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UNIVERSIDADE PAULISTA

ELISANGELA DE ARAUJO MEAZZO


GABRIELLI DE SOUZA BURQUE
LAÍS AMANDA GASPAROTTO
MIRELLA QUINTIERI ANTUNES DOS SANTOS
VIVIANE REGINA GOMES CASTOR

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS


“Currículo: Definições E Práticas”

Bauru

2021
ELISANGELA DE ARAUJO MEAZZO

GABRIELLI DE SOUZA BURQUE

LAÍS AMANDA GASPAROTTO


MIRELLA QUINTIERI ANTUNES DOS SANTOS
VIVIANE REGINA GOMES CASTOR

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS


“Currículo: Definições E Práticas”

Trabalho de Atividade Prática Supervisionada –


APS – da Disciplina Escola, Currículo e Cultura,
como requisito para avaliação de semestre.
apresentado a Universidade Paulista – UNIP.

Prof.ª Ma. Andrea Belli Floriano.

Bauru
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇAO.............................................................................................................3
2 CURRÍCULO: DEFINIÇÕES E PRÁTICAS............................................................4
2.1 Teorias Tradicionais......................................................................................................4
2.2 Teorias Críticas..............................................................................................................5
2.3 Teorias Pós-Críticas......................................................................................................5
2.4 Curriculo Oculto............................................................................................................6
2.5 A BNCC e o Curriculo..................................................................................................7
3 ENTREVISTA...............................................................................................................8
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................9
REFERENCIAS..........................................................................................................10
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1 INTRODUÇÃO

No Segundo Semestre de 2021, o curso de Pedagogia, por intermédio de seu Núcleo


Docente Estruturante (NDE) elegeu a disciplina Escola, Currículo e Cultura para ancorar as
Atividades Práticas Supervisionadas (APS) para nós alunos do quinto e sexto período.
A partir da análise e do que estudamos no Plano de Ensino da disciplina Escola,
Currículo e Cultura, verificaram-se reflexões sobre as teorias do currículo, e as implicações
das escolhas teóricas para um projeto social. Tomando por base uma perspectiva pós-crítica
do currículo, sabemos que ele, o currículo escolar, constrói nossa identidade, pois os
conhecimentos que são escolhidos para serem ensinados na escola determinam e direcionam a
nossa forma de pensar, agir e se relacionam com as outras pessoas e com o mundo a nossa
volta, e como ficamos muitos anos das nossas vidas dentro da instituição, escola, o currículo
tem um papel fundamental na nossa formação enquanto estudante e pessoa.
Com isso, tem-se a pretensão de proporcionar a nós estudantes a oportunidade de
buscar compreender vários referenciais teórico superando uma visão fragmentada sobre o
currículo e discutir as implicações na prática dessas diferentes visões sobre o currículo. Dessa
forma, o intuito deste trabalho é realizar um levantamento bibliográfico e também entrevistar
um professor dos anos iniciais do ensino fundamental ou um gestor (coordenador ou diretor
de escola) buscando respostas aos seguintes questionamentos: como os profissionais da
educação, professores e gestores, compreendem o currículo? Os profissionais da educação
têm consciência das explicações teóricas que estão embutidas em suas explicações do
currículo? Quais as implicações dessas diferentes escolhas teóricas sobre o currículo na
formação dos alunos e num projeto de sociedade? Com a intenção de saber como ele
compreende o currículo e, a partir dessa opinião, analisarmos qual teoria do currículo está
implícita nessa definição do currículo.
Portanto a realização desse projeto se justifica para que nós estudantes de pedagogia
percebêssemos a importância do currículo como fruto de escolhas que fazemos a partir de
uma orientação nacional, por exemplo, a Base Nacional Comum Curricular e os documentos
oficiais, mas que definirão um projeto de sociedade a partir das escolhas que são realizadas no
currículo. Essa consciência poderá contribuir para nossa formação como futuros professores
críticos e com uma visão ampla do currículo numa perspectiva pós-crítica, buscando assim
uma sociedade mais justa e igualitária para todas as pessoas.
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2 CURRÍCULO: DEFINIÇÕES E PRÁTICAS

O currículo é um documento excepcional e que está presente em todas as unidades


escolares de educação básica e também nas instituições de ensino superior, o currículo tem
uma influência significativa nos sujeitos que fazem parte do processo educativo e as demais
pessoas da sociedade. De um modo geral a concepção de currículo se dá na seleção dos
conhecimentos das práticas de aprendizagens que transformados em um contexto histórico,
traz como intuito primordial a garantia de uma aprendizagem e cultura competente e adequada
para as variadas idades.

O conceito de currículo vem sofrendo alterações ao decorrer do tempo, variando da


época vivida e da corrente pedagógica do momento. Então é necessário que o lecionador dos
conteúdos, deve estar altamente capacitado para tal função, ou seja é necessário que ele
procure se aprofundar nos temas relacionados no curriculo e também atentando-se a
orientação curricular. As teorias curriculares pode se distinguir em três, sendo elas: as
tradicionais, as críticas e as pós-críticas, porém além dessas, há o curriculo oculto, que
explicitaremos ao delongo deste trabalho.

2.1 Teorias Tradicionais

Surgiu na primeira metade do século XX nos Estados Unidos , tendo como principal
téorico desta teoria John Franklin Bobbitt (1876-1956), era um momento conturbado na
educação, relacionado à problemas econonomicos, politico e cultural. Então o ensino e suas
praticas era definido por um ato totalmente mecanico, relacionada ao sistema industrial da
época, definido por Taylorismo.

O sistema Taylorismo tinha como intuito seguir um certo padrão, impondo regras, e
também uma sequencia repetitiva embasado nas tarefas impostas, além da produção em
massa. Com isso o curriculo tradicional dentro das salas de aula era embasado nessa
concepção, na qual o papel principal é do Professor, que passava os conhecimentos aos
alunos, visto apenas como repetidores do assunto trasmitido. De acordo com Silva (2009, p.
23-24),
As respostas de Bobbitt eram claramente conservadoras, embora sua intervenção
buscasse transformar radicalmente o sistema educacional. Bobbitt propunha que a escola
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funcionasse da mesma forma que qualquer outra empresa comercial ou industrial. Tal como
uma indústria, Bobbitt queria que o sistema educacional fosse capaz de especificar
precisamente que resultados pretendia obter, que pudesse estabelecer métodos para obtê-los
de forma precisa [...].

2.2 Teorias Críticas

Essa teoria ocorreu na década de 1960 que foi marcada por diversos movimentos
sociais e culturais que discutiam de forma explícita a sociedade e suas organizações, sendo
fundamentada na dialética de Karl Marx (1818-1883), na qual envolvia outros autores como
Max Horkheimer, Theodor Adorno, Pierre Boudieu e Louis Althusser, para eles a escola e a
educação são os fatores responsaveis das diferenças sociais no mundo capitalista, ou seja o
curriculo esta voltado as preferencias e principios das classes dominantes, ignorando os
grupos menos favorecidos.

Nesta concepção de curriculo argumenta que não há uma teoria neutra, já que todas
teorias engloba-se no poder. Isso está subentendido nas matérias e conteúdos que retratam a
desigualdade social, que fazem com que muitos alunos saem da escola antes mesmo de
aprender as habilidades das classes dominantes. A visão desta teoria então, é como um campo
que proclama a liberdade e um espaço cultural e social de lutas.

2.3 Teorias Pós-Críticas

As teorias pós-criticas vieram após as teorias críticas, iniciadas na década de 1960 e


1970. Eyng (2015, p. 138) destaca que as teorias pós-críticas operam os conceitos
fundamentais de: “identidade, alteridade, diferença, subjetividade, significação e discurso,
saber-poder, representação, cultura, gênero, raça, etnia, sexualidade, multiculturalismo”
(SILVA, 2007, p. 17). Nessa linha de teorização, os currículos atuam como práticas de
subjetivação, de significação e discurso produzidos nas relações de saber-poder, sendo os
currículos entendidos como formas de seleção e representação da cultura, compreendendo
demandas das questões de gênero, raça, etnia, sexualidade, multiculturalismo. Os currículos
produzem identidades heterogêneas e diversas, que num processo dialógico e ético
possibilitam a emancipação a partir da cidadania ativa (EYNG, 2010, p. 37)
Neste campo de currículo, a seguinte expressão teorias pós-críticas é usada para se
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referir as teorias que costumam questionar alguns pressupostos das teorias críticas, que são
marcadas por influências do Marxismo, Escola de Frankfurt e em diversas medidas da
fenomenologia.
Nas teorias pós-críticas o poder se transforma, mas não desaparece jamais. Nas teorias
pós-críticas, este conhecimento não é exterior ao poder, o conhecimento não se opõe ao poder.
Desconfiam de qualquer postulação que seja suspeita e que tenha como pressuposto uma
situação certamente livre de poder. As Teorias pós - críticas enaltecem e engrandecem a
cultura, o gênero, a etnia, linguagem e a diferença.

2.4 Currículo Oculto

Currículo oculto é o termo denominado para os aspectos que constituem o ambiente


escolar, sem fazer parte do currículo oficial, Almeida e Albuquerque (2001) diz que “a
educação tem como fim integrar o homem e torná-lo sensível ao enfrentar os desafios da vida
e seus complexos ditames”, sendo assim tudo aquilo que o aluno aprende diariamente em
meio as várias práticas, atitudes, comportamentos, gestos, percepções, que vigoram no meio
social e escola, fazem parte do currículo oculto.
Podemos citar, por exemplo, livros didáticos, ou a forma como a escola incentiva à
criança a chamar a professora (tia fulana ou professora fulana e etc.). De acordo com Silva
(2009, p. 78), o currículo oculto representa uma dimensão implícita no processo não
mensurável e informal, que fazem parte do cotidiano escolar transmitindo experiências que
reforçam o aprendizado sócio cultural, na inter-relação professor aluno e o saber.
As dimensões no processo de educação formal deixam claras as ideias que o currículo
escolar é desempenhado em aspectos explícitos e implícitos, neste caso a escola não ensina
apenas os estudantes a ler, escrever, calcular e demais conteúdos, mas estão carregadas de
assuntos e práticas não correlacionadas que são agentes de socialização praticadas
simultaneamente ao papel educacional que produz transformação social.
Em tempo, a escola deve ter condições de constituir a educação por meio de
estratégias pedagógicas que visam à capacidade de antecipar ações, de eleger continuamente
metas a partir de um quadro de valores historicamente situado, e de se lançar em busca das
mesmas. E, nesse sentido, instaurar a democracia e os debates na sala de aula e em toda a
escola, para a transformação de uma comunidade democrática. Sendo assim, os professores
devem estar preparados para trabalhar com temáticas em aula. E o coordenador pedagógico,
na sua função de formador, é incitado a elucidar o entendimento sobre tais questões.
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2.5 A BNCC e os Currículos

A BNCC é o marco inicial para a construção dos currículos, pois determina as


aprendizagens primordiais que os alunos têm por obrigatoriedade e direito desenvolver
durante a trajetória na Educação Básica. Os currículos vão muito além e trazem principios
voltados a forma de como a criança e o jovem aprendem e, consequentemente, qual o papel
do professor e quais as práticas pedagógicas são mais apropriadas para garantir os direitos de
aprendizagens, de acordo com as realidade vivenciada.
A adequação da BNCC e dos currículos por parte dos professores e de toda
comunidade escolar é um processo continuado. A escola ou equipe docente necessita
promover grupos de estudo, divididos, por exemplo, pelas áreas de conhecimento ou etapas de
ensino. Após estudos levantados, esses grupos podem partilhar com os demais as principais
reflexões, é de fundamental importancia que todos saibam as propostas para todas as áreas.
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3 ENTREVISTA

Após levantamentos bibliograficos das diferentes concepções de teorias de currículo,


realizamos uma entrevista muito importante relatada abaixo, sendo de grande valia para o
nosso trabalho.
Segundo a entrevista relatada pela professora e coordenadora de um colégio particular,
há diferença entre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é obrigatória, que normatiza o
que deve ser comum no Currículo, já o currículo é algo abrangente, desde as concepções de
ensino e aprendizagem, avaliação, metodologia. O currículo é um instrumento político, o
currículo é cultura de posicionamento e compreensão sobre educação.
A adequação perpassa da BNCC, acredita-se que sobre manter o que é a Base, ou seja,
contemplar a Base e a partir dela dar amplitude ao currículo, o objetivo principal da Base é
diminuir as desigualdades de aprendizagem do país, especialmente devido à dimensão
territorial e diferenças culturais. A Base é muito importante para a garantia de uma
aprendizagem mínima necessária para a formação do cidadão e sua atuação na sociedade.
Acredita-se na prática do dia a dia escolar a teoria que está mais presente é a teoria
tradicional, as práticas curriculares em sua maioria, na maior parte delas encontra-se ainda de
forma tradicional. Existem tentativas de ações críticas e pós-criticas, mas elas ainda são
isoladas, experimentais. Já na construção do currículo é histórica, social e cultural, ela não
constrói do dia para a noite, por uma só mão, ela é uma construção coletiva, cooperativa, de
analise, síntese, antítese. A base da construção do currículo é a participação da comunidade
escolar.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao fim do trabalho, concluímos como são imprescindíveis estudar e compreender as


teorias curriculares e o significado político que cada uma possui, analisamos também que em
hipótese nenhuma ela pode ser considerada como neutra e que o panorama, levantado em
conta cada teoria, era embasado nas diferentes condições sociais, econômicas e culturais da
época.
É importante ressaltar que o currículo possui caráter dominante político porque o
mesmo estabelece e cria sentido ao compromisso com a formação do cidadão e da população
para um tipo de sociedade, pois revela a as intenções da formação e os compromissos destes
profissionais com um tipo de corpo social.
Portanto este tema foi de grande valia para nossa bagagem de conhecimento como
futuras pedagogas, ja que as teorias sobre currículo se fazem importantes e necessárias, e, é
por meio dessa compreensão que temos de curriculo que poderemos perceber quais são os
valores e praticas que os currículos instigam, e somente a partir daí que poderemos construir
currículos de fato inclusivos.
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REFERENCIAS

ALMEIDA, G. B.; ALBUQUERQUR, M. J. Fazer pedagógico: inquietações dos educadores


responsáveis pela formação dos profissionais da educação. UCP, Ano 1, nº 1, 2001.

EYNG, Ana Maria. Currículo e avaliação: duas faces da mesma moeda na garantia do direito
à educação de qualidade social, Revista Diálogo Educacional, v. 15, n. 44, Champagnat,
Curitiba, 2015.

GONCALVES, M. F. Currículo Oculto e Culturas de aprendizagem na formação de


professores. Porto Alegre: Artmed, 1994

SILVA, Ana Célia Bahia. Projeto Pedagógico: instrumento de gestão e mudança. Belém.
UNAMA, 2000

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo.
2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo


Horizonte: Autêntica, 2009.

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