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Guia Arvores - Cafe Regenerativo
Guia Arvores - Cafe Regenerativo
Guia Arvores - Cafe Regenerativo
GUIA DE ÁRVORES
CAFEICULTURA REGENERATIVA
DA REGIÃO DO CERRADO MINEIRO
GUIA DE ÁRVORES
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
NOTA DA AUTORA
FRUTAS
• Bacupari
• Baru
• Cajazeiro
• Cajuzinho-do-cerrado
• Ingazeiro
• Macaúba
• Mama-cadela
• Mangaba
• Murici
• Pequi
GUIA DE ÁRVORES
MADEIRA
• Açoita-cavalo
• Angico
• Aroeira-verdadeira
• Canafístula
• Caviúna-do-cerrado
• Louro-pardo
• Gonçalo-alves
• Peroba-do-cerrado
• Ipê-felpudo
• Sucupira-preta
EXÓTICAS
• Abacate
• Banana
• Cedro-australiano
• Mogno-africano
• Seringueira
CAPÍTULO-EXTRA
NOTA DA AUTORA
Recentemente, a ideia de agricultura climaticamente
inteligente tem sido difundida pela Organização das
Nações Unidas (ONU) para que as estratégias de manejo
agrícola considerem a resiliência das mudanças climáticas
e a neutralização e redução da emissão dos gases
responsáveis pelo efeito estufa.
Em resposta a essa condição ambiental, tornou-se uma prioridade a união de esforços para
ampliar a sustentabilidade da paisagem agrícola e promover a diversificação do sistema de
produção e do manejo das áreas de conservação, a fim de aumentar a biodiversidade local e
garantir a manutenção dos recursos hídricos e dos demais serviços ecossistêmicos.
O Guia de Árvores para a Cafeicultura Regenerativa da Região do Cerrado Mineiro foi criado
para auxiliar as fazendas do Programa AAA da Nespresso a escolherem plantas “amigas do
café” – ou seja, aquelas que beneficiam a lavoura e permitem a geração de mais recursos
financeiros para a fazenda, trazendo condições microclimáticas mais interessantes para os
cafezais e desenvolvendo caminhos para o controle biológico. Isso porque, considerando a
visão agroecológica desse processo, é necessário que haja uma harmonia entre a produção e
a conservação da biodiversidade presente nas áreas correspondentes às fazendas.
Neste Guia, foram selecionadas 25 espécies lenhosas: 10 espécies nativas para a produção de
madeira, 10 espécies nativas para a produção de frutas e cinco espécies exóticas de frutas e
madeiras. Considerei, entre as exóticas, a seringueira – espécie que produz a matéria-prima
para a borracha e que é nativa da Amazônia, porém exótica nos demais biomas brasileiros,
GUIA DE ÁRVORES
incluindo o do Cerrado. A descrição de cada espécie vem acompanhada de uma ficha, que
sintetiza as informações ecológicas, técnicas e econômicas da árvore descrita. Esses dados
foram levantados a partir de artigos acadêmicos e do trabalho de empresas de pesquisa,
como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que é bastante atuante na
disseminação de projetos de produção das plantas do Cerrado.
Todas as espécies selecionadas têm aptidão para consórcio com o café. Essas plantas
podem ser introduzidas nas áreas de produção da propriedade, com arranjos de grandes
espaçamentos, que não prejudiquem o café pelo sombreamento, distribuídos em locais nos
quais a mecanização não for possível; e também nas bordas de mata, nos carreadores, em
áreas de solos mais pobres e nas baixadas impróprias para a cafeicultura.
A seleção das 25 árvores/arvoretas que constam neste Guia foi feita considerando a
biodiversidade vegetal geral – e, em particular, a do Cerrado – e priorizando os seguintes
critérios:
Densidade da copa: mostra o nível de sombreamento proporcionado pela espécie, que pode
ser denso, médio ou ralo. É desejável o plantio de árvores cujas copas sejam ralas ou médias, a
fim de garantir pouco sombreamento quando são implantadas dentro dos cafezais.
Tipo de raiz: as mais desejáveis são aquelas cuja formação de seu sistema radicular seja mais
profundo, do tipo pivotante, de modo que não atrapalhem a mecanização da colheita e não
ocupem a mesma faixa de solo que o café, minimizando, assim, a competição entre as árvores.
Esse efeito também pode ser mitigado por meio do planejamento dos arranjos, usando
plantio em linhas e faixas de cultivo.
Densidade da madeira: para que a madeira seja valorizada e tenha usos nobres na
marcenaria, na carpintaria e na indústria naval, é necessário que sua densidade seja, no
mínimo, média (acima de 5 g/cm3).
plantio e árvores frutíferas que produzam frutos a partir de seu quinto ano.
Altura do fuste: é a altura da base (solo) até a primeira inserção de galhos. Está diretamente
relacionada ao volume de madeira que pode ser explorado. Para que haja um bom consórcio
entre as árvores a serem cultivadas e o plantio de café, é preciso que o fuste delas seja acima
de 8 m, de modo que não haja competição com a saia do café e que a árvore tenha uma tora
de bom comprimento e consequentemente volume.
Atração em relação à fauna local: esse critério considera o fato de que as plantas
desempenham o papel ecológico de fornecer abrigo e alimento para a fauna silvestre. É
interessante cultivar também espécies melíferas, ou seja, aquelas que atraem polinizadores
para a área em questão.
Tom Jobim
GUIA DE ÁRVORES
O CAFÉ ARBORIZADO
No Brasil, até os anos 1960, o sombreamento dos cafeeiros era comum nas regiões Norte e
Nordeste. Esse sistema permitia a produção de café mesmo em regiões com déficit hídrico
ou que fossem suscetíveis a geadas. No entanto, com o passar do tempo, a cafeicultura
se apropriou do sistema a pleno sol, que hoje é dominante no país, e todo o trabalho de
melhoramento foi direcionado para esse tipo de produção.
Ainda assim, sempre houve referências positivas de outros países que adotaram sistemas
sombreados, e sabe-se que existe uma variedade de sistemas de produção de café, que vão
desde o tradicional ao tecnificado. Pesquisas mostram que o sombreamento dos cafezais traz
diversas vantagens, e uma das principais é a maturação mais lenta dos grãos. Isso faz com que
seja obtido um café mais suave, que entra na categoria de cafés especiais – nicho de mercado
que é bem mais valorizado do que o de cafés comuns.
Essa nova forma de pensar a cafeicultura deve, necessariamente, incluir uma maneira de
compensar a queda da produção de café por meio da cultura em consórcio. Diante do
cardápio de espécies oferecido neste Guia, muitas combinações podem ser feitas para
atingir esse resultado.
Há casos de fazendas, por exemplo, nas quais o consórcio do café com o abacate traz um
aumento de renda tão significativo que o custo de produção do primeiro é bancado com
a receita gerada pelo segundo.
Sem dúvida, as palavras de ordem para produzir uma agricultura resistente às intempéries
e que reverta o atual quadro de destruição são inovação, audácia e confiança nas novas
tecnologias.
Este Guia busca trazer vislumbres das possibilidades de uso racional da biodiversidade
do Cerrado para as fazendas do Programa AAA da Nespresso. As plantas aqui descritas
oportunizam a produção de alimentos de alto valor nutritivo e de madeiras nobres ainda
pouco exploradas pela silvicultura, além de trazerem novos princípios ativos que podem
contribuir para a cura de diversas doenças. Ademais, este material mostra que é necessário
valorizar determinadas espécies exóticas que já são tradicionalmente utilizadas em
consórcio com o café e comprovadamente garantem aumento nas rendas das fazendas.
Este livro é, enfim, uma ferramenta de consulta para que os produtores possam, por meio
da criação de sistemas agrícolas integrados a natureza, se precaver ao máximo em relação
às mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global.
INTRODUÇÃO
Este Guia foi criado a pedido da Nespresso do Brasil para apoiar o trabalho técnico, por
parte das fazendas participantes do Programa AAA da empresa, de desenho e elaboração de
projetos de transição para a cafeicultura regenerativa da região do Cerrado Mineiro. Uma das
atividades centrais desse trabalho é a arborização das fazendas.
Tendo em vista os desafios impostos pelas mudanças climáticas, uma das ações de adaptação
recomendadas para viabilizar a produção de cafés de alta qualidade na região do Cerrado
Mineiro é a utilização tanto de árvores nativas como de exóticas em modelos de produção e
nas áreas de conservação das fazendas.
Acreditamos que esses novos modelos de produção resultam em muitos benefícios ecológicos
e econômicos, que incluem um aumento na qualidade dos cafés produzidos. Não existe uma
fórmula única, e a beleza do processo reside na liberdade de cada fazenda para elaborar
seu próprio plano de transição, desde que ele inclua o plantio de árvores e arbustos na faixa
perimetral, em barreiras de vento, em linhas de biodiversidade dentro dos plantios ou em
outras áreas.
Convidamos vocês a utilizar este Guia como fonte de informações e de inspiração para auxiliar
na escolha das melhores espécies de árvores para cada fazenda. Cada árvore plantada é um
símbolo do nosso legado e do nosso compromisso com o futuro e com as novas gerações.
GUIA DE ÁRVORES
BACUPARI
(SALACIA CRASSIFOLIA - CELASTRACEAE)
Em suas condições naturais – ou seja, nos cerrados e nos campos cerrados –, o bacupari aparece
não só em porte arbustivo, como também em arbóreo, e se distribui de modo gregário, em
agrupamentos de até 100 plantas. Isso demonstra que ele possui mecanismos de proteção contra
inimigos naturais e tem potencial silvicultural para ser plantado em alta densidade.
Observou-se também que o bacupari tem capacidade de brotação pela raiz; assim, muitos
indivíduos aparentemente distintos são, na verdade, a mesma planta. Tais aspectos mostram
que essa espécie tem potencial para ser cultivada em pomares.
2-3m
Curiosidade:
Em pesquisa química da Salacia crassiflora, pelo
menos 12 substâncias isoladas foram extraídas de
suas folhas. Foi descoberto que essas substâncias
possuem propriedades antimicrobianas, o
4m
a indústria farmacológica.
GUIA DE ÁRVORES
Características ecológicas
Características agronômicas
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
FLORA DO JARDIM BOTÂNICO DE BRASÍLIA. Espécie: Salacia crassifolia; Família: Celastraceae.
Brasília, 29 dez. 2016. Facebook: @floradojardimbotanico. Disponível em: https://m.facebook.
com/floradojardimbotanico/posts/994038420740095. Acesso em: 16 fev. 2022.
BARU
(DYPTERIX ALATA VOGEL - FABACEAE)
Existem várias iniciativas de cultivo puro do baru, nas quais se observou que o início da
produção ocorre seis anos após o plantio, e que a produtividade alcança 19 toneladas de
polpa por hectare.
6m
Curiosidade:
A casca da árvore contém princípios ativos que
anulam o efeito tóxico dos venenos de cobras e
a necrose provocada por eles. Assim, essa planta
14,5 m
Características ecológicas
Características agronômicas
Características agronômicas
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
ARAKAKI, A. H. et al. O Baru (Dipteryx alata Vog.) como alternativa de sustentabilidade
em área de fragmento florestal do Cerrado, no Mato Grosso do Sul. Interações, Campo
Grande, v. 10, n. 1, p. 31-39, jan./jun. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/inter/a/
kTPHBVmzTpRR5sqbSd7M3Jw/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 16 fev. 2022.
CAMPOS FILHO, E. M.; SARTORELLI, P. A. R. Guia de árvores com valor econômico. São Paulo:
INPUT/Agroicone, 2015. Disponível em: https://www.inputbrasil.org/wp-content/uploads/2015/11/
Guia_de_arvores_com_valor_economico_Agroicone.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
REDES Colaborativas do Baru. [S. l.: s. n.], 2021. 1 vídeo (5 min 19). Publicado pelo Canal do IEB.
Disponível em: http://cepfcerrado.iieb.org.br/projetos/redes-colaborativa-do-baru/. Acesso em: 16
fev. 2022.
SANO, S. M. et al. Baru: biologia e uso. Planaltina, DF: Embrapa, 2004. 52 p. (Documentos 116).
Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/566595/1/doc116.pdf.
Acesso em: 16 fev. 2022.
GUIA DE ÁRVORES
CAJAZEIRO
(SPONDIAS SP - ANACARDIACEAE)
As polpas dos frutos desse gênero são ácidas e adocicadas, utilizadas em sucos e sorvetes. A fruta
é normalmente processada e vendida em grandes supermercados, principalmente na região
Nordeste. O cajá-manga é um produto cuja demanda é maior que a oferta – portanto, há um
amplo mercado a ser explorado e já há híbridos para seu cultivo. Existem empresas voltadas a essa
cadeia de produção do caja-manga, tais como a Associação dos Produtores de Polpas e Frutos do
Vale do Rio das Contas e a Cooperativa de Produção Agropecuária de Giló e Região Ltda.
3-4m
Curiosidade:
O umbuzeiro (Spondias tuberosa) destaca-se pela possibilidade
de ser cultivado em larga escala, dado o potencial que ele
demonstra para o desenvolvimento de novos fármacos. Sua
9 - 12 m
Características ecológicas
Características agronômicas
Propagação e crescimento
Não madeireiros Frutos Doces, sucos, geleias, polpas congeladas, picolés, sorvetes,
produtos em conserva e licores. Pode ser desidratado
e comercializado como alternativa saudável, nutritiva e
prática de alimentação.
BIBLIOGRAFIA
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do
Brasil. 1. ed. Nova Odessa: Plantarum, 1992. v. 1. 386 p. Disponível em: http://aeaesp.com.br/wp-
content/uploads/2019/09/%C3%81rvores-Brasileiras-Lorenzi-volume-1-compactado.pdf. Acesso
em: 17 fev. 2022.
SACRAMENTO, C. K.; SOUZA, F. X. Cajá. In: SANTOS-SEREJO, J. A. et al. (eds.) Fruticultura tropical:
espécies regionais e exóticas. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2009. p. 83-105
Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPAT-2010/11592/1/CL09011.
pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
A única espécie do gênero Anacardium que é cultivada é o caju. Tanto a espécie A. humile quanto a.
occidentale são indicadas para o consórcio com café, pois são rústicas, fáceis de germinar e possuem
usos múltiplos, incluindo a produção de castanhas, que têm alta demanda no mercado. Hoje, o quilo
da castanha ao consumidor final chega a R$ 70.
1,5 - 2 m
Curiosidade:
O líquido da casca da castanha-de-caju
0,30 -1,50 m
Características ecológicas
Abrangência territorial No Brasil: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rondônia e São Paulo.
Características agronômicas
Propagação e crescimento
Não madeireiros Frutos Frutos in natura, sucos, doces, geleias, compotas, vinho ou
aguardente.
Em Goiás, são fabricadas as famosas “passas” de caju.
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, S. P. et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina, DF: Embrapa-CPAC. 1998. 464 p.
VIEIRA, R. F. et al. Frutas nativas da região Centro-Oeste do Brasil. Brasília, DF: Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia, 2006. 320 p. Disponível em: http://www.agabrasil.org.br/_Dinamicos/
livro_frutas_nativas_Embrapa.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
GUIA DE ÁRVORES
INGAZEIRO
(INGA SP - FABACEAE)
No consórcio com o café, o ingazeiro – além de trazer equilíbrio ecológico por ser, conforme
mencionado, uma planta adubadora e uma fixadora de hidrogênio – promove a reciclagem do fósforo
no solo e, em decorrência de apresentar micorrizas em suas raízes, atrai pássaros, morcegos e insetos
que ajudam no controle biológico de pragas.
Nesse sentido, em pesquisas recentes, a EPAMIG, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa,
descobriu que o ingazeiro diminui a incidência do bicho-mineiro e da broca-do-café. Os pesquisadores
recomendam que essa árvore faça parte de lavouras de café, especialmente a espécie I. edulis.
6-8m
Curiosidade:
O gênero Inga é originário do sopé dos Andes no
Peru, no Equador, na Colômbia e no sul da América
Central. As árvores desse gênero fazem parte da
8 m
Características ecológicas
Características agronômicas
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, S. P. et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina/DF: Embrapa-CPAC, 1998. 464 p.
VIEIRA, R. F. et al. Frutas nativas da região Centro-Oeste do Brasil. Brasília, DF: Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia. 2006. 3320 p. Disponível em: http://www.agabrasil.org.br/_Dinamicos/
livro_frutas_nativas_Embrapa.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
GUIA DE ÁRVORES
MACAÚBA
(ACROCOMIA ACULEATA - ARECACEAE)
O óleo é extraído das sementes, o que é uma vantagem – já que a planta é perene no sistema – e
favorece a obtenção de créditos de carbono. Além disso, os resíduos provenientes do refino do
óleo podem ser usados como fonte de alimentação animal e de geração de energia: o mesocarpo
dos frutos pode ser transformado em farinha de alta qualidade nutricional, e o endocarpo, em
carvão vegetal. As áreas de cultivo da espécie podem produzir até 30 toneladas de frutos/ha/ano.
3-4m
Curiosidade:
Dado o grande potencial da macaúba como
matriz energética, existem hoje empresas voltadas
ao fomento da cadeia produtiva dessa planta –
15 m
Características ecológicas
Abrangência territorial No Brasil: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins.
Características agronômicas
Propagação e crescimento
Não madeireiros Caule (tipo estipe) Palmito para alimentação. Produção de vinho.
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, S. P. et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina, DF: Embrapa-CPAC, 1998. 464 p.
INOCAS – Innovative Oil And Carbon Solutions. Propriedades mais rentáveis com macaúba. [S. l.]:
INOCAS. Disponível em: https://www.inocas.com.br/plantio/. Acesso em: 16 fev. 2022.
RINALDI, M. M. et al. Estudos preliminares para colheita e armazenamento dos frutos da macaúba. .
Planaltina, DF: Embrapa-CPAC, 2020. 22 p. (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 355).
MAMA- CADELA
(BROSSIMUM GAUDICHAUDII - MORACEAE)
Com sabor leve e adocicado, os frutos carnosos da mama-cadela são usados em receitas de
doces, sorvetes e salgados. Faz parte da cultura de alguns povos indígenas a utilização da raiz
aromática como fumo.
3-4m
Curiosidade:
Dada a importância medicinal e terapêutica
da mama-cadela, alguns laboratórios goianos,
paulistas e do Distrito Federal estão elaborando
4-5 m
Características ecológicas
Características agronômicas
Propagação e crescimento
Não madeireiros Frutos Consumo in natura. A polpa fibrosa pode ser transformada
em goma de mascar, sucos, doces, bebidas e sorvetes.
Forrageira (alimentação para bovinos).
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, S. P. et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina/DF: Embrapa-CPAC. 1998. 464 p.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual
ou potencial: plantas para o futuro: região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. 1162 p. Disponível
em: https://www.funbio.org.br/wp-content/uploads/2017/09/regio-centro-oeste-26-07-20171-5.pdf.
Acesso em: 16 fev. 2022.
SILVA, D. B. et al. Propagação vegetativa de Brosimum gaudichaudii Trécul. (Mama-cadela) por estacas
de raízes. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v. 13, n. 2, p. 151-156, 2011. Disponível em: https://www.scielo.
br/j/rbpm/a/FcsYBsqt7VjghwxGCyWrTXx/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
GUIA DE ÁRVORES
MANGABA
(HANCORNIA SPECIOSA - APOCYNACEAE)
Trata-se de uma árvore rústica, típica dos biomas da Caatinga e do Cerrado, de ocorrência em
restingas e tabuleiros costeiros.
A mangaba é uma fruta que se destaca por ter boa fonte de ferro (2,4 a 4,1 mg/100 g de
polpa) e de zinco (2,3 a 4,4 mg/100 g de polpa). O teor de ácido ascórbico presente na
mangaba, que pode atingir o valor de 274,7 mg/100 g de polpa, a coloca na lista de frutas
mais ricas em vitamina C. A mangaba também é rica em compostos tânicos, que são fenólicos
associados à adstringência da fruta e estão relacionados às suas propriedades antioxidantes e
de prevenção de doenças crônico-degenerativas.
4-6m
Curiosidade:
Desde 2013, a mangaba é um dos produtos
contemplados pela Política de Garantia de Preços
Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade
5-7 m
Características ecológicas
Características agronômicas
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
LÉDO, A. S. et al. Mangaba. Brasília, DF: Embrapa, 2015. 90 p. (Coleção Plantar) Disponível em: https://
ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/165360/1/PLANTAR-MANGABA-ed01-2015-MIOLO.
pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
LORENZI, H. et al. Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura). São Paulo: Instituto
Plantarum de Estudos da Flora, 2006. 672 p.
SILVA Jr., J. F. da et al. Hancornia speciosa: mangaba. In: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente.
Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro:
região Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. p. 177-192. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.
embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1104669/1/Mangaba.pdf. Acesso em: 12 out. 2021.
SILVA Jr., J. F. Mangaba: Hancornia speciosa Gomes. [S. l.]: Instituto Interamericano de Cooperación
para la Agricultura (IICA), 2017. 28 p. Disponível em: https://www.procisur.org.uy/adjuntos/procisur_
mangaba_476.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
VIEIRA, R. F. et al. Frutas nativas da região Centro-Oeste. Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos
e Biotecnologia, 2006. 320 p. Disponível em: http://www.agabrasil.org.br/_Dinamicos/livro_frutas_
nativas_Embrapa.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
GUIA DE ÁRVORES
MURICI
(BYRSONIMA VERBASCIFOLIA - MALPIGHIACEAE)
Nas regiões de ocorrência natural do murici, seu mercado é local. Na região Nordeste, a fruta
é comercializada in natura nas feiras, juntamente com o jambo, a pitomba, a graviola e o caju.
No México e na América Central, o murici é utilizado para o preparo de pratos salgados e
recheios de carne.
Além do fruto da árvore – o qual também pode ser matéria-prima para sucos, sorvetes e
compotas –, a casca, os galhos e as folhas dessa planta têm utilização na medicina popular.
O murici é uma planta pouco cultivada, e sua produção é tradicionalmente feita por
extrativismo. Ela exige pouco manejo, cresce rápido, não necessita de defensivos agrícolas
e o retorno dos investimentos em seu plantio acontece em média após três anos. Um murici
produz cerca de 15 kg de frutos, uma produtividade média de 4.200 kg/ha. No CEASA
(Ceará), o preço para o consumidor final é de R$ 7/kg, segundo dados de 2021.
Além disso, os frutos dessa árvore – em virtude de seu rico valor nutritivo – têm grande
potencial para serem incluídos na alimentação humana.
Curiosidade:
O murici é uma espécie de múltiplos usos: das sementes
7-8m
é possível extrair um óleo, que pode ser destinado
tanto para alimentação quanto para a fabricação de
cosméticos; a polpa da fruta está sendo testada para a
produção de cervejas artesanais; o beneficiamento do
5 m
Características ecológicas
Características agronômicas
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, S. P. et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina, DF: Embrapa-CPAC, 1998. 464 p.
ARAÚJO, R. R. et al. Byrsonima crassiflia e verbascifolia: Murici. In: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente.
Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região
Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. p. 137-146. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/
infoteca/bitstream/doc/1104683/1/Murici.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
GURGEL, F. L. O muricizeiro [Byrsonima crassifolia (L) H.B.K]: avanços no conhecimento e ações de pré-
melhoramento. Brasília, DF: Embrapa Amazônia Oriental, 2016. 52 p. Disponível em: https://ainfo.cnptia.
embrapa.br/digital/bitstream/item/149349/1/Muruci-cap1.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
PEQUI
(CARYOCAR BRASILIENSE - CARYOCARACEAE)
Um dos desafios do cultivo do pequi é sua germinação: ela é muito baixa. Por isso, há muitas
pesquisas em torno desse tema. As principais entidades de pesquisa envolvidas são: a Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP); a EMBRAPA Cerrados; a EMBRAPA CENARGEN; a Universidade
Federal de Goiás (UFG); a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – campus de Montes
Claros; a Universidade Federal de Uberlândia (UFU); a Agência Goiana de Desenvolvimento Rural e
Fundiário; e a Associação dos Produtores e Beneficiadores de Frutos do Cerrado (Benfruc).
6-8m
Curiosidade:
A EMBRAPA Cerrados (Planaltina/DF) recomenda um
tratamento para acelerar a germinação das sementes
do pequi: elas devem ser imersas por 36 horas em uma
10 m
Características ecológicas
Características agronômicas
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, S P et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina, DF: Embrapa-CPAC. 1998. 464 p.
AÇOITA- CAVALO
(LUEHEA DIVARICATA - MALVACEAE)
Essa árvore tem crescimento médio e atinge a fase de corte aos 10 anos. Sua madeira é bem
uniforme, de cor bege clara ou acinzentada, seca rápido e tem boa aceitação em relação a
tratamentos conservativos. Pelo fato de a madeira do açoita-cavalo ser boa de se trabalhar, ela é
indicada para a confecção de peças torneadas e para a fabricação de saltos de sapatos.
Embora essa árvore não tenha capacidade de fixação de nitrogênio, suas raízes se associam
facilmente com micorrizas, o que permite que a planta tenha boas disponibilidade e absorção
de nutrientes. Essa característica faz com que o açoita-cavalo seja benéfico para culturas
consorciadas com ele.
8m
Curiosidade:
Os galhos do açoita-cavalo têm
alta resistência e elasticidade.
Por isso, são usados para fabricar
10 m
Características ecológicas
Características agronômicas
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
BRUZIGUESSI, E. et al. Sistemas silvipastoris com árvores nativas no Cerrado. Brasília, DF: Mil
Folhas do IEB, 2021. 140 p. Disponível em https://iieb.org.br/wp-content/uploads/2021/07/
Bruziguessi-et-al-2021-SSP-com-arvores-nativas-no-Cerrado.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
CAMPOS FILHO, E. M.; SARTORELLI, P. A. R. Guia de árvores com valor econômico. São Paulo:
INPUT/Agroicone, 2015. Disponível em: https://www.inputbrasil.org/wp-content/uploads/2015/11/
Guia_de_arvores_com_valor_economico_Agroicone.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
LÖF – MUDAS NATIVAS E ORNAMENTAIS. Açoita-cavalo. [S. l.]: LÖF, 2016. Disponível em: http://
www.mudasnativaslof.com.br/especies/detalhes/acoita-cavalo. Acesso em: 04 out. 2021.
REDE DE SEMENTES DO CERRADO. Açoita-cavalo. [S. l.]: Rede de sementes do Cerrado, 2020.
Disponível em: https://rededesementesdocerrado.com.br/vendas/sementes-nativas/arvore/85-
acoita-cavalo. Acesso em: 04 out. 2021.
ANGICO
(ANADENANTHERA COLUBRINA - FABACEAE)
8m Curiosidade:
O angico é considerado uma planta pioneira
antrópica. É uma espécie que aparece em
agrupamentos contínuos, em áreas alteradas. Se o
16 m
Características ecológicas
Características agronômicas
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, S. P. et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina, DF: Embrapa-CPAC. 1998. 464 p.
BRUZIGUESSI, E. et al. Sistemas silvipastoris com árvores nativas no Cerrado. Brasília, DF: Mil Folhas
do IEB, 2021. 140 p. Disponível em https://iieb.org.br/wp-content/uploads/2021/07/Bruziguessi-et-al-
2021-SSP-com-arvores-nativas-no-Cerrado.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
CAMPOS FILHO, E. M.; SARTORELLI, P. A. R. Guia de árvores com valor econômico. São Paulo: INPUT/
Agroicone, 2015. Disponível em: https://www.inputbrasil.org/wp-content/uploads/2015/11/Guia_de_
arvores_com_valor_economico_Agroicone.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
PAREYN, F. G. C. et al. Anadenanthera colubrina: angico. In: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente.
Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro:
região Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. p. 740-745. Disponível em https://ainfo.cnptia.embrapa.br/
digital/bitstream/item/190109/1/Livro-Nordeste-740-745.2018.pdf
GUIA DE ÁRVORES
AROEIRA-VERDADEIRA
(MYRACRODRUON URUNDEUVA - ANACARDIACEAE)
Sua exploração é extrativista. Além da madeira, essa árvore possui outras partes úteis, como a
casca e a resina, que são utilizadas para a produção de taninos, corantes e remédios.
Experimentos de plantios puros e consorciados, feitos nas regiões de Ilha Solteira/SP, pela
Universidade Estadual Paulista (UNESP) e de Bauru/SP, pelo Instituto Florestal, mostram o grande
potencial silvicultural da aroeira- verdadeira, que se desenvolve com fuste reto, mas necessita de
desbrota e desrama, de modo que sua madeira adquira uma forma adequada para uso. Após o
corte, essa árvore apresenta rebrota de raiz e, para a criação de um novo ciclo florestal, pode ser
conduzida por talhadia simples.
5,5 m
Curiosidade:
Um dos nomes comuns para a aroeira é “corrutela
de arara”, que significa “árvore da arara”. Essa
denominação se dá pelo fato de essas aves muito
9,7 m
Características ecológicas
Características agronômicas
Tolerância a sombra Heliófita, mas pode se desenvolver à sombra nas fases iniciais.
Capacidade de fixação de nitrogênio Não.
Indicação para local de plantio Talhões isolados e consorciados com espécies
sombreadoras; bordas de matas; divisas de propriedades; e
como arborizadoras de carreadores. Quando em consórcio
com café, deve-se plantá-la em linhas intercalares, com
grandes espaçamentos entre elas.
GUIA DE ÁRVORES
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, S. P. et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina, DF: Embrapa-CPAC. 1998. 464 p.
BRUZIGUESSI, E. et al. Sistemas silvipastoris com árvores nativas no Cerrado. Brasília, DF: Mil Folhas
do IEB, 2021. 140 p. Disponível em https://iieb.org.br/wp-content/uploads/2021/07/Bruziguessi-et-al-
2021-SSP-com-arvores-nativas-no-Cerrado.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
CARVALHO, P. E. R. Aroeira-verdadeira. Colombo, PR: Embrapa, dez. 2003. 16 p. (Circular Técnica, 82).
Disponível em https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/312989/1/CT0082.
pdf. Acesso em: 17 fev. 2022.
CANAFÍSTULA
(PELTOPHORUN DUBIUM - CAESALPINIACEAE)
Aos sete anos, essa árvore pode chegar a 10 metros de altura, com incremento máximo de 19 m3/
ha/ano. Possui bom potencial de consórcio com café e a vantagem de ser uma boa cicladora de
nutrientes e uma fixadora de nitrogênio.
6m
Curiosidade:
Em experimentos feitos pelo Instituto Florestal
de Bauru/SP, a espécie não apresentou bom
crescimento em plantios puros: o tronco das árvores
20 m
Características ecológicas
Abrangência territorial No Brasil: Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso
do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro,
São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Em demais regiões da América do Sul: Argentina, Uruguai
e Paraguai.
Características agronômicas
Indicação para local de plantio Em consórcio com o café e outras culturas, em divisas de
propriedades; como arborizadora de carreadores; em
bordas de florestas; e em plantios associados a outras
espécies arbóreas.
Espaçamentos recomendados Em plantio com outras espécies arbóreas: 3 x 2 m.
Em consórcio: mínimo de 10 x 10 m.
Densidade de plantio Em plantio puro: 1.600 árvores/ha.
Em consórcio: 100 árvores/ha.
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
CAMPOS FILHO, E. M.; SARTORELLI, P. A. R. Guia de árvores com valor econômico. São Paulo: INPUT/
Agroicone, 2015. Disponível em: https://www.inputbrasil.org/wp-content/uploads/2015/11/Guia_de_
arvores_com_valor_economico_Agroicone.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
CARVALHO, P. E. R. Canafístula. Colombo, PR: Embrapa, nov. 2002, 15 p. (Circular Técnica, 64).
Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/306466/1/CT0064.pdf.
Acesso em: 17 fev. 2022.
CAVIÚNA-DO - CERRADO
(DALBERGIA MISCOLOBIUM - FABACEAE)
Foto: Arvoresdobiomacerrado.com.br
A caviúna-do-cerrado possui crescimento lento e, quando em pleno sol, de galhadas. Por isso, se o
plantio dessa espécie for conduzido em silvicultura, a desrama é uma prática necessária.
Além disso, ela é uma fixadora de nitrogênio e, assim, melhora a qualidade do solo, proporcionando
benefícios para as plantas próximas.
A caviúna-do-cerrado é uma espécie que, naturalmente, tem populações com grandes densidades,
tendo sido observada uma média de 80 a 230 indivíduos/há – quando nessa alta densidade, a
espécie não sofre ataques de pragas e doenças. Essa característica mostra o bom potencial da planta
tanto para o plantio puro quanto para o consorciado.
6m
Curiosidade:
Em pesquisas, constatou-se que a
caviúna-do-cerrado não somente se
reproduz por meio de suas sementes,
16 m
Características ecológicas
Abrangência territorial Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e São Paulo.
Fitofisionomias naturais de ocorrência Cerradão e Cerrado.
Características agronômicas
Propagação e crescimento
Não madeireiros Por meio de cocção, a casca fornece tinta preta, que é
comumente usada na tinturaria e no tingimento de fios. Os
frutos são matéria-prima para artesanatos, normalmente
comercializados em feiras populares.
Madeireiros Usos Madeira para construção civil, acabamentos internos,
pequenas peças e fabricação de carvão.
Densidade Densa (0,77 g/cm3).
Características Muito resistente e pesada.
Comercialização Semente (R$/kg) R$ 370/kg.
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, S. P. et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina, DF: Embrapa-CPAC. 1998. 464 p.
CAMPOS FILHO, E. M.; SARTORELLI, P. A. R. Guia de árvores com valor econômico. São Paulo: INPUT/
Agroicone, 2015. Disponível em: https://www.inputbrasil.org/wp-content/uploads/2015/11/Guia_de_
arvores_com_valor_economico_Agroicone.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
LOURO -PARDO
(CORDIA TRICHOTOMA - BORAGINACEAE)
É uma espécie exigente em relação a solos: cresce bem somente nos profundos e férteis. Nesse
sentido, é comum encontrar indivíduos isolados e bem desenvolvidos no meio dos cafezais.
6m
Curiosidade:
A floração do louro-pardo é vistosa,
com flores pequenas, brancas e
melíferas. Em seus primeiros anos de
25 m
Características ecológicas
Abrangência territorial No Brasil: Rio Grande do Sul, Alagoas, Bahia, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo e Minas Gerais.
Em demais regiões da América do Sul: Argentina, Bolívia
e Paraguai.
Fitofisionomias naturais de ocorrência Caatinga, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta
Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista, Cerradão
e Cerrado.
Grupo sucessional Secundária tardia.
Persistência da folhagem Caducifólia.
Síndrome de dispersão de sementes Anemocoria (vento).
Atração em relação à fauna silvestre É melífera e serve de abrigo.
Características agronômicas
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
BRUZIGUESSI, E. et al. Sistemas silvipastoris com árvores nativas no Cerrado. Brasília, DF: Mil Folhas
do IEB, 2021. 140 p. Disponível em https://iieb.org.br/wp-content/uploads/2021/07/Bruziguessi-et-al-
2021-SSP-com-arvores-nativas-no-Cerrado.pdf . Acesso em: 16 fev. 2022.
CAMPOS FILHO, E. M.; SARTORELLI, P. A. Guia de árvores com valor econômico. São Paulo: INPUT/
Agroicone, 2015. Disponível em: https://www.inputbrasil.org/wp-content/uploads/2015/11/Guia_de_
arvores_com_valor_economico_Agroicone.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
CARVALHO, P. E. R. Louro-pardo. Colombo, PR: Embrapa, nov. 2002, 16 p. (Circular Técnica, 66).
Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/284077/1/CT0066.pdf. Acesso
em: 17 fev. 2022.
IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Informações sobre madeiras: louro-pardo. São Paulo: IPT,
c1983. Disponível em: http://www.ipt.br/informacoes_madeiras/68-freijo.htm. Acesso em: 17 fev. 2022.
GONÇALO -ALVES
(ASTRONIUM FRAXINIFOLIUM - ANACARDIACEAE)
A madeira é durável e resistente, e essa durabilidade persiste até mesmo quando ela está fincada na
água. Essa espécie é destinada a diversos usos, desde a fabricação de acabamentos internos até de
construções externas, incluindo peças torneadas.
As raízes do gonçalo-alves fazem associações com micorrizas, o que faz com que essa planta tenha
boas disponibilidade e absorção de nutrientes. Tal característica traz benefícios também para a
cultura que for consorciada com ela.
4m
Curiosidade:
A gonçalo-alves é uma espécie protegida por legislação
específica: seu corte na Floresta Atlântica primária é proibido;
em florestas secundárias do Cerrado e do Cerradão, o corte
10 m
Características ecológicas
Características agronômicas
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, S. P. et al. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina, DF: Embrapa-CPAC. 1998. 464 p.
BRUZIGUESSI, E. et al. Sistemas silvipastoris com árvores nativas no Cerrado. Brasília, DF: Mil Folhas
do IEB, 2021. 140 p. Disponível em: https://iieb.org.br/wp-content/uploads/2021/07/Bruziguessi-et-al-
2021-SSP-com-arvores-nativas-no-Cerrado.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
CAMPOS FILHO, E. M.; SARTORELLI, P. A. R. Guia de árvores com valor econômico. São Paulo: INPUT/
Agroicone, 2015. Disponível em: https://www.inputbrasil.org/wp-content/uploads/2015/11/Guia_de_
arvores_com_valor_economico_Agroicone.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
PEROBA-DO - CAMPO
(ASPIDOSPERMA TOMENTOSUM - APOCYNACEAE)
informação sobre a silvicultura da espécie. Sabe-se que ela tem uma boa regeneração a partir de sua
raiz, o que a torna apta à condução por talhadia em plantios homogêneos.
5m
Curiosidade:
As flores da peroba-do-campo são polinizadas por
mariposas. O formato dos frutos lembra o de um
coração e, quando eles se abrem, as sementes são
15 m
Características ecológicas
Características agronômicas
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
BRUZIGUESSI, E. et al. Sistemas silvipastoris com árvores nativas no Cerrado. Brasília, DF: Mil Folhas
do IEB, 2021. 140 p. Disponível em https://iieb.org.br/wp-content/uploads/2021/07/Bruziguessi-et-al-
2021-SSP-com-arvores-nativas-no-Cerrado.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
CAMPOS FILHO, E. M.; SARTORELLI, P. A. R. Guia de árvores com valor econômico. São Paulo: INPUT/
Agroicone, 2015. Disponível em: https://www.inputbrasil.org/wp-content/uploads/2015/11/Guia_de_
arvores_com_valor_economico_Agroicone.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
GOMES, S. M.; CAVALCANTI, T. B. Morfologia floral de Aspidosperma Mart. & Zucc. (Apocynaceae).
Acta Botanica Brasilica, Brasília, DF, v. 15, n. 1, p. 73-88, abr. 2001. Disponível em: https://www.scielo.
br/j/abb/a/PCmthLrFGqDvqq6vfkRshrf/?lang=pt. Acesso em : 25 set. 2021.
IPÊ-FELPUDO
(ZEYHERIA TUBERCULOSA - BIGNONIACEAE)
O ipê-felpudo ocorre em quase todas as regiões do Brasil e tolera, além de solos rasos e
pedregosos, até mesmo aqueles com baixa fertilidade química – conforme foi demonstrado em
plantios conduzidos no Espírito Santo, nos quais a espécie apresentou ótimos resultados. Ele
pode ser plantado puro e a pleno sol. Possui uma madeira densa, de coloração amarelo-escura,
com alta durabilidade natural e que pode ser usada na construção civil, em obras externas e em
construções rurais.
6m
Curiosidade:
O ipê-felpudo se regenera facilmente em áreas
perturbadas, formando grandes agrupamentos e
podendo até ser considerado uma espécie pioneira
25 m
Características ecológicas
Abrangência territorial São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo,
Goiás, Bahia, Maranhão, Ceará, Pernambuco e Piauí.
Fitofisionomias naturais de ocorrência Caatinga, Cerrado, Cerradão e Floresta Estacional
Semidecidual.
Grupo sucessional Secundária inicial.
Persistência da folhagem Semicaducifólia.
Síndrome de dispersão de sementes Anemocórica (vento).
Atração em relação à fauna silvestre É melífera, e suas flores atraem borboletas. Serve de abrigo.
Características agronômicas
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
CAMPOS FILHO, E. M.; SARTORELLI, P. A. R. Guia de árvores com valor econômico. São Paulo: INPUT/
Agroicone, 2015. Disponível em: https://www.inputbrasil.org/wp-content/uploads/2015/11/Guia_de_
arvores_com_valor_economico_Agroicone.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
CARVALHO, P. E. R. Ipê-felpudo. Colombo, PR: Embrapa, dez. 2005, 9 p. (Circular Técnica, 112).
Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/290793/1/circtec112.pdf.
Acesso em: 2 set. 2021.
LUZ, H. F.; FERREIRA, M. Ipê-felpudo (Zeyhera tuberculosa (Vell) Bur.): essência nativa pioneira com
grande potencial silvicultural. IPEF, Piracicaba, ano 31, p. 13-21, dez. 1985. Disponível em: https://www.
ipef.br/publicacoes/scientia/nr31/cap01.pdf. Acesso em: 2 set. 2021.
REMADE. Madeiras brasileiras e exóticas: Ipê-felpudo. [S. l.]: Remade. Disponível em: http://www.
remade.com.br/madeiras-exoticas/390/madeiras-brasileiras-e-exoticas/ipe-felpudo. Acesso em: 12 set.
2021.
UENF – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Árvores da UENF: ipê-felpudo.
Campos dos Goytacases: UENF, c2020. Disponível em: https://uenf.br/projetos/arvoresdauenf/
especie-2/ipe-felpudo/. Acesso em: 2 set. 2021.
GUIA DE ÁRVORES
SUCUPIRA-PRETA
(BOWDICHIA VIRGILIOIDES - FABACEAE)
Essa espécie, como diversas outras, tem uso medicinal. O diferencial é existem estudos científicos
que comprovam seus benefícios à saúde: ela tem ações anti-inflamatória, antimicrobiana, ansiolítica,
hipoglicemiante e cicatricial.
A sucupira-preta é uma fixadora de nitrogênio e possui alta incidência de micorrizas em suas raízes,
o que confere a ela e às plantas ao seu redor boas disponibilidade e absorção de nutrientes, fazendo,
assim, com que essa árvore traga benefícios para as espécies consorciadas.
6m
Curiosidade:
A sucupira-preta é uma planta utilizada como
medicamento nas tradições populares para
curar feridas, diabetes, reumatismo, artrite,
15 m
Características ecológicas
Características agronômicas
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
CAMPOS FILHO, E. M.; SARTORELLI, P. A. R. Guia de árvores com valor econômico. São Paulo:
INPUT/Agroicone, 2015. Disponível em: https://www.inputbrasil.org/wp-content/uploads/2015/11/
Guia_de_arvores_com_valor_economico_Agroicone.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.
MACHADO, M. S. L. et al. Fitoterapia brasileira: análise dos efeitos biológicos da sucupira (Bowdichia
virginoides e Pterodon emarginatus). Brasilien Journal of Natural Science, São Paulo, n. 1, v. 2, mai.
2018. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/325329073_Fitoterapia_brasileira_
analise_dos_efeitos_biologicos_da_sucupira_Bowdichia_virgilioides_e_Pterodon_emarginatus. Acesso
em: 17 fev. 2022.
ABACATE
(PERSEA AMERICANA - LAURACEAE)
O abacateiro é separado em três raças – antilhana, guatemalense e mexicana –, que dão origem
aos híbridos cultivados no Brasil. São mais de 500 variedades de abacate, que podem ter produção
mais tardia ou precoce. É uma planta hermafrodita, e as flores masculinas e femininas amadurecem
em velocidades diferentes. Por essa característica, as variedades são plantadas intercalando-se os
grupos A e B.
Em regiões muito quentes, o abacateiro em consórcio com o café atenua a temperatura no cafezal.
Assim, pode diminuir as perdas ocasionadas por estresses térmicos. Devido ao fato de suas raízes se
concentrarem em camadas de 1 a 100 cm de profundidade, o mais adequado é fazer o consórcio dos
abacateiros em linhas intercalares, a fim de que eles não haja competição com as linhas do café.
6 - 13 m
Curiosidade:
O azeite extraído da polpa do abacate é um dos mais
nutritivos do mundo. Atualmente, esse óleo possui alto valor
comercial, uma vez que sua produção no mundo é pequena.
25 m
Características ecológicas
Características agronômicas
embro Janei
Dez ro
o Fe
Avocado (Hass) Fevereiro - setembro
br v
m
er
ve
eir
No
o
Fortuna Fevereiro - junho
o
Març
Outubr
o
Geada Novembro - fevereiro
ro
Abril
emb
Ouro Verde
M
Junho - agosto
aio
o
t
os
Ag
Julho
Jun
ho Quintal Março - junho
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
ABACATES DO BRASIL. Variedades de abacates. São Gotardo: Abacates do Brasil. Disponível em :
https://abacatesdobrasil.org.br/abacates-do-brasil/#variedades. Acesso em: 17 fev. 2022.
AGROLINK. Cotações: abacate. [S. l.]: Agrolink, c2022. Disponível em: https://www.agrolink.com.br/
cotacoes/frutas/abacate/. Acesso em: 17 fev. 2022.
DONADIO, L. C. Abacate para exportação: aspectos técnicos da produção. Brasília, DF: EMBRAPA
-SPI, 1995. 53 p. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/183134/1/
Frupex-Abacate-para-Exportacao-Aspectos-Tecnicos-da-Producao-2-Ed-1995.pdf. Acesso em: 17 fev.
2022.
BANANEIRA
(MUSA SP - MUSACEAE)
O consórcio de outras culturas com a bananeira é bem difundido, mais comum na África e na
América Central. No caso do café, essa planta traz diversos benefícios à lavoura, tais como:
redução de plantas daninhas; auxílio no combate à erosão nos plantios em áreas declivosas;
manutenção da água no sistema; e melhoria do microclima. Além disso, a biomassa produzida
pela banana é fonte de matéria orgânica e de outros nutrientes que contribuem para o
aumento da fertilidade do solo na lavoura de café.
A produção de bananas é contínua, o que faz com que ela sempre proporcione uma renda
extra ao sistema.
Curiosidade:
A banana é uma planta adubadora!
Cada tonelada de folhas e colmos
decompostos da bananeira fornece
2-8m
Características ecológicas
Abrangência territorial Cultivada em mais de 130 países, que ocupam a faixa entre
as latitudes de 30° norte e sul, onde as temperaturas variam
de 10 °C a 40 °C.
Fitofisionomias naturais de ocorrência Sua região de origem são as florestas tropicais do
Sudeste da Ásia (Malásia, Indonésia e Filipinas).
Persistência da folhagem Perenifólia.
Atração em relação à fauna silvestre A árvore pode servir de abrigo, e os frutos, de alimento.
Características agronômicas
Tipo de solo Argilosos, mistos, bem drenados e com textura média. Solos
arenosos favorecem os nematoides.
Profundidade do solo Profundos.
Tolerância ao encharcamento Sim. Porém, conforme mencionado acima, a cultura se
desenvolve melhor em solos bem drenados.
Tolerância a geadas Não.
Precipitação 1.200 a 1.800 mm/ano.
Indicação para local de plantio Plantio puro; consórcio com café e outras culturas; em divisas
de propriedades; e em bordas de florestas.
Espaçamentos recomendados Cultivo puro: 2 x 2 m; 2,5 x 2 m; ou 2,5 x 2,5 m.
Em consórcio: 10 x 2,5 m a 15 x 2,5 m.
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
ALVES, E. J. Consórcio da bananeira com culturas anuais e perenes e plantas de cobertura de
solo. Cruz das Almas: Embrapa, jul. 2003. (Circular Técnica, 52). Disponível em: https://ainfo.cnptia.
embrapa.br/digital/bitstream/item/81112/1/Consorcio-da-bananeira-com-culturas-anuais....pdf.
Acesso em: 17 fev. 2022.
BORGES, A. L. et al. Sistema de produção da bananeira irrigada. Brasília, DF: Embrapa, jul. 2009.
115 p. (Sistemas de produção, 4). Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/
item/110622/1/Sistema-de-Producao-da-Bananeira-Irrigada.pdf. Acesso em: 17 fev. 2022.
MOREIRA, V. R. R. Consórcio de café com bananeira. Brasília, DF: Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento. 2 p. (Fichas Agroecológicas, 12). Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/
pt-br/assuntos/sustentabilidade/organicos/fichas-agroecologicas/arquivos-producao-vegetal/12-
consorcio-de-cafe-com-bananeira.pdf
NOMURA, E. S. Cultivo da bananeira. Campinas: CDRS, 2020. 178 p. (Manual Técnico 82). Disponível
em: https://www.cdrs.sp.gov.br/portal/themes/unify/arquivos/produtos-e-servicos/acervo-tecnico/
producao_vegetal/Manual_tecnico_82_Cultivo_da_Bananeira.pdf. Acesso em: 17 fev. 2022.
YARA NUTRE. Tipos de bananas. In: Yara Brasil. Yara Nutre. Porto Alegre, 30 out. 2020. Disponível
em: https://www.yarabrasil.com.br/conteudo-agronomico/blog/tipos-de-bananas. Acesso em: 17
fev. 2022.
GUIA DE ÁRVORES
CEDRO -AUSTRALIANO
(TOONA CILIATA - MELIACEAE)
4m
Curiosidade:
O cedro-brasileiro (Cedrella fissilis) não teve
êxito em plantios puros no Brasil, sofrendo
com o ataque de broca (Hypsipyla grandella).
20 m
Características ecológicas
Características agronômicas
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
BIOSEMENTES plantando soluções. Cedro australiano (Toona ciliata var. australis): Descrição.
Itabuna: Biosementes. Disponível em: https://www.biosementes.com.br/loja/item/Cedro-
Australiano-%28Toona-ciliata-var.-australis%29-100g-sementes.html. Acesso em: 17 fev. 2022.
KALIL FILHO, A. N.; WENDLING, I. Produção de mudas de cedro australiano. Colombo, PR:
Embrapa, ago. 2012, 5 p. (Comunicado Técnico, 309) Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-
de-publicacoes/-/publicacao/942888/producao-de-mudas-de-cedro-australiano. Acesso em: 22 set.
2021.
REMADE. Madeiras australianas e exóticas: Cedro Toona. [S. l.]: Remade. Disponível em: http://
www.remade.com.br/madeiras-exoticas/696/madeiras-australianas-e-exoticas/cedro-toona. Acesso
em: 17 fev. 2022.
SOUZA, J. C. A. V.; BARROSO, D. G.; CARNEIRO, J. G. A. Cedro australiano. Niterói: Programa Rio
Rural, 2010. 14 p. (Manual Técnico, 21). Disponível em: http://www.pesagro.rj.gov.br/downloads/
riorural/manual21.pdf. Acesso em: 20 set. 2021.
MOGNO -AFRICANO
(KHAYA IVORENSIS - MELIANEAE)
6m
Curiosidade:
As florestas de mogno-africano começam a ficar
interessantes financeiramente a partir dos 12
anos de idade das plantas, quando a madeira
50 m
Características ecológicas
Características agronômicas
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
IBF - Instituto Brasileiro de Florestas. Invista em madeira nobre com inteligência. Londrina: IBF.
Disponível em: https://poloflorestal.com.br/?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_
campaign=leads-polo-florestal&gclid=CjwKCAjwx8iIBhBwEiwA2quaq_9ksUlPPqaXkhL2Yf9xi3m
4h-BrOvPm1AHH6ST8TCaR7QlwEr4t7BoCZEwQAvD_BwE. Acesso em: 20 set. 2021.
IBF - Instituto Brasileiro de Florestas. O mogno africano. Londrina: IBF. Disponível em: https://
poloflorestal.com.br/o-mogno-africano/. Acesso em: 20 set. 2021.
MOGNO africano surge como opção de madeira de qualidade juntas. Revista da Madeira,
Curitiba, n. 129, nov. 2011. Disponível em http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_
materia.php?num=1573&subject=E%20mais&title=Mogno%20africano%20surge%20
como%20op%E7%E3o%20de%20madeira%20de%20qualidade%20juntas. Acesso em: 20 set.
2021.
MOGNO africano – boa alternativa para produção de madeira nobre. Revista da Madeira,
Curitiba, n. 131, mai. 2012. Disponível em http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_
materia.php?num=1605&subject=. Acesso em: 21 set. 2021.
REMADE. Madeiras brasileiras e exóticas: Mogno africano. [S. l.]: Remade. Disponível em: http://
www.remade.com.br/madeiras-exoticas/1492/madeiras-brasileiras-e-exoticas/mogno-africano.
Acesso em: 17 fev. 2022.
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SERINGUEIRA
(HEVEA BRASILIENSIS - EUPHORBIACEAE)
Foram criados e testados diferentes arranjos e espaçamentos para esse consórcio, e um dos mais
eficazes é o plantio duplo, formando renques com espaço de 20 a 40 metros entre eles. Dessa
forma, a seringueira não prejudica a produtividade do café em termos de sombreamento.
Trata-se de uma cultura complexa, mas cuja tecnologia é bastante conhecida. O alvo do processo
é a sangria, que deve produzir o máximo com custo mínimo, sem danificar a árvore. A partir disso,
devem ser feitas as escolhas sobre as técnicas agronômicas a serem utilizadas.
5m
Curiosidade:
Na Amazônia, as tentativas de cultivo da
seringueira fracassaram por conta da incidência
do fungo Mycrocyclus ulei, conhecido como
20 m
Características ecológicas
Características agronômicas
Propagação e crescimento
BIBLIOGRAFIA
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Seringueira. Brasília, DF: Embrapa.
Disponível em: https://www.embrapa.br/agrossilvipastoril/sitio-tecnologico/trilha-ecologica/
especies/seringueira. Acesso em: 10 out. 2021.
SOUZA, A. D. et al. Seringueira. In: SHANLEY, P.; MEDINA, G. Frutíferas e plantas úteis na vida
amazônica. Belém: CIFOR, Imazon, 2005. p. 133-146. Disponível em: https://www.cifor.org/
publications/pdf_files/Books/BShanley0501.pdf. Acesso em: 17 fev. 2022.
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AS ABELHAS E A PRODUÇÃO
DE CAFÉ-ARÁBICA
A natureza conservada fornece serviços preciosos que devem
ser reconhecidos. Sequestro de carbono, prevenção da erosão,
fixação de nitrogênio no solo, manutenção dos lençóis freáticos,
conservação da biodiversidade, proteção dos rios e produção
de alimentos são alguns exemplos. Tais processos ecossistêmicos
são um capital natural de valor incalculável, em virtude dos
benefícios que oferecem.
frutos. Por desempenharem esse imprescindível trabalho, pode-se afirmar que as abelhas
proporcionam uma grande variedade alimentar ao cardápio das pessoas, além de serem
responsáveis pela conservação de muitas espécies de plantas nativas.
Entender a dinâmica e a economia que envolvem o papel das abelhas na natureza e garantir um
bom manejo dos espaços agrícolas são formas de conter o processo de extinção desses seres
vivos tão importantes.
Em torno de 80% das plantas do Cerrado e de 50% das plantas das florestas tropicais
dependem de polinizadores animais para se reproduzirem.
Das espécies vegetais mais plantadas no mundo, 42% são polinizadas por abelhas.
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ABELHA-AFRICANA
X ABELHA NATIVA
A apicultura teve início no Brasil em 1839, quando
algumas colônias da espécie Apis mellifera (abelha-
europeia) foram trazidas de Portugal para o Rio
de Janeiro. Na década de 50, chegaram ao Brasil
colmeias da abelha-africana (Apis mellifera scutellata),
que se acasalaram acidentalmente com as europeias,
formando uma espécie híbrida – que foi chamada
de abelha africanizada. Hoje, a apicultura brasileira
cultiva variedades dessa abelha, que também é
utilizada na polinização de plantas espalhadas
por todo o mundo. Já as abelhas nativas do Brasil
são aquelas que já viviam aqui antes dessas outras
espécies estrangeiras chegarem ao território brasileiro.
causar desequilíbrios nas populações de abelhas nativas. Atualmente, a maioria dos ninhos
encontrados na natureza são de abelhas africanizadas. Elas são tão eficientes na localização de
recursos florais (néctar e pólen) que podem diminuir ou mesmo exaurir o pastejo por parte das
abelhas nativas. Além disso, competem por locais de nidificação e podem transmitir parasitas
para os organismos nativos.
Em função desses desequilíbrios, vem crescendo no mercado a produção de abelhas nativas sem
ferrão (meliponídeos). Essa atividade é chamada de meliponicultura.
O uso de abelhas sem ferrão como polinizadoras de culturas agrícolas vem se mostrando uma
alternativa promissora: essa variedade tem as mesmas vantagens econômicas em relação
à abelha-africana e não causa o impacto ambiental provocado por tal espécie, ajudando a
conservar as comunidades vegetais nativas.
Em geral, as abelhas sem ferrão são generalistas – ou seja, capazes de utilizar néctar e pólen de
diversas espécies de plantas. Isso as torna capazes de serem empregadas em diferentes culturas
e, assim, faz com que elas se tornem mais eficientes em seus papeis de polinizadoras e de
produtoras de mel, o que intensifica e alavanca a produção dessa substância.
Marmelada, moça-preta, jataí, mirim, manduri e mandaçaia são algumas espécies de abelhas
sem ferrão. Além de todas as vantagens citadas, elas produzem um mel com elevada atividade
antibacteriana e, portanto, com valor medicinal – ele é utilizado contra doenças pulmonares,
gripes e infecções nos olhos. Além disso, o mel produzido por essas espécies possui menor teor
de açúcar em relação ao mel produzido por outras abelhas e é considerado um ingrediente
nobre na gastronomia.
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AS ABELHAS E A PRODUÇÃO
DE CAFÉ-ARÁBICA
Conforme mencionado, os trabalhos científicos sobre
a utilização de abelhas para a polinização de diversas
culturas vêm crescendo. Um estudo feito no Espírito
Santo, em uma fazenda com 50 hectares de café,
mostrou que a produtividade dessa lavoura, após um
ano da implantação da apicultura, passou de 29,46
sacas/ha para 35,79 sacas/ha – um aumento de 21,5%.
No caso do café-arábica (C. arabica), embora suas
flores se autopolinizem, a formação de frutos cresce
em média 20% quando essa cultura é efetivamente
polinizada por abelhas que residem em manchas de
vegetação nativa próximas aos cultivos. Em Minas
Gerais, estudos mostraram um aumento de 14,6% na produtividade de fazendas de café-
arábica polinizadas por tais insetos.
Além desse aumento de produtividade, observou-se também, em alguns casos, que a qualidade
dos grãos produzidos via polinização de abelhas é superior em relação aos não polinizados e
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Hoje, os ecossistemas naturais (florestas, Cerrados, Cerradões, campos nativos, veredas etc.)
estão, em grande parte, isolados, degradados ou perturbados – muitos até condenados ao
desaparecimento. Juntamente deles, morrem possibilidades de uso dos recursos naturais e de
seus serviços ecossistêmicos. Incluir, nas operações da fazenda, a recuperação e a conservação
das reservas naturais é uma necessidade urgente, e esse planejamento deve ser tratado com
os mesmos cuidado e rigor destinados à logística da cultura agrícola.
O manejo de ecossistemas naturais é uma ciência nova, mas o que já se conhece é suficiente
para reverter os atuais quadros drásticos de perdas. É preciso enriquecer os ecossistemas,
restaurar as matas ciliares, controlar as espécies invasoras, construir corredores ecológicos,
entre outras medidas, para que esses recursos naturais sejam perenes e tragam resultados
positivos – que, no final, garantirão o bem-estar de toda a sociedade.
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BIBLIOGRAFIA
A.B.E.L.H.A – Associação Brasilleira de Estudos das Abelhas. Produção agrícola. [S. l.]:
A.B.E.L.H.A, Disponível em: https://abelha.org.br/polinizacao-producao-agricola/. Acesso em:
17 fev. 2022.
FREITAS B. M.; SILVA, C. I. da. O papel dos polinizadores na produção agrícola do Brasil. In:
A.B.E.L.H.A – Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (org.). Agricultura e polinizadores.
São Paulo: A.B.E.L.H.A, 2015. p. 9-18. Disponível em: https://www.abelha.org.br/publicacoes/
ebooks/Agricultura-e-Polinizacao.pdf. Acesso em: 17 fev. 2022.
JANUÁRIO, A. P. F. et al. Influência da apicultura sobre a produção de café arábica. In: XII
ENCONTRO LATINO-AMERICANO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA. VII ENCONTRO LATINO-
AMERICANO DE PÓS-GRADUAÇÃO, 2008, São José dos Campos. Anais [...] São José dos
Campos: Universidade do Vale do Paraíba, 2008. Disponível em: http://www.inicepg.univap.br/
cd/INIC_2008/anais/arquivosINIC/INIC0293_05_O.pdf. Acesso em: 17 fev. 2022.
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KLEIN, A. M. et al. A polinização agrícola por insetos no Brasil: um guia para fazendeiros,
agricultores, extensionistas, políticos e conservacionistas. Freiburg, Alemanha: Uni Freiburg,
2020. 162 p. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/339310458_A_
Polinizacao_Agricola_por_Insetos_no_Brasil_Um_Guia_para_Fazendeiros_Agricultores_
Extensionistas_Politicos_e_Conservacionistas. Acesso em: 17 fev. 2022.
SEBRAE. Conheça o histórico da apicultura no Brasil. [S. l.]: Sebrae, 22 nov. 2013. Disponível
em: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/conheca-o-historico-da-apicultura-
no-brasil,c078fa2da4c72410VgnVCM100000b272010aRCRD?origem=segmento&codSeg%20
mento=13. Acesso em: 17 fev. 2022.
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