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Projeto de Paisagismo Urbano 1
Projeto de Paisagismo Urbano 1
Projeto de Paisagismo Urbano 1
Paisagismo Urbano
Formação das Cidades e Origens do Paisagismo
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Formação das Cidades e
Origens do Paisagismo
OBJETIVO
DE APRENDIZADO
• Debater a formação das cidades e a contemporaneidade.
UNIDADE Formação das Cidades e Origens do Paisagismo
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Abraham Harold Maslow (1 de Abril de 1908, Nova Iorque — 8 de Junho de 1970, Califórnia) foi
um psicólogo americano, conhecido pela proposta Hierarquia de necessidades de Maslow. Maslow era o mais velho
de sete irmãos, de uma família judia do Brooklyn, Nova Iorque, Trabalhou no MIT, fundando o centro de pesquisa
National Laboratories for Group Dynamics. Fonte: Wikipédia, disponível em: <https://bit.ly/3qoWak9>.
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Como mencionado anteriormente, os assentamentos humanos datam de aproxima-
damente dez mil anos antes de Cristo, quando o homem desenvolve as práticas associa-
das à agricultura, que acontece na transição do período do Mesolítico para o período
Neolítico, última fase da pré-história. Outras práticas como a caça e a pesca, se funda-
mentam também como atividades coletivas, e, portanto, implicam a fixação do homem
ao território. O território aqui é entendido como uma área delimitada por acolher essas
práticas necessárias à sua sobrevivência.
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a outros elementos cosmológicos como Céu, Inferno, Verticalidade, Luz, Escuridão etc.
O centro da casa, assim como o centro da cidade, tem uma importância essencial, mui-
tas vezes, o centro das cidades é chamado de “coração”, em referência ao órgão vital do
ser humano, esse movimento de inserir, ou de se inserir no centro é comum a diversas
culturas. Na fundação de Roma, a lenda do “sulcus primigenius”, com a abertura de um
fosso circular, aparece para reforçar a ideia da centralidade do mundo. No centro de
Roma havia uma abertura – que simbolicamente representava o “umbigo da terra” ou o
“umbilicus mundi”, assim Roma está situada no centro do mundo.
Leia mais sobre a formação das cidades e suas relações com o “sagrado” no artigo – O sa-
grado e o urbano: Gênese e função das cidades, de Zeny Rosendahl para a revista Espaço
e Cultura n°2 – junho de 1996 – publicação da UERJ, disponível em: https://bit.ly/2OmE3y2
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templos e monumentos a vegetação compõe a paisagem aparentemente com a intenção
de reproduzir a natureza.
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Em 1898, o pré-urbanista inglês, Ebenezer Howard, publica “cidades-jardins de
amanhã”, descreve uma cidade utópica em que pessoas viviam harmonicamente juntas
com a natureza, preocupado com as péssimas condições de vida da cidade liberal.
Nos Estados Unidos, Frederick Law Olmsted, procura implantar os parques urbanos,
como elemento de planejamento urbano, inseridos na paisagem de maneira natural,
organizando os espaços por meio de uma rede de jardins e massas arbóreas destinadas
ao uso comum, pensamento contrário ao da privatização do espaço.
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O Paisagismo no Brasil
A chegada da família real portuguesa no Brasil em 1808 impulsionou a implantação de
passeios públicos, praças e parques, inicialmente na capital – Rio de Janeiro. Em junho
de 1808, foi implantado, por decisão de Dom João, príncipe regente, o Jardim Botânico
do Rio de Janeiro.
A cidade de São Paulo tinha pouca expressividade neste período – início do século XIX
– com praças malcuidadas e modestas, o que preponderava eram os jardins residenciais
com pequenos quintais para o cultivo de espécies frutíferas e criação de aves e animais
domésticos. São Paulo entra definitivamente no cenário político e econômico no final
do século XIX, com o ciclo do café já estabelecido e o surgimento de diversos palacetes,
criam-se espaços para jardins nos recuos frontais e laterais dessas propriedades.
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Roberto Burle Marx recebe grande influência da Bauhaus, e aplica técnicas das artes
plásticas no desenho da paisagem, desenvolve trabalhos em conjunto com os arquitetos
Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, e tem entre os seus métodos desenvolver pesquisas
de espécies nativas e aplicá-las em projeto. Em São Paulo, Roberto Coelho Cardozo
torna-se importante referência – trabalhou com Garret Eckbo e introduziu, na Facul-
dade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), a disciplina
de paisagismo.
Nos Projetos de Paisagismo Residencial ou Comercial, por exemplo, por estarem ge-
ralmente limitados ao lote, esses limites estarão pré-estabelecidos, cabendo ao projeto a
definição de como eles serão tratados. Em Projetos de Paisagismo Urbano, o espaço
projetado poderá ser maior e, portanto, esses cuidados também, entretanto, tanto para
áreas menores, como para grandes áreas, pode-se entender que manter a unidade do
projeto é um dos grandes desafios.
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a natureza, tendo, entre outros objetivos, o de melhorar a qualidade de vida das pessoas,
e buscando um maior equilíbrio do meio ambiente.
A preocupação com o meio ambiente começa a fazer parte das premissas dos proje-
tos de parques urbanos, é decorrente de estudos que se intensificaram a partir das déca-
das de 1960 e 1970, e promove uma reflexão sobre os recursos naturais sob a ótica da
sustentabilidade. Os primeiros parques urbanos foram criados para atender a questões
sanitárias potencializadas com o crescimento das populações das cidades.
Diversos autores, assim como Galinatti et al. (2019), separam e, mais ainda, concei-
tuam os elementos vegetais: árvores, arbustos e forrações, de maneira a possibilitar a
sistematização no âmbito do Projeto de Paisagismo, assim como os Manuais de Arbo-
rização Urbana irão contribuir para a organização e o desenvolvimento dos Projetos de
Paisagismo Urbano. As características físicas dos tipos de plantas contemplam, entre
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outras questões, forma, estrutura, porte cor etc. e, dessa forma, implicam na sua utili-
zação e aplicação.
De acordo com o dicionário on-line Dici2, a palavra árvore designa uma “planta le-
nhosa cujo caule, ou tronco, fixado no solo com raízes, é despido na base e carregado
de galhos e folhas na parte superior”.
A palavra arbusto está classificada pelo dicionário on-line Dicio como substantivo
masculino, e significa “planta perene, de caule lenhoso, menor que uma árvore”.
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Dicionário Online da Língua Portuguesa – Dicio, disponível em: https://www.dicio.com.br/
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Projeto de paisagismo I
GALINATTI, A. C. M.; GRABASCK, J. R.; SCOPEL, V. G. Projeto de paisagis-
mo I. Porto Alegre: Sagah, 2019. (e-book)
Teoria e história da arquitetura e urbanismo I
SCOPEL, V. G.; ALLEGRETTI, C. A. L.; WAGNER, J.; GIORA, T.; MANO, C.
M.; HUYER, A.. Teoria e história da arquitetura e urbanismo I. Porto Alegre:
Sagah, 2018. (e-book)
O sagrado e o profano
ELIADE, M. O sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
Leitura
Espécies mais freqüentes na arborização de Porto Alegre
https://bit.ly/2O61lZd
Jardim Francês
https://bit.ly/3bhN4l4
Jardim Inglês
https://bit.ly/30uo3wV
Manual de Arborização Urbana
https://bit.ly/3c4HsJV
Manual Para Elaboração do Plano Municipal de Arborização Urbana
https://bit.ly/3rnnmku
Manual Técnico de Arborização Urbana – Prefeitura de São Paulo
https://bit.ly/3bifLOA
Plano Diretor de Arborização Urbana do Rio de Janeiro
https://bit.ly/3kWER9a
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Referências
CASTRO, A. A. Características plásticas e botânicas das plantas ornamentais. São
Paulo: Erica, 2014. (e-book)
DEL RIO, V. Desenho urbano contemporâneo no Brasil. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
ISBN 978- 85-216-2466-0. (e-book)
SCOPEL, V. G.; ALLEGRETTI, C. A. L.; WAGNER, J.; GIORA, T.; MANO, C. M.; HUYER,
A. Teoria e história da arquitetura e urbanismo I. Porto Alegre: Sagah, 2018. (e-book)
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