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Psicopedagogia Institucional
Psicopedagogia Institucional
Psicopedagogia Institucional
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO
DEFINIÇÃO
De acordo com o Código de Ética dos Psicopedagogos,:- Artigo 1º -“a Psicopedagogia é um
campo de atuação em Saúde e Educação que lida com o processo de aprendizagem humana;
seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio - família, escola e
sociedade - no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da psicopedagogia”.
A nova ciência, aponta diferentes concepções de Psicopedagogia, que, para efeito de estudo,
foram agrupadas nas seguintes categorias:-
• Psicologia e fracasso escolar – foca o indivíduo que não adquire conhecimento traçando um
paralelo com o contexto social e a escola. Releva fatores externos como mediadores na
aprendizagem.
objeto; relações com os campos psicológico e pedagógico; ênfase ao indivíduo e aos fatores
externos ( social). Deste modo, a Psicopedagogia institucional se mostra como uma nova
linha dentro do tema principal; abordando as faces do ensino-aprendizagem no meio escolar,
promovendo cautela diante dos conflitos. Vale ressaltar que, sendo a Psicopedagogia uma
área da saúde requer um trabalho preventivo e curativo. Como preventivo, o psicopedagogo
deverá esclarecer sobre o processo evolutivo das áreas ligadas à aprendizagem escolar
(perceptiva motora, de linguagem, cognitiva, emocional), auxiliando na organização de
condições de aprendizagem de uma forma integrada e de acordo com as capacidades dos
alunos. A Psicopedagogia é uma área que estuda e lida com o processo de aprendizagem e
com os mesmos problemas decorrentes, recorrendo a várias ciências, sem perder de vista o
fato educativo nas suas articulações sociais mais amplas. A Psicopedagogia transformou-se
em um campo de estudos dos que podem surgir no decorrer desse processo. Para responder
à complexidade dessa questão, houve um esforço para alcançar uma visão multidisciplinar,
que inclua contribuições de várias ciências e de estudos recentes, colocando, em pé de
igualdade, aspectos cognitivos, afetivos, orgânicos e sociais, e descartando qualquer recorte
de realidade que impeça uma visão mais completa do fenômeno a ser pesquisado.
A Psicopedagogia, de acordo com César Coll (1996), é uma confluência disciplinar, um
conjunto de saberes e um espaço profissional. Em relação ao espaço profissional dessa área,
o psicopedagogo precisa da contribuição de diferentes profissionais como, psicólogos,
pedagogos e psicopedagogos e assistentes sociais e também a contribuição de outras áreas
de conhecimentos numa dimensão de interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.
Psicopedagogia Institucional como ciência, lidar com o sujeito epistêmico , basicamente o
ser que adquire conhecimento, não é novidade. Entretanto, havia uma lacuna que
necessitava ser preenchida .
Toda queixa constitui um sintoma, a função de investigar a queixa cabe a
Psicopedagogia Institucional.
Entretanto, para tal fim , é necessário trabalhar com a pessoa do profissional que está
atuando com indivíduos que não estão conseguindo aprender, que estão com dificuldades
Poucos são os trabalhos dedicados a determinar como o adulto dotado das mais complicadas
estruturas concluintes, limita sua atividade cognitiva a níveis , às vezes de regulação intuitiva
e, só diante da estimulação especial da prova, sai de uma espécie de letargo mental que o
reduz a dependência intelectual. É claro que uma análise sócio econômica das
superestruturas educativas nos permite compreender porque o sujeito acaba
sendo alienado da ignorância , mas necessitamos verificar qual estrutura possibilita a
disfunção da inteligência e como isso acontece
Teria uma nova ciência como a Psicopedagogia uma delimitação no campo de trabalho em
instituições de terceiro grau , de maneira que, pudesse intervir nas estruturas concluintes que
limitam a atividade intelectual do aluno adulto concorrendo para a má qualidade do ensino
superior?
O Psicopedagogo Institucional atuaria com dificuldades nos níveis de aprender tanto do "
professor" como do "aluno". Atuando nas condições de aprendizagem que ocorrem a nível
externo e interno
"... as externas , que definem o campo do estímulo, e as internas que definem o
sujeito... podem estudar-se em seu aspecto dinâmico, como processos, e em
seu aspecto estrutural como sistemas. A combinatória de tais condições nos leva a uma
definição operacional da aprendizagem, pois determina as variáveis de sua ocorrência ",
caberá ao Psicopedagogo Institucional avaliar se as motivações são ligadas à satisfação
proveniente do próprio exercício da ação ou do prazer proporcionado pelo equilíbrio em si
mesmo.
O problema de aprendizagem , diante do exposto, é um sintoma no sentido de que o
não aprender não configura um quadro permanente, mas ingressa numa constelação peculiar
de comportamentos, nos quais se destaca como sinal de descompensação.
" é preciso tempo para interiorizar as ações em pensamento, porque é muito mais
difícil representar o desenvolvimento da ação e dos seus resultados em termos de
à presença dos pais compartilhando suas experiências e sentimentos, orientação firme quanto
aos comportamentos adequados, possibilidade de escolhas, certa autonomia nas suas ações,
organização da sua rotina, oportunidade constante de aprendizagem e respeito e valorização
como pessoa.
Hoje o contraste entre a escola e a família pode não ser muito grande porque a própria escola
pública ainda não assimilou quase nada de todo o progresso da psicologia da educação e da
didática, utilizando métodos de ensino muito próximos ou idênticos aos do senso comum
predominantes nas relações familiares.
Dificuldades escolares apresentadas pelas crianças, relacionadas à falta de concentração e
indisciplina ocorrem e podem ser causadas pela ausência de limites.
A primeira geração educou os filhos de maneira patriarcal, isto é, os filhos eram obrigados a
cumprir as determinações que lhes eram impostas pelo pai.
O relacionamento familiar também é fundamental no processo educativo. A criança estará
muito mais receptiva às instruções dos pais, se os membros da família se respeitarem,
procurando conversar e colaborar um com o outro. É importante a participação dos pais na
vida dos filhos, numa convivência como companheiros, compartilhando emoções, o que
contribui muito para a disciplina.
Todos esses aspectos citados e muitos outros são fundamentais para que o desenvolvimento
da criança se efetive. Portanto, a família necessita da ajuda dos profissionais da
psicopedagogia na aquisição desses conhecimentos básicos e essenciais para que possa
cumprir seu papel de facilitadora do processo de aprendizagem de seus filhos, através de
comportamentos mais adaptativos, as crianças em geral aceitam a segurança como um
pressuposto básico.
Acreditam numa boa assistência materna e paterna desde muito cedo, porque a tiveram.
Possuem um sentimento de segurança que é constantemente reforçado por seus testes com
os pais e sua família, com os professores na escola, com seus amigos e toda a espécie de
pessoas que conhecem.
A escola também, necessita de uma relação de cooperação com a família, pois, os
professores precisam conhecer as dinâmicas internas e o universo sócio cultural vivenciados
pelos seus alunos, para que possam respeitá-los, compreendê-los e tenham condições de
intervirem na promoção de expressões de sucesso e não de fracasso diagnosticado.
Precisa ainda, dessa relação de parceria para poderem também compartilhar com a família os
aspectos de conduta do filho: aproveitamento escolar, qualidade na realização das tarefas,
relacionamento com professores e colegas, atitudes, valores, respeito às regras.
Para Caetano (2002), a educação, enquanto fenômeno universal comporta diversas tensões
no interior de e entre seus diferentes âmbitos. Quando enfrentadas de modo produtivo, estas
tensões podem fornecer valiosos subsídios para a reflexão e análise do fenômeno educativo.
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NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Dois âmbitos educativos tensos, tanto no seu interior quanto na sua relação um com o outro,
são a família e a escola.
Enquanto instâncias sócio educativas formais, a família e a escola foram dois dos principais
ambientes de formação ao longo da história, mesmo considerando que outras instâncias sócio
educativas também tiveram um papel muito forte como, por exemplo, o Estado e a Igreja. Nos
tempos atuais, porém, família e escola parecem perder o poder e o espaço que tiveram
outrora no sentido da formação do indivíduo. Os "porquês" e as consequências deste fato não
cabem nos modestos limites desta reflexão, mas devem ser considerados sempre que se
pretender analisar mais amplamente as questões que envolvem escola e família.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O psicopedagogo que atua em âmbito educacional deve ter por objetivo, conduzir professores,
diretores e profissionais pedagógicos a repensar o papel da escola frente à prevenção das
dificuldades de aprendizagem da criança. No entanto, ressalta-se que mesmo a escola
priorizando os problemas de aprendizagem, esta nunca conseguirá abrangê-los em sua
totalidade, pois crianças mais comprometidas necessitam de atendimento psicopedagógico
mais especializado em clínicas. Por isso, o psicopedagogo pode atuar de uma forma mais
preventiva, objetivando reduzir ou evitar os problemas de aprendizagem em âmbito escolar ou
de forma clínica, onde dá atendimento às crianças com maiores comprometimentos, cujas
dificuldades não podem ser resolvidas na escola.
Por isso, é importante que o psicopedagogo escolar participe de reunião de pais, a fim de que
possa esclarecer o que se está acontecendo com a criança na escola, auxiliando os pais na
identificação das reais necessidades de seus filhos e ensinando-os a estimular seus filhos em
tarefas escolares realizadas em casa. Quando necessário o psicopedagogo encontrar-se
separadamente com alguns pais, para melhor orientá-los ou conhecer melhor o ambiente
familiar da criança que está apresentando problemas na escola.
Para tanto, é necessário que o psicopedagogo analise a programação da escola a fim de que
possa obter subsídios para sua atuação. A administração de uma escola é representada pelo
seu organograma, assim, o psicopedagogo pode dar início a seu diagnóstico escolar através
da análise do mesmo, estudando as suas relações e estabelecendo conexões com as demais
áreas programadas. Analisando-se cada profissional da escola, o psicopedagogo identifica se
um determinado profissional está desempenhando sua função de forma adequada e consegue
sugerir mudanças.
Face ao exposto, conclui-se que a atuação do psicopedagogo escolar tem início a partir da
análise da organização como um todo. É muito importante o trabalho em equipe, junto aos
professores, alunos e pessoal administrativo, a fim de que busque-se por melhorias no
relacionamento entre si e entre os grupos, visando prioritariamente o aperfeiçoamento das
condições de aprendizagem tanto individual, como do grupo. Logo, o psicopedagogo tem sua
importância, que é o de ser um fio condutor e alinhar todas as informações desde a escola até
a família e a criança, fazendo com que, o código de comunicação construído e praticado na
família seja compatível com o código da escola, estabelecendo assim um relacionamento de
parceria e consequentemente contribuindo na formação integral da criança.
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