Balanco Social O Desafio Da Transparência 2008
Balanco Social O Desafio Da Transparência 2008
Balanco Social O Desafio Da Transparência 2008
O DESAFIO DA TRANSPARNCIA
Sumrio
DIRETORIA EXECUTIVA
Cndido Grzybowski
Dulce Pandol
Francisco Menezes
Joo Sucupira
REVISO
Ana Bittencourt
Apresentao
TEXTOS
Ciro Torres
Cludia Mansur
EQUIPE RESPONSVEL
Ciro Torres (coordenao)
Cludia Mansur (pesquisadora)
Ana Xavier (secretaria)
Sheila Oliveira (apoio)
8
10
16
24
32
60
Concluses
68
Anexos
73
PRODUO
Geni Macedo
PROJETO GRFICO E DIAGRAMAO
Dotzdesign
TIRAGEM
EDIO
1.00 exemplares
Jamile Chequer
CDD: 658.408
CDU: 65.012.28
007529
Realizar o
Balano Social
signica
uma grande
contribuio
para consolidao
de uma sociedade
verdadeiramente
democrtica
Betinho
A presente publicao consolida uma srie de informaes sobre os balanos sociais de empresas que atuam no Brasil e utilizam o modelo Ibase como
parmetro. Os dados ora publicados mostram a evoluo os avanos e retrocessos dos discursos e das prticas empresariais e diversas informaes
sociais, nanceiras e ambientais divulgadas por meio dessa importante e
estratgica ferramenta da responsabilidade social corporativa que comeou a ser utilizada, de maneira ainda incipiente, durante os anos de 1997
e 1998. O nosso modelo chega a 2008 como o instrumento mais utilizado
pelas empresas que buscam demonstrar publicamente suas informaes
socioambientais e aceitaram o desao da transparncia.
Passando por algumas remodelaes e ajustes nestes ltimos dez anos,
esse modelo de balano social uma bandeira de luta pela transparncia e
pelo controle cidado lanada pelo Ibase, junto com alguns de seus parceiros, que se consolidou como uma das principais referncias no tema. Nada
mais atual e ainda muito desaador para empresas e organizaes da sociedade civil. Conhea este belo instrumento de controle social.
Outro aspecto essencial que muito nos orgulha neste momento que,
depois de dez anos de experincia com balano social, podemos dizer que o
instrumento foi importante para pautar as discusses de acesso ao mundo
do trabalho para pessoas com decincia, para repensar a insero dos
negros e das negras no universo empresarial.
Foi a partir da publicao do balano social que diversas organizaes sindicais puderam fazer denncias sobre a explorao de trabalhadores e trabalhadoras em situaes anlogas escravido. E o movimento em defesa dos
direitos das mulheres utiliza, cada vez mais, os dados dessa ferramenta para
denunciar a injustia que esse segmento sofre no ambiente corporativo.
Num pas onde a desigualdade social continua como um dos principais
problemas, e onde a riqueza ostensiva dos conglomerados nacionais e multinacionais divide espao com a pobreza degradante, exigir das empresas
uma postura tica e responsvel com prticas efetivas e no apenas com
discurso passa, necessariamente, pela presso da sociedade.
Tal objetivo se constitui uma tarefa complexa, principalmente porque
esse tema ainda encontra resistncia em vrios setores da sociedade civil
organizada. Apesar de tudo isso, tem sido estimulante promover o debate
pblico a partir das anlises dos balanos sociais das empresas. Para o
Ibase, no se trata apenas de denunciar, mas de questionar, incluir o tema
sob outra perspectiva. Esse o nosso desao.
ara uma organizao de cidadania ativa, como o Ibase, enfrentar a questo da responsabilidade social empresarial representa um enorme desao poltico e de anlise. O Ibase se pauta pela edicao de uma democracia
includente, poltica e, ao mesmo tempo, social, na qual todas as relaes e
processos devem ser democrticos, justos e sustentveis. Ou seja, nos orientamos por uma perspectiva de sociedade em que todos os direitos humanos
sejam garantidos a todos os membros desta sociedade, no respeito diversidade, sem discriminaes ou desigualdades.
Claro que, para tanto, fundamental que se instaure, no corao da prpria
sociedade, uma cultura radicalmente democrtica, de direitos e responsabilidades de todas e todos, fundamentada nos princpios ticos da liberdade, igualdade, diversidade, solidariedade e participao. A cidadania ativa a garantia
primeira e constituinte das sociedades democrticas. Mudanas democrticas
e sustentveis dependem, porm, necessariamente, da institucionalidade de
um Estado de direitos para o conjunto da cidadania, e de uma economia tambm
democrtica, que esteja a servio dos cidados e das cidads; provendo bens e
servios fundamentais vida. Nesta perspectiva, at avanamos no Brasil em
algumas direes, mas, denitivamente, no temos uma democracia social.
O sistema empresarial est na base do modelo de economia que possumos
e seu grande motor. Por isso mesmo, impossvel no associar atuao
das empresas os problemas estruturais de excluso social, pobreza, desigualdade e destruio ambiental; s para lembrar as mazelas mais evidentes desse
modelo de economia. Os problemas, porm, no acabam a: o princpio organizador dos negcios em uma economia de mercado no foi e no a responsabilidade socioambiental. Agora, a apropriao e o uso do conceito distorcido,
no importa de responsabilidade social empresarial pode ser um bom mote
para a boa imagem pblica e conquista de fatias de mercado para as empresas. Os exemplos so muitos. Ento por que o Ibase se mete no meio de tal
questo de alto risco?
justamente por assumir sua responsabilidade como organizao de
cidadania ativa que o Ibase uma pulga em relao ao mundo empresarial
enfrenta o desao e o risco de estabelecer um dilogo crtico, uma vigilncia cidad e uma presso para que empresas sejam responsveis e, por meio
de suas organizaes e prticas correntes, se constituam em produtoras,
tambm, de uma sociedade democrtica, justa e sustentvel.
10
Perspectiva de ao
As empresas so um tipo de organizao social cuja nalidade primeira
e razo fundamental de existncia prover produzir e comercializar
bens, produtos e servios sociedade. Para isto, elas tm acesso a pessoas
e usam bens e recursos que pertencem sociedade como um todo, antes
de serem bens privados. Ou seja, a sociedade que concede s empresas o
direito de acesso e uso privado dos recursos, desde que atendam s nalidades ltimas de seu uso. Esse elemento o direito privado muitas vezes
obscurece e, normalmente, inverte o prprio sentido e a razo de ser das
empresas entre ns. Para ser claro, evidente que as sociedades concedem
s empresas o direito do lucro a apropriao dos excedentes desde que
elas satisfaam responsavelmente o m para que lhes foi concedido tal
direito: produzir bens, produtos e servios para a satisfao das necessidades de todos os membros da sociedade. Mas, concretamente, qual a
empresa em nosso meio que no estabelece como objetivo primeiro o seu
lucro a qualquer custo?
11
12
13
CAPTULO
A histria do
Balano Social
16
Banespa publicou o seu em 1992, compondo a lista das empresas precursoras em BS no Brasil.
A dcada de 1990 marcou o perodo do surgimento e da consolidao de
diversas organizaes que se institucionalizaram para promover o tema da
responsabilidade social empresarial. Foi quando o amadurecimento da idia
de responsabilidade social das empresas e da necessidade de realizao e
publicao de balano social anual na cultura das organizaes empresariais brasileiras sofreu diversas inuncias nacionais e internacionais.
Entre os principais fatores que contriburam para sua consolidao
esto: a presso por parte das agncias internacionais; as campanhas de
vrias instituies de preservao da natureza para que as empresas privadas e pblicas reduzissem o impacto ambiental; a Constituio de 1988 que
representou um grande avano tanto em questes sociais como ambientais ;
o exemplo de programas educacionais, esportivos e de apoio cultural realizados por grandes empresas multinacionais; e, por ltimo, mas no menos
importante, a atuao de grandes empresas pblicas nacionais.
Nessa poca, houve, tambm, uma conjuno de interesses pessoais de
alguns empresrios, Estado e sociedade em virtude da crescente cobrana
por parte da sociedade civil organizada e de grandes investidores e fornecedores, que buscavam novas prticas corporativas globais. H uma grande
disputa por novos modelos de desenvolvimento, produo e consumo; presso pela sada do Estado de setores tradicionais de atuao e regulao; e
rearmao dos valores liberais e de mercado.
Como resposta, diversas empresas passaram a divulgar seus chamados relatrios ou balanos sociais anuais alguns contendo descries
puramente meritrias sobre as aes realizadas para a comunidade, meio
ambiente e em relao aos funcionrios e s funcionrias. Inicialmente, os
relatrios aparecem sob a forma de documentos internos e, em um segundo
momento, so divulgados nos meios de comunicao e na prpria publicidade corporativa. Todavia, ainda no existia nenhuma forma de padronizao ou modelo mnimo comum adotado pelas empresas no Brasil.
BALANO SOCIAL DEZ ANOS
17
Nasce o modelo
Desde a dcada de 1980, o socilogo Herbet de Souza (Betinho) comea a
ter contato com empresrios(as) dispostos(as) a fazer doaes e apoiar campanhas sociais, como a luta contra a Aids e aes em favor de crianas e
adolescentes. So bons exemplos dessa interao a criao da Associao
Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia, fundada em 1987) e a campanha Se
Essa Rua Fosse Minha, lanada em 1991.
Contudo, no primeiro momento, a participao desses(as) empresrios(as)
envolvia um carter muito mais lantrpico do que propriamente um questionamento sobre as prticas internas e externas e os princpios das empresas que se aventuravam nestas discusses e iniciativas.
A partir de 1993, a Ao da Cidadania contra a Misria e pela Vida conhecida como Campanha contra a Fome , criada por Betinho e desenvolvida
pelo Ibase, tornou-se uma referncia nacional. Essa ao foi determinante
para o nascimento do modelo de balano social, pois promoveu, alm de parceria e dilogo, a aproximao de parte do setor empresarial de um relevante
e urgente problema social brasileiro: a fome.
O movimento de combate fome, na fase de maior intensidade (1993 a
1995), mobilizou diversas empresas pblicas e privadas em todo o pas. As
primeiras organizaes empresariais privadas a aproximarem-se de maneira
institucional da Ao da Cidadania foram Fundao Abrinq, Servio de Apoio
s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Pensamento Nacional das Bases
Empresariais (PNBE). Desde o seu incio, essa campanha contou com uma
ampla participao de empresas estatais como Petrobras, Banco do Brasil,
Furnas Centrais Eltricas e Caixa Econmica Federal.
Foi essa experincia do Ibase que gerou e fortaleceu a idia de que uma
ao social e ambiental mais efetiva por parte das empresas pblicas e, principalmente, das empresas privadas realizada de maneira independente,
mas jamais se opondo s aes do Estado era no s desejvel como deveria ser incentivada em nossa sociedade.
A questo da responsabilidade social das empresas e da publicao anual
do balano social ganhou destaque na mdia e uma intensa visibilidade
nacional quando Betinho escreveu o artigo Empresa pblica e cidad (ver
anexo), em maro de 1997. Esse texto desencadeou um amplo debate nos
principais jornais do pas. A partir dessa discusso e da grande repercusso
nacional do tema, o Ibase lanou, em 16 de junho de 1997, uma campanha
pela divulgao anual do balano social das empresas, trazendo a mensagem de que esse seria o primeiro passo para uma empresa tornar-se uma
verdadeira empresa cidad.
18
QUESTO RACIAL
O primeiro formulrio do balano social modelo Ibase seguiu para a grca
contendo os itens nmero de negros que trabalham na empresa e "percentual
de cargos de chea ocupados por negros. Foi algo que gerou muita discusso.
Quando alguns empresrios envolvidos nas discusses declararam que no utilizariam o modelo por conta dessas informaes e suspenderiam o apoio campanha, Betinho convenceu o grupo a retirar, ainda que provisoriamente, os itens
do modelo inicial.
19
20
21
CAPTULO
A consolidao
do modelo
24
A estrutura do modelo
O balano social da empresa, elaborado segundo a metodologia do Ibase, apresenta dados e informaes de dois exerccios anuais por meio de uma tabela
bastante simples e direta, que deve ser publicada e amplamente divulgada. O
modelo atual composto por 43 indicadores quantitativos e oito indicadores
qualitativos, organizados em sete categorias ou partes descritas a seguir.
1. Base de clculo // Como o prprio nome j diz, so as trs informaes nanceiras receita lqida, resultado operacional e folha de pagamento bruta que servem de base de clculo percentual para grande parte das informaes e dos dados
apresentados, informando o impacto dos investimentos nas contas da empresa,
alm de permitir a comparao entre empresas e setores ao longo dos anos.
BALANO SOCIAL DEZ ANOS
25
OUTROS MODELOS
O Ibase oferece outros trs modelos de balano social: para micro e pequenas empresas, para cooperativas e para instituies de ensino, fundaes e
organizaes sociais, disponveis no site <www.balancosocial.org.br>
5. Indicadores do corpo funcional // Nesta parte do balano aparecem as informaes que identicam de que forma se d o relacionamento da empresa
com seu pblico interno no que concerne criao de postos de trabalho,
utilizao do trabalho terceirizado, nmero de estagirios(as), valorizao
da diversidade negros(as), mulheres, faixa etria e pessoas com decincia
e participao de grupos historicamente discriminados no pas em cargos
de chea e gerenciamento da empresa (mulheres e negros).
6. Informaes relevantes quanto ao exerccio da cidadania empresarial // O
termo utilizado nesta parte do modelo cidadania empresarial refere-se a
uma srie de aes relacionadas aos pblicos que interagem com a empresa,
com grande nfase no pblico interno. Em sua maioria, so indicadores qualitativos que mostram como est a participao interna e a distribuio dos
benefcios. Tambm aparecem nesta parte do balano algumas das diretrizes
e dos processos desenvolvidos na empresa que esto relacionados s polticas
e prticas de gesto da responsabilidade social corporativa.
26
27
LINHA DO TEMPO
Estabelecimento de
cota mnima para
PCDs. Por causa
disso, houve reduo do nmero de
selos conferidos.
Lanamento do site
<www.balancosocial.org.br>
www.balancosocial.org.br
www.balancosocial.org.br>
Lanamento da
campanha.
1998
1997
1999
Lanamento do
"Selo Balano
Social Ibase/
Betinho".
28
2002
2000
2001
Primeira reviso. O modelo traz mais
subitens sobre os indicadores sociais
internos e externos, separa os indicadores ambientais e reinsere as questes
polmicas nos indicadores do corpo funcional: n de negros(as) que trabalham
na empresa e percentual de cargos de
chea ocupados por negros(as). A reviso inclui ao modelo o item 6 informaes relevantes quanto ao exerccio da
cidadania empresarial.
2003
Segunda reviso. Respondendo a demandas
de organizaes parceiras, foram includos itens
sobre:
i) estabelecimento de
metas para reduo dos
impactos ambientais;
ii) n de estagirios(as);
iii) n de reclamaes
de clientes e percentual
solucionado; e
iv) valor adicionado e
sua distribuio.
Estabelecimento dos
primeiros critrios para
recebimento do "Selo
Balano Social/Ibase
Betinho".
2006
2004
2005
Criao do banco de
dados no site
< www.balancosocial.org.br>,
disponibilizando todos os
balanos sociais publicados
para consulta.
2007
Pela primeria
vez, as empresas
solicitantes do selo
so submetidas ao
crivo da sociedade
civil por meio de
consulta pblica.
29
CAPTULO
Anlise dos
balanos
Ibase criou uma base de dados para armazenar e disponibilizar as informaes dos balanos sociais publicados pelas empresas que elaboram
seus relatrios socioambientais no modelo sugerido pela instituio.
Os balanos sociais so disponibilizados integralmente por meio do site
<www.balancosocial.org.br> e podem ser acessados por nome de empresa
e ano. Os dados coletados e armazenados pelo Ibase nos ltimos anos so
de utilidade pblica e esto disponveis para o conhecimento e a utilizao
por parte da sociedade.
Professores(as), pesquisadores(as), analistas de mercado, representantes
de empresas, organizaes sociais e estudantes consultam regularmente
esse site e a base de dados, que contm, atualmente, 1.288 balanos de 345
empresas. A lista nominal completa de todas as companhias que compem a
base de dados e, tambm, representa o universo das informaes aqui apresentadas, est disponvel nos anexos desta publicao.
Com o intuito de acompanhar as informaes dos balanos sociais, o
Ibase desenvolveu o Sistema de Indicadores Socioambientais do Balano
Social (SIS/BS), que utiliza essa mesma base de dados. Nesse sistema, so
gerados indicadores com o objetivo de apoiar as anlises, publicaes, campanhas e aes polticas estratgicas realizadas pelo Ibase relacionadas
discusso sobre tica, transparncia, responsabilidade e controle social
sobre as empresas que atuam em nosso pas.
Contudo, cabe ressaltar que essa relao bastante dinmica e conta
com atualizaes e acrscimos regulares. A partir deste primeiro livro contendo informaes inditas sobre o tema, a equipe Ibase far atualizaes
regulares desta publicao. Nossa proposta gerar uma srie histrica
de dados, informaes e anlises que possam servir de fonte para toda a
sociedade acompanhar, anualmente, os avanos ou retrocessos dos investimentos sociais privados, das aes internas e dos impactos das empresas que atuam no Brasil e prestam informaes sociais e ambientais.
O nmero de balanos sociais publicados vem se ampliando ano a ano,
como nos mostra o grco 1. De fato, somente quatro empresas publica-
32
ram seus balanos durante o ano de 1997, contudo outras cinco empresas
publicaram balanos com informaes retroativas no ano seguinte ao lanamento do modelo.
Grco 1 Balanos Sociais publicados por ano de publicao
235
227
195
176
124
9
1997
21
1998
60
38
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
33
O intervalo entre a realizao dos balanos, sua publicao e a vericao e sistematizao dos dados e das anlises por parte do Ibase deve-se a
alguns motivos importantes e necessrios para a correta leitura das informaes contidas nesta publicao.
Os balanos revelam informaes de dois exerccios anuais anteriores.
Durante 2007, por exemplo, foram realizados e publicados os balanos com
informaes ano-base 2006/2005. Ao longo de 2008, muitas empresas ainda
realizavam seus BSs ano-base 2007/2006. Como esses balanos que so
publicados ao longo de todo o ano, sem nenhuma obrigatoriedade ou regularidade de data interferem no resultado nal de todos os nossos clculos
e estatsticas, faz-se sempre necessrio um intervalo mnimo de dois anos
para a anlise de dados j consolidados. Assim sendo, uma parte deste trabalho utiliza os balanos publicados desde 1997 at 2005. Porm, em outras,
nosso pblico leitor somente encontrar informaes de balanos publicados no perodo de 2001 a 2005 (ano-base 2000/2004) para o clculo dos valores, das mdias e dos percentuais apresentados, que embasam nossas anlises e concluses sobre nmeros que no mais sofrero alteraes.
Grco 2 Receitas totais lqidas por ano de publicao (em bilhes de reais)
653
663
2004
2005
569
492
345
261
215
125
58
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
O crescimento anual da folha de pagamento e o total de pessoas empregadas conrmam a relevncia socioeconmica e a capilaridade das empresas
que utilizam o modelo Ibase.
Estes nmeros podem ser conferidos a seguir, no grco 3.
Grco 3 Total das folhas de pagamento brutas por ano de publicao (em bilhes de reais)
68
64
50
54
37
32
27
20
8
1997
34
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
35
1.605
1.706
1.340
1.080
1997
351
381
3.940
192
1998
3.623
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
36
Nos indicadores sociais internos dos balanos publicados so apresentados todos os investimentos voltados para a prpria empresa, tanto aqueles
voluntrios como os obrigatrios. A partir da anlises do conjunto dessas
informaes, podemos obter alguns indcios de como so tratadas e valorizadas (ou no) as pessoas dentro das companhias que utilizam a ferramenta
do Ibase.
O grco 5 apresenta os investimentos realizados em benefcio dos funcionrios e das funcionrias ao longo dos ltimos anos. Ainda que sejam
valores mdios, que agregam diversos tipos de investimentos anuais por
pessoa num intervalo que pode variar de R$ 1.000 at R$ 80.000, nitidamente percebe-se uma tendncia de ampliao desses investimentos internos nos ltimos anos.
Grco 5 Investimentos sociais internos por empregado(a) excluindo encargos sociais
(em milhes de reais)
776
112
2.777
2.254
1.822
125
1997
249
647
1998
1999
772
2000
2001
2002
2003
2004
2005
37
e sade (20%). Investir na alimentao e sade de funcionrios e funcionrias uma iniciativa importante e louvvel. Todavia, congura-se um tanto
bsico armar, at mesmo por conta de garantias legais nacionais e internacionais, que as empresas que publicam BS no Brasil proporcionam uma
vida minimamente saudvel para seu corpo funcional. No deveria mesmo
ser diferente.
Contudo, o que nos chamou muito a ateno foram as variaes para
menos e a pouca importncia dada a alguns investimentos no-obrigatrios, mas que so recorrentemente valorizados nos discursos da maioria das
empresas. Particularmente, os investimentos em educao (em geral) e em
capacitao (formao para o trabalho) so exemplos bastante ilustrativos.
Esses sempre aparecem com destaque quando representantes de empresas
falam sobre a importncia da valorizao das pessoas no ambiente de trabalho. Porm, para alm das palavras, tais gastos representam uma pequena
parte dos investimentos anuais voltados para as empresas analisadas. Alguns
vm diminuindo nos ltimos anos, como pode ser observado a seguir.
Grco 6 Investimentos sociais internos mdia anual por funcionrio(a) a cada R$ 1.000
investidos
57
50
49
45
40
45
Investimentos em educao
Investimentos em capacitao
Investimentos em creche
43
Investimentos em cultura
30
20
20
2000
38
2001
24
20
17
1
[1]
27
2002
10
10
10
3
[3]
[4]
4
7
[7]
2003
2004
2005
ndice ocial do governo federal para medio das metas inacionrias, acordadas com o Fundo Monetrio
Internacional, a partir de julho de1999.
2
39
17,4
15,8
17,1
5,18
4,33
16,6
15,2
to a ser respondida se esses investimentos so signicativos, representativos e se possuem resultados sociais positivos compatveis com o poder, o
impacto e as responsabilidades que essas mesmas empresas tm em relao
sociedade que lhe outorga o direito de operar e produzir, fornece-lhes mode-obra e as nancia, via compra de bens, produtos e servios. Outra pergunta que surge nesse contexto se as empresas estaro dispostas a manter
os mesmos patamares de investimentos sociais externos, mesmo quando os
resultados no forem to satisfatrios.
15,1
15,9
3,93
3,03
3,25
% do resultado operacional
para investimentos externos
% da receita lqida para
investimentos externos
7,2
0,34
[1]
2000
0,61
2001
0,59
2002
0,56
0,53
[3]
[4]
2003
2004
0,55
[7]
2005
1,8
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
Quando comparamos o total dos investimentos externos com os resultados anuais e as receitas lqidas das empresas aqui analisadas, observamos
que, percentualmente, o peso desses investimentos vem caindo em comparao aos resultados operacionais (de 5,4% em 2002 para 3% em 2005) e
permaneceu praticamente estvel em relao receita lqida, mantendo-se
no patamar de 0,5% anual, com alguma variao para mais em 2001/2002 e
para menos em 2000.
Nesse sentido, podemos inferir que dentro desse nosso universo, referncia para muitas empresas no Brasil, h uma tendncia de destinar-se 0,5%
das receitas lqidas para os investimentos sociais privados, mesmo com
indicaes de melhoria nos resultados operacionais anuais. A grande ques-
40
41
30,2
27,9
26,3
25,6
23,2
23,9
22,9
22
22,5
22,6
21,2
Educao
19,5
Cultura
Sade e saneamento
Esporte
10,2
10,6
11,2
10,7
6,9
[9,1]
5,2
0
2000
2001
Combate fome
9,7
7,5
7,6
2002
5,2
2003
25
23
23
21
2004
20
2005
A educao um valor em nossa sociedade e a crena nos desdobramentos positivos desse tipo de iniciativa j conrmada por vrios estudos
praticamente inquestionvel. J os investimentos em cultura nos trazem
questionamentos que no so possveis de responder, dada as limitaes
do instrumento balano social quanto ao tipo de informao solicitada. Por
exemplo: qual parcela desses investimentos em cultura foi realizada via
renncia scal e/ou por meio de leis de incentivo cultura? Qual parcela
dos investimentos foi realizada com recursos prprios, nos quais empresas
abriram mo de parte de seus lucros para investir em cultura e em outras
iniciativas de interesse comum, pblico ou comunitrio? Estas so respostas que ainda no temos.
As aes externas ligadas s reas de sade e de esporte apresentam uma
pequena evoluo ao longo dos anos analisados. J as aes de combate fome
e alimentao realizadas por empresas pblicas e privadas se fazem perceber at 2002. Esse crescimento, possivelmente, est relacionado s iniciativas
governamentais e nfase que o Estado brasileiro tem dado s aes de combate fome e de estmulo segurana alimentar nos ltimos anos.
42
28
8,1
1,9
10,7
2000
2001
2002
2003
2004
2005
43
Grco 12 Investimentos ambientais externos mdios por empresa (em milhes de reais)
3,9
3,7
3,2
2,1
12,87
[1]
9,52
2000
2001
2002
[3]
[4]
2003
2004
[7]
2005
1,08
0,96
[1]
2000
2001
5,88
3,84
0,92
[3]
0,95
[4]
0,69
2003
2004
2005
5,52
0,79
2002
% do resultado operacional
em MAO
[7]
44
Ainda assim, quando observamos os dados publicados at 2005, a tendncia tem sido tambm de reduo dos investimentos ambientais externos. Os
prximos anos, todavia, daro pistas se essa tendncia continuar ou no, e
sem dvida, no longo prazo, o prprio planeta nos dar a prova inconteste se
as prticas internas e externas das empresas mantiveram-se de acordo com
a continuidade da vida no planeta ou somente seguiram focadas no lucro de
curto prazo conquistado a qualquer preo.
Outro importante indicador, que nos ajuda a mensurar a preocupao
com a reduo dos impactos ambientais, est relacionado ao estabelecimento e ao cumprimento, ou no, de metas anuais de ecoecincia. Medir,
avaliar e estabelecer metas para mudar as prticas ao longo do tempo um
processo fundamental nas organizaes e empresas. Nos balanos sociais
publicados em 2002, aparecem, pela primeira vez, questes sobre o estabelecimento de metas para os investimentos em meio-ambiente e tambm
sobre os percentuais de cumprimento. Esse indicador entrou no modelo
por sugesto de uma das maiores organizaes internacionais de defesa
do meio-ambiente, antiga parceira do Ibase, que preferiu, por estratgia de
ao poca, no se congurar formalmente como uma das organizaes
sociais que apoiavam o modelo.
No grco 13 podemos acompanhar a evoluo das metas ambientais
durante os ltimos anos. Vericamos que cerca de 60% das empresas analisadas estabelecem e cumprem satisfatoriamente suas metas anuais. Todavia, ainda chama muito a nossa ateno que dessas empresas, que em
BALANO SOCIAL DEZ ANOS
45
geral esto na vanguarda da preocupao socioambiental, ainda no possuam qualquer tipo de meta anual estabelecida para avaliar, aperfeioar e/
ou corrigir seus investimentos e impactos ambientais.
58
80,7
57
84,6
91,9
88,9
95,2
80,5
59
69,4
78,2
53
91,2
74,4
71,7
63,3
24
26
23
2000
10
7
16
9
11
2001
2002
2003
2004
2005
2000
2001
2002
2003
2004
2005
9
8
2000
2002
2003
2005
75,3
69,6
63,8
46
60
56,9
50,3
50,6
40,9
33,9
25
20
15
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2000
2001
2002
2003
2004
2005
47
COM DEFICINCIA
TERCEIRIZADAS
77,4
64,8
82,4
77,9
75,9
69,2
82,8
66,5
54,8
53,2
41,7
31,7
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2000
2001
2002
2003
2004
2005
ACIMA DE 45 ANOS
82,6
31,4
87,7
90,7
76,7
30,6
30,7
29,9
28,8
58,1
18,9
35
2000
2002
2003
2004
Mulheres
Pessoas acima de 45 anos
14
14,9
Negros(as)
Pessoas com deficincia
14,3
14,2
2,4
2,3
2,1
2,1
2001
2002
2003
2004
2005
2005
48
19,8
18,6
15
2001
19,5
19
49
O conjunto dessas informaes nos leva a inferir, com bastante objetividade, que as empresas continuam preferindo homens brancos na hora de
escolher quem vai comandar os seus negcios. O grande desao nesta questo como romper com esse crculo vicioso de preconceito e excluso dentro
do universo empresarial brasileiro.
Os dados dos balanos sociais tambm nos mostram que as pessoas com
decincia ainda no encontraram seu espao no mercado de trabalho. Apesar da existncia de uma legislao especca e de todo o debate que tem
ocorrido sobre o tema, bastante insignicante o percentual de postos de
trabalho ocupados por pessoas com decincia (PCDs). Principalmente, se
levarmos em conta que a legislao brasileira em vigor determina que, no
mnimo, 5% dos postos devem ser ocupados por PCDs nas empresas com
mais de 1 mil pessoas empregadas. Ainda h muito o que fazer para sensibilizar e cobrar do empresariado brasileiro que faa a sua parte para reverter
este quadro de excluso.
Grco 17 Percentuais de pessoas com decincia sobre o total de empregados(as) por
ano (em %)
2,4
2,3
2,1
2,1
2003
2004
Grco 11 Percentuais de ocupao dos cargos de chea por mulheres e negros(as) (em %)
1,2
16,7
17,1
14,1
15
14,1
6,7
4,4
3,5
4,9
2,9
2001
50
2002
2003
2004
2005
2000
2001
2002
2005
51
41,1
42,8
42,8
36,9
32,4
28,9
33,4
29,2
26,9
20,5
2000
38,4
33,4
2001
2002
2003
2004
2005
[1]
2000
2001
2002
[3]
[4]
2003
2004
[7]
2005
52
53
Grco 20 Grau de participao dos(as) funcionrios(as) na denio dos padres de segurana e salubridade no ambiente de trabalho
80
70
441
30
28
50
40
340
304
30
331
20
298
22
60
10
200
2000
14
15
165
7
44
2000
2002
2004
2005
2000
33
36
2001
2002
20
27
2003
2004
15
2005
N de acidentes de trabalho
por 1.000 empregados
Investimento em segurana
valor mdio/empregado
2001
Direo e gerncia
N DE ACIDENTES
INVESTIMENTO
DE TRABALHO POR
EM SEGURANA
2000
2001
1.000 EMPREGADOS
VALOR MDIO/
EMPREGADO
2002
2003
Todos os empregados
2004
2005
Todos + Cipa
54
200
2000
2001
Direo
Direo e gerncia
2002
2003
2004
2005
Todos os empregados
55
7. Outras informaes
Este um espao livre e em aberto que tem sido amplamente utilizado pelas
empresas para divulgar a mais variada gama de informaes relevantes sobre
como so incorporadas e divulgadas as prticas da responsabilidade social
corporativa. Todavia, so informaes complementares, no-sistematizadas,
que vo desde algumas notas explicativas at tabelas, extensos textos e fotos.
Assim sendo, o item 7 no foi tambm objeto de anlise deste livro.
56
57
CAPTULO
O selo
omo meio de assegurar a ampla divulgao das informaes e estimular a vericao dos dados por parte da sociedade, desde 1998 o Ibase
oferece s mdias e grandes empresas que publicam balano social no seu
modelo a possibilidade de receber o Selo Balano Social Ibase/Betinho.
Para isso, a empresa deve cumprir uma srie de critrios, estabelecidos
pelo instituto, visando ampla divulgao do documento, transparncia
dos nmeros e participao dos diversos pblicos interessados.
O primeiro passo preencher a tabela de maneira completa. Informaes e
dados indisponveis ou descritos como no-aplicveis s operaes da empresa
no so aceitos. A empresa precisa declarar expressamente, em documento
assinado por seu representante legal diretor(a)/presidente(a) , que no
utiliza mo-de-obra infantil, trabalho anlogo escravido; no est envolvida, direta ou indiretamente, com prostituio ou explorao sexual infantil; no se envolve em corrupo; e apresentar um compromisso da empresa
com a valorizao e o respeito diversidade. Os compromissos e as declaraes devem ser enviados ao Ibase e devem constar do preenchimento do item
7 Outras informaes.
O balano social deve, obrigatoriamente, ser publicado em jornal ou revista
de grande circulao regional ou nacional (de acordo com a abrangncia e atuao da empresa) e disponibilizado na pgina web da mesma. Cada funcionrio e funcionria deve receber um exemplar de forma individualizada e por
meio de material impresso acompanhado de uma mensagem da presidncia
salientando a importncia do documento para a empresa e estabelecendo um
canal de dilogo com seus colaboradores e suas colaboradoras. As empresas
devem, tambm, enviar e protocolar a entrega do balano social aos sindicatos
que representam as categorias prossionais que integram o corpo funcional.
Se a idia inicial era ampliar o nmero de balanos no Brasil, com o passar
dos anos, seus contedos nos revelam que algumas empresas no informavam integralmente todos os nmeros solicitados e que alguns dados eram sistematicamente omitidos, uma tentativa de mostrar mais o lado positivo e no
dar tanta visibilidade aos dados considerados negativos. Cabe aqui ressaltar
60
que, muitas vezes, essa uma prtica incorreta se pensada em mdio e longo
prazos, pois um bom instrumento de divulgao, avaliao e planejamento
deve servir, tambm, para corrigir eventuais desacertos estratgicos, problemas internos e externos e a falta de determinada viso em uma empresa ou
organizao.
Buscando corrigir a tendncia em que a forma e a imagem acabam superando o contedo e a possibilidade de mudanas concretas nas prticas sociais
e ambientais das empresas, o Ibase adotou como estratgia a busca, a cada
ano, de critrios mais rigorosos para avaliao de contedo e divulgao das
informaes que devem constar dos balanos sociais das empresas.
A partir de 2006, um novo critrio estabelece um processo pioneiro no
Brasil. Com o intuito de promover na sociedade um olhar atento sobre
as prticas empresariais e o balano social, o Ibase decide promover uma
consulta pblica para que qualquer cidado ou cidad possa se manifestar
sobre as empresas que solicitam o selo. Com durao de dois meses, o objetivo dessa consulta envolver, de forma mais efetiva, as organizaes da
sociedade civil e os sindicatos no acompanhamento dos balanos apresentados, buscando a participao e o dilogo mais crtico e construtivo entre
a sociedade e as empresas. As informaes divulgadas so analisadas por
algumas organizaes da sociedade civil parceiras do Ibase em diversas
reas de atuao (consumidores(as), gnero, raa/etnia e meio-ambiente) e
cam disponveis no website do balano social <www.balancosocial.org.br>
para que qualquer pessoa possa fazer crticas ou comentrios.
O processo, em seu primeiro ano, levou 54 empresas para a consulta
pblica, sendo que duas delas no conseguiram obter o selo por causa de
denncias envolvendo ao civil pblica. Recebemos 147 manifestaes
sobre 23 diferentes empresas.
Em 2007, segundo ano de realizao da consulta pblica, 60 companhias
solicitaram o "Selo Balano Social Ibase/Betinho". Contudo, somente 17
empresas o levaram. Essa grande diferena deu-se pela anlise de contedo dos balanos. Passou-se a considerar se os indicadores e dados sobre
BALANO SOCIAL DEZ ANOS
61
63
59
52
41
25
22
17
8
2000
62
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
63
MUDANA NECESSRIA
Ao estabelecer como critrio a cota de pessoas com decincia no corpo funcional em 2007, vimos o nmero de selos cair drasticamente. Ao longo do
ano, ouvimos diversas justicativas das empresas: Queremos contratar,
mas no h no mercado PCDs qualicados e em nmero suciente; O que
eu fao se no tenho mais vaga? Tiro emprego de quem j est l para cumprir esta cota de 5%?. Em novembro do mesmo ano, aps todo o processo do
balano social e do selo, o Ibase promoveu um encontro com a presena de
ONGs que tratam o tema, empresas e poder pblico. J era hora de um debate
frente a frente com as partes interessadas, pessoas qualicadas discutindo
a situao atual e o que queremos para o futuro. Um momento rico de rearmao da necessidade urgente de mudanas nas prticas empresariais de
contratao e valorizao da diversidade.
64
65
CAPTULO
Concluses
Lies do processo
A criao e o aperfeioamento do modelo de balano social Ibase a partir
de interao, debate e embates com um setor muito diversicado e carregado de poder poltico e econmico, como o caso do universo empresarial
e a prpria campanha desenvolvida pelo Ibase durante os ltimos dez anos
evidenciaram as possibilidades e os limites para a transformao das prticas empresariais e a implementao de mudanas sociais concretas.
Com objetivo bem denido transparncia e responsabilidade no setor
empresarial , o primeiro passo do Ibase foi sempre o dilogo, visando
ampliao da participao democrtica. O dilogo e as possibilidades de
interaes intersetoriais so e tm sido muito bem-vindas e frutferas para
toda a sociedade, sempre que mantidas a autonomia e a viso crtica de
todos os atores sociais envolvidos ao longo do processo.
Em determinadas situaes, o confronto poltico e de idias, que pode
gerar denncias e constrangimento pblico da imagem de uma empresa
(via imprensa nacional e internacional e/ou via processos judiciais e a
ao dos ministrios pblicos federal e estaduais), torna-se tambm um
bom caminho para barrar algumas formas de violao de direitos por parte
de companhias.
Os passos seguintes devem ser escolhidos em funo da conjuntura, em
um processo de melhoria contnua e ampliao constante das exigncias e
do rigor metodolgico. A gura de linguagem que utilizamos para ilustrar
o incio do processo de elaborao do modelo Ibase foi o da pequena cunha
de metal sendo utilizada para cortar a imensa rocha. J em relao aos critrios para concesso do "Selo Balano Social Ibase/Betinho", a gura foi a
do parafuso e a porca. Ano aps ano, sempre dvamos uma volta a mais na
porca, como smbolo da ampliao no rigor.
Uma questo a ser respondida se os investimentos sociais e ambientais
que vm sendo realizados so verdadeiramente signicativos, representativos e possuem resultados positivos compatveis com o poder, o impacto e as
68
69
70
71
Anexos
72
E st cada vez mais difundida nos vrios setores da sociedade a idia de que
a atual situao do mundo requer ateno especial das empresas para sua
dimenso social.
As empresas, pblicas ou privadas, queiram ou no, so agentes sociais
no processo de desenvolvimento. A dimenso delas no se restringe apenas
a uma determinada sociedade, cidade, pas, mas no modo com que se organiza e principalmente atua, por meio de atividades essenciais.
Nos pases desenvolvidos, de economia de mercado, as empresas introduzem variveis sociais nos critrios de gesto e desenvolvimento.
H cada vez mais a necessidade de demonstrar sociedade que no se
progride sem a pureza do ar, a preservao das orestas e a dignidade da
populao.
Assim, o balano social atende a todos. Para os dirigentes, oferece os elementos essenciais para as decises sobre programas e responsabilidades
sociais que a empresa venha a desenvolver. Os empregados tm a garantia
de que as expectativas cheguem at os patres de uma maneira sistematizada e quanticada.
Os fornecedores e investidores passam a conhecer a maneira como a
empresa encara responsabilidades em relao ao quadro humano, o que
representa um indicador de como a instituio administrada.
Todo esse processo chega at os consumidores, que vericam a qualidade
dos produtos. H uma aproximao entre a empresa e o mercado consumidor.
Quanto ao Estado, cabe a concesso de subsdios, importantes para a elaborao de normas legais que regulamentem, de maneira mais adequada, a
atividade das empresas para o bem-estar individual e da comunidade. Sem
distino, chegando ao lucro sem ultrapassar os limites sociais. Por conseqncia, mais lucro, maior satisfao dos funcionrios e consumidores.
possvel pensar nessa realidade: ter no somente um balano nanceiro das empresas, mas um social, para que o conjunto da sociedade tome
conhecimento do que j avanamos e do que teremos ainda a avanar nessa
direo.
Os tempos e as conscincias esto maduras para que essa idia caia em
terreno frtil e se transforme em realidade. Que cada um tome a iniciativa e
faa a sua parte enquanto h tempo. O Brasil no pode esperar que o desenvolvimento passe por cima dos interesses e das cabeas de milhes de pessoas.
BALANO SOCIAL DEZ ANOS
73
Temos que entrar no ano 2000 (ana, a virada do sculo) sob o signo de
estar fazendo agora tudo o que j deveramos ter feito h muitos sculos: a
eliminao da misria, to grave e assustadora neste pas. Com isso, mostramos que no somos mais indiferentes distncia cada vez maior entre os
que tm e os que no tm.
Na Frana, desde 1977, legalmente obrigatria a publicao do balano
social das empresas com mais de 750 empregados, o que comprova a importncia dada pelas sociedades desenvolvidas gesto empresarial.
Para a grande maioria dos empresrios brasileiros, contudo, o conceito
de balano social ainda novo.
O que , anal, o balano social? Segundo Nelson Gomes Teixeira, um
instrumento colocado na mo de empresrios para que possam reetir, medir,
sentir como vai tal empresa, o seu empreendimento no campo social.
Trata-se de uma avaliao para medir e julgar os fatos sociais vinculados
empresa, tanto internamente - empresa/empregados - como externamente
(empresa/comunidades).
74
Acesita S/A
Ach Laboratrios Farmacuticos
Acar Guarani S/A
Aucareira Corona S/A
AES Sul Distribuidora Gacha de
Energia
AGCO do Brasil
Agrcola Fraiburgo S/A
Agro Pecuria Campo Alto Ltda
Agro Pecuria Mongre Ltda
Agrovale Agro Indstrias do
Vale do So Francisco S/A
Albrs Alumina Brasileiro S/A
ALL Amrica Latina Logstica
AlphaVille Urbanismo S/A
Alunorte Alumnio do Norte do
Brasil S/A
Amaznia Celular
AMG Engenharia Ltda
Ampla
Antnio Ruette Agroindustrial Ltda
Apsen Farmacutica S/A
Araupel S/A
Asbace ATP
Bahia Sul Celulose
Bahiags Cia. de Gs da Bahia
Banco Bradesco
Banco da Amaznia
Banco do Brasil
Banco do Nordeste do Brasil S/A
Banco Ita
Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo Sul
Banco Rural
Bandeirante Energia
Bank Boston
Banrisul Banco do Estado do Rio
Grande do Sul S/A
Basf
Belcar Caminhes e Mquinas
Belgo Mineira
Besc Banco do Estado de Santa
Catarina
BNDES Banco Nacional de
Desenvolvimento Econmico e
Social
Boa Vista Energia S/A
BR Distribuidora
Brasil Telecom
Brasilcap Capitalizao S/A
Brasilsade Cia. de Seguros
BRB Banco de Braslia S/A
Caesb Cia. de Saneamento do
Distrito Federal
Cagece Cia. de gua e Esgoto do
Cear
Caiu Servios de Eletricidade
Calados Azalia
Calados Bibi
Camargo Corra S/A
Cambar S/A Produtos Florestais
Canguru Embalagens S/A
Caramuru Alimentos Ltda
Carioca Christiani Nielsen
Engenharia S/A
Castros Park Hotel
CBTU Cia. Brasileira de Trens
Urbanos
CEA Cia. de Eletricidade do Amap
Ceagesp Cia. de Entrepostos e
BALANO SOCIAL DEZ ANOS
75
76
Copel Transmisso
Copesul Cia. Petroqumica do Sul
Copiadora Cidade Ltda
Corsan Cia. Riograndense de
Saneamento
Cosern Cia. Energtica do Rio
Grande do Norte
Cosipa Cia. Siderrgica Paulista
CPFL Cia. Piratininga de Fora e
Luz
CPFL Cia. Paulista de Fora e Luz
CPFL Energia S/A
CPFL Gerao de Energia S/A
CPTM Cia. Paulista de Trens
Metropolitanos
CSN Cia. Siderrgica Nacional
CST Cia. Siderrgica de Tubaro
CTEEP Cia. de Transmisso de
Energia Eltrica Paulista
Cummins
CVI Refrigerantes Ltda
CVRD Cia. Vale do Rio Doce (Vale)
De Nadai Alimentao
Dedini Acar e lcool Ltda
Dedini S/A Indstria e Comrcio
Dedini S/A Indstrias de Base
Della Coletta Usina de Acar e
lcool Ltda
Descartveis Zanatta Ind. de
Plsticos Zanatta Ltda
Disoft Solutions S/A
Dori Alimentos Ltda
Du Pont
Duke Energy Internacional
Gerao Paranapanema S/A
Duratex
Ebal Empresa Baiana de
Alimentos
ECT Dir. Reg. RS Empresa
Brasileira de Correios e
Telgrafos
ECT Nacional Empresa
Brasileira de Correios e
Telgrafos
EEB Empresa Eltrica
Bragantina
Eul Empresa Fora e Luz
Urussanga
El Paso
Elektro Eletricidade e Energia
Eletroacre Cia. de Eletricidade
do Acre
Eletrobrs Centrais Eltricas
Brasileiras
Eletronorte Centrais Eltricas
do Norte do Brasil
Eletronuclear Eletrobrs
Termonuclear
Eletropaulo Metropolitana
Eletricidade de So Paulo
Eletrosul Centrais Eltricas S/A
Elevadores Otis Ltda
Eli Lilly do Brasil
Embraco Empresa Brasileira de
Compressores
Embraer Empresa Brasileira de
Aeronutica S/A
Embrapa Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuria
Embratel Empresa Brasileira de
Telecomunicaes S/A
Emepa Empresa Estadual de
Pesquisa da Paraba
Emparn Empresa Energtica de
Pesquisa Agropecuria
Empresa Eltrica Vale
Paranapanema
Energipe Empresa Energtica de
Sergipe S.A.
Enersul Empresa Energtica de
BALANO SOCIAL DEZ ANOS
77
78
Marisol S/A
Masa da Amaznia Ltda
MBR Mineraes Brasileiras
Reunidas
Medley S/A Indstria Farmacutica
Metalrgica Gerdau S/A
Metasa S/A Indstria Metalrgica
Metr SP Cia. do Metropolitano
de So Paulo
Milenia Agrocincia.s S/A
Millennium Inorganic Chemicals
do Brasil S/A
MNA Metalrgica Nova
Americana S/A
Multibrs da Amaznia
Multibrs S/A Eletrodomsticos
Muri Linhas de Montagem
Muxfeldt Marin Cia.
Nardini Agroindustrial Ltda
NC Energia S/A
Nestl Brasil Ltda
Norvinco Ind. de Embalagens
Nordeste Ltda
Novit Fiat
O Boticrio Grupo
O Boticrio Indstria
Organizaes Inepar
Organon do Brasil Ind. Com.
de Akzo Nobel Ltda (Diviso
Organon)
Orsa Celulose, Papel e
Embalagens S/A
Orsa Florestal Ltda
Par Pigmentos S/A
Paraso Bioenergia Ltda
Parks S/A Comunicaes Digitais
Perdigo S/A
Pesagro-Rio Empresa de
Pesquisa Agropecuria do Estado
do Rio de Janeiro
Peter Chemical
Petrobras Petrleo Brasileiro S/A
Petroex Indstria e Comrcio S/A
Petrleo Ipiranga
Petroqumica Triunfo
Polibrasil
Politec Ltda
Politeno Indstria e Comrcio S/A
Porto Seguro S/A
Proimport Brasil Ltda
Randon S/A Implementos e
Participaes
Refap Renaria Alberto
Pasqualini
Refrigerantes Maraj S/A
RGE Rio Grande Energia
RRJ Transportes de Valores,
Segurana e Vigilncia.
Sabarlcool S/A Acar e lcool
Sabesp Cia. de Saneamento
Bsico do Estado de So Paulo
Sadia
Saelpa Sociedade Annima de
Eletricao da Paraba
Saganor
Saint-Gobain Canalizao S/A
Samarco Minerao S/A
Sanasa Sociedade de Abastecimento
de gua e Saneamento S/A
Sanepar Cia. de Saneamento do
Paran
Santa Cruz S/A Acar e lcool
Santander Banespa
SAR Sul Amrica Refrigerao
Serasa Centralizao de
Servios dos Bancos
Sercomtel Celular S/A
Sercomtel S/A Telecomunicaes
Shell Brasil Ltda
Sidesc Clube Card
BALANO SOCIAL DEZ ANOS
79
80
de Minas Gerais
Usina Aucareira So Manoel S/A
Usina Alvorada Acar e lcool Ltda
Usina Cerradinho Acar e
lcool S/A
Usina Mandu S/A
Usina So Domingos Acar e
lcool S/A
Usina So Jos da Estiva S/A
Acar e lcool
Usina So Martinho S/A
Usina Vista Alegre Acar
e lcool
USJ Acar e lcool S/A
Vale do Iva S/A Acar e lcool
Vega Engenharia Ambiental
Viao Campos Gerais S/A
Viao Grande Vitria Ltda
Viamo
Virgolino de Oliveira S/A Acar
e lcool
Votorantim Celulose e Papel
Zanzini Mveis
Zen
1001 Recargas e Cartuchos
2006
Acar Guarani S/A
Agrovale - Agro Indstrias do Vale do So Francisco S/A
Apsen Farmacutica S/A
Bahiags Cia de Gs da Bahia
Banco do Brasil
Brasilsade Cia. de Seguros
Canguru Embalagens S/A
CEG Cia. Distribuidora de Gs do Rio de Janeiro
Celesc Centrais Eltricas de Santa Catarina S/A
Celpe Cia. Energtica de Pernambuco
Cia. Fiao e Tecidos Cedro e Cachoeira
Cocal Comrcio Indstria Cana Acar e lcool Ltda
Coelba Cia. de Eletricidade do Estado da Bahia
Coelce Cia. Energtica do Cear
Construtura Queiroz Galvo S/A
Copag da Amaznia S/A
Copasa Cia. de Saneamento de Minas Gerais
BALANO SOCIAL DEZ ANOS
81
82
2005
Acesita S/A
Acar Guarani S/A
Aucareira Corona S/A
Agro Pecuria Campo Alto Ltda
Agro Pecuria Mongre Ltda
ALL - Amrica Latina Logstica
Ampla
Antnio Ruette Agroindustrial Ltda
BahiaGs Cia. de Gs da Bahia
Banco do Brasil
Belcar Caminhes e Mquinas
Brasilsade Cia. de Seguros
Caesb Cia. de Saneamento do Distrito Federal
Calados Azalia
Canguru Embalagens S/A
Cedae Cia. Estadual de guas e Esgotos
Celesc Centrais Eltricas de Santa Catarina S/A
Celpe Cia. Energtica de Pernambuco
Cia Energtica Santa Elisa
Cia Fiao e Tecidos Cedro e Cachoeira
Cia Industrial Cataguases
Cia Industrial e Agrcola Ometto (So Martinho S/A)
Coelba Cia. de Eletricidade do Estado da Bahia
Coelce Cia. Energtica do Cear
Construtora Queiroz Galvo S/A
Copasa Cia. de Saneamento de Minas Gerais
Copel Cia. Paranaense de Energia Eltrica
Copesul Cia. Petroqumica do Sul
Della Coletta Usina de Acar e lcool Ltda
Descartveis Zanatta Ind. de Plsticos Zanatta Ltda
Dori Alimentos Ltda
Ebal Empresa Baiana de Alimentos S/A
El Paso
Ferrari Agroindstria Ltda
Geraldo J. Coan & Cia Ltda
Grupo Po de Acar
Grupo Skill
Hospital Mater Dei
83
2004
Acesita S/A
Acar Guarani S/A
Aucareira Corona S/A
Amaznia Celular
Banco do Brasil
Banrisul Banco do Estado do Rio Grande do Sul S/A
Calados Azalia
Canguru Embalagens S/A
Cedae Cia. Estadual de guas e Esgotos
Celesc Centrais Eltricas de Santa Catarina S/A
Cia. Carris Porto Alegrense
Cia. Energtica Santa Elisa
84
85
2003
Acesita S/A
Banco do Brasil
Banrisul Banco do Estado do Rio Grande do Sul S/A
Belcar Caminhes e Mquinas
Caesb Cia. de Saneamento do Distrito Federal
Calados Azalia
Canguru Embalagens S/A
Cedae Cia. Estadual de guas e Esgotos
Cia. Carris Porto Alegrense
Cia. Energtica Santa Elisa
Cia. Industrial Cataguases
Cia. Industrial e Agrcola Ometto (So Martinho S/A)
Cocal Comrcio Indstria Cana Acar e lcool Ltda
Embratel Empresa Brasileira de Telecomunicaes S/A
Gasa
Grupo Jos Pessoa (selo suspenso)
Grupo Po de Acar
Hospital de Clnicas de Porto Alegre
Imbralit Ind. e Com. de Artefatos de Fibrocimento Ltda
Intermdica Sade
Intervias Concessionria de Rodovias do Interior Paulista S/A
Jalles Machado S/A
Laboratrio Sabin de Anlises Clnicas
Marcopolo S/A
Multibrs da Amaznia
Organizaes Inepar
Paraso Bioenergia Ltda
Petrobras - Petrleo Brasileiro S/A
Saint-Gobain Canalizao S/A
Samarco Minerao S/A
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2002
Acesita S/A
Agrcola Fraiburgo S/A
Banco do Brasil
Banrisul Banco do Estado do Rio Grande do Sul S/A
Belcar Caminhes e Mquinas
Belgo Mineira
BR Distribuidora
Calados Azalia
Calados Bibi
Cedae Cia. Estadual de guas e Esgotos
Copel Cia. Paranaense de Energia Eltrica
Granvitur Fretamento e Turismo
Grupo Po de Acar
Intermdica Sade
Organizaes Inepar
Petrobras - Petrleo Brasileiro S/A
Sercomtel Celular S/A
Sercomtel S/A Telecomunicaes
Sul Amrica Seguros
Tecnum & Corporate Empreendimentos Imobilirios
Viao Grande Vitria Ltda
Votorantim Celulose e Papel
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2001
Ach Laboratrios Farmacuticos
Banco do Brasil
Belgo Mineira
BR Distribuidora
Calados Azalia
CET Cia. de Engenharia de Trfego de So Paulo
Cohab Cia. de Habitao do Estado do Par
Copel Cia. Paranaense de Energia Eltrica
CPTM Cia. Paulista de Trens Metropolitanos
ECT Diretoria Regional do Rio Grande do Sul
Embraer Empresa Brasileira de Aeronutica S/A
Embrapa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria
Embratel Empresa Brasileira de Telecomunicaes S/A
Emepa Empresa Estadual de Pesquisa da Paraba
Emparn Empresa Energtica de Pesquisa Agropecuria
Epamig Empresa de Pesquisa Agropecuria de Minas Gerais
Escola de Turismo e Hotelaria Barreira Roxa
Fersol
Grupo Po de Acar
Intermdica Sade
Organon do Brasil Ind. Com. de Akzo Nobel Ltda (Diviso Organon)
Pesagro-Rio Empresa de Pesquisa Agropecuria do Estado do Rio de Janeiro
Petrobras Petrleo Brasileiro S/A
Usiminas Usinas Siderrgicas de Minas Gerais
Votorantim Celulose e Papel
2000
Banco do Brasil
Belgo Mineira
Calados Azalia
Copel Cia. Paranaense de Energia Eltrica
Cosipa Cia. Siderrgica Paulista
Grupo Po de Acar
Organizaes Inepar
Usiminas Usinas Siderrgicas de Minas Gerais
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A empresa dever apresentar e demonstrar melhoria contnua nas informaes contidas em seu balano social, proporcionalmente e em conformidade com seus resultados e desempenho. Os seguintes itens sero analisados pelo Ibase:
Educao Indicadores sociais internos;
Total das contribuies para a sociedade Indicadores sociais externos;
N de mulheres que trabalham na empresa;
% de cargos de chea ocupados por mulheres;
N de negros(as) que trabalham na empresa;
% de cargos de chea ocupados por negros(as);
Indicadores ambientais;
N total de acidentes de trabalho.
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Os nomes das empresas solicitantes caro disponveis no site da consulta pblica durante todo o perodo estabelecido.
A empresa dever, obrigatoriamente, informar ao seu corpo funcional
e s entidades sindicais e/ou representativas das categorias prossionais que integram o corpo funcional que est em processo de consulta
pblica, indicando o site <www.balancosocial.org.br> para participao.
Esta informao dever constar, tambm, na pgina principal/inicial do
site da empresa com direcionamento (link) para a pgina web da consulta pblica.
A lista dos selos concedidos ser divulgada pelo Ibase no dia 9 de agosto.
Seguidas as orientaes anteriormente citadas, o selo ser entregue em
formato eletrnico. Opcionalmente, o selo poder ser entregue em um quadro emoldurado e nominal, em cerimnia promovida pela empresa obrigatoriamente com a participao de seus(suas) funcionrios(as) e previamente agendada com o Ibase.
O recebimento desse selo no est relacionado a qualquer forma de pagamento, associao e/ou contribuio nanceira
Cabe ao Ibase a deciso nal sobre a concesso do selo.
Mais informaes com Cludia Mansur cmansur@ibase.br tel: (21)
2178-9400.
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RESTRIES
O "Selo Balano Social Ibase/Betinho" no ser fornecido s empresas de
cigarro, armas de fogo/munies e bebidas alcolicas.
O Ibase reserva-se o direito de no conceder, suspender e/ou retirar o Selo
Balano Social Ibase/Betinho de qualquer empresa envolvida, denunciada
e/ou processada por corrupo, violao de direitos humanos, sociais e
ambientais relacionados com a Declarao da OIT sobre os Princpios e
Direitos Fundamentais no Trabalho, de 1998; a Declarao Universal dos
Direitos Humanos; a Conveno das Naes Unidas para Eliminar todas
as Formas de Discriminao contra as Mulheres; a Conveno das Naes
Unidas sobre os Direitos da Infncia e da Adolescncia; as Diretrizes da
OCDE, de 2000; a Declarao do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1992; bem como toda a legislao brasileira relativa a esses direitos e deveres j estabelecidos.
As restries relativas explorao de trabalho infantil, ao trabalho forado
e prostituio ou explorao sexual de criana ou adolescente podero
ser motivo de consulta a rgos pblicos e privados de promoo, defesa e
garantia de direitos trabalhistas e de cidadania. Em caso de denncias e/ou
processos judiciais, o Ibase suspender o Selo at que a deciso nal seja
divulgada. A suspenso do selo ser informada por carta empresa e divulgada no site <www.balancosocial.org.br>
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