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RESUMO
A crise de 2008 abalou o cenário econômico mundial e trouxe consigo uma série de soluções
inovadoras e de alto risco para as empresas. Assim, no presente estudo objetivou-se analisar
os indicadores de liquidez, endividamento e rentabilidade, antes e depois da incorporação das
empresas Sadia e Perdigão versus a empresa Brasil Foods (BRF). Especificamente, utilizou-se
como foco de estudo os balanços dos últimos cinco anos das empresas Sadia e Perdigão e, da
Brasil Foods (BRF), do início da fusão até seu último exercício. Para tanto, utilizou-se a
metodologia de análise financeira a partir de indicadores de liquidez, endividamento e
rentabilidade, gerados por informações do balanço patrimonial e demonstrações de resultados,
assim, podendo levar em consideração a viabilidade da fusão das duas empresas. Foram
analisados indicadores de pré e pós-fusão. Observou-se que a fusão foi inviável pelo custo dos
capitais já empregados em ambas empresas, uma vez que estas sofriam em seu último ano
pré-fusão com o aumento de suas despesas financeiras, comprometendo a rentabilidade.
INTRODUÇÃO
As empresas que ganham mercado através das fusões têm atenção em especial dos
investidores pois, geralmente, são de grande porte no setor que atuam, isso desperta o
interesse destes investidores que questionam se as companhias tem capacidade de oferecer o
retorno do capital nelas investido de forma satisfatória, atuando em conjunto e não mais como
concorrentes.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como pode-se observar, a Sadia S/A obteve queda em todos seus indicadores de
liquidez no ano de 2008, decorrente do forte aumento no seu passivo circulante que passou de
2.265.947 no ano de 2007 para 8.418.017 no ano de 2008, elevando suas dívidas de curto
prazo em mais de 250% em apenas um ano (Tabela 1).
Tabela1 – Indicadores de liquidez da Sadia S/A no período de 2005 a 2008
INDICADORES 2008 2007 2006 2005
LIQUIDEZ GERAL 1,15 1,70 1,48 1,52
LIQUIDEZ CORRENTE 0,91 2,20 2,12 1,84
LIQUIDEZ IMEDIATA 0,42 1,18 1,10 1,09
LIQUIDEZ SECA 0,69 1,68 1,63 1,42
Fonte: Dados da pesquisa (2018)
A Sadia S/A vem reduzindo seu endividamento de curto prazo de 2005 a 2007. Mas
seus empréstimos de curto prazo elevaram suas dívidas no fim do período, elevando o risco de
insolvência da empresa. Com tímidas oscilações na participação de capitais período de 2005 a
2007, a empresa se encontrava em uma situação tranquila, pois até 2007 a mesma possuía
indicadores de liquidez para total solvência de suas dívidas. Já no ano de 2008, em estado de
alerta, a empresa bate 96,98% na participação de terceiros no capital da empresa (Tabela 2).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base em uma análise individual antes e após fusão é possível notar que a
Perdigão S/A não comprou apenas a empresa, comprou também um conjunto de obrigações
que tornaram seu capital bastante oneroso, pois a Sadia S/A já possuía empréstimos quando
tentou se reerguer em 2008, tendo 96,98% de sua estrutura de capital composta por terceiros.
A própria perdigão, também já, tinha suas obrigações financeiras que, ao ver analítico, não
eram tão viáveis e com seu capital comprometido em cerca de 73%.
Talvez com o enfoque de absorver a principal concorrente, a Perdigão S/A não
tenha mensurado quanto custaria tal capital, apesar de já nascer um dos maiores players do
mercado mundial, a BRF S/A não apresenta números significativos de rentabilidade e
diminuição de endividamento, muito pelo contrário, no cenário atual ela corre sério risco de
ser insolvente.
Pode-se se afirmar que a fusão da BRF S/A foi inviável pelo custo dos capitais já
empregados em ambas, já que as mesmas sofriam em seu último ano pré-fusão com o
aumento das suas despesas financeiras de modo a comprometer a rentabilidade.
REFERÊNCIAS
IUDÍCIBUS, Sérgio. Análise de balanços. 10 ed. – 2 reimpr. São Paulo: Atlas, 2010.