Health Sciences">
Açafrão Funcional
Açafrão Funcional
Açafrão Funcional
ISSN: 2446-6778
Nº 2, volume 1, artigo nº 15, Julho/Dezembro 2015
D.O.I: http://dx.doi.org/10.20951/2446-6778/v1n2a15
Resumo
O consumo de alimentos funcionais está condicionado à diminuição da incidência de
doenças e promoção da saúde. A cúrcuma, muito utilizada como condimento, possui
substâncias antioxidantes e antinflamatórias muito importantes, o que lhe confere a
possibilidade de consumo como suplemento nutricional eficaz e muito potente. A fitoterapia
é utilizada desde os primórdios pela população, sendo que, nos tempos atuais, sua
funcionalidade vem sendo ressaltada através da prescrição pelos profissionais
nutricionistas, legalmente autorizados para tal. O artigo teve como objetivo verificar as
propriedades funcionais dos fitoterápicos, em especial a cúrcuma, um derivado do rizoma
seco da Curcuma longa, administrado como suplementação nutricional. Foi realizada uma
revisão bibliográfica em artigos científicos, internet e periódicos que abordaram a ingestão
da cúrcuma e suas propriedades funcionais. Verificou-se que a cúrcuma, um potente
composto bioativo com ação atinflamatóia e antioxidante requer mais adesão à sua ingesta,
uma vez que demonstra-se efetiva na prevenção/tratamento de doenças crônicas não-
transmissíveis e crônico-degenerativas.
1
Graduada em Nutrição, Faculdade Redentor, Itaperuna-RJ, vagsimonin@gmail.com
2
Graduada em Nutrição, Faculdade Redentor, Itaperuna-RJ, vagsimonin@gmail.com
3
Graduada em Nutrição, Faculdade Redentor, Itaperuna-RJ, vagsimonin@gmail.com
INTRODUÇÃO
GENERALIDADES
ATIVIDADE ANTINFLAMATÓRIA
As propriedades antinflamatórias atribuídas à cúrcuma podem ser
comparadas à efetividade dos corticoides, com a melhora da recepção do cortisol
(hormônio corticosteroide produzido pela glândula adrenal, envolvido no processo
alérgico e inflamatório) nos locais de ação, sem desencadear, entretanto, efeitos
secundários dos mesmos (LIMA, 2015).
A ação antinflamatória, atribuída à presença de grupos fenólicos em sua
molécula, se dá pela influência nas vias de inflamação, atuando negativamente na
ativação de fatores de transcrição relacionados ao processo inflamatório (entre eles
o NF-κB e o AP-1). Estes moduladores atuam de maneira crítica nas respostas
inflamatórias, mostrando-se responsáveis pela indução da expressão e secreção de
quimiocinas e citocinas, que atraem e ativam as células do sistema imunológico
(PINTÃO, 2008).
Além de inibir a ativação dos fatores NF-kB e AP-1, a curcumina também atua na
AÇÃO ANTIOXIDANTE
A produção contínua de radicais livres durante os processos metabólicos
levou ao desenvolvimento de muitos agentes antioxidantes, responsáveis pela
inibição e redução das lesões causadas pelos radicais livres nas células ao impedir
a indução de danos (BIANCHI, 1999).
A correta geração de espécies reativas possibilita a geração de energia
(produção de ATP – adenosina trifosfato), ativação de vários genes, apoptose,
coagulação e participam da imunidade inata e adaptativa (LANCHA JUNIOR, 1999).
A significativa ação antioxidante natural da cúrcuma age na proteção dos
componentes celulares processos oxidativos danosos, combatendo radicais livres,
ou seja, moléculas altamente reativas, que tendem a reagir com substâncias
orgânicas importantes como proteínas e ácidos graxos, provocando o desequilíbrio
entre a quantidade de compostos oxidantes e antioxidantes (COSTA, 2015). Este
efeito se deve à sua capacidade em sequestrar os radicais livres e inibir a
peroxidação lipídica, agindo na proteção das macromoléculas celulares, incluindo o
DNA, dos danos oxidativos e à sua capacidade em quelar metais como o ferro,
cobre e zinco, importantes agentes geradores de radicais livres (PINTÃO, 2008).
O processo oxidativo é um dos mecanismos intimamente relacionado ao
envelhecimento celular e a muitas doenças crônicas relacionadas com a idade, com
destaque para a doença de Alzheimer e Parkinson, assim como enfermidades do
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARABBI, P. R.. Alimentos Funcionais: aspectos gerais. Rev. Nutrire. São Paulo. V.
21. 2001.
BRUNELLI, A. C.. Pesquisa da Esalq indica que cúrcuma pode reduzir sintomas da
depressão. Jan. 2015. [NET] Disponível em: http://www5.usp.br/80952/pesquisa-da-
esalq-indica-que-curcuma-pode-reduzir-sintomas-da-depressao/ Acesso em: 05 de
dezembro de 2015.
LIMA, I. de S.. Princípio bioativo do açafrão da Índia. Jul. 2015. [NET] Disponível
em:
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Princ%C3%ADpio-Bioativo-Do-
A%C3%A7afr%C3%A3o-Da-%C3%8Dndia/75212056.html. Acesso em: 05 de
dezembro de 2015.
SILVA FILHO, C. R. M da. et. al.. Avaliação da bioatividade dos extratos de cúrcuma
(Curcuma longa L., Zingiberaceae) em Artemia salina e Biomphalaria glabrata. Rev.
Bras. Farmcogn. Bras. J. Pharmacogn. 19(4): Out./Dez. 2009.