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A Enfermagem e A Uti

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

CAMPUS AVANÇADO PROF. MARIA ELISA DE ALBUQUERQUE MAIA


CURSO DE ENFERMAGEM
DISCIPLINA: ENFERMAGEM NO PROCESSO SAÚDE DOENÇA DO ADULTO

A ENFERMAGEM E A UTI

Prof. Jaira Trigueiro

Pau dos Ferros


2021
Considere os casos a seguir:

Caso II: Antonio, 61 anos, casado, pai de


três filhos, branco e agricultor, reside na
zona rural de Pau dos Ferros. Deu
entrada no SAU do HCCA às 18:00hs,
acompanhado do filho de 31 anos,
consciente e orientado, queixando-se de
mal estar e tontura, com PA de
180x110mmHg, FR: 19mrpm, T: 36° e FC
Caso I: João, 61 anos, solteiro, branco e
110bpm.
agricultor, reside na zona rural de Pau dos
Ferros. Deu entrada no SAU do HCCA às
16:20h, acompanhado do irmão, consciente
e desorientado, queixando-se de falta de ar
e tonturas, com PA: 210x140mmHg, FR:
38mrpm, T: 38,5° e FC: 110bpm.
Alguns questionamentos:

• Entendendo-se que o estado de saúde de uma pessoa pode se agravar em


qualquer lugar que ele esteja, mesmo dentro do hospital.

• Quais conhecimentos precisamos ter ou construir para considerar que


uma pessoa está em estado crítico?

• Que critérios devem ser considerados?

• O que priorizar?
Sinais e sintomas que permitem o reconhecimento de um
quadro clínico crítico: o que considerar?

Ø Comprometimento Respiratório
- Diminuição da SpO2 < 90%;

- Alteração da frequencia respiratória em < 8irpm ou > 28irpm;

Ø Comprometimento Circulatório/renal

- Alteração da PA em: < 90mmHg ou > 180mmHg;

- Alteração da FC em: < 40bpm ou > 130bpm;

- Diminuição do débito urinário em: < 50ml em 4 horas (VIANA; WHITAKER, 2011)
Critérios que merecem atenção:

Ø Comprometimento Neurológico
Caso II: Antonio, 61 anos, casado, pai de
- Alteração do nível de consciência; três filhos, branco e agricultor, reside na
zona rural de Pau dos Ferros. Deu
entrada no SAU do HCCA às 18:00hs,
- Convulsão
acompanhado do filho de 31 anos,
consciente e orientado, queixando-se de
mal estar e tontura, com PA de
180x110mmHg, FR: 19mrpm, T: 36° e FC
Caso I: João, 61 anos, solteiro, branco e
110bpm, SpO2: 95%.
agricultor, reside na zona rural de pau dos
Ferros. Deu entrada no SAU do HCCA às
16:20h, acompanhado do irmão, consciente
e desorientado, queixando-se de falta de ar
e tonturas, com PA: 210x140mmHg, FR:
38mrpm, T: 38,5° e FC: 110bpm, SpO2: 86%.
Caso II: Seu Antonio, também foi
colocado em uma maca, foi
atendido pela equipe e foi
medicado com furosemida 1amp,
Caso I: Seu João foi colocado em uma EV e Captopril 50mg, VO. Após
maca no leito de estabilização, onde foi medicação seus níveis pressóricos
atendido pelo médico que prescreveu voltaram ao normal e o restante
medicado para a emergência hipertensiva dos SSVV mantiveram-se dentro dos
com furosemida 1amp, EV e Captopril parâmetros de normalidade. Seu
50mg, VO. Também foi administrado O2 por Antônio relatou ainda, que havia
Cateter nasal 6l e elevado a cabeceira do esquecido de tomar a medicação
leito, com posterior passagem de SVD para anti-hipertensiva (portados HAS) e
monitorização da diurese. que seu almoço estava um “pouco
Mesmo com a medicação, seu João salgado”.
permaneceu com PA: 200x110mmHg, FR:
32mrpm, SpO2 85% e FC: 111bpm. Também
foram solicitados exames laboratoriais e
gasometria.
Algumas definições:

Paciente crítico/grave é aquele que se encontra em risco iminente de perder


a vida, ou função de órgão/sistema do corpo humano. Bem como aquele em
frágil condição clínica que requeiram cuidado imediato.
(Brasil, 2011)

Um sistema de atenção ao paciente crítico exige a conformação de uma


rede assistencial (hospitalar e extra-hospitalar) que atue de forma
organizada, pactuada, no sentido de oferecer ao usuário uma atenção
qualificada e humanizada compatível com sua real necessidade,
incorporando a complexidade progressiva e a linha do cuidado.
(POLÍTICA NACIONAL DO PACIENTE CRÍTICO, 2005)
Assistência ao Paciente Crítico

Assistência Procedimentos
Individualizada e invasivos
imediata

Equipe Dor e sofrimento do


multiprofissional usuário e da família
Atenção humanizada

Exames e meios
diagnósticos

Monitorização
Aparato tecnológico
Contína
Histórico e contexto atual

A UTI tem como objetivo prestar atendimento a pacientes


graves ou de risco, potencialmente recuperáveis,que
exijam assistência médica ininterrupta, com equipe
multidisciplinar, equipamentos e recursos humanos
especializados.
VIANA, 2011

§ Florence propôs separar os pacientes mais graves, que


necessitavam de cuidados intensivos;
Algumas definições:

§A evolução das UTIs está associada aos avanços tecnológicos e farmacológicos;

Caracterização das UTIs

Tipo I

§ Estão em processo de adequação a legislação vigente, continuam em funcionamento, mas


estuda-se a possibilidade de torná-las leito semi-intensivo

Tipo II

§ Critérios minimamente aceitáveis, para atendimento a pacientes graves;


Tipo III

§ Devem atender aos mesmos critérios da UTI tipo II, incluindo-se alguns recursos
tecnológicos e humanos, ampliação do número de exames no hospital e procedimentos de
alta complexidade;

§ As UTIs atendem grupos específicos, dentre as faixas etárias e especialidades:

§ UTI-N (Neonatal ) - UTI destinada à assistência a pacientes admitidos com idade entre 0
e 28 dias.

§ UTI-P (Pediátrico) - UTI destinada à assistência a pacientes com idade de 29 dias a 14


ou 18 anos, sendo este limite definido de acordo com as rotinas da instituição.

§ Especializada – UTI destinada à assistência a pacientes selecionados por tipo de doença


ou intervenção, como cardiopatas, neurológicos, cirúrgicos, entre outras;
Resolução RDC 07, 24 de Fevereiro de 2010

Ø UTI Adulto – (UTI-A): UTI destinada à assistência de pacientes com idade igual ou superior a 18
anos, podendo admitir pacientes de 15 a 17 anos, se definido nas normas da instituição.

Ø Composição:

- Médico plantonista e diarista;

- Enfermeiros assistenciais: No mínimo 1 para cada 10 leitos ou fração;

- Fisioterapeuta – 01 para cada 10 leitos;

- Técnicos de Enfermagem – 1 técnico para cada 02 leitos; e 1 técnico para serviços de apoio
assistencial;
.
Fonte: Site AMIB
§ Localização

Deve estar numa área geográfica distinta do hospital, com acesso controlado. Deve
ser de fácil acesso a setores de Emergência, Centro cirúrgico e sala de recuperação
pós-anestésica.

§ Leitos

Um hospital geral com capacidade para 100 leitos, deve garantir entre 6 a 10% de
leitos de UTI;

Mínimo de 5 leitos;

§ Disposição dos leitos

- Área comum;
- Leitos fechados;

- Leitos mistos;

- Leitos para isolamento;


Atuar em UTI....
ADMISSÃO EM UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA
ADMISSÃO EM UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA

CONSIDERAÇÕES GERAIS

VIA DE REGRA: Pacientes agudos graves com


possibilidade de recuperação

Quando possível evitar o ingresso de casos


terminais com prognóstico fatal a curto prazo.

Não basear a admissão apenas em 1 diagnóstico


e sim na necessidade dos recursos da UTI
Critérios para admissão em UTI
Prioridades
• Pacientes que necessitam de intervenções de suporte à vida, com alta probabilidade de recuperação e sem nenhuma
1 limitação de suporte terapêutico.

• Pacientes que necessitam de monitorização intensiva, pelo alto risco de precisarem de intervenção imediata, e sem
2 nenhuma limitação de suporte terapêutico.

• Pacientes que necessitam de intervenções de suporte à vida, com baixa probabilidade de recuperação ou com limitação de
intervenção terapêutica.
3
• Pacientes que necessitam de monitorização intensiva, pelo alto risco de precisarem de intervenção imediata, mas com
limitação de intervenção terapêutica.
4

• Pacientes com doença em fase de terminalidade, sem possibilidade de recuperação. Em geral, esses pacientes não são
apropriados para admissão na UTI (exceto se forem potenciais doadores de órgãos). No entanto, seu ingresso pode ser
justificado em caráter excepcional, considerando as peculiaridades do caso e condicionado ao critério do médico
5 intensivista.

Resolução 2.156/16, do CFM


Admissão na UTI

Ø A participação do Enfermeiro no processo de admissão, deve reduzir o nível de


ansiedade e medo do paciente e de seus familiares;

Ø Deve-se explicar o funcionamento da UTI;

Ø Dados indispensáveis a Admissão do paciente na UTI

- Identificação do paciente;

- Dados sobre a internação;

- Dados do paciente;
- Dispositivos invasivos e não invasivos;

- Montagem do leito

Alta do paciente da UTI

A alta hospitalar deve seguir critérios como verificar se o paciente tem seu quadro clínico
controlado e estabilizado. Por outro lado, também deve ter alta o paciente para o qual tenha se
esgotado todo o arsenal terapêutico curativo/restaurativo e que possa permanecer no ambiente
hospitalar fora da UTI de maneira digna e, se possível, junto com sua família. (Recomendação
AMIB)

Transporte do Paciente;

HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 2.338 . Estabelece diretrizes para a criacão mecanismos para a implantação da rede de Urgência e
Emergências. Brasília-DF: Diário Oficial da União, 3 OUT. 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 1071. Política Nacional de Atenção ao Paciente Crítico. Brasília-DF: Diário Oficial da União, 7 de
JUl. 2005

VIANA, R. A. P. P; WHITAKER, I. Y. ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA: práticas e vivências. Porto Alegre: Artmed, 2011.

VIANA, R.P.P. ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA: práticas baseadas em evidências. São Paulo: Atheneu, 2011.

TERRY, C.L.; WEAVER, A. ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA DESMISTIFICADA: um guia de aprendizado. Porto Alegre:AMGH,
2013.

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