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Slides de Aula - Unidade II PROJETOS E PRATICAS DE AÇÃO PEDAGOGICA EF

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UNIDADE II

Projetos e Práticas de
Ação Pedagógica –
Ensino Fundamental
Profa. Walkiria Rigolon
Nesta unidade II

 Analisaremos um caso de ensino envolvendo uma situação-problema em uma


sala em processo de alfabetização, tendo como foco a construção do sistema de
escrita e as intervenções pedagógicas necessárias durante a alfabetização.

Fonte: http://tecla.pt/index.php%3Ft=training&key=concecao-e-gestao-de-
projetos-de-intervencao-social. Acesso em 03/08/2018.
Caso I – Assumindo uma turma de alfabetização

 Na escola Sol do Amanhecer, a professora Luíza que já atua no Ensino


Fundamental há 12 anos, sempre preferiu ministrar aulas para os alunos dos
quartos ou quintos anos. Contudo, neste ano ela precisou mudar de escola, pois
seu marido ficou desempregado e o aluguel onde moravam estava muito caro.
Luíza, seu marido e seus três filhos mudaram para outra cidade e ela pediu
remoção. Ao chegar no dia da atribuição de aula na nova escola, ela estava muito
aflita, não queria de jeito nenhum pegar uma turma de alfabetização. Não gostava
de alfabetizar, embora nunca tivesse alfabetizado ninguém, desde de o início de
sua carreira.
 Luíza desde que havia se formado tinha trabalhado
apenas em uma escola, esta era a primeira vez que
mudava de escola e por isso, estava bem angustiada.
Tudo era muito novo.
O primeiro ano

 O processo de atribuição de classe seguiu a escala dos professores, levando em


conta a pontuação devido aos anos trabalhados e aos cursos, diplomas e
certificações que possuíam e por isso, dentre os 14 professores inscritos, Luíza
era a 11ª professora na escala.
 Quando na atribuição chegou sua vez, Luíza conseguiu escolher o período da
manhã que era o que ela desejava, contudo teve de escolher um 1º ano.
 Luíza não contou para ninguém que nunca havia alfabetizado. Sua sala contava
com 34 alunos. Naquele dia ela voltou para casa muito angustiada.
 No primeiro semestre Luiza propunha aos alunos
atividades como as que ela realizava quando aluna. No
início do terceiro bimestre os alunos pareciam não saber
nada, apresentavam escritas que para ela eram sem
sentido, apesar dela já ter trabalhado todas as sílabas
simples, por meio das família silábicas.
A coordenação pedagógica

 Luíza sempre dava ditado das palavras trabalhas, porém a maioria não se saia
bem, investia muito no treino caligráfico e ortográfico, mas sem resultado.
 A coordenadora pedagógica, logo após a primeira semana de aula tirou uma
licença prêmio que emendou com as férias de julho, quando voltou visitou cada
uma das classes para saber do nível de aprendizagem dos alunos e pediu
cadernos de alguns alunos e também o diário de classe dos professores.
 Após ter analisado os materiais da professora Luíza, ela a chamou para conversar
e perguntou para ela como os alunos estavam. Luíza então respondeu que a
turma não avançava, que as crianças eram muito imaturas, só queriam brincar e
que apesar das inúmeras atividades que ela ofertava
diariamente. Depois que a professora concluiu sua fala, a
coordenadora pedagógica perguntou se ela já tinha feito a
sondagem das hipóteses de escrita e ela respondeu que
não e admitiu que não sabia fazer.
Sondagem das hipóteses de escrita

 Foi quando a coordenadora entregou uma lista de palavras para professora:


brigadeiro, beijinho, coca, bis e pediu que a professora realizasse um ditado
individual, que começasse a ditar primeiro a polissílaba (brigadeiro), depois a
trissílaba (beijinho), em seguida a dissílaba (coca) e por último a monossílaba
(bis). E acrescentou que, após a escrita, devia pedir para que o aluno lesse as
palavras ditadas e que ela registrasse a leitura realizada, mostrando como fazê-lo.
 A professora Luíza disse que não era possível realizar esse ditado, pois os alunos
não dariam conta de escrever palavras tão difíceis. Então a coordenadora
entregou para Luíza o Livro “Psicogênese da Língua escrita”, solicitou que ela
lesse e que chegasse mais cedo, para que ela fossem
conversando. Luíza pegou o livro e começou a leitura. Mas,
não acreditava que ler aquele livro ajudaria as crianças de
alguma forma, mesmo assim seguiu a orientação
da coordenadora.
Uma pausa para questões iniciais

 “Luíza, já era professora há 12 anos, mesmo assim utilizava um método


conservador no ensino da alfabetização, ainda trabalhava com família silábicas,
investia em atividades como: treino ortográfico, ensino de letras cursivas e cópia”.

 Por que os alunos de Luíza não se apropriavam do sistema de escrita?

 Por que a coordenadora solicitou que ela lesse a “Psicogênese da língua escrita”?

 Como os desafios surgem de repente em nossas vidas


nos tirando da zona de conforto e exigindo de nós a
construção de novos saberes, experiências,
conhecimentos. Nestes momentos, como no caso de
Luíza, o que fazer?
Continuando...

 Luíza, achava a leitura do texto do livro muito difícil. Na verdade ela não estava
acostumada a realizar leitura de textos acadêmicos e por isso, a impressão que
ela tinha era de que a leitura não fluía, ler parecia ser um exercício muito
exaustivo. Mas a coordenadora todos os dias a chamava e perguntava o que ela
havia lido e retomava alguns trechos, explicava algumas partes e assim, devido a
este apoio que ela teve, ela conseguiu ler todo o livro.
Terminada a leitura a coordenadora pediu que ela fizesse uma sondagem das
hipóteses de escrita da turma. Luíza fez e ficou muito abismada quando descobriu
que as hipóteses silábicas dos 34 alunos eram as seguintes:
 3 eram pré-silábicos;
 11 silábicos sem valor sonoro
 14 silábicos com valor sonoro
 6 eram silábicos-alfabéticos
Continuando...

 Após a realização da sondagem, Luíza foi até a sala da coordenadora durante a


aula do especialista. A coordenadora pedagógica ficou muito feliz pelo fato da
Luíza ter conseguido realizar a sondagem das hipóteses de escrita, e mais ainda
por saber que os alunos estavam sabendo muito mais do que a professora havia
dito inicialmente.
 O passo seguinte seria então realizar atividades para que as crianças pudessem
avançar em suas hipóteses de escrita, porém Luíza agora já havia percebido que
as atividades que ela estava acostumada a oferecer para seus alunos não
favoreceriam em nada os avanços desejados. Desta vez, Luíza não esperou, ela
mesmo procurou sua coordenadora pedagógica para pedir
ajuda na elaboração de novas atividades que ajudassem
seus alunos a atingirem a base de escrita alfabética.
Interatividade

Nosso conhecimento acerca do processo de avaliação avançou muito desde as


pesquisas realizadas a partir da década de 1970. O estudo de Emília Ferreiro e Ana
Teberosky foi uma verdadeira revolução, pela primeira vez sabíamos como a
crianças constrói a escrita. Estudos como este evidenciaram que era importante
durante o processo de alfabetização:
a) Dar muita cópia para os estudantes, pois a realização da cópia ajuda os alunos
a aprender a ler e escrever.
b) Ensinar logo de início a letra cursiva.
c) Investir em muitos exercícios de prontidão
d) Permitir que as crianças escrevessem a partir de suas
hipóteses de escrita e refletissem sobre a mesma.
e) Começar pelo o ensino das vogais e depois ir
ensinando as famílias silábicas, uma a uma.
Resposta

Nosso conhecimento acerca do processo de avaliação avançou muito desde as


pesquisas realizadas a partir da década de 1970. O estudo de Emília Ferreiro e Ana
Teberosky foi uma verdadeira revolução, pela primeira vez sabíamos como a
crianças constrói a escrita. Estudos como este evidenciaram que era importante
durante o processo de alfabetização:
a) Dar muita cópia para os estudantes, pois a realização da cópia ajuda os alunos
a aprender a ler e escrever.
b) Ensinar logo de início a letra cursiva.
c) Investir em muitos exercícios de prontidão
d) Permitir que as crianças escrevessem a partir de suas
hipóteses de escrita e refletissem sobre a mesma.
e) Começar pelo o ensino das vogais e depois ir
ensinando as famílias silábicas, uma a uma.
Continuação

 Foi bem difícil para Luíza abrir mão das atividades que estavam bem cristalizadas
em sua matriz pedagógica. Ela tinha a impressão de não saber fazer mais nada,
entendia como as crianças construíam a escrita, devido ao estudo da
“Psicogênese da língua escrita”, todavia não conseguia identificar um método que
desse conta de ajudá-la a mudar sua prática pedagógica.
 De qualquer forma, Luíza aos poucos foi fazendo amizade com a professora Rita,
que também tinha um primeiro ano. Rita já trabalhava há muitos anos como
alfabetizadora e já tinha feito muitos cursos sobre alfabetização. Com a ajuda de
Rita, Luíza ia conseguindo aos poucos produzir atividades que estavam em
consonância com a concepção construtivista de
alfabetização, mas seguia ainda oferecendo algumas das
atividades anteriores.
Continuação

 Luíza se incomodava muito pelo fato dos alunos escreverem com muitos “erros”.
Ela ainda não tinha ainda muita paciência e nem o conhecimento necessário para
realizar as intervenções pedagógicas necessárias para que todos avançassem.
 Como ela queria evitar que os alunos escrevessem errado, então sempre depois
das atividades, Luíza passava na lousa uma lista com as palavras trabalhadas,
para que todos copiassem, isso a fazia se sentir melhor, embora que do ponto de
vista da alfabetização, por exemplo, das crianças pré- silábicas ou silábicas sem
valor sonoro, o registro da escrita “correta” não fazia sentido algum.
 A professora sentia necessidade de corrigir, para que o
erro não se repetisse novamente, ela acreditava que se a
correção não fosse feita, ela poderia passar o resto da
vida escrevendo errado.
Continuação

 No começo do quarto bimestre, a coordenadora pedagógica foi na sala de aula da


Luíza, ela mesmo realizou a sondagem dos alunos e percebeu que muitos haviam
avançado em suas hipóteses de escrita. Luíza ainda não havia se acostumado
com o barulho na classe. Muitas das atividades propostas eram realizadas em
dupla e durante essas atividades Luíza ia passando nas mesas e fazendo
algumas intervenções, mas com essa dinâmica de aula, a sala nunca estava
quieta e nem tranquila como antes.

 Os alunos perguntavam o tempo todo, ajudavam uns aos


outros, andavam pela classe para pegar: cola, tesoura,
lápis de cor que ficavam em caixas na mesa da
professora e Luíza ainda não lidava bem com
tamanha agitação.
Continuação

 Na reunião de país, muitas mães vieram comentar que seus filhos e filhas
estavam mais interessados em escrever, estavam sempre perguntando qual era
a letra quando tinham dúvida e no caso do Julinho, que antes chorava muito todos
os dias para não ir à escola, agora já ia sem chorar.
 Luíza não esperava por esses relatos e ficou feliz, parecia que seu trabalho
estava mesmo dando frutos que já eram percebidos pelas famílias dos alunos.
 O reconhecimento é sempre o melhor incentivo.
 Luiza ficou sabendo que haveria um curso sobre
alfabetização e decidiu se inscrever, assim ela poderia
avançar mais em seu conhecimento sobre este processo
e procurar mais alternativas de ajudar seus
alunos a avançarem.
Continuação

 No curso de alfabetização Luíza consolidou seu conhecimento sobre as hipóteses


de escrita e começou a repensar a questão do erro, ela passou a entender o erro
como algo produtivo, pois era a partir dele que ela poderia realizar novas
intervenções, tecer perguntas que favorecessem aos seus alunos refletirem
sobre a escrita.

 Ao entender essa nova concepção sobre o erro Luíza já


não ficava tão incomodada com os erros dos alunos. Ela
entendia que durante o processo de alfabetização, no
começo, os alunos pareceriam não errar tanto a escrita
das palavras porque copiavam letra por letra. Agora,
como estavam avançando na leitura, a escrita se
ampliava e mais erros eram observados por este motivo.
Mais informações

O curso ajudou Luíza a:


 Entender melhor cada uma das hipóteses de escrita;
 Compreender quais os critérios para realização da sondagem das hipóteses
de escrita;
 Aceitar a escrita das crianças, a partir das hipóteses de escrita que apresentavam
no momento;
 Evitar atividades desprovidas de sentido e ser mais exigente nas propostas de
atividades de leitura, de escrita e de produção textual;
 Ampliar os gêneros textuais trabalhados em sala de aula:
parlendas, adivinhas, listas de diferentes natureza,
contos de fada, cantigas de roda, convite, bilhetes etc.;
 Rever sua concepção sobre o “erro”.
Mais informações

 Outro aspecto importante foi o fato de Luíza ter adquirido o hábito de ler para
estudar. Antes ela lia muito os livros de literatura infantil que usava em sala de
aula, lia notícias e revistas em geral. Mas, artigos científicos, livros, revistas
especializadas e pesquisas não faziam parte de seu universo leitor.
 Neste sentido, ela passou a ler para estudar, procurava as indicações
bibliográficas que a coordenadora pedagógica lhe passava, lia os livros
destinados aos professores que havia na escola, procurava na internet as leituras
indicadas no curso que havia feito. Enfim, ela queria aprender cada vez mais
sobre alfabetização, competência leitora e escritora, sobre leitura e muito mais.
Interatividade

A Psicogênese da Língua escrita ancora-se na concepção construtivista.


Nesta concepção:

a) O erro deve sempre ser evitado.


b) O erro é necessário, faz parte do processo de construção do conhecimento.
c) Quando houver erro é necessário corrigi-lo o quanto antes, para que não se fixe.
d) Não devemos corrigir os erros dos alunos para não traumatiza-los
e) O erro faz parte do processo de aprendizagem, mas é
preciso deixar bem claro para o aluno os erros
cometidos, destacando-os, corrigindo com canetas
vermelhas, grifando-os para que eles se lembrem
e não errem mais.
Resposta

A Psicogênese da Língua escrita ancora-se na concepção construtivista.


Nesta concepção:

a) O erro deve sempre ser evitado.


b) O erro é necessário, faz parte do processo de construção do conhecimento.
c) Quando houver erro é necessário corrigi-lo o quanto antes, para que não se fixe.
d) Não devemos corrigir os erros dos alunos para não traumatiza-los
e) O erro faz parte do processo de aprendizagem, mas é
preciso deixar bem claro para o aluno os erros
cometidos, destacando-os, corrigindo com canetas
vermelhas, grifando-os para que eles se lembrem
e não errem mais.
Para além da Psicogênese da Língua Escrita

 Embora Luíza já tivesse avançado bastante no entendimento acerca do processo


de aprendizagem, já havia se apropriado do processo de aquisição do sistema de
escrita pelas crianças, por ter revisto sua concepção sobre o erro. Ela ainda
sentia muita dificuldade em agrupar as crianças.

 Ela propunha atividades em duplas, mas percebia que a


forma de agrupar os alunos, mas na maioria das vezes o
agrupamento não surtia o efeito esperado, ou porque ela
juntava um aluno alfabético com um aluno pré-silábico e
assim, o aluno que estava na hipótese alfabética fazia
toda a atividade rapidamente, deixando de lado seu par
que só ficava olhando. Outras vezes, porque ela unia
dois alunos que estavam na mesma hipótese e assim
não avançavam.
Os agrupamentos produtivos no processo de alfabetização

 Então Luíza pediu auxílio sobre como poderia realizar agrupamento produtivos,
que pudessem favorecer o avanço de todos os seus alunos.

 Foi quando uma professora que havia feito o curso com ela lhe explicou como
trabalha com as duplas produtivas em sala de aula.

 Ela explicou que as duplas deveriam ser formadas de acordo com o tipo de
atividade que seria proposta: de escrita, de leitura ou de produção de texto.

 Ou seja, um agrupamento que pode dar certo para uma


atividade leitura, pode não ser produtivo para uma
atividade de escrita e seguiu explicitando quais os
critérios que utilizava para organizar as duplas em sua
sala de aula.
Os agrupamentos produtivos no processo de alfabetização

 A amiga da Luíza explicou que quando a atividade for de leitura, é importante que
as duplas sejam organizadas com alunos que tenham hipóteses de escrita
próximas, ou seja: silábico com valor sonoro + silábico sem valor sonoro; silábico
com valor sonoro + silábico-alfabético e assim por diante, quer dizer que no
agrupamento para atividade de leitura é preciso garantir que, pelo menos um
aluno da dupla tenha uma hipótese com valor sonoro, pois se agruparmos dois
alunos pré-silábicos eles não terão como tentar realizar a leitura.
 No caso da atividade de escrita é importante que o
agrupamento também seja realizado com estudantes que
tenham hipóteses próximas, caso contrário, o par mais
avançado acabará realizando a atividade sozinho e
assim, o outro não terá tempo de refletir sobre que letra
usar, em qual ordem colocar as letras etc.
Os agrupamentos produtivos no processo de alfabetização

 No caso do agrupamento produtivo de uma atividade produção de texto é possível


unir em uma dupla crianças com hipóteses de escrita mais distantes.

 Por exemplo, posso colocar um aluno pré-silábico em dupla com um aluno


alfabético. Neste caso, o aluno pré-silábico pode ditar a história que será
registrada pelo aluno alfabético, como se fosse o escriba, pois o desafio dessa
atividade é a produção textual e não necessariamente o registro escrito.

 Luíza percebeu que para realizar agrupamentos que


fossem verdadeiramente produtivos ela precisaria
conhecer bem a hipótese de escrita de seus alunos, ou
seja, precisaria conhecer bem o que cada aluno já sabia.
As contribuições do trabalho com agrupamentos produtivos

 Favorecer o intercâmbio de saberes;


 Permitir que os estudantes aprendam a trabalhar em grupo;
 Permitir que os estudantes coloquem todos os seus saberes sobre o sistema de
escrita para resolverem os desafios das atividades propostas de: leitura, escrita
ou produção textual;
 Contribuir para a autonomia do estudante;
 Garantir que o professor possa ir atendendo as duplas,
realizando as intervenções pedagógicas necessárias
para que eles reflitam sobre o sistema de escrita;
 Promover o compartilhamento de saberes por meio das
hipóteses dos alunos que são confrontadas durante as
atividades nas duplas.
O processo de mudança da prática pedagógica

 Luíza estava cada vez mais envolvida com a aprendizagem de seus alunos, aos
poucos ela estava alterando sua prática pedagógica. Nem tudo que ela tentava
dava certo, mas o mais importante era o fato dela não desanimar e de agora
acreditar na capacidade de todos os alunos aprender.

 Ela ia para o trabalho cada vez mais animada, gostava muito de compartilhar
suas experiências com seus pares, sua coordenadora e até nas reuniões de pais
ela explicava de forma simples o trabalho que vinha realizando com seus alunos.
Interatividade

A professora Luíza percebeu a importância de propor algumas atividades por meio


de agrupamentos produtivos, pois eles favorecem:
a) Que os alunos com mais dificuldade vejam como os alunos mais avançados
conseguem realizar todas as atividade propostas.
b) Facilitar a correção das atividades já que a professora terá somente metade das
atividades para corrigir.
c) Promover o compartilhamento de saberes, por meio das hipóteses dos alunos
que são confrontadas durante as atividades nas duplas.
d) Para que os estudantes mais avançados ensinem aos
demais estudantes.
e) Para que em dupla os alunos realizem as atividades
mais rapidamente, pois assim aprenderam
mais depressa.
Resposta

A professora Luíza percebeu a importância de propor algumas atividades por meio


de agrupamentos produtivos, pois eles favorecem:
a) Que os alunos com mais dificuldade vejam como os alunos mais avançados
conseguem realizar todas as atividade propostas.
b) Facilitar a correção das atividades já que a professora terá somente metade das
atividades para corrigir.
c) Promover o compartilhamento de saberes, por meio das hipóteses dos alunos
que são confrontadas durante as atividades nas duplas.
d) Para que os estudantes mais avançados ensinem aos
demais estudantes.
e) Para que em dupla os alunos realizem as atividades
mais rapidamente, pois assim aprenderam
mais depressa.
No final do ano...

No final do ano, ao realizar a última sondagem das hipóteses de escrita a


professora Luísa ficou muito feliz ao constatar que os seus alunos encerrariam o
ano da seguinte maneira:

 1 - silábico sem valor sonoro


 5 - silábicos com valor sonoro
 17 - silábicos-alfabéticos
 11 - alfabéticos
No final do ano...

 A professora Luísa que havia começado o ano muito insegura, por uma série de
motivos. Ela estava enfrentando muitos desafios: desemprego do marido,
mudança de bairro, nova escola além de ter de atuar como alfabetizadora, algo
que nunca havia feito.

 Contudo, apesar dos conflitos, das tensões e contradições enfrentadas, ela com o
apoio da coordenadora pedagógica e de professoras mais experientes ela ousou
mudar. Investiu no estudo para poder se apropriar de uma nova concepção de
ensino, de aprendizagem, de alfabetização etc.
Questões para reflexão:

1. Quais as dificuldades enfrentadas pela professora Luíza para mudar


sua prática?

2. De que forma o apoio de pessoas mais experientes contribuiu para a formação


da professora Luíza?

3. Como abandonar uma prática tradicional cristalizada e ousar mudar a atuação


em sala de aula?

4. Quais os conhecimentos que favoreceram as mudanças


empreendidas pela professora Luíza com sua turma
do 1º ano?
Aspectos que poderiam servir para realizar um Projeto de Intervenção

1. Como contribuir para que todos os alunos se alfabetizem?

2. Como romper com as práticas mais conservadoras de alfabetização e propor um


processo de alfabetização mais significativo?

3. Como lidar com os desafios advindos do processo de alfabetização?

4. A Psicogênese da língua escrita tem servido de referência na prática de


professores alfabetizadores?

5. Como propor agrupamentos produtivos e quais


atividades oferecer aos alunos em processo de
aquisição do sistema de escrita?
Aspectos que poderiam servir para realizar um Projeto de Intervenção

1. Desenvolver ações que auxiliem o processo de alfabetização na


perspectiva construtivista
2. Propor modelos de formação continuada que favoreçam a formação de grupos
de estudo e formação coletiva dos professores alfabetizadores junto aos
professores dos demais anos.
3. A importância de ofertar atividades de leitura, escrita e produção de texto na
perspectiva construtivista, que favoreça o avanço dos alunos em suas hipóteses
de escrita
4. Promover estratégias de fortalecimento do trabalho
coletivo na constituição de experiência entre
professores alfabetizadores
5. Desenvolver atividades que os professores possam
utilizar nos agrupamentos produtivos e que garantam
boas situações de aprendizagem
Interatividade

A formação continuada de professores desenvolvida no interior das escolas


deve favorecer:
a) O avanço dos professores iniciantes, que adentram ao magistério sem nenhum
conhecimento e por isso, precisam da formação continuada.
b) Ser oferecida apenas para os professores que se sintam como Luíza, inseguros
diante dos desafios que precisam enfrentar em sala de aula.
c) A formação continuada deve dar continuidade à formação inicial. Sendo assim, o
coordenador deve atuar como um professor dos professores.
d) A formação continuada deve estar à favor de um
processo de aprendizagem coletiva e contínua, por
meio do compartilhamento de experiências entre todos
os professores, sendo entendida como um direito.
e) A formação continuada deve ser entendida como um
processo de controle do trabalho pedagógico.
Resposta

A formação continuada de professores desenvolvida no interior das escolas


deve favorecer:
a) O avanço dos professores iniciantes, que adentram ao magistério sem nenhum
conhecimento e por isso, precisam da formação continuada.
b) Ser oferecida apenas para os professores que se sintam como Luíza, inseguros
diante dos desafios que precisam enfrentar em sala de aula.
c) A formação continuada deve dar continuidade à formação inicial. Sendo assim, o
coordenador deve atuar como um professor dos professores.
d) A formação continuada deve estar à favor de um
processo de aprendizagem coletiva e contínua, por
meio do compartilhamento de experiências entre todos
os professores, sendo entendida como um direito.
e) A formação continuada deve ser entendida como um
processo de controle do trabalho pedagógico.
ATÉ A PRÓXIMA!

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