o
duplo produto desses lados pelo cosseno do ângulo
formado entre eles.” → 2 →2 →2
Assim, na figura, teremos: | V3 | = | V1 | + | V2 |
(OC)2 = (OA)2 + (OB)2 – 2 (OA) (OB) cos 
Porém:
→
OA representa | V1 |
→ Exemplificando-se para a grandeza vetorial velocida-
OB representa | V2 |
→ de: → →
OC representa | V3| | V1| = 8,0m/s e | V2| = 6,0m/s
→ → → → → → → → → →
| V 1 | – | V 2 | ≤ | V 3 | ≤ | V1 | + | V 2 | V = V1 + V2 + V3 + V4
91
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1. (UBERLÂNDIA-MG) – Analise as grandezas físicas a seguir: As intensidades das forças aplicadas em cada corda foram, res-
1) Campo Elétrico 6) Potência pectivamente, iguais a 1,5kN e 2,0kN. Considerando as cordas
2) Carga Elétrica 7) Momento Linear ideais, determine
3) Campo Magnético 8) Força a) o módulo da resultante das forças aplicadas pelas cordas;
4) Potencial Elétrico 9) Energia Mecânica b) a tangente do ângulo entre esta resultante e a força de inten-
5) Trabalho 10) Velocidade sidade 2,0kN.
Dos grupos abaixo, o constituído só de grandezas escalares é: Resolução
a) 1, 3, 7, 8, 10 b) 1, 2, 3, 5, 6 c) 2, 4, 5, 6, 8 a)
d) 5, 6, 7, 8, 10 e) 2, 4, 5, 6, 9
Resolução
As grandezas vetoriais abordadas em nosso estudo são: F2 = F12 + F22
1) deslocamento 2) velocidade
3) aceleração 4) força
5) impulso 6) quantidade de movimento F = 2,5kN
(ou momento linear)
7) campo elétrico 8) campo magnético
Resposta: E
Respostas: a) 2,5kN
b) 0,75
→ →
5. Duas forças, F1 e F2, têm intensidades iguais a 10N cada uma.
→ →
Calcule a intensidade da resultante entre F1 e F2 quando o ângulo
␣ entre elas for igual a:
a) 60° b) 90° c) 120°
Resolução
3 N
→
A resultante R corresponde b)
a quatro vezes o lado do
quadrado. Como o lado re-
presenta 2,0N, a resultante
tem módulo de 8,0 N. F2 = F12 + F22
Resposta: D
F2 = 100 + 100 = 200
2 N
de módulo 30N e outra de módulo 50N, são aplicadas simulta-
neamente num corpo. A força resultante certamente tem módulo
→
R tal que: c)
a) 20N ≤ R ≤ 80N b) R > 50N c) R = 80N
d) R > 30N e) 30N ≤ R ≤ 50N F2 = F12 + F22+ 2 F1F2 cos 120°
Resolução
F1 = 30N e F2 = 50N
F2 = 100 + 100 + 2 . 100 . – ––12
F2 – F1 ≤ R ≤ F2 + F1
F2 = 100
= 180° = 0°
F = 10N
20N ≤ R ≤ 80N
Resposta: A
3 N
tada utilizando-se duas cordas concorrentes e perpendiculares b) 10
2 N
entre si. c) 10N
92
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6. (UERJ-MODELO ENEM) – Considere a tirinha abaixo. O autor expressa o fato de que o deslocamento é uma grandeza
física vetorial. Uma outra tirinha que enfatize esse mesmo caráter
vetorial,envolvendo uma grandeza física diferente, não poderá ser
elaborada se o conceito físico for o de:
a) força b) energia c) velocidade d) aceleração
Resolução
Das grandezas citadas, a única escalar é a energia.
A grandeza vetorial é caracterizada pela sua intensidade, direção
e sentido.
A grandeza escalar não tem orientação e fica perfeitamente carac-
(RAMALHO,F.,FERRARO,N.e SOARES, P.A.T. Os fundamentos terizada com seu valor numérico e sua unidade de medida.
da Física:Mecânica. São Paulo: Moderna, 1997.) Resposta: B
→ → →
8. (UNIFESP) – Na figura, são dados os vetores a, b e c.
O módulo da força resultante sobre a partícula vale
a) 5N b) 6N c) 10N d) 24N e) 30N
→ → →
12. Considere três forças coplanares, P, Q e R, cujos módulos são,
respectivamente:
P = 3,0N
Q = 5,0N
R = 7,0N
Sendo u a unidade de medida do módulo desses vetores, pode-se
→ → → → Variando-se as direções desses vetores que, contudo, continuam
afirmar que o vetor d = a – b + c tem módulo
coplanares, a resultante de menor módulo que pode ser obtida
a) 2u, e sua orientação é vertical, para cima. tem módulo igual a
b) 2u, e sua orientação é vertical, para baixo. a) 4,0N b) 3,0N c) 2,0N d) 1,0N e) zero
c) 4u, e sua orientação é horizontal, para a direita.
d)
2 u, e sua orientação forma 45° com a horizontal, no sentido → → → →
horário. 13. Quatro forças, F1, F2, F3 e F4, todas com a mesma intensidade F,
têm orientações conforme as figuras numeradas de I a IV.
e)
2 u, e sua orientação forma 45° com a horizontal, no sentido
Determine o módulo e a orientação da soma vetorial das quatro
anti-horário. forças, representando-a em relação ao sistema cartesiano xy
indicado.
→ →
9. Considere duas forças, F1 e F2, de intensidades F1 = 10,0N e
F2 = 15,0N, aplicadas a um ponto material. Um possível valor da
→ →
intensidade da força resultante entre F1 e F2 é
a) zero b) 2,0N c) 4,0N d) 12,0N e) 30,0N
→ →
10. Considere duas forças, F1 e F2, de intensidades F2 = 8,0N e
F1 = 6,0N.
Determine →
a) o →
intervalo de variação do módulo da força resultante entre F1
e F2. → → → →
b) a intensidade da força resultante entre F1 e F2 quando F1 e F2
forem perpendiculares. → → → →
c) a intensidade da força resultante entre F1 e F2 quando F1 e F2
formarem um ângulo = 60°.
93
P1_Livro1_Cinematica_Alelex_1a118 05/07/12 09:01 Página 94
→
14. Na figura, representamos quatro forças. força FC e o ângulo que ela faz com o eixo x (também medido no
Cada lado do quadrado pontilhado corresponde a 1N. sentido anti-horário em relação à orientação positiva do eixo x),
→
supondo-se que FC equilibre as outras duas.
94
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→ → → → →
|⌬V |2 = |V1|2 + |V2|2 – 2|V1| |V2| cos ␣
→
O valor máximo de | V3| é obtido quando cos ␣ = –1 → → → → → →
(␣ = 180°). | V2 + V1| = | V2 – V1| =
| V2 |2 + | V1|2
Neste caso, teremos:
→ → → → → 11. Decomposição
| V3|2máx = | V1|2 + | V2|2 – 2| V1| | V2| (–1)
→ → → → → de um vetor em
| V3|2máx = | V1|2 + | V2|2 + 2| V1| | V2| duas direções perpendiculares
→ →
→ → Seja o vetor F inclinado de ␣ em relação ao eixo Ox
| V3|2máx = (| V1| + | V2|)2
e inclinado de  em relação ao eixo Oy.
95
P1_Livro1_Cinematica_Alelex_1a118 05/07/12 09:01 Página 96
→ →
Fx = componente de F segundo Ox.
→ →
Fy = componente de F segundo Oy.
Da figura, temos:
Fy Fx
sen ␣ = –––– ; cos ␣ = ––––
F F
Fx Fy
sen  = –––– ; cos  = ––––
F F
Portanto:
13. Representação de um
Fx = F cos ␣ = F sen  vetor com o uso de versores
→
Fy = F cos  = F sen ␣ Consideremos um vetor V cuja direção é a mesma
→
F2 = F2x + F2y de um versor u .
Lembrando que o versor tem módulo unitário, pode-
→
mos representar o vetor V como se segue:
→ → →
V = ± |V | u
→ →
O sinal (+) aplica-se ao caso em que V e u têm o
→ →
mesmo sentido e o sinal (–) ao caso em que V e u têm
sentidos opostos.
Para simplificar a notação acima, vamos representar
→
± | V | apenas por V.
O símbolo V representa o valor relativo (valor algé-
→
brico) associado ao módulo e sentido do vetor V .
→ → → Assim:
R é a soma vetorial de A com B; a componente Rx é a soma de Ax com Bx e →
V representa a grandeza vetorial.
a componente Ry é a soma de Ay com By. →
| V | representa o módulo ou intensidade da grande-
za vetorial.
12. Conceito de versor V representa o valor algébrico da grandeza vetorial.
Consideremos uma reta orientada ou eixo. Define-se Então, escrevemos:
versor do eixo como um vetor de módulo unitário e que → →
tem a mesma “orientação” do eixo, isto é, a mesma V =Vu
direção e sentido do eixo.
Considerando-se um sistema cartesiano triortogonal
→→ → →
com versores i , j e k , um vetor V qualquer pode ser
→ → →
escrito como uma soma de três vetores, V1, V2 e V3, que
tenham as direções dos três eixos Ox, Oy e Oz.
96
P1_Livro1_Cinematica_Alelex_1a118 05/07/12 09:01 Página 97
→ → →
Os vetores V1, V2 e V3 são as componentes do vetor Aplicando-se duas vezes o Teorema de Pitágoras,
→
V, segundo os eixos cartesianos. nos triângulos retângulos da figura, chegamos a:
→ → → →
| V | =
| V1|2 + | V2|2 + | V3|2
A representação dos vetores com o uso de versores é
útil no caso da soma e subtração de vetores.
→ →
19. (UELON-PR) – Dois vetores perpendiculares, F1 e F2, represen- 20. (FEI-SP) – Duas bicicletas, A e B, movem-se com velocidades cons-
tam forças de intensidades 12N e 16N, respectivamente. Os mó- tantes, de módulos VA = 12km/h e VB = 16km/h. No instante
→ → → → t0 = 0, as bicicletas passam por uma mesma posição e afastam-se
dulos, em newtons, de F1 – F2 e F1 + F2 são, respectivamente,
em trajetórias retilíneas e perpendiculares, conforme se ilustra na
a) 20 e 20 b) 12
2 e 16
2 c) 11 e 40 figura.
d) 4 2 e 28
2 e) 4 e 28
Resolução
→ → → →
| F1 + F2| = | F1 – F2| =
F12 + F22 =
144 + 256 (N) =
400 N
→ → → →
| F1 + F2| = | F1 – F2| = 20N
Resposta: A
97
P1_Livro1_Cinematica_Alelex_1a118 05/07/12 09:01 Página 98
No caso:
→ 2 → →
| VAB | = | VA |2 + | VB |2
→ 2
| VAB| = (12)2 + (16)2 = 400 Vy = V cos 60°
1
Vy = 0,80 . — (m/s) ⇒ Vy = 0,40m/s
2
→
| VAB| = 20km/h
⌬h ⌬h
2) Vy = —— ⇒ 0,40 = —— ⇒ ⌬h = 12,0m
⌬t 30
21. Um carro, ao fazer uma curva, sofre uma mudança de 53° na dire-
ção de sua velocidade vetorial. No início da curva, a velocidade
vetorial tinha módulo igual a 12,0m/s e no final da curva 20,0m/s.
Calcule o módulo da variação da velocidade vetorial.
Dado: cos 53° = 0,60
Resolução
Resolução
→ → →
a = –20 x + 30 y (m)
→ → →
b = –40 x – 30 y (m)
→ → → → → → → →
c = +60 x – 50 y (m)
⌬V 2 = V 12 + V 22 – 2 V 1 V 2 cos 53°
→ → →
→ S = a + b +→c = –50 y (m)
⌬V 2 = 144 + 400 – 2 . 12,0 . 20,0 . 0,60
→ |→
s | = 50m
⌬V 2 = 544 – 288 = 256
Resposta: B
→
| ⌬V | = 16,0m/s
24. (UFMG-MODELO ENEM) – Observe a figura a seguir:
Resposta: 16,0m/s
98
P1_Livro1_Cinematica_Alelex_1a118 05/07/12 09:01 Página 99
Um jogador de futebol encontra-se no ponto P, a 50m de distância do centro do gol e a 30m da linha de fundo. Em um dado momento, o jogador
avança com uma velocidade de módulo V = 5,0m/s, em direção ao gol. Nesse instante, a velocidade com que ele se aproxima da linha de fundo
tem módulo igual a:
a) 2,5m/s b) 3,0m/s c) 5,0m/s d) 30,0m/s e) 50,0m/s
Resolução ––– –––
1) PA = 30m; PB = 50m
–––
PA 30m
cos = ––––
––– = ––––– = 0,60
PB 50m
2) A velocidade com que o jogador se aproxima da linha de fundo é a projeção de sua velocidade na
direção da reta PA
Vy = V cos ⇒ Vy = 5,0 . 0,60 (m/s) ⇒ Vy = 3,0m/s
Resposta B
25. Quando estudamos o produto de uma grandeza escalar por uma Determine
grandeza vetorial originando uma outra grandeza vetorial, dois a) o módulo da velocidade de A em relação a B.
exemplos são importantes: b) a distância entre A e B em função do tempo.
→ →
2.a Lei de Newton: FR = m a
→ 27. O vetor velocidade associado ao movimento de uma partícula tem
FR = força resultante em uma partícula
uma componente Vx = 3,0m/s e uma componente Vy = – 4,0m/s.
m = massa da partícula Considere a tabela a seguir.
→
a = aceleração vetorial da partícula 30° 37° 45° 53° 60°
→ →
Força eletrostática: F = Q E
→ tg
3 /3 3/4 1 4/3
3
F = força eletrostática em uma partícula eletrizada
O vetor velocidade tem orientação mais bem representada por:
Q = carga da partícula
→
E = vetor campo elétrico
Considere uma partícula de massa m eletrizada com uma carga
negativa Q e submetida à ação exclusiva de um campo
→
eletrostático uniforme E (não nulo).
→
Indiquemos por a a aceleração vetorial constante adquirida pela
partícula.
Analise as proposições a seguir:
→ → Q →
I) A aceleração vetorial a é dada por a = –– E
m
→ →
II) As grandezas vetoriais a e E têm seus módulos medidos nas
mesmas unidades.
→ →
III) As grandezas vetoriais a e E têm, necessariamente, a mesma
direção.
→ → Q
IV) As grandezas vetoriais a e E terão mesmo sentido se –– for
positivo. m
Estão corretas apenas:
a) I e II b) I e III c) II e IV d) II e III e) III e IV
99
P1_Livro1_Cinematica_Alelex_1a118 05/07/12 09:01 Página 100
→ →
a) Determine, usando os versores i e j ,
1) a componente da força resultante na direção x;
2) a componente da força resultante na direção y;
3) a força resultante.
→
Uma força F constante é expressa por: b) Calcule o módulo da força resultante.
→ → → →
F 3,0 i + 4,0 j + 12,0 k (N) → → → →
→ 33. Considere→uma partícula sob ação de quatro forças, F1, F2, F3 e F4.
O módulo da força F vale: → →
As forças F1, F2 e F3 estão representadas na figura, na qual o lado
a) 5,0N b) 13,0N c) 10,0N d) 20,0N e) 24,0N de cada quadriculado corresponde a 1,0N.
Determine → → → → →
30. Uma partícula está submetida à ação de três forças constantes, a) as expressões de F1, F2 e F3 usando os versores i e j repre-
→ → →
F1, F2 e F3, com módulos e orientações representados na figura. sentados na figura.
→
b) a expressão de→ 4
F para que a partícula esteja em equilíbrio.
c) o módulo de F4.
Determine → → →
a) o módulo da força resultante entre F1, F2 e F3.
b) a orientação da força resultante. 34. (UFMG-MODELO ENEM) – Dois barcos – I e II – movem-se, em
um lago, com velocidades constantes, de mesmo módulo, como
31. Um ponto material está submetido ex- representado nesta figura:
clusivamente à ação de três forças co-
planares de módulos F1 = 5N, F2 = 4
3
N e F3 = 10N, como mostra a figura.
Determine o módulo da força resultante
na partícula.
1 3
Dados: sen 30° = –– ; cos 30° = –––
2 2
100
P1_Livro1_Cinematica_Alelex_1a118 05/07/12 09:01 Página 101
2 2 2 2 2 2
Fxy = Fx + Fy F = Fxy + Fz
2 2 2
F = Fx + Fy + Fz ⇒ F =
2
Fx + Fy + Fz =
2 2 2
9,0 + 16,0 + 144 (N)
F=
169 N ⇒ F = 13,0N
Resposta: B
30) a) R = 10,0N
b)
14) D 15) C
31) 9 3 N
16) → → → → →
32) a) 1) Rx = | F1| cos 37° i – | F2| cos 53° i
→ → →
Rx = 20,0 . 0,80 i – 20,0 . 0,6 i (N)
→ → → → →
Rx = 16,0 i –12,0 i (N) ⇒ Rx = 4,0 i (N)
→ → → → → → →
2) Ry = | F1| cos 53° j + | F2| cos 37° j – | F3 | j
→ → → →
Ry = 20,0 . 0,60 j + 20,0 . 0,80 j – 31,0 j (N)
→ → → → → →
Ry = 12,0 j + 16,0 j – 31,0 j (N) ⇒ Ry = –3,0 j (N)
F2 = FA2 + FB2 + 2 . FA . FB . cos 60°
→ → → → → →
1 3) R = R x + R y ⇒ R = 4,0 i – 3,0 j (N)
F2 = 9 + 9 + 2 . 3 . 3 . –– = 3 . 9 ⇒ F = 3
3N
2 → → →
→ → b) | R | 2 = | R x| 2 + | R y| 2
A força FC deve ser oposta a F (mesmo módulo, mesma dire-
ção e sentido oposto).
→
Portanto, FC tem módulo 3
3 N, direção perpendicular ao →
eixo x e sentido oposto ao eixo y e o ângulo formado com o | R | 2 = (3,0) 2 + (4,0) 2
eixo x, medido no sentido anti-horário, é de 270°. →
| R | = 5,0N
17) a) 1.a categoria: grandezas escalares
2.a categoria: grandezas vetoriais → → → → → →
33) a) F1 = 8,0 i + 4,0 j (N) F2 = –4,0 i + 3,0 j (N)
b) Área 1.a
categoria 2.a
categoria → → →
Mecânica energia quantidade de movimento F3 = 4,0 i – 1,0 j (N)
Eletricidade potencial elétrico campo elétrico → → → → → → → →
b) F1 + F2 + F3 + F4 = 0 ⇒ F4 = –8,0 i – 6,0 j (N)
18) A
→ c)
25) B 26) a) VAB = 13,0m/s 27) D
→
b) dAB = 13,0t (SI) F4 = (6,0)2 + (8,0)2
→ → → → → → → →
28) a) F1 = 16,0 i + 12,0 j (N) b) R = F1 + F2 = 36,0 i (N) F4 = 10,0N
→ → → →
F2 = 20,0 i – 12,0 j (N) | R | = 36,0N
34) C
101
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CAPÍTULO
Cinemática
6 CINEMÁTICA VETORIAL
Na foto as fagulhas que saem de um rebolo mostram que a velocidade vetorial tem direção tangente à
trajetória.
102
P1_Livro1_Cinematica_Alelex_1a118 05/07/12 09:01 Página 103
→
4. Velocidade vetorial média (Vm)
→
→ → É a razão entre o deslocamento vetorial d e o
Sendo r1 = P1 – O e r2 = P2 – O os vetores posição intervalo de tempo ⌬t gasto neste deslocamento.
nos instantes t1 e t2, temos: →
P2 – P1 = (P2 – O) – (P1 – O) → d
Vm = ––––
→ → → ⌬t
→
d = r2 – r1 = ⌬r
isto é:
Como:
O deslocamento vetorial é a diferença entre os ve-
→
tores posição. | ⌬s | ≥ |d |
103
P1_Livro1_Cinematica_Alelex_1a118 05/07/12 09:01 Página 104
temos:
→
|⌬s| |d |
––––– ≥ –––––
⌬t ⌬t
isto é,
→ Se fizermos ⌬t tender a zero, isto é, P2 tender a P1,
|Vm | ≥ |Vm|
teremos:
→
lim |d| = lim |⌬s |
A velocidade escalar média tem módulo maior ou ⌬t → 0 ⌬t → 0
igual ao da velocidade vetorial média.
ou, ainda:
É imediato notar que vale a igualdade quando a traje- →
|d | |⌬s|
tória entre as posições inicial e final for um único seg- lim –––– = lim ––––
mento de reta. ⌬t → 0 ⌬t ⌬t → 0 ⌬t
isto é,
→
|V| = |V|
1 →
Sendo ––– um escalar positivo, Vm tem a mesma A velocidade vetorial instantânea tem módulo
⌬t
→ sempre igual ao da velocidade escalar instantânea.
orientação de d , isto é, a mesma direção (secante à traje-
→
tória) e o mesmo sentido de d (sentido do deslocamento).
→
A velocidade vetorial média Vm tem direção dada pe-
la reta P1P2, que é secante à trajetória.
À medida que P2 tende para P1, a reta secante tende
para a reta tangente à trajetória em P1.
→
Vm tem direção da reta P1 P2 e sentido de P1 para
P2.
ou, ainda,
→
→ d
V = lim –––
⌬t → 0 ⌬t
O sentido da velocidade vetorial instantânea é o
sentido do movimento.
→
Representemos o vetor velocidade V , com uma ori-
→ gem fixa O, em instantes sucessivos: t1, t2, ....., tn.
Seja t o versor da tangente à trajetória e V a veloci- →
dade escalar. A velocidade vetorial instantânea é repre- Seja P’ a extremidade do vetor velocidade V .
sentada por: → → Enquanto a partícula P descreve sua trajetória L, com
V =V t velocidade vetorial variável, o ponto P’ (extremidade do
Isto significa que o módulo da velocidade vetorial vetor velocidade) descreve uma linha H, que é denomi-
instantânea é igual ao da velocidade escalar, a direção é nada hodógrafo ou curva hodográfica do movimento.
→
a da reta tangente à trajetória (versor t ) e o sentido é o
do movimento do corpo, definido pelo sinal da veloci-
dade escalar V.
Nota: A velocidade vetorial instantânea é chamada
simplesmente de velocidade vetorial.
→ → →
|VA | = |VB | = |VC | (movimento uniforme)
→ → →
VA ≠ VB ≠ VC (direção variável) II) Movimento retilíneo uniformemente variado
→
com velocidade inicial V0 (não nula)
6. Hodógrafo
→
(ou curva hodográfica) A velocidade vetorial V terá direção constante e mó-
associado a um movimento dulo variável e o hodógrafo será uma semirreta na dire-
→
ção de V .
→
III) Movimento circular e uniforme Como | VP | = R, tem-se:
→
A velocidade vetorial V terá módulo constante e di-
→ V
reção variável e o hodógrafo será uma circunferência | aP | = . R = ––– . V
→ R
cujo raio tem a mesma medida do módulo de V .
O ponto P’ descreverá movimento circular
→ V2
uniforme com a mesma velocidade angular do |aP | = 2 R = ––––
movimento de P. R
1. (PUCC-SP-MODELO ENEM) – Num bairro, onde todos os quar- O deslocamento vetorial desse transeunte tem módulo, em me-
teirões são quadrados e as ruas paralelas distam 100m uma da tros, igual a:
outra, um transeunte faz o percurso de P a Q pela trajetória a) 300 b) 350 c) 400 d) 500 e) 700
representada no esquema abaixo. Resolução
→
|d| 2 = (300)2 + (400)2
→
|d| = 500m
Resposta: D
106
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2. Na figura a seguir, está representada a trajetória ABC de uma par- 4. Um móvel descreve uma circunferência de raio R com movi-
tícula que se desloca percorrendo, sucessivamente, os seg- mento uniforme. O intervalo de tempo gasto em uma volta com-
mentos de reta AB e BC, em um intervalo de tempo de 10s. pleta é T.
107
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(32) Falsa
Se o movimento for uniforme e curvo, a velocidade escalar
será constante e a vetorial variará em direção.
(64) Verdadeira
Resposta: 94
⌬t = 60 min = 1,0h
Portanto:
→
20 km
Vm = ––––––––
1,0h
O atleta partiu do ponto A e deslocou-se 5km de A para B (no
sentido leste) e, em seguida, mais 4km de B para C (no sentido
norte) e, em seguida, mais 3km de C para D (no sentido oeste). →
O deslocamento vetorial é o vetor com origem em A e Vm 4,5km/h
extremidade em D e seu módulo é calculado pelo Teorema de
Pitágoras: Resposta: A
7. (UECE) – Um corpo move-se no plano xy, sendo as coordenadas (1) Movimento retilíneo e ( ) Velocidade vetorial de
de sua posição dadas pelas funções x = 3,0t e y = 1,0 t3 – 12,0t, uniforme direção constante e
com x e y em centímetros e com t em segundos. O módulo do módulo variável
deslocamento entre os instantes t1 = 0 e t2 = 4,0 s, em
centímetros, vale (2) Movimento retilíneo e ( ) Velocidade vetorial cons-
a) 4,0 b) 20,0 c) 38,0 d) 48,0 uniformemente variado tante
8. Uma partícula percorre o trajeto ABC, representado na figura, em (3) Movimento circular e ( ) Velocidade vetorial variá-
um intervalo de tempo de 2,0s. uniforme vel em direção e módulo
2 b) 6
2 c) 7
2 d) 8
2 e) 9
2
querda.
108
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109
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1
C = –––
R
9. Aceleração
vetorial instantânea
→
→ → ⌬V
a = lim am = lim ––––
⌬t → 0 ⌬t → 0 ⌬t
8. Raio de curvatura da
trajetória em um dado ponto P
Considere uma trajetória L, não retilínea, e um ponto
P da trajetória. A aceleração vetorial não tem uma orientação espe-
Tomemos dois pontos, P1 e P2, infinitamente próxi- cífica como é o caso da velocidade vetorial, porém é
mos de P, um de cada lado e sobre L. sempre orientada para o interior da curva trajetória, que
Como os três pontos, P1, P e P2, não são colineares, é denominada região convexa limitada pela curva.
eles determinam uma única circunferência que os contém.
→
1.o caso: →
a = constante = 0
Esta circunferência denomina-se circunferência os- Neste caso, a velocidade é constante e o móvel ou
culadora à trajetória L no ponto P. está em repouso ou em movimento retilíneo e uni-
O raio R dessa circunferência chama-se “raio de forme.
curvatura da trajetória L em P”. →
Por extensão, quando a trajetória for retilínea, di- 2.o caso: →
a = constante ≠ 0
zemos que o raio de curvatura tende ao infinito. Neste caso existem, também, duas possibilidades:
O raio de curvatura é um elemento geométrico e • Movimento retilíneo uniformemente variado
característico da trajetória; quando a trajetória é circular, com a reta trajetória na mesma direção da aceleração ve-
o raio de curvatura é constante e igual ao próprio raio da torial.
circunferência. • Movimento com trajetória parabólica, não uni-
Em uma elipse, hipérbole, parábola (curvas notá- formemente variado e com o eixo de simetria da pará-
veis), o raio de curvatura é variável. bola na mesma direção da aceleração vetorial.
110
P1_Livro1_Cinematica_Alelex_1a118 05/07/12 09:01 Página 111
→
| at | = | ␥ |
→
• Direção de at
A aceleração tangencial, como o próprio nome su-
gere, tem direção da tangente à trajetória, isto é, é para-
lela à velocidade vetorial.
→ →
at // V
Esquematizando:
→
→ → repouso Representando por t o versor da tangente, a direção
{ }
{
1) a = 0 →
MRU da aceleração tangencial será definida pelo versor t.
→
a = constante →
→ →
2) a ≠ 0 { MRUV
Trajetória parabó-
lica e não é MUV
• Sentido de at
Quando o movimento é acelerado (módulo da ve-
locidade aumenta), a aceleração tangencial tem o
mesmo sentido da velocidade vetorial.
10. Componentes Quando o movimento é retardado (módulo da
da aceleração vetorial velocidade diminui), a aceleração tangencial tem
A aceleração vetorial →a , nos movimentos curvos e sentido oposto ao da velocidade vetorial.
variados, admite duas parcelas ou componentes:
1) Aceleração tangencial → at, que tem a direção da
tangente à trajetória.
2) Aceleração normal ou centrípeta → acp, que tem a
direção normal à trajetória (perpendicular à tangente).
É evidente que:
→ → →
a = at + acp
|→ |→
at | 2 + | →
a | = acp|2
→
O sentido de at é definido pelo sinal da aceleração es-
calar ␥, pois, no movimento acelerado, V e ␥ têm mesmo
sinal e, no movimento retardado, V e ␥ têm sinais opostos.
• Notação de → at
Notação de uma grandeza vetorial é a maneira de
→ representá-la matematicamente.
• Módulo de at
Com o uso de matemática superior, pode-se demons-
trar que o módulo da aceleração tangencial é igual ao → →
valor absoluto da aceleração escalar, isto é: Assim: at = ␥ t
111
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→
Essa notação está indicando que o módulo da acele- • Direção de acp
ração tangencial é igual ao valor absoluto da aceleração A aceleração centrípeta, também chamada de acele-
→
escalar ␥, a direção é definida pelo versor t e o sentido ração normal, tem direção normal à reta tangente à tra-
é traduzido pelo sinal de ␥. jetória, isto é, é perpendicular à velocidade vetorial.
• Efeito de →at
A aceleração escalar ␥ está relacionada com a varia- →
ção da velocidade escalar V e, portanto, do módulo da →
acp V
→
velocidade vetorial V.
→
Representando por n o versor de normal, a direção
A aceleração tangencial (→
at ) está relacionada com a →
da aceleração centrípeta será definida pelo versor n .
→
variação do módulo da velocidade vetorial V.
→
• Sentido de acp
• Propriedades A aceleração centrípeta, como o próprio nome suge-
I. Nos movimentos uniformes (␥ = 0), a velocida- re, é sempre dirigida para o centro da circunferência os-
de vetorial tem módulo constante e, portanto, a culadora à trajetória, isto é, sempre dirigida “para dentro”
aceleração tangencial é constantemente nula, da curva descrita, ou seja, para a região convexa limita-
não importando a trajetória descrita pelo mó- da pela curva.
vel.
• Notação de → acp
II. Nos movimentos não uniformes (␥ ≠ 0), a ve- Do exposto anteriormente, podemos escrever:
locidade vetorial tem módulo variável e, por-
tanto, a aceleração tangencial não será constan- V2 →
→
acp = ––– n
temente nula. R
III. Quando o móvel estiver em repouso (␥ = 0), a
aceleração tangencial será constantemente nu- →
• Efeito de acp
la. → →
Quando a trajetória é retilínea, temos R → ∞ e acp = 0
IV. Sendo a aceleração escalar (␥) uma função do e a velocidade vetorial tem sempre a mesma direção.
tempo (t), podem existir instantes em que ␥ = 0; Quando a trajetória é curva, a velocidade vetorial
em tais instantes, teremos aceleração tangencial varia em direção e a aceleração centrípeta não é constan-
nula sem que isto signifique que o móvel esteja temente nula.
em repouso ou em movimento uniforme.
→
A aceleração centrípeta ( acp) está relacionada com
Exemplificando: Sendo ␥ = 2,0t – 2,0 (SIU), →
a variação da direção da velocidade vetorial V.
→ →
para t = 1,0s, temos ␥ = 0 e at = 0 , e o mo-
vimento não é uniforme nem o móvel está em • Propriedades
repouso. I. Nos movimentos retilíneos (R → ∞), a veloci-
dade vetorial tem direção constante e, portanto,
a aceleração centrípeta é constantemente nula.
112
P1_Livro1_Cinematica_Alelex_1a118 05/07/12 09:01 Página 113
→
Sendo o movimento uniforme, vem ␥ = 0 e → at = 0 .
→
Sendo a trajetória circular de raio R, temos →
acp ≠ 0 .
E, portanto, a aceleração vetorial se reduz à sua
componente centrípeta:
→ → V2 →
a = acp = ––– n
R
→ →
a = 0
→
Sendo o movimento uniforme, temos ␥ = 0 e → at = 0 .
→ →
Sendo a trajetória retilínea, temos R → ∞ e acp = 0 .
E, portanto, a aceleração vetorial será nula:
→ →
a = 0
→ →
Sendo a trajetória retilínea, temos R → ∞ e acp = 0 .
Sendo o movimento uniformemente variado, temos
→
␥≠0e→ at ≠ 0 .
E, portanto, a aceleração vetorial se reduz à sua com-
ponente tangencial:
→ → V2
→ → → a = ␥ t + ––– →
n
a = at = ␥ t R
113
P1_Livro1_Cinematica_Alelex_1a118 05/07/12 09:01 Página 114
16. Um móvel descreve a trajetória circular de raio R, com velocidade 17. (MACKENZIE-SP) – Duas partículas, A e B, descrevem movimen-
escalar constante e positiva V, no sentido horário. O tempo gasto tos circulares uniformes com velocidades escalares, respectiva-
para dar a volta completa é T. mente, iguais a V e 2V. O raio da trajetória descrita por A é o dobro
do raio daquela descrita por B. A relação entre os módulos de
suas acelerações centrípetas é:
1 1 1
a) ac = –– ac b) ac = –– ac c) ac = –– ac
A 8 B A 4 B A 2 B
d) ac = ac e) ac = 2 ac
A B A B
Resolução
V2
acp = ––––
R
2 2
V V
A B
e acpB = ––––
acpA = ––––
RA RB
2V
Resposta: A
2 V
| am | = ––––– =
2 V . ––– ⇒ | am | = ––––––––
⌬t T T
T
b) Para meia volta: ⌬t = ––
2
114
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São dados:
Sendo a trajetória curva, existe →
| a | = 10,0m/s2
aceleração centrípeta (vetor 3) e →
→ | V | = 6,0m/s
a aceleração vetorial a é a soma
vetorial de suas componentes sen 37° = cos 53° = 0,60
tangencial e centrípeta. cos 37° = sen 53° = 0,80
Calcule
a) o raio R da circunferência;
b) o módulo da aceleração escalar da partícula, no instante t0.
Resposta: C
Resolução
V2
19. Um helicóptero, cuja hélice possui pás de 2,25m de compri- a) acp = ––– = a cos 37°
R
mento, liga seu motor. Em um dado instante, a pá entra em mo-
vimento a partir do repouso, com aceleração escalar constante de 36,0
3,0m/s2 na extremidade da pá. –––– = 10,0 . 0,80
R
Após 1,0s, o módulo da aceleração vetorial de um ponto situado
na extremidade da pá é de:
a) 1,0m/s2 b) 3,0m/s2 c) 4,0m/s2 d) 5,0m/s2 e) 7,0m/s2 R = 4,5m
Resolução
1) Após 1,0s, a velocidade escalar é dada por:
a2 = a2 + a2cp
t
a = 5,0m/s2
115
P1_Livro1_Cinematica_Alelex_1a118 05/07/12 09:01 Página 116
2) No instante t2 o ponto A está em movimento circular e uni- 3) No instante t3 o movimento do ponto A é circular e retardado:
forme e a aceleração vetorial só tem componente centrípeta. a componente tangencial da aceleração tem sentido oposto ao
de velocidade vetorial.
Resposta B
22. Um automóvel move-se numa estrada curvilínea com movimento Pode-se afirmar que os módulos da aceleração vetorial média
→ →
uniforme. Sejam: v a velocidade do automóvel, a sua aceleração desse ponto material nos trechos AB e BC, respectivamente, em
→ → m/s2, valem:
e acp e at , respectivamente, as componentes centrípeta e tan-
→ a) 0,40 e 0,20 b) 0,40 e 0,40 c) 0,40 e 2,0
gencial da aceleração a .
d) 4,0 e 2,0 e) 4,0 e 4,0
Nestas condições, podemos afirmar que
→ →
a) v tem a mesma direção de a .
25. (FUVEST-TRANSFERÊNCIA) – Um objeto executa um movimen-
→ → → → →
b) acp = 0 , at ≠ 0 e | v | é constante. to circular uniforme em um plano vertical. O raio da circunferência
→ → → → → é R = 1,0 m e a velocidade escalar do movimento é v = 4,0m/s.
c) at = 0 ; acp ≠ 0 e | v | é constante.
Quando o objeto se encontra no ponto mais alto da trajetória, sua
→ → (1) (2).........
d) a é constante e v é variável. aceleração tem módulo .................... e é dirigida ...........
→ → → As lacunas (1) e (2) devem ser preenchidas por:
e) v é constante e a = 0 . a) 6,0 m/s2, para baixo. b) 6,0 m/s2, para cima.
c) 10,0 m/s2, para baixo. d) 16,0 m/s2, para cima.
23. (UNIP-SP) – Uma partícula descreve uma trajetória circular com e) 16,0 m/s2, para baixo.
movimento retardado.
→ →
27. Na figura, representamos os vetores velocidade V e aceleração a,
em um instante t0 = 0 para um carro descrevendo uma trajetória
circular de raio R, em movimento uniformemente variado.
Determine
a) o raio R da circunferência.
b) o módulo da aceleração escalar.
c) o módulo da aceleração vetorial no instante t1 = 2,0s.
116
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117
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7) B 8) a) 3,5m/s 9) B 13) E
b) 2,5m/s
→
14) a) Movimento retilíneo e uniforme para que V seja constante
10) (1) No instante t = 2,0s, temos o vetor posição→
r. em módulo (MU), direção e sentido (retilíneo).
→
b) No MCU, V tem módulo constante e direção variável.
→
b) ␥ = 6,0m/s2 c) a 1 = 6,0m/s2
| →r | = 6
2 u = 6
2 m
27) a) R = 18,0m
1u = 1m 31) 1) ⌬s = área (V x t)
(2) 20
⌬sA = (20 + 10) ––– (m) = 300m
2
20 . 15
⌬sB = – ––––––– (m) = –150m
2
3
|⌬sA| + |⌬sB| = –– 2π R
|→
4
d | = 9
2 u= 9
2m
3
Resposta: E 300 + 150 = –– . 2 . 3 . R
4
⌬s 4L
11) a) V = ––– = ––– 450 = 4,5 R ⇒ R = 100m
⌬t T
Resposta: D
4 R
2 4R
b) ––––
12) a) ––––––– 32) E
T T
118
P2_Livro1_Termologia_Alelex_119a206 05/07/12 10:20 Página 119
CAPÍTULO
Termologia
1 TERMOMETRIA
D
urante todo o estudo da Termologia,
encontramos uma grandeza física muito importante, a
temperatura. O primeiro capítulo deste livro,
denominado TERMOMETRIA, será usado para
introduzir o conceito de temperatura e estabelecer as
regras para a sua medição. Serão apresentados os
termômetros, dispositivos físicos utilizados para medir as temperaturas. Entraremos ainda em contato
com as principais escalas termométricas, como a Celsius, a Fahrenheit e a Kelvin, que serão
relacionadas entre si pelas equações de conversão. Aprenderemos também como construir uma nova
escala termométrica e como escolher uma grandeza termométrica adequada, em cada caso. Faremos
ainda uma reflexão sobre o conceito de zero absoluto e a sua aplicação na determinação da temperatura
absoluta de um sistema.
Na foto, observamos um termômetro clínico utilizado para a obtenção da temperatura do corpo humano.
2. Termômetro
A medida desse nível energético (da temperatura) é
1. Temperatura feita de maneira indireta, por meio da medida de uma ou-
tra grandeza, característica de um determinado corpo e
Num primeiro contato, entenderemos a tempera-
variável com a temperatura. Esta grandeza é chamada de
tura como o número que associamos a um corpo, para
grandeza termométrica e o corpo é o termômetro.
traduzir o estado de agitação das partículas que o consti-
Portanto, o termômetro é um dispositivo usado para a
tuem. Esse estado de agitação é definido pelo nível ener-
determinação de temperaturas.
gético das partículas e constitui o estado térmico ou es-
Em todo termômetro, encontramos uma substância
tado de aquecimento do corpo.
denominada substância termométrica, que tem pelo
menos uma de suas propriedades físicas variando com a
temperatura. Essa propriedade física, usada na deter-
minação da temperatura, é a grandeza termométrica.
O mais conhecido dos termôme-
tros é o de mercúrio.
No termômetro de mercúrio, a
substância termométrica é o
mercúrio (Hg) e a grandeza ter-
mométrica é a altura da coluna
No corpo de maior temperatura, as partículas possuem maior nível de agitação. (h).
119
P2_Livro1_Termologia_Alelex_119a206 05/07/12 10:20 Página 120
Estabelece-se uma relação entre a altura da coluna sius, o ponto triplo correponde a 0,01°C e na escala
de mercúrio (h) e sua temperatura, que é a mesma do cor- Kelvin ao valor 273,16°C.
po que está em contato com o bulbo desse termômetro. Ao ler-se uma temperatura nesta escala, deve-se omi-
Assim, para cada valor de h, existe uma única tempe- tir o termo “grau”; assim, 25K lê-se “vinte e cinco kelvins”.
ratura associada. O conjunto dos pares (, h) define
uma função denominada equação termométrica.
Existem outros termômetros que usam como subs-
A escala Celsius é definida pela relação:
tância termométrica um gás, o álcool tingido de verme-
(°C) = T(K) –273,15
lho ou mesmo uma lâmina bimetálica.
Em consequência, notamos que a unidade na escala
O termômetro clínico, utilizado para medir a tempe-
Celsius é igual à unidade na Kelvin.
ratura do corpo humano, usa como substância termomé-
No zero absoluto, essa escala assinalaria –273,15°C
trica o mercúrio e sua graduação vai de 35°C a 42°C.
e 0,01°C no ponto triplo da água.
Até 1954, essa escala era definida convencionando-se
0°C e 100°C, como as temperaturas de dois pontos fixos,
a saber:
1.º Ponto Fixo (ou ponto do gelo):
3. Equação termométrica
A equação termométrica é uma expressão do tipo
G = f () que define os valores da temperatura (), em
função dos valores da grandeza termométrica (G).
Geralmente, é uma função do 1.o grau: G = a + b, em
que a e b são constantes relativas a cada termômetro.
Geralmente, a grandeza termométrica é pressão, vo-
lume ou comprimento (altura de coluna).
4. Escalas termométricas Estado térmico do gelo fundente (equilíbrio gelo + água), sob pressão normal
Uma escala termométrica é um conjunto de valores (0°C).
120
P2_Livro1_Termologia_Alelex_119a206 05/07/12 10:20 Página 121
C = 150°C
2. Converter –30°C para a escala Kelvin.
Resolução Resposta: C
A equação de conversão, entre as escalas Celsius e Kelvin, é:
T = C + 273 4. (VUNESP-MODELO ENEM) – As fontes renováveis de energia –
Fazendo C = –30°C, temos: hidráulica, biomassa, solar, eólica, geotérmica – hoje respondem
T = –30 + 273 por aproximadamente 13% da oferta energética mundial. Energia
geotérmica é a energia que vem da Terra e existe desde que
nosso planeta foi criado. A Terra pode ser dividida em três
T = 243K camadas: crosta, manto e núcleo.
121
P2_Livro1_Termologia_Alelex_119a206 05/07/12 10:20 Página 122
Abaixo da crosta terrestre, a camada superior do manto é cons- Durante a assembleia, os astrônomos definiram um conceito para
tituída por rocha líquida, o magma, a altas temperaturas. A crosta planeta: um corpo celestial que orbita ao redor do Sol, com massa
terrestre flutua nesse magma. Por vezes, o magma quebra a suficiente para assumir uma forma quase redonda e que tenha
crosta terrestre chegando à superfície, produzindo vulcões, e o eliminado outros corpos vizinhos em torno de sua órbita.
magma passa a designar-se lava. A cada 100 metros de (Jornal Correio Brasiliense, 25.08.2006. Adaptado)
profundidade, a temperatura aumenta aproximadamente 3°C e a
água contida nos reservatórios subterrâneos atinge altas A superfície gelada do pequeno Plutão é composta por nitrogênio,
temperaturas, podendo até mesmo ferver, quando em contato metano e traços de monóxido de carbono. A temperatura do
com a rocha quente. A água pode atingir temperaturas próximas planeta anão varia ao longo de sua órbita porque, no decorrer de
a 150°C. sua trajetória, aproxima-se do Sol até 30 UA e afasta-se até 50 UA.
Em alguns locais do planeta, existe tal quantidade de vapor e água Existe uma tênue atmosfera que congela e cai sobre o planeta
quente que é possível produzir energia elétrica drenando esse anão quando este se afasta do Sol. Sendo assim, dependendo da
vapor até a superfície e conduzindo-o até uma central elétrica sua posição em relação ao Sol, a temperatura sobre a superfície
geotérmica, onde, tal como numa central elétrica normal, faz girar do planeta anão varia de –230°C a –210°C. Pode-se afirmar que
turbinas e a energia mecânica da turbina é transformada em (UA = Unidade Astronômica)
energia elétrica por um gerador. a) essas temperaturas não são lidas num termômetro graduado
Suponha que, num reservatório subterrâneo, a água esteja a uma na escala Kelvin, pois a menor temperatura nesse termômetro
temperatura de 147 °C. Essa temperatura, expressa em unidades é 0K.
do Sistema Internacional, é lida como b) não se medem essas temperaturas num termômetro
a) 420K b) 297°F c) 147°C graduado na escala Celsius, pois sua escala varia de 0°C a
d) 147K e) 126°F 100°C.
Resolução c) se medem essas temperaturas com termômetros graduados
Em 1954, a 10.a CGPM (Conferência Geral de Pesos e Medidas) na escala Celsius, pois é o único que mede temperaturas
estabeleceu a definição da unidade Kelvin de temperatura como abaixo de zero.
1 d) na escala Fahrenheit, o módulo da variação da temperatura na
sendo a fração de –––––– da temperatura termodinâmica do pon-
273,16 superfície do pequeno Plutão corresponde a 36°F.
e) na escala Fahrenheit, o módulo da variação da temperatura na
to tríplice da água, ponto este em que encontramos a água nos superfície do pequeno Plutão corresponde a 20°F.
estados sólido, líquido e vapor em coexistência.
Resolução
Nessa mesma conferência, a escala Kelvin foi adotada como
escala de temperatura termodinâmica do Sistema Internacional a) FALSA
de Unidades (SI).
Assim, a unidade Celsius fornecida deve ser convertida para a Na escala Kelvin, as temperaturas de –230°C e –210°C são
unidade Kelvin. expressas por:
T = C + 273 T = C – 273
T = (147 + 273)K ⇒ T = 420K T1 = (–230 + 273)K ⇒ T1 = 43K
Resposta: A
T2 = (–210 + 273)K ⇒ T2 = 63K
5. (CEFET-SP-MODELO ENEM)
b) FALSA
Plutão não é mais planeta Os valores 0°C e 100°C limitam o intervalo entre o ponto de
fusão do gelo e o ponto de ebulição da água, quando sob
Reunião da União Astronômica Internacional rebaixou oficial- pressão normal.
mente o status de Plutão, que passa a ser chamado “planeta
anão”. Para os astrônomos, a formação e as características de Pode-se também medir temperaturas abaixo de 0°C e acima
Plutão diferem muito das dos outros planetas. Situado no de 100°C utilizando a escala Celsius.
Cinturão de Kuiper, uma região mais distante que a órbita de c) FALSA
Netuno, Plutão foi excluído da categoria de planetas por sua órbita
e tamanho. Apenas as escalas absolutas, como a escala Kelvin, não
Foi uma decisão histórica pela qual 2 500 cientistas, de 75 países, possuem valores negativos. Observe que essas escalas tem o
excluíram Plutão do rol de planetas do sistema solar, rompendo seu “zero” coincidindo com o zero absoluto.
conceitos astronômicos de mais de 70 anos, pois, em 18 de d) VERDADEIRA
fevereiro de 1930, Clyde Tombaugh, ao apontar seus telescópios
artesanais para o espaço, detectou a imagem de um objeto Os valores fornecidos, na escala Celsius, estabelecem uma
parecido com uma estrela. Menos de um mês depois, a variação de 20°C.
descoberta recebeu o nome latino do deus grego do mundo dos Assim, utilizando a equação de conversão entre intervalos de
mortos. temperatura nas escalas Celsius e Fahrenheit, temos:
O rebaixamento de Plutão foi recebido com surpresa pela NASA,
que investiu US$ 700 milhões na missão New Horizons, enviando ⌬C ⌬F
––––– = –––––
uma sonda para estudar o ex-planeta e o Cinturão de Kuiper. A 100 100
espaçonave deverá chegar a seu destino em 2015. O chefe da
missão, Alan Stern, não escondeu sua irritação com a resolução 20 ⌬F ⇒
––––– = ––––– ⌬F = 36°F
da reunião dos astrônomos e criticou-a argumentando que apenas 100 180
5% dos cientistas de todo o mundo concordam com a mudança.
Com a decisão da 26.a Assembleia Geral da União Astronômica
Internacional, em 24 de agosto de 2006, o sistema solar terá oito e) FALSA
planetas, que, por ordem de afastamento em relação ao Sol, são: Resposta: D
Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
122
P2_Livro1_Termologia_Alelex_119a206 05/07/12 10:20 Página 123
6. (FUVEST) – A televisão noticia que a temperatura em Nova 14. (UFCE) – Dois termômetros, um graduado em Celsius e o outro
Iorque chegou aos 104° graus (naturalmente 104° Fahrenheit). em Fahrenheit, são usados, simultaneamente, para medir a tempe-
Converta para graus Celsius. 9C
a) 44°C b) 40°C c) 36°C d) 30°C e) 0°C ratura de uma mesma amostra. Lembrando-se de que F = ––– + 32,
5
é verdadeiro afirmar que
7. (UNITAU-SP) – Numa das regiões mais frias do mundo, um 01. as leituras em Celsius são sempre maiores do que as leituras
termômetro graduado na escala Fahrenheit indica – 76°F. Essa em Fahrenheit.
mesma temperatura, expressa na escala Celsius, será: 02. os termômetros apresentam o mesmo valor, caso a tempera-
a) –103°C b) –76°C c) –60°C tura da amostra seja –40°C.
d) –50,4°C e) +76°C 04. caso o termômetro em Celsius indique zero grau, o termô-
metro em Fahrenheit indicará 32 graus.
8. (UNICAMP) – Para transformar graus Fahrenheit em graus 08. quando a temperatura da amostra for zero grau Fahrenheit, a
Celsius, usa-se a fórmula: temperatura em Celsius também será zero.
5
C = ––– (F – 32)
9 15. Um pesquisador dispõe de um termômetro C com a indicação da
em que F é o número de graus Fahrenheit e C é o número de escala Celsius, um F com a indicação da escala Fahrenheit e um
graus Celsius. K com a indicação da escala Kelvin. Ao medir a temperatura de
a) Transforme 35 graus Celsius em graus Fahrenheit. um corpo com os três termômetros, obteve 85°C, 185°F e 385K.
b) Qual a temperatura (em graus Celsius) em que o número de Sabendo que um desses termômetros apresenta incoerência com
graus Fahrenheit é o dobro do número de graus Celsius? a respectiva escala, podemos afirmar que
a) os termômetros C e F estão corretos.
9. (UFES) – Os termômetros de uma base estrangeira na Antártida b) os termômetros C e K estão corretos.
indicam –58°F. Se você lá chegasse, fazendo parte de uma c) os termômetros F e K estão corretos.
expedição brasileira em visita, relataria esta temperatura para o d) é impossível distinguir os termômetros corretos.
Brasil como: e) a distinção dos termômetros só é possível quando medimos a
a) –14°C b) –36°C c) –50°C d) –58°C e) –136°C temperatura de um bloco de gelo em fusão ou de uma massa
de água em ebulição, sob pressão normal.
10. (UNISA-SP) – Numa cidade norte-americana, o termômetro mar-
ca 0°F. Em graus Celsius, essa temperatura vale, aproximada- 16. (VUNESP) – Sêmen bovino para inseminação artificial é
mente: conservado em nitrogênio líquido que, à pressão normal, tem
a) 32 b) 0 c) –17,8 d) –32 e) –273 temperatura de 78K. Calcule essa temperatura em:
a) graus Celsius (°C);
11. (ITA) – Ao tomar a temperatura de um paciente, um médico só b) graus Fahrenheit (°F).
dispunha de um termômetro graduado em graus Fahrenheit. Para
se precaver, ele fez antes alguns cálculos e marcou no termô-
metro a temperatura correspondente a 42°C (temperatura crítica 17. (MACKENZIE-SP) – No nível do mar, mediante os termômetros,
do corpo humano). Em que posição da escala do seu termômetro um graduado na escala Celsius e outro na escala Fahrenheit,
ele marcou essa temperatura? determinamos a temperatura de certa massa de água líquida. A
diferença entre as leituras dos dois termômetros é 100. A
12. A escala de temperatura Fahrenheit foi inventada pelo cientista temperatura dessa massa de água na escala Kelvin é:
alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736). Ele teria usado a) 85K b) 108K c) 273K d) 358K e) 438K
para 0°F a temperatura do dia mais frio de 1727, na Islândia,
marcada por um amigo, e para 100°F a temperatura do corpo da 18. (UFF-RJ) – Um turista brasileiro, ao desembarcar no aeroporto de
sua esposa, num determinado dia. Se isso é verdade, então: Chicago, observou que o valor da temperatura lá indicado, em °F,
a) No ano de 1727, na Islândia, a temperatura atingiu marcas era um quinto do valor correspondente em °C. O valor observado
inferiores a –20°C. foi:
b) No ano de 1727, na Islândia, a temperatura não atingiu marcas a) –4°F b) –2°F c) 0°F d) 2°F e) 4°F
inferiores a –10°C.
c) Nesse dia, a sua esposa estava com febre. 19. (FATEC-SP) – Certo dia, um viajante verificou que a temperatura
d) Nesse dia, a sua esposa estava com a temperatura inferior à local acusava X°F. Se a escala utilizada tivesse sido a Celsius, a
normal (37°C). leitura seria 52 unidades mais baixa. Essa temperatura é:
e) É impossível, pois 100°F corresponde a uma temperatura a) agradável b) 50°C c) 84°C
superior à máxima possível para o ser humano. d) 100°C e) acima de 100°C
123
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⌬C ⌬F
––––– = –––––
100 180
⌬C ⌬F
–––– = ––––
5 9
21. Uma escala X assinala 10°X e 60°X enquanto a escala Celsius as- X
2”X = 100 – 20 ⇒ ” = 40°C
sinala 40°C e 140°C, respectivamente. Determinar
a) a equação de conversão entre as escalas X e Celsius;
b) as temperaturas dos pontos fixos fundamentais na escala X.
Resolução 22. O gráfico abaixo traduz a relação entre as temperaturas, em duas
a) Temos que: escalas termométricas, x e y.
Determinar
a) a equação de conversão entre as escalas x e y;
b) a temperatura da escala y que corresponde a 60°X.
Assim: Resolução
X – 10 C – 40 a) Da observação do gráfico, podemos fazer o seguinte esque-
–––––––– = ––––––––– ma:
60 – 10 140 – 40
X – 10 C – 40
–––––––– = ––––––––
1 2
2X – 20 = C – 40
Finalmente: 2X = C – 20
124
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b) Fazendo x = 60°X na equação de conversão obtida no item A equação de correção é a equação que relaciona o valor cor-
(a), ficamos com: reto da temperatura C com o valor indicado pelo termômetro
E.
3y = 60 + 30 ⇒ y = 30°Y
E – 0,5 C – 0 E – 0,5 C
–––––––––– = –––––––– ⇒ ––––––––– = –––––
23. Um termômetro de mercúrio está graduado nas escalas Celsius e 98,5 – 0,5 100 – 0 98 100
Reaumur.
A distância entre duas marcas consecutivas da graduação Celsius Simplificando-se:
é 1,00mm. A distância entre duas marcas consecutivas da gra-
E – 0,5 C
duação Reaumur vale: –––––––– = ––––
a) 0,75mm b) 0,80mm c) 1,00mm 49 50
d) 1,20mm e) 1,25mm
Resolução
b) Fazendo E =74°C na equação de correção, obtemos:
74 – 0,5 C C = 75°C
––––––––– = –––––– ⇒
49 50
C – 0,5 C
–––––––––– = –––––– ⇒ 50C – 25 = 49C
49 50
Assim: C = 25°C
100c 5c
Então: r = –––––– = –––––
80 4
5 . 1,00mm
r = –––––––––––– ⇒ r = 1,25mm
4
Resposta: E
26. Uma escala com origem no zero absoluto e que adota como uni-
dade de variação de temperatura o grau Fahrenheit chama-se
escala Rankine (Ra).
Determine a equação de conversão entre as escalas Rankine e
Kelvin.
125
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Resolução
TRa TK
–––– = ––––
Como as escalas Rankine e Kelvin têm origem no zero absoluto (são 180 100
escalas absolutas), concluímos que a temperatura de 180Ra corres-
ponde à temperatura de 100K. TRa TK
Notando que a uma variação de 100K (do gelo ao vapor) corres- –––– = ––––
9 5
ponde uma variação da 180 Ra, concluímos que:
27. Existem duas escalas termométricas que só admitem tempera- Considere que, no pico, a tem-
turas positivas. São elas: peratura pode variar de –30°C
a) Celsius e Fahrenheit. b) Fahrenheit e Kelvin. durante o dia para –40°C
c) Kelvin e Rankine. d) Rankine e Reaumur. durante a noite. Essa variação
e) Reaumur e Celsius. de temperatura na escala
Fahrenheit é igual a:
28. (UNIFESP-SP-MODELO ENEM) – O texto a seguir foi extraído de a) –18 b) 14 c) 18
uma matéria sobre congelamento de cadáveres para sua d) –94 e) –14
preservação por muitos anos, publicada no jornal O Estado de S.
Paulo de 21.07.2002.
Na matéria, não consta a unidade de temperatura usada. Com esses dados, pode-se concluir que a variação de tempe-
Considerando que o valor indicado de – 321° esteja correto e que ratura na sexta-feira e a máxima, no sábado, na escala Farenheit,
pertença a uma das escalas, Kelvin, Celsius ou Fahrenheit, pode-se foram, respectivamente,
concluir que foi usada a escala a) 9 e 33,8 b) 9 e 68 c) 36 e 9
a) Kelvin, pois trata-se de um trabalho científico e esta é a unida- d) 68 e 33,8 e) 68 e 36
de adotada pelo Sistema Internacional.
b) Fahrenheit, por ser um valor inferior ao zero absoluto e, 31. (UFABC-SP) – EXTERMINADOR DE MIOMAS
portanto, só pode ser medido nessa escala.
c) Fahrenheit, pois as escalas Celsius e Kelvin não admitem esse Aparelho de ultrassom que elimina tumores benignos de útero
valor numérico de temperatura. deve chegar ao Brasil até o fim do ano. O método é relativamente
d) Celsius, pois só ela tem valores numéricos negativos para a simples: por meio de um aparelho de ultrassom, combinado com
indicação de temperatura. um equipamento de ressonância magnética que orienta a
e) Celsius, por tratar-se de uma matéria publicada em língua aplicação, o médico aumenta a temperatura do tecido doente de
portuguesa e essa ser a unidade adotada oficialmente no 37°C para aproximadamente 80°C. É esse calor intenso que
Brasil. destrói o tumor.
Revista Veja, 10.05.2006. Adaptado.
29. (PUC-SP-MODELO ENEM) – O K2, segunda maior montanha do
mundo, pico de 8611m, localizada na fronteira entre o Paquistão O valor correspondente a essa variação de temperatura na escala
e a China, é considerada por muitos alpinistas a montanha mais Fahrenheit é, em °F, igual a
difícil e a mais perigosa do mundo. a) 32,9 b) 43,0 c) 58,5 d) 77,4 e) 89,7
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32. (MACKENZIE-SP) – Um turista brasileiro sente-se mal durante a 40. (UELON-PR) – Uma escala de temperatura arbitrária X está
viagem e é Ievado inconsciente a um hospital. Após recuperar os relacionada com a escala Celsius, conforme o gráfico abaixo.
sentidos, sem saber em que local estava, é informado de que a
temperatura de seu corpo atingira 104 graus, mas que já “caíra”
de 5,4 graus. Passado o susto, percebeu que a escala
termométrica utilizada era a Fahrenheit. Desta forma, na escala
Celsius, a queda de temperatura de seu corpo foi de:
a) 1,8 °C b) 3,0 °C c) 5,4 °C d) 6,0 °C e) 10,8 °C
6) B 7) C 8) a) 95°F 9) C 10) C 11) 107,6°F 17) D 18) A 19) A (25°C) 20) E 27) C 28) C
b) 160°C 29) A 30) B 31) D 32) B 33) B 34) B
12) C 13) C 14) 06 15) A 16) a) –195°C 35) A 36) E 37) D 38) 60°C 39) a) 24,5°C
02 e 04 b) –319°F 40) C 41) D 42) 38°C b) 50°C
{ corretas 43) A
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CAPÍTULO
Termologia
2 CALORIMETRIA
1. Noções de calor
As partículas constituintes dos corpos estão constantemente em movimento, sendo dotadas de uma energia de
movimento, uma energia de agitação.
A energia de agitacão das partículas do corpo é denominada energia térmica do corpo.
A quantidade de energia térmica de um corpo depende de uma série de fatores, como a sua massa, a substância de
que é constituído, a temperatura etc.
Portanto, a temperatura é uma medida do estado de agitação das partículas de um corpo, do nível de energia térmica
ou do potencial térmico desse corpo.
128
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Quanto maior a temperatura, mais agitadas ficam as Se o efeito no corpo for apenas mudança de estado,
partículas do corpo. Devemos observar que a temperatu- o calor é chamado calor latente.
ra não mede a quantidade de energia térmica do corpo. Assim, nas considerações acima, o calor recebido
Sendo assim, o fato de um corpo estar numa temperatura pelo ferro é sensível e o recebido pelo gelo é latente.
mais alta que outro não quer dizer que ele possua maior Por exemplo, se colocarmos um pedaço de ferro
quantidade de energia térmica, mas sim que sua energia aquecido na cavidade feita num bloco de gelo a 0°C, ve-
térmica está num nível mais elevado que a do outro. rificamos o resfriamento do ferro e a fusão de parte do
Quando dois corpos em temperaturas diferentes são gelo. O ferro, mais quente, cede calor ao gelo. Esta
postos em contato, espontaneamente há transferência de quantidade de calor cedida pelo ferro provocou nele um
energia térmica do corpo de maior para o de menor tem- resfriamento, sendo calor sensível. A mesma
peratura. Sendo assim, a temperatura do “mais quente” quantidade de calor ao ser recebida pelo gelo provoca
diminui e a do “mais frio” aumenta até que as duas se igua- nele uma fusão, sendo, pois, chamado de calor latente.
lem. Neste ponto cessa a troca de calor. Dizemos que foi
atingido o equilíbrio térmico e a temperatura chama-se
temperatura final do equilíbrio térmico.
Portanto:
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Usando a equação fundamental da calorimetria, te- (C.H. Snyder, The extraordinary chemistry of ordinary things, John Wiley and Sons.)
mos:
Q = mc⌬ 5. Capacidade térmica (C)
1,0cal = 1,0g . cágua . 1,0°C A capacidade térmica ou capacidade calorífica de um
corpo determina a quantidade de calor de que esse corpo
Portanto: cal necessita para variar sua temperatura de uma unidade.
cágua = 1,0 ––––– Portanto, para o cálculo da capacidade térmica de
g°C
um corpo, devemos usar a relação:
O calor específico sensível da água, apesar de ser
variável no intervalo de 0°C a 100°C, é suposto constante Q
C = –––– = mc
no seu valor médio (1,0cal/g°C). ⌬
Dessa forma, na resolução dos exercícios faremos
constante o calor específico sensível da água e igual a Observe que a unidade de capacidade térmica é
1,0cal/g°C. caloria/grau Celsius (cal/°C) ou joule/Kelvin (J/K).
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empregadas células fotovoltaicas, que transformam energia solar a) A energia térmica recebida pela água, a cada hora, vale
em energia elétrica. 144kcal.
O aquecedor solar é um sistema simples que utiliza a radiação, a b) O total de energia solar incidente, a cada hora, sobre a placa
condução e a convecção térmica para aquecimento da água. Esse vale 30kcal.
dispositivo é constituído de duas partes: o coletor solar (placas) e c) O rendimento do processo descrito é, aproximadamente, igual
o reservatório térmico (onde a água aquecida é armazenada). a 48%.
(Newton V. B. – Tópicos de Física – Editora Saraiva) d) Dobrando-se a área do coletor, a intensidade da radiação solar
também dobra.
O princípio de funcionamento do coletor baseia-se no fato de que e) Se a placa coletora fosse pintada de prata, o rendimento
todo corpo exposto à radiação do Sol tende a se aquecer pela aumentaria, já que as cores prata e dourada são mais bem
absorção dessa energia. absorventes de energia solar.
A figura a seguir é uma representação esquemática de um tipo de Resolução
coletor solar composto basicamente por: a) FALSA
• uma caixa fechada, contendo canos de cobre na forma de A energia recebida pela água vai aquecê-la, assim:
serpentina (onde circula a água a ser aquecida);
• uma placa pintada de preto fosco (para melhorar o processo de Q = mc⌬
aquecimento da água); Q = 36 . 103 . (70 – 30) (cal)
• uma tampa de vidro transparente (por onde passa a radiação
solar e que ajuda a reduzir perdas por convexão). Q = 1,44 . 106 cal = 1440kcal
b) FALSA
E
I = –––––––
A . ⌬t
Assim:
E
60 = –––––––––––
5 . 104 . 1
c) VERDADEIRA
O rendimento do coletor é dado por:
Q 1,44 . 106
= ––– = ––––––––––
E 3 . 106
Considere: = 0,48
cal
• a intensidade da radiação solar I = 60 ––––––––; (%) = 48%
cm2 . h
6. (UEBA) – O calor específico sensível de uma substância indica o d) A capacidade térmica de um corpo indica a quantidade de ca-
valor lor que cada unidade de massa desse corpo necessita para sua
a) do seu ponto de ebulição ao nível do mar. temperatura variar por unidade.
b) da capacidade térmica de um corpo feito com essa substância. e) O valor da capacidade térmica de um corpo depende do
c) da quantidade de calor necessária para elevar de um grau material de que este é feito.
Celsius a temperatura de um grama dessa substância.
d) de sua condutividade térmica no estado sólido. 8. (MODELO ENEM) – A prova que faltava…
e) da quantidade de calor necessária para fundir um grama dessa
substância. …O estudo publicado pelo Centro Nacional de Pesquisas com
Primatas, de Wisconsin, nos Estados Unidos, reforçou a tese de
7. (UF-UBERABA-MG) – Assinale a afirmativa falsa: que comer menos contribui para a longevidade. Dois grupos de
a) A capacidade térmica de um corpo é função de sua massa. macacos rhesus foram acompanhados por vinte anos. O
b) Quando recebido por um corpo, o calor sensível produz resultado mostra que no grupo que comia menores quantidades
apenas variação de temperatura. a incidência de diabete, câncer e doenças cardíacas foi menor.
c) O calor específico sensível é uma característica do material de Desde a década de 1930 existem estudos que mostram que uma
que é feito o corpo, não dependendo da sua massa. dieta com calorias reduzidas contribui para uma vida mais longa.
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…sendo recomendadas 2 500 calorias alimentares para os e equipamentos com tranquilidade. Há registros em vídeo de
homens e 2 000 para as mulheres. alguns deles saltitando com extrema leveza, como que
…Quando comemos, o corpo produz substâncias oxidantes, os desfrutando de forma descontraída da baixa gravidade.”
radicais livres, que contribuem para o envelhecimento das
células. Além disso, a ingestão de carboidratos estimula a
produção da insulina, que, em quantidade excessiva, pode causar
hipertensão e diabete.
(Revista Veja de 15 de julho de 2009)
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13. (UFSE) – A tabela abaixo apresenta a massa m de cinco objetos quantas “calorias alimentares” devemos utilizar, por dia, a partir
de metal, com seus respectivos calores específicos sensíveis c. dos alimentos que ingerimos?
a) 33 b) 120 c) 2,6 x 103
METAL c(cal/g°C) m(g) d) 4,0 x 103 e) 4,8 x 105
Alumínio 0,217 100
18. (FGV-SP) – Colocam-se 500 gramas de água a 100°C dentro de uma
Ferro 0,113 200 garrafa térmica. O gráfico mostra a variação da temperatura da água
no decorrer do tempo.
Cobre 0,093 300
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04. A capacidade térmica do corpo B é 60cal/°C. 26. (FUVEST) – Um recipiente contendo 3600g de água à temperatura
08. Ao final de 5min, a temperatura do corpo A é de 15°C. inicial de 80°C é posto num local onde a temperatura ambiente
16. O calor específico sensível do corpo B é 0,09cal/g°C. permanece sempre igual a 20°C. Após 5 horas, o recipiente e a
32. A reta de maior inclinação corresponde ao corpo de maior calor água entram em equilíbrio térmico com o meio ambiente. Durante
específico. esse período, ao final de cada hora, as seguintes temperaturas
64. O calor específico sensível do corpo A é 0,12cal/g°C. foram registradas para a água: 55°C, 40°C, 30°C, 24°C e 20°C.
Dado: calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C
Pedem-se:
21. (UNIRIO) – Para a refrigeração do motor de um automóvel, tanto a) Um esboço indicando valores nos eixos do gráfico da tempera-
se pode usar o ar como a água. A razão entre a massa de ar e a tura da água em função do tempo.
massa de água para proporcionar a mesma refrigeração no motor b) Em média, quantas calorias por segundo a água transferiu para
do automóvel deverá ser igual a: o ambiente.
Dados: car = 0,25cal/g°C e cágua = 1,0cal/g°C
a) 0,25 b) 1,0 c) 1,2 d) 2,5 e) 4,0
27. (UNICAMP-SP) – As temperaturas nas grandes cidades são mais
altas do que nas regiões vizinhas não povoadas, formando “ilhas
22. (FUVEST-SP) – Pedro mantém uma dieta de 3 000 kcal diárias e urbanas de calor”. Uma das causas desse efeito é o calor
toda essa energia é consumida por seu organismo a cada dia. absorvido pelas superfícies escuras, como as ruas asfaltadas e as
Assim, ao final de um mês (30 dias), seu organismo pode ser coberturas de prédios. A substituição de materiais escuros por
considerado como equivalente a um aparelho elétrico que, nesse materiais alternativos claros reduziria esse efeito. A figura mostra
mês, tenha consumido a temperatura do pavimento de dois estacionamentos, um
a) 50 kW·h b) 80 kW·h c) 100 kW·h recoberto com asfalto e o outro com um material alternativo, ao
d) 175 kW·h e) 225 kW·h longo de um dia ensolarado.
25. (UNICAMP) – Um aluno simplesmente sentado numa sala de 29. (MACKENZIE-SP) – O calor específico sensível de uma
aula dissipa uma quantidade de energia equivalente à de uma determinada substância é 0,18cal/g°C. Se, ao invés de usarmos a
lâmpada de 100W. O valor energético da gordura é de 9,0kcal/g. escala Celsius, usássemos a escala Fahrenheit, este calor
Para simplificar, adote 1,0cal = 4,0J. específico sensível seria indicado por:
a) Qual o mínimo de kilocalorias que o aluno deve ingerir por dia
para repor a energia dissipada? 9
a) –––––– cal/g°F b) 0,02cal/g°F c) 0,10cal/g°F
b) Quantos gramas de gordura um aluno queima durante uma 1690
hora de aula?
d) 0,20cal/g°F e) 0,324cal/g°F
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32. (INTEGRADO-RJ) – Analise as afirmativas: Se os recipientes forem retirados da placa e seus líquidos
1. A temperatura de um corpo obrigatoriamente aumenta quan- misturados, a temperatura final da mistura ficará em torno de
do ele recebe uma certa quantidade de calor. a) 45°C b) 50°C c) 55°C d) 60°C e) 65°C
2. Dois corpos apresentam a mesma variação de temperatura
quando recebem, de uma mesma fonte, a mesma quantidade 38. Num calorímetro contendo 200g de água a 20°C, coloca-se uma
de calor. Logo, os calores específicos sensíveis das substân- amostra de 50g de um metal a 125°C. Verifica-se que a
cias que constituem os corpos são necessariamente iguais. temperatura de equilíbrio é de 25°C. Desprezando-se o calor
3. Dois corpos que trocam calor apenas entre si atingirão uma absorvido pelo calorímetro, o calor específico sensível desse me-
temperatura de equilíbrio térmico sempre igual à média arit- tal, em cal/g°C, vale:
mética de suas temperaturas iniciais. a) 0,10 b) 0,20 c) 0,50 d) 0,80 e) 1,0
Entre estas afirmativas:
a) Nenhuma é correta. b) Apenas a 1 é correta. (Dado: calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C)
c) Apenas 1 e 2 são corretas. d) Apenas 1 e 3 são corretas.
e) Todas são corretas. 39. (ITA) – Um bloco de massa m1 e calor específico sensível c1, à tem-
peratura T1, é posto em contacto com um bloco de outro material,
33. (PUC-SP) – Dois blocos de cobre, A e B, de massas iguais, e um com massa, calor específico sensível e temperatura, respecti-
recipiente R, contendo água, inicialmente isolados, estão, vamente, m2, c2 e T2. Depois de estabelecido o equilíbrio térmico
respectivamente, às temperaturas tA, tB e tR, tais que tB > tR > tA. entre os dois blocos, sendo c1 e c2 constantes e supondo-se que
Os blocos A e B são lançados no recipiente R. A temperatura de as trocas de calor com o resto do Universo sejam desprezíveis, a
equilíbrio térmico do sistema T é: temperatura final T deverá ser igual a:
tA + tB tA + tB + tR m1T1 + m2T1 m1c1 – m2c2
a) T = ––––––– b) T = –––––––––––– c) T = tR a) ––––––––––––– b) –––––––––––––– (T2 – T1)
2 3 m1 + m2 m1c1 + m2c2
tA + tB + tR
d) T = ––––––––––– e) tB > T > tA c1T1 + c2T2 m1c1T1 + m2c2T2
2 c) ––––––––––––– d) –––––––––––––––––
c1 + c2 m1c1 + m2c2
34. (MACKENZIE-SP) – Quando misturamos 1,0kg de água (calor
específico sensível = 1,0cal/g.°C) a 70°C com 2,0kg de água a m1c1 – m2c2
e) ––––––––––––– (T1 – T2)
10°C, obtemos 3,0kg de água a: m1c1 + m2c2
a) 10°C b) 20°C c) 30°C d) 40°C e) 50°C
40. Dois corpos, A e B, em temperaturas diferentes, são misturados,
35. (UFSM-RS) – Um corpo de 400g e calor específico sensível de constituindo um sistema termicamente isolado. Eles trocam calor
0,20cal/g°C, a uma temperatura de 10°C, é colocado em contato tér- até atingir o equilíbrio térmico. A condição para que a temperatura
mico com outro corpo de 200g e calor específico sensível de final de equilíbrio térmico seja a média aritmética entre as tem-
0,10cal/g°C, a uma temperatura de 60°C. A temperatura final, uma peraturas iniciais de A e B é que
vez estabelecido o equilíbrio térmico entre os dois corpos, será de: a) suas massas sejam iguais.
a) 14°C b) 15°C c) 20°C d) 30°C e) 40°C b) as capacidades térmicas sejam iguais.
c) seus calores específicos sensíveis sejam iguais.
36. (EFEI-MG) – Um ferreiro prepara ferraduras para cavalos aquecen- d) a capacidade térmica do mais frio seja o dobro da capacidade
do-as ao fogo até que cheguem a 800°C, a fim de moldá-las. Uma térmica do mais quente.
ferradura de ferro de massa igual a 500g, naquela temperatura, foi e) seus volumes sejam iguais.
jogada num tanque contendo 50,0ᐉ de água à temperatura
ambiente, 25,0°C. A que temperatura chega o sistema água + ferra- 41. (FEI) – Dois corpos de capacidades térmicas iguais são colocados
dura? Considere este sistema composto, isolado. num calorímetro de capacidade térmica desprezível. Não conside-
rando perdas de calor e sendo 1 e 2 suas temperaturas iniciais,
Dados: calor específico sensível da água = 1,00cal/g°C; a temperatura de equilíbrio será:
calor específico sensível do ferro = 0,200cal/g°C; 1 + 2 1 – 2 2 – 1
densidade da água = 1,00g/cm3. a) –––––––– b) ––––––– c) –––––––
2 2 2
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43. (FEI) – Pessoas pertencentes a uma seita mística, em seu ritual, 25°C. A temperatura do forno, em °C, é aproximadamente igual a:
aquecem a água de um caldeirão utilizando sete pedras. As a) 140 b) 180 c) 230 d) 280 e) 300
pedras são colocadas em uma fogueira e, depois, lançadas no cal- Dados:
deirão com 0,70 litro de água a 20°C. Cada uma das pedras tem, calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C;
em média, 100g de massa e encontram-se a 300°C no instante calor específico sensível do cobre = 0,030cal/g°C.
em que são lançadas no caldeirão. No equilíbrio térmico, tem-se
uma temperatura de 50°C. Sendo o calor específico sensível da
água igual a 1,0cal/g°C e desprezando-se as perdas de calor para 47. (FUVEST) – O calor específico de um sólido, a pressão constan-
o ambiente e para o caldeirão, pode-se afirmar que o calor espe- te, varia linearmente com a temperatura, de acordo com o gráfico
cífico sensível médio das pedras em questão é: a seguir.
Densidade da água = 1,0kg/ᐉ
a) 0,030cal/g°C b) 0,12cal/g°C c) 0,17cal/g°C
d) 0,50cal/g°C e) 1,04cal/g°C
7. Equivalência em água
A equivalência em água de um sistema é a massa de água cuja capacidade térmica é igual à capacidade térmica do
sistema considerado.
Csistema = E . cágua
Como cágua = 1,0cal/g°C, podemos afirmar que a equivalência em água é numericamente igual à capacidade térmica
do sistema.
138
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49. Num calorímetro de equivalência em água 10g, contendo 90g de água a 20°C, são jogados 500g de um metal a 90°C. A temperatura final de
equilíbrio térmico é 40°C.
Determine o calor específico sensível do metal.
Resolução
Qcalorímetro + Qágua + Qmetal = 0
50. Equivalência em água de um sistema é 54. (EFEI-MG) – 20 gramas de cobre a 60°C são colocados dentro de
a) a capacidade térmica do sistema. um calorímetro que contém 10g de água a 10°C. Se a temperatu-
b) a massa de água igual à massa do sistema. ra final do sistema constituído pelo calorímetro e pela mistura de
c) a massa de água com o mesmo volume do sistema. água e cobre for de 15°C, qual é a equivalência em água do calorí-
d) a massa de água com a mesma capacidade térmica do sistema. metro?
e) a massa de água com igual peso do sistema. Dados para a resolução do problema:
calor específico sensível do cobre: 0,42J/g°C;
51. Num calorímetro a 20°C, jogaram-se 100g de água a 30°C e, em
calor específico sensível da água: 4,2J/g°C.
seguida, 150g de cobre a 120°C. A temperatura final de equilíbrio
térmico é 40°C. Dado o calor específico sensível do cobre, a) 4,0g b) 8,0g c) 12g d) 34g e) 66g
0,1cal/g°C, calcule a equivalência em água do calorímetro.
Usar: calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C. 55. Na determinação do calor específico sensível do chumbo, fez-se
a seguinte experiência:
52. (UNICAP-PE) – Num calorímetro que está em equilíbrio térmico Num calorímetro de equivalência em água igual a 14g, contendo
com 80g de água à temperatura de 90°C, foram colocados 150g de 260g de óleo a 25°C, jogaram-se 200g de chumbo a 150°C.
água à temperatura de 30°C. O novo equilíbrio térmico se deu à A temperatura final de equilíbrio térmico foi 30°C. Calcule o calor
temperatura de 65°C. A equivalência em água desse calorímetro é: específico sensível do chumbo.
a) 130g b) 140g c) 150g d) 160g e) 170g Dado: Calor específico sensível do óleo: 0,5cal/g°C.
53. (UFCS-RS) – Num calorímetro, equivalente a 100g de água, estão 56. Um calorímetro equivalente a 20g de água contém 200g de um
800g de água a 80°C. A quantidade de água a 20°C que deve ser líquido de calor específico sensível 0,80cal/g°C a 20°C. Um corpo
adicionada a fim de que a mistura tenha uma temperatura de metálico de 500g a 100°C é jogado no interior do calorímetro. O
equilíbrio de 40°C é igual a: equilíbrio térmico estabelece-se e a temperatura final é 52°C.
a) 800g b) 1000g c) 1600g d) 1800g e) 2000g Determinar o calor específico sensível do metal.
6) C 7) D 8) D 27) a) Curva A
9) 20 (04, 16: corretas) 10) C b) 10°C ou 28°C, conforme a interpretação dada à pergunta
11) B 12) D 13) E 14) C c) 艑 4,3 107 kJ
15) B 16) E 17) C 18) E 28) C
19) C 20) 80 (16, 64: corretas) 21)E 29) C 32)A 33) E 34) C 35) C 36) 26,55°C
22) C 23) C 24) C 37) B 38)B 39) D 40) B 41) A 42) D
25) a) 2,16 . 103kcal 43) B 44)C 45) 艑28,6°C 46) C 47) 5,50cal
b) 10g 48) D 50)D 51) 10g 52) A 53) D
26) a) 54) B 55) 0,03cal/g°C 56) 0,24cal/g°C
b) 12cal/s
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CAPÍTULO
Termologia
3 MUDANÇAS
DE ESTADO
140
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Na foto, observamos o
dióxido de carbono (CO2 )
no estado gasoso.
2. Definições
Fusão é a passagem de uma substância do estado
sólido para o estado líquido.
Solidificação é a passagem de uma substância do
A água do lago está constantemente evaporando.
estado líquido para o estado sólido. É a transformação
inversa da fusão. b) Ebulição: é a passagem de uma substância do
Vaporização é a passagem de uma substância do estado líquido para o estado gasoso mediante um
estado líquido para o estado gasoso. processo tumultuoso que se verifica em toda a massa
Liquefação ou condensação é a passagem de gasoso líquida. Isso ocorre quando a pressão de vapor do líquido
para líquido. É a transformação inversa da vaporização. se iguala à pressão externa, aí o vapor escapa produzindo
Sublimação é a passagem da substância diretamente o borbulhar característico da ebulição. É o que acontece
do estado sólido para o gasoso ou do gasoso para o sólido. com a água de uma chaleira quando esta é colocada ao
fogo e começa a fervura. A ebulição só ocorre em uma
determinada temperatura, característica do líquido, cha-
mada temperatura (ou ponto) de ebulição, que depen-
de da pressão exercida em sua superfície.
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QT = Q1 + Q2 + Q3 + Q4 + Q5 Q1 = 1 000cal
QT = (mc⌬)gelo + (mLF)gelo + (mc⌬)água + (mLV)água + (mc⌬)vapor Para a fusão do gelo, temos:
QT = 20 . 0,50 . 10 + 20 . 80 + 20 . 1,0 . 100 + 20 . 540 + 20 . 0,45 . 20 (cal) Q2 = (mLF)gelo = 100 . 80 (cal)
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12. (UNISA-SP) – Têm-se 20 gramas de gelo a –20°C. A quantidade 20. (UNIP-SP) – Considere uma massa M de água no estado líquido
de calor que se deve fornecer ao gelo para que ele se transforme à temperatura de 0°C.
em 20 gramas de água a 40°C é: Seja Q1 a quantidade de calor que a água deve receber para atingir
a) 1 000cal b) 1 200cal c) 2 600cal sua temperatura de ebulição (100°C). Seja Q2 a quantidade de
d) 3 000cal e) 4 800cal calor latente necessária para provocar a ebulição de toda a massa
Dados: calor específico sensível do gelo = 0,50cal/g°C M de água.
calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C
calor específico latente de fusão do gelo = 80cal/g São dados: calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C;
calor específico latente de ebulição da água = 540cal/g.
13. (UFES) – Quantas calorias são necessárias para vaporizar 1,00 li- Q2
tro de água, se a sua temperatura é, inicialmente, igual a 10,0°C? A razão –––– :
Q1
a) 5,40 x 104cal b) 6,30 x 104cal c) 9,54 x 104cal
d) 5,40 x 105cal e) 6,30 x 105cal a) depende do valor de M. b) vale 1. c) vale 2.
Dados: calor específico sensível da água = 1,00cal/g°C; d) vale 5,4. e) vale 54.
densidade da água = 1,00g/cm3;
calor específico latente de vaporização da água = 540cal/g. 21. (MACKENZIE-SP) – Em um calorímetro ideal, de capacidade
térmica desprezível, que contém 100g de água a 80°C, colocamos
14. (MACKENZIE-SP) – Sob pressão normal, 100g de gelo a –20°C um bloco de alumínio (c = 0,2 cal/(g.°C)), aquecido a 180°C. Após
recebem 10 000 calorias. o equilíbrio térmico, observa-se a formação de 6g de vapor de
Qual a temperatura da água obtida? água (Lv = 540 cal/g e c = 1 cal/(g.°C)). Sabendo-se que a
Dados: calor específico sensível do gelo = 0,50cal/g°C; experiência ocorre sob pressão normal, a massa do bloco de
calor específico latente de fusão do gelo = 80cal/g; alumínio é de
calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C. a) 77,5g b) 125,0g c) 202,5g
d) 327,5g e) 407,5g
15. Tabela de Dados:
calor específico sensível do gelo = 0,50cal/g°C; 22. (CEUB) – Denomina-se calor de combustão à quantidade de calor
calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C; liberada na queima de uma unidade de massa de um combustível.
calor específico latente de fusão do gelo = 80cal/g; O calor de combustão de um derivado do petróleo é 2 000kcal/kg.
calor específico latente de vaporização da água = 540cal/g. Se 7,0kg desse combustível forem utilizados para aquecer, sem
Dispondo de uma quantidade de calor de 6 000cal e observando perdas, um bloco de gelo de 100kg a –20°C, a temperatura do
os dados da tabela, podemos assegurar que conseguiremos “bloco”, em graus Celsius, após a queima total será de:
transformar 10g de gelo a –20°C em a) 30 b) 50 c) 60 d) 70 e) 80
a) vapor de água. Dados: calor específico sensível do gelo = 0,50kcal/kg°C;
b) uma mistura de vapor e água. calor específico latente de fusão do gelo = 80kcal/kg;
c) uma mistura de gelo e água. calor específico sensível da água = 1,0kcal/kg°C.
d) água a 50°C.
23. (UFF-RJ) – Um aquecedor libera 900cal/s. Ele é utilizado durante
e) gelo a 0°C.
50s para fornecer calor a 1,0kg de gelo a –5,0°C, inicialmente.
Desprezando as perdas, diga, justificando sua resposta, se a
16. Na temperatura de 0°C, 100g de gelo receberam 9,0kcal de uma
quantidade de calor fornecida pelo aquecedor derreterá totalmen-
fonte térmica. No final, temos
te a massa de gelo.
a) 80g de água e 20g de gelo, a 0°C.
b) 100g de água a 0°C. Dados: calor específico sensível do gelo = 0,50cal/g°C;
c) 90g de água a 10°C e 10g de gelo a 0°C. calor específico latente de fusão do gelo = 80cal/g;
d) 100g de água a 10°C. calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C.
e) 100g de água a 90°C.
Dados: calor específico sensível do gelo = 0,50cal/g°C; 24. Uma fonte de calor fornece 500cal/min a um recipiente de capa-
calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C; cidade térmica 100cal/°C e que contém 100g de água,
calor específico latente de fusão do gelo = 80cal/g. inicialmente a 20°C. Ao fim de 34 minutos, a água tem sua
temperatura elevada a 100°C, com desprendimento de 2,0g de
17. (PUC-MG) – Para fundir 100g de gelo a 0°C, precisa-se de vapor-d’água.
8 000cal e, para aquecer de 10°C 100g de água, precisa-se de A partir destes dados, desprezando-se perdas por irradiação, po-
1 000cal. Quantas calorias serão necessárias para transformar de-se dizer que o calor de vaporização da água é um valor mais
200g de gelo a 0°C em água a 20°C? próximo, em cal/g, de:
Dado: calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C.
18. (PUC-MG) – Um bloco de gelo, cuja massa é de 500g, encontra-se a) 400 b) 460 c) 500 d) 560 e) 600
no interior de um calorímetro, à temperatura de 0°C. Considere o
calor de fusão do gelo igual a 80cal/g e o calor específico sensível 25. (UFPR) – Um cubo de gelo a 0,00°C e com massa 100g tem em
da água igual a 1,0cal/g°C. Se forem fornecidas 20 000cal de calor a seu interior um resistor de capacidade térmica desprezível, que
esse bloco, teremos, no interior do calorímetro: serve para aquecer o sistema. Quantos segundos o resistor deve
a) 250g de gelo a 0°C e 250g de água a 4°C. ficar ligado, dissipando uma potência constante de 800W, para
b) 250g de gelo e 250g de água à temperatura final comum de 0°C. que a temperatura final do sistema chegue a 50,0°C?
c) 500g de água, provenientes da fusão do gelo, a 40°C. Considere o sistema termicamente isolado, o calor específico
d) 500g de gelo, que não se fundiram, a 0°C. latente de fusão do gelo igual a 335J/g e o calor específico sensí-
e) 500g de água, provenientes da fusão do gelo, a 0°C. vel da água igual a 4,18J/g°C.
19. (FUVEST) – A energia necessária para fundir um grama de gelo a 26. (UFCE) – Uma certa substância líquida sob pressão atmosférica
0°C é oitenta vezes maior que a energia necessária para elevar de entra em ebulição a uma temperatura de 80°C. Uma massa m
1°C a temperatura de um grama de água. Coloca-se um bloco de dessa substância, inicialmente a 30°C e sob pressão atmosférica,
gelo a 0°C dentro de um recipiente termicamente isolante, forne- recebe calor de uma certa fonte, a uma razão constante e entra
cendo-se, a seguir, calor a uma taxa constante. Transcorrido um em ebulição em 1min. Continuando por mais 3 minutos a receber
certo intervalo de tempo, observa-se o término da fusão completa calor da mesma fonte, verifica-se que toda a massa m do líquido
do bloco de gelo. Após um novo intervalo de tempo, igual à se vaporiza. Sendo o calor específico sensível da substância na
metade do anterior, a temperatura da água, em °C, será: fase líquida 0,50cal/g°C, determine o calor específico latente de
a) 20 b) 40 c) 50 d) 80 e) 100 vaporização da substância, em cal/g.
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27. (EN-RJ) 29. (UNICAMP) – Em um dia quente, um atleta corre dissipando 750W
Utilizando-se de uma fonte térmica de potência constante, trans- durante 30min. Suponha que ele só transfira esta energia para o
formaram-se 300g de gelo a –8,0°C em vapor-d’água saturado, meio externo através da evaporação do suor e que todo seu suor
sob pressão normal em 30 minutos. Para o aquecimento de um seja aproveitado para sua refrigeração. Adote L = 2.500J/g para o
outro líquido, tendo massa igual a 912,24g, de 86°F para 176°F foi calor latente de evaporação da água na temperatura ambiente.
necessário o uso da mesma fonte durante 3,0 minutos. O calor a) Qual é a taxa de perda de água do atleta em kg/min?
específico sensível médio deste líquido (em J/kg.K) vale: b) Quantos litros de água ele perde nos 30min de corrida?
a) 0,36 b) 20 c) 3,6 . 102 Usar: densidade da água = 1,0kg/ᐉ.
d) 2,0 . 103 e) 3,6 . 103
Dados: calor específico sensível do gelo = 0,50cal/g°C; 30. (FEI) – Em um dia muito quente, o proprietário de um bar orgulha-se
calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C; de servir um chope bem tirado, resfriando-o da temperatura ambiente
calor específico latente de fusão do gelo = 80cal/g; de 35°C até 5,0°C, por meio de uma chopeira constituída por uma ser-
calor específico latente de vaporização da água = 540cal/g; pentina de cobre colocada no interior de um recipiente de isopor que
equivalente mecânico da caloria = 4,2J/cal. pode conter 10,0kg de gelo. Como o movimento é intenso, estão sen-
do servidos, em média, 4 copos de 200cm3 por minuto. De quanto em
28. (UFBA) – Um recipiente de paredes adiabáticas contém, inicial- quanto tempo deverá ser substituída, no recipiente, a água resultante
mente, 80g de água em estado líquido e 20g de gelo a 0°C. Um da fusão de todo o gelo que ele continha, por gelo novo?
aquecedor de 6,272 x 103W mergulhado dentro dele, durante Adote:
algum tempo, transforma 20% da massa d’água em vapor. Deter- temperatura do gelo ao ser colocado na chopeira: –10,0°C;
mine, em segundos, o tempo gasto nessa transformação. temperatura da água, resultante da fusão, ao ser retirada: 0,0°C;
Dados: calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C; calor específico sensível do gelo = 0,50cal/g°C;
calor específico sensível de fusão do gelo = 80cal/g; calor específico sensível da água e do chope = 1,0cal/g°C;
calor específico sensível de vaporização da água = 540cal/g; calor específico latente de fusão do gelo = 80cal/g;
equivalente mecânico da caloria = 4,2J/cal. densidade do chope = 1,0 g/cm3.
7. Curvas de
aquecimento e de resfriamento
São as curvas que se obtêm construindo num dia-
grama cartesiano o gráfico da temperatura de um corpo
em função da quantidade de calor trocada (recebida ou
cedida) por ele.
Consideremos, por exemplo, um corpo de massa m
de uma substância, cujas temperaturas de fusão e de ebu-
lição são, respectivamente, F e E. Seja 1 (1 < F) a
temperatura inicial deste corpo. Como 1 < F, concluí-
mos que inicialmente o corpo se encontra no estado sóli-
do (ponto A). Fornecendo-se calor ao corpo, ele se
aquece, mantendo-se sólido até a temperatura de fusão
(ponto B). A partir daí, à medida que continua recebendo
calor, o corpo funde-se e a sua temperatura mantém-se A curva de resfriamento é obtida de maneira análo-
constante (patamar BC). ga, bastando considerar as transformações inversas da-
Só depois de totalmente fundido (ponto C) é que o quelas que aparecem na curva do aquecimento.
corpo (agora no estado líquido) vai aquecer-se, perma-
necendo líquido até a temperatura de ebulição (ponto D).
Durante a ebulição, a temperatura mantém-se constante
(patamar DE) e só após completada a ebulição (ponto E)
é que o vapor vai aquecer-se (trecho EF) até 2.
As quantidades de calor recebidas pelo corpo para o
aquecimento podem ser assim calculadas:
Q1 = m csólido (F – 1)
Q2 = m LF
Q3 = m clíquido (E – F)
Q4 = m LV Q5 = m cvapor (2 – E)
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31. Aquecem-se 20g de água de –10°C a 50°C, sob pressão normal. 2.o caso: o calor cedido pelo sólido é exatamente suficiente para
Dados: fundir todo o gelo. O equilíbrio térmico se dá a 0°C e não há gelo
calor específico sensível do gelo = 0,50cal/g°C; no equilíbrio térmico.
calor específico latente de fusão do gelo = 80cal/g;
calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C.
a) Construa a curva do aquecimento correspondente.
b) Determine a quantidade de calor usada no aquecimento.
Resolução
a) Considerando que, sob pressão normal, as temperaturas de
3.o caso: o calor cedido pelo sólido consegue fundir todo o gelo e
ainda aquece toda a água resultante. O equilíbrio térmico se dá
acima de 0°C e não há gelo no equilíbrio térmico.
40mág = 5 000
mág = 125g
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34. (FAFIPAR) – O gráfico representa o aquecimento de uma substân- 36. (PUC-SP) – Com base nos dados deste gráfico, pode-se afirmar que
cia cristalina, em função da quantidade de calor recebida. a) a temperaturas inferiores a 40°C, o corpo está no estado líquido.
b) a temperaturas acima de 40°C, o corpo está no estado gasoso.
c) no intervalo de 0°C a 40°C, o corpo sofre mudança de fase.
d) não há alteração de fase do corpo de 0°C a 120°C.
e) a 40°C, o corpo sofre mudança de fase.
Podemos afirmar:
I) O calor específico sensível do líquido é 0,60cal/g°C.
II) A temperatura de ebulição é 120°C.
III) O calor específico latente de vaporização é 60cal/g.
IV) O calor específico sensível do vapor é 0,75cal/g°C.
Das afirmações acima, as corretas são:
a) I e IV. b) I e III. c) I e II.
d) II e III. e) III e IV.
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Dados:
calor específico latente
de fusão do gelo:
LF= 80cal/g;
calor específico sensível
da água: c = 1,0cal/g°C. Dados: calor específico latente de fusão do gelo = 80cal/g;
calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C.
Determine
a) a massa total da mistura gelo e água.
Determinar b) a capacidade térmica do corpo.
a) o calor específico sensível do corpo metálico; c) a razão entre a massa de água e a massa de gelo na mistura
b) a massa de água líquida que havia no início da mistura. inicial.
52. (UNIP-SP) – Num recipiente de paredes adiabáticas, têm-se 60g de totalmente o gelo. A massa de água, em gramas, que se forma no
gelo a 0°C. Colocando-se 100g de água neste recipiente, metade do interior do calorímetro vale:
gelo se funde. Qual é a temperatura inicial da água, sabendo-se que a) 520 b) 584 c) 589 d) 620 e) 700
o calor específico latente de fusão do gelo é 80cal/g? Dados:
Dado: calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C. calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C;
Resolução calor específico sensível do vapor = 0,50cal/g°C;
Se apenas metade do gelo vai derreter, teremos no final uma mis- calor específico latente de fusão do gelo = 80cal/g;
tura de gelo e água, assim a temperatura de equilíbrio térmico se- calor específico latente de vaporização da água = 540cal/g.
rá 0°C. Resolução
Dessa forma, temos: Se o vapor-d’água injetado está na quantidade necessária e sufi-
ciente para fundir totalmente o gelo, no final teremos apenas água
m
Qcedido + Qrecebido = 0 (m c ⌬)água + (–––2 . L )
F gelo =0 a 0°C.
Observe que a capacidade térmica do calorímetro não será utili-
60 zada, já que o calorímetro não sofrerá variação de temperatura.
100 . 1,0 . (0 – i) + –––– . 80 = 0 –100 i + 2400 = 0 Dessa forma, temos:
2
Qcedido + Qrecebido = 0
100 i = 2400 i = 24°C
[(m c ⌬)vapor + (m LV) + (m c ⌬)água]vapor + (mLF)gelo = 0
53. (PUCCAMP) – Um calorímetro de capacidade térmica 50cal/°C mV . 0,50 . (100 – 120) + mV (–540) + mV . 1,0 . (0 – 100) + 520 . 80 = 0
contém 520g de gelo a 0°C. Injeta-se no calorímetro vapor de –10mV – 540mV – 100mV + 41 600 = 0
água a 120°C, na quantidade necessária e suficiente para fundir
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56. (UNIRIO) – Em um calorímetro ideal, colocam-se 100g de gelo a 59. (UNIP-SP) – Um bloco de gelo de massa m, a uma temperatura
0°C com 1000g de água líquida a 0°C. Em seguida, são formula- de – 80°C, é colocado dentro da água contida em um recipiente de
das três hipóteses sobre o que poderá ocorrer com o sistema capacidade térmica desprezível e paredes adiabáticas. A água no
água + gelo no interior do calorímetro: recipiente tem massa M e está a uma temperatura de 80°C.
I. Parte do gelo derreterá, diminuindo a massa do bloco de gelo.
ll. Parte da água congelará, diminuindo a massa de água líquida. São dados: (1) calor específico sensível do gelo: 0,50cal/g°C;
III. As massas de gelo e de água líquida permanecerão inalteradas. (2) calor específico sensível da água: 1,0cal/g°C;
Assinalando V para hipótese verdadeira e F para hipótese falsa, a (3) calor específico latente de fusão do gelo: 80cal/g.
sequência correta será: Para que no equilíbrio térmico tenhamos apenas água líquida a
a) F, F, F b) F, F, V c) F, V, F M
d) V, F, F e) V, V, F 0°C, a razão ––– deve ser igual a:
m
57. (UFCE) – Considere uma certa massa M de gelo a 0°C, que deve a) 0,50 b) 1,0 c) 1,5 d) 2,0 e) 2,5
ser misturada com igual massa M de água e uma certa temperatura
inicial T. Qual deve ser essa temperatura, em °C, de modo que no 60. (UNIP-SP) – Considere um copo contendo uma massa M de água
final se tenha unicamente água a 0°C? Para os cálculos, considere: pura, à temperatura de 20°C.
calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C; Um bloco de gelo de massa 50g e a uma temperatura de –20°C é
calor específico latente de fusão do gelo = 80cal/g. colocado dentro da água do copo.
Admita que o sistema gelo-água esteja isolado termicamente do
58. (FUVEST-FGV-SP) – Dispõe-se de água a 80°C e gelo a 0°C. ambiente externo e que o copo tenha capacidade térmica des-
Deseja-se obter 100 gramas de água a uma temperatura de 40°C prezível.
(após o equilíbrio), misturando água e gelo em um recipiente
isolante e com capacidade térmica desprezível. Sabe-se que o ca- São dados:
lor específico latente de fusão do gelo é 80cal/g e o calor especí- (1) calor específico sensível do gelo: 0,50cal/g°C;
fico sensível da água é 1,0cal/g°C. (2) calor específico sensível da água: 1,0cal/g°C;
A massa de gelo a ser utilizada é: (3) calor específico latente de fusão do gelo: 80cal/g.
a) 5,0g b) 12,5g c) 25g d) 33g e) 50g Sabendo que a temperatura final de equilíbrio térmico é de 10°C,
concluímos que M é igual a:
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a) 2,5 . 102g b) 4,0 . 102g c) 4,5 . 102g Dados: calor específico sensível da água: 1,0cal/g°C;
d) 5,0 . 102g e) 1,0 . 103g calor específico sensível do gelo: 0,50cal/g°C;
calor específico latente de fusão do gelo: 80cal/g.
61. (PUCCAMP) – Um bloco de gelo, de massa 10g, é retirado de um
congelador a –16°C e colocado num calorímetro ideal, contendo 65. (UnB) – Um pedaço de 100g de gelo, inicialmente à temperatura de
50g de água a 26°C. –30°C, é imerso em 400g de água cuja temperatura é de 25°C. A
A temperatura final de equilíbrio térmico é, em °C, mistura é agitada até que um estado final de equilíbrio seja alcan-
a) zero b) 3,0 c) 5,0 d) 7,0 e) 11 çado. Supondo-se que não haja troca de energia térmica entre o
sistema e o seu recipiente, qual a temperatura final de equilíbrio?
Dados: calor específico sensível do gelo: 0,50cal/g°C; Dados: calor específico sensível do gelo: 0,50cal/g°C;
calor específico latente de fusão do gelo: 80cal/g; calor específico sensível da água: 1,0cal/g°C;
calor específico sensível da água: 1,0cal/g°C. calor específico latente de fusão do gelo: 80cal/g.
62. (UFRJ) – Misturam-se 100g de gelo a 0°C com 100g de água a 0°C, 66. (EN-RJ) – Uma barra de gelo de massa 100g a –20°C é colocada
em 1000g de água a 14°C em um recipiente de capacidade térmica num recipiente com 15g de água líquida a 10°C.
desprezível. Sabendo que o calor específico latente de fusão do Sabe-se que o calor específico sensível do gelo vale 0,55cal/g°C,
gelo vale 80cal/g e que o calor específico sensível da água vale o calor específico latente de fusão do gelo, 80cal/g e o calor
1,0cal/g°C, calcule a temperatura de equilíbrio dessa mistura. específico sensível da água líquida, 1,0cal/g°C. A temperatura de
equilíbrio será, em °C, igual a:
63. (ITA) – Num dia de calor, em que a temperatura ambiente era de a) –10 b) 0 c) +10 d) +20
30°C, João pegou um copo com volume de 200cm3 de refrige-
rante à temperatura ambiente e mergulhou nele dois cubos de 67. (AFA-RJ) – Num calorímetro ideal, são misturados 100g de gelo a
gelo de massa 15g cada um. Se o gelo estava à temperatura de –39°C com 20g de água a 10°C.
– 4,0°C e derreteu-se por completo e supondo-se que o Dados: calor específico sensível do gelo: 0,50cal/g°C;
refrigerante tem o mesmo calor específico sensível que a água, a calor específico latente de fusão do gelo: 80cal/g;
temperatura final da bebida de João ficou sendo calor específico sensível da água: 1,0cal/g°C.
aproximadamente de: Qual a temperatura final de equilíbrio térmico?
a) 0°C b) 12°C c) 15°C d) 20°C e) 25°C
68. Num recipiente adiabático, de capacidade térmica desprezível, são
Dado: densidade absoluta da água = 1,0g/cm3. misturados 100g de água a 5,0°C com 200g de água a 20°C. Após
algum tempo, são colocados no interior desse recipiente m gramas
64. (UELON-PR) – Em um recipiente, de paredes adiabáticas e de gelo a –20°C. Os valores mínimo e máximo de m para que no
capacidade térmica desprezível, introduzem-se 200g de água a final a temperatura de equilíbrio seja 0°C são:
20°C e 80g de gelo a –20°C. Atingido o equilíbrio térmico, a tem- a) 50g e 450g b) 50g e 1250g c) 50g e 2850g
peratura do sistema será: d) 450g e 450g e) 450g e 4500g
a) –11°C. b) 0°C, restando 40g de gelo. Dados: calor específico sensível do gelo: 0,50cal/g°C;
c) 0°C, restando apenas água. d) 0°C, restando apenas gelo. calor específico sensível da água: 1,0cal/g°C;
e) 11°C. calor específico latente de fusão do gelo: 80cal/g.
69. O calor de fusão do fósforo branco em sua temperatura de fusão Ls = clíq (F – 1)
normal (44°C) é 4,8cal/g. Fósforo branco líquido é colocado num
4,8 = 0,20 (44 – 1)
vaso e resfriado progressivamente até 34°C, sem que ele se
solidifique. 1 = 20°C
a) Se, nestas condições, o fósforo for agitado, qual é a fração de
sua massa que se solidifica?
b) Abaixo de que temperatura deve estar o fósforo em 70. Determinar em que temperatura se encontram 100g de água em
sobrefusão, para que, ao provocar sua solidificação, toda a sua sobrefusão, sabendo-se que a solidificação repentina de 20g
massa se solidifique? desta água eleva a temperatura do sistema ao ponto de
Dado: calor específico sensível do fósforo líquido = 0,20cal/g°C. solidificação.
Resolução Dados: calor específico latente de fusão do gelo = 80cal/g;
a) Observemos o gráfico da curva de resfriamento do fósforo calor específico sensível da água = 1,0cal/g°C.
branco. Resolução
Observemos o diagrama de uma curva do resfriamento da água,
com a sobrefusão.
153
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Preencha as lacunas: 74. Uma certa porção de enxofre, cuja temperatura de fusão é 120°C,
encontra-se em sobrefusão a 100°C. Admitindo 13cal/g o calor
I) A substância encontra-se no estado de sobrefusão no trecho específico latente de fusão do enxofre e 0,20cal/g°C o calor
_______. específico sensível do enxofre líquido, determine a fração da
II) Estando em sobrefusão, o líquido, ao ser agitado, solidifica-se massa de enxofre que se solidifica repentinamente, quando se
parcial e repentinamente. Esta transformação está represen- provoca uma agitação do sistema.
tada no diagrama pelo trecho _______.
III) O corpo é encontrado totalmente no estado sólido no trecho 75. (FEI) – 100g de água encontram-se no estado de sobrefusão à
_______. temperatura de – 40°C e pressão absoluta de 1,0atm. Caso o equi-
líbrio instável seja perturbado, com uma agitação por exemplo,
qual a massa de água que irá solidificar-se subitamente?
73. No gráfico temperatura x
tempo do resfriamento de Dados: calor sensível da água = 1,0cal/g°C;
um líquido, apresentado calor específico latente de fusão do gelo = 80cal/g.
ao lado, temos que
a) AB, CD e DE corres-
pondem a estados lí- 76. (UFPA) – Para o fósforo, a temperatura de fusão é 44°C, o calor
quidos. específico sensível no estado líquido 0,20cal/g°C e o calor espe-
b) apenas em AB ocorre cífico latente de fusão 5,0cal/g. Uma certa massa de fósforo é
estado líquido. mantida em sobrefusão a 30°C. Num certo instante, verifica-se
c) em CD ocorrem, simultaneamente, estados líquido e sólido. uma solidificação repentina. Que fração do total da massa do fós-
d) apenas em DE ocorre estado líquido. foro se solidifica?
e) o gráfico está errado. a) 0,56 b) 0,65 c) 0,75 d) 0,87 e) 0,95
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Portanto, para transformar gás em líquido, devemos obrigatoriamente reduzir a temperatura do gás, abaixo da
temperatura crítica (ele torna-se vapor), e depois basta comprimi-lo isotermicamente.
Observe os diagramas de estado para a água e para o dióxido de carbono (CO2).
6 170
8 120
10 100
Um líquido, num frasco aberto, entra em ebulição a partir do 78. Uma mistura de gelo e água líquida a 0°C é colocada num tubo de
momento em que a sua pressão de vapor se iguala à pressão ensaio e nele ocupa o volume de 30cm3. Ao tubo foi fornecido ca-
atmosférica. Assinale a opção correta, considerando a tabela, o lor até que todo o gelo se fundiu e o volume do conteúdo ficou re-
gráfico e os dados apresentados, sobre as seguintes cidades: duzido a 29 cm3 a 0°C
Determinar a quantidade de calor que foi absorvida pela mistura
de gelo e água.
Natal (RN) nível do mar Dados: calor de fusão do gelo: L = 80cal/g;
Campos do Jordão (SP) altitude de 1628 m
densidade do gelo a 0°C: µg = 0,90 g/cm3;
Pico da Neblina (RR) altitude de 3014 m
densidade da água a 0°C: µa = 1,0 g/cm3.
156
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m’ ma + mg 60 + 18
V’ = –––– = –––––––––– = –––––––––– (cm3) V’ = 78cm3
µa µa 1,0
c) Considerando os volumes aparentes, temos:
A variação de volume ⌬V = 30cm3 – 29cm3 = 1,0cm3 deve-se à 2,0 ␥a = 3,2 . 10–4 °C–1
␥a = ––––––– (°C–1)
diminuição de volume do gelo ao se fundir. Assim, sendo m a 78 . 80
massa do gelo, Vg o volume do gelo e Va o volume da água resul-
tante da fusão do gelo, temos: 80. A temperatura tripla do chumbo é T. Abaixo desta temperatura,
o chumbo
⌬V = Vg – Va a) só pode ser encontrado no estado sólido.
b) só pode ser encontrado no estado sólido ou líquido.
m m c) só não pode ser encontrado no estado líquido.
Lembrando que µ = –— e, portanto, V = –––, obtemos:
V µ d) pode ser encontrado em qualquer estado físico.
e) é encontrado necessariamente no estado gasoso.
m m µa – µg
⌬V = ––––– – ––––– = m ––––––––– Resolução
µg µa µgµa Como o chumbo é uma substância que aumenta de volume com
a fusão (não é exceção), a sua curva de equilíbrio sólido + Iíquido
µgµa⌬V 0,90 . 1,0 . 1,0 é crescente. Assim, o seu diagrama de estado tem o aspecto
m = ––––––––– = ––––––––––––––– (g) ⇒ m = 9,0g apresentado na figura abaixo.
µa – µg 1,0 – 0,90
157
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observar a limpeza do orifício central e a existência de uma válvula 84. (MODELO ENEM) –
de segurança, normalmente situada na tampa. P(mmHg) 787,7 760,0 707,0 657,5 611,0 567,0 525,5 487,0 450,0
O esquema da panela de pressão e um diagrama de fase da água
são apresentados abaixo. TE(MC) 101 100 98 96 94 92 90 88 86
a) Brasília 96 1830
d) La Paz 83 4333
Resolução
a) FALSA
Brasília
1,0km ⎯⎯⎯⎯→ ⌬ = 3,0°C
1,83km ⎯⎯⎯⎯→ ⌬
⌬ = 3,0 . 1,83 ⇒ ⌬ = 5,49°C
b) FALSA
Rio de Janeiro (nível do mar):
A vantagem do uso de panela de pressão é a rapidez para o
cozimento de alimentos e isto se deve E 艑 100oC
a) à pressão no seu interior, que é igual à pressão externa.
b) à temperatura de seu interior, que está acima da temperatura
de ebulição da água no local. c) VERDADEIRA
c) à quantidade de calor adicional que é transferida à panela. Monte Everest
d) à quantidade de vapor que está sendo liberada pela válvula.
1,0km ⎯⎯⎯⎯→ 3,0°C
e) à espessura da sua parede, que é maior que a das panelas
comuns. 8,333km ⎯⎯⎯⎯→ ⌬ ⇒ ⌬ 艑 25°C
Resolução
De acordo com o gráfico dado, quanto maior a pressão a que está E = 100 – 25 ⇒ E = 75oC
submetido o líquido, maior será a sua temperatura de ebulição.
Na panela de pressão, a pressão em seu interior é maior do que a
externa, e isso faz com que o líquido ferva a uma temperatura d) FALSA
maior do que quando exposto à pressão atmosférica. La Paz
Resposta: B
1,0km ⎯⎯⎯⎯→ 3,0°C
83. Se, por economia, abaixarmos o fogo sob uma 4,333km ⎯⎯⎯⎯→ ⌬ ⇒ ⌬ 艑 13°C
panela de pressão logo que se inicia a saída de vapor
pela válvula, de forma simplesmente a manter a E = 100 – 13 ⇒ E = 87oC
fervura, o tempo de cozimento
a) será maior porque a panela “esfria”.
b) será menor, pois diminui a perda de água. e) FALSA
c) será maior, pois a pressão diminui. Mar Morto
d) será maior, pois a evaporação diminui. 1,0km ⎯⎯⎯⎯→ 3,0°C
e) não será alterado, pois a temperatura não varia.
Resolução 0,4km ⎯⎯⎯⎯→ ⌬ ⇒ ⌬ 艑 1,2°C
A válvula mantém no interior da panela um pressão constante.
Enquanto a pressão se mantiver constante, a temperatura de E = 100 + 1,2 ⇒ E = 101,2oC
ebulição da água não se alterará, portanto o tempo de cozimento
dos alimentos também não se alterará.
Resposta: C
Resposta: E
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85. (VUNESP) – Aquece-se certa quantidade de água. A temperatura pressões. No nível do mar (altitude zero), a pressão atmosférica
em que irá ferver depende da vale 76cmHg e ela diminui 1,0cmHg para cada 100 metros que
a) temperatura inicial da água. aumentamos a altitude.
b) massa da água. Temperatura de ebulição da água em função da pressão:
c) pressão ambiente.
d) rapidez com que o calor é fornecido. Pressão em
60 64 68 72 76 80 84 88 92 96 100 104 108
e) quantidade total do calor fornecido. cm de Hg
Temperatura
94 95 97 98 100 102 103 105 106 108 109 110 111
86. O funcionamento de uma panela de pressão está baseado no fato em °C
a) de a temperatura de ebulição da água independer da pressão.
b) de a temperatura de ebulição da água aumentar quando a Analise as afirmações.
pressão aumenta. I. No nível do mar, essa massa m de feijão demorará 40 minutos
c) de a temperatura de ebulição da água diminuir quando a para o cozimento.
pressão aumenta. II. O Mar Morto encontra-se aproximadamente 400 metros
d) de a temperatura de ebulição da água independer da pressão abaixo do nível dos mares (altitude –400m). Nesse local, o
atmosférica. mesmo feijão demoraria 30 minutos para o cozimento.
III. O tempo de cozimento desse feijão seria de 1,0 hora num
87. (FUVEST) – Enche-se uma seringa com pequena quantidade de local de altitude aproximadamente igual a 1,0km.
água destilada a uma temperatura um pouco abaixo da tempera- IV. Se esse feijão estivesse no interior de uma panela de pressão
tura de ebulição. Fechando-se o bico, como mostra a figura A, e fechada, cuja válvula mantém a pressão interna a 1,42atm
puxando rapidamente o êmbolo, verifica-se que a água entra em (1,0atm equivale a 76cmHg), independentemente do local, o
ebulição durante alguns instantes (veja figura B). tempo de cozimento seria de aproximadamente 10 minutos.
É (são) verdadeira(s)
a) somente I. b) somente I, III.
c) somente I, II e IV. d) somente II, III e IV.
e) I, II, III e IV.
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b) a diminuição de pressão facilita a fusão de todas as Analise esse diagrama e assinale a alternativa correta.
substâncias. a) Acima de 31°C, a substância apresenta-se no estado gasoso.
c) a diminuição de pressão facilita a fusão do antimônio. b) É possível liquefazer o gás apenas aumentando a temperatura
d) o aumento de pressão facilita a fusão de todas as substâncias. de –56,6°C para 31°C.
e) o aumento de pressão facilita a fusão do bismuto. c) A substância apresenta-se no estado sólido para valores de
pressão acima de uma atmosfera.
91. (UCBA) – Uma substância tem seu diagrama de fases represen- d) A substância apresenta-se sempre no estado líquido para a
tado no gráfico da pressão em função da temperatura, na figura temperatura de 20°C.
abaixo. e) A substância apresenta-se em mudança de estado para
pressão de 5,1atm e temperatura de –10°C.
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99. (MODELO ENEM) – Duda, uma vestibulanda, estava na cozinha a) I, II e III b) I, III e IV c) II e III
de sua casa quando resolveu realizar uma experiência de trocas d) III e IV e) I e IV
de calor que seu professor de Física havia proposto.
Para tanto, utilizou um caldeirão, uma garrafa de vidro, água e sal. 100. (MODELO ENEM) – A umidade relativa do ar fornece o grau de
Colocou água no caldeirão e no interior da garrafa de vidro, que concentração de vapor de água em um ambiente. Quando essa
permaneceu aberta durante toda a experiência. O caldeirão foi concentração atinge 100% (que corresponde ao vapor saturado),
colocado sobre a chama do fogão e a garrafa teve seu gargalo começam a surgir gotas de água que podem precipitar-se em
preso a um barbante que, esticado, mantinha a garrafa afastada forma de chuva. Para calcular a umidade relativa em um meio,
do fundo do caldeirão. Após alguns minutos, ela observou que a deve-se dividir a concentração de vapor de água existente no
água do caldeirão entrou em ebulição (a 100°C), mas a água do ambiente pela concentração máxima de vapor de água que
interior da garrafa (também a 100°C) não fervia. Esperou mais poderia ocorrer nesse meio, nessa temperatura.
alguns minutos e colocou um punhado de sal na água do A seguir, encontramos uma tabela que fornece a pressão máxima
caldeirão; pouco tempo depois notou que a água no interior da de vapor de água (em mmHg) e a concentração máxima de vapor
garrafa entrava em ebulição. de água (em g/m3), medidos nas temperaturas indicadas.
concentração
(°C) Pmáx(mmHg)
máxima (g/m3)
0 4,6 4,9
1 4,9 5,2
2 5,3 5,6
5 6,5 6,8
10 9,2 9,4
20 17,6 17,5
30 31,9 30,4
Usando essas informações, a umidade relativa do ar no interior de
uma sala de 5,0 metros de comprimento, 4,0 metros de largura e
3,0 metros de altura que contém 441 gramas de vapor de água
misturados com o ar, na temperatura de 20°C, vale:
a) 23% b) 35% c) 42% d) 58% e) 71 %
7) B 8) E 9) E 10) C 44) 28 (corretas: 04, 08 e 16) 62) 5,0°C 63) C 64) B 65) 1,0°C
11) D 12) C 13) E 14) 10°C 45) 15min e de 0 a 5,0min 66) B 67) –2,5°C 68) C
15) B 16) D 17) 20 000cal 46) fusão e solidificação 71) C 72) I) BC II) CD III)EF
18) B 19) B 20) D 47) a) 30J b) 26J 4
21) D 22) B c) 6,5 . 10–2J d) 1,3 . 10–1J 73) C 74) –––– 75) 50g
13
23) Não, sobrarão 468,75g de gelo. 48) A 49) a) 0,03cal/g°C
24) C 25) 68s 26) 75cal/g b) 75g 76) A 85) C 86) B 87) B
27) D 28) 15s 50) a) 125g 88) C 89) B 90) E 91) E
29) a) 1,8 . 10–2kg/min 30) ~35,4min b) 25g 92) I-C II-E III-B IV-A V-G VI-D
b) 0,54ᐉ c) 52°C 93) A 94) E 95) C
34) C 35) D 36) E 37) B 51) a) 120g 56) B 57) 80°C 96) C 97) A 98) A
38) A 39) a) 300K 40) E b) 50cal/°C 99) C 100) C 101) B
b) 0,50cal/g°C c) 5
41) A 42) A 43) A 58) C 59) C 60) D 61) D
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CAPÍTULO
Termologia
4 TRANSMISSÃO DE CALOR
1. Considerações iniciais
Denomina-se transmissão de calor à passagem da energia térmica de um local para outro. Essa transmissão pode
ocorrer de três formas diferentes: condução, convecção e radiação.
2. Condução
É o processo de transmissão de calor em que a energia térmica passa de um local para o outro através das partículas
do meio que os separa. Na condução, a passagem da energia térmica de uma região para outra se faz da seguinte
maneira: na região de maior temperatura, as partículas estão mais energizadas, vibrando com maior intensidade; assim,
162
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estas partículas transmitem energia para as partículas A convecção pode ser natural, quando é ocasionada
vizinhas, menos energizadas, que passam a vibrar com por diferenças de densidade devidas à diferença de
intensidade maior; estas, por sua vez, transmitem energia temperatura entre as massas de fluido, ou forçada, quan-
térmica para as seguintes, e assim sucessivamente. do é ocasionada por bombas ou ventiladores.
Notemos que, se não existissem as partículas cons- Observemos que na convecção não há passagem de
tituintes do meio, não haveria a condução de calor. Por- energia de um corpo para outro, mas apenas estes é que
tanto: mudam de posição.
A condução de calor é um processo que exige a Dessa forma, concluímos que, a rigor, a convecção
presença de um meio material para a sua não é um processo de transmissão de calor, pois não há
realização, não podendo ocorrer no vácuo (local passagem de energia de um corpo para outro.
isento de partículas).
I) Aparelho de
ar-condicionado e aquecedor elétrico
No verão, o aparelho de ar-condicionado introduz o
ar frio nas salas pela parte superior. Desse modo, em
razão da sua maior densidade, o ar frio desce, provo-
cando a circulação do ar contido na sala.
3. Convecção
Para ilustrarmos a convecção, imagine uma sala on-
de ligamos um aquecedor elétrico que está colocado no O aparelho de ar-condicionado deve ser colocado na parte superior da parede
da sala.
chão, no centro dessa sala.
O ar em torno do aquecedor se aquece, tornando-se
No inverno, o ar aquecido pelo aquecedor elétrico
menos denso que o restante. Com isto, ele sobe e o ar
deve ser produzido na parte inferior da sala.
frio desce, havendo uma troca de posição do ar quente
que sobe com o ar frio que desce. A este movimento de
massas de fluido chamamos convecção e as correntes de
ar formadas são correntes de convecção.
Assim, temos:
164
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– Atérmicos: São os meios que não permitem a propa- Como exemplo de radiação, podemos citar a energia
gação das ondas de calor através deles (são os meios opa- solar que recebemos diariamente, a energia emitida por
cos às ondas de calor). uma lareira que nos aquece no inverno, a energia emitida
Ex.: parede de tijolo. por uma lâmpada de filamento, cujo efeito sentimos
eficazmente quando dela nos aproximamos etc.
1. O diagrama abaixo representa, de forma esquemá- solo é da ordem de 30% e a absorvida pela superfície é da
tica e simplificada, a distribuição da energia prove- ordem de 50%.
niente do Sol sobre a atmosfera e a superfície terres-
tre. Na área delimitada pela linha tracejada, são destacados alguns c) FALSA
processos envolvidos no fluxo de energia na atmosfera. A radiação solar absorvida diretamente pela atmosfera é da
ordem de 20%.
d) VERDADEIRA
A radiação solar que é absorvida diretamente pelo solo é da
ordem de 50% e a quantidade devolvida para a atmosfera é da
ordem de 44%
e) FALSA
A radiação emitida para o espaço pela atmosfera é da ordem
de 64% e a radiação irradiada diretamente para o espaço, pela
superfície, é da ordem de 6%.
Resposta: D
165
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10. (UERJ-MODELO ENEM) – Duas chaleiras idênticas, que come- (MOREIRA, Igor. O espaço geográfico.
çam a apitar no momento em que a água nelas contida entra em São Paulo: Editora Ática, 2002, p. 206.)
ebulição, são colocadas de duas formas distintas sobre o fogo,
como indica a figura adiante: a) a elevação da temperatura média do planeta.
b) o aumento do índice do uso da energia solar.
c) a diminuição do buraco da camada de ozônio.
d) a elevação do número de habitantes da Terra.
e) a diminuição do nível dos oceanos do planeta.
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17. (FAZ-UBERABA-MG) – Algumas pessoas usam toalhas plásticas a) ⌬t = ⌬tB < ⌬tA b) ⌬t < ⌬tA = ⌬tB c) ⌬t > ⌬tA = ⌬tB
para forrar as prateleiras das suas geladeiras. Este procedimento d) ⌬t = ⌬tA = ⌬tB e) ⌬t < ⌬tA < ⌬tB
a) melhora a conservação dos alimentos, pois aumenta o isola-
mento térmico das geladeiras. 21. Analise as afirmativas abaixo:
b) aumenta o consumo de energia da geladeira, pois reduz o flu- I. Nas geladeiras, a refrigeração dos alimentos é feita por condu-
xo do ar interno. ção do ar em seu interior.
c) reduz o consumo de energia da geladeira, pois o motor não II. A Terra recebe calor do Sol por convecção.
precisa ficar ligado o tempo todo. III. A radiação é o único processo de propagação de calor que
d) melhora o desempenho da geladeira, pois reduz as perdas de pode ocorrer no vácuo.
calor por convecção. Assinale:
e) não interfere no funcionamento da geladeira desde que a placa a) Se as afirmativas I, II e III estão corretas.
de resfriamento não seja coberta. b) Se apenas as afirmativas I e II estão corretas.
c) Se apenas as afirmativas II e III estão corretas.
18. (UNITAU-SP) – Sabe-se que o calor específico da água é maior d) Se apenas a afirmativa II está correta.
que o calor específico sensível da terra e de seus constituintes e) Se apenas a afirmativa III está correta.
(rocha, areia etc.). Em face disso, pode-se afirmar que, nas re-
giões limítrofes entre terra e o mar, 22. (UFLA-MG) – As afirmativas abaixo referem-se à transmissão (ou
a) durante o dia, há vento soprando do mar para a terra e, à noite, transferência) de calor. Assinale a alternativa correta.
o vento sopra no sentido oposto. a) A transmissão de calor por convecção ocorre por meio de
b) o vento sempre sopra no sentido terra-mar. ondas eletromagnéticas com frequência e comprimento de
c) durante o dia, o vento sopra da terra para o mar e, à noite, o onda definidos.
vento sopra do mar para a terra. b) A condução de calor está relacionada com as trocas de energia
d) o vento sempre sopra do mar para a terra. molecular ou com o fluxo de elétrons de valência.
e) não há vento algum entre a terra e o mar. c) A transmissão de calor por radiação ocorre graças às diferen-
ças de densidade, provocadas por gradientes de temperatura
19. (UNIMEP) – dentro do fluido.
d) A condução de calor consiste no transporte de energia térmica
de uma região para outra, em razão do deslocamento do pró-
prio fluido.
e) Todos os corpos irradiam calor continuamente e a quantidade
de calor irradiada depende somente do poder emissivo do
corpo.
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5. Fluxo de calor (Lei de Fourier) peratura ⌬ entre os meios (1) e (2) que ela separa e é
inversamente proporcional à espessura da placa.
Consideremos dois meios (1) e (2) em temperaturas
diferentes 1 e 2 (1 < 2), separados por uma placa Pode-se, pois, escrever a Lei de Fourier:
metálica de área S e espessura L.
Q C S ⌬
⌽ = –––– = –––––––
⌬t L
em que C é uma constante de proporcionalidade carac-
terística do material que constitui a placa, chamada coe-
ficiente de condutibilidade térmica.
Notemos que, para S, ⌬ e L iguais, quanto maior for
C, maior será o fluxo de calor.
Portanto:
Se o coeficiente de condutibilidade térmica (C) de
um material é grande, diremos que este material é um
bom condutor de calor. Exemplo: os metais em geral.
Se o coeficiente de condutibilidade térmica (C) de
Verifica-se que há uma passagem de calor de (2) para
um material é pequeno, diremos que este material é mau
(1), definindo-se como fluxo de calor (⌽) através da placa
condutor de calor. Os piores condutores de calor são
ao quociente da quantidade de calor que a atravessa pelo
chamados isolantes térmicos. Exemplos: isopor, cortiça,
tempo gasto para atravessá-la:
lã, porcelana, borracha, madeira, mica, os gases em ge-
Q ral, o vidro, o gelo etc.
⌽ = ––––
⌬t
6. Vaso de Dewar
Portanto, o fluxo de calor representa a quantidade de O vaso de Dewar ou garrafa
calor que atravessa a placa na unidade de tempo. Esta térmica é um dispositivo utili-
passagem de calor de (2) para (1) se faz através das partí- zado para manter a tempe-
culas que constituem a placa metálica, conforme esquema: ratura do seu conteúdo inal-
terada o maior intervalo de
tempo possível. Para tanto, as
paredes do sistema devem ser
adiabáticas, não permitindo
trocas de calor com o meio
ambiente.
Como a energia térmica po-
Notemos que se não existissem as partículas consti- de ser trocada por condução,
tuintes da placa, não haveria condução de calor de (2) pa- convecção e radiação, foram usados os seguintes artifí-
ra (1). cios:
Atingido o regime estacionário de escoamento de
calor através da placa metálica, a distribuição de tempe- 1) Para evitar a saída ou entrada de calor por condu-
raturas ao longo da placa passa a ter o aspecto indicado a ção, o líquido foi envolvido por vácuo. Por isso a garrafa
seguir. térmica pos sui parede dupla de vidro (péssimo condu-
tor) entre as quais se faz o vácuo.
2) Para evitar a convecção (processo que exige tro-
cas de partículas), deve-se manter sempre bem fechada a
tampa da garrafa.
3) Para evitar a radiação, as paredes são espelhadas,
assim os raios infravermelhos e as demais radiações
refletem-se no espelho, retornando ao meio de origem.
É bom observar que este sistema não é perfeito;
Verifica-se experimentalmente que o fluxo de calor assim, depois de algumas horas, o líquido interno acaba
⌽ é proporcional à área S da placa, à diferença de tem- atingindo o equilíbrio térmico com o meio ambiente.
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7. A estufa
Principalmente em países onde o inverno é muito
rigoroso, são usadas estufas para o cultivo de verduras,
legumes e flores. A estufa é um local fechado, com
paredes e teto de vidro que recebem as radiações solares.
O vidro é transparente à luz visível e praticamente
opaco às ondas de calor (raios infravermelhos). Porém,
uma pequena parte de raios infravermelhos consegue
passar pelo vidro, sendo os principais responsáveis pelo
aquecimento do interior da estufa. Esses raios são absor-
vidos e depois são emitidos numa forma mais ampla de
raios infravermelhos que poderão sair pelo vidro apenas
numa pequena parte; o restante volta a ser absorvido pe-
las plantas.
26. Uma placa de material isolante térmico tem 1,0m2 de área de sec-
ção transversal e 8,0cm de espessura. Calcule o fluxo de calor (ou
⌽ = 25cal/s
27. Uma das
corrente térmica) através desta placa, quando a diferença de
extremidades de uma barra de cobre de 80cm de comprimento e
temperatura entre as faces opostas é 100°C. É dado o coeficiente 10cm2 de área da secção transversal está situada num banho de
de condutibilidade térmica do material: vapor de água em ebulição, sob pressão normal, e a outra
c a l cm extremidade numa mistura de gelo fundente e água. As perdas de
C = 2,0 –––––––– calor pela superfície lateral da barra podem ser desprezadas.
s m2 °C
Resolução
Temos:
S = 1,0m2
L = 8,0cm
⌬ = 2 – 1 = 100°C
cal cm
C = 2,0 ––––––––
s m2 °C
Determine
a) a corrente térmica através da barra;
b) a quantidade de calor que atravessa uma secção da barra em
5,0min;
c) a temperatura ’ num ponto situado a 20cm da extremidade
mais quente;
d) esboce o gráfico da temperatura ao longo da barra.
Dado:
coeficiente de condutibilidade térmica do cobre: 0,96cal/s.cm°C.
Resolução
2 = 100°C
Temos:
1 = 0°C
2
} → ⌬ = 100°C
S = 10cm
L = 80cm
O fluxo de calor ou corrente térmica (⌽) através da placa con- C= 0,96cal/s . cm . °C
dutora é determinado pela expressão:
a) A corrente térmica (⌽) através da barra é dada por:
C S ⌬
⌽ = –––––––– C S ⌬
L ⌽ = –––––––––
L
Substituindo pelos valores dados, temos: Substituindo-se pelos dados, resulta:
cal cm 0,96 . 10 . 100
2,0 –––––––– . 1,0m2 . 100°C ⌽ = –––––––––––––––– (cal/s)
s m2 °C 80
⌽ = ––––––––––––––––––––––––––––
8,0cm ⌽ = 12cal/s
b) Lembrando que a corrente térmica é o quociente da quantida-
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de de calor que atravessa uma secção da barra pelo tempo Aplicação numérica:
gasto para atravessá-la, temos: L1 = 40cm; L2 = 60cm
cal cal
Q C1 = 0,10 –––––––– C2 = 0,20 ––––––––
⌽ = ––––– ⇒ Q = ⌽ . ⌬t s cm °C s cm °C
⌬t
Q = 3,6 . 103cal
冢 冣 = ––––
C1 C2 C1 C2
d) O gráfico pedido tem o seguinte aspecto: ’ –––– + –––– 1 + –––– 2
L1 L2 L 1 L2
C1 C2
–––– 1 + –––– 2
L1 L2
’ = ––––––––––––––––––––
C1 C2
–––– + ––––
L1 L2
(L1 + L2) ⌽
28. Duas barras cilíndricas de mesma secção transversal (S), de 2 – 1 = –––––– ––––– (II)
comprimentos L1 e L2 e coeficientes de condutibilidade térmica CS
C1 e C2, respectivamente, são emendadas de modo a constituir
uma única barra cilíndrica. Mantendo as extremidades destas às Da expressão (I), do item a, temos:
temperaturas 1 e 2 (1 < 2): L1⌽
a) Determine a temperatura ‘ da emenda. ’ – 1 = –––––
C1S
b) Determine o coeficiente de condutibilidade térmica (C) da
barra resultante.
c) Construa o gráfico da temperatura em função da posição ao L2⌽
e 2 – ’ = –––––
longo da barra resultante. C2S
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Somando-se essas expressões, membro a membro, resulta: 29. O uso mais popular de energia solar está associado
⌽ L1 L2 ao fornecimento de água quente para fins domés-
S 冢
2 – 1 = –––– –––
C1 C2 冣
+ ––– (III) ticos.
Na figura abaixo, é ilustrado um aquecedor de água constituído de
dois tanques pretos dentro de uma caixa termicamente isolada e
Comparando-se as expressões (II) e (III), obtém-se: com cobertura de vidro, os quais absorvem energia solar.
(L1 + L2) ⌽ ⌽ L1 L2
CS S 冢
––––––––––– = –––– ––– + –––
C1 C2 冣
L1 + L2
C = –––––––––––––
L1 L2
––– + –––
C1 C2
30. A figura a seguir representa a garrafa de Dewar (garrafa térmica), II) O vácuo existente entre as paredes de vidro serve para im-
vista em corte. pedir as trocas de calor, por radiação.
III) A radiação é minimizada pelo espelhamento existente nas
faces internas e externas das paredes de vidro.
IV) Para evitar trocas de calor por convecção entre o líquido e o
meio externo, basta fechar a garrafa.
Assinale:
a) Se apenas I e II estão corretas.
b) Se apenas III e IV estão corretas.
c) Se apenas I, III e IV estão corretas.
d) Se apenas II e III estão corretas.
e) Se todas estão corretas.
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de calor, estando relacionados com uma ou mais formas de 36. A refrigeração e o congelamento de alimentos são
transmissão. responsáveis por uma parte significativa do consumo
Assinale a alternativa que relaciona corretamente as caracterís- de energia elétrica numa residência típica. Para di-
ticas da garrafa térmica com as formas de transmissão de calor minuir as perdas térmicas de uma geladeira, podem ser tomados
que essas características tentam impedir. alguns cuidados operacionais:
a) parede espelhada ⇔ condução, vácuo ⇔ radiação. I. Distribuir os alimentos nas prateleiras deixando espaços
b) parede espelhada ⇔ condução, vácuo ⇔ radiação e convecção. vazios entre eles, para que ocorra a circulação do ar frio para
c) parede espelhada ⇔ radiação, vácuo ⇔ condução. baixo e do quente para cima.
d) parede espelhada ⇔ radiação, vácuo ⇔ radiação, condução e II. Manter as paredes do congelador com camada bem espessa
convecção. de gelo, para que o aumento da massa de gelo aumente a
troca de calor no congelador.
32. Sabe-se que a temperatura do café se mantém razoavelmente III. Limpar o radiador (“grade” na parte de trás) periodicamente,
constante no interior de uma garrafa térmica perfeitamente vedada. para que a gordura e a poeira que nele se depositam não
a) Qual o principal fator responsável por esse bom isolamento reduzam a transferência de calor para o ambiente.
térmico? Para uma geladeira tradicional, é correto indicar, apenas,
b) O que acontece com a temperatura do café se a garrafa a) a operação I. b) a operação II.
térmica for agitada vigorosamente? Explique sua resposta. c) as operações I e II. d) as operações I e III.
e) as operações II e III.
33. (FAPIPAR-PR) – Uma carteira escolar é construída com partes de
ferro e partes de madeira. Quando você toca a parte de madeira 37. O resultado da conversão direta de energia solar é
com a mão direita e a parte de ferro com a mão esquerda, embo- uma das várias formas de energia alternativa de que
ra todo o conjunto esteja em equilíbrio térmico, se dispõe. O aquecimento solar é obtido por uma
a) a mão direita sente mais frio que a esquerda, porque o ferro placa escura coberta por vidro, pela qual passa um tubo contendo
conduz melhor o calor. água. A água circula, conforme mostra o esquema abaixo.
b) a mão direita sente mais frio que a esquerda, porque a
convexão na madeira é mais notada que no ferro.
c) a mão direita sente mais frio que a esquerda, porque a
convexão no ferro émais notada que na madeira.
d) a mão direita sente menos frio que a esquerda, porque o ferro
conduz melhor o calor.
e) a mão direita sente mais frio que a esquerda, porque a madeira
conduz melhor o calor.
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43. Uma porta de madeira, cujas dimensões são 210cm de altura por
80cm de largura por 3cm de espessura, separa o interior de uma
sauna (70°C) do meio ambiente (20°C). Pede-se determinar o flu-
xo de calor através dessa porta.
Dado: coeficiente de condutibilidade térmica da madeira =
cal cm
= 3 . 10–4 –––––––––.
s cm2 °C
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45. (PUCCAMP) – Uma estufa está à temperatura de 40°C quando no atmosférica é normal. Sabe-se que o coeficiente de conduti-
exterior a temperatura é de 0°C. As paredes da estufa são cons- bilidade térmica do alumínio vale 0,5cal . cm/s . cm2 . °C.
tituídas de placas de vidro de espessura de 2mm e área de
2500cm2. Qual o calor transmitido em cada segundo através da
placa de vidro?
cal
Dado: coeficiente de condutibilidade térmica = 0,0015 . ––––––––.
cm s °C
9) D 10) A 11) A 12) A 13) C 14) E 33) D 34) C 35) A 36) D 37) E
15) A 16) C 17) B 18) A 19) A 20) A 38) A 39) a) 1,6 . 102cal/s
21) E 22) E 23) C 24) B 25) D 30) C b) 1,4 . 107cal
31) C 40) B 41) E 42) a) 10cal 43) 84cal/s
32) a) A condução não ocorre no vácuo. b) 5,0g
b) Aumenta, pois há transformação de energia mecânica em 44) D 45) 750cal/s 46) 艑 5,8 . 104cal
térmica. 47) 68°F 48) B 49) A
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CAPÍTULO
Termologia
5 GASES PERFEITOS
Os balões são inflados pelo ar que existe em seu Na foto, observamos o gás expelido pelo
interior. Esse fato evidencia a colisão das mergulhador, que sobe até a superfície da água.
moléculas do gás (ar) com as paredes internas dos Esse gás se expande, empurrando a água
balões. A pressão do ar, no interior do balão, é que está ao seu redor, por meio da colisão
produzida pelas colisões das partículas do gás nas de suas partículas contra as moléculas de água.
superfícies internas de cada balão.
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mmHg
Quando diminuímos o volume do recipiente, o volume do gás também diminui. Nos recipientes A e B, encontramos duas amostras do mesmo gás. Em B, as
partículas do gás possuem maior velocidade de agitação. Assim, a tempera-
tura do gás em B é maior do que em A.
F
p = –––
A
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em que R é uma constante de proporcionalidade, deno- Como R é uma constante física, ela tem unidade. Se
minada constante universal dos gases perfeitos ou variarmos a unidade de R, obtemos valores numéricos
constante de Clapeyron. diferentes, porém equivalentes. Dessa forma, temos:
O cálculo do número de mols (n) do gás é feito
dividindo-se a massa total do gás pela massa de um mol atm ᐉ joules calorias
desse gás: R = 0,082 –––––– = 8,31 –––––– 艑 2,0 –––––––––
mol K mol K mol K
m
n = –––
M
1. (MODELO ENEM) – O professor Galileu adora produzir um forte Após o impacto provocado, o professor Galileu instigou os alunos
impacto nos alunos. Antes do início de uma das partes da Física, a explicar o acontecido. Cinco alunos deram suas explicações,
ele desenvolveu um experimento que prendeu a atenção de mas apenas um deles acertou.
todos na sala de aula. A seguir, vamos descrever, na sequência, Analise as respostas e encontre a correta.
os passos realizados por ele. a) Aluno 1: “a água fria provoca uma contração do metal das
1. Mostrou aos alunos uma lata vazia com uma única abertura na paredes da lata”.
parte superior. b) Aluno 2:“a lata fica mais frágil ao ser aquecida”.
2. No interior dessa lata, colocou um pouco de água e, com a c) Aluno 3:“a pressão atmosférica amassa a lata”.
abertura superior livre, aqueceu-a na chama de um bico de d) Aluno 4:“o vapor frio, no interior da lata, puxa suas paredes
Bunsen, até a ebulição do líquido. para dentro”
3. Após a água ferver e o interior do recipiente ficar totalmente e) Aluno 5: “a força do impacto das gotas de água fria, no frágil
preenchido com vapor, a lata foi tampada e retirada do fogo. metal quente, provoca o amassar da lata”.
4. Em seguida, colocou a lata fechada na pia e despejou água fria Resolução
sobre o recipiente. O vapor, no interior da recipiente, comporta-se como um gás. Ao
Os alunos, estupefatos, observaram a lata se contrair abrupta- ser resfriado pela água fria, esse “gás” tem sua pressão
mente, ficando toda amassada. diminuída. A pressão atmosférica fica maior do que a pressão
interna. Assim, a atmosfera “empurra” as paredes externas,
amassando a lata.
Resposta: C
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p = 3,0atm
Na posição de equilíbrio:
V1 = V2 = cte. FA = FB
p1 = p2 = cte. Dividindo pela área A do êmbolo, temos:
nA . R TA nB R TB
Dividindo membro a membro, obtemos: ––––––––– = ––––––––
VA VB
p1V1 n1 RT1
––––––– = –––––––– nA TA nB TB
p2V2 n2 R T2 ––––––– = –––––––
Aᐉ1 Aᐉ2
n1T1
1 = ––––– Usando os valores numéricos fornecidos, temos:
n2T2
1 x 300 2 x 600
n1T1 n1 . 300 –––––––– = ––––––––
T2 = –––––– = ––––––––– ᐉ1 ᐉ2
n2 5
––– n1
6 300 1 200
––––––– = ––––––––––
T2 = 360K ᐉ1 (100 – ᐉ1)
2 = 87°C ᐉ1 = 20cm
L2 = 100 – ᐉ1 = 100 – 20
4. Um tubo fechado nas extremidades tem um pistão móvel em seu
interior que o separa em duas regiões. A secção transversal do tu- ᐉ2 = 80cm
bo é constante. Na região A, existe 1 mol de hidrogênio a 300K,
enquanto na região B, existem 2 mols de nitrogênio a 600K. Resposta: Na posição de equilíbrio, o pistão estará situado a
Determine a posição de equilíbrio do pistão. 20cm da parede esquerda e a 80cm da parede direita.
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6. (MACKENZIE-SP) – Se a pressão de um gás confinado é duplica- 12. Dois balões esféricos, A e B, contêm massas iguais de um
da à temperatura constante, a grandeza do gás que duplicará será mesmo gás ideal e à mesma temperatura. O raio do balão A é
a) a massa. b) a massa específica. duas vezes maior do que o raio do balão B. Sendo pA e pB as
c) o volume. d) o peso. pressões dos gases nos balões A e B, pode-se afirmar que
e) a energia cinética. pA
–––– é igual a:
pB
7. (UEPB) – O estudo dos gases criou um modelo teórico, deno- 1 1 1 1
minado gás perfeito ou ideal. Vários cientistas contribuíram para a) ––– b) ––– c) ––– d) ––– e) 2
4 2 8 16
este estudo, dentre eles Boyle (1627-1691), Mariotte (1620-1684),
Gay-Lussac (1778-1850) e Charles (1746-1823). As situações abai- 13. Os pontos A, B, C, D, E e F do diagrama pressão x volume, dado
xo descritas referem-se a alguns fenômenos e teorias existentes a seguir, indicam seis situações diferentes de uma mesma massa
acerca do gás ideal. de gás perfeito.
Situação I – Ao introduzir ar num pneu vazio, os choques das
moléculas dos gases que compõem o ar com as paredes internas
do pneu fazem com que ele se encha.
Situação II – Dentro de um botijão, existe uma determinada
massa de gás a 300 K e sob pressão de 6 atm. Sendo o seu
volume invariável, ao esfriá-lo até 200 K, sua pressão passa a ser
de 3 atm.
Situação III – Ao emborcar uma lata vazia de refrigerante, depois
de aquecida, num recipiente com água fria, ela é amassada pela
pressão atmosférica, devido ao aumento de pressão em seu
interior, resultado do resfriamento do ar rarefeito que foi
aprisionado.
Para as situações supracitadas, é (são) verdadeira(s):
a) Somente II e III b) Somente I e II c) Somente I
d) Somente I e III e) I, II e III Em que pontos a temperatura do gás assumiu o mesmo valor?
a) A e C b) B e E c) D e F
8. (UFU-MG) – Um recipiente rígido de volume 4,1 litros é dotado de d) A e E e) B e F
uma válvula de segurança, cuja abertura ocorre quando a pressão
interna atinge 40atm. Se o recipiente contém 5 mols de um gás 14. (UFLA-MG) – Um botijão de oxigênio de 20 Iitros contém n mols
perfeito, a máxima temperatura no seu interior é: do gás a uma pressão de 10atm e temperatura de 27°C. Utilizou-se
a) 127°C b) 277°C c) 473°C de parte do gás, com o que a pressão caiu para 6atm (à mesma
d) 527°C e) 649°C temperatura). Quantos gramas do gás foram utilizados?
Dados:
atm ᐉ atm ᐉ
Dado: R = 0,082 –––––– R = 0,082 –––––––; M (O2) = 32g.
mol K
mol K
a) 3,2g b) 52,1g c) 104,1g
9. (UNISA-SP) – Um volume de 8,2 litros é ocupado por 64g de gás
d) 156,1g e) 1156,3g
oxigênio à temperatura de 27°C. Qual é a pressão no interior do
recipiente? Considere o oxigênio um gás perfeito.
15. (UNICAMP) – Um cilindro de 2,0 litros é dividido em duas partes
(1 mol de O2 = 32g)
por uma parede móvel fina, conforme o esquema abaixo. O lado
atm . ᐉ
冢R = 0,082 –––––––
mol K 冣
esquerdo do cilindro contém 1,0 mol de um gás ideal. O outro
lado contém 2,0 mols, do mesmo gás. O conjunto está à tempera-
tura de 300K. Adote R = 0,080atm . ᐉ/mol.K.
a) 2,0atm b) 3,0atm c) 4,0atm
d) 6,0atm e) 8,0atm
11. (UNIP-SP) – Considerando-se um gás de massa molar M, à a) Qual será o volume do lado esquerdo quando a parede móvel es-
pressão P e temperatura absoluta T, a sua densidade é dada pela tiver equilibrada?
fórmula: b) Qual é a pressão nos dois lados, na situação de equilíbrio?
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p = cte . T
nR
em que a constante é –––.
V
Esta lei é conhecida por Lei de Charles e pode ser
assim enunciada.
pV
pV = n R T ⇒ n = ––––
RT
Rege qualquer transformação de uma dada massa Assim:
de gás perfeito (n = cte.).
Na Equação de Clapeyron, fazendo o número de pAVA pBVB
mols (n) constante, obtemos: nA = –––––– nB = ––––––
RTA RTB
pV
pV = nRT ⇒ –––– = nR = cte. pAVA pBVB
T
nC = –––––– + ––––––
Assim, quando uma dada massa de gás sofre uma RTA RTB
transformação, indo de um estado inicial (1) para um pV
estado final (2), vale a relação denominada lei geral dos mas: nC = ––––
gases: RT
p1V1 p2V2 Portanto:
–––––– = ––––––
T1 T2
pV pAVA pBVB
–––– = –––––– + ––––––
T TA TB
5. Mistura de gases perfeitos
Suponhamos sempre que os gases misturados não Atenção sobre o fato de que esse raciocínio vale
reagem quimicamente entre si. também para mistura de mais de dois gases perfeitos.
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16. (UNESP-MODELO ENEM) – Por meio de uma bomba de ar shuttles, porque a essa altitude as moléculas que existem são em
comprimido, um tratorista completa a pressão de um dos pneus número muito reduzido.
do seu trator florestal, elevando-a de 1,1.105 Pa (16Ibf/poI2) para Adaptado de Atkins, P., Jones, L., CHEMISTRY – Molecules, Matter,
1,3.105 Pa (19Ibf/pol2), valor recomendado pelo fabricante. Se and Change, 3rd edition, W. H.
durante esse processo a variação do volume do pneu é Freeman and Company, New York, 1997.
desprezível, o aumento da pressão no pneu se explica apenas por
causa do aumento A tabela seguinte fornece dados sobre a pressão atmosférica em
a) da temperatura do ar, que se eleva em 18% ao entrar no pneu, diferentes altitudes:
pois o acréscimo do número de mols de ar pode ser Altitude Pressão média, Massa molar média,
considerado desprezível. (m) p (bar) M (g.mol–1)
b) da temperatura do ar, que se eleva em 36% ao entrar no pneu,
pois o acréscimo do número de mols de ar pode ser 2000 0,8 28,96
considerado desprezível.
10 000 0,2 28,96
c) do número de mols de ar introduzidos no pneu, que aumenta
em 18%, pois o acréscimo de temperatura do ar pode ser (CRC–Handbook of Chemistry and Physics.73rded,1992)
considerado desprezível.
d) do número de mols de ar introduzidos no pneu, que aumenta Considere que o ar tem comportamento ideal e, portanto, vale a
em 28%, pois o acréscimo de temperatura do ar pode ser expressão
considerado desprezível. P = (/M)RT, em que = densidade, R = constante universal dos
e) do número de mols de ar introduzidos no pneu, que aumenta gases e T = temperatura termodinâmica, em kelvin.
em 36%, pois o acréscimo de temperatura do ar pode ser
considerado desprezível. Com base nessas informações e na leitura do texto, pode-se
Resolução estimar que a densidade do ar dentro da cabina de um avião
Resposta: C voando a 10 000m de altitude, quando comparada à densidade do
ar externo à aeronave é, aproximadamente,
a) a mesma. b) duas vezes maior.
17. (MODELO ENEM) – A figura representa as várias zonas em que c) três vezes maior. d) três vezes e meia maior.
a atmosfera se divide e a variação da temperatura com a altitude, e) quatro vezes maior.
na atmosfera. Resolução
Usando-se a expressão fornecida, temos:
冢 冣
p = ––– RT
M
1 . 250 1 . 1,1
4 = ––– ––––– ⇒ 4 = –––
2 225 2
1
––– 艑 3,6
2
Resposta: D
18. Uma dada massa de gás perfeito está num recipiente de volume
8,0 litros, à temperatura de 7,0°C, exercendo a pressão 4,0atm.
A camada inferior da atmosfera é designada por troposfera. Nesta Reduzindo-se o volume a 6,0ᐉ e aquecendo-se o gás, a sua pres-
camada, a temperatura diminui com o aumento de altitude. são passou a ser 10atm.
Aproximadamente entre 11km e 16km de altitude, situa-se a Determine a que temperatura o gás foi aquecido.
tropopausa, uma zona em que a temperatura permanece Resolução
constante e perto de -55°C. A cerca de 16km de altitude, inicia-se
Do enunciado do problema, temos:
a estratosfera. Nesta camada, a temperatura aumenta, até atingir
cerca de 0°C na estratopausa, aproximadamente a 45 km acima p1 = 4,0atm p2 = 10atm
do nível do mar. Acima dessa altitude, na mesosfera, a
V1 = 8,0ᐉ V2 = 6,0ᐉ
temperatura torna a diminuir, até se atingir a mesopausa.
Em seguida, na termosfera, a temperatura aumenta e, a altitudes 1 = 7,0°C 2 = ?
muito elevadas, pode ser superior a 1000°C. Contudo, os
Como a massa de gás se mantém constante, podemos aplicar a
astronautas não são reduzidos a cinzas quando saem dos space
lei geral dos gases perfeitos. Assim:
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p1 V1 p2 V2 Resolução
–––––––– = –––––––– a) Do enunciado, temos:
T1 T2
V1 = 1,0ᐉ V2 = V1 = cte.
sendo: p1 = 2,0atm p2 = 2p1 = 4,0atm
T1 = 1 + 273 = 7,0 + 273 T1 = 200K T2 = ?
Usando-se a lei geral dos gases, resulta:
T1 = 280K
p1V1 p2V2
Substituindo, na equação, os valores fornecidos, temos: –––––– = ––––––
T1 T2
4,0 . 8,0 10 . 6,0
––––––––– = ––––––––
280 T2 2,0 4,0
––––– = –––––
T2 = 525K 200 T2
p2 = 6,4atm
20. Uma dada massa de gás está num estado inicial (1) definido por:
p1 = 2,0atm; V1 = 1,0ᐉ e T1 = 200K
a) Aquece-se o gás isometricamente do estado (1) ao estado (2)
até que a pressão dobre. Calcule a temperatura T2.
b) Expande-se o gás isotermicamente do estado (2) ao estado (3)
até que a pressão fique 4 vezes menor. Calcule o volume V3.
c) Comprime-se o gás isobaricamente do estado (3) ao estado (4)
até que o volume se reduza de 60%. Calcule a temperatura T4.
d) Faça o gráfico que representa as transformações acima num
diagrama da pressão em função do volume.
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21. (UFRN-MODELO ENEM) – O departamento de Física da UFRN pressão e precisa ser recarregado. Quando a pressão interna for
possui um laboratório de pesquisa em criogenia, ciência que igual a 160 atm, a porcentagem da massa inicial de gás que terá
estuda a produção e manutenção de temperaturas muito baixas, escapado corresponderá a
contribuindo para o entendimento das propriedades físicas e a) 10% b) 20% c) 40% d) 60% e) 75%
químicas de sistemas nessas temperaturas pouco comuns.
Nesse laboratório, uma máquina retira o gás nitrogênio do ar e o Considere que a temperatura permanece constante e o CO2,
liquefaz a uma temperatura de 77,0 Kelvin (K), que corresponde a nessas condições, comporta-se como um gás perfeito.
-196 graus Celsius (°C). Nessa temperatura, o nitrogênio é usado
cotidianamente pelos departamentos de Física, Química e 1 atm = 105 N/m2
Biologia da UFRN, como também por pecuaristas no congela-
mento de sêmen para reprodução animal.
O nitrogênio líquido, em virtude de suas características, necessita ser 25. (FUVEST-SP) – Em algumas situações de resgate, bombeiros
manuseado adequadamente, pois pessoas não habilitadas poderão utilizam cilindros de ar comprimido para assegurar condições
sofrer acidentes e serem vítimas de explosões. Imagine uma pessoa normais de respiração em ambientes com gases tóxicos. Esses
desavisada transportando, num dia quente de verão, uma porção de cilindros, cujas características estão indicadas na tabela, alimen-
nitrogênio líquido numa garrafa plástica fechada. Como o nitrogênio tam máscaras que se acoplam ao nariz. Quando acionados, os ci-
líquido tende a entrar em equilíbrio térmico com o ambiente, mudará lindros fornecem para respiração, a cada minuto, cerca de 40 litros
de estado físico, transformando-se em um gás. A tendência desse de ar, à pressão atmosférica e temperatura ambiente. Neste caso,
gás é se expandir, podendo provocar uma explosão. a duração do ar de um desses cilindros seria de aproximadamente
a) 20 minutos. b) 30 minutos. c) 45 minutos.
Admita que d) 60 minutos. e) 90 minutos.
I. o nitrogênio rapidamente se transforma em gás ideal, ou seja,
obedece à equação pV = nRT.
CILINDRO PARA RESPIRAÇÃO
Em que R é a constante universal dos gases e p, V, T, n são,
respectivamente: a pressão, o volume, a temperatura e o
número de moIs do gás; Gás ar comprimido
II. a pressão interna e a temperatura iniciais desse gás são, Volume 9 litros
respectivamente, 2,00 . 105 pascal (Pa) e 78,0K;
Pressão interna 200 atm
III. a garrafa utilizada pode suportar uma pressão máxima de
4,00 . 105 Pa e o volume dessa garrafa não varia até que a Pressão atmosférica local = 1 atm
explosão ocorra. A temperatura durante todo o processo permanece constante.
Diante dessas considerações, é correto dizer que a
temperatura limite (do gás nitrogênio) que a garrafa suporta
sem explodir é 26. (FUVEST-SP) – Um congelador doméstico (“freezer”) está regu-
a) 273K b) 156K c) 234K d) 128K e) 96K lado para manter a temperatura de seu interior a –18°C. Sendo a
temperatura ambiente igual a 27°C (ou seja, 300 K), o congelador
22. (FGV-SP-MODELO ENEM) – Na Coreia do Sul, a caça submarina é aberto e, pouco depois, fechado novamente. Suponha que o
é uma profissão feminina por tradição. As Haenyeos são “mulhe- “freezer” tenha boa vedação e que tenha ficado aberto o tempo
res-peixe” que ganham dinheiro mergulhando atrás de frutos do necessário para o ar em seu interior ser trocado por ar ambiente.
mar e crustáceos. O trabalho é realizado com equipamentos Quando a temperatura do ar no “freezer” voltar a atingir –18°C, a
precários, o que não impede a enorme resistência dessas pressão em seu interior será
senhoras que conseguem submergir por dois minutos e descer a) cerca de 150% da pressão atmosférica.
até 20 metros abaixo da superfície. b) cerca de 118% da pressão atmosférica.
(Revista dos Curiosos, 2003) c) igual à pressão atmosférica.
d) cerca de 85% da pressão atmosférica.
Supondo que o ar contido nos pulmões de uma dessas mergu- e) cerca de 67% da pressão atmosférica.
lhadoras não sofresse variação significativa de temperatura e se
comportasse como um gás ideal, e levando em conta que a 27. (UFMG) – Uma pessoa, antes de viajar, calibra a pressão dos
pressão exercida por uma coluna de água de 10m de altura pneus com 24,0 Ib/pol2 (libras por polegada quadrada). No mo-
equivale aproximadamente a 1atm, a relação entre o volume do ar mento da calibração, a temperatura ambiente (e dos pneus) era de
contido nos pulmões, durante um desses mergulhos de 20m de 27°C. Após ter viajado alguns quilômetros, a pessoa para em um
profundidade, e o volume que esse ar ocuparia no nível do mar, se posto de gasolina. Graças ao movimento do carro, os pneus
a estrutura óssea e muscular do tórax não oferecesse resistência, esquentaram-se e atingiram uma temperatura de 57°C. A pessoa
corresponderia, aproximadamente, a resolve conferir a pressão dos pneus. Considere que o ar dentro
Dado: pressão na superfície da água = 1atm dos pneus é um gás ideal e que o medidor do posto na estrada
a) 0,3 b) 0,5 c) 0,6 d) 1,0 e) 1,5 está calibrado com o medidor inicial. Considere, também, que o
volume dos pneus permanece o mesmo.
23. (PUCCAMP) – Um gás perfeito é mantido em um cilindro fecha- A pessoa medirá uma pressão de:
do por um pistão. Em um estado A, as suas variáveis são: a) 24,0 Ib/pol2 b) 26,4 Ib/pol2
pA = 2,0atm; VA = 0,90 litros; A = 27°C. Em outro estado, B, a c) 50,7 Ib/pol 2 d) 54,0 Ib/pol2
temperatura é B = 127°C e a pressão é pB = 1,5atm. Nessas
condições, o volume VB, em litros, deve ser: 28. (EEM-SP) – Um recipiente cilíndrico é hermeticamente fechado
a) 0,90 b) 1,2 c) 1,6 d) 2,0 e) 2,4 por uma tampa circular capaz de se deslocar sem atrito ao longo
das paredes. Contém no seu interior um gás que, à temperatura
24. (FUVEST-SP) – Um extintor de incêndio cilíndrico, contendo CO2, T = 250K, mantém a tampa à altura h = 0,800m. Baixando-se a
possui um medidor de pressão interna que, inicialmente, indica temperatura ao valor T’ = 125K, a tampa passa a ficar à altura h’.
200 atm. Com o tempo, parte do gás escapa, o extintor perde Calcule essa altura h’.
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29. (FUVEST-SP) – O cilindro da figura é fechado por um êmbolo que Qual é, em milímetros, o valor do comprimento L do tubo? (Des-
pode deslizar sem atrito e está preenchido por uma certa quan- prezar a pressão de vapor do mercúrio na parte superior do tubo.)
tidade de gás que pode ser considerado como ideal. À tem- a) 760 b) 762 c) 764 d) 766 e) 768
peratura de 30°C, a altura h, na qual o êmbolo se encontra em
equilíbrio, vale 20cm (ver figura; h refere-se à superfície inferior
do êmbolo). 33. (EN-RJ) – Um cilindro de secção reta constante de área 80cm2
contém um gás perfeito, fechado por um pistão de peso igual a
20N. Na figura (1), a distância a do pistão à extremidade fechada
do cilindro é de 2cm. Invertendo-se a posição do cilindro,
conforme mostrado na figura (2), verifica-se que a distância b do
pistão à extremidade fechada do cilindro é de 4cm. A pressão
externa, desconhecida, é a mesma nas duas posições.
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43. (UFPE) – A figura abaixo mostra um pistão contendo gás hélio, 45. (FUVEST-SP) – Para medir a temperatura T0 do ar quente
estando o êmbolo acoplado a uma alavanca. A extremidade F da expelido, em baixa velocidade, por uma tubulação, um jovem
alavanca é fixa e a extremidade H suporta um peso de intensidade utilizou uma garrafa cilíndrica vazia, com área da base S = 50 cm2
P. O sistema está em equilíbrio a 300K. e altura H = 20 cm. Adaptando um suporte isolante na garrafa, ela
foi suspensa sobre a tubulação por alguns minutos, para que o ar
expelido ocupasse todo o seu volume e se estabelecesse o equilí-
brio térmico a T0 (Situação 1). A garrafa foi, então, rapidamente
colocada sobre um recipiente com água mantida à temperatura
ambiente TA = 27°C. Ele observou que a água do recipiente subiu
até uma altura h = 4 cm, dentro da garrafa, após o ar nela contido
entrar em equilíbrio térmico com a água (Situação 2).
12) C 13) D 14) C 15) a) 艑 0,67ᐉ 21) B 22) A 39) 227°C 40) A 41) C 42) D 43) E 44) A
b) 36atm
45) a) 8,0 . 102cm3
23) C 24) B 25) C 26) D 27) B 28) 0,400m b) –4,0 . 102N/m2
c) 102°C
29) B 30) D 31) E 32) B 33) D
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CAPÍTULO
Termologia
6 TERMODINÂMICA
N
a Termodinâmica, estudaremos as relações e as
transformações de dois tipos de energia em trânsito, o calor
(energia térmica) e o trabalho (energia mecânica). Será
abordada uma Termodinâmica mais simples, aquela que utiliza os gases perfeitos como sistema físico
intermediário, um aspecto teórico que muito se aproxima das situações reais sem as complicações que
poderão ser estudadas posteriormente.
Este capítulo, um dos mais importantes da Termologia, será construído a partir do cálculo do trabalho
trocado entre o sistema físico (gás perfeito) e a parte externa, por meio de um gráfico pressão x volume. O
trabalho trocado é numericamente igual à área calculada abaixo do gráfico. Conceituaremos a energia interna
do sistema e, na resolução de vários exercícios, aplicaremos o Primeiro Princípio da Termodinâmica.
A apresentação da máquina térmica, principalmente aquela que funciona obedecendo ao Ciclo de Carnot,
é de extrema importância para os alunos que pretendem cursar algo na área de Exatas ou de Biológicas.
1. Noções iniciais
é a ciência que estuda a relação é aquele que não
entre a energia térmica em trânsito (calor) e a energia troca energia (fisicamente isolado) nem
mecânica em trânsito (trabalho) trocadas por um sistema matéria (quimicamente isolado) com o
com o meio externo e a relação entre essas trocas e as meio.
propriedades do sistema.
190
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1. (UELON-PR) – O gráfico representa a pressão p, em função do vo- 2. Dois mols (n = 2) de um gás perfeito sofrem um aquecimento iso-
lume V, para um gás perfeito contido num cilindro fechado por um bárico, variando a temperatura de ⌬T = 10K. Dada a constante uni-
pistão móvel. versal dos gases perfeitos R = 8,3 J/molK, calcule o trabalho rea-
lizado pelo gás nesta transformação.
Resolução
Representemos a transformação isobárica referida no enunciado
num diagrama pressão x volume.
Assim:
冦pV
p V2 = n R T2
1 = n R T1
p⌬V = n R ⌬ T
AB = [área do trapézio]
N
AB = p⌬V = n R ⌬ T (trabalho numa transformação isobárica)
(6 . 104 + 4 . 104) . 4 . 10–3
AB = –––––––––––––––––––––––– (J) AB = 200J
2 AB = 2 . 8,3 . 10 (J) AB = 166J
Resposta: B
191
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Assim: CA = 0
a) o trabalho do sistema nas transformações AB, BC e CA, afir-
mando, em cada caso, se é realizado ou recebido. b) O saldo de trabalho do sistema ao percorrer o ciclo é dado pela
b) o trabalho do sistema ao percorrer o ciclo ABCA, neste sentido, área interna ao ciclo.
afirmando se é realizado ou recebido.
Resolução
a) O trabalho do sistema em cada transformação é dado pela
área abaixo do gráfico da transformação considerada até o ei-
xo dos volumes.
Assim:
Transformação AB
AB =N A1 = [área do trapézio]
(4,0 . 104 + 1,0 . 104) . 6,0
AB = –––––––––––––––––––––––– (J) AB = 1,5 . 105 J
2
192
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Determine
a) a temperatura do gás no estado C.
b) o trabalho realizado pelo gás na transformação AB.
p0 V0 3 TA
8. (UFV-MG) – Um gás perfeito sofre as transformações AB, BC e e) TA = ––––––; TB = –––––; WAB = 4 R TA.
2R 2
CA.
Determine
a) o trabalho realizado pelo gás na transformação AB;
b) o trabalho realizado pelo gás na transformação BC;
c) a relação entre pressão e volume do gás no estado A.
193
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6. Orientação para
aplicar o primeiro princípio
a) Verifica-se se o sistema realiza, recebe ou não
5. Primeiro Princípio troca trabalho, lembrando que:
da Termodinâmica
O primeiro princípio da termodinâmica nada mais é Volume aumenta÷ sistema realiza trabalho ( > 0)
que o princípio da conservação da energia aplicado à ter- Volume diminui ÷ sistema recebe trabalho ( < 0)
modinâmica. Volume constante ÷ não troca trabalho ( = 0)
O princípio da conservação da energia, em linhas Portanto, o volume nos dá informação a respeito do
gerais, afirma que um sistema jamais pode criar ou des- trabalho.
truir energia.
Assim, se um sistema recebe energia, ele tem de dar b) Verifica-se se a energia interna do sistema
conta desta energia ou, se ele cede energia, esta energia aumenta, diminui ou não varia, aplicando a Lei de Joule:
tem de ter saído de algum lugar. “A energia interna de um dado número de mol de um
Por exemplo, admitamos que um sistema receba 100 gás perfeito depende só da temperatura e é diretamente
joules de calor. Estes 100 joules não podem ser aumen- proporcional à temperatura absoluta do gás.” (U = KT)
tados nem destruídos. Eles têm de ir para algum lugar.
Admitamos, em continuação, que o sistema realiza Assim, temos:
80 joules de trabalho.
Temperatura aumenta ÷ energia interna aumenta (⌬U > 0)
Notamos que o sistema recebeu 100 joules e cedeu
Temperatura diminui ÷ energia interna diminui (⌬U < 0)
80 joules. Onde estarão os 20 joules restantes? Temperatura constante ÷ energia interna constante (⌬U = 0)
Estes 20 joules restantes ficaram dentro do sistema,
armazenados sob a forma de energia interna. Portanto, a Portanto, a temperatura nos dá informação a respeito
energia interna do sistema aumentou 20 joules. da energia interna.
Podemos fazer um esquema desta troca de energia,
representando: c) Verifica-se se o sistema cede, recebe ou não
• Calor cedido pelo sistema (Q): é energia que entra troca calor, fazendo o balanço energético.
no sistema e a representamos por uma flecha para dentro.
• Trabalho cedido pelo sistema (): é energia que sai Observação:
do sistema e a representamos por uma flecha para fora. Se um dos três (Q, ou ⌬U) for igual a zero, os ou-
• Aumento da energia interna (⌬U): representamo-la tros dois serão iguais entre si, em módulo.
por uma flecha para cima (se for diminuição, a flecha é
para baixo).
7. Transformações adiabáticas
Nestas transformações, não há troca de calor com o
meio e, consequentemente, todo o trabalho posto em jo-
go é graças à variação de energia interna do sistema.
Q=0 ⇒ |A| = |⌬UA|
Portanto, quando o sistema recebe trabalho (com-
pressão), sua energia interna aumenta do mesmo tanto e
diminui quando ele realiza trabalho (expansão).
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15. (MODELO ENEM) – Não é nova a ideia de se extrair energia dos Resolução
oceanos aproveitando-se da diferença das marés alta e baixa. Em Volume de um quilograma de gasolina:
1967, os franceses instalaram a primeira usina “maré-motriz”,
m m 1kg
construindo uma barragem equipada de 24 turbinas, aproveitando d = ––– ⬖ V = ––– = –––––––––– = 0,001355m3
a potência máxima instalada de 240MW, suficiente para a V d 738kg/m3
demanda de uma cidade com 200 mil habitantes. Aproxima-
damente 10% da potência total instalada são demandados pelo Volume de GNV que libera a mesma quantidade de energia que
consumo residencial. um quilograma de gasolina:
Nessa cidade francesa, aos domingos, quando parcela dos
setores industrial e comercial para, a demanda diminui 40%. 50 200kJ…………1kg
Assim, a produção de energia correspondente à demanda aos 46 900kJ…………x
domingos será atingida mantendo-se
x = 0,934kg
I. todas as turbinas em funcionamento, com 60% da capacidade
máxima de produção de cada uma delas. m 0,934kg
V = ––– = ––––––––– = 1,1675m3
II. a metade das turbinas funcionando em capacidade máxima e d 0,8kg/m3
o restante, com 20% da capacidade máxima.
III. quatorze turbinas funcionando em capacidade máxima, uma O volume de GNV é bem maior:
com 40% da capacidade máxima e as demais desligadas.
1 . 1675m3
Está correta a situação descrita –––––––––––– = 862
a) apenas em I. b) apenas em II. 0,001355m3
c) apenas em I e III. d) apenas II e III.
Portanto, o volume de GNV seria muito maior, sendo necessário
e) em I, II e III.
que ele seja armazenado sob alta pressão.
Resolução
Seja P a potência máxima instalada (P = 240MW). Se aos domin- Resposta: B
gos a demanda diminui 40%, ela se torna 60%P = 0,6P.
I. VERDADEIRA 17. Um gás perfeito sofre a transformação ABCA indicada no dia-
Se todas as turbinas funcionarem com 60% da capacidade grama abaixo.
máxima, teremos 0,6P.
II. VERDADEIRA
12 turbinas funcionando com P1 e as outras 12 turbinas
funcionando com 0,2P1.
Sendo P a potência total, a potência máxima de cada turbina
P
P1 valerá ––– .
24
Assim, teremos:
P P
Ptotal = 12 . ––– + 12 . 0,2 ––– = 0,5P + 0,1P = 0,6P
24 24
III. VERDADEIRA
14 turbinas funcionando com P1, 1 funcionando com 0,4 P1 e Determinar em que pontos do ciclo a energia interna do gás é
as demais desligadas: mínima e máxima, respectivamente.
P + 1 . 0,4 P = 14,4P = 0,6P
Ptotal = 14 . ––– Resolução
––– ––––––
24 24 24 Como a energia interna de um gás perfeito é diretamente
proporcional à temperatura absoluta, concluímos que os pontos
Resposta: E de mínimo e de máximo da energia interna são os mesmos
pontos de mínimo e de máximo da temperatura absoluta, que são
16. Nos últimos anos, o gás natural (GNV: gás natural os pontos de mínimo e de máximo do produto pV.
veicular) vem sendo utilizado pela frota de veículos
De fato:
nacional, por ser viável economicamente e menos
agressivo do ponto de vista ambiental. O quadro compara 3 3
U = ––– n R T = ––– p V
algumas características do gás natural e da gasolina em condições 2 2
ambientes. Assim, para encontrarmos o ponto do ciclo em que a energia interna
é mínima, basta encontrar o ponto em que o produto p V é mínimo.
Densidade (kg/m3) Poder Calorífico Verifica-se facilmente no diagrama que essa situação de energia in-
GNV 0,8 50.200 terna mínima corresponde ao ponto C.
Para encontrarmos o ponto do ciclo em que a energia interna é má-
Gasolina 738 46.900 xima, temos de encontrar o ponto em que o produto pV é máximo.
Nos pontos A e B, a energia interna e a temperatura têm valores
Apesar das vantagens no uso de GNV, sua utilização implica
iguais, pois pAVA = pBVB. Mas, nos demais pontos do segmento AB,
algumas adaptações técnicas, pois, em condições ambientes, o
a energia interna e a temperatura têm valores maiores do que em A
volume de combustível necessário, em relação ao de gasolina,
e em B, pois estão acima da isoterma que passa por A e por B.
para produzir a mesma energia, seria
Verifica-se matematicamente que o ponto de AB em que o produto
a) muito maior, o que requer um motor muito mais potente.
p V é máximo é o ponto M, médio de AB.
b) muito maior, o que requer que ele seja armazenado a alta pres-
Assim, a energia interna do gás é máxima no ponto M, definido
são.
pelos valores de volume e pressão:
c) igual, mas sua potência será muito menor.
d) muito menor, o que o torna o veículo menos eficiente. M ⬅ (5,0m3; 2,5 . 104N/m2)
e) muito menor, o que facilita sua dispersão para a atmosfera.
197
P2_Livro1_Termologia_Alelex_119a206 05/07/12 10:22 Página 198
20. Dez (10) gramas de um gás perfeito são aquecidos, sob pressão
constante, de 10°C a 20°C. Calcular
a) o trabalho realizado pelo gás;
b) a variação de energia interna sofrida pelo gás;
c) a quantidade de calor recebida pelo gás;
d) a variação de energia interna que o gás sofreria, se o referido
aquecimento fosse isométrico;
e) a quantidade de calor que o gás receberia, se o aquecimento
fosse isométrico;
f) o calor específico do gás a volume constante.
Dados:
Massa molar do gás = 40g;
Constante universal dos gases perfeitos R = 8,31 J/K mol;
Equivalente mecânico da unidade de calor J = 4,18 J/cal.
Resolução
a) Como o aquecimento do gás foi isobárico, temos:
18. Sabendo-se que as massas molares do oxigênio e do hidrogênio m
são, respectivamente, 32g e 2,0g, pedem-se: p = p . ⌬V = n R ⌬T = ––– R ⌬T
a) Calcular a razão entre as velocidades das moléculas do hidro- M
10
gênio e do oxigênio na mesma temperatura. p = –––– . 8,31 . 10 (J) p 艑 20,8J
b) Calcular a razão entre as energias cinéticas médias das molé- 40
culas do hidrogênio e do oxigênio, na mesma temperatura.
Considerar o comportamento do oxigênio e do hidrogênio como b) A variação da energia interna calcula-se por:
de um gás perfeito. 3
Resolução ⌬U = ––– nR ⌬T
2
3RT
a) Lembrando que v = –––– , temos: 3 m 3
M
2 (M )
⌬U = ––– ––– . R . ⌬t = ––– . 20,8 (J)
2
⌬U = 31,2J
Dividindo-se membro a membro, obtém-se: d) Como “a energia interna de uma dada massa de um gás
perfeito depende exclusivamente da temperatura” (Lei de
vH MO vH 32 Joule), concluímos que, se o referido aquecimento fosse iso-
–––– = –––– ⇒ –––– = ––––
vO MH vO 2 métrico, em vez de isobárico, a variação de energia interna
seria a mesma. Assim: ⌬UV = ⌬Up 艑 31,2J
vH
––– = 4 e) Se o aquecimento fosse isométrico, teríamos:
vO
V = cte. ⇒ v = 0
b) A energia cinética média das moléculas é dada por: Assim:
3 0
Ec = ––– n R T
2 Qv = v + ⌬Uv
Dessa forma, observamos que ela depende da temperatura e
não depende da natureza do gás. Qv = ⌬Uv 艑 31,2J ou Qv = 7,46cal
Ec f) É sabido que: Qv = mcv ⌬
H
Portanto: ––––– =1 Assim:
EcO Qv 7,46 cal
cv = ––––––
m ⌬
= –––––––
10 . 10 (–––––
g°C )
19. Determine o valor de J (equivalente mecânico da unidade de ca-
lor) a partir dos seguintes dados:
cv 艑 7,5 . 10–2 cal/(g.°C)
Um sistema recebe 2000 calorias de calor, realiza 3350 joules de
O gráfico abaixo mostra as possíveis transformações: isobá-
trabalho e sua energia interna aumenta de 5030 joules.
rica e isométrica.
Resolução
Do enunciado, temos: Q = 2000 calorias
= 3350 joules
⌬U = 5030 joules
198
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21. (PUC-SP-MODELO ENEM) – A figura representa dois modos di- Assim, considerando o aumento da concentração de dióxido de
ferentes de um homem soprar uma de suas mãos. carbono e de metano na atmosfera provocado por atividades
antrópicas, pode-se afirmar que
a) o aumento da temperatura média da superfície da Terra
possibilitará uma considerável diminuição do rendimento da
máquina térmica como modelo da atmosfera.
b) o rendimento da máquina térmica como modelo da atmosfera,
que é de 0,8%, deverá aumentar.
c) o trabalho realizado pela máquina térmica como modelo da
atmosfera deverá sofrer uma diminuição significativa com o
aumento da temperatura da superfície da Terra.
d) o aumento da temperatura global do planeta acarretará uma
maior quantidade de energia transferida para o espaço por
calor.
e) com a variação do rendimento da máquina térmica como
modelo da atmosfera, podem-se esperar ventos com energias
Considerando a segunda situação, o diagrama pressão (p) x vo- cinéticas cada vez menores.
lume (V) que melhor descreve a transformação AB que o ar
soprado pelo homem sofre é 23. (VUNESP) – Um dos experimentos que contribuíram para provar
que calor é uma forma de energia foi realizado por James Joule
por meio do dispositivo apresentado na figura.
h = –––––––––––––
Qfonte quente
199
P2_Livro1_Termologia_Alelex_119a206 05/07/12 10:22 Página 200
A variação da energia interna e o trabalho realizado pelo gás va- II. Em uma transformação isovolumétrica, o calor envolvido
lem, respectivamente: corresponde à variação da energia interna.
a) ⌬U = 0 J e W = 0 J III. Em uma transformação adiabática, o trabalho mecânico envolvi-
b) ⌬U = 0 J e W = 8,0 x 102J do corresponde à variação da energia interna com sinal trocado.
c) ⌬U = 0,5 x 102J e W = 1,5 x 103J a) Nenhuma das afirmativas é correta.
d) ⌬U = 8,0 x 102J e W = 0 J b) Somente as afirmativas I e II são corretas.
e) ⌬U = 8,5 x 102J e W = 8,0 x 102J c) Somente as afirmativas I e III são corretas.
d) Somente as afirmativas II e III são corrretas.
26. (ITA) – Um mol de gás ideal sofre uma série de transformações e e) As afirmativas I, II e III são corretas.
passa sucessivamente pelos estados A → B → C → D, conforme o
diagrama pV anexo, no qual TA = 300K. 31. (UFLA-MG) – Um gás é submetido às seguintes transformações
mostradas no diagrama abaixo. Assinale a alternativa correta.
200
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c) Na transformação de A para B, o gás recebe um calor Q, reali- 32) A quantidade de calor recebida é igual ao trabalho realizado
za um trabalho , de modo que | Q | = | |. pelo gás na expansão.
d) A transformação de A para B é adiabática porque não houve 64) A quantidade de calor trocado e o trabalho realizado são am-
acréscimo de energia interna do gás. bos nulos.
e) A área assinalada na figura não pode ser usada para se medir
o calor recebido pelo gás.
38. (EEP-SP) – O que você pode dizer sobre o comportamento da
temperatura de uma massa de gás perfeito, quando submetido
34. (EN-RJ) – Dois mols de um gás monoatômico sofrem as transfor-
mações indicadas no diagrama p x V abaixo. às transformações:
I. Expansão isotérmica
II. Compressão adiabática
III. Expansão isobárica
201
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43. (PUC-SP) – O êmbolo do cilindro ao lado varia de 5,0cm sua posição e o gás ideal no interior do
cilindro sofre uma expansão isobárica, sob pressão atmosférica. O que ocorre com a tem-
peratura do gás durante essa transformação termodinâmica? Qual o valor do trabalho ⌬W rea-
lizado sobre o sistema pela atmosfera, durante a expansão?
Dados: pressão atmosférica: 105 N/m2; área da base do êmbolo: 10cm2.
TB
= 1 – ––––
TA
em que TB é a temperatura absoluta da fonte fria e TA a
da fonte quente.
A Máquina de Carnot, apesar de ser teórica, é aquela
que apresenta o máximo rendimento possível entre suas
fontes térmicas de temperaturas fixas.
9. Máquina térmica
Uma máquina térmica é um sistema no qual existe Representação gráfica do Ciclo de Carnot.
um fluido operante (normalmente vapor) que recebe
um calor QA de uma fonte térmica quente, realiza um
trabalho e rejeita a quantidade QB de calor para uma
outra fonte, fria.
Observe que para obtermos energia mecânica são necessárias uma fonte
Representação esquemática de uma máquina térmica (TA > TB ). quente e outra fria.
202
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44. Cem gramas (100g) de oxigênio sofrem uma expansão adiabática, Como AC é uma transformação isométrica (AC = 0), então:
passando da temperatura 40°C para 10°C. Calcular o trabalho rea- QAC = ⌬UAC
lizado pelo oxigênio nesta transformação.
Dado: calor específico do oxigênio a volume constante: AB = –QAC = –mcv . ⌬
cal AB = –100 . 0,15 . (10 – 40) (cal)
cv = 0,15 –––––
g°C AB = 450cal
Resolução
Representemos esta transformação num diagrama p x V. 45. Texto: Uma mesma massa de um mesmo gás, para sofrer o
mesmo aquecimento a pressão constante, requer maior
quantidade de calor do que a volume constante. Sendo assim,
concluímos que um mesmo gás, a pressão constante, apresenta
maior calor específico do que a volume constante.
A diferença entre estes calores específicos sensíveis é dada pela
Relação de Mayer:
R
cp – cv = ––– ou Cp – Cv = R
M
em que C = Mc (calor específico sensível molar)
Com base neste texto e em seus conhecimentos, resolva a ques-
tão seguinte:
Sendo ⌬Tp e ⌬Tv as variações de temperatura sofridas por um
gás, quando recebe a mesma quantidade de calor a pressão e a
Devemos calcular AB. Como AB é uma transformação adiabática ⌬Tp
(QAB = 0), temos: volume constante, respectivamente, calcule o quociente –––– .
⌬Tv
AB = –⌬UAB
Dados:
Considerando que a variação de energia interna não depende dos Constante universal dos gases perfeitos: R;
estados intermediários e que nas transformações isotérmicas a calor específico sensível molar do gás a pressão constante: Cp.
energia interna é constante, concluímos: Resolução
0 Temos que:
⌬UAB = ⌬UAC + ⌬UCB = ⌬UAC Qp
Qp = n Cp ⌬ Tp ⇒ ⌬Tp = –––––
mCp
Assim:
Qv
AB = –⌬UAC Qv = n Cv ⌬ Tv ⇒ ⌬Tv = –––––
mCv
203
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Dividindo membro a membro e considerando que Qp = Qv (ver 46. (UNAMA) – Uma máquina opera entre duas fontes térmicas de
enunciado), obtemos: temperaturas 7,0°C e 127°C. O rendimento teórico máximo da
máquina será:
⌬Tp Cv a) 10% b) 20% c) 30% d) 40% e) 50%
–––––– = –––– Resolução
⌬Tv Cp
Para o cálculo do rendimento teórico máximo, usamos a relação:
Pela Relação de Mayer: Cp – Cv = R TF
= 1 – ––––
TQ
Cv = Cp – R
Assim: Sendo: TF = 280K TQ = 400K
⌬Tp Cp – R 280
–––––– = ––––––– Temos: = 1 – ––––– = 1 – 0,70
⌬Tv Cp 400
47. (MODELO ENEM) – Uma máquina térmica é um sistema no qual A Máquina de Carnot, apesar de ser teórica, é aquela que apre-
existe um fluido operante (normalmente vapor) que recebe um senta o máximo rendimento possível entre suas fontes térmicas
calor QA de uma fonte térmica quente, realiza um trabalho e de temperaturas fixas.
rejeita a quantidade QB de calor para uma outra fonte, fria. Ela é um modelo importante para o desenvolvimento de
máquinas térmicas, no qual podemos observar teoricamente os
ciclos necessários para o funcionamento destas máquinas. Po-
rém, a termodinâmica mostra que a máquina não pode existir,
sendo portanto uma idealização teórica. A respeito da Máquina de
Carnot, podemos afirmar:
a) É caraterizada por duas transformações a temperatura
constante e duas sem troca de calor com o ambiente, todas
irreversíveis. O funcionamento da máquina é proibido pela
segunda lei da termodinâmica.
O rendimento dessa máquina é definido pela fração do calor b) É caracterizada por duas transformações a temperatura
absorvido pelo sistema, que é usado para realização do trabalho. constante e duas sem troca de calor com o ambiente, todas
reversíveis. O funcionamento da máquina é proibido pela
.. .QA – QB. .QB. segunda lei da termodinâmica.
= ––––– = –––––––––– = 1 – –––––– c) É caracterizada apenas por duas transformações a tempera-
.QA. .QA. .QA.
tura constante, todas reversíveis. O funcionamento da máqui-
Se a máquina térmica, ao funcionar, obedece ao Ciclo de Carnot na é proibido pela segunda lei da termodinâmica.
(duas isotermas e duas adiabáticas), então ela é denominada d) É caracterizada por duas transformações a temperatura
Máquina de Carnot e vale a relação: constante e duas sem troca de calor com o ambiente, todas
reversíveis. O funcionamento da máquina está baseado na
.QB. TB segunda lei da termodinâmica.
–––––– = –––– e) É caracterizada apenas por duas transformações sem troca de
.QA. TA
calor com o ambiente, todas irreversíveis. O funcionamento da
máquina é proibido pela segunda lei da termodinâmica.
Assim, seu rendimento pode ser calculado por:
204
P2_Livro1_Termologia_Alelex_119a206 05/07/12 10:22 Página 205
b) funcionam com base na conversão de energia potencial A partir das experiências realizadas sobre a natureza do calor,
gravitacional em energia térmica. somos naturalmente levados a refletir sobre a grande questão
c) podem aproveitar a energia química transformada em térmica que tem sido objeto de tantas especulações filosóficas:
no processo de dessalinização. Que é o calor? Existe alguma coisa que possamos chamar de
d) assemelham-se às usinas nucleares no que diz respeito à calórico? Calor e temperatura são a mesma coisa?
conversão de energia térmica em cinética e, depois, em Acerca do assunto tratado no texto acima, atualmente, com base
elétrica. na teoria do calor, analise as proposições a seguir, escrevendo V
e) transformam inicialmente a energia solar em energia cinética ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas, respectivamente:
e, depois, em energia térmica.
( ) Se o trabalho físico pode ser convertido em calor, então o
calor é também uma forma de energia mecânica.
49. (CEFET-PR) – O 2.o princípio da termodinâmica pode ser enuncia- ( ) O calor é um fluido invisível chamado calórico.
do da seguinte forma: “É impossível construir uma máquina tér- ( ) O equivalente mecânico da caloria nos dá a taxa de conver-
mica operando em ciclos, cujo único efeito seja retirar calor de são entre energia mecânica e calor.
uma fonte e convertê-lo integralmente em trabalho”. Por ex-
tensão, esse princípio nos leva a concluir que ( ) Temperatura é a quantidade de calor existente em um
a) sempre se pode construir máquinas térmicas cujo rendimento corpo. O calor contribui para a variação de temperatura dos
seja 100%. corpos.
b) qualquer máquina térmica necessita apenas de uma fonte ( ) Quando o calor de um corpo aumenta, suas partículas se
quente. movem rapidamente e sua temperatura fica maior, isto é,
c) calor e trabalho não são grandezas homogêneas. ao elevar-se, o corpo esquenta e dilata-se.
d) qualquer máquina térmica retira calor de uma fonte quente e
rejeita parte desse calor para uma fonte fria. Assinale a alternativa que corresponde à sequência correta:
e) somente com uma fonte fria, mantida sempre a 0°C, seria a) V, V, F, F, V b) F, V, F, V, F c) V, V, F, F, F
possível a uma certa máquina térmica converter integralmente d) F, F, V, F, F e) V, F, V, V, V
calor em trabalho.
52. Uma máquina térmica segue o ciclo descrito pelo diagrama dado
50. (UFOP-MG) – Uma máquina térmica, que opera segundo o Ciclo abaixo, absorvendo 1,5 . 105J de energia da fonte quente, por
de Carnot (representado no diagrama a seguir), usa um gás ideal ciclo.
como substância operante. Sejam Tq e Tf as temperaturas dos
reservatórios quente e frio, respectivamente.
205
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57. (FUVEST) – Um motor de combustão interna, semelhante a um 58. (FGV-SP) – Um tubo plástico de compri-
motor de caminhão, aciona um gerador que fornece 25 kW de mento 1m, com suas extremidades vedadas,
energia elétrica a uma fábrica. O sistema motor-gerador é resfria- contém 100 bolinhas de chumbo. Em uma
do por fluxo de água, permanentemente renovada, que é das extremidades, um termômetro mede a
fornecida ao motor a 25°C e evaporada, a 100°C, para a at- temperatura do ar interior. Sempre mantido
mosfera. Observe as características do motor na tabela. em posição vertical, os extremos do tubo são
trocados de posição, fazendo com que as
bolinhas se movimentem para baixo. Após
Consumo de combustível 15 litros/hora 100 operações como essa, a temperatura do
ar contido terá subido, aproximadamente,
Energia liberada por um litro de combustível 36 x 106J a) 1 . 10–2K b) 1 . 10–1K
c) 1 . 100K d) 1 . 101K.
Calor latente específico de vaporização da água 2,2 x 106 J/kg e) 1 . 102K
4) B 5) B 6) 200J 35) a) I
b) 80J
7) a) 10m3
b) 100J 36) 58 (corretas: 02, 08, 16 e 32)
206
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CAPÍTULO
Eletrodinâmica
1. Carga elétrica em que coulomb (C) é a unidade com que se medem as car-
gas elétricas no Sistema Internacional de Unidades (SI).
A matéria é constituída por átomos. Os átomos, por
Assim, se indicarmos por qp e qe as cargas transpor-
sua vez, são constituídos por inúmeras partículas elemen-
tadas pelo próton e pelo elétron, respectivamente, tere-
tares, sendo as principais:
mos:
qp = +e = +1,6 . 10–19C e qe = –e = –1,6 . 10–19C
prótons, elétrons e nêutrons
Chamando de np o número total de prótons de um
Estas partículas, quando em presença umas das ou- corpo e de ne o número total de elétrons, teremos:
tras, apresentam um comportamento típico, a saber: a) se np > ne: corpo eletrizado positivamente (falta de
a) prótons em presença de prótons, repelem-se; elétrons);
b) elétrons em presença de elétrons, repelem-se; b) se np < ne: corpo eletrizado negativamente (ex-
c) prótons em presença de elétrons, atraem-se; cesso de elétrons);
d) nêutrons em presença de nêutrons, não se observa c) se np = ne: corpo eletricamente neutro.
nem atração nem repulsão. Para finalizar, atente para o fato de que sempre o mó-
Para diferenciar e explicar os comportamentos (a), dulo (Q) da carga elétrica total do corpo será:
(b) e (c), em relação a (d), dizemos que prótons e elétrons
Q=n.e
são portadores de uma propriedade física especial, deno-
minada carga elétrica. em que n representa o número de elétrons em excesso ou
Por apresentarem comportamentos opostos — com- em falta no corpo.
pare (a) e (b) com (c) — fica claro que existem dois tipos
distintos de carga elétrica. Assim, para diferenciá-las, 2. Condutores e
usaremos a convenção: isolantes elétricos
a) prótons possuem carga elétrica positiva; Condutor elétrico é todo meio material que permite
b) elétrons possuem carga elétrica negativa; às partículas eletrizadas se movimentar com facilidade.
c) nêutrons não possuem carga elétrica. Em geral, os metais são bons condutores, pois possuem,
Medidas elétricas delicadas nos informam que, a não na camada mais externa do átomo, elétrons livres que,
ser pelos sinais, os quais apenas diferenciam os tipos de por estarem fracamente ligados ao núcleo atômico, po-
carga, a quantidade de carga transportada pelo elétron é dem passar facilmente de um átomo a outro, formando
igual à quantidade de carga transportada pelo próton. uma verdadeira nuvem eletrônica no interior do metal.
Essa quantidade comum será denominada carga elé- Atente para o seguinte: no interior de um pedaço de
trica elementar e indicada por e, cujo valor é: metal, como um fio de cobre, por exemplo, há enorme
quantidade de elétrons livres, porém esses elétrons se mo-
e = 1,6 . 10–19 coulomb
vimentam de maneira totalmente caótica, num movimento
207
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desordenado. Um dos primeiros problemas da Eletro- Se ligarmos o condutor ao gerador elétrico, os elé-
dinâmica será, justamente, ordenar esses movimentos. trons livres entram em movimento ordenado ao longo do
Nota: condutor (figura c), no sentido de B para A.
Existem condutores elétricos nos estados sólido, lí- O movimento ordenado de partículas eletrizadas
quido e gasoso. É importante saber distinguir quais são constitui a corrente elétrica. Se as cargas elétricas dos
os portadores de carga elétrica capazes de se movimentar elétrons livres fossem positivas, o sentido da corrente
através desses meios: elétrica seria o indicado na figura d. Este sentido é deno-
a) Nos condutores sólidos, cujo exemplo típico são minado sentido convencional da corrente elétrica.
os metais, os portadores de carga elétrica são, exclusi-
vamente, elétrons;
b) Nos condutores líquidos, cujo exemplo típico são
as soluções iônicas, os portadores de carga elétrica são,
exclusivamente, íons (cátions e ânions);
c) Nos gases condutores, também ditos gases ioniza-
dos, os portadores de carga elétrica são íons e elétrons.
O isolante elétrico, por sua vez, é aquele tipo de
material que não apresenta facilidade ao movimento das
partículas eletrizadas. Os não metais, como o vidro, a
mica, a ebonite, são bons isolantes pois não possuem
quantidade suficiente de elétrons livres para permitir a
passagem das partículas através de si.
3. Corrente elétrica
Considere o condutor metálico da figura a, cujos elé-
trons livres estão em movimento caótico. Considere, ain-
da, na figura b, um dispositivo, no qual destacamos duas
regiões: região A, com permanente falta de elétrons (polo
positivo), e região B, com permanente excesso de elé-
trons (polo negativo). Tal dispositivo é denominado ge-
rador elétrico (a pilha de farolete e a bateria do auto- No estudo da eletrodinâmica, trabalha-se basicamente com a indicação do
móvel são exemplos de geradores). sentido convencional de corrente elétrica.
Q
i = –––––
⌬t
1C
1A = –––––
1s
208
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1. Um corpo apresenta-se eletrizado com carga elétrica total de 4. Na questão anterior, quantos elétrons passam pela secção?
–1,28 . 10–15 C. Quantos elétrons em excesso há nesse corpo? Resolução
Resolução n.e
Temos i = –––––
Como essa carga é negativa, o corpo tem n elétrons em excesso. ⌬t
Como Q = n . e, vem:
1,28 . 10–15 C = n . 1,6 . 10–19 C i . ⌬t (3A) (10s)
n = ——— = –––––––––––––– = 1,875 . 1020 elétrons
ou e (1,6 . 10–19 C)
1,28 . 10–15
n = ––––––––––– = 8 . 103 elétrons Resposta: O número de elétrons que passa pela secção é
1,6 . 10–19
1,875 . 1020
Resposta: O corpo apresenta 8.000 elétrons em excesso.
5. Você fica observando uma secção transversal de um condutor iô-
nico (líquido) durante 20 segundos. Nesse intervalo de tempo,
2. Um condutor metálico, ligado aos terminais de uma pilha, apre-
passam por essa secção cátions para um lado e ânions para o ou-
senta seus elétrons, em
tro. Os cátions, para um lado, levam +5C e os ânions, para o ou-
movimento ordenado, no
tro, levam –5C. Qual a intensidade de corrente nesse condutor?
sentido ilustrado. Indique
Resolução
o sentido convencional da
a) intensidade de corrente devida aos cátions:
corrente e a polaridade da
pilha. Qc 5C
ic = —— = —— = 0,25A
⌬t 20s
b) intensidade de corrente devida aos ânions:
Resolução
O sentido convencional da corrente elétrica é o sentido oposto |Qa| = ——
ia = ——
5C
= 0,25A
ao do movimento dos elétrons. Fora da pilha, a corrente circula do ⌬t 20s
polo positivo para o polo negativo; dentro da pilha, do negativo
Como temos, simultaneamente, cátions e ânions participando
para o positivo.
da corrente elétrica, a intensidade de corrente no condutor
será:
i = ic + ia = 0,25A + 0,25A = 0,50A
Resposta: A intensidade de corrente no condutor iônico é de
0,50A.
209
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7. (MODELO ENEM) – Na tira, Garfield, muito maldosamente, repro- nosso planeta originam, em média, 100 raios por segundo. Isso signi-
duz o famoso experimento de Benjamin Franklin, com a diferença fica que a ordem de grandeza do número de elétrons que são transfe-
de que o cientista, na época, teve o cuidado de isolar a si mesmo ridos, por segundo, por meio das descargas elétricas, é,
de seu aparelho e de manter-se protegido da chuva de modo que aproximadamente,
não fosse eletrocutado como tantos outros que tentaram Use para módulo da carga de 1 elétron: 1,6 . 10–19C
reproduzir o seu experimento. a) 1022 b) 1024 c) 1026 d) 1028 e) 1030
Resolução
Sendo i a intensidade da corrente elétrica referente à descarga
atmosférica, n o número de elétrons, e a carga do elétron (em
módulo) e ⌬t o intervalo de tempo, temos:
n.e i . ⌬t 100 . 10 5 . 1,0
i = ––––– ⇒ n = ––––– ⇒ n = –––––––––––––
⌬t e 1,6 . 10 –19
Franklin descobriu que os raios são descargas elétricas produzidas n = 0,625 . 10 26 ⇒ n = 6,25 . 10 25 elétrons
geralmente entre uma nuvem e o solo ou entre partes de uma mes-
ma nuvem que estão eletrizadas com cargas opostas. Hoje, sabe-se Ordem de grandeza: 10 26 elétrons
que uma descarga elétrica na atmosfera pode gerar correntes elétri-
cas da ordem de 105 ampères e que as tempestades que ocorrem no Resposta: C
8. (UNITAU) – Numa secção transversal de um fio condutor, passa 15. (UEL-PR) – A carga elétrica de um elétron vale 1,6 x 10–19 cou-
uma carga de 10C a cada 2,0s. A intensidade da corrente elétrica lombs. A passagem, pelo filamento de uma lâmpada, de
neste fio será de: 1,25 x 1017 elétrons por segundo equivale a uma corrente elétrica,
a) 5,0mA b) 10mA c) 0,50A d) 5,0A e) 10A em miliampères, igual a:
a) 1,3 . 10–2 b) 7,8 . 70–2 c) 2,0 . 10–1
9. (UEL-PR) – Pela secção reta de um condutor de eletricidade, d) 2,0 . 10 e) 2,0 . 102
passam 12C a cada minuto. Nesse condutor, a intensidade da
corrente elétrica, em ampères, é igual a: 16. Uma corrente elétrica de 10A é mantida em um condutor metálico
a) 0,08 b) 0,20 c) 5,0 d) 7,2 e) 12 durante dois minutos. O número de elétrons que atravessa uma
seção transversal do condutor é:
10. (UNISA) – A secção transversal de um condutor é atravessada Dado: e = 1,6 10–19 C.
por uma corrente de intensidade 2,0 mA durante 1,0 minuto. A a) 1,6 1019 b) 2,0 1019 c) 5,0 1020
carga elétrica total que atravessa essa secção transversal, em d) 6,5 1020 e) 7,5 1021
coulombs, é de:
a) 6,0 . 10–2 b) 0,12 c) 6,0 . 10–1 17. Indiquemos por i a intensidade de corrente elétrica que circula por
d) 1,2 e) 3,6 um condutor metálico. Sejam m e e, respectivamente, a massa e
o módulo da carga do elétron. Se M é a massa total dos elétrons
que atravessam uma secção qualquer do condutor, no intervalo de
11. Uma corrente elétrica de intensidade 16A percorre um condutor
tempo ⌬t, a relação entre i, m, e, M, ⌬t é:
metálico. A carga elétrica elementar é e = 1,6 . 10–19 C.
a) Me = mi ⌬t b) Mi = m e ⌬t c) me = M i ⌬t
O número de elétrons que atravessam uma secção transversal
d) i⌬t = m . e e) M = m . i
desse condutor em 1,0 min é de:
a) 1,0 . 1020 b) 3,0 . 1021 c) 6,0 . 1021
18. O filamento incandescente de uma válvula eletrônica, de compri-
d) 16 e) 8,0 . 1019
mento igual a 5cm, emite elétrons numa taxa constante de
2 . 1016 elétrons por segundo e por centímetro de comprimento.
12. (AFA) – Num fio de cobre, passa uma corrente contínua de 20A. Sendo o módulo da carga do elétron igual a 1,6 . 10–19 C, qual a
Isso quer dizer que, em 5,0s, passa por uma secção reta do fio um intensidade da corrente emitida?
número de elétrons igual a:
(e = 1,6 . 10–19C) 19. Para uma corrente elétrica de intensidade constante e relativa-
a) 1,25 . 1020 b) 3,25 . 1020 c) 4,25 . 1020 mente pequena (alguns ampères), qual o valor mais próximo do
d) 6,25 . 1020 e) 7,00 . 1020 módulo da velocidade média dos elétrons que compõem a nuvem
eletrônica móvel, em um condutor metálico?
13. (UFGO) – Pela secção reta de um fio, passam 5,0 . 1018 elétrons a) 300.000 km/s b) 340 m/s c) 1m/s
a cada 2,0s. Sabendo-se que a carga elétrica elementar vale d) 1cm/s e) 1mm/s
1,6 . 10–19C, pode-se afirmar que a corrente elétrica que percorre
o fio tem intensidade: 20. (UFMG) – Uma lâm-
a) 500 mA b) 800 mA c) 160 mA pada fluorescente
d) 400 mA e) 320 mA contém em seu inte-
rior um gás que se io-
14. (PUC-SP) – Uma corrente elétrica de intensidade 11,2A percorre niza após a aplicação
um condutor metálico. A carga elementar é e = 1,6 . 10–19C. O ti- de alta tensão entre
po e o número de partículas carregadas que atravessam uma sec- seus terminais. Após
ção transversal desse condutor por segundo são, respectivamen- a ionização, uma cor-
te: rente elétrica é estabelecida e os íons negativos deslocam-se
a) prótons e 7,0 . 1013 partículas. com uma taxa de 1,0 x 1018 íons/segundo para o polo A. Os íons
b) íons de metal e 14,0 . 1016 partículas. positivos se deslocam, com a mesma taxa, para o polo B.
c) prótons e 7,0 . 1019 partículas. Sabendo-se que a carga de cada íon positivo é de 1,6 x 10–19 C,
d) elétrons e 14,0 . 1016 partículas. pode-se dizer que a corrente elétrica na lâmpada será:
e) elétrons e 7,0 . 1013 partículas. a) 0,16 A b) 0,32 A c) 1,0 x 1018 A d) nula
210
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Notas:
1. Por motivos que veremos em Eletrostática, tensão
elétrica e diferença de potencial (ddp) são sinônimos.
6. Tensão elétrica (U) Tensão elétrica = ddp
Ao ligarmos um condutor aos polos de um gerador,
as partículas eletrizadas livres entram em movimento or- U = VA – VB
denado. Isto implica, evidentemente, consumo de ener-
gia, especificamente de energia elétrica. Esta é jus-
tamente a operação fundamental de um gerador: fornecer 2. Símbolo elétrico de gerador:
energia elétrica às partículas eletrizadas que o atraves-
sam, à custa de outras formas de energia. Assim, por
exemplo, uma pilha de um farolete fornece energia elé-
trica às partículas que a atravessam, à custa de energia
química. Estas partículas energizadas caminham pelos
condutores, atravessam a lâmpada e esta acende, pois
consome a energia elétrica das partículas, que recebem
mais energia ao atravessarem novamente a pilha.
3. Símbolo elétrico de lâmpada:
211
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Resolução
A carga Q é medida pela área do trapézio no gráfico (i x t):
Sabendo que a carga elétrica fundamental tem valor 1,6 . 10–19C,
30 + 10
Q = –––––––– 5,0 (C) ⇒ Q = 1,0 . 102C o número de portadores de carga que fluíram durante essa
2 descarga está mais próximo de
Resposta: A carga transportada é de 1,0 . 102C a) 1017 b) 1014 c) 1011 d) 108 e) 105
Resolução
22. O que se entende por uma bateria de automóvel de tensão A área da figura formada no gráfico é numericamente igual à carga
elétrica 12V? elétrica inicial do capacitor.
Resolução
b .h 7,2 . 4,0 . 10 –3
É um gerador que fornece, para cada 1 coulomb de carga que o ____ ⇒ Q = _____________ (C)
N
Q =
atravessa, uma quantidade de energia elétrica de 12J. 2 2
12J
12V = –––– Q = 14,4 . 10 –3C
1C Q
___
Sendo: Q = n . e ⇒ n =
e
23. A figura indica uma lâmpada corretamente ligada aos polos de
uma pilha de 1,5V. 14,4 . 10 –3
__________
n= ⇒ n = 9,0 . 10 16 10 17
1,6 . 10 –19
Resposta: A
Ee Ee
b) U = —— 1,5 = —— Ee = 1,5 J
Q 1,0
212
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26. (UEL-PR) – Uma corrente elétrica, cujo valor está representado no 30. Calcule a quantidade de carga elétrica que passa por uma secção
gráfico abaixo, flui num condutor durante 80s. transversal de um condutor metálico entre os instantes t1 = 2,0s
e t2 = 4,0s, sabendo que a intensidade de corrente no condutor
varia com o tempo, conforme a lei:
i = 4,0 + 2,0 . t (SI)
Sugestão: Construa o gráfico (i x t).
28. O gráfico representa a intensidade da corrente elétrica i, em um Nos desenhos a seguir, preste
fio condutor, em função do tempo t. A quantidade de carga bastante atenção à polaridade
elétrica que passa por uma secção transversal do fio no intervalo das pilhas. Assinale o circuito
de 0 a 6,0s é igual a: montado corretamente:
213
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34. (MODELO ENEM) – Uma lâmpada foi ligada a uma pilha e acen- d) supondo que as lâmpadas L1 e L2 estejam acesas, ao abrir a
deu. Qual a figura correta? chave Ch somente a lâmpada L2 apaga.
e) a ddp nos terminais do gerador é de 30V.
lâmpada 1A 110V
35. Considere o circuito elétrico constituído de duas lâmpadas, L1 e
L2, ligadas a um gerador e a uma chave interruptora Ch. O sentido refrigerador 4A 110V
de movimento dos elétrons está indicado na figura. Sabe-se que
o gerador fornece 30J de energia elétrica para cada carga elétrica ferro elétrico 2A 110V
igual a 1,0C que o atravessa.
televisor 2A 110V
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CAPÍTULO
Eletrodinâmica
2 RESISTORES
O s resistores são
elementos de circuito dos quais
uma das funções mais
conhecidas é a transformação de
energia elétrica em térmica. Existem, no entanto, resistores que, insertos em circuitos elétricos, têm outras
funções, como limitadores de corrente elétrica e divisores de tensão elétrica.
1. Resistor
Entende-se por resistor puro a todo elemento de cir-
cuito cuja função exclusiva é efetuar a conversão de ener-
gia elétrica em energia térmica. Na prática, tais elementos
são utilizados nos aparelhos que levam a denominação
3. Primeira Lei de Ohm
geral de aquecedores, como são exemplos o ferro elétrico Seja U = VA – VB a tensão elétrica aplicada aos ter-
(a), o secador elétrico (b), o chuveiro elétrico (c) etc. minais de um resistor e i a intensidade de corrente elétri-
ca que o atravessa.
215
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U 1V 5. Segunda
De R = ––– , vem 1⍀ = ––– , ou seja, “um resistor
i 1A Lei de Ohm – resistividade
possui resistência elétrica de 1 ohm quando, ao ser sub- Como observamos anteriormente, a resistência de
metido à tensão de 1 volt, é percorrido por uma corrente um resistor ôhmico não depende da tensão a ele aplicada.
de intensidade 1 ampère”. Coube, novamente, a G. S. Ohm o mérito da desco-
berta de uma expressão matemática que relaciona as
características geométricas de um resistor com a sua
resistência, para uma dada temperatura.
Seja um resistor de comprimento e secção trans-
versal de área A (constante):
4. Curva característica
dos resistores ôhmicos
Curva característica de um elemento de circuito é o
gráfico de U em função de i. Para os resistores ôhmicos,
a curva característica é uma reta oblíqua, passando pela Ohm verificou, experimentalmente, que a resistência
origem. (R) é diretamente proporcional ao comprimento () e
inversamente proporcional à área (A). Assim:
R = –––
A
1. Aplica-se uma ddp de 100V a um resistor ôhmico de resistência 3. É dada a curva característica de um resistor.
elétrica 20⍀. Que intensidade de corrente o percorre?
Resolução
U
U = 100V; R = 20⍀ → i = ––– (Lei de Ohm)
R
100V
i = ––––– ⇒ i = 5,0A
20⍀
Resposta: 5,0A
Determine
2. Quando a um resistor ôhmico se aplica a tensão de 100V, mede-se a) sua resistência elétrica;
uma corrente i1 = 5,0A. Que tensão devemos aplicar-lhe para b) o valor de i1.
termos uma corrente i2 = 20A? Resolução
Resolução N 50V
a) A resistência elétrica é dada por: R = tg ⇒ R = ––––
Da 1.a Lei de Ohm, temos: 10A
U1 100V R = 5,0⍀ (constante)
U1 = Ri1 ⇒ R = ––– R = ––––– ⇒ R = 20⍀
i1 5,0A U1
b) O valor (i1) é obtido pela 1.a Lei de Ohm: U1 = Ri1 ⇒ i1 = ––––
Como a sua resistência fica constante, podemos escrever: R
20V
i1 = ––––– ⇒ i1 = 4,0A
U2 = R . i2 5,0⍀
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Depois, ficou:
a) A diferença de potencial elétrico entre os dois pontos de apoio
do pássaro no fio (pontos A e B) é quase nula.
b) A diferença de potencial elétrico entre os dois pontos de apoio
do pássaro no fio (pontos A e B) é muito elevada.
c) A resistência elétrica do corpo do pássaro é praticamente nula.
d) O corpo do passarinho é um bom condutor de corrente elétrica.
V A e) A corrente elétrica que circula nos fios de alta tensão é muito
O volume manteve-se constante: V = A2 . 2 ⇒ A2 = ––– = ––– baixa.
2 2 Resolução
Concluímos que a área se reduziu à metade. Como os pontos A e B estão relativamente próximos, a resistên-
2 cia elétrica entre eles é quase nula e a diferença de potencial
Da 2.a Lei de Ohm, temos: R2 = –––
A2 entre A e B é praticamente nula.
Não havendo, praticamente, diferença de potencial entre A e B,
A não há nenhum problema para o pássaro.
Com 2 = 2 e A2 = ––– , vem: Resposta: A
2
7. (UFABC-MODELO ENEM) – Hoje é muito comum, em instala-
2
R2 = ––– ⇒
2 . 2
R2 = –––––– ⇒ R2 = 4 ––– ções elétricas residenciais, o uso de interruptores paralelos, aque-
A A A les que permitem ligar e desligar uma lâmpada quando colocados
–––
2 em paredes diferentes. A figura mostra um esquema com duas
chaves, CH1 e CH2, representando esses interruptores, uma lâm-
Logo: R2 = 4R1 pada e uma fonte de tensão constante, todos ideais. O fio 1 e o
fio 2 são feitos do mesmo material, porém o comprimento do fio
2 e sua área de secção transversal são duas vezes maiores que
Resposta: A resistência quadruplicou.
os do fio 1. A chave CH1 pode ser conectada aos pontos A e B, e
a chave CH2 pode ser conectada aos pontos C e D.
5. Reconsidere a questão anterior. Continuando a esticar o fio resis-
tor, mantendo a mesma temperatura (T), construa o gráfico da
função R = f ().
Resolução V
Como o volume fica constante e A = ––– , a área da secção reta é
inversamente proporcional ao comprimento.
2
R = ––– ⇒ R = ––– R = –––
A V V
–––
Como a resistividade do material () e o volume permanecem Para estudar o funcionamento desse circuito, foram feitos dois
constantes, concluímos que a resistência elétrica é diretamente experimentos:
proporcional ao quadrado do comprimento do fio. A representação 1.o experimento: CH 1 ligada em A e CH 2 ligada em C.
gráfica da função R = f () será um arco de parábola passando pela 2.o experimento: CH 1 ligada em B e CH 2 ligada em D.
origem. Pode-se afirmar, corretamente, que
a) no 1.o experimento, a lâmpada brilha mais que no 2.o
experimento.
b) no 1.o experimento, a lâmpada brilha da mesma forma que no
2.o experimento.
c) no 2.o experimento, a intensidade de corrente elétrica que pas-
sa pela lâmpada é quatro vezes maior que no 1.o experimento.
d) no 2.o experimento, a intensidade de corrente elétrica que pas-
sa pela lâmpada é duas vezes maior que no 1.o experimento.
e) no 1.o experimento, a potência dissipada pela lâmpada é o
0 é o comprimento inicial do fio e R0, sua resistência inicial. dobro que no 2.o experimento.
Resolução
6. (PUC-MODELO ENEM) – Os passarinhos, mesmo pousando so- Resistência elétrica do fio 1:
bre fios condutores desencapados de alta tensão, não estão
R1 = –––
sujeitos a choques elétricos que possam causar-lhes algum dano. A
Qual das alternativas indica uma explicação correta para o fato? – resistividade do fio
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Rfio
Rcabo = –––– ⇒ Rcabo = 0,3⍀
7
Resposta: E
12. (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) – Qual dos seguintes gráficos 14. (F.M.RIO PRETO) – No gráfico a seguir, está representada a rela-
representa a corrente (I) que atravessa um resistor, em função da ção entre a diferença de potencial elétrico (V) e a intensidade de
diferença de potencial (V) entre os extremos desse resistor que corrente elétrica (i) em um resistor. Qual é o valor, em ohms, da
obedece à 1.a Lei de Ohm? resistência elétrica desse resistor?
218
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16. (FUVEST) – Estuda-se como varia a intensidade i da corrente que 21. (F.M.S.C.-SP) – Os valores, em ohms, das resistências elétricas
de resistores de carvão são indicados no corpo deles por um códi-
percorre um resistor, cuja resistência é constante e igual a 2⍀, em
função da tensão U aplicada aos seus terminais. O gráfico que go de cores, conforme sugere a figura abaixo:
representa o resultado das medidas é:
219
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1 1
a) 4 b) 2 c) 1 d) ––– e) –––
2 4
38V, que intensidade de corrente elétrica irá percorrer o fio? 30. (MED. VIÇOSA) – Se um resistor de cobre tiver o seu compri-
mento e o seu diâmetro duplicados, a resistência
26. (PUC) – Dois fios condutores, F1 e F2, têm comprimentos iguais a) é multiplicada por quatro;
e oferecem à passagem da corrente elétrica a mesma resistência. b) permanece a mesma;
Tendo a secção transversal de F1 o dobro da área da de F2 e c) é dividida por dois;
chamando 1 e 2, respectivamente, os coeficientes de resis- d) é multiplicada por dois;
tividade de F1 e F2, a razão 1/2 tem valor: e) é dividida por quatro.
U = U1 + U2 + U3
Então:
Rs = R1 + R2 + R3 c.q.d.
220
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1 1 1
––– = ––– + –––
Rp R1 R2
Lâmpadas associadas em série.
1 R1 + R2
––– = –––––––
Rp R1 . R2
R1 . R2
Rp = –––––––
R1 + R2
De fato, sendo:
U
i = i1 + i2 + i3, em que: i = ––– e
Rp
U U U
i1 = ––– ; i2 = ––– ; i3 = ––– ; vem:
R1 R2 R3
U U U U
––– = ––– + ––– + –––
Rp R1 R2 R3
Logo:
1 1 1 1
–––– = –––– + –––– + –––– c.q.d.
Rp R1 R2 R3
Lâmpadas associadas em paralelo.
221
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Notas
• Fusíveis
Os fusíveis são dispositivos que asseguram proteção
aos circuitos elétricos. Eles devem ser ligados em série
com a parte do circuito elétrico que deve ser protegida.
Os fusíveis são constituídos essencialmente de conduto-
res de baixo ponto de fusão, como chumbo e estanho,
que, ao serem atravessados por corrente elétrica de inten-
sidade maior do que a máxima permitida, se fundem, • Reostato de cursor
interrompendo o circuito. Mudando a posição do cursor C, varia o comprimen-
Na figura a seguir, apresentamos os tipos comuns de to do fio atravessado pela corrente elétrica e, consequen-
fusíveis, bem como o símbolo usado para representá-los temente, varia a resistência elétrica.
nos circuitos elétricos.
• Reostato de pontos
Para cada posição da manivela, a resistência do reos-
tato (RR) assume um determinado valor:
Posição (1): RR = 0 (mínima)
• Disjuntor Posição (2): RR = 2R
Posição (3): RR = 4R
Posição (4): RR = 6R
Posição (5): RR = 8R (máxima)
• Reostatos
Reostatos são resistores cuja resistência elétrica pode
ser variada.
Nas figuras a seguir, apresentamos o reostato de cur- Um resistor em
sor, o reostato de pontos e o símbolo utilizado para repre- curto-circuito
equivale a uma
sentar um reostato num circuito elétrico. resistência nula.
222
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31. Demonstre que “A resistência equivalente de uma associação c) Qual a ddp entre os pontos B e C em valor absoluto?
constituída de dois resistores iguais, em paralelo, é igual à metade Resolução
da resistência de um deles”. 1) Resistência equivalente entre A e C:
Resolução 1 1 1 2
–––– = ––– + ––– = ––– ⇒ RAC ⇒ 1,5⍀
RAC 2 6 3
1 2 R 4) Esquematizando:
–––– = ––– ⇒ Rp = –––
Rp R 2
Resolução
Dados: R1 = 110⍀; R2 = 110⍀; U = 220V.
1 1 1 1 1 2
Cálculos: –––– = ––– + ––– = –––– + –––– = ––––
Req R1 R2 110 110 110
100
Req = –––– = 55 → Req = 55⍀
2
U 220V
itotal = –––– = ––––– ⇒ itotal = 4,0A
Req 55⍀
223
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Resolução
1) Circuito proposto e distribuição das correntes:
Responda:
a) Apenas I está correta. b) Apenas II está correta.
c) Apenas III está correta. d) Apenas I e II estão corretas.
e) Todas estão corretas.
Resolução
I. Correta.
Existem modelos de pisca-pisca nos quais todas as lâmpadas
2) Cálculo da corrente i3: são associadas em série. Todas as lâmpadas estão em funcio-
UBC 150 namento, portanto, nenhuma está queimada.
UBC = R4 . i3 → i3 = –––– = ––––– (A) ⇒ i3 = 0,5A II. Correta.
R4 300 Existem modelos (mais modernos) nos quais temos trechos
de circuito série associados em paralelo com outros trechos.
3) Cálculo da ddp entre A e B (UAB): III. Errada.
Se todas estiverem associadas em série, basta que tenhamos
UAB = R3 . i3 = 200 . 0,5(V) ⇒ UAB = 100V 1 queimada para que as demais não acendam.
Resposta: D
4) Cálculo da ddp entre A e C (UAC):
36. (UFV-MG-MODELO ENEM) – Em alguns circuitos de iluminação
UAC = UAB + UBC = 100V + 150V ⇒ de árvores de Natal, possuindo lâmpadas de mesmas resis-
UAC = 250V
tências, observa-se que, quando uma lâmpada “queima”, um
5) Cálculo da corrente i2: segmento apaga, enquanto outros segmentos continuam
normalmente acesos. Além disso, mesmo com alguma lâmpada
UAC 250V “queimada”, as lâmpadas acesas devem estar submetidas a uma
UAC = R2 . i2 → i2 = –––– = ––––– ⇒ i2 = 0,5A mesma diferença de potencial, a fim de apresentarem a mesma
R2 500⍀
luminosidade. Pode-se então afirmar que, dos diagramas abaixo
ilustrados, o que melhor representa este tipo de circuito de
6) Cálculo da corrente i1: iluminação é:
i1 = i2 + i3 = 0,5A + 0,5A ⇒ i1 = 1,0A
7) Cálculo de U1:
8) Cálculo de Utotal:
37. (UEL-PR) – São dadas, ao lado, as as- 38. (UnB) – O trecho ab de um certo circuito elétrico está represen-
sociações de resistores iguais. tado na figura abaixo.
Chamando de Rx, Ry e Rz as resis-
tências equivalentes das três associa-
ções, respectivamente, verifique qual
a opção correta:
a) Rx > Ry > Rz b) Rx > Rz > Ry
c) Ry > Rz > Rx d) Ry < Rx < Rz
e) Ry < Rz < Rx Qual a resistência equivalente entre os pontos a e b?
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a) 8A e 5⍀ b) 16A e 5⍀ c) 4A e 2,5⍀
d) 2A e 2,5⍀ e) 1A e 10⍀
1 1 1 1
a) –––– b) –––– c) –––– d) ––––
6 4 3 2
67. (ITA) – Determine a intensidade da corrente que atravessa o resis-
tor R2 da figura, quando a tensão entre os pontos A e B for igual
62. (UNICAP-PE) – Uma diferença de potencial de 12V é aplicada a V e as resistências R1, R2 e R3 forem iguais a R.
num conjunto de três resistores associados em paralelo com va-
lores, em ohms, iguais a 2,0, 3,0 e 6,0. A corrente elétrica, em
ampères, no resistor maior, será:
a) 2,0 b) 4,0 c) 6,0 d) 8,0 e) 12
63. (FUVEST) – Na associação de resistores da figura abaixo, os valo- a) V/R b) V/ (3R) c) 3V/R d) 2V/(3R)
res de i e de R são, respectivamente: e) nenhuma das anteriores.
a) 8A e 5⍀ b) 5A e 8⍀ c) 1,6A e 5⍀
d) 2,5A e 2⍀ e) 80A e 160⍀ 68. (FUVEST) – Considere um circuito formado por 4 resistores
iguais, interligados por fios perfeitamente condutores. Cada resis-
tor tem resistência R e ocupa uma das arestas de um cubo, como
mostra a figura.
64. (MACKENZIE) – Na associação de resistores da figura abaixo, os Aplicando entre os pontos A e B uma diferença de potencial V, a
valores de i e R são, respectivamente: corrente que circulará entre A e B valerá:
a) 4V/R b) 2V/R c) V/R d) V/2R e) V/4R
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70. (UFPE) – No circuito da figura abaixo, qual é a corrente i, em am- 75. (UFRS) – Se for i a corrente elétrica que atravessa o resistor R1,
pères, fornecida pela bateria de 12V? quando a chave S estiver fechada, então a corrente que atraves-
sará este mesmo resistor, quando a chave S estiver aberta, será:
a) zero b) i/4 c) i/2 d) i e) 2i
Num laboratório, dispõe-se apenas de resistores de 1000⍀, de a) Qual o valor da intensidade de corrente no gerador?
corrente nominal 0,1A. Deseja-se um resistor de 200⍀, para utili- b) Qual o valor da intensidade de corrente no resistor R1?
zação num determinado circuito.
78. (UNESP-MODELO ENEM) – As instalações elétricas em nossas
72. A maneira adequada de associar os resistores disponíveis é: casas são projetadas de forma que os aparelhos sejam sempre
conectados em paralelo. Dessa maneira, cada aparelho opera de
forma independente. A figura mostra três resistores conectados
em paralelo.
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80. (PUC-RJ) – No circuito abaixo, a diferença de potencial VAB entre 84. (UFPE) – No circuito abaixo, com a chave S aberta, a corrente i é
os terminais da bateria é de 12 volts. As resistências valem de 3A. Determine a corrente i quando a chave S estiver fechada.
R1 = 4,0⍀, R2 = 2,0⍀ e R3 = 2,0⍀.
229
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8. Variação da
R = R0 (1 + ␣ ⌬)
resistência com a temperatura
Quando a temperatura de um fio de material condu- em que:
tor aumenta, teremos simultaneamente dois fenômenos R0 = resistência elétrica na temperatura inicial 0.
que se opõem entre si. ␣ = coeficiente de temperatura do material.
I) O aumento de temperatura faz com que as partí- O coeficiente de temperatura ␣ depende do material
culas que constituem o meio condutor vibrem mais inten- e também do valor da temperatura.
230
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Note que, no gráfico apresentado, admitimos ␣ constante, não dependendo da temperatura, o que é uma suposição
apenas aproximada.
Para os metais, temos ␣ > 0, para as ligas especiais citadas, ␣ = 0 e para a grafita e as soluções eletrolíticas, ␣ < 0.
Sendo a dilatação térmica desprezível em comparação com a variação da resistência com a temperatura, de
R = –– concluímos que a variação da resistência com a temperatura se deve à variação da resistividade com a
A
temperatura.
Resolução
231
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9) 2,0 . 102⍀ 10) 20A 11) E 30) C 37) D 38) 5R 39) 3,9⍀ 40) 7,5⍀
12) B 13) D 14) 2,0⍀ 41) B 42) D 43) 3,50⍀ 44) B 45) A
19) a)
Resposta: D
234
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CAPÍTULO
Eletrodinâmica
3 GERADORES ELÉTRICOS
2. Gerador ideal
Chama-se gerador ideal aquele que é capaz de
fornecer às cargas que o atravessam toda a energia elé-
Unidade de geração de eletricidade em uma usina hidroelétrica. trica gerada. A tensão elétrica medida entre seus polos
recebe o nome de força eletromotriz (f.e.m.) e vamos
representá-la por E.
A f.e.m. do gerador ideal corresponde à quantidade
de energia elétrica que cada unidade de carga recebe ao
atravessá-lo.
Sendo uma tensão elétrica, a f.e.m. é expressa em
volt. Assim, quando dizemos que a f.e.m. é igual a 1V,
significa que, para cada quantidade de carga de 1C, o ge-
rador forneceu 1 joule de energia elétrica.
1J
O dispositivo conhecido como “Dínamo de bicicleta” é um exemplo de gera- 1V = ––––
dor eletromecânico, efetuando a transformação de energia mecânica em 1C
energia elétrica.
Simbolizamos o gerador ideal pela figura abaixo:
1. Gerador elétrico
Denomina-se gerador elétrico a um elemento capaz
de transformar em energia elétrica uma outra modalidade
de energia.
235
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IDEAL: U = VB – VA = E
6. Curva característica
É evidente que, estando o gerador real em funcio- de um gerador
namento, a tensão (U) entre os polos A e B é menor que
sua f.e.m. Devido à sua resistência interna, haverá uma
perda de tensão no seu interior igual ao produto r . i. As- Para o gerador ideal, temos U = E (constante) e,
sim, a tensão (U) entre os polos do gerador real será: neste caso, o gráfico U em função de i é uma reta paralela
ao eixo dos i.
U=E–r.i
REAL: U = VB – VA < E (i ⫽ 0)
Sendo U = E – r . i, com E e r constantes do gerador,
o gráfico de U em função de i é uma reta inclinada de-
O gerador real fica, portanto, caracterizado pelos crescente, em relação aos eixos.
seus dois parâmetros: E e r.
Notemos, finalmente, que, se não houver corrente no
gerador real (gerador em vazio, aberto), teremos U = E.
4. Gerador em curto-circuito
Um gerador está em curto-circuito quando seus polos
são ligados por um fio de resistência elétrica nula.
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1. (MODELO ENEM) – Na aula de laboratório de Física, os estu- 2. (UFSCar-MODELO ENEM) – Com respeito aos geradores de
dantes constroem o seguinte gráfico no estudo de uma bateria. corrente contínua e suas curvas características U x i, analise as
afirmações seguintes:
I. Matematicamente, a curva característica de um gerador é
decrescente e limitada à região contida no primeiro quadrante
do gráfico.
II. Quando o gerador é uma pilha em que a resistência interna
varia com o uso, a partir do momento em que o produto dessa
resistência pela corrente elétrica se iguala à força eletromotriz,
a pilha deixa de alimentar o circuito.
III. Em um gerador real conectado a um circuito elétrico, a
diferença de potencial entre seus terminais é menor que a
força eletromotriz.
Está correto o contido em
Os valores da resistência interna, da força eletromotriz e da cor- a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas.
rente de curto-circuito são, respectivamente: d) II e III, apenas. e) I, II e III.
a) 4⍀, 10V, 1A b) 250⍀, 10V, 4 . 10–2A Resolução
–2 I) Correta
c) 25⍀, 10V, 4 . 10 A d) 0,025⍀, 1V, 1A
A equação característica de um gerador é dada por U = E – ri,
e) 0,25⍀, 10V, 0,25 . 102A em que U é a tensão entre os seus terminais, E sua força
Resolução eletromotriz, r sua resistência interna e i a intensidade da
corrente que o atravessa.
A função U = f(i) é do 1.o grau e decrescente.
A curva característica do gerador (U x i), do ponto de vista da
Física, limita-se à região contida no primeiro quadrante:
E = 10V
II) Correta
icc = 4 . 10–2A
Se r i = E, vem U = 0, isto é, o gerador deixa de “alimentar” o
N 10V circuito externo.
r = tg ␣ = –––––––– ⇒ r = 250⍀ III) Correta
4 . 10–2A
De U = E – r i, vem: U < E
Resposta: B Resposta: E
3. A força eletromotriz de uma bateria é 4. (CESGRANRIO) – Em qual (quais) das situações ilustradas abaixo
a) a força elétrica que acelera os elétrons; a pilha está em curto-circuito?
b) igual à tensão elétrica entre os terminais da bateria quando a
eles está ligado um resistor de resistência nula;
c) a força dos motores ligados à bateria;
d) igual ao produto da resistência interna pela intensidade da
corrente;
e) igual à tensão elétrica entre os terminais da bateria quando
eles estão em aberto.
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a) somente em I b) somente em II
c) somente em III d) somente em I e II
e) em I, II e III
7. (FATEC-MODELO ENEM) – Uma pilha elétrica tem força eletro- 10. Calcular o valor da f.e.m., da resistência interna e da corrente de
motriz E = 6,0V e resistência interna r = 0,20⍀. Assim: curto-circuito (icc) dos geradores representados pelos gráficos
a) a corrente de curto-circuito é icc = 1,2A; abaixo:
b) em circuito aberto, a tensão entre os terminais é U = 2,0V;
c) se a corrente for i = 10A, a tensão entre os terminais é
U = 2,0V;
d) se a tensão entre os terminais for U = 5,0V, a corrente é
i = 25A;
e) n.d.a.
7. Circuito simples E
i = –––––––
É o circuito que oferece um só caminho para a cir- r+R
culação da corrente elétrica. O circuito mais simples é
aquele constituído por um gerador ligado a um resistor. (Lei de Pouillet)
Graficamente, temos:
Para o gerador, temos:
U=E–r.i 햲
Para o resistor:
U=Ri 햳
De 햲 e 햳, vem:
O ponto T, intersecção das duas retas, é denomi-
Ri = E – r . i nado ponto de trabalho. Ele indica a tensão comum U
i (r + R) = E aos dois aparelhos e a corrente comum i que os percorre.
238
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11. Que intensidade de corrente circula no circuito simples, abaixo es- Resolução
quematizado? Esquematizaremos os dois circuitos simples.
E 60
obteremos r = –––– = –––– (⍀) → r = 15⍀
icc 4
5 20
13. Quando se liga aos terminais de um gerador a resistência R1, c) i = i1 + i2 → i = 5A + ––– A ⇒ i = –––– A
3 3
circula corrente de intensidade i1. Trocando-se o resistor por ou-
tro, de resistência R2, a corrente passa a valer i2. Calcular a f.e.m.
d) UAB = E – r . i → 5 = 6 – r . 20/3 ⇒ r = 0,15⍀
(E) e a resistência interna (r) desse gerador.
239
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15. (PUC-CAMPINAS) – No circuito, temos um gerador de força ele- A tensão entre os pontos a e c vale:
tromotriz E = 6V e resistência interna r = 1⍀. Sabendo que a) 12V b) 24V c) 6V d) 3V e) 1,5V
R1 = 5⍀ e R2 = 6⍀, a corrente no circuito, em ampère, é de:
a) 6,0 b) 1,2 c) 1,0 d) 0,5 e) 0,2 19. No circuito abaixo, o gerador G tem f.e.m. E =12V e resistência
interna r = 1⍀. Ele é ligado a um resistor de resistência R = 119⍀.
Calcule a diferença de potencial entre os pontos A e B.
Calcule
a) a intensidade de corrente no circuito;
b) a tensão entre os pontos A e B.
17. (UEL-PR) – Pelas indicações do esquema abaixo, pode-se concluir 22. (ITAJUBÁ-MG-MODELO ENEM) – Uma bateria possui uma força
que a resistência interna da fonte, em ohms, é um valor mais pró- eletromotriz de 20,0V e uma resistência interna de 0,500 ohm. Se
ximo de intercalarmos uma resistência de 3,50 ohms entre os terminais da
a) 1,0 x 10–2 b) 1,5 x 10–1 c) 1,0 bateria, a diferença de potencial entre eles será:
d) 10 e) 1,5 x 10 a) 2,50V b) 5,00V c) 1,75 . 10V d) 2,00 . 10V
e) um valor ligeiramente inferior a 2,00 . 10V
240
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a) 20 2 2 10
b) 10 2 2 2,5
a) 3,5 b) 4,0 c) 6,0 d) 7,5 e) 8,0 c) 20 0 2 10
d) 10 0 2 5
29. (MACKENZIE) – No circuito representado a seguir, a bateria é ideal
e) 20 2 2 5
e a intensidade de corrente i1 é igual a 1,5A.
241
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Instruções:
A figura e as informações abaixo referem-se às questões de nú-
meros 33 e 34.
No circuito abaixo, R1 = R3 = 1⍀ e R2 = R4 = 2⍀,
E é a força eletromotriz da bateria, cuja resistência interna é nula.
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43. (FATEC) – O amperímetro ideal indicado no circuito acusa uma a) Qual a leitura do amperímetro?
corrente de 0,10A. b) Qual a leitura do voltímetro?
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a) R = 1500⍀, E = 7,5V b) R = 3000⍀, E = 15V 50. (FUVEST) – No circuito da figura, o amperímetro e o voltímetro
c) R = 500⍀, E = 3V d) R = 1,5⍀, E = 5V são ideais. O voltímetro marca 1,5V quando a chave K está aberta.
Fechando-se a chave K, o amperímetro marcará
e) R = 3,0⍀, E = 15V a) 0 mA b) 7,5 mA c) 15 mA.
d) 100 mA e) 200 mA.
48. (FUVEST) – No circuito da figura, E = 8V, r = 100⍀ e R = 1200⍀.
8. Associação de geradores
U = U1 + U2 + U3
ciais: Es = E1 + E2 + E3
4.a) A resistência interna equivalente (rs) é a soma das resistências internas parciais:
rs = r1 + r2 + r3
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I = i + i ⇒ I = 2i
Ep = E
r
Consideremos apenas geradores iguais associados rp = ––
n
em paralelo. Este caso é, praticamente, o único utilizado.
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4r1 4
r = –––– = ––– . 0,60⍀ ⇒ r = 0,80⍀
3 3
E 6,0
I = ––––– = ––––––––– (A) ⇒ i = 1,25A
r+R 0,80 + 4,0
Resposta: A
Resolução
Para a lâmpada apresentar maior brilho, a corrente elétrica que a
atravessa deve ter intensidade máxima. Isto se consegue
diminuindo-se a resistência total do circuito e aumentando-se a
força eletromotriz. Basta, então, fechar a chave C1 (para diminuir
Sabendo que em nenhum caso a lâmpada se queimará, podemos a resistência) e colocar a chave C2 na posição F (para que as pilhas
afirmar que brilhará com maior intensidade quando as chaves esti- fiquem associadas em série).
verem na configuração mostrada na alternativa Resposta: E
56. (FUVEST) – As figuras ilustram pilhas ideais associadas em série algumas pilhas de 1,5V cada uma. Considerando que essas pilhas
(1.o arranjo) e em paralelo (2.o arranjo). Supondo as pilhas idênticas, são geradores elétricos ideais, duas associações possíveis são:
assinale a alternativa correta:
a) Ambos os arranjos fornecem a
mesma tensão.
b) O 1.o arranjo fornece uma tensão
maior que o 2.o.
c) Se ligarmos um voltímetro aos
terminais do 2.o arranjo, ele indicará
uma diferença de potencial nula.
d) Ambos os arranjos, quando ligados
a um mesmo resistor, fornecem a
mesma corrente.
e) Se ligarmos um voltímetro aos
terminais do 1.o arranjo, ele indicará
uma diferença de potencial nula.
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59. (FUVEST-MODELO ENEM) – Seis pilhas iguais, cada uma com A resistência externa R é igual a 3⍀. Qual a intensidade de corrente
diferença de potencial V, estão ligadas a um aparelho, com elétrica (i)?
resistência elétrica R, na forma esquematizada na figura.
60. Uma bateria de 50 pilhas, cada uma das quais de f.e.m. 2,3V e
resistência interna 0,10⍀, deve ser ligada a um resistor de resis-
tência R, de modo que o circuito seja atravessado por uma corren-
23
te de intensidade –––– A. Qual o valor de R?
3
a) 10⍀ b) 30⍀ c) 40⍀ d) 15,9⍀ e) 35⍀
a) 3E e r b) E e r/3 c) E/3 e r
d) E/3 e r/3 e) 3E e r/3
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CAPÍTULO
Eletrodinâmica
4 RECEPTORES ELÉTRICOS
1. Receptor elétrico
Denomina-se receptor elétrico a um elemento de cir-
cuito que consome energia elétrica e a transforma em ou-
tra forma de energia que não exclusivamente energia
térmica. Um motor elétrico é um exemplo de receptor,
pois transforma energia elétrica em energia mecânica e
energia térmica. Sendo constituídos internamente de con-
dutores, os receptores apresentam uma certa resistência
elétrica (r) denominada resistência interna do receptor.
2. Curva
Indicando por i a intensidade da corrente elétrica que característica de um receptor
atravessa o receptor, a d.d.p. na resistência interna dele Sendo U = E + r . i, concluímos que o gráfico de U
será: em função de i, com E e r constantes, é uma reta inclinada
r . i crescente, em relação aos eixos.
U=E+r.i
que constitui a equação característica do receptor.
Observemos que o coeficiente linear da reta é a força
Nos circuitos elétricos, os receptores são indicados
contraeletromotriz E e o coeficiente angular (tg ) é nu-
pelo mesmo símbolo dos geradores, diferindo apenas no
mericamente igual ao valor da resistência interna do re-
sentido da corrente elétrica, que flui do polo positivo
ceptor:
para o polo negativo.
N
U=E+r.i tg  = r
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r' . i + r . i = E – E'
Para um circuito simples, contendo vários geradores,
vários receptores e vários resistores, podemos generali-
i(r + r') = E – E'
zar e escrever:
E – E' ⌺E – ⌺E’
ou i = –––––– i = –––––––––––––
r + r' ⌺r + ⌺r' + ⌺R
b) Sendo: U = E + r . i, temos
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E – E’ 80 – 40 40
i = ––––––––– ou i = –––––––––––––– (A) = –––– (A)
r + r’+ R 5,0 + 1,0 + 2,0 8,0
N 18 – 10
tg  = r’ = ––––––––(⍀) = 2,0 ⍀
4–0
No gráfico: i = 0 ⇒ E’ = 10V
Da equação do receptor, temos:
U = E’ + r’ i
Os gráficos a seguir mostram o comportamento desses objetos U = 10 + 2,0 . 2 (V) ⇒ U = 14V
por meio de suas curvas características de tensão (U) versus
intensidade de corrente (I). Resposta: C
5. (AFA) – Um gerador fornece a um motor uma ddp de 440V. O mo- A f.c.e.m. e a resistência interna deste receptor são, respectiva-
tor tem resistência interna de 25⍀ e é percorrido por uma corren- mente:
te elétrica de 400mA. A força contraeletromotriz do motor, em a) 11V e 1,0⍀ b) 12,5V e 2,5⍀ c) 20V e 1,0⍀
volts, é igual a: d) 22V e 2,0⍀ e) 25V e 5,0⍀
a) 375 b) 400 c) 415 d) 430
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O amperímetro A e o voltímetro V são ideais e, nas condições em (PUC-RS) – Instrução: Responder às questões 13 e 14, com base
que foram insertos no circuito, indicam, respectivamente: no circuito elétrico a seguir.
a) 83,3 mA e 3,0 V b) 375 mA e 0,96 V
c) 375 mA e 13,5 V d) 75 mA e 0,48 V
e) 75 mA e 2,7 V
10. (PUC-SP) – Fechando a chave K da figura anterior, a diferença de 15. (MACKENZIE) – Dados os circuitos (I) e (II), pode-se dizer que
potencial VA – VB passa a ter valor: a) em (I): E1 fornece energia, E2 absorve energia elétrica.
a) 35V b) 23V c) 20V d) 17V e) 15V b) em (I): E1 absorve energia, E2 fornece energia elétrica.
c) em (II): E1 e E2 absorvem energia elétrica.
11. (ITA) – As duas baterias da figura estão ligadas em oposição. Suas d) em (II): E1 absorve energia, E2 fornece energia elétrica.
f.e.m. e resistências internas são, respectivamente, 18,0V e e) em (II): E1 e E2 fornecem energia elétrica.
2,00⍀; 6,00V e 1,00⍀.
a) zero b) 2V c) 3V d) 6V e) 12V
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Sendo o motor ligado a essa bateria, é correto afirmar que a inten- 22. Quando o gerador estiver ligado corretamente apenas ao motor, a
sidade da corrente elétrica que o percorrerá, em ampères, será de: corrente no circuito (G + M) valerá:
a) 2,0 b) 4,0 c) 6,0 d) 8,0 e) 10 a) zero b) 2,5A c) 5A d) 7,5A e) 10A
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CAPÍTULO
Eletrodinâmica
Ee U.Q Q
Sendo U = ––– , vem P = ––––– . Mas, de i = –––,
Q ⌬t ⌬t
resulta:
P=U.i
Portanto, para qualquer aparelho elétrico, a potência
elétrica posta em jogo é igual ao produto da tensão elétri- O “relógio da luz” é um medidor de quilowatt-hora. Ele
fornece o consumo de energia elétrica.
ca no aparelho pela intensidade da corrente que o percorre.
Ee P ⌬t
2. Unidades
J W s
No Sistema Internacional, a energia é medida em
joule (J) e o intervalo de tempo em segundo (s). Deste kWh kW h
joule
modo, a potência elétrica é medida em ––––––– , que re- Relação entre kWh e joule:
segundo
cebe o nome de watt (W): 1kWh = 103 W x 3600 s
J 1kWh = 3,6 . 106 W . s
1W = 1 –––
s 1kWh = 3,6 . 106 J
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1. Num chuveiro elétrico, lê-se a indicação do fabricante: 220V – a) TV com tela de plasma, 37,72kWh;
2200W. TV com tela de cristal líquido, 50,52 kWh.
a) Qual o significado físico desses dados?
b) Que intensidade de corrente passa pelo chuveiro? b) TV com tela de plasma, 8,42 kWh;
c) Em 30 minutos de funcionamento, que quantidade de energia TV com tela de cristal líquido, 6,28 kWh.
ele consome?
Resolução c) TV com tela de plasma, 6,28 kWh;
a) 220V – é a tensão elétrica que deve ser aplicada aos seus ter- TV com tela de cristal líquido, 8,42 kWh.
minais.
2200W – é a potência elétrica que ele dissipa, sob tensão de d) TV com tela de plasma, 25,26 kWh;
220V. TV com tela de cristal líquido, 18,86 kWh.
P 2200W e) TV com tela de plasma, 50,52 kWh;
b) De P = U . i, tiramos: i = — ou i = ––––––– ⇒ i = 10A.
U 220V TV com tela de cristal líquido, 37, 72 kWh.
Resolução
c) Temos ⌬t = 30 minutos = 30 . 60s = 1800s TV de plasma: Ee = P1 . ⌬t
1
De Ee = P . ⌬t, vem: Ee = i1 U . ⌬t
1
Qual será o consumo de energia elétrica realizado, em kWh, no Ee = 800 . 5,0 . 60 (J) ⇒ Ee = 2,4 . 105J
período de 30 dias de cada um dos aparelhos, supondo que cada
um deles fique ligado durante 6 horas por dia? Resposta: D
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5. (UFPR-MODELO ENEM) – Atualmente, os aparelhos eletrodomésticos devem trazer uma etiqueta bem visível contendo vários itens do interesse
do consumidor, para auxiliá-lo na escolha do aparelho. A etiqueta abaixo é um exemplo típico, na qual a letra A sobre a faixa superior corresponde a
um produto que consome pouca energia e a letra G sobre a faixa inferior corresponde a um produto que consome muita energia. Nesse caso, trata-
se de etiqueta para ser fixada em um refrigerador. Suponha agora que, no lugar onde está impresso XY,Z na etiqueta, esteja impresso o valor 41,6.
Considere que o custo do kWh seja igual a R$ 0,25.
x = 12 . 41,6 (kWh)
x = 499,20 kWh
Ainda:
y = 124,8
Custo: R$ 124,8.
Resposta: A
Texto para responder às questões 6 e 7: 9. (FUVEST) – Um circuito é formado de duas lâmpadas, L1 e L2, uma
fonte de 6V e uma resistência R, conforme desenhado na figura.
Uma residência é iluminada por 12 lâmpadas de incandescência,
sendo 5 de 100W e 7 de 60W cada uma.
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11. (UFES) – Um fusível de 30A foi instalado em uma rede alimentada isso, consome energia. Suponha que uma televisão mantida em
por uma tensão de 120V. Quantas lâmpadas de 110W poderão ser standby dissipe uma potência de 12 watts e que o custo do
ligadas simultaneamente nesta rede, sem perigo de queimar o quilowatt-hora é R$ 0,50. Se ela for mantida em standby durante
fusível? um ano (adote 1 ano = 8 800 horas), a sua despesa devida ao
a) 4 b) 25 c) 30 d) 33 e) 32 consumo de energia será, aproximadamente, de
a) R$ 1,00 b) R$ 10,00 c) R$ 25,00
d) R$ 50,00 e) R$ 200,00
12. (CESGRANRIO) – O fusível de entrada de uma casa alimentada
em 110V queima-se, se a intensidade da corrente total ultrapassar
20A. Qual é o número máximo de lâmpadas de 100W que 17. (FUVEST-SP) – Um kWh é a energia consumida por um aparelho
poderão estar ligadas, sem que o fusível se queime? (Supõe-se de 1.000W funcionando durante uma hora. Considere uma tor-
que nenhum outro aparelho elétrico esteja funcionando.) neira elétrica com potência nominal de 2.000W.
a) 2 b) 5 c) 11 d) 22 e) 60 a) Supondo que o preço de 1 kWh de energia elétrica seja
R$ 0,12, qual o gasto mensal da torneira funcionando meia
hora por dia?
13. (MACKENZIE-MODELO ENEM) – Um chuveiro elétrico apresen- b) Qual a energia, em joules, consumida pela torneira em 1 mi-
2200W / 4400W – 220V nuto?
ta a inscrição e, ligado correta-
verão inverno
mente, está protegido, na rede que o alimenta, por um fusível 18. (SÃO LEOPOLDO-RS) – Num escritório, são instaladas 10 lâm-
com tolerância de até 30A. padas de 100W, que funcionarão, em média, 5 horas por dia. Ao
Se ligarmos, em paralelo ao chuveiro, sob a mesma d. d. p. de final do mês, à razão de R$ 0,12 por kWh, o valor da conta será:
a) R$ 28,00 b) R$ 25,00 c) R$ 18,00
220V, uma torneira elétrica com a inscrição 2000W – 220V ,
d) R$ 8,00 e) n. d. a.
poderemos afirmar:
a) O fusível queimar-se-á somente se o chuveiro estiver ligado no
“verão”. 19. (FUVEST) – Um chuveiro elétrico, ligado em média uma hora por
b) O fusível queimar-se-á somente se o chuveiro estiver ligado no dia, gasta R$ 10,80 de energia elétrica por mês. Se a tarifa cobrada
“inverno”. é de R$ 0,12 por quilowatt-hora, então a potência desse aparelho
c) O fusível queimar-se-á de qualquer forma, ou seja, tanto se o elétrico é:
chuveiro estiver ligado no “verão” como no “inverno”. a) 90W b) 360W c) 2.700W
d) O fusível não se queimará de maneira alguma. d) 3.000W e) 10.800W
e) O fusível queimar-se-á mesmo sem ser ligada a torneira.
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3. Potência elétrica
dissipada por um resistor
Seja U a tensão elétrica aplicada a um resistor de re- Quando a carga elétrica atravessa o resistor, durante
sistência R, e i a intensidade da corrente que o atravessa. um certo intervalo de tempo ⌬t, ela sofre uma perda de
energia elétrica Ee. É justamente essa perda de energia
elétrica que é convertida em térmica (Q).
Essa energia térmica pode ser calculada em função
da potência (P) do resistor, pela expressão:
Q = Ee = P . ⌬t (em unidades SI)
Lembrando que P = R . i2, vem:
Com a passagem da corrente elétrica, o resistor con- Q = R . i2 . ⌬t (em unidades SI)
verte energia elétrica em energia térmica (efeito Joule).
Deste modo, a potência elétrica consumida por um Esta expressão traduz a seguinte Lei de Joule:
resistor é dissipada. Esta potência é dada por: A energia elétrica dissipada num resistor, sob a for-
ma de energia térmica, durante um dado intervalo de
P=U.i tempo, é proporcional ao quadrado da intensidade da
corrente que o percorre.
Mas, de acordo com a 1.a Lei de Ohm, temos: U = R . i. Observação:
Logo: P = R . i . i Considerando a energia térmica Q traduzida em calo-
rias e a energia elétrica R. i2 . ⌬t em joules, a expressão
anterior se modifica para:
P = R . i2
J . Q = R . i2 . ⌬t
U U
De i = — , vem: P = U . — em que J é o fator de conversão de calorias para joules,
R R chamado equivalente mecânico da unidade de calor. Seu
valor, determinado experimentalmente, é:
U2 J = 4,18 joules/caloria 4,2 joules/caloria, ou seja,
P = ––––
R 1 cal 4,2J
E 100 ⇒
i = ——— = ———— (A) i = 5,0 A
r+R 5,0 + 15
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24. (FUVEST) – Usando todo o calor produzido pela combustão dire- 3) O tempo gasto no aquecimento da água pelo gerador é dado
ta de gasolina, é possível, com 1,0 litro de tal produto, aquecer por:
200 litros de água de 10°C a 45°C. Esse mesmo aquecimento Q
pode ser obtido por um gerador de eletricidade, que consome 1,0 Pot = –––
litro de gasolina por hora e fornece 110V a uma resistor de 11⍀, ⌬t
imerso na água, durante um certo intervalo de tempo. Todo o ca-
lor liberado pelo resistor é transferido à água. Nessas condições, Q 28 . 106
⌬t = ––– = –––––––– (s) = 25454s 7h
o aquecimento da água, obtido do gerador, quando comparado ao Pot 1100
obtido diretamente a partir da combustão, consome uma quanti-
dade de gasolina, aproximadamente, Portanto, serão necessários 7 litros de gasolina, ou seja, um
a) 7 vezes menor. b) 4 vezes menor. consumo sete vezes maior.
c) igual. d) 4 vezes maior.
e) 7 vezes maior. Resposta: E
27. (FEI) – Um chuveiro de 6000W e 220V teve sua resistência danificada. a) Com a chave C aberta, dissipa-se uma potência de 2,2kW na
Para consertá-lo, 1/3 de sua resistência foi cortada, aproveitando-se resistência. Qual o valor de R?
somente o restante. Qual é a nova potência do chuveiro? b) Qual deve ser a posição da chave C no inverno? Por quê?
a) 2000 W b) a potência não se altera c) 3000W
d) 8000W e) 9000W 30. (FUVEST) – Ganhei um chuveiro elétrico de 6050W – 220V. Para
que esse chuveiro forneça a mesma potência na minha instala-
28. (UNICAMP) – A potência P de um chuveiro elétrico, ligado a uma ção, de 110V, devo mudar a sua resistência para o seguinte valor,
rede doméstica de tensão U = 220V, é dada por P = U2/R, em que em ohms:
a resistência R do chuveiro é proporcional ao comprimento do a) 0,5 b) 1,0 c) 2,0 d) 4,0 e) 8,0
resistor. A tensão U e a corrente elétrica I no chuveiro estão
relacionadas pela Lei de Ohm: U = RI. Deseja-se aumentar a po- 31. (U.F.VIÇOSA) – Um chuveiro elétrico é projetado para operar
tência do chuveiro, mudando apenas o comprimento do resistor. numa rede de 110V. Se ele é ligado a 220V e deseja-se que
a) Ao aumentar a potência, a água ficará mais quente ou mais fria? dissipe a mesma potência, deve-se substituir a sua resistência por
b) Para aumentar a potência do chuveiro, o que deve ser feito outra:
com o comprimento do resistor? a) quatro vezes menor;
c) O que acontece com a intensidade da corrente elétrica I b) duas vezes maior;
quando a potência do chuveiro aumenta? c) duas vezes menor;
d) O que acontece com o valor da tensão U quando a potência do d) de mesmo valor;
chuveiro aumenta? e) quatro vezes maior.
29. (FUVEST) – A figura representa, esquematicamente, as ligações 32. (FUVEST) – A figura a seguir mostra um trecho de circuito com
de um chuveiro elétrico. R é a resistência e C uma chave que, três lâmpadas funcionando de acordo com as características es-
quando ligada, coloca em curto-circuito um segmento de resistên- pecificadas. Os pontos A e B estão ligados numa rede elétrica. A
cia. Entre os terminais A e B está aplicada uma tensão de 220V. potência dissipada por L3 é:
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39. (FUVEST) – A curva característica de um elemento resistivo é vis- a) Estando fechada a chave, calcule a potência dissipada no cir-
ta na figura abaixo. cuito.
b) Estando aberta a chave, calcule a diferença de potencial entre
os terminais A e B da chave.
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a) Determine o valor, em ohms, da resistência R para que as po- 47. (MACKENZIE) – O circuito abaixo consiste de uma bateria ideal e
tências dissipadas em R1 e R2 sejam iguais. 3 lâmpadas, L1, L2 e L3, idênticas.
b) Determine o valor, em watts, da potência P dissipada no resistor
R1, nas condições do item anterior.
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50. (CESGRANRIO) – Você dispõe de duas lâmpadas, uma de 25W, a) 3 min b) 5 min c) 15 min
125V e outra de 200W, 125V. Você liga essas lâmpadas, d) 30 min e) 45 min
conectadas em série, a uma tomada de 125V e observa que
a) a lâmpada de 25W queima-se; 55. (VUNESP) – Um resistor de resistência R, ligado em série com
b) a lâmpada de 200W queima-se; um gerador de f.e.m. ε e resistência interna desprezível, está
c) a lâmpada de 25W tem brilho quase normal e a lâmpada de imerso em 0,80kg de água, contida num recipiente termicamente
200W não chega a acender; isolado. Quando a chave, mostrada na figura, é fechada, a tem-
d) a lâmpada de 25W não chega a acender e a lâmpada de 200W peratura da água sobe uniformemente à razão de 2,0°C por
tem brilho quase normal; minuto.
e) as duas lâmpadas acendem com brilho normal.
Sendo: Pf = U . i e Pg = E . i, vem:
Cada termo representa uma potência elétrica. Assim:
U.i U
Pf = U . i : potência fornecida, = ––––––– = ––––
E.i E
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E2
Pf = ––––
máx 4r
Pf = 48W
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58. (UNIFESP-MODELO ENEM) – Uma das mais promissoras Nessas condições, pode-se concluir que a resistência do resistor
novidades tecnológicas atuais em iluminação é um diodo emissor R deve ser, em ohms, aproximadamente de:
de luz (LED) de alto brilho, comercialmente conhecido como a) 2,0 b) 4,5 c) 9,0 d) 12 e) 20
luxeon. Apesar de ter uma área de emissão de luz de 1 mm2 e Resolução
consumir uma potência de apenas 1,0 W, aproximadamente, um
Cálculo da potência fornecida pela bateria:
desses diodos produz uma iluminação equivalente à de uma
lâmpada incandescente comum de 25 W. Para que esse LED Pf = E i
opere dentro de suas especificações, o circuito da figura é um dos
sugeridos pelo fabricante: a bateria tem fem E = 6,0 V (resistência Pf = 6,0 . 330 . 10–3 (W)
interna desprezível) e a intensidade da corrente elétrica deve ser
Pf = 1,98W
de 330 mA.
Presistor = R i 2
R 9,0 ⍀
Resposta: C
59. (UFRJ) – O circuito esquematizado representa um gerador de for- A potência fornecida pela bateria vale:
ça eletromotriz E e resistência interna r ligado a um fio condutor a) 8W b) 6W c) 128W d) 18W e) 12W
de resistência R. A e V são respectivamente um amperímetro e
um voltímetro cujas leituras forneceram respectivamente os valo- 62. (FAAP) – A potência dissipada na resistência interna do gerador é
res I e U. O que significam fisicamente os produtos E I e U I? 15W. Calcule o valor da resistência elétrica R no circuito abaixo:
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64. (UFLA-MG) – Um gerador de força eletromotriz (f.e.m.) E e resis- 66. (MACKENZIE) – Um circuito elétrico é constituído de um gerador
tência interna r fornece energia a uma lâmpada L. A diferença de de força eletromotriz ε e resistência interna r, e de um resistor de
potencial (d.d.p.) nos terminais do gerador é de 80 volts e a cor- resistência R variável (figura 1). A potência dissipada no resistor
rente que o atravessa é de 1,0A. Sendo o rendimento do gerador em função da corrente i é dada pelo gráfico mostrado na figura 2.
80%, e considerando desprezível a resistência dos fios, calcular Os valores da força eletromotriz ε e da resistência interna r do ge-
a) a força eletromotriz (f.e.m.); rador são, respectivamente:
b) a resistência interna do gerador;
c) a resistência elétrica da lâmpada.
Pc = Pu + Pd
U=E+ri (1)
8. Rendimento
elétrico do receptor
Para obtermos a potência que o receptor consome, Definimos rendimento elétrico de um receptor como
basta multiplicar a tensão pela corrente: sendo a razão entre sua potência útil e sua potência con-
sumida:
Pc = U . i (2)
Pu
= ––––
Na equação (1), multipliquemos por i seus dois Pc
membros e teremos:
Sendo: Pu = E . i e Pc = U . i, vem:
U . i = (E + r i) . i ou U . i = E . i + r . i2 (3)
E.i E
= ––––– ⇒ = ––––
Cada termo da 3.a equação representa uma potência U.i U
elétrica:
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100 = E + 2 . 10 ⇒ E = 80V
Pmec = E . i
c) Cálculo do rendimento:
Pútil i.E E
= ––––– = ––––– = –––
Ptotal i.U U
80
= –––– = 0,8 ou = 80%
100
Resolução
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mas P = r’ i2
P = r’ i i
20 = 10 i ⇒ i = 2,0 A (II)
Assim, II em I:
r’ i = 10
r’ 2,0 = 10 ⇒ r’ = 5,0⍀
A potência elétrica dissipada por ela é de 20W e sua fcem é de
110V. Assim, sua resistência interna é de:
a) 5,0⍀ b) 55⍀ c) 2,0⍀ d) 115⍀ e) – 5,0⍀ Resposta: A
71. (FEG) – O esquema abaixo representa um circuito contendo duas Questões 75 e 76:
pilhas e dois resistores. Considere o circuito abaixo:
Pe Pm
–––– ––––
kW kW
a) 2,2 2,4
a) 4,75W b) 274W c) 1,883W d) 0,8W
b) 22 2,0
73. Um motor de resistência interna 1⍀, quando está ligado sob ddp c) 22 20
de 100V, é percorrido por corrente de intensidade 2A. Determine
a) a f.c.e.m. do motor; d) 2,2 20
b) a potência dissipada internamente;
c) seu rendimento elétrico. e) 2,2 1,98
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icc
––– .
2
b) itotal = 4,0A
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CAPÍTULO
Eletrodinâmica
6 LEIS DE KIRCHHOFF
1. Polaridade e DDP
dos elementos de circuito
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4. Segunda Lei de
Kirchhoff ou Lei das Malhas
Num circuito elétrico, chama-se malha um conjunto
de elementos de circuito constituindo um percurso fechado.
Exemplo: malha ABCD
VA – VB = + r1 i – E1 + R i + E2 + r2 i
3. Primeira Lei de
Kirchhoff ou Lei dos Nós
Num circuito elétrico, chama-se nó um ponto co-
mum a três ou mais condutores.
Exemplo:
Segunda Lei de Kirchhoff
Percorrendo uma malha num certo sentido, par-
tindo de um ponto e chegando ao mesmo ponto, a
soma algébrica das d.d.p. é nula.
Resolução
Determine o sentido e a intensidade da corrente no condutor cd.
Resolução
Nó B: i3 = i1 + i2 쎻
B : i3 – i2 = 0,2
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쎻 쎻
Levando ␥ em B , vem: i3 – 0,6 = 0,2 ou ␦ 쎻 Resolução
A 1.a Lei de Kichhoff expressa a conservação da corrente elétrica
ou da quantidade da carga elétrica.
A 2.a lei expressa a conservação da energia em um sistema
i3 = 0,8A fechado.
Resposta: D
쎻 쎻
Substituindo ␦ em ␣ , fica R3 . 0,8 = 2 ou 4. (UNIFESP-MODELO ENEM) – Por falta de tomadas extras em
seu quarto, um jovem utiliza um benjamin (multiplicador de
tomadas) com o qual, ao invés de um aparelho, ele poderá
R3 = 2,5⍀ conectar à rede elétrica três aparelhos simultaneamente. Ao se
conectar o primeiro aparelho, com resistência elétrica R, sabe-se
que a corrente na rede é I. Ao se conectarem os outros dois
3. (MODELO ENEM) aparelhos, que possuem resistências R/2 e R/4, respectivamente,
1.a Lei de Kirchhoff – Em um nó, a soma das intensidades de e considerando constante a tensão da rede elétrica, a corrente
corrente que chegam é igual à soma das intensidades de corrente total passará a ser
que saem. a) 17 I /12 b) 3 I c) 7 I d) 9 I e) 11 I
2.a Lei de Kirchhoff – Percorrendo-se uma malha num certo Resolução
sentido, partindo-se de um ponto e chegando-se ao mesmo Sendo constante a tensão elétrica da rede, da 1.a Lei de Ohm
ponto, a soma algébrica das ddp é nula. (U = Ri), observamos que a intensidade da corrente elétrica i e a
resistência elétrica R são grandezas inversamente proporcionais.
I. A 1.a lei expressa fundamentalmente um princípio de conser- Para uma resistência elétrica igual a R, teremos uma intensidade
vação da carga elétrica. de corrente elétrica i1 = I;
II. A 2.a lei pode ser entendida como um princípio de conservação Para uma resistência elétrica igual a R/2, teremos uma
da energia. intensidade de corrente elétrica i2 = 2I e para R/4, teremos i3 = 4I.
III. As duas leis estão relacionadas com a conservação da quanti- Desse modo:
dade de movimento.
itotal = i1 + i2 + i3
Sobre as afirmações, é correto dizer:
a) Somente I é correta. b) Somente II é correta. itotal = I + 2I + 4I ⇒ itotal = 7I
c) Somente III é correta. d) Somente I e II estão corretas.
e) todas estão erradas. Resposta: C
7. (VUNESP) – Três resistores, P, Q e S, cujas resistências valem 10, a) Indique o sentido da corrente no circuito (horário ou anti-horário).
20 e 20 ohms, respectivamente, estão ligados ao ponto A de um b) Calcule o valor da corrente.
circuito. As correntes que passam por P e Q são 1,00A e 0,50A, c) Calcule a diferença de potencial entre os pontos B e C e A e D.
como mostra a figura. d) Calcule os potenciais elétricos nos pontos B, C e D (VB, VC e VD).
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9. (UFSC) – Considere o circuito da figura a seguir, no qual estão 13. Qual a intensidade da corrente que atravessa o ramo AB?
associadas três resistências (R1, R2 e R3) e três baterias (E1, E2,
E3) de resistências internas desprezíveis.
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22. (FUVEST) – Considere o circuito da figura, no qual E = 10V e O módulo da corrente I que atravessa o resistor de 2,0⍀ é, apro-
R = 1.000⍀. ximadamente:
a) Qual a leitura do amperímetro A? a) 0,86A b) 1,57A c) 2,32A
b) Qual a leitura do voltímetro V? d) 2,97A e) 3,65A
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5) B 6) E 7) a) 30V Nó A: i + i1 = i2
b) 40V
Malha ␣: R2 . i2 – 12 + R1 i1 = 0
8) a) anti-horário b) 2,0A
c) –40V; 20V d) 50V; 90V; –20V 20 . i2 – 12 + 2 i1 = 0
9) A 10) B 11) C i1 + 10 i2 = 6
12) B 13) 3,5A 14)
Malha : – R1 i1 + 12 – V + R3 i = 0
– 2 i1 + 12 – V + 5i = 0
5i – 2 i1 = V – 12
em :
15) C 16) B 17) B 18) C i1 + 10 (i + i1) = 6
19) a) O circuito elétrico dado pode ser esquematizado pelo
11 i1 + 10i = 6
circuito equivalente que se segue:
5,5 i1 + 5i = 3
– : 7,5 i1 = 15 – V
15 – 0,5t
7,5 i1 = 15 – 0,5t i1 = –––––––––––
7,5
a) Para t = 0, vem: i1 = 2A
15 – 0,5 t
c) De i1 = ––––––––– concluímos que o gráfico i1 x t é retilíneo.
7,5
V0 = 52V
d) Para t = 90s, temos:
Respostas: a) 1,0A b) 40V c) 52V
7,5 i1 = 15 – 0,5 . 90
20) i2 = 0,6A 21) 2,4V 22) a) 5,0 . 10–3A
i1 = – 4A
i3 = 0,8A b) 2,5V
Portanto, a bateria B funciona, neste instante, como re-
R3 = 2,5⍀
ceptor e a potência recebida será:
23)
P = U . i1
P = 12 . 4 (W)
P = 48W
Respostas: a) 2A
b) 30s
c) gráfico acima
d) 48W (recebida)
24) C
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CAPÍTULO
Eletrodinâmica
7 MEDIDORES
ELÉTRICOS
1. Galvanômetro
O galvanômetro é um dispositivo que se utiliza para
detectar correntes de pequenas intensidades. Nos circui-
tos elétricos, o galvanômetro funciona como se fosse um
simples resistor. Os elementos que o caracterizam são:
a) sua resistência interna (rg);
b) a intensidade de corrente máxima permitida no
aparelho (ig), também denominada corrente de fundo de
escala.
O galvanômetro e o shunt estão em paralelo:
O símbolo que utilizaremos para o galvanômetro
será: rg ig
rg ig = Rs . is ⇒ is = ––––
Rs
rg
2. Amperímetro
O galvanômetro usado como amperímetro possui
(
i = ig 1 + –––
Rs )
dois inconvenientes: a sua elevada resistência interna
(rg), que deveria ser quase nula, e a pequena faixa de
medição de corrente (de zero a alguns miliampères).
Resolvemos, simultaneamente, os dois problemas,
colocando em paralelo com o galvanômetro um resistor
de baixa resistência, denominado shunt (Rs).
O galvanômetro e o shunt são montados dentro de
uma caixa (conforme figura), ficando à mostra a escala
do galvanômetro e os dois terminais, A e B.
Vamos determinar a nova corrente de fundo de escala
i do amperímetro, em função da corrente de fundo de
escala ig do galvanômetro.
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Ug . Rm
U = Ug + ––––––––
rg
Rm
(
U = Ug 1 + ––––
rg )
Observe que esse galvanômetro, calibrado em unidades de 5.o) Cálculo da resistência do shunt:
intensidade de corrente, só poderá medir correntes de inten-
sidades i ⭐ 10A e, calibrado em unidades de tensão, só Ug (item 4.o) 1,5 (mV) 1500 (V)
Rs = –––––––––––– = ––––––––––––– = ––––––––––––
poderá medir tensões U ⭐ 1,5mV. Ele não constitui, portanto, is (item 3.o) 4999990 (A) 4999990 (A)
um amperímetro ou um voltímetro prático.
Esquema:
Rs = 3,0 . 10–4⍀
RA 3,0 . 10–4⍀
b) A conversão desse galvanômetro em amperímetro de fundo
de escala 5,0A é feita mediante a inclusão de um resistor
(shunt), colocado em paralelo com os terminais do galvanô- 2. A resistência de um galvanômetro de fundo de escala 20A é de
metro. A incógnita da questão é o valor ôhmico desse shunt. 200⍀. Dar as explicações necessárias para converter tal aparelho
Procede-se assim: em um voltímetro de fundo de escala 10V.
1.o) Anote a corrente máxima permitida no galvanômetro: Resolução
ig = 10A Esquema do galvanômetro:
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Essa é a ddp que o multiplicador deve suportar. 4. (MACKENZIE-MODELO ENEM) – Um problema com a apare-
lhagem elétrica do laboratório de Física provocou a seguinte
4.o) Anote a corrente máxima no galvanômetro: situação.
ig = 20A
O amperímetro A , descrito no circuito abaixo, possui resistên-
Essa é também a corrente que passa pelo multiplicador, por-
que está em série com o aparelho. cia interna RA = 9,0 . 10–2⍀.
5.o) Cálculo da resistência do multiplicador:
Um (item 3) 9996000 (V)
Rm = –––––––––––– = –——–——–—
ig (item 4) 20(A)
Rm = 499800⍀
rente i é:
3. (MODELO ENEM) – Considere um galvanômetro G de resistência
a) 19A b) 10A c) 9,0A d) 0,90A e) 0,10A
interna rg e um resistor de resistência R. Dos esquemas abaixo,
representam um bom amperímetro e um bom voltímetro, Resolução
respectivamente:
RA e RS estão associados em paralelo, assim:
a) I e II b) II e IV c) I e III
d) III e IV e) I e IV RA . iA = RS is
9,0 10–2 . 1,0 = 1,0 10–2 . is
is = 9,0A
Sendo i = iA + is
i = 1,0 + 9,0 (A)
i = 10A
Resposta: B
5. (MACKENZIE) – É dado um amperímetro de resistência 10⍀ e 7. (FESP) – Um amperímetro de resistência interna RA = 90⍀ tem
fundo de escala 10A. Qual deve ser o valor da resistência “shunt” leitura de fundo de escala iA = 5mA. Se quisermos obter com este
para medir 20A? medidor um amperímetro que meça correntes até 10mA,
a) 0,5⍀ b)1⍀ c) 2⍀ d) 10⍀ e) n.d.a. devemos ligar ao instrumento um resistor R
a) em paralelo, no valor de 45⍀;
b) em paralelo, no valor de 90⍀;
6. (FEI-SP) – Deseja-se utilizar um galvanômetro de resistência interna
c) em série, no valor de 45⍀;
20⍀ e fundo de escala 0,01A como amperímetro de fundo de esca-
d) em série, no valor de 90⍀;
la 10A. Qual o valor da resistência a ser associada ao galvanômetro
e como devemos fazer a fim de que isso seja possível? e) n.d.a.
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8. Um amperímetro de resistência interna 0,18⍀ tem escala de 100 a) se as chaves X e Y estiverem fechadas, o amperímetro
divisões, que é usada para medir correntes até 10A. indicará i = 0,2A;
a) Que resistência deveria ser usada e como deveria ser ligada, b) só haverá diferença de potencial nos terminais do gerador se
para que esse aparelho meça correntes até 100A? a chave X estiver fechada;
b) Nas condições do item (a), de quanto variará o valor de cada c) se a chave X estiver fechada e em seguida fecharmos a chave
divisão? Y, a indicação do amperímetro aumentará.
9. (UNESP) – Um medidor de corrente elétrica comporta-se, quando 14. (F.M.ABC-SP) – No trecho de um circuito elétrico, conforme o es-
colocado em um circuito, como um resistor. A resistência desse quematizado, se a diferença de potencial entre os pontos
resistor, denominada resistência interna do medidor, pode, terminais A e D for de 100V, a leitura no amperímetro (de resis-
muitas vezes, ser determinada diretamente a partir de dados tência desprezível) será:
(especificações) impressos no aparelho. a) 0,5A b) 3A c) 1A d) 10A e) 0,25A
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21. Para o circuito esquematizado a seguir, as leituras de A e V resul- O voltímetro e o amperímetro ideais indicam, respectivamente, os
tam: seguintes valores de tensão e corrente:
a) zero e zero b) zero e 1,5V c) 0,015A e zero a) 1,5V; 0,05A b) 3,0V; 0,10A c) 4,5V; 0,15A
d) 0,030A e zero e) n.d.a. d) 1,5V; 20A e) 3,0V; 10A
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R2 . i1 = R3 . i2 II
R1 . i1 R4 . i2 R1 R4
Montagem A (Método do amperímetro externo) ––––––– = ––––––– ⇒ –––– = ––––
R2 . i1 R3 . i2 R2 R3
leitura em V
R ––––––––––––
leitura em A
ou R1 . R3 = R2 . R4 (c.q.d.)
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29. (FUVEST-SP) – Você dispõe de um voltímetro e de um amperímetro ideais. Para determinar experimentalmente o valor da resistência R, você
escolheria a montagem:
30. No circuito elétrico esquematizado, deseja-se medir a diferença a) Qual é a leitura do amperímetro?
de potencial entre os terminais A e B do resistor R. b) Quanto vale Rx?
c) Qual é a leitura do voltímetro V2?
d) O resistor R1 é constituído de um fio de comprimento 5m e
secção reta 10–4 mm2. Qual é a resistividade do material do
fio?
O instrumento
a) X deve ser um voltímetro;
b) Y deve ser um amperímetro;
c) X deve ser um amperímetro;
d) Y deve ser um voltímetro;
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42. (FUVEST) – Uma fonte de tensão ideal de 600 volts alimenta dois trilhos, AB e CD, ligados
entre si por um condutor BD de resistência desprezível. Um voltímetro ideal, inicialmente
conectado aos pontos A e C, movimenta-se a 2m/s ao longo dos trilhos. Cada trilho tem 100m
de comprimento e 1,5 ohm de resistência por metro.
b) 0,25A
19) a) 1,0 . 105⍀
b) 1,5A
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CAPÍTULO
Eletromagnetismo
1 CAMPO MAGNÉTICO
H á mais de 2000 anos, sabiam os gregos que certas pedras da região da Magnésia eram capazes de
atrair pedaços de ferro. Essas pedras são, hoje, conhecidas como magnetita, que constitui um ímã natural.
Não sabemos, ao certo, quando o ímã foi utilizado pela primeira vez na navegação. Há alguma
referência escrita datada do século XII.
Conta-nos a história, lá do século XIII, que
muitos observadores já haviam notado que os ímãs,
independentemente do seu formato, sempre tinham
dois polos, os quais eram inseparáveis.
Modernamente, conhecemos os ímãs naturais
per manentes (magnetita) e os ímãs artificiais (liga
de ferro, de níquel ou de cobalto, imantada no
laboratório).
Atração magnética.
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2. (MODELO ENEM) – Dois pequenos ímãs idênticos têm a forma Verificamos, dessa maneira, que se as partes do ímã 1 forem
de paralelepípedos de base quadrada. Ao seu redor, cada um aproximadas novamente, atrair-se-ão.
produz um campo magnético cujas linhas se assemelham ao Efetuando-se os cortes no ímã 2:
desenho esquematizado.
Suficientemente distantes um do outro, os ímãs são cortados de 3. (MODELO ENEM) – Um brinquedinho infantil é constituído por
modo diferente. As partes obtidas são então afastadas para que um ratinho, um gatinho e um pedaço de queijo. Sob o ratinho, há
não haja nenhuma influência mútua e ajeitadas, conforme indica a rodinhas que o permitem correr para frente ou para trás. Quando
figura seguinte. o queijo é mostrado para o ratinho, este logo o reconhece e se
aproxima dele (fig.1). Quando o gatinho, seu inimigo e predador, a
ele é mostrado, ele também o reconhece e foge prontamente
(fig.2).
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III. INCORRETA
Observemos a figura 2: como se discutiu na afirmativa anterior, A e C devem ter o mesmo polo magnético. Então, sendo A um polo norte,
C também deverá ser um polo norte.
IV. CORRETA
Observemos a figura 1: como existe uma atração magnética entre B e C, significa que se trata de dois polos opostos. Como B é um polo
sul, então C é um polo norte. Então o ímã CD tem polo norte em C e polo sul em D. Assim, tanto B como D serão um polo sul.
Resposta: C
4. Um ímã, em forma de barra (Fig. 1), foi dividido em três pedaços: Colocando-se lado a lado os dois pedaços extremos, como in-
(A, B); (C, D) e (E, F). A seguir, foram feitos alguns experimentos dicado na figura 2, é correto afirmar que
com esses pedaços (Figs. 2, 3 e 4). Em cada um deles, repre- a) se atraem, pois A é polo norte e B é polo sul.
sentou-se uma força de atração ou de repulsão. Analise esses re- b) se atraem, pois A é polo sul e B é polo norte.
sultados e julgue cada um deles. c) não se atraem, e nem se repelem.
d) se repelem, pois A é polo norte e B é polo sul.
e) se repelem, pois A é polo sul e B é polo norte.
Indicando por:
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FOCO EM
CAMPO MAGNÉTICO TERRESTRE
Envolvendo o nosso planeta, há um campo magnético. É
ele quem atua sobre a agulha magnética da bússola e a
orienta na direção norte–sul.
Sabemos que uma bússola, quando colocada no interior de
um campo magnético, se orienta na direção de uma de suas
linhas de indução e o seu polo norte indica o sentido desta
linha. Isso demonstra a existência do campo magnético da
Terra.
No entanto, em tudo isto há uma curiosidade: o polo norte
da agulha aponta para o polo norte geográfico da Terra. Do
mesmo modo, o polo sul da agulha aponta para o sul da Terra.
O que demonstra esse fenômeno?
Em primeiro lugar, essa verificação nos faz concluir que o
campo magnético da Terra tem seus dois polos sobre os polos
geográficos da Terra. Na realidade bem próximos, mas não
são coincidentes.
Fig. 14 – Campo magnético da Terra.
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Em segundo lugar, verificamos que se o polo norte da agulha aponta para o polo norte geográfico, é
porque ali se encontra um polo sul magnético. Do mesmo modo, lá no polo sul da Terra se encontra um polo
norte magnético.
Ao que tudo indica, a Terra é um grande ímã de ponta cabeça. No norte, está o sul magnético e no sul
está o norte magnético.
A linha de indução que passa num determinado local define, em cada ponto, a direção do →
campo
magnético. Traçando-se uma tangente a ela, passando por um de seus pontos, teremos o vetor B daquele
ponto. No entanto, ao contrário do que se poderia supor, esse vetor não terá direção horizontal. Ele
apresenta uma ligeira inclinação, que se acentua à medida que nos afastamos do equador em direção aos
polos.
→ →
Sendo B o vetor indução →num determinado ponto P, próximo da superfície terrestre, e sendo ainda Bh
a componente horizontal de B, o ângulo formado é denominado inclinação magnética do local.
Normalmente, usamos a bússola numa posição horizontal, isto
é, a sua agulha gira livremente na posição horizontal. Deste
modo, a orientação
→
da agulha tem a direção da componente
horizontal Bh .
Fig. 15.
Uma carga elétrica q, positiva, é lançada num campo newton (N) coulomb (C) m/s tesla (T)
→
magnético uniforme, com uma velocidade v. No local, o → →
b) direção: perpendicular aos vetores v e B.
campo magnético está representado pelo vetor indução
→ → →
B. Seja ainda o ângulo formado entre os vetores v e B.
Inicialmente, vamos supor que o lançamento não tenha
sido paralelo ao campo magnético.
Mostra a experiência que o campo magnético é capaz
de atuar sobre essa carga de prova lançada nele sob essas
condições. Surge na partícula uma força de origem mag-
→
nética, denominada força magnética de Lorentz ( F ) (Fig. → → →
Fig. 17 – F é perpendicular a v e a B .
16).
c) sentido: sendo positiva a carga elétrica da par-
tícula lançada, o sentido da força magnética é dado pela
regra da mão esquerda, que assim se propõe (Fig. 18).
→
Fig. 16 – A força magnética F atuando na carga de prova q.
a) intensidade: F = | q | . v . B . sen
Fig. 18 – Regra da mão esquerda para a carga positiva.
Observemos que a intensidade da força magnética é →
diretamente proporcional ao módulo da carga elétrica, ao • o dedo polegar indica a força magnética F; →
módulo da velocidade de lançamento e à intensidade do • o dedo indicador indica o campo magnético B;
→
campo magnético. Valem, no SI, as seguintes unidades: • o dedo médio indica o sentido da velocidade v.
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→
8. Usando a regra da mão esquerda, represente a força magnética F Resolução
que atua na partícula de carga elétrica q, positiva, lançada no Em cada caso, devemos novamente aplicar a regra da mão es-
→
campo magnético B em direção perpendicular às suas linhas de querda. No entanto, sendo negativa a carga elétrica da partícula,
→
indução (Figuras a, b e c). devemos inverter o sentido da força magnética F obtida. Observe
ainda que os lançamentos propostos nas figuras d, e e f são
exatamente os mesmos das figuras a, b e c. Portanto, teremos os
resultados opostos.
Resolução
Em cada caso, devemos aplicar a regra da mão esquerda, sem
contudo inverter o dedo médio com o indicador. Vire sua mão de
modo a posicionar sempre os dedos médio e indicador coinci-
→ →
dindo com os respectivos vetores v e B. Tome sempre como
referência a figura 18. 10. Numa região do espaço, existe um campo magnético uniforme de
Deste modo, teremos os seguintes resultados: intensidade B = 200T (200 teslas). Lançamos nela uma partícula
→ →
de carga elétrica q = 2,0nC, tal que o ângulo formado entre v e B
seja de 30°. Sendo v = 2,0 x 103m/s, determine
a) a intensidade da força magnética que atua sobre a partícula.
b) Mudaria a intensidade da força se a carga fosse negativa?
Resolução
a) Lembrando que a intensidade da força magnética é dada por:
F = |q| . v . B . sen
Sendo:
→ q = 2,0nC = 2,0 x 10–9C, v = 2,0 x 103m/s e B = 200T
9. Represente a força magnética F que atua na partícula de carga
→ sen = sen 30° = 1/2 = 0,50
elétrica q, negativa, lançada no campo magnético B em direção
perpendicular às suas linhas de indução (Figuras d, e e f). teremos:
F = 2,0 x 10–9 x 2,0 x 103 x 200 x 0,50 (newton)
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11. Nos casos que se seguem, apresentados nas figuras de 1 a 4, a b) Desenhe a força magnética que atua em cada partícula.
carga da partícula é positiva. Em todos os quatro casos, ela foi lan-
çada perpendicularmente ao campo. Desenhe, em cada caso, a
força magnética atuante na partícula.
12. Nos casos que se seguem, apresentados nas figuras de 5 a 8, a 16. Na figura abaixo, um elétron é lançado horizontalmente entre os
carga da partícula é negativa. Em todos os quatro casos, ela foi polos opostos de dois ímãs dispostos verticalmente.
lançada perpendicularmente ao campo. Desenhe, em cada caso,
a força magnética atuante na partícula.
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11)
20) A 21) E 22) E 23) B
Fe = |q| . E
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