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História Do Cristianismo
História Do Cristianismo
História Do Cristianismo
Expedito José
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
Até os 30 anos Jesus viveu anônimo em Nazaré, cidade situada no norte do atual
Israel. Aos 33 anos seria crucificado em Jerusalém e ressuscitaria três dias depois. Em
pouco tempo, aproximadamente três anos, reuniu seguidores (os 12 apóstolos) e
percorreu a região pregando sua doutrina e fazendo milagres, como ressuscitar pessoas
mortas e curar cegos, logo tornou-se conhecido de todos e grandes multidões o seguiam.
Mas, para as autoridades religiosas judaicas ele era um blasfemo, pois autodenominava-
se o Messias. Não tinha aparência e poder para ser o o líder que libertaria a região da
dominação romana. Ele apenas pregava paz, amor ao próximo. Para os romanos, era um
agitador popular.
Após ser preso e morto, a tendência era de que seus seguidores se dispersassem e
seus ensinamentos fossem esquecidos. Ocorreu o contrário. É justamente nesse fato que
se assenta a fé cristã. Como haviam antecipado os profetas no Antigo Testamento,
Cristo ressuscitou, apareceu a seus apóstolos (Apóstolo quer dizer enviado.) que
estavam escondidos e ordenou que se espalhassem pelo mundo pregando sua mensagem
de amor, paz, restauração e salvação.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
O cristianismo firmou-se como uma religião de origem divina. Seu fundador era
o próprio filho de Deus, enviado como salvador e construtor da história junto com o
homem. Ser cristão, portanto, seria engajar-se na obra redentora de Cristo, tendo como
base a fé em seus ensinamentos. Rapidamente, a doutrina cristã se espalhou pela região
do Mediterrâneo e chegou ao coração do império romano.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
1) Circuncisão - De acordo com a lei judaica, ele foi circuncidado ao oitavo dia e
recebeu o nome de Jesus (Lc 2.21).
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4) Fuga para o Egito - Deus disse a José que fugisse para o Egito com toda a família.
Após a morte de Herodes, José voltou, e fixou residência em Nazaré.
5) Visita ao Templo - Quando tinha aproximadamente 12 anos (Lc 2.41-52) foi com os
pais ao templo em Jerusalém e oferecer sacrifício. Enquanto estava ali, Jesus
conversou com os dirigentes religiosos sobre a fé judaica. Ele revelou extraordinária
compreensão do verdadeiro Deus, e suas respostas deixaram-nos admirados. Mais tarde,
de volta para casa, os pais de Jesus notaram a sua ausência. Encontraram-no no templo,
ainda conversando com os especialistas judaicos.
A Bíblia cala-se até ao ponto em que nos apresenta os acontecimentos que deram início
ao ministério de Jesus, tendo ele cerca de trinta anos. Primeiro vemos João Batista
deixando o deserto e pregando nas cidades ao longo do rio Jordão, instando com o povo
a que se preparasse para receber o Messias (Lc 3.3-9). João nasceu no seio de uma
família piedosa e cresceu para amar e servir fielmente a Deus. Deus falava por meio de
João, e multidões acudiam para ouvi-lo pregar. Dizia-lhes que se voltassem para Deus e
começassem a obedecer-lhe. Ao ver Jesus, ele anunciou que este homem era o
"...Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29). João batizou a Jesus; e ao
sair Jesus das águas, Deus enviou o Espírito Santo em forma de pomba, que pousou
sobre ele.
O Espírito Santo guiou Jesus ao deserto, e aí ele permaneceu sem alimentar-se durante
quarenta dias. Enquanto ele se encontrava nessa situação de enfraquecimento, o diabo
veio e procurou tentá-lo de vários modos. Jesus recusou as propostas do diabo e
ordenou que ele se retirasse. Então vieram anjos que o alimentaram e confortaram.
A princípio Jesus tinha a estima do povo. Na região do mar da Galiléia ele foi a uma
festa de casamento e transformou água em vinho. este foi o primeiro de seus milagres
que a Bíblia menciona. Este milagre, da mesma forma que os últimos, demonstrou que
ele era verdadeiramente Deus. Da Galiléia ele foi para Jerusalém onde expulsou do
templo um grupo de religiosos vendedores ambulantes. Pela primeira vez ele asseverou
de público sua autoridade sobre a vida religiosa do povo, o que fez que muitos
dirigentes religiosos se voltassem contra ele.
Um desses dirigentes, Nicodemos, viu que Jesus ensinava a verdade acerca de Deus.
Certa noite ele foi ter com Jesus e lhe perguntou como poderia entrar no reino de Deus,
que é o reino de redenção e salvação. (Jo 3.3)
Quando João Batista começou a pregar e atrair grandes multidões na Judéia, Jesus
voltou para a Galiléia. Aí ele operou muitos milagres e grandes multidões o cercavam.
Infelizmente, as multidões estavam mais interessadas nos seus milagres do que nos seus
ensinos.
Não obstante, Jesus continuou ensinando. Ele entrava nos lares, participava das festas
públicas, e adorava com os outros judeus em suas sinagogas. Denunciou os dirigentes
religiosos do seu tempo porque exibiam uma fé hipócrita. Ele não rejeitou a religião
formal deles; pelo contrário, Jesus respeitava o templo e a adoração que aí se prestava
(Mt 5.17-18). Mas os fariseus e outros dirigentes não viram nele o Messias e não
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cuidaram de ser salvos do pecado. Além do mais, não satisfeitos com o que Deus lhes
revelara no AT, continuaram fazendo-lhe acréscimos e revisando-o. Acreditavam que
sua versão das Escrituras, examinada nos seus mínimos detalhes, dava-lhes a única
religião verdadeira. Jesus chamou-os de volta às primitivas palavras de Deus. Ele era
cuidadoso na sua forma de citar as Escrituras, e incitava seus seguidores a entendê-las
melhor. Ensinava que o conhecimento básico das Escrituras mostraria que a vontade de
Deus era que as pessoas fosse salvas mediante a fé nele.
Perto da Galiléia, Jesus operou seu mais surpreendente milagre até então. Tomou sete
pães e dois peixes, abençoou-os e partiu-os em pedaços suficientes para alimentar
quatro mil pessoas! Mas este milagre não atraiu mais gente à fé em Jesus; na verdade, as
pessoas se retiraram porque não podiam imaginar por que e como ele queria que elas
"comessem" seu corpo e "bebessem" seu sangue ( Jo 6.52-66).
Os doze discípulos, porém, permaneceram fiéis, e ele começou a concentrar seus
esforços em prepará-los. Cada vez mais ensinava- lhes acerca de sua futura morte e
ressurreição, explicando-lhes que eles também sofreriam a morte se continuassem a
segui-lo.
Esta atitude de Jesus o leva ao fim da sua vida na terra. Judas Iscariotes, um dos doze,
traiu-o, entregando-o aos líderes de Jerusalém, que lhe eram hostis, e eles pregaram
Jesus numa cruz de madeira entre criminosos comuns. Mas ele ressuscitou e apareceu a
muitos de seus seguidores, exatamente como havia prometido, e deu instruções finais
aos seus discípulos mais íntimos. Enquanto o observavam subir ao céu, apareceu um
anjo e disse que eles os veriam voltar do mesmo modo. Em outras palavras, ele voltaria
de modo visível e em seu corpo físico.
A palavra igreja vem do grego ekklesia, que tem origem em kaleo ("chamo ou
convosco"). Na literatura secular, ekklesia referia-se a uma assembléia de pessoas, mas
no Novo Testamento (NT) a palavra tem sentido mais especializado. A literatura secular
podia usar a apalavra ekklesia para denotar um levante, um comício, uma orgia ou uma
reunião para qualquer outra finalidade. Mas o NT emprega ekklesia com referência à
reunião de crentes cristãos para adorar a Cristo.
Que é a igreja? Que pessoas constituem esta "reunião"? Que é que Paulo pretende dizer
quando chama a igreja de "corpo de Cristo"?
Para responder plenamente a essas perguntas, precisamos entender o contexto social e
histórico da igreja do NT. A igreja primitiva surgiu no cruzamento das culturas
hebraicas e helenística.
Fundada a Igreja
Quarenta dias depois de sua ressurreição, Jesus deu instruções finais aos discípulos e
ascendeu ao céu (At 1.1-11). Os discípulos voltaram a Jerusalém e se recolheram
durante alguns dias para jejum e oração, aguardando o ES, o qual Jesus disse que viria.
Cerca de 120 pessoas seguidores de Jesus aguardavam.
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Cinqüenta dias após a Páscoa, no dia de Pentecoste, um som como um vento impetuoso
encheu a casa onde o grupo se reunia. Línguas de fogo pousaram sobre cada um deles e
começaram a falar em línguas diferente da sua conforme o Espírito Santo os capacitava.
Os visitantes estrangeiros ficaram surpresos ao ouvir os discípulo falando em suas
próprias línguas. Alguns zombaram, dizendo que deviam estar embriagados (At 2.13).
Mas Pedro fez calar a multidão e explicou que estavam dando testemunho do
derramamento do Espírito Santo predito pelos profetas do Antigo Testamento (AT) (At
2.16-21; Jl 2.28-32). Alguns dos observadores estrangeiros perguntaram o que deviam
fazer para receber o Espírito Santo. Pedro disse: " Arrependei-vos, e cada um de vós
seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão dos vossos pecados, e recebereis o
dom do Espírito Santo " (At 2.38). Cerca de 3 mil pessoas aceitaram a Cristo como seu
Salvador naquele dia (Atos 2.41).
Durante alguns anos Jerusalém foi o centro da igreja. Muitos judeus acreditavam que os
seguidores de Jesus eram apenas outra seita do judaísmo. Suspeitavam que os cristãos
estavam tentando começar um nova "religião de mistério" em torno de Jesus de Nazaré.
É verdade que muitos dos cristãos primitivos continuaram a cultuar no templo (At 3.1) e
alguns insistiam em que os convertidos gentios deviam ser circuncidados (At 15). Mas
os dirigentes judeus logo perceberam que os cristãos eram mais do que uma seita. Jesus
havia dito aos judeus que Deus faria uma Nova Aliança com aqueles que lhe fossem
fiéis (Mt 16.18); ele havia selado esta aliança com seu próprio sangue (Lc 22.20). De
modo que os cristãos primitivos proclamavam com ousadia haverem herdados os
privilégios que Israel conhecera outrora. Não eram simplesmente uma parte de Israel -
eram o novo Israel (Ap 3.12; 21.2; Mt 26.28; Hb 8.8; 9.15). "Os líderes judeus tinham
um medo de arrepiar, porque este novo e estranho ensino não era um judaísmo estreito,
mas fundia o privilégio de Israel na alta revelação de um só Pai de todos os homens."
(Henry Melvill Gwatkin, Early Church History, pag 18).
a) A Comunidade de Jerusalém.
Os primeiros cristãos formavam uma comunidade estreitamente unida em Jerusalém
após o dia de Pentecoste. Esperavam que Cristo voltasse muito em breve.
Os cristãos de Jerusalém repartiam todos os seus bens materiais (At 2.44-45). Muitos
vendiam suas propriedades e davam à igreja o produto da venda, a qual distribuía esses
recursos entre o grupo ( At 4.34-35).
Os cristãos de Jerusalém ainda iam ao templo para orar (At 2.46), mas começaram a
partilhar a Ceia do Senhor em seus próprios lares (At 2.42-46). Esta refeição simbólica
trazia-lhes à mente sua nova aliança com Deus, a qual Jesus havia feito sacrificando seu
próprio corpo e sangue.
Deus operava milagres de cura por intermédio desses primeiros cristãos. Pessoas
enfermas reuniam-se no templo de sorte que os apóstolo pudessem tocá-las em seu
caminho para a oração (At 5.12-16). Esses milagres convenceram muitos de que os
cristãos estavam verdadeiramente servindo a Deus. As autoridades do templo, num
esforço por suprimir o interesse das pessoas na nova religião, prenderam os apóstolos.
Mas Deus enviou um anjo para libertá-los (At 5.17-20), o que provocou mais excitação.
A igreja crescia com tanta rapidez que os apóstolos tiveram de nomear sete homens para
distribuir víveres às viúvas necessitadas. O dirigente desses homens era Estevão,
"homem cheio de fé e do Espírito Santo" (At 6.5). Aqui vemos o começo do governo
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cristãos concentraram seus ensinos na Pessoa e obra de Jesus Cristo. Declararam que ele
era o servo impecável e Filho de Deus que havia dado sua vida para expiar os pecados
de todas as pessoas que depositavam sua confiança nele (Rm 5.8-10). Ele era aquele a
quem Deus ressuscitou dos mortos para derrotar o poder do pecado (Rm 4.24-25; 1Co 15.17).
Mas o tempo em que Paulo escreveu suas cartas às igrejas, os cristãos reconheciam a
necessidade de organizar o seu trabalho. O NT não nos dá um quadro pormenorizado
deste governo da igreja primitiva. Evidentemente, um ou mais presbíteros presidiam os
negócios de cada congregação (Rm 12.6-8; 1Ts 5.12; Hb 13.7,17,24), exatamente como
os anciãos faziam nas sinagogas judaicas. Esses anciãos (ou presbíteros) eram
escolhidos pelo Espírito Santo (At 20.28), mas os apóstolos os nomeavam (At 14.23).
Por conseguinte, o Espírito Santo trabalhava por meio dos apóstolos ordenando líderes
pra o ministério. Alguns ministros chamados evangelistas parecem ter viajado de uma
congregação para outra, como faziam os apóstolos. Seu título significa "homens que
manuseiam o evangelho". Alguns têm achado que eram todos representantes pessoais
dos apóstolos, como Timóteo o foi de Paulo; outros supõem que obtiveram esse nome
por manifestarem um dom especial de evangelização. Os anciãos assumiam os deveres
pastorais normais entre as visitas desses evangelistas.
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Crêem os eruditos que os primeiros cristãos adoravam nas noites de domingo, e que seu
culto girava em torno da Ceia do Senhor. Mas nalgum ponto os cristãos começavam a
manter dois cultos de adoração no domingo, conforme descreve Justino Mártir - um
bem cedo de manhã e outro ao entardecer. As horas eram escolhidas por questão de
segredo e para atender às pessoas trabalhadoras que não podiam comparecer aos cultos
de adoração durante o dia.
- Ordem do Culto - Geralmente o culto matutino era uma ocasião de louvor, oração e
pregação. O serviço improvisado de adoração dos cristãos no Dia de Pentecoste sugere
um padrão de adoração que podia ter sido geralmente adotado. Primeiro, Pedro leu as
Escrituras. Depois pregou um sermão que aplicou as Escrituras à situação presente dos
adoradores (At 2.14-36). As pessoas que aceitavam a Cristo eram batizadas, seguindo o
exemplo do próprio Senhor. Os adoradores participavam dos cânticos, dos testemunhos
ou de palavras de exortação (1Co 14.26).
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- O Corpo de Cristo - Paulo descreve a igreja como "um só corpo em Cristo" (Rm 12.5)
e "seu corpo" (Ef 1.23). Em outras palavras, a igreja encerra numa comunhão única de
vida divina todos os que são unidos a Cristo pelo Espírito Santo mediante a fé. Esses
participam da ressurreição (Rm 6.8), e são a um tempo chamados e capacitados para
continuar seu ministério de servir e sofrer para abençoar a outros (1Co 12.14-26). Estão
ligados numa comunidade que personifica o reino de Deus no mundo. Pelo fato de
estarem ligados a outros cristãos, essas pessoas entendiam que o que faziam com seus
próprios corpos e capacidades era muito importante (Rm 12.1; 1Co 6.13-19; 2Co 5.10).
Entendiam que as várias raças e classes tornam-se uma em Cristo (1Co 12.3; Ef 2.14-
22), e deviam aceitar-se e amar-se uns aos outros de um modo que revelasse tal
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As várias imagens que o NT apresenta da igreja acentuam que o Espírito Santo a dota de
poder e determina a sua direção. Os membros da igreja participam de uma tarefa
comum e de um destino comum sob a orientação do Espírito.
A igreja é uma entidade viva e ativa. Ela participa dos negócios deste mundo;
demonstra o modo de vida que Deus tenciona para todas as pessoas, e proclamam a
Palavra de Deus para a era presente. A unidade e a pureza espirituais da igreja estão em
nítido contraste com a inimizade e a corrupção do mundo. É responsabilidade da igreja
em todas as congregações particulares mediante as quais ela se torna visível, praticar a
unidade, o amor e cuidado de um modo que mostre que Cristo vive verdadeiramente
naqueles que são membros do seu corpo, de sorte que a vida deles é a vida de Cristo
neles.
a) Em Jerusalém;
b) De Jerusalém para a Judéia, Samaria e região.
c) De Antioquia até Roma.
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ao céu. Ele disse aos discípulos: "...ao descer sobre vós o ES, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins
da terra" (At 1.8). Esse era o plano de Jesus para evangelizar o mundo.
Poucos dias mais tarde os discípulos substituíram Judas, que se havia matado depois de
trair a Jesus. Escolheram a Matias para completar o grupo dos doze.
Então o Cristo ressurreto deu à igreja seu Espírito Santo, que capacitou os cristãos a
cumprirem a tarefa de âmbito mundial (At 1.8).
Pedro falou à igreja no dia de Pentecoste, revelando a importância de Cristo como
Senhor da salvação (At 2.14-40). O ES revestiu a igreja de poder para operar sinais e
maravilhas que confirmavam a veracidade dessa mensagem (At 2.43). Especialmente
significativa foi a cura de um mendigo operado pelos apóstolos à porta do templo ( At
3.1-10), o que colocou os apóstolos em conflito com as autoridades judaicas.
A igreja mantinha estreita comunhão entre seus membros. Compartilhavam as refeições
em seus lares; também adoravam juntos e repartiam os seus bens (At 2.44-46; 4.32-34).
À medida que a igreja continuava a crescer, as autoridades governamentais começara a
perseguir abertamente os cristãos. Pedro e alguns dos apóstolos foram presos, mas um
anjo os libertou; convocados perante as autoridades, estas lhes deram ordens de parar
com a pregação a respeito de Jesus (At 5.17-29). Os cristãos, porém, recusaram-se a
obedecer; continuaram pregando, muito embora as autoridades religiosas os
espancassem e os laçassem na prisão diversas vezes.
A igreja crescia com tanta rapidez que os apóstolos precisaram de auxílio em algumas
questões práticas de administração eclesiástica, principalmente no atendimento às
viúvas. Para a execução desta tarefa ordenaram sete diáconos.
Devemos notar também que o ministério de Pedro, que foi especialmente marcado por
milagres. Em Lida ele curou um homem chamado Enéias (At 9.32-35). Em Jope, Deus
o usou para ressuscitar Dorcas (At 9.36-42). Por fim, recebeu de Deus uma visão que o
convocava para Cesaréia, onde apresentou o evangelho aos gentios (At 10.9-48). Ele foi
o líder máximo dos apóstolos e seu ministério reanimou o entusiasmo da igreja
primitiva. Apóstolo era uma pessoa a quem Cristo havia escolhido para um treinamento
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Mais tarde, surgiu na igreja uma séria divergência. Alguns cristãos argumentavam que
os gentios convertidos tinha de observar as leis do AT, de modo especial a da
circuncisão. O problema foi levado perante o concílio da igreja de Antioquia e de
Jerusalém. Deus dirigiu esse concílio (reunido em Jerusalém) para declarar que os
gentios não tinham de guarda a Lei a fim de serem salvos. Mas instruíram aos novos
conversos a que se abstivessem de comer coisas sacrificadas aos ídolos, sangue e
animais sufocados (At 15.1-29), para não escandalizarem os judeus. O concílio enviou
uma carta a Antioquia; a igreja leu-a e a aceitou com sendo a vontade de Deus.
Não demorou muito, Paulo resolveu visitar todas as igrejas que ele e Barnabé haviam
estabelecido na primeira viagem missionária. E assim teve início a segunda viagem
missionária (At 15.40-41), desta vez em companhia de Silas. Observe-se,
especialmente, a visão que Deus deu a Paulo em Trôade, convocando-os para a
Macedônia (At 16.9-10). Na Macedônia eles conduziram à fé pessoas "tementes a
Deus" (gentios que criam em Deus) e também judeus.
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De Éfeso, ele foi para a Macedônia e, finalmente, voltou a Filipos. Depois de uma breve
estada nesta cidade, ele viajou para Trôade, onde um jovem chamado Êutico pegou no
sono durante o sermão de Paulo e caiu de uma janela do terceiro andar, sendo dado por
morto. Deus operou por meio de Paulo para trazer Êutico de volta à vida (At 20.7-12).
Dali os missionários foram para Cesaréia, passando por Mileto. Em Cesaréia o profeta
Ágabo predisse o perigo que aguardava a Paulo em Jerusalém; ali ele enfrentou
dificuldades e prisão. A Bíblia registra um discurso que ele fez ali em defesa de sua fé
(At 22.1-21). Finalmente, as autoridades religiosas conseguiram enviá-lo para Roma a
fim de ser julgado. A caminho, o navio que o transportava naufragou na ilha de Malta.
Aqui foi picado por uma cobra venenosa, mas não sofreu dano algum (At 28.7-8).
Depois de passar três meses em Malta, ele e seus guardas navegaram para Roma.
O Livro de Atos encerra com as atividades de Paulo em Roma. Lemos que ele pregou
aos principais judeus (At 28.17-20). Durante dois anos morou numa casa alugada,
continuando a pregar às pessoas que o visitavam (At 28.30-31).
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1) André;
2) Bartolomeu (Natanael);
3) Tiago (Filho de Alfeu);
4) Tiago (Filho de Zebedeu);
5) João;
6) Judas (não o iscariotes);
7) Judas Iscariotes;
8) Mateus;
9) Filipe;
10) Simão Pedro;
11) Simão Zelote;
12) Tomé;
13) Matias (Substituindo a Judas)
1) André - No dia seguinte àquele em que João Batista viu o ES descer sobre Jesus, ele
o apontou para dois de seus discípulos, e disse: "Eis o Cordeiro de Deus" (Jo 1.36).
Movidos de curiosidade, os dois deixaram João e começaram a seguir a Jesus. Jesus
notou a presença deles e perguntou-lhes o que buscavam. Responderam: "Rabi, onde
assistes?" Jesus levou-os à casa onde ele se hospedava e passaram a noite com ele. Um
desses homens chamava-se André (Jo 1.38-40). André foi logo à procura de seu
irmão, Simão Pedro, a quem disse: "Achamos o Messias..." (Jo 1.41). Por seu
testemunho, ele ganhou Pedro para o Senhor.
André é tradução do grego Andreas, que significa "varonil". Outras pistas do
Evangelhos indicam que André era fisicamente forte, e homem devoto e fiel. Ele e
Pedro eram donos de uma casa (Mc 1.29) Eram filhos de um homem chamado Jonas ou
João, um próspero pescador. Ambos os jovens haviam seguido o pai no negócio da
pesca. Eram Pescadores.
André nasceu em Betsaida, nas praias do norte do mar da Galiléia. Embora o Evangelho
de João descreva o primeiro encontro dele com Jesus, não o menciona como discípulo
até muito mais tarde (Jo 6.8). O Evangelho de Mateus diz que quando Jesus caminha
junto ao mar da Galiléia, ele saudou a André e a Pedro e os convidou para se tornarem
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
discípulos (Mt 4.18,19). Isto não contradiz a narrativa de João; simplesmente acrescenta
um aspecto novo. Uma leitura atenta de João 1.35-40 mostra-nos que Jesus não chamou
André e a Pedro para seguí-lo quando se encontraram pela primeira vez.
André e outro discípulo chamado Filipe apresentaram a Jesus um grupo de gregos (Jo
12.20-22). Por este motivo podemos dizer que eles foram os primeiros missionários
estrangeiros da fé cristã.
Diz a tradição que André viveu seus últimos dias na Cítia, ao norte do mar negro. Mas
um livreto intitulado: Atos de André (provavelmente escrito por volta do ano 260 dC)
diz que ele pregou primariamente na Macedônia e foi martirizado em Patras. Diz ainda,
que ele foi crucificado numa cruz em forma de "X", símbolo religioso conhecido como
Cruz de Sto André.
4) Tiago - Filho de Zebedeu - Depois que Jesus convocou a Simão Pedro e a seu irmão
André, ele caminhou um pouco mais ao longo da praia da Galiléia e convidou a "Tiago,
filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes" (Mc
1.19). Tiago e seu irmão responderam imediatamente ao chamado de Cristo. Ele foi o
primeiro dos doze a sofrer a morte de mártir. O rei Herodes Agripa I ordenou que ele
fosse executado ao fio da espada (At 12.2). A tradição diz que isto ocorreu no ano 44
dC, quando ele seria ainda bem moço.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
Os Evangelhos nunca mencionam Tiago sozinho; sempre falam de "Tiago e João". Até
no registro de sua morte, o livro de Atos refere-se a ele como "Tiago, irmão de João"
(At 12.2) Eles começaram a seguir a Jesus no mesmo dia, e ambos estiveram presentes
na Transfiguração (Mc 9.2-13). Jesus chamou a ambos de "filhos do trovão" (Mc 3.17).
A perseguição que tirou a vida de Tiago infundiu novo fervor entre os cristãos (At 12.5-
25). Herodes Agripa esperava sufocar o movimentos cristão executando líderes como
Tiago. "Entretanto a Palavra do Senhor crescia e se multiplicava" (At 12.24).
As tradições afirmam que ele foi o primeiro missionário cristão na Espanha.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
Diz a tradição que ele cuidou da mãe de Jesus enquanto pastoreou a congregação em
Éfeso, e que ela morreu ali. Preso, foi levado a Roma e exilado na Ilha de Patmos.
Acredita-se que ele viveu até avançada idade, e seu corpo foi devolvido a Éfeso para
sepultamento
6) Judas - Não o Iscariotes - João refere-se a um dos discípulos como "Judas, não o
Iscariotes" (Jo 14.22). Não é fácil determinar a identidade desse homem.
O NT refere-se a diversos homens com o nome de Judas - Judas Iscariotes; Judas, irmão
de Jesus (Mt 13.55; Mc 6.3); Judas, o galileu (At 5.37) e Judas, não o Iscariotes.
7) Judas Iscariotes - Todos os Evangelhos colocam Judas Iscariotes no fim da lista dos
discípulos de Jesus. Sem dúvida alguma isso reflete a má fama de Judas como traidor de
Jesus. A Palavra aramaica Iscariotes literalmente significa "homem de Queriote".
Queriote era uma cidade próxima a Hebrom (Js 15.25). Contudo, João diz-nos que
Judas era filho de Simão (Jo 6.71). Se Judas era, de fato, natural desta cidade, dentre os
discípulos, ele era o único procedente da Judéia. Os habitantes da Judéia desprezavam o
povo da Galiléia como rudes colonizadores de fronteira. Essa atitude pode ter alienado
Judas Iscariotes dos demais discípulos.
Os Evangelhos não nos dizem exatamente quando Jesus chamou Judas pra juntar-se ao
grupo de seus seguidores. Talvez tenha sido nos primeiros dias, quando Jesus chamou
tantos outros (Mt 4.18-22). Judas funcionava como tesoureiro dos discípulos, e pelo
menos em uma ocasião ele manifestou uma atitude sovina para com o trabalho. Foi
quando uma mulher por nome Maria derramou ungüento precioso sobre os pés de Jesus.
Judas reclamou: "Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários, e não se
deu aos pobres?" (Jo 12.5). No versículo seguinte João comenta que Judas disse isto
"não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão."Enquanto os discípulos
participavam de sua última refeição com Jesus, o Senhor revelou saber que estava
prestes a ser traído e indicou Judas como o criminoso. Disse ele a Judas: "O que
pretendes fazer, faze-o depressa" (Jo 13.27). Todavia, os demais discípulos não
suspeitavam do que Judas estava prestes a fazer. João relata que "como Judas era quem
trazia a bolsa, pensaram alguns que Jesus lhe dissera: Compra o que precisamos para a
festa da Páscoa..." (Jo 13.28-29).
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
Judas traiu o Senhor Jesus, influenciado ou inspirado pelo maligno ( Lc 22.3; Jo 13.27).
Tocado pelo remorso, Judas procurou devolver o dinheiro aos captores de Jesus e
enforcou-se. (Mt 27.5)
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13) Matias - Substituto de Judas Iscariotes - Após a morte de Judas, Pedro propôs que
os discípulos escolhessem alguém para substituir o traidor. O discurso de Pedro
esboçava certas qualificações para o novo apóstolo ( At 1.15-22). O apóstolo tinha de
conhecer a Jesus "começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi
levado às alturas". Tinha de ser também, "testemunha conosco de sua ressurreição" (At
1.22).
Os apóstolos encontraram dois homens que satisfaziam as qualificações: José,
cognominado Justo, e Matias (At 1.23). Lançaram sortes para decidir a questão e a sorte
recaiu sobre Matias.
O nome Matias é uma variante do hebraico Matatias, que significa "dom de Deus".
Infelizmente, a Bíblia nada diz a respeito do ministério de Matias.
OS PAIS DA IGREJA
Pais Apostólicos - Discípulos dos apóstolos. Para ser um Pai Apostólico eram
necessários: Erudição, santidade de vida, doutrina ortodoxa, aprovação da igreja e
Antigüidade.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
- Mudança entre o Novo Testamento e os escritos dos Pais;
Clemente de Roma
Doutrinas:
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
Epístola de Barnabé
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
Pastor de Hermas
- Pastor = Anjo
- Carta que mais se aproximou do Cânon bíblico;
- Irineu, Clemente de Alexandria, Orígenes, Atanásio: aceitaram de início como
escritura
- Conteúdo vindo de uma série de visões dados por um anjo a Hermas;
- Proíbe rigorosamente um novo casamento depois do divórcio por qualquer motivo que
seja;
- Sugere que é melhor para o cristão, casado ou não, abster-se totalmente de sexo;
- Modo de vida = rigoroso, “puritano” e quase ascético;
- Perdão só uma vez após o batismo – costume dos irmãos mais fracos, batizar apenas
quando a morte estiver próxima;
- Convertido em 130 – foi para Éfeso e depois Roma, onde fundou a escola de filosofia
cristã.
- Obras: 2 apologias
- 1ª Apologia – (150) Destinada ao Imperador. Argumenta que os cristãos não são ateus,
nem contrários ao Estado. Justifica o cristianismo dizendo que este cumpriu as profecias
perfeitamente.
- 2ª Apologia – Ao Senado Romano. Resposta a ataques / Diálogo com Trifão(rabino
judeu) – Controvérsia com o judaísmo; conta sua conversão (visa a evangelização);
argumenta pela caducidade da lei; cristianismo lei definitiva, profecias se cumprem em
Cristo; Jesus é divino
- Cristologia: é distinto do Pai, contudo da mesma substância; é mediador, cria e
governa tudo o que é bom.
Taciano
Teófilo de Antioquia
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
Pais Anti-Gnósticos
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
- Obra Philosphoumena (refutação a todas as heresias);
A história da Igreja de Deus tem sido sempre, desde a era apostólica até o presente, a
história da graça divina no meio dos erros dos homens. Muitas vezes se tem dito isso, e
qualquer pessoa que examine essa história com atenção não pode deixar de se
convencer que assim é.
Lendo as Epístolas do Novo Testamento vemos que mesmo nos tempos apostólicos o
erro se manifestou, e que a inimizade, as contendas, as iras, as brigas e as discórdias,
com outros males, tinham apagado o amor no coração de muitos crentes verdadeiros.
Deixaram as suas primeiras obras e o seu primeiro amor e alguns que tinham
principiado pelo espírito, procuravam depois ser aperfeiçoados pela carne.
Mas havia muito mais do que isso. Não somente existiam alguns verdadeiros crentes em
cujas vidas se viam muitas irregularidades, e que procuravam, pelas suas palavras, atrair
discípulos a si, como também havia outros que não eram de modo algum cristãos, mas
que entraram despercebidamente entre os irmãos, semeando ali a discórdia. Isto
descreve o estado de coisas a que se referem os primeiros versículos do capítulo dois de
Apocalipse, na carta escrita ao anjo da igreja em Éfeso.
TEMPOS DE PERSEGUIÇÃO
Porém estava para chegar um tempo de perseguição para a Igreja, e isso foi permitido
pelo Senhor, na sua graça, a fim de que se pudessem distinguir os fiéis.
Esta perseguição, instigada pelo imperador romano Nero, foi a primeira das dez
perseguições gerais que continuaram, quase sem interrupção, durante três séculos.
"Por que razão permite Deus que o seu povo amado sofra assim?"Muitas vezes se tem
feito esta pergunta, e a resposta é simples: é porque Ele ama esse povo. Podia haver, e
sem dúvida há, outras razões, porém a principal é esta - Ele o ama. "Porque o Senhor
corrige o que ama ' e se o coração se desviar, tornar-se-á necessária a disciplina.
Com que facilidade o mal se liga, mesmo ao melhor dos homens! Mas, na fornalha da
aflição, a escória separa-se do metal precioso, sendo aquela consumida. Ainda mais,
quando suportamos a correção de Deus, Ele nos trata como filhos; e se sofremos com
paciência, cada provocação pela qual Ele nos faz passar dará em resultado mais uma
bênção para a nossa alma. Tal experiência não nos é agradável, nem seria uma
provocação se o fosse, porém, à noite de tristeza sucede a manhã de alegria, e dizemos
com o salmista Davi: "Foi bom para mim, ter sofrido aflição".
Mas Deus permite, algumas vezes, que a malvadez leve o homem muito longe em
perseguir os cristãos, a fim de ficar manifestado o que está no seu coração, e por isso
não é de estranhar que na alma do cristão que não tem apreciado esta verdade se
levantem dúvidas e dificuldades, e que comece a queixar-se de o caminho ser custoso, e
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
da mão do opressor ser pesada sobre ele. 8
O Senhor porém não nos deixa na Terra para nós nos queixarmos das dificuldades, nem
para recuarmos diante da ira dos homens: temos de servir ao Mestre e resistir ao
inimigo, porém é somente quando estamos fortalecidos no Senhor e na força do seu
poder que podemos prestar esse serviço, ou resistir efetivamente a esse inimigo.
Esta história pretende indicar quão dignamente se fez isto nos tempos passados, porém
se quisermos compreender a maneira como Deus tem tratado o seu povo, sempre nos
devemos lembrar de que a milícia cristã é diferente de qualquer outra, e que uma parte
da sua resistência é o sofrer.
As armas da nossa milícia não são carnais, mas sim espirituais, e o cristão que se serve
de armas carnais mostra sem dúvida que não aprecia o caráter do verdadeiro crente. Não
pode ter apreciado com inteligência espiritual o caminho do seu Senhor, ou
compreendido o sentido das suas palavras: "O meu reino não é deste mundo; se o meu
reino fosse deste mundo pelejariam os meus servos".
A igreja militante é uma igreja que sofre, mas se empregar as armas carnais, deixa na
verdade de combater.
No ousado e santo Estêvão temos um exemplo do verdadeiro crente militante. Foi ele o
primeiro mártir cristão. E que grande vitória ele ganhou para a causa de Cristo quando
morreu pedindo ao Senhor pelos seus perseguidores! Davi, séculos antes da era cristã,
disse: "O justo se alegrará quando vir a vingança : lavará os seus pés no sangue do
ímpio", porém Estêvão, que viveu na época cristã, orou:"Senhor, não lhes imputes este
pecado". Isto foi um exemplo da verdadeira milícia cristã.
A primeira onda da perseguição geral que veio sobre a igreja fez-se sentir no ano 64, no
reinado do imperador Nero, que tinha governado já com uma certa tolerância durante
nove anos.
Neste tempo, o assassinato de sua mãe, e a sua indiferença brutal depois de ter praticado
aquele crime tão monstruoso, mostrou claramente a sua natural disposição, e indicou ao
povo aquilo que havia de esperar dele. Desgraçadamente, as tristes apreensões que
muitos tinham a seu respeito tornaram-se em negra realidade.
ROMA INCENDIADA
Uma noite no mês de julho, no ano acima citado, os habitantes de Roma foram
despertados do sono pelo grito de "Fogo!" Esta terrível palavra fez-se ouvir
simultaneamente em diversas partes da cidade, e dentro de poucas horas a majestosa
capital ficou envolvida em chamas. A grande arena situada entre os montes Palatino e
Aventino, onde cabiam 150.000 pessoas, em pouco tempo estava ardendo, assim como a
maior parte dos edifícios públicos, os monumentos, e casas particulares.
O fogo continuou por espaço de nove dias, e Nero, por cujas ordens se tinha praticado
este ato tão monstruoso, presenciou a cena da torre de Mecenas, onde manifestou o
prazer que teve em ver a beleza do espetáculo, e, vestido como um ator, acompanhando-
se com a música da sua lira, cantou o incêndio da antiga Tróia! O grande ódio que lhe
votaram em conseqüência deste ato, envergonhou-o e tornou-o receoso; e com a
atividade que lhe deu a sua consciência desassossegada, logo achou o meio de se livrar
dessa situação. O rápido desenvolvimento do cristianismo já tinha levantado muitos
inimigos contra essa nova doutrina. Muita gente havia em Roma que estava interessada
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
na sua supressão - por isso não podia haver nada mais oportuno, e ao mesmo tempo
mais simples para Nero, do que lançar a culpa do crime sobre os inofensivos cristãos.
Tácito, um historiador pagão, que não era de modo algum favorável ao cristianismo,
fala da conduta de Nero da seguinte maneira:
"Nem os seus esforços, nem a sua generosidade para com o povo, nem as suas ofertas
aos deuses, podiam pagar a infame acusação que pesava sobre ele de ter ordenado que
se lançasse fogo à cidade. Portanto, para pôr termo a este boato, culpou do crime, e
infligiu os mais cruéis castigos, a uns homens... a quem o vulgo chamava cristãos", e
acrescenta: "quem lhes deu esse nome foi Cristo, a quem Pôncio Pilatos, procurador do
imperador Tibério, deu a morte durante o reinado deste.
"Esta superstição perniciosa, assim reprimida por algum tempo, rebentou de novo, e
espalhou-se não só pela Judéia, onde o mal começara, mas também por Roma, para
onde tudo quanto é mau na terra se encaminha e é praticado. Alguns que confessaram
pertencer a essa seita foram os primeiros a ser presos; e em seguida, por informações
destes prenderam mais uma grande multidão de pessoas, culpando-as, não tanto do
crime de terem queimado Roma, mas de odiarem o gênero humano".
É quase escusado dizer que os cristãos não nutriam ó-dio algum pela humanidade, mas
sim pela terrível idolatria que prevalecia em todo o Império Romano; e só por este
motivo eram considerados como inimigos da raça humana.
Não se sabe quantos sofreram por essa ocasião, mas de certo foram muitos, e eram-lhes
aplicadas todas as torturas que um espírito engenhoso e cruel podia imaginar, para
satisfazer os depravados gostos do imperador.
"Alguns foram vestidos com peles de animais ferozes, e perseguidos pelos cães até
serem mortos, outros foram crucificados; outros envolvidos em panos alcatroados, e de-
pois incendiados ao pôr do sol, para que pudessem servir de luzes para iluminar a cidade
durante a noite. Nero cedia os seus próprios jardins para essas execuções e apresentava,
ao mesmo tempo, alguns jogos de circo, presenciando toda a cena vestido de carreiro,
indo umas vezes a pé no meio da multidão, outras vendo o espetáculo do seu carro".
Hegesipo, um escritor do II século, faz algumas referências interessantes sobre o
apóstolo Tiago, que acabou a sua carreira durante esse período, e fornece um detalhado
relatório do seu martírio, que podemos inserir aqui.
"Consta que o apóstolo tinha o nome de Oblias, que significava justiça e proteção,
devido à sua grande piedade e dedicação pelo povo. Também se refere aos seus costu-
mes austeros, que sem dúvida contribuíram para aumentar a sua fama entre o povo. Ele
não bebia bebidas alcoólicas de qualidade alguma, nem tampouco comia carne. Só ele
teve licença de entrar no santuário. Nunca vestiu roupa escolhendo ele aquela posição
por se achar indigno de sofrer na mesma posição em que sofreu o seu Senhor. Paulo que
sofreu no mesmo dia foi poupado a uma morte tão dolorosa e lenta, sendo degolado. "A
estes santos apóstolos", acrescenta Clemente, "se ajuntaram muitos outros, que tendo da
mesma maneira sofrido vários martírios e tormentos, motivados pela inveja dos outros,
nos deixaram um glorioso exemplo.
"Pelos mesmos motivos, foram perseguidos, tanto mulheres como homens, e tendo
sofrido castigos terríveis e cruéis, concluíram a carreira da sua fé com firmeza."
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
Roma era um império com apenas uma moeda; um sistema político e uma religião;
Em 284 Diocleciano começa reformas no Império;
Em 298 Cristãos são expulsos do exército e do serviço público;
Em 303 inicia-se um período de grandes perseguições aos cristãos, pelas mãos do
imperador Galério destroem-se as igrejas, confiscam-se as escrituras, proíbem-se as
reuniões.
Galério, padecendo de uma enfermidade mortal, poucos dias antes da sua morte pediu
as orações dos cristãos e, no dia 30 de abril de 311, assinou O Édito de Tolerância.
Agora, pela primeira vez, a Igreja Cristã estava amparada por lei. A partir deste
momento o Estado mostrava-se indulgente, condescendente para com os adeptos do
cristianismo.
“Segundo o relato da história, o general Constantino olhou para o céu e viu urn sinal,
uma cruz brilhante, nela podia ler: Com isto vencerás. O supersticioso soldado já estava
começando a rejeitar as divinda¬des romanas a favor de um único Deus. Seu pai
adorava o supremo deus Sol. Seria um bom pressagio daquele Deus na véspera da
batalha?
Mais tarde, Cristo teria aparecido a Constantino em um sonho, segu¬rando o mesmo
sinal (uma cruz in¬c1inada), lembrando as letras gregas ch i (X) e rho (p), as duas
primeiras letras da palavra Christos. O general foi instruído a colocar esse sinal nos
escudos de seus soldados, O que fez prontamente, da forma exata como fora ordenado.
Conforme prometido, Constantino venceu a batalha. Esse foi um dos diversos
momen¬tos marcantes do século IV, um perío¬do de violentas mudanças. Se você
tivesse saído de Roma no ano 305 d.C. para viver anos no deserto, quando voltasse
certamente espera¬ria encontrar o cristianismo morto ou enfrentando as últimas ondas
de per¬seguição. Em vez disso, o cristianis¬mo se tornou a religião patrocinada pelo
império.”
O TRIÚNFO DO CRISTIANISMO
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
“A que se deve a rápida expansão do cristianismo? Entre as varias causas, uma merece
destaque. Trata-se do testemu¬nho pessoal dos cristãos. Cada cristão era um
missionário. Uma vez convertido, procurava levar outros a fé cristã. Este testemunho,
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
O imperador tornou-se juiz de todas as contendas internas da Igreja.
Os cristãos rejubilavam com tamanha mudança na realidade do Império. Porém algumas
preocupações começavam a tomar o sossego dos líderes cristãos. Dentre elas as
maiores: o monasterismo, o donatismo e o arianismo.
A REFORMA PROTESTANTE
Embora muitos não percebessem, o que acontecia em Praga era o prelúdio de uma
grande perseguição contra os verdadeiros cristãos daqueles dias, perseguição que levaria
ao martírio um dos maiores heróis da fé do passado.
João Huss (1369-1415), o segundo dos precursores da Reforma, parece ter tido um
verdadeiro arrependimento em sua juventude. Mais tarde, ao ler os escritos de Wicliffe,
percebeu melhor as riquezas da vida espiritual e tornou-se pregador muito popular.
Multidões se reuniam para ouvir dos lábios dele o evangelho pregado na língua materna.
Dirigia-se ao povo como um pai aos seus filhos, e com muito carinho e bondade assistia
aos aflitos e necessitados.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
Apesar de ser grande a sua influência, tanto em virtude de suas poderosas mensagens
bíblicas quanto pela sua maneira piedosa de viver, o anátema do papa e do bispo caiu
sobre Huss, de sorte que em Praga ninguém podia ser por ele batizado, casado ou
sepultado dentro da religião católica.
Em 1414 teve início em Constança um concílio geral a que compareceram os mais altos
dignitários eclesiásticos da Europa. A conselho do imperador Segismundo, e munido de
um salvo-conduto por este assinado, Huss dirigiu-se ao concílio. A sua intenção era
avistar-se com o papa e expor perante ele o seu caso, mostrando que nem ele nem a sua
pátria eram hereges. A sua prontidão em apresentar-se perante tão magna assembléia era
prova da sua sinceridade. Ele achava que os fatos que desejava apresentar, por serem tão
puros, mostrariam a todos que tudo o que havia falado e escrito era para a salvação dos
pecadores.
Assim vestido, o mártir da Bavária, há até bem pouco tempo Tchecoeslováquia, foi
conduzido, sob forte escolta, ao lugar do martírio. Ao aproximar-se da fogueira viu uma
mulher apanhando alguns pequenos ramos secos e juntando-os à lenha, e exclamou:
“Santa simplicidade”. Ligado com uma cadeia de ferro enferrujado ao pescoço, deram-
lhe a última oportunidade de salvar a vida mediante a negação de tudo o que havia
ensinado e escrito, mas ele, olhando para o céu, respondeu: “Deus é minha testemunha
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
de que nunca tenho ensinado ou pregado o que falsamente me tem sido atribuído por
falsas testemunhas. Com aminha pregação, meu ensino e meus escritos, tenho desejado
apenas uma coisa – a conversão dos homens. Nesta verdade do evangelho, que tenho
ensinado e pregado, quero alegremente morrer.”
Assim vencidos pela inabalável firmeza de Huss, seus algozes atearam fogo à lenha.
Enquanto as chamas cresciam, Huss cantava em voz alta: “Cristo, Filho do Deus vivo,
tem misericórdia de nós”. Depois, não podendo mais cantar por causa do furor das
labaredas, passou a orar até render o espírito. Os inimigos da verdade queimaram na
mesma fogueira as roupas de Huss, e lançaram no rio as suas cinzas. Mas o clarão
daquela fogueira jamais se apagou!
Assim pereceram os fiéis servos de Deus. Mas a luz das verdades que haviam
proclamado, a um tão elevado preço, jamais haveria de se extinguir.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
claustro dos eremitas agostinianos em Erfurt. O fato que o levou a isto é bastante
estranho e gera controvérsias. A maioria dos historiadores dizem que isto aconteceu
devido a um susto que teve quando caminhava de Mansfeld para Erfurt. Em meio a uma
tempestade, quando um companheiro de caminho, ao seu lado, foi atingido por um raio,
e ele por um pouco não fora também. Contam que foi derrubado por terra e em seu
pavor, gritava "Ajuda-me Santa Ana! Eu serei um monge!". Preocupado com a
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
Em pouco tempo toda a Alemanha tomou conhecimento do conteúdo dessas teses e elas
espalharam-se também pelo resto da Europa.
Foi João Eck quem denunciou Lutero em Roma, e muito contribuiu para que o mesmo
fosse condenado e excluído do Igreja Romana. Silvester Mazzolini, que era o padre
confessor do papa, concordou com o parecer condenatório de Eck, dando apoio a este
contra o monge agostiniano.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
fundamentais do movimento. Por medidas de precaução, Lutero este recluso no castelo
de Frederico, o Sábio, cerca de 10 meses, neste período deixou a barba e os cabelos
crescerem e era chamado de Cavalheiro Jorge. Foi neste período que conseguiu tempo
de trabalhar na tradução do Novo Testamento para a língua alemã. Esta tradução foi
publicada em 1532. Com a ajuda de Melancton e outros amigos, a Bíblia toda foi
traduzida, e, então, foi publicada em 1532.
Essa tradução tornou-se tão importante ao ponto de unificar os vários dialetos alemães,
do que resultou o moderno alemão.
Outro fato digno de nota foi o casamento de Lutero, com Catarina von Bora, filha de
família nobre e ex-freira, que havia aderido à Reforma junto de outras colegas de
clausura que fugiram do convento. Tiveram seis filhos, dos quais alguns faleceram na
infância. Adotou outros filhos. Este fato serviu para incentivar o casamento de padres e
freiras que tinham preferido adotar a Reforma. Foi um rompimento definitivo com a
Igreja Romana.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
as Escrituras e sobre justificação e também se tornou amigo do humanista Glareanus e
de Leo Jud. Foi ordenado em 1506 e trabalhou por dez anos na paróquia de Glarus, onde
provou ser um bom pastor e um hábil pregador. Continuou seus estudos humanistas,
mantendo a língua grega e tentando aprender sozinho o hebraico. Em 1513 e 1515
serviu ao exército papal como capelão dos mercenários de Glarus.
Depois disso, Zuinglio continuou a pregar o que encontrava na Bíblia, apesar disso
contradizer aquilo que os rituais oficiais da Igreja diziam. Em 1522 muitos párocos de
Zuinglio, amparado pelas Escrituras desafiaram as regras da Igreja comendo carne
durante a quaresma, Zuinglio os apoiou.
Por fim, o movimento de Zuinglio espalhou-se por uma maior parte da Suíças, também
pela Alemanha e chegou a Genebra de língua francesa. Porém grande porção rural ainda
era dominada pela Igreja Católica. Devido esta batalha por territórios de influência,
iniciaram-se batalhas entre as tropas católicas e as de Zurique. Zuinglio somou-se a
estas batalhas como soldado e acabou morrendo em 1531 esquartejado na Batalha de
Kappel. As batalhas permaneceram por pois cem anos.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
Calvino nasceu no noroeste da França, sendo 25 anos mais jovem que Martinho Lutero.
Seu nome real era Jean Cauvin, o qual mudou para "Calvin" anos mais tarde. Sendo
estudioso, adotou a forma latina Calvinus. Sua cidade natal, Noyon, era um importante e
antigo centro da Igreja Católica Romana, tanto que um bispo morava lá e a vida da
cidade praticamente girava em torno da catedral.
João Calvino era oriundo de uma família de classe média. Gerard, seu pai, depois de
servir à Igreja Romana em várias funções, inclusive como escrivão, veio a ser o
secretário do próprio bispo. Assim, o jovem Calvino crescia fortemente ligado aos
assuntos da igreja.
Afim de capacitar seu filho a alcançar uma posição de importância na Igreja, o pai de
Calvino investiu na melhor educação possível, tanto que aos catorze anos de idade
Calvino entrou para a Universidade de Paris, que era o centro intelectual da Europa
Ocidental. Lá ele freqüentou o Colégio de Mantaigu, a mesma instituição na qual
Erasmo estudou uns trinta anos antes. Embora Calvino se dedicasse a uma carreira
similar em teologia, por diversos motivos sua formação tomou um rumo inesperado.
Primeiro devido ao novo aprendizado do Renascimento, o Humanismo, que estava
travando uma bem sucedida batalha contra o escolasticismo, a velha teologia católica da
antiga Idade Média. Calvino se deparou com este novo aprendizado através de outros
estudantes e foi rapidamente ganho por estas idéias. Em segundo lugar, inciava-se em
Paris um forte movimento para reforma da Igreja, liderado por Jacques Lefèvre d
Etaples (1455-1536). E Calvino se tornou um amigo íntimo de alguns dos alunos de
Lefèvre. O terceiro motivo está ligado ás obras e idéias de Martinho Lutero que estavam
circulado em Paris por algum tempo, causando uma agitação moderada; sem dúvida,
Calvino se familiarizou com elas durante os anos de estudante.
Por fim, o pai de Calvino teve uma discussão com os oficiais da igreja em Noyon,
incluindo o bispo. Em 1528, assim que Calvino obteve o seu grau de mestre de artes,
seu pai lhe disse para deixar a teologia e estudar as leis. Sem se opor Calvino se mudou
para a escola de leis em Orleans. Ali ele se dedicou ao estudo das leis, sendo elogiado
por sua maestria na matéria. Com freqüência, dava aulas pelos professores ausentes.
Depois de três anos de estudo em Orleans, Bourges e Paris, conseguiu o seu doutorado e
licença em leis. Durante esse percurso aprendeu grego e mergulhou nos estudos
clássicos, que eram de grande interesse dos humanistas contemporâneos. Ligou-se a um
grupo de estudantes que discordavam dos ensinos e práticas do Catolicismo Romano.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
Em 1531, com a morte do pai de Calvino, ele se viu livre para escolher a carreira que
iria prosseguir e não vacilou, optando por teologia. Excitado e desafiado pelo novo
aprendizado, mudou para Paris para se dedicar a uma vida e de pastoreio.
Calvino lutava, em seus ensinos, contras as doutrinas Católicas da salvação pelas obras
afirmando a soberania de Deus, mostrando que ele como Deus não pode nem deve ser
enganado. Ele não cansou de afirmar: “Você não pode manipular Deus ou torna-lo seu
devedor. É Ele que o Salva; pois você não pode fazer isso por si mesmo.”
Porém ele não deixava de afirmar em seus enérgicos ensinos que os crentes deveriam
demonstrar sua salvação através de suas atitudes.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
No quarto volume das Institutas, Calvino dedicou-se a organizar a vida prática da igreja
através da organização eclesiástica voltada ao presbitério e à santidade.
Knox nasceu em East Lothian na Escócia. Era filho de um fazendeiro de classe média.
Depois da escola em Haddington, Knox frequentou a Universidade St. Andrews, onde
foi aluno de John Mair, um dos líderes dos estudiosos escoceses daqueles dias que era
Assim que começo a pregar a fé protestante na Escócia Knox foi aprisionado e passou
19 meses como escravo de franceses. Após isto, conseguindo escapar pastoreou durante
5 anos uma igreja na Inglaterra e depois ficou outros 5 anos na suíça, onde muito
aprendeu e cresceu com a teologia de Calvino e outros.
Após isto, em 1559 ele retornou para a escócia, onde permaneceu até a morte pregando
incansavelmente. A pregação de Knox logo via seu resultado, pois em 1560 o
parlamento escocês adotou uma profissão de fé calvinista e deliberou que o papa não
tinha jurisdição sobre a escócia, além de proibir as missas.
Knox e seus apoiadores escreveram o “Livro da Disciplina” que era um verdadeiro
manual de organização e prática da igreja, em moldes presbiterianos, além de dar
incentivo a criação de escolas e universidade públicas.
Conjuntura:
- A França estava divida entre protestantes e católicos, os protestantes eram chamados
de huguenotes;
- Em 1555 já haviam na França cerca de 400 mil huguenotes espalhados em mais de
2000 igrejas;
- A rainha Catarina de Médici era católica e via ampla oposição nos líderes huguenotes.
O massacre:
- Em 24 de agosto de 1572, as quatro da manhã a rainha deu ordem aos seus soldados e
a assassinos contratados para que matassem os principais líderes huguenotes de Paris.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
Estes eram homens do comércio.
- Logo pela manhã, em meio a grande confusão gerada por esta decisão a população
católica (maioria) pobre foi mobilizada contra os huguenotes e o massacre cresceu em
proporções;
- Durante dias estas pessoas foram perseguidas e assassinadas em toda a França.
Historiadores falam entre 20 e 100 mil mortos naqueles dias.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
Los Angeles Times, 1906: “Com gritos estranhos e pronunciando coisas que
aparentemente nenhum mortal em seu juízo normal pudesse entender, teve início, em
Los Angeles, a mais recente seita religiosa. As reuniões acontecem em um prédio
decadente da rua Azusa, e os devotos de doutrinas estranhas praticam os ritos mais
fanáticos, pregas as mais extravagantes teorias e se colocam em um estado de louca
euforia quando se entregam ao fervor pessoal”
- William J. Seymour (fundador) – pregador batista negro, havia sido aluno de Parham,
fundador de muitas escolas bíblicas que pregava o avivamento e o dom de línguas.
- Antes deste movimento Finney, Moody e o movimento Holiness haviam dado início a
um avivamento, William, porém, dava mais um passo, incentivando o batismo pelo
Espírito Santo.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
APÊNDICE
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
249 Imperador Décio (249-253)
265 Eusébio de Cesaréia (pós niceno)
c. 200 NT traduzido para o latim
? Credo Apostólico (séc III e IV)
325 Credo de Nicéia
340 Ambrósio de Milão
349 João Crisóstomo
354 Agostinho de Hipona
313 Imperador Constantino
361 Juliano, o Apóstata
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
BIBLIOGRAFIA