Tecnologia Móvel Design
Tecnologia Móvel Design
Tecnologia Móvel Design
ESPECIAIS
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
TÓPICOS ESPECIAIS
Caro(a) Aluno(a), seja bem-vindo(a) à disciplina de Tópicos Especiais. Este livro foi feito
exatamente para você que gosta de ficar antenado em tecnologia e principalmente em
mobilidade. Mobilidade que, hoje, é tratada como fator indispensável em qualquer par-
te de nosso dia a dia.
Nesse sentido, procuramos abordar conteúdos interessantes e que lhe ajudarão a me-
lhor se posicionar no que diz respeito a essa “tal” mobilidade. Sendo assim, na unidade
I, apresentaremos as tecnologias móveis, cenários e tendências de aplicações. Indicare-
mos como essas tecnologias são marcadas por computadores coletivos móveis, caracte-
rizada pela computação ubíqua. Conheceremos a Mobilidade Corporativa e o fenôme-
no BYOD, que está sendo cada vez mais utilizado pelas empresas. Serão apresentados os
conceitos sobre Mobile Tagging para indicar o processo de fornecimento de dados em
dispositivos móveis, por meio do uso de dados em um código de barras bidimensional,
em especial o QR Code. Ainda nessa unidade, veremos qual seria o foco do design em
relação aos dispositivos móveis, sua aplicação e influências nas características físicas dos
dispositivos móveis.
Na segunda unidade, preparamos um conteúdo com uma abordagem sobre os princi-
pais conceitos de mobilidade para os dispositivos móveis: mobilidade, portabilidade,
flexibilidade e a usabilidade. De nada adianta ter um celular de última geração, se ele
não lhe proporcionar essas características, pois hoje, o ser humano passa grande parte
do dia em uso desse dispositivo. Também iremos identificar as tendências futuras e atu-
ais da tecnologia mobile, bem como a Internet das Coisas e o que ela pode colaborar
com esta tecnologia.
Na unidade III, trataremos a respeito da relevância de se tornar móvel hoje em dia, bem
como entenderemos a dimensão dos aplicativos móveis e sua utilização. Além disso,
será discutido sobre as redes convergentes e sua importância.
Com auxílio do conteúdo presente na unidade IV, você poderá compreender um pouco
mais sobre a expansão do celular e sua mobilidade. Além disso, visualizaremos juntos
as diferenças existentes das tecnologias móveis, bem como a forma como serviços de
localização e o uso dos dispositivos móveis podem auxiliar no mundo dos negócios.
Por fim, na unidade V, vamos falar da mobilidade em um contexto mais sociológico. Nes-
sa etapa do estudo, você será provocado a refletir sobre o uso dessas tecnologias num
mundo globalizado, bem como entenderá um pouco mais a respeito da evolução que
temos presenciado nos tempos atuais.
Assim, nós te convidamos a entrar nessa jornada com empenho, dedicação e muita sede
por conhecimento!
Boa leitura!
09
SUMÁRIO
UNIDADE I
15 Introdução
26 Mobile Tagging
30 Estudo de Caso
32 Considerações Finais
40 Referências
42 Gabarito
10
SUMÁRIO
UNIDADE II
45 Introdução
55 Tecnologia e Mobilidade
58 Paradigma da Mobilidade
63 A Mobilização na Prática
67 Considerações Finais
74 Referências
76 Gabarito
UNIDADE III
79 Introdução
86 Aplicativos Móveis
88 Redes Convergentes
92 Considerações Finais
99 Referências
100 Gabarito
11
SUMÁRIO
UNIDADE IV
103 Introdução
134 Referências
136 Gabarito
12
SUMÁRIO
UNIDADE V
SOCIEDADE DA MOBILIDADE
139 Introdução
163 Referências
164 Gabarito
165 CONCLUSÃO
Professora Esp. Janaína Aparecida de Freitas
INTRODUÇÃO À
I
UNIDADE
TECNOLOGIA MÓVEL
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender os cenários e as tendências da tecnologia móvel.
■■ Entender a dimensão da evolução das aplicações com o uso das
tecnologias móveis.
■■ Aprender as principais tendências móveis no ambiente corporativo.
■■ Entender como a arte e o design entram no mundo dos dispositivos
móveis.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Tecnologia Móvel: Cenário e Tendência
■■ Tendências de Evolução das Aplicações
■■ Tendências no ambiente corporativo
■■ BYOD (Bring Your Own Device) e Consumerização
■■ MOBILE TAGGING
■■ Arte e Design em Dispositivos Móveis
■■ Estudo de Caso
15
INTRODUÇÃO
sociais ou no meio corporativo. Essa nova era da conexão é marcada por com-
putadores coletivos móveis, caracterizada pela computação ubíqua, pervasiva
(“pervasive computing”) ou senciente.
Vamos comentar sobre computação vestível (wearable computing), um dos
novos tipos de dispositivos móveis e sobre a Internet das Coisas (Internet of
Things) que integra a mobilidade de qualquer dispositivo computacional, enquanto
estamos em movimento. Dissertaremos sobre “computação nômade”, na qual a
capacidade de comunicação é capaz de atender às necessidades dos colabora-
dores que se movimentam.
Também veremos nesta unidade a Mobilidade Corporativa e como seria
interessante para a empresa que o colaborador móvel utilizasse as tecnologias
nas tarefas do seu dia a dia. Vamos discorrer sobre o fenômeno BYOD (“Bring
Your Own Device”), ou seja, “traga seu próprio dispositivo” e como está sendo
cada vez mais utilizado pelas empresas e a Consumerização.
Aprenderemos sobre Mobile Tagging como um conceito usado para indicar
o processo de fornecimento de dados em dispositivos móveis, por meio do uso
de dados em um código de barras bidimensional (2D), em especial o QR Code.
Ainda nesta unidade, veremos qual seria o foco do design em relação aos dispo-
sitivos móveis, sua aplicação e influências nas características físicas.
Preparado(a) para entrarmos na era da conexão? Boa leitura e bons estudos!
Introdução
16 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TECNOLOGIA MÓVEL - CENÁRIO E TENDÊNCIA
1 Nômade digital é um indivíduo que aproveita a tecnologia para realizar as tarefas de sua profissão de
maneira remota e, ao não depender de uma base fixa para trabalhar, conduz seu estilo de vida de uma
maneira nômade.
2 Wi-Fi e Wi-Max são padrões técnicos da IEEE para internet sem fio. A tecnologia Wi-Fi é utilizada na
maioria das conexões da internet sem auxílio de fios. A tecnologia WiMax foi criada como uma solução
para ambientes externos, cidades inteiras já estão sendo cobertas pela tecnologia.
3 Qualidade do que está em toda parte, do que é ubíquo.
4 “Computação senciente” refere-se à possibilidade de interconexão de computadores e objetos por meio de
sensores que passam a se reconhecer de maneira autônoma e a trocar informações.
Quantas vezes você foi passear no shopping e, chegando lá, procurou quase que
imediatamente a conexão com a internet Wi-Fi disponível? O fator tecnológico,
na era da conexão em que vivemos, interfere e altera a vida das pessoas, o conví-
vio social e afetivo entre os grupos, assim como o tempo disponível, pois permite
nos comunicarmos a qualquer momento e em qualquer lugar.
Barbosa (2013, on-line), diz: “o mundo no bolso e o contexto na palma da
mão”. O que você achou da frase? Muito interessante, certo? Pois, assim como os
próprios parâmetros passados na frase, temos o bolso e a palma da mão, que nos
remete a miniaturização que possibilita a portabilidade e a ubiquidade.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
5 Mobilidade é o termo utilizado para identificar dispositivos que podem ser operados à distância ou sem fio.
não víamos ou que simplesmente estão distantes. Então, podemos dizer que esta-
mos conectados nas redes sociais e disponíveis para contato em tempo integral.
Mas vamos pensar: será que isso é bom? Muito se fala que a tecnologia
pode afastar as pessoas. Será? Pois os meios tecnológicos podem acabar aju-
dando, quando despertam o interesse e proporcionam o conhecimento. Como
foi falado, a partir de um objeto na palma da mão, como um dispositivo celular,
iPad, Smartphone, é possível conectar-se ao mundo digital, se ligar às pessoas,
clientes, parceiros de negócios, serviços, entretenimento e ainda conhecer luga-
res no mundo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Falamos de tecnologias, mas o que seria Tecnologia Móvel? Vamos definir
como a maneira de acessar a internet e outros recursos disponíveis, utilizando
dispositivos móveis como: smartpads, celulares, notebooks, iPod, iPad, iPhone
etc. E, no cenário da tecnologia móvel, a cada dia, há uma grande quantidade
de usuários se conectando pelo mundo, trocando informações de forma rápida
e a tendência é que essa estrutura cresça cada dia mais, seja pela necessidade
de nos conectarmos a essa nova era digital ou simplesmente nos adaptarmos às
novas modernidades disponíveis.
Você, aluno(a), já parou para analisar a variedade de dispositivos móveis que são
ofertados todos os dias? São muitos e estão ficando cada vez mais sofisticados,
com acesso a WEB e também a outros atrativos. E a variedade de aplicativos dis-
poníveis? Cada dia surgem novos para diversas finalidades.
Segundo Kalakota (2002, p. 19),
gradativamente, mas implacavelmente, a estrutura está mudando. A
revolução do acesso por múltiplos canais, casada com o desenvolvi-
mento da tecnologia móvel em suas diversas manifestações, terá um
efeito profundo.
Para Klein (2014), o telefone celular tem sua utilização massiva e ocorre em
diversos meios geográficos, grupos sociais, classes ou idade. Cada dia que passa,
absorve mais capacidade de comunicação, evoluindo para dispositivos híbridos
e incorporando diversos objetos as nossas vidas.
Com o crescimento das tecnologias, podemos acessar serviços em qualquer
lugar e a qualquer momento, também vem gerando muitas oportunidades em
diversas áreas do conhecimento, como a educação e os negócios.
Você já ouviu a expressão “vestidos” pelo usuário? Ou carputers? São os novos
tipos de dispositivos móveis, assim como PDAs (Personal digital assistants) e
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PCs ultra portáveis (netbooks). Conforme Klein (2014, p. 14),
os chamados carputers, que representam um dispositivo móvel criado
e modificado especificamente para um automóvel é a chamada compu-
tação vestível (wearable computing), na qual dispositivos eletrônicos
minúsculos serão “vestidos” pelo usuários.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ção, que integra a mobilidade de qualquer dispositivo computacional, enquanto
estamos em movimento.
Agora vamos entrar no universo Nômade. Você já ouviu falar em Tecnologias
de Informação Nômades (nomadic)? Ou “Computação Nômade” (Nomadic
Computing)? Quando falamos em um ambiente de informação “nômade”, dizemos
que esse ambiente é a junção de dois ou mais elementos tecnológicos, sociais e orga-
nizacionais que estão interconectados e que possibilitam a mobilidade tanto dentro
quanto fora das fronteiras. Difícil? Então vamos resumir, a “Computação Nômade”
se refere à capacidade de comunicação computacional que são capazes de atender, de
forma flexível e integrada, às necessidades dos colaboradores de se movimentarem.
Estamos entrando em redes inteligentes que irão conectar dispositivos, e o
conjunto dessas diversas redes inteligentes formará entidades inteligentes espa-
lhadas pelo mundo. Você está preparado(a)?
Vimos que o uso de dispositivos móveis permite nos manter conectado e nos
possibilita a comunicação a qualquer momento e em qualquer lugar. E em rela-
ção a colaboradores em uma empresa? Será que é interessante para a empresa que
seus colaboradores fiquem conectados a todo o momento e em qualquer lugar?
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BYOD (BRING YOUR OWN DEVICE) E
CONSUMERIZAÇÃO
O conceito BYOD (Bring Your Own Device) vem sendo confundido com o con-
ceito de Consumerização, mas são considerados fenômenos diferentes.
De acordo com Teixeira (2013, p. 27), o conceito de Consumerização e BYOD:
o uso de smartphones, tablets, computadores pessoais e aplicações de
terceiros no ambiente de trabalho, chamados de consumerização de
TI e de BYOD (Bring Your Own Device) é uma realidade no ambiente
organizacional atual. Enquanto o BYOD se relaciona simplesmente ao
fato de o funcionário trazer seu próprio dispositivo móvel para tra-
balho [...]. Consumerização de TI retrata os trabalhadores que estão
investindo recursos próprios para comprar, aprender e usar aplicações
de computador e tecnologias de consumo popular para realizar tarefas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
no ambiente de trabalho.
Teixeira (2013), ainda coloca que, muito além do uso de equipamentos pesso-
ais para o trabalho, a Consumerização de TI, envolve o uso de aplicativos e de
serviços de internet, aplicativos de mídia social e ferramentas de consumo e
produtividade e, com isso, amplia a relação entre os colaboradores, clientes e
parceiros da empresa. O autor ainda coloca
que os colaboradores da empresa querem o BYOD para poder esco-
lher seus dispositivos e aplicativos e terem a capacidade de combinar
suas vidas pessoais e profissionais. Não surpreendentemente, muitos
funcionários preferem acessar os recursos corporativos, utilizando sua
própria tecnologia, porque lhe é familiar, mais eficiente e já parte inte-
grante das suas vidas diária (TEIXEIRA, 2013, p. 22).
Conforme Garanhani (2013, p. 35) “esta liberdade tem seu lado positivo, mas
também aspectos negativos. Do ponto de vista do colaborador, tudo é transpa-
rente, já para o ambiente corporativo um “quebra-cabeça” a montar”.
Aluno(a), você já trabalhou em uma empresa que fornece dispositivos móveis
para uso? E, na empresa atual, você pode utilizar os seus próprios dispositivos?
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MOBILE TAGGING
Você já deve ter visto ou usado um QR Code e pode estar se perguntando: como
exatamente funciona? O Processo de leitura do QR Code funciona por meio de
um aplicativo para celular que permite ao usuário apontar a câmera para a figura
do QR Code, em que o aplicativo scaneia e faz a tradução das informações.
Figura 1- Processo de leitura QR Code
www...
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Carregando...
Mobile Tagging
28 UNIDADE I
O uso do Mobile Tagging nos permite criar mídias de informação, pois as tags
além de terem o poder de interagir com as pessoas, ainda permitem que as mídias
impressas, por exemplo, façam links para internet. O destaque para o QR Code
é que ele desperta a curiosidade do consumidor. Você nunca teve a sua curiosi-
dade aguçada após ver um QR Code? Mesmo não comprando o produto e você
podendo decodificá-lo e ver as informações disponíveis.
Um exemplo de uso do QR Code, que visa proporcionar maior praticidade e
segurança aos clientes, é o check-in code, usado por algumas companhias aéreas.
A intenção é acabar com as longas filas para o check-in nos aeroportos e diminuir
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a emissão de papel impresso com a confecção de bilhetes de embarque. Empresas
como a Delta e a TAM, por exemplo, adotaram o QR Code em seus voos. Basta
o cliente fazer o check-in on-line e escolher se prefere receber o cartão de embar-
que por e-mail ou SMS. Além disso, o código oferece informações sobre status de
vôo, portão de embarque, atualizações meteorológicas entre outras. (ISHII 2012).
O mundo codificado
A comunicação humana é um processo artificial. Baseia-se em artifícios, des-
cobertas, ferramentas, instrumentos e em símbolos organizados em códigos.
Os homens comunicam-se uns com os outros de uma maneira não natural. Na
fala, não são produzidos sons naturais, como, por exemplo, no canto dos pás-
saros, e a escrita não é um gesto natural, como a dança das abelhas. Por isso a
teoria da comunicação não é uma ciência natural [...]. Com os avanços tecnoló-
gicos, a imagem surge como uma importante forma de interação. Por meio da
televisão, do computador, da fotografia, do cinema e até mesmo dos celulares
e tablets, o homem se vê diante de um momento histórico no qual as imagens
produzidas por aparelhos invadem a sua vida como um todo. E este mundo co-
dificado encontra na comunicação publicitária voltada ao Marketing, um forte
aliado, já que cada vez mais as empresas disputam o limitado tempo de inte-
ração das suas marcas com seus clientes/espectadores/consumidores. (Silva).
Será que a arte e o design podem influenciar nos dispositivos móveis? O usu-
ário é influenciado pelo design das mídias digitais? Para Rodrigues (2012, p.
61) influencia,
aproveitando-se do contexto oferecido pela mobilidade, a arte aden-
tra, na relação com a tecnologia, no cotidiano das pessoas. E mais, os
dispositivos não só influenciam na recepção de dados como também
podem ser vistos como matéria estruturante de trabalhos artísticos. Por
intermédio de aplicativos, ambiente construído por computador e am-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ESTUDO DE CASO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
dade do homem na vida do planeta e no seu modo de viver em sociedade. O
artista também possui um site no qual expõe, por vídeos e fotos, os seus proje-
tos. Na Bienal do Mercosul em 2009, o artista apresentou no Brasil seu trabalho
criado em 2006, que consiste em pequenas “moscas - robôs” que invadiram o
galpão da mostra de exposição. As pequenas moscas foram fabricadas a partir
de um pequeno motor utilizado nos smartphones. A mosca voa em ambientes
urbanos como um parasita, fazendo uma comparação do inseto com os dispo-
sitivos móveis usados no dia a dia. Os pequenos aparelhos smartphones, assim
como as “moscas-robôs”, entram em todos os lugares e transformam as rotinas
das pessoas, tornando-se muitas vezes inconvenientes. Embora os smartphones
ganhem, entre seus usuários, um alto grau de importância, não deixam de ser
apenas pequenas máquinas, assim como os robôs de Esparza.
Figura 3 – Mosca-Robô.
pela manhã, em um dia de sol. Em sua exposição em Paris, não havia moldu-
ras nas paredes, os desenhos foram expostos em Ipads espalhados pela sala. O
diferencial desse trabalho é a utilização da tela digital exatamente da mesma
maneira em que se utilizava a tela de pintura, mas valorizando as característi-
cas físicas do meio digital de visualização. O que chama atenção nesse projeto é
a passagem da pintura em tela para a arte nos dispositivos móveis, de maneira
a valorizar as qualidades físicas destes aparelhos. Nesse momento, Hockney faz
com que a função principal do smartphone seja a exposição de sua arte e não
mais a comunicação, por dados ou voz. Compreende-se também que esse pro-
jeto utiliza a tecnologia como continuidade dos outros meios e não como uma
drástica ruptura entre o artefato e os dispositivos modernos. Esse designer traz
a reflexão sobre as propriedades dos aparelhos e sua contribuição para a conti-
nuidade de um desenvolvimento tecnológico e social.
Figura 4 - Exposição da Arte de Hockney em Ipads
Estudo de Caso
32 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
por uma das nove saídas da Linha 2 - Verde, encontrava uma instalação de
leds, onde as luzes piscavam conforme o número de smartphones ativos ao
redor. Os designers chamaram a atenção dos passageiros ao dar forma e cor
para a radiação, tornaram visível algo oculto e fizeram os sujeitos pensarem
sobre o uso dos dispositivos móveis.
Fonte: Nunes (on-line)1.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
34
2. Toda tecnologia é uma tendência, ela não pode ser deixada de lado pelos cola-
boradores da empresa. O uso de dispositivos pessoais dos próprios colaborado-
res para o trabalho, certamente aumenta a produtividade e, com isso, aumenta
o uso de serviços e aplicativos de fornecedores independentes para a armaze-
nagem em nuvem e mídias sociais. Explique a diferença entre os conceitos de
BOYD e Consumerização.
Outro serviço bastante interessante foi lançado, em 2011, pelo Banco do Brasil, a fim
de aumentar a liberdade do cliente, facilitando o pagamento de boletos. O “BB Code”,
nome dado ao novo serviço, substitui a senha eletrônica, que possibilita a confirma-
ção de transações feitas pelo computador, por um QR Code. O lançamento permite
aos clientes a realização de transações em qualquer computador conectado a internet,
utilizando seu smartphone cadastrado para digitalizar o código 2D exibido na tela do
computador e confirmar a operação realizada no banco on-line.
4. Mobile tags, principalmente os QR Codes, tem sido usado também por pessoas em
cintos, camisetas, tatuagens e cartões de visita. As tags produzem links para sites, infor-
mações pessoais ou encriptam informações de contato.
Um uso particular de mobile tags no Japão é sua aplicação em túmulos, o que demons-
tra que os QR Codes são bastante utilizados por lá. Lançada pela empresa Ishinokoe, o
“Kuyou no mado”, cujo significado é “A voz das pedras”, é a campanha que consiste no
uso de QR Codes em túmulos. Os túmulos das empresas tem QR Codes contendo links
para uma landing page que contém o perfil do falecido. Além disso, a partir do momento
que o site é visitado, um recurso gera uma lista com o nome das pessoas que a visitaram
e a data em que essa visita foi realizada. Outras possibilidades como a aplicação de QR
Codes em cartões de visitas, contendo informações pessoais, estão se tornando bas-
tante populares. Por meio dele, é possível inserir dados pessoais, histórico profissional
ou acadêmico de forma criativa e diferenciada, transformando o tradicional cartão de
visitas em uma maneira prática de interagir com o público-alvo. Além disso, QR Code
impresso em coleiras de cães e gatos, por exemplo, se tornam uma interessante alterna-
tiva para identificar nome, endereço, raça e outras informações do bicho de estimação.
5. Outra alternativa, ainda recente, está na aplicação dos códigos bidimensionais em
campanhas eleitorais. Barack Obama, por exemplo, faz uso dessa tecnologia em sua es-
tratégia digital nas eleições americanas de 2012.
A ideia está sendo incorporada como estratégia também para as eleições brasileiras des-
se ano. Um exemplo regional é o candidato a vereador da cidade de Bauru- SP, Ton Peres,
que resolveu utilizá-lo impresso em seu “santinho”.
6. No campo da educação, muitas possibilidades podem ser desenvolvidas desde a di-
vulgação de feiras, vestibulares ou exposições até a sua aplicação dentro de sala de aula,
trazendo referências a conteúdos de maneira fácil e mais interessante aos alunos. Outra
vantagem do uso didático desses códigos é a sua capacidade em proporcionar interati-
vidade para praticamente qualquer material. Eles podem ser inseridos em meio a con-
teúdos impressos, ambientes físicos (colados na parede ou em banner, por exemplo),
websites, vídeos etc. Dadas as possibilidades, é possível afirmar que o uso de códigos
QR envolve os alunos em uma experiência diferenciada de engajamento com o assunto
tratado em aula.
Fonte: Ishii (2012, on-line)2.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Comunicação Ubíqua
Lucia Santaella
Editora: Paulus Editora
Sinopse: Este livro examina sob variados ângulos, como, em função da
hipermobilidade, tornamo-nos seres ubíquos, intermitentemente presentes-
ausentes, e quais os efeitos colaterais que tal condição acarreta.
Já Imaginou se fosse possivel transmitir o cheiro e o gosto de cada imagem que você vê, não se
limitando a apenas comer com os olhos? Este interessante artigo mostra que em um futuro próximo,
o que hoje parece surreal no ciberespaço, vai se transformar em uma experiência multisensorial
capaz de compartilhar gostos, cheiros e toques pela web. A finalidade é expandir os sentidos para
além do audiovisual e aproximar sensações virtuais. Achou interessante? Para saber mais, acesse o
link disponível em: <http://comendocomosolhos.com/gosto-e-cheiro-via-web/>.
MATERIAL COMPLEMENTAR
O vídeo no qual o professor de Comunicação Digital da ECA-USP mostra que a mídia em tecnologia
móvel ainda é pouco explorada. Aborda também a inovação aberta e de como a tecnologia viabilizou
esse método. A entrevista foi concedida à jornalista Patricia Buneker durante o evento “Think Infinite”,
realizado pelo Google com o apoio da HSM. Para saber mais acesse o link disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=m3gkl95SIOU>.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS ON-LINE
1
Em: <http://www.fabiofon.com/viainvisivel.html>. Acesso em: 20 jul. 2016.
2
Em: <http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/119459/000726523.pd-
f?sequence=1>. Acesso em: 9 jun. 2016.
GABARITO
1. D. F, V, F.
2. O conceito BYOD (Bring Your Own Device) vem sendo confundido com o concei-
to de Consumerização, mas são considerados fenômenos diferentes. A diferença
entre eles é a origem do dispositivo móvel usado. No BYOD, pertence ao usuário,
ele o adquiriu e o levou para o trabalho. Na Consumerização, o dispositivo per-
tence a empresa que cede ao colaborador para que ele desempenhe as suas ta-
refas. Essa diferença ajuda na hora de administrar o dispositivo e oferecer acesso
à rede da empresa ao colaborador que o utiliza.
II
UNIDADE
DIGITAL
Objetivos de Aprendizagem
■■ Descrever os aspectos da tecnologia mobile identificando suas
tendências futuras: tecnologia flexível, vestível, maior duração de
baterias.
■■ Especificar os conceitos básicos da mobilidade: portabilidade,
usabilidade, funcionalidade, conectividade.
■■ Fundamentar os conceitos sobre a mobilidade.
■■ Entender a internet das coisas no mundo mobile.
■■ Traçar os possíveis usos da tecnologia mobile para os diversos tipos
de usuários, bem como seus possíveis contras: custo, privacidade,
questões sociais, segurança e questões ambientais.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Mobilidade: a grande tendência do futuro
■■ Tecnologia e mobilidade
■■ Paradigma da mobilidade
■■ Mobilidade e a nova era da “internet das coisas”
■■ A mobilização na prática
45
INTRODUÇÃO
Olá, aluno(a), estamos cada vez mais integrados sobre mobilidade. Nesta uni-
dade, vamos fazer uma abordagem ainda mais interessante de assuntos correlatos
à mobilidade. Esse tema tem sido utilizado amplamente para identificar os dispo-
sitivos eletrônicos que podem ser utilizados para acessar informações, que estão
disponíveis mundialmente. Assim, será apresentada a tecnologia que envolve a
mobilidade com tendência para o futuro.
A Mobilidade já se faz presente no cotidiano das pessoas e das empresas e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
46 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
MOBILIDADE - A GRANDE TENDÊNCIA DO FUTURO
2000
1600
1200
800
Usuários de internet
400
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e receber chamadas. Já no Brasil, os celulares chegaram com quase 3 décadas de
atraso, ou seja, na década de 90 chegou o Motorola PT-550. E, desde então, eles
evoluíram muito e se transformaram em um item essencial para o nosso dia a
dia (LEE; SCHNEIDER; SCHELL, 2005).
Com o avanço das novas tecnologias, a internet vem colaborando com seus
usuários em diversas atividades cotidianas, rompendo com as barreiras territo-
riais e temporais. De acordo com Batista e Freire (2014, p. 59),
com o acesso a informação a capacidade de produzí-la e difundí-la se
ampliam. A mobilidade dos meios de comunicação entre os indivíduos
torna-os mais livres das limitações de tempo e de espaço para serem
emissores, receptores, falas, textos e imagens. Paradoxalmente, além da
sensação de se ter cada vez menos tempo livre, os indivíduos estão mais
expostos, tendo a sua privacidade como um valor moderno que se esfa-
cela. Pode-se levar o celular a todos os lugares.
assim, temos 80% das navegações realizadas por smartphones ou tablet e 14%
das navegações são realizadas para transações on-line.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TECNOLOGIA FLEXÍVEL
De acordo com Sena (2013), essa tecnologia é construída pelo material de gra-
feno, que permite ser mais flexível e esticável, em decorrência de o seu material ser
mais fino, mais leve, mais forte, mais transparente. Dessa forma, os equipamentos
produzidos com esse material terão uma boa condução de calor e de eletricidade.
Por sua vez, esses dispositivos possuem vários sensores, que realizam a lei-
tura como, por exemplo: avaliação de condições do meio em que está, bem
como temperatura e condições de poluição atmosférica, em especial sensores
que podem indicar problemas de saúde em dispositivos vestíveis (SENA, 2013).
TECNOLOGIA VESTÍVEL
Você já ouviu falar no “Apple Watch”, o relógio da Apple? Esse relógio foi qua-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
lificado pelo presidente da Apple, Tim Cook, como “o mais avançado relógio
criado até hoje”. Para quem ainda não conhece, esse relógio cumpre com o obje-
tivo principal, que é informar a hora, e, como recursos extras, pode responder a
comandos de voz, medir o ritmo cardíaco, além de efetuar pagamentos de com-
pras como se estivesse utilizando o seu cartão de crédito, entre outras funções.
Figura 3 - Apple Watch
Este você deve ter ouvido falar com certeza: Google Glass. Ele é composto por
óculos inteligentes com recursos de realidade aumentada, é capaz de tirar fotos
a partir de comandos de voz, enviar mensagens instantâneas e realizar video-
conferências, e foi desenvolvido pela Google.
Figura 4 - Google Glass
A tecnologia vestível é corroborada pela internet das coisas, que tem por
objetivo conectar aparelhos eletrônicos do dia a dia a máquinas industriais
e meios de transporte por meio da Internet (SENA, 2013). Os dispositivos
vestíveis têm como finalidade medir funções corporais, auxiliando a medi-
cina no controle dos problemas de saúdes, proporcionando um bem estar
aos pacientes.
De acordo com Sena (2013, p.143), esses aparelhos “são feitos de materiais
tão evoluídos que terão a capacidade de se moldarem ao formato mais adequado,
para atender à necessidade de seu usuário, “[...] bem como podem servir de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
complemento para outros dispositivos, como smartphones, por meio da ‘nano-
tecnologia’” (SENA, 2013).
A maioria da população não olha para o quesito de bateria quando adquiri o seu
dispositivo móvel. Esse é um erro fatal, pois a duração da bateria dos smartphones
continua sendo um dos principais problemas atuais dos aparelhos que compramos.
Normalmente, devido à disponibilidade das tecnologias e dos aplicativos, ficamos
a maior parte do dia conectado a ela, seja via
dados, via wi-fi, ou “bluetooth”.
Os dispositivos atuais têm necessitado
cada vez mais de energia para dar suporte à
execução dos aplicativos, que, por sua vez,
chamam a atenção do usuário para várias
funções. Dessa forma, o consumo de energia
tem aumentado drasticamente, forçando os
fabricantes a desenvolverem novas tecnolo-
gias que possibilitem uma maior mobilidade
com os dispositivos móveis.
COMPUTAÇÃO UBÍQUA
De acordo com o estudo da unidade I deste livro, temos que a computação ubí-
qua utiliza duas grandes áreas: redes sem fio e dispositivos móveis. Sendo assim,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
o usuário pode acessar as mais diversas informações em qualquer lugar, inde-
pendentemente da sua localização física ou de sua mobilidade. Com toda essa
evolução, a tecnologia possibilitou ao “mundo mobile” uma grande expanção
de serviços computacionais a fim de resolver problemas de variadas espécies
como “acessar informações em um site de notícias em um dispositivo móvel.”
Entretanto, como todas tecnologias apresentam suas barreiras, não seria dife-
rente com a computação ubíqua. Essa tecnologia busca constantemente reunir
esforços para contornar alguns desafios impostos pela sociedade que a “consome”.
Podemos visualizar alguns desses desafios da computação ubíqua, destinados aos
dispositivos móvies (BARBOSA, FREITAS, 2014), no quadro a seguir:
Quadro 1 - Desafios da computação ubíqua
CARACTERÍSTICA MOTIVO
Mobilidade Acesso de qualquer lugar, em qualquer tempo.
Perceber contexto, inferir intenção e detectar
Sensibilidade ao contexto
mudanças.
Ajustar ambiente em resposta a uma informação
Gerência de contexto
percebida.
Interação transparente Fundir interface do usuário com o mundo real.
com o usuário Focar na interação.
Permitir que computadores desapareçam no
Invisibilidade
entorno.
Fonte: adaptado de Barbosa e Freitas (2014).
TECNOLOGIA E MOBILIDADE
MOBILIDADE
Tecnologia e Mobilidade
56 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
dispositivos móveis como “possibilidade de deslocar e ser deslocado com facili-
dade”. Contudo, para que esse deslocamento seja possível, os dispositivos devem
ser portáteis funcionais e devem oferecer aos consumidores um conjunto de apli-
cativos, sendo capaz de conectar-se a redes de telecomunicação.
Os dispositivos móveis podem ser considerados como derivados da minia-
turização dos computadores, caracterizados pela expressão ubíqua com relação
a sua conectividade (SILVA, 2009). A conectividade está ligada à comunicação
sem fio que elimina a necessidade do usuário manter-se conectado à infraes-
trutura física (MATEUS; LOUREIRO, 1998). Dessa forma, os usuários podem
acessar cada vez mais os serviços, independente de onde estejam localizados.
Para Mateus e Loureiro (1998), para haver a mobilidade em dispositivos,
é necessário ter capacidade de comunicação ilimitada, com uma autonomia
de energia, e limites físicos de hardware para garantia de portabilidade. Sendo
assim, essa mobilidade completa as necessidades dos usuários de estar on-line o
tempo todo, ficando contatável com qualquer dispositivo e poder também con-
tatar, de forma rápida, quem por ventura se procure.
A mobilidade é uma realidade necessária para a sociedade contemporânea,
que tem a necessidade de uma locomoção e comunicação na velocidade da luz.
Contudo a mobilidade está desconstruindo e construindo uma nova forma dos
seres humanos se comunicarem ou interagirem, afetando, dessa forma, suas relações
sociais, familiares, afetivas e profissionais, como já pontuamos na unidade anterior.
Mas, para que essa mobilidade aconteça em um dispositivo móvel, ele deve
conter algumas características, tais como: portabilidade, usabilidade, funciona-
lidade e conectividade. Vamos estudar cada uma delas a seguir.
PORTABILIDADE
USABILIDADE
Tecnologia e Mobilidade
58 UNIDADE II
tem a possibilidade de uma tela maior, pode minimizar janelas e abrí-las de forma
facilitada. Já nos dispositivos móveis, esse tipo de atividade não é tão simples assim,
tudo depende da usabilidade empregada nos dispositivos, pois, qualquer dificul-
dade encontrada, o usuário se remete automaticamente ao dispositivo desktop,
pela facilidade de uso.
Uma das principais dificuldades encontradas está no teclado dos dispositi-
vos, pois, quanto menor for o dispositivo, mais juntas ficarão as teclas, e quem tem
dedos mais grossos encontrará dificuldades em utilizar o dispositivo móvel. Além
disso, temos a usabilidade quanto às características do ambiente em seu uso, pois
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
dependendo do local e da condição de trabalho, será necessário um tipo de equipa-
mento. Por exemplo, se você é um trabalhador operacional, ou estudante, ou outros,
porém permanece um longo período do dia sentado, digitando texto, utilizando
aplicativos, então o dispositivo correto seria um computador desktop. Já se você for
um vendedor, um taxista, office-boy, entre outros, que se locomove muito, precisa
trocar mensagens, ver e-mails rápidos, o correto seria um tablet ou smartphone.
Um outro tipo de dificuldade que podemos citar é a velocidade de inicialização
e a segurança dos dados pessoais do usuário estar comprometida. Os dispositivos
devem proporcionar uma capacidade de armazenamento boa, que funcione tanto
para aplicativos quanto para arquivos pessoais. A maioria dos fabricantes dos
smartphones disponibilizam serviços em nuvem para seus usuários, evitando, dessa
forma, a perda dos arquivos pessoais, caso algo ocorra com o aparelho.
PARADIGMA DA MOBILIDADE
Paradigma da Mobilidade
60 UNIDADE II
de redes sociais entre outros, ou mesmo apenas para ficar olhando o horário.
Com o crescimento desse mundo digital, milhões de internautas acessam
a internet pelo celular, via dados ou via Wi-Fi, é preciso que os programadores
se preocupem com: responsabilidade. Os dispositivos móveis estão utilizando
o recurso de responsividade, para permitir a visualização do mesmo conteudo
para diversos dispositivos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
MOBILIDADE E A NOVA ERA DA “INTERNET DAS
COISAS”
Desde a criação da internet por Tim Berners Lee, ela vem tornando-se cada
vez mais fundamental para a sociedade. Atzori et al. (2010) e Zambarda (2014)
concordam que atualmente a Internet das Coisas vem ganhando grande des-
taque no cenário das telecomunicações. Esse cenário, por sua vez, está sendo
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O Endereço IP (Internet Procotol) é a identificação de cada dispositivo liga-
do a uma rede que utiliza o protocolo de comunicação TCP/IP, seja ele um
computador, notebook, smartphone ou tablet, todos eles possuem um en-
dereço diferente quando conectados a uma rede.
Fonte: Tanembaum (2011).
positivos que possuem acessórios de rede devem possuir o seu próprio endereço
IP ou identificador para poder conectar e enviar/receber dados por uma rede.
Com a popularidade dos dispositivos móveis, principalmente o Smartphone, podemos
conectar esses dispositivos à rede wireless das mais diversas organizações. Quando
saimos do local, automaticamente o smartphone perde o sinal wifi, terminando a
conexão do dispositivo com a rede wireless do local. Nesse momento, pode iniciar
uma nova conexão com a rede 3G/4G da operadora de serviços móveis. Sempre que
há essa mudança de conexões à internet, ocorre a mudança de endereço IP do dispo-
sitivo móvel, consequentemente, gerando quebra (e até mesmo queda) de conexões.
Dessa forma, a partir da possibilidade dos dispositivos se comunicarem, a
computação móvel ganha mercado a cada dia, pois com ela podemos realizar tare-
fas que não seriam possíveis com computadores pessoais comuns, os Desktops.
Tomemos como exemplo uma locadora de filmes, com várias prateleiras, contendo
diversos filmes, com um software apropriado e um tablet. Com essa tecnologia,
é possível percorrer a locadora e atualizar o estoque, sem a necessidade de retor-
nar e alimentar o sistema no computador. Desta forma, teremos feito de forma
automática e imediata a atualização.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A MOBILIZAÇÃO NA PRÁTICA
MARKETING DIGITAL
Esta é uma das grandes áreas que se pode encontrar a mobilidade. Tudo come-
çou quando surgiu os primeiros sinais de fumaça sobre o surgimento da Internet
e as empresas começaram a marcar presença no âmbito virtual, buscando cons-
tante aprimoramento em formas de divulgação. O consumidor da sociedade atual
está indo em busca do anunciante em vez de o anunciante ir em busca do con-
sumidor, dessa forma, as empresas tendem a se adiantar quanto a esses clientes.
O Marketing Digital - também conhecido como Marketing eletrônico,
e-Marketing ou Marketing on-line - deve
reunir todas as atividades virtuais ou ele-
trônicas que buscam facilitar a produção e
comercialização de produtos. Por sua vez,
foca-se em satisfazer as preferências e as
necessidades do consumidor de forma cus-
tomizada. As empresas passaram a criar
mecanismos que favorecessem um contato
mais próximo com os clientes e, por isso,
A Mobilização na Prática
64 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
da informação Móveis Sem fio (TIMS) trás consigo os diversos atributos da mobi-
lidade ao contexto empresarial”.
A medida em que os dispositivos móveis foram amplamente adotados pelos
indivíduos, as organizações também começaram a aplicar esse tipo de tecnologia
de diferentes formas. A aplicação dessas tecnologias pelas empresas vêm da neces-
sidade de ampliamento dos laços entre cliente e fornecedor. Consequentemente,
isso garante o seu posicionamento no mercado empresarial, conquistando os
clientes com tal facilidade.
TIMS (Tecnologias da Informação Móveis e sem Fio) têm se difundido
rapidamente nos últimos anos. Com isso, organizações inteiras preci-
sam readaptar sua estrutura tecnológica, seus processos de negócios e
seus recursos humanos, para se adequar a novos tipos de atividades e
processos apoiados pelo uso de TIMS. (CAMAROTTO; KLEIN, 2014,
p. 73).
M-LEARNING
A Mobilização na Prática
66 UNIDADE II
M-learning
A m-learning (mobile learning) é uma extensão do e-learning, é praticado
por meio de dispositivos móveis, como celulares, smartphones, permitindo
assim uma maior condição de acesso a recursos pedagógicos, independen-
te de tempo e lugar. [...] o processo não mais ocorre em locais fixos, e sim em
qualquer lugar, no qual o aprendiz vai usar da tecnologia que tem em mãos
para criar uma situação de aprendizagem. Tecnologias móveis na educação
podem proporcionar benefícios tanto aos alunos quanto aos professores.
Aos alunos é proporcionado uma maior flexibilidade na aprendizagem,
sendo que o material está acessível por meio de seus dispositivos móveis,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
permitindo-lhes aprender como e quando for necessário, não importando
onde estejam, mesmo que em movimento [...]. A aplicação de Tecnologias
da Informação Móvel (Sem Fio) adotada para automação de atividades de
trabalhadores móveis podem ser utilizadas também como ferramentas para
aprendizagem em trabalho.
Fonte: Franciscato (2008, p. 2-3).
MOBILIDADE RESIDENCIAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
68 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
interagir consigo mesmo.
Abordamos as principais características da tecnologia mobile, sendo que
um dispositivo para ser mobile deve possibilitar o seu deslocamento com faci-
lidade, além do seu uso ser vantajoso e funcional para o usuário. Para que esse
deslocamento seja possível, é necessário que o dispositivo disponha de alguns
requisitos, tais como: portabilidade, conectividade, usabilidade e funcionalidade.
Para finalizarmos a unidade, estudamos algumas práticas que, aliadas à mobili-
dade, trazem sucesso às organizações: Marketing Digital, Mobilidade nas empresas
e nas residências, pois por meio dos dispositivos móveis como smartphones, tablets
entre outros, podemos estar presentes mesmo que distante.
gerar novas restrições. Novo X Obsoleto foi outro paradoxo verificado pelos autores, que
remete ao fato de os consumidores ao adquirirem uma nova tecnologia, visualizarem
os novos benefícios decorrentes do avanço do conhecimento, como também, em curto
espaço de tempo entre a aquisição e o uso, esta tecnologia estar ultrapassada. O parado-
xo Engajamento X Desengajamento é potencialmente o mais abstrato de todos (MICK;
FOURNIER, 1998), pois a tecnologia pode tanto facilitar o envolvimento e as atividades
das pessoas, como também possibilita que o usuário, em função dela oferecer diversos
benefícios, se acomode, se desconecte com o que estava sendo feito, e até mesmo fique
passivo.
A Eficiência X Ineficiência é, segundo os autores, o paradoxo relacionado ao fato de os
produtos tecnológicos não somente pouparem o tempo de quem os utiliza, otimizando
suas tarefas, como também consumirem o tempo dos usuários ao exigir mais esforço e
tempo em outras atividades e compromissos que até então eles não tinham. Ao apre-
sentar o paradoxo Satisfação X Criação de Necessidades, Mick e Fournier (1998) desta-
cam que a tecnologia pode suprir e satisfazer as necessidades e desejos dos consumi-
dores, mas por outro lado, ela cria nestes, novas necessidades e desejos até o momento
não existentes.
Conforme Mick e Fournier (1998) o Paradoxo da Integração X Isolamento já vinha sendo
referido por pesquisadores sociais e da história à relação do usuário com a televisão e o
computador, sendo também um paradoxo um tanto abstrato. Na acepção dos autores,
a tecnologia pode facilitar a interação entre pessoas e aproximá-las, como é nítido no
caso das tecnologias de telecomunicações, porém pode, por outro lado, separá-las em
função de tomarem lugar de outras atividades, gerando distanciamento entre os indiví-
duos. Por fim, a tensão gerada pelo paradoxo Competência X Incompetência diz respei-
to aos desafios que os consumidores enfrentam ao ter de ler manuais, operar, fazer atu-
alizações e manutenções de produtos tecnológicos, podendo provocar sentimentos de
ignorância ou incompetência. Por outro lado, a nova tecnologia propicia aos mesmos,
o exercício de novas competências, o qual possibilita fazer coisas que antes não faziam,
trazendo o sentido de inteligência ou eficácia.
Os autores asseguram que alguns paradoxos, como Controle X Caos, Liberdade X Es-
cravidão, Novo X Obsoleto, e Competência X Incompetência, podem ser mais notáveis
dentre todos pois eles são muitas vezes experienciados com relação a uma gama de
produtos tecnológicos que são difíceis de compreender, frequentemente se quebram
e tornam-se rapidamente obsoletos. Mick e Fournier (1998) afirmam que os outros pa-
radoxos são mais sutis e mais abstratos, por isso menos saliente entre os consumidores.
Destacam ainda que alguns paradoxos aparecem mais associados com certos tipos de
produtos, como os paradoxos Competência X Incompetência e Novo X Obsoleto, que
foram particularmente relacionados aos produtos eletrônicos e computacionais [...].
Fonte: Corso, Freitas e Behr (2012, on-line)3.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Vamos assistir a um vídeo de uma casa inteligente, que possibilita, por meio de um dispositivo móvel,
o controle de sua residência, presencial ou à distância.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=KSfDtThcmXU>. Acesso em 3 jun. 2016
Material Complementar
REFERÊNCIAS
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ter Networks 54, 2010. p. 2787–2805. (on-line). Disponível em: <www.elsevier.com/
locate/comnet>. Acesso em: 11 jul. 2016.
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Érica, 2014.
BARBOSA, J. L. V.; COSTA, C. A. Computação Móvel e Ubíqua: evolução e perspectivas
futuras. In: FREITAS, H.; KLEIN, A. Z (org.). Mobilidade Empresarial: oportunidades
e desafios do uso de tecnologias móveis para negócios no contexto brasileiro. São
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CAMAROTTO, F. de S.; KLEIN, A. Z. A mobilidade empresarial e os profissionais de
vendas: estudos de caso na indústria farmacêutica. In: FREITAS, H.; KLEIN, A. Z. (orgs.).
Mobilidade Empresarial: oportunidades e desafios do uso de tecnologias móveis
para negócios no contexto brasileiro. São Paulo: Atlas, 2014. p. 73-102.
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Acesso em: 10 jul. 2016.
DARIVA, R. Gerenciamento de dispositivos móveis e serviços Telecom: estraté-
gias de marketing, mobilidade e comunicação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
FRANCISCATO, F. T.; MEDINA, R. D. M-Learning e Android: um novo paradigma? No-
vas Tecnologias na Educação. CINTED-UFRGS, 2008.
FREITAS, H. M. R.; MACHADO, C. B. Planejamento da Mobilidade Empresarial: dese-
nhando Projetos de Interação Móvel Empresa - Cliente. In: FREITAS, H.; KLEIN, A. Z.
(orgs.). Mobilidade Empresarial: oportunidades e desafios do uso de tecnologias
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LACERDA, F.; LIMA-MARQUES, M.. Da necessidade de princípios de Arquitetura
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ção, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
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75
REFERÊNCIAS
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sign/>. Acesso em: 24 maio 2016.
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3
Em: <http://www.ufrgs.br/gianti/files/artigos/2012/enanpad_paradoxo_corso_frei-
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GABARITO
1. A.
2. C.
3. E.
4. V, V, V, F.
5. V, F, V, V.
Professora Esp. Janaína Aparecida de Freitas
Professora Esp. Talita Tonsic Gasparotti
III
UNIDADE
SE MÓVEL?
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender a importância e razão de tornar-se móvel e como
fazê-lo.
■■ Entender a dimensão dos aplicativos móveis e sua utilização.
■■ Aprender os principais conceitos sobre redes convergentes e sua
importância.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Por que se tornar móvel?
■■ Como tornar-se Móvel?
■■ Aplicativos Móveis.
■■ Redes Convergentes.
79
INTRODUÇÃO
Olá, aluno(a)! Chegamos à unidade III do livro. Esta unidade tem por finalidade
mostrar por que devemos nos tornar móveis e como vamos fazê-lo neste mundo
da conectividade. Já pensaram que passamos mais de 15% do nosso tempo conec-
tados? Seja em aplicativos móveis ou em redes sociais? Estamos na mobilidade,
a qual, hoje, se agrega a nossas vidas, misturando os espaços virtuais e reais, nos
levando a era da conexão.
Vamos falar sobre as características chave que as novas aplicações móveis
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
80 UNIDADE III
O conceito que temos sobre o computador, seja ele desktop ou até mesmo note-
book, já não são suficientes para as empresas na atualidade.
Para nos tornarmos móveis, precisamos de informações em tempo real, de
um dispositivo que seja flexível e, ao mesmo tempo, capaz de possibilitar acesso
imediato a aplicações corporativas, que possibilitem a tomada de decisão a qual-
quer hora e em qualquer lugar.
Como já vimos nos capítulos anteriores, esses requisitos nos deixam com a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
certeza de que é necessário haver a mobilidade e tornar móveis as ferramentas
corporativas, rompendo o ambiente de trabalho e infraestrutura, possibilitando
que o trabalho seja realizado remotamente, a partir de qualquer ponto, sejam
eles: escritórios, hotéis, salas de reuniões e centro de convenções, tudo em tempo
real e em qualquer lugar que o indivíduo esteja.
Essa mobilidade faz parte de um ambiente de competitividade, indo além de
apenas uma tendência do avanço tecnológico. Já pensaram que, à medida que os
nossos dispositivos se tornam mais potentes, funcionais e baratos, também aumenta
o nosso potencial de competitividade e conhecimento de modos inusitados?
As empresas se tornam habilitadas ao ambiente móvel quando realizam uma
conexão entre indivíduos com a informação, por meio do uso de dispositivos
móveis e conectividade sem fio em tempo real com suas atividades, permitindo
e estimulando a captura e o compartilhamento de informações, coletando e visu-
alizando dados internos da empresa.
Segundo Dariva (2011, p. 2), sobre os dispositivos,
os dispositivos móveis são usados corporativamente há muito tempo,
mas nos últimos três anos se tornaram o centro das atenções. (...) O
que de fato esta acontecendo é uma substituição dos computadores por
esses novos dispositivos e claro assim como o rádio não foi totalmente
substituído pela televisão e nem esta pela internet, ambos continuarão
vivendo no mercado corporativo. Na verdade, a movimentação sobre
os aplicativos móveis, principalmente aqueles com foco no consumi-
dor, lembram muito o começo da internet, em que todas as empresas
queriam ter um Website, hoje, todas querem ter um aplicativo móvel.
Com o uso da mobilidade, podemos ter uma redução de custos para a empresa,
além do ganho de produtividade e praticidade que uma aplicação móvel pode
trazer, pois nos permite realizar compras em diversos sites, utilizando o apare-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
lho celular, por exemplo, nos quais os consumidores realizam previamente seu
cadastro, informando dados pessoais, incluindo endereço de entrega, podendo
também, informar a melhor forma de pagamento. Podemos, ainda, realizar com-
pra de passagens aéreas e realizar check-in por meio do celular.
Atualmente é crescente o número de pessoas que estão utilizando os celu-
lares para transações bancárias/financeiras, pois serviços como esse são vistos
como forma de fugir das filas dos bancos.
São esses fatores que impulsionam a internet móvel a se estruturar e crescer
rapidamente adaptando-se às modernidades e necessidades dos usuários finais,
bem como uso das organizações.
Nossos dispositivos móveis vêm sendo utilizados como uma extensão da memó-
ria: pois neles, armazenamos contatos e agenda com os nossos compromissos, além
de termos acesso imediato ao conhecimento humano por meio de um aparelho
com conexão à Internet, além da capacidade
de dobrar tempo e espaço, podemos entrar
em contato com qualquer pessoa a qualquer
momento, pois temos a possibilidade de ligar-
mos para um amigo a qualquer instante e se ele
não atender, podemos deixar uma mensagem
ou um recado na sua página do Facebook. “Não
é que estejamos conectados a todo mundo o
tempo todo, mas podemos nos conectar com
qualquer um a qualquer momento”. (TRONCO,
2013, on-line).
Outro ponto que nos chama a atenção é que muitas pessoas pensam que
mobilidade é só para quem está fora da empresa, e esse é o grande equívoco! As
pessoas estão móveis o tempo todo, ou melhor, elas se movem sempre que não
estão na frente do seu computador. A mobilidade é para todas as pessoas que
passam até de 15% a mais do seu tempo a mais de um metro do seu computa-
dor, desde o momento em que acorda até a hora em que vão dormir.
Você passa mais de 15% do seu tempo conectado? Então você está móvel o
tempo todo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
COMO TORNAR-SE MÓVEL?
Falamos nas razões que nos motivam a nos tornarmos móveis, mas já pensaram
em como fazê-los? A resposta pode ser fácil: a telefonia celular. Hoje, ela é con-
siderada a killer application do mundo móvel.
Você deve estar pensando o que seria Killer application? Um aplicativo matador?
No meio tecnológico, um Killer application serve para expressar que a “aplicação é
matadora”, ou seja, uma aplicação que torna um produto vencedor, cobiçado, vito-
rioso ou altamente desejado pelos consumidores.
Para Newton (2016), um killer application é um sonho de muitas empresas
de tecnologia, ter sua aplicação sendo cobiçada e desejada por milhares de pes-
soas. Você já cobiçou muito um aplicativo e acabou comprando o aparelho ou a
máquina por causa dele? Imagine, há uns tempos, o mais famoso killer application
foi, sem dúvida, o processador de texto ou uma planilha eletrônica, que muitas
pessoas acabaram comprando o PC por causa deles. E a onda dos MP3? E, hoje,
será que temos variados Killer application? Possivelmente a internet e suas diver-
sas possibilidades sejam altamentes cobiçadas pelos consumidores.
Como exemplo, pense nas chamadas de voz. Hoje, são consideradas e devem
continuar sendo por muito tempo, a principal aplicação móvel corporativa.
Já pensou em como vai ser o futuro? Possivelmente não teremos uma nova killer
application, mas muitas aplicações móveis de sucesso deverão ter algumas caracte-
rísticas-chave comuns e, a partir disso, se constroem novos serviços e aplicações.
As características-chave são: riqueza de informação, imediatismo, facilidade de
uso e facilidade de gerenciamento. Vamos à explicação das características-chave:
Figura 1- Características-Chave das Novas Aplicações Móveis
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Riqueza de
informação
Facilidade Facilidade de
de uso gerenciamento
Imediatismo
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processadas.
Agora vamos ver algumas estratégias complementares usadas no imediatismo:
■■ Conectividade always on: uso de tecnologias de rede que possam nos
manter conectados a aplicação a qualquer momento.
■■ Informação sincronizada/acessível off-line: as informações manipuladas
pelos usuários de forma que as aplicações sejam armazenadas localmente
no dispositivo móvel.
■■ Abordagem mista: uso de aplicações que trabalham off-line, mas que
possam ser sincronizadas remotamente, provavelmente por meio de uma
solução de conectividade always on.
Facilidade de uso: quantas vezes você achou uma aplicação difícil de usar e
com isso não usou mais? Uma característica importante é que as aplicações
móveis devem ser simples e de uso intuitivo. As interfaces gráficas devem pos-
suir os padrões de usabilidade, ter suporte a comandos de voz e os dispositivos
de entrada e saída que sejam adequados.
Facilidade de gerenciamento: para uma empresa, toda aplicação móvel cor-
porativa deve oferecer a sua equipe de TI algumas ferramentas para facilitar seu
gerenciamento, como, por exemplo:
■■ Segurança e facilidade de auditoria: a aplicação móvel deve ter con-
trole de acesso, aplicação de políticas e permissões e ainda contabilização/
registro para auditoria, ou seja, as tradicionais funcionalidades: AAA –
Authentication, Authorization and Accounting.
“Há muitas nuances da mobilidade que só conhece quem vive isso todos os
dias” (Dariva).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
APLICATIVOS MÓVEIS
Mas, quando você for desenvolver aplicativos móveis, vale a pena estudar algumas
das abordagens apresentadas, pois cada uma possui suas próprias características
e nuances que devem ser analisadas e consideradas na construção de diferen-
tes tipos de aplicações.
1 Client-Side: no lado do cliente, ou seja, do usuário, a aplicação roda diretamente de seu computador. Como
assim? O Lado do cliente dá a resposta na hora pra alguma interação que é feita no website.
Aplicativos Móveis
88 UNIDADE III
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REDES CONVERGENTES
Quando não havia rede convergente, a rede de imagem e voz das empresas fun-
cionava de forma analógica, enquanto a rede de dados era tecnologia digital.
Dessa forma, várias redes eram utilizadas ao mesmo tempo. Essa foi a Era do
fio. Atualmente, a rede convergente opera por meio da tecnologia IP. Voz, dados,
imagens, sensores etc. E, assim, tudo converge para uma rede física, só usando
um protocolo básico/transporte igual (CARVALHO, 2014).
As vantagens de redes convergentes para Carvalho (2014, on-line):
Através de uma rede única e integrada de TI é possível integrar por
meio de um sistema de cabos estruturados, um grande número de apli-
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CONVERGÊNCIA DE SERVIÇOS
2 Stakeholder é uma pessoa ou grupo que possui interesse (assim como participação, investimento ou ações)
em um determinado negócio ou empresa.
Redes Convergentes
90 UNIDADE III
CONVERGÊNCIA DE TERMINAIS
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à web, e-mails, ligação local por Wi-Fi e Bluetooth. Tais recursos conferem ao
aparelho características de um terminal convergente (CARVALHO, 2014).
CONVERGÊNCIA REGULATÓRIA
Redes Convergentes
92 UNIDADE III
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) aluno(a), nesta unidade, aprendemos por que devemos nos tornar móveis
e como fazê-lo no mundo da conectividade. Vimos que a maioria das pessoas
ficam mais de 15% do seu tempo conectados e que as pessoas estão móveis o
tempo todo. Ou melhor, elas se movem sempre que não estão na frente do seu
computador. Quanto tempo você fica conectado?
Vimos que estamos inseridos no contexto de mobilidade desde que acorda-
mos, até a hora de dormir. Estamos conectados de alguma maneira e não andamos
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mais sem posse de nossos celulares, nos quais nossos olhos ficam grudados nas
telas, o que denota uma depedência desses dispositivos, seja por conta das redes
sociais ou pelas empresas. Você sai de casa sem o seu celular?
Ouvimos falar sobre as características-chave que as novas aplicações móveis
devem possuir quando são desenvolvidas, como, por exemplo: riqueza de infor-
mação, imediatismo, facilidade de uso e facilidade de gerenciamento. Já pensou
em algumas delas ao desenvolver um aplicativo móvel?
Estudamos sobre os aplicativos móveis, como eles são classificados como
ferramentas de suporte à produtividade e à recuperação de informação, seu desen-
volvimento, seus processos e como eles são complexos e importantes nesse meio.
Aprendemos também a respeito das Redes Convergentes e como elas agru-
pam o uso de tecnologias para unificar redes de voz e dados. Vimos como as
Redes Convergentes estão mudando a vida cotidiana e profissional e como elas
possuem uma infraestrutura comum para o transporte simultâneo de dados,
voz, imagens e vídeo.
Nesta unidade, aprendemos como é importante migrar para redes de dados
e o que acontece quando migramos. Depois desta, com o conhecimento que já
adquirido, podemos passar para a próxima unidade e nos aprofundarmos ainda
mais na tecnologia móvel. Na próxima unidade vamos estudar sobre a expansão
explosiva do celular. Preparado? Então vamos em frente!
4. Atualmente, a Rede Convergente opera por meio da tecnologia IP, voz, dados,
imagens, sensores etc. Com base nisso, assinale as assertivas com V para verda-
deiro e F para falso:
( ) Convergência de serviços: por meio de diferentes meios de comunicação, é
disponibilizado um mesmo serviço. O sistema bancário tem sido utilizado por essa
modalidade, como prestação de serviços, traduzindo o uso do dinheiro virtual.
( ) Convergência de terminais: utilização de um único terminal para acesso a
múltiplas redes e serviços diversos. Podemos citar como exemplo o iPhone, um
smartphone da Apple apresentado como um “telefone revolucionário”.
( ) Convergência regulatória: com o surgimento de serviços convergentes, te-
mos um ponto de contato entre dois mercados: o da telefonia, tradicionalmente
regulamentado, e o mercado de serviços de dados, sujeito a pouca ou nenhuma
regulamentação sobre a prestação dos serviços.
( ) Convergência de serviço: utilização de um único terminal para acesso a
múltiplas redes e serviços diversos. Podemos citar como exemplo o iPhone, um
smartphone da Apple apresentado como um “telefone revolucionário”
( ) Convergência de terminais: por meio de diferentes meios de comunicação,
é disponibilizado um mesmo serviço. O sistema bancário tem sido utilizado por
essa modalidade como prestação de serviços, traduzindo o uso do dinheiro virtual.
95
As implicações dessas ações de Shadow IT, além dos riscos de segurança, também cau-
sam: lógica de negócios inconsistentes; perda de tempo; abordagem de negócio incon-
sistente; desperdício do investimento feito; Ineficiência, e por fim, a barreira do aprimo-
ramento do negócio ou tecnologia.
O Papel de TI e a Gestão de “Shadow It”.
O surgimento de Shadow IT e o uso crescente de dispositivos móveis dentro das or-
ganizações traz um desafio a área de TI: a segurança. Usuários têm acesso a inúmeras
soluções que dispensam qualquer suporte especializado. Este cenário mostra como é
importante posicionar o departamento de TI para essa nova realidade.
Nathan Clevenger, arquiteto chefe de software de dispositivos móveis da empresa de
gestão ITR e autor do livro “iPad na empresa” (Wiley, 2011), diz que o iPhone e iPad são
os catalisadores para o consumo de TI. Dessa maneira, departamentos de tecnologia
podem permitir que eles sejam usados de forma segura ou assumir as conseqüências
do risco. “É melhor que a TI suporte os dispositivos e as tecnologias demandadas pelos
usuários, porque de qualquer modo eles usarão a tecnologia pessoal para fins comer-
ciais”, diz Clevenger.
Nesse novo cenário, os departamentos de TI estão aprendendo a conviver e lutar para
gerenciar dados corporativos com segurança, mas ainda é preciso encontrar um meio
termo entre manter a tecnologia de consumo fora do local de trabalho, mas também
permitir o acesso irrestrito à rede, a partir de qualquer dispositivo. É necessário uma so-
lução de gestão que garanta a segurança da informação corporativa, mas que também
permita gerir os custos com um impacto mínimo nas operações de TI e infraestrutura.
A TI encontra um dilema nos dias de hoje, precisa descobrir como tirar a Shadow IT do
escuro e trazê-la para a luz, garantindo suporte e segurança, ou se arriscar à medida que
líderes de negócio, cada vez mais familiarizados com tecnologia, tomem os processos
de inovação em suas mãos.
Por fim, a TI deve tomar as seguintes iniciativas a seguir, a fim de melhorar o relacio-
namento com os colaboradores e, desse modo, ter um melhor controle dos sistemas e
aplicações utilizados dentro da organização:
Procurar ser um parceiro de negócio melhor.
Oferecer opções de TI mais flexíveis.
Educar os usuários sobre os riscos e falta de segurança ao utilizar dispositivos e aplica-
ções não padronizadas pela organização.
Fonte: Silva (2011).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Redes Convergentes
Lilian Campos Soares, Victor Araujo Freire
Editora: Alta Books
Sinopse: baseado na pesquisa acadêmica sobre o tópico de redes
convergentes, o conteúdo do livro foi estruturado de acordo com as
necessidades do mercado nacional de redes e telecomunicações, buscando
levar o conhecimento do assunto às instituições privadas, públicas e
acadêmicas que desejam implementar em seus ambientes corporativos
soluções de integração de dados e voz.
Redes convergentes têm por objetivo descrever as principais tecnologias de
rede para unificação de serviços de dados e voz, como Frame Relay (VoFR),
ATM (VoATM) e IP (VoIP).
Tudo o que você pode esperar da tecnologia até 2030 é um artigo que traz algumas previsões do
que acontecerá, já que o futuro é algo impossível de ser controlado e o avanço da tecnologia
é incrivelmente rápido. Já estamos acostumados a essa realidade e não nos deixamos mais
assombrar com a quantidade de novidades que surgem a cada momento. Certo? Como anda a
sua imaginação? Qual é o futuro da tecnologia que você espera para os próximos anos? Deixe a
imaginação fluir e aproveite a leitura. Para saber mais, acesse o link disponível em: <http://www.
tecmundo.com.br/previsoes/5085-tudo-o-que-voce-pode-esperar-da-tecnologia-ate-2030.htm>.
Artigo interessante que mostra alguns apps para Android. Temos um app oficial para a Copa
América e também temos um app para gerenciar notificações e muito mais. Aproveitem e fiquem
por dentro de algumas aplicações móveis disponíveis. Para saber mais, acesse o link disponível
em: <http://gizmodo.uol.com.br/melhores-apps-android-158/>.
REFERÊNCIA ON-LINE
1
Em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002280/228074POR.pdf>. Acesso
em: 21 jul. 2016.
GABARITO
1. B. F, V, V.
4. C. V, V, V, F, F.
IV
OS BENEFÍCIOS DA
UNIDADE
TECNOLOGIA MÓVEL NO
MUNDO ATUAL
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender a expansão do celular e a sua modalidade.
■■ Visualizar a diferença das tecnologias móveis existentes.
■■ Estudar os serviços de localização e como eles podem ajudar
empresas a melhorarem seus negócios.
■■ Mencionar as alternativas de acesso móvel disponibilizados como
forma de pontos de conexão.
■■ Estudar o uso dos dispositivos móveis como forma de melhorar o
faturamento dos negócios empresariais.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ A expansão explosiva do celular
■■ Tipos de tecnologia móvel
■■ Alternativas de acesso móvel
■■ Serviços de localização
■■ Uso dos dispositivos móveis nos negócios
■■ Estudo de caso
■■ Aplicativos (APP) ou negócio?
103
INTRODUÇÃO
Introdução
104 UNIDADE IV
Figura 1 - Conectividade
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A EXPANSÃO EXPLOSIVA DO CELULAR
280
no Brasil. Podemos observar alguns 275 Linhas de celular (em milhões)271
261
dados no gráfico ao lado, no qual 257
constata-se o crescimento de linhas 225 242
de celulares ativas. E, apesar de uma
queda aparente com relação ao ano de 300
2014, observa-se ainda o crescimento
202
gradativo de linhas ativas, fechando, 200
em fevereiro de 2016, na marca de
258,06 milhões de linhas celulares, 175 173
1 Você pode se informar mais sobre o assunto e também verificar o gráfico de crescimento de aparelhos
móveis no link disponível em: <http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/02/brasil-perde-229-milhoes-
de-linhas-de-celular-em-2015.html>.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Entretanto não foi somente essas tecnologias que auxiliaram no crescimento;
a seguir, iremos estudar um pouco mais sobre os tipos de tecnologia móvel e
sua evolução, que como um todo trouxe diversos benefícios aos usuários, sejam
pessoais ou empresariais. Vamos dar continuidade a esse aprendizado?
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A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) informou que a quantida-
de de aparelhos celulares ativos no Brasil já é maior do que a quantidade da
população Brasileira.
Consequentemente, é fato que cada vez mais os brasileiros estão se conec-
tando à internet, seja para auxiliar no trabalho, ou, para acessar as diversas
redes sociais existentes.
Consequência: o celular se tornou a principal forma de acesso à internet no
Brasil, auxiliando na marca de 50% das casas brasileiras com acesso a inter-
net.
Você pode obter mais dados a título de curiosidade, acessando o link dispo-
nível em: <http://computerworld.com.br/celular-ja-e-principal-forma-de-a-
cesso-internet-no-brasil>.
Fonte: os autores.
Estamos na era da quarta geração (4G), que, em tese, é a conexão mais rápida
da internet móvel no momento. No Brasil, essa tecnologia ainda está em expan-
são, estando disposta na maioria das grandes cidades brasileiras.
1ª Geração:
- Telefonia celular móvel.
- Primeira geração (1G)
- Sistema analógico
- sinal de voz
2ª Geração:
- Formato digital,
- Serviços de voz de alta qualidade
- Primeira tecnologia a suportar a navegação por dados móvel
- Conexão WAP (Wireless Application Protocol)
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3ª Geração:
- Velocidades de até 7 Mbps
- Velocidade 3G
- Melhor mobilidade da comunicação
- Possibilidade de troca de informações instantâneas
4ª Geração:
- Tecnologia 4G
- Até o momento, a velocidade mais rápida da internet móvel
- Tecnologia em expansão
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experiência do que será possível fazer com a tecnologia 5G, a futura queridinhas
das operadoras de telefonia e dos consumidores finais.
Contudo, apesar desses testes, para a tecnologia 5G estar presente entre nós,
definitivamente ainda irá demorar para acontecer, com previsão para ser dis-
ponibilizada ao consumidor final em meados de 2020. Porém a evolução para
essa tecnologia irá permitir atingir grandes velocidade finais para os dispositivos
móveis; fazendo um comparativo, tecnicamente o 5G tem o objetivo de atingir
10 vezes mais velocidade do que o 4G.
É imensurável que a tecnologia 5G trará muitos benefícios e um desses bene-
fícios é o futuro da Internet
das Coisas (relembre no capí-
tulo II). A União Europeia,
em um documento2, men-
ciona que a tecnologia irá
conectar máquinas, disposi-
tivos e pessoas, facilitando a
entrega de cuidados pessoais
(como remédios personaliza-
dos), otimizando a logística e
diversos outros setores.
2 Você pode obter mais informações sobre esse documento, no site da União Europeia, acessando o seguinte
link: <http://ec.europa.eu/digital-agenda/en/news/why-eu-betting-big-5g-researcheu-focus-magazine>.
<http://computerworld.com.br/5g-tende-tornar-redes-3g-e-4g-mais-rapi-
das>.
Fonte: os autores.
Outro ponto importante para essa tecnologia, e por isso os diversos estudos rea-
lizados, é que nela não pode haver interrupção de dados, como ocorre em outras
tecnologias móveis. Necessita de uma confiança igual ou superior à conexão com
fibra ótica, para que, no futuro, se possa colocar em prática a internet das coisas.
Outro benefício é que essa tecnologia irá consumir menos bateria que as outras,
já que, com a internet das coisas, alguns dispositivos exigirão uma duração maior.
Vimos até aqui algumas tecnologias móveis existentes que auxiliam na mobili-
dade. A seguir, iremos falar um pouco sobre algumas alternativas de acesso móvel
que auxiliam no acesso a internet quando você não está conectado à alguma tec-
nologia disponibilizada pelas empresas de telefonia.
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ALTERNATIVAS DE ACESSO MÓVEL
Fazendo uma análise bem rápida, percebemos que essa tecnologia auxilia e muito,
pois você pode estar com seu celular ou algum dispositivo ou notebook e poderá
acessar a internet de qualquer lugar. Isso se dá devido ao Wi-Max ter desenvol-
vido duas aplicações, tanto para estações fixas quanto para estações móvel.
O crescimento da banda larga no Brasil vem aumentando de uma maneira
extraordinária, e sabemos que, em relação à mobilidade, somente as tecnologias
3G e 4G não serão suficientes para “dar conta do recado” e conseguir atender a
demanda de internet banda larga móvel. O mercado, assim, necessita de novas
tecnologias que auxiliem o atendimento a essa demanda, por isso, experiências
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com tecnologias Wi-Max e o 5G são fundamentais para esse crescimento.
SERVIÇOS DE LOCALIZAÇÃO
Serviços de Localização
116 UNIDADE IV
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exemplo, localizar uma ambulância que esteja mais perto de sua residência.
■■ Rastreamento de veículos e pessoas: o veículo ou a pessoa são localiza-
dos mesmo que não haja sinal da operadora. É um serviço mais sensível
que o utilizado pelo GPS (um exemplo, é o utilizado para localizar pes-
soas para o serviço público de emergência).
■■ Comércio Móvel: permitem que empresas localizem seus consumidores
por meio da análise do perfil de cada um. Nesse caso, encaminha men-
sagens de texto com promoções, atraindo clientes à loja.
■■ Entretenimento e relacionamento: hoje é bem utilizado. Podemos citar os apli-
cativos sociais de relacionamento e até mesmo a própria rede social Facebook,
informando quais amigos ou pessoas estão próximas de onde você está.
No mundo atual, globalizado, cada vez mais empresas estão divulgando seus
produtos utilizando as plataformas móveis. Mas como as empresas fazem isso?
Algumas contratam empresas especializadas em marketing digital e outras divul-
gam por si só. Esse tipo de marketing digital recebe o nome de Mobile Marketing,
que nada mais é do que se utilizar de táticas de marketing voltados à mobilidade.
A principal característica do marketing móvel é o acesso a informações pelos
consumidores, por meio de equipamentos móveis a qualquer hora e em qualquer
local, sem perder muito de seu tempo. É uma das formas mais baratas de comu-
nicação com o usuário; com apenas uma mensagem de texto, pode-se deixar o
usuário a par de promoções, ou ainda apresentar a sua marca (CASAS, 2009).
O marketing mobile está presente em quase tudo hoje. O que começou
somente com mensagens de texto, hoje, se expande por diversas formas, com
marketing em redes sociais (Facebook, Twitter, SnapChat etc), sites de vídeos,
aplicativos de celulares e outros.
É inegável a concorrência que cada produto tem e utilizar desses meios digi-
tais para um melhor marketing acaba sendo um diferencial que trará frutos e,
consequentemente, consumidores a sua marca.
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As soluções móveis estão mudando de “brinquedos” para “ferramentas”.
(Kalakota e Robinson).
ESTUDO DE CASO
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Estudo de Caso 1: Burger King e ações de SMS opt-in
Estudo de Caso
122 UNIDADE IV
PROMOÇÃO DÁ DÁ DÁ
Promoção Dá dá dá
Patricia Hullsen
No último ano, foram lançados no Brasil algumas promoções com o uso de apa-
relhos celular: a promoção da copa do Faustão, da Melita e a promoção da Pepsi,
intitulada Dá dá dá.
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A PepsiCo é a quinta maior empresa do segmento de bebidas e alimentos
do mundo. Pepsi e Ruffles ofertaram um Ipod por hora, um carro por semana
e meio milhão de reais no final da promoção. A promoção Dá dá dá utilizou o
sistema de envio de códigos por SMS: o consumidor comprava uma lata do refri-
gerante ou um saquinho de salgadinho e podia participar pelo celular enviando
uma mensagem de texto do celular com um código encontrado nas embalagens
promocionais para o número 48000. Em seguida, o participante recebia uma
mensagem confirmando o número que o consumidor iria concorrer. Os sor-
teios foram realizados pela Loteria Federal.
A promoção não fez restrições com relação às operadoras de telefonia celu-
lar, por isso, contemplou todas as pessoas que possuem um aparelho habilitado
para envio de torpedos em todo território nacional.
Em uma promoção semelhante, intitulada “Se liga no celular”, lançada um ano
antes pela Pepsi, a empresa registra que recebeu mais de seis milhões de mensa-
gens, com picos de 150 mil SMS por dia. A promoção teve uma forte propaganda,
utilizando a exposição em web sites e veiculação de filmes publicitários em TV.
A Pepsi, disposta a interagir com o público jovem, já descobriu o canal celu-
lar e disponibiliza um web em wap sitepara divulgação desse tipo de ação. (LAS
CASAS, 2009).
Ter mais clientes e um pouco mais de rentabilidade nos negócios não é nada
ruim, não acham? Os aplicativos móveis podem deixar você num mesmo pata-
mar, ou, caso dê certo, te levarem a ganhar muito dinheiro.
Você pode até ter uma ideia de um aplicativo, mas não tem nenhuma noção
de como desenvolvê-lo, não é? Você tem opções de desenvolvedores, ou ainda
você mesmo pode realizar esse projeto. Porém, para isso, você precisa realizar
uma grande análise de mercado, dessa forma, você vai garantir se seu aplicativo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de marketing digital, para que
demais usuários possam conhe-
cer sua ferramenta.
Já na parte de recursos dos smartphones, o que irá ajudar muito sua empresa,
é o recurso de geolocalização, estudado no tópico Serviços de Localização. Outros
recursos que podem ser explorados são os acessos multimídia, câmera e outros;
todos dependendo exclusivamente de permissões a serem cedidas pelos usuários.
Já sabemos até aqui que devemos documentar o que queremos que nosso
aplicativo faz, não é? Mas e agora? Para qual Sistema Operacional devo fazer meu
aplicativo? Bem, cada sistema operacional necessita de algumas especificações
diferentes, cabe a você, dono(a) do aplicativo, verificar qual nicho de mercado,
e qual tipo de usuário você deseja atingir.
Há vários tipos de ambientes de desenvolvimento no mercado que criam
aplicativos em várias linguagens. Uma das linguagens mais populares utilizada
é o Java, no entanto fica a critério do desenvolvedor qual ferramenta irá utilizar.
A seguir disponibilizamos uma lista de algumas ferramentas que podem ser uti-
lizadas para a elaboração de apps:
■■ Good Barber: fornece uma plataforma para criar aplicativos para iPhone
e dispositivos com sistemas operacionais Android, permitindo-lhe assu-
mir o controle de todos os detalhes do seu aplicativo sem produzir uma
única linha de código.
■■ Appy Pie: é uma ferramenta de criação de aplicativos baseado na nuvem.
A plataforma permite que usuários sem conhecimentos de programa-
ção criem um app para Windows, Android e iOS, e o publiquem para o
Google Play ou iTunes.
Mas o que fazer após terminar de construir seu aplicativo? A maioria das lojas
virtuais solicitam que você tenha um cadastro em sua loja on-line de distribui-
ção. No quesito apoio, na hora de construir um projeto no Android Developer
você tem apoio desde a gerência da conta até o envio do aplicativo ao Google
Play.
Mesmo assim, não é segredo o grande alcance que as redes sociais têm. Nesse
sentido, para obter mais sucesso, espalhe uma divulgação sobre seu aplicativo
nas diversas redes sociais. O sucesso do aplicativo depende do conjunto da obra:
divulgação com aplicativo e funcionalidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
principais características, até chegar a uma introdução a nossa futura tecnolo-
gia 5G, que nos trará ainda mais benefícios, como, por exemplo, a tão esperada
Internet das Coisas.
Vimos ainda que o celular é muito mais do que um aparelho que somente
realiza ligações, mensagens de texto e acessa a internet. Hoje, ele é utilizado para
os mais diversos fins e com as mais diversas funcionalidades. E não podíamos
deixar de comentar sobre os serviços de localização oferecidos, que passam além
da utilização de mapas, sendo muito usados nos negócios para “descobrir” onde
o cliente se encontra.
Além das tecnologias de conexão móvel estudadas, vimos também acessos
alternativos que hoje estão cada vez mais presentes nos estabelecimentos e nas
cidades. É o caso do Hotspot e do Wi-Max. Assim, usuários dessas tecnologias
podem usufruir das conexões em qualquer parte de uma cidade ou região que
ela abrange.
Por fim, estudamos como os dispositivos móveis ajudam as empresas a aumen-
tar sua lucratividade. Desde ao simples utilizar do aparelho para o acesso de sites,
até a criação de aplicativos mobile para vendas de seus produtos.
Na próxima unidade, navegaremos um pouco mais no mundo da mobilidade.
Veremos um pouco do contexto histórico e social que permeia nossa sociedade
e como a mesma é influenciada por essa cultura de tecnologia que vivemos hoje
em dia. Tal influência tecnológia proporciona benefícios e malefícios para as pes-
soas como um todo. Por isso, te convido a entrar na reta final de nossos estudos
com a mesma motivação que você iniciou. Vamos lá?
2. Leia as asserções:
I – Hotspot são pontos de conexão, como WI-FI, que são disponibilizados aos
usuários em qualquer ponto comercial, ou até mesmo ao ar livre.
II – O Wi-max não é uma tecnologia móvel, pois ela é disponibilizada por meio
de antenas fixas.
III – O Móbile Marketing está sendo muito utilizado para incrementar/aumentar
o lucro das empresas, além de deixar o nome da empresa mais conhecido, pelo
fato do marketing.
IV – Aplicativos estão sendo muito utilizados ultimamente pelas empresas, na
qual podem realizar a venda de seus produtos e, ainda, utilizar para possível
marketing por meio das redes sociais.
Assinale a alternativa correta:
a. Apenas I e II estão corretas.
b. Apenas I e III estão corretas.
c. Apenas I está correta.
d. Apenas I, III e IV estão corretas.
e. Nenhuma das alternativas está correta.
Conheça o Wi-Fi HaLow, o padrão de conexões para a Internet das Coisas, acessando o link
disponível em:
<http://computerworld.com.br/conheca-o-wi-fi-halow-o-padrao-de-conexoes-para-internet-das-
coisas>.
Por que o Wi-Fi HaLow poderá impulsionar o mercado de Internet das Coisas? Você poderá ver
mais sobre o assunto acessando link disponível em:
<http://computerworld.com.br/por-que-o-wi-fi-halow-podera-impulsionar-o-mercado-de-
internet-das-coisas>.
Sete abordagens simples para extrair mais valor da mobilidade. Veja acessando o link disponível em:
<http://computerworld.com.br/sete-abordagens-simples-para-extrair-mais-valor-da-mobilidade>.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Dez ferramentas simples para desenvolver APP’s móveis rapidamente. Veja mais acessando o link
disponível em:
<http://computerworld.com.br/dez-ferramentas-simples-para-desenvolver-apps-moveis-
rapidamente>.
Em Nova Iorque, os orelhões da cidade começam a virar pontos de acesso Wi-Fi para que a
população possa estar cada vez mais conectada com o mundo. Você pode visualizar mais sobre o
assunto no link disponível em:
<http://gizmodo.uol.com.br/orelhoes-de-nova-york-comecam-a-virar-hotspots-wi-fi/>.
O vídeo mostra de forma interativa e clara, como aconteceu a evolução da tecnologia móvel e
suas diversas siglas. EDGE, GPRS e LTE são alguns termos que na maioria das vezes não sabemos
diferenciar, é sempre bom estar ligado nesse tipo de informação para saber o que temos
ofertados no mercado de telefonia móvel. Para assistí-lo, acesse o link disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=0Og4vkAjs4g>.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS ON-LINE
1
Em: <http://itforum365.com.br/blogs/post/113386/telefones-wimax-e-4g>. Aces-
so em: 14 jul. 2016.
2
Em: <http://computerworld.com.br/consideracoes-sobre-como-desenvolver-apli-
cativos-moveis-mais-atraentes>. Acesso em: 21 jul. 2016.
GABARITO
SOCIEDADE DA
V
UNIDADE
MOBILIDADE
Objetivos de Aprendizagem
■■ Abordar a respeito da tecnologia inserida no mundo globalizado.
■■ Debater sobre a utilização de tecnologia móveis.
■■ Discorrer a respeito da evolução da tecnologia em seu contexto
histórico.
■■ Traçar informações acerca da Cultura e Tecnologia.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Tecnologia em um Mundo Globalizado
■■ Tecnologias móveis: usar ou não usar? Eis a questão!
■■ Um pouco de História
■■ Cultura e Tecnologia
■■ Os males da tecnologia
139
INTRODUÇÃO
Introdução
140 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TECNOLOGIA EM UM MUNDO GLOBALIZADO
SOCIEDADE DA MOBILIDADE
141
Por outro lado, mesmo que muitas pessoas ainda estejam alheias ao mundo
digital, temos presenciado, cada vez mais, a inserção da tecnologia em nossas
rotinas. Hoje em dia, é muito comum carros virem equipados com computa-
dores de bordo, televisores que possuem aplicativos para navegar na Internet,
consoles de vídeo game que permitem jogar com pessoas em qualquer lugar do
mundo, escolas que disponibilizam aulas por meio de metodologia de ensino
à distância, como a Unicesumar, por exemplo. É a tecnologia fazendo parte de
nossas atividades mais corriqueiras.
No contexto empresarial, isso também acontece, computadores, tablets,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
smartphones para acessar o e-mail e as mensagens instantâneas a qualquer hora
do dia e em qualquer lugar em que você esteja. Todo esse aparato tecnológico é
ofertado para nós com o intuito de gerar mais produtividade, competitividade,
inserção no mercado e, consequentemente, mais lucro para as companhias.
Então, caro(a) aluno(a), vamos voltar a poetizar, como fez William Shakespeare,
e, diante de todo esse contexto de modernidade de mobilidade que nosso mundo
vivencia, eu te pergunto: Tecnologias Móveis: usar ou não usar? Eis a questão!
Essa indagação pode ser respondida individualmente. Temos empresas e pes-
soas que são adeptas ao uso extremo das novidades tecnológicas. Mas outras não
fazem questão de ter o último modelo de smartphone, precisam apenas de um celular
simples, que faça as ligações e seja funcional. Sem “frescuras”, como muitos dizem!
Diante do cenário de modernidade que temos presenciado, não é mais pos-
sível imaginar o mundo ausente do termo mobilidade. Cada vez mais as pessoas
se tornam dependentes de dispositivos móveis para diversas finalidades. Algumas
necessidades que até então não existiam passam a ser essenciais ao nosso dia a
dia. E, é claro, as empresas que produzem tecnologia ficam atentas a esses sinais
e acabam desenvolvendo possíveis soluções que satisfaçam uma demanda até
então suprimida de nossas atividades corriqueiras, ou, até mesmo, “criam” uma
necessidade que até então não existia.
Para exemplificar tal situação, podemos resgatar na memória os momentos
recentes que, no Brasil, o aplicativo WhatsApp foi bloqueado judicialmente. Esse
software, que é propriedade do Facebook, não é simplesmente um gerenciador de
envio e recebimento de mensagens. Ele, mesmo podendo ser considerado como uma
rede social, extrapola a barreira da conversação, interação e troca de diversas mídias.
SOCIEDADE DA MOBILIDADE
143
Uma provocação para você pensar: será que toda essa parafernália tecno-
lógica realmente otimiza nosso trabalho e nos faz ter mais tempo? Existem
pessoas que dirão SIM e outros que dirão NÃO… Mas e você? De que lado
está? É apenas uma provocação, para você pensar! (o autor).
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UM POUCO DE HISTÓRIA
SOCIEDADE DA MOBILIDADE
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E HOJE?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O choque social causado naqueles momentos pode ser comparado com o choque
tecnológico que vemos hoje. Atualmente, estamos presenciando uma enxurrada
de avanços tecnológicos que são inseridos em nosso meio com a promessa de
melhorar nossa vida, proporcionar mais produtividade para as empresas e tra-
zer mais conforto.
Unido a isso, vemos uma geração de pessoas que nascem em meio a todos
esses dispositivos, não sendo necessário aprender a utilizá-los, afinal, as crian-
ças são geradas em um mundo digital. Elas nascem digitais. Crescem digitais.
E, consequentemente, se tornam adultos digitais. Gerações anteriores, mas que
ainda estão em nosso contexto social, tiveram que aprender a utilizar essas novi-
dades depois de adultos. Por isso, ainda existem inúmeros conflitos de opiniões
a respeito dessas novas tecnologias.
Mas, caro(a) aluno(a), estamos navegando em um barco que vai para frente
e, especialmente falando em Mundo dos Negócios, temos que acompanhar a
onda que conduz tal embarcação. Toda essa evolução tem sido marcada, espe-
cialmente, por uma característica muito saliente: a velocidade.
Cada vez mais temos presenciado o quão veloz as coisas mudam. Se olhar-
mos para algumas décadas atrás, os avanços científicos e tecnológicos levavam
anos para serem efetivamente descobertos. Hoje, esse cenário é completamente
diferente. O exemplo mais simples disso é você olhar para o smartphone que você
tem hoje. É muito provável que, dentro de pouco tempo, ele estará ultrapassado
e terá um modelo com mais capacidade.
Um Pouco de História
146 UNIDADE V
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tecnologia, que refletirá em sua evolução e obsolescência” (grifo nosso).
Neste momento, o que te convido a pensar é sobre a escolha. São as pessoas
que escolhem usar ou não a tecnologia. O cenário atual mostra que a grande
maioria das pessoas tem optado pela utilização das inovações tecnológicas exis-
tentes. Os indivíduos, especialmente os mais jovens, têm demonstrado cada vez
mais sede por novidades.
Por isso, já não se fabricam mais aquela famosa geladeira igual a que minha
avó tinha, que era extremamente eficiente e durava, praticamente, a vida toda. Eis
a geração da obsolescência programada! As empresas desenvolvem seus produ-
tos para se tornarem obsoletos em um espaço de tempo mais curto. O motivo:
estimular o consumo por seus lançamentos. O termo surgiu oficialmente em
meio a grande crise americana de 1929, com o intuito de predeterminar uma
validade para os produtos e, por consequência, tentar aquecer a economia por
meio do consumo. Naquele momento, a ideia não teve êxito, mas anos depois o
conceito passou a ser aplicado por diversas empresas. Assim, o design e a estra-
tégias de marketing começaram a fazer parte do contexto organizacional para
promover o consumo ilimitado.
SOCIEDADE DA MOBILIDADE
147
Com todo esse crescimento tecnológico que temos presenciado, mas também
diante de diversas exigências de consumidores com relação a sustentabilidade,
muitas empresas começam a dispensar atenção ao consumo sustentável. Ou seja,
buscam o desenvolvimento de novos produtos a serem ofertados, mas, em con-
trapartida, desenvolvem políticas sociais e ambientes que tentam proporcionar
um equilíbrio entre as partes.
Para você, aluno(a), refletir um pouco mais a respeito dessa temática, deixo
minha recomendação para assistir ao documentário Comprar, Tirar, Comprar,
cujo link está disponível no final desta unidade, nos Materiais Complementares.
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Um Pouco de História
148 UNIDADE V
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CULTURA E TECNOLOGIA
A palavra Cultura faz parte do nosso dia a dia. Ouvimos essa expressão quando fala-
mos sobre Negócios, no quesito da cultura empresarial. Também é natural você viajar
para um lugar diferente e observar que a cultura local é bem diferente daquela que
você conhece na região onde reside. Ainda, também utilizamos o termo quando nos
referimos aos hábitos culturais, como leitura, teatro, visita a museus, dentre outros.
Para esse nosso estudo, gostaríamos de enfatizar o termo “Cultura” no con-
texto de uma visão sociológica. Nessa área de estudo, cultura se relaciona a tudo
que é o resultado da criação humana. Ideias, ferramentas, crenças, costumes,
tudo que for adquirido por meio de um convívio social, é considerado Cultura.
Dentro dessa mesma visão, os autores da Sociologia não consideram que exista
uma cultura superior ou inferior, melhor ou pior, mas sim acreditam que exis-
tam diferentes culturas e formas de manifestá-la (CAMARGO, 2016).
A exemplo disso, podemos lembrar de países em que as mulheres devem
se vestir de forma a cobrir todo o corpo, tendo apenas os olhos a mostra; paí-
ses em que determinados animais são sagrados e não podem ser consumidos
como alimentos, ou até mesmo, regiões do próprio Brasil em que os costumes
se diferenciam, como o churrasco no Rio Grande do Sul e o acarajé na Bahia.
Nesse contexto, a sociologia explica que a cultura tem por objetivo satisfazer
as necessidades humanas por meio de limitações normativas, implicando, em
algumas situações, em violações da condição natural do homem (CAMARGO,
2016). Por exemplo, se vestir adequadamente para uma celebração de casamento,
ou também adquirir um bem como símbolo de status social.
SOCIEDADE DA MOBILIDADE
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Cultura e Tecnologia
150 UNIDADE V
A CULTURA DA MOBILIDADE
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folheando uma revista. Os
pacientes que estão a espera,
aproveitam o tempo para ler
um e-mail, acessar sua rede
social ou passar o tempo
com um jogo disponível em
seu smartphone.
A tecnologia passa, cada vez mais, a fazer parte de nossa cultura. Mesmo que
ainda existam regiões mais remotas, até mesmo no Brasil, que não possuem o
mesmo acesso e nível de tecnologias que outras regiões, os objetos tecnológicos
passam a ser desejados por muitos e também necessários para diversas atua-
ções profissionais. Diversas pessoas têm criado uma dependência tecnológica
em suas atividades cotidianas, sejam pessoais ou de trabalho. A reflexão pro-
posta por Giddens (2012, p. 104) ilustra esse cenário:
o impacto desses sistemas de comunicação tem sido estarrecedor. Em
países com infraestruturas de comunicações mais desenvolvidas, os
lares e escritórios hoje têm várias conexões com o mundo externo,
incluindo telefones [...], televisão digital, por satélite e a cabo, correio
eletrônico e internet. A internet emergiu como o instrumento de co-
municação de crescimento mais rápido já desenvolvido.
SOCIEDADE DA MOBILIDADE
151
O autor explica que, mesmo que sejamos seres físicos, que dependemos e nos
aproximamos de locais reais, nossa experiência tem se intensificado no sentido
de unir o físico com o virtual. Para ele, “as mídias produzem sentidos de lugar”
Cultura e Tecnologia
152 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
como exemplo o Facebook, que é a mais utilizada atualmente. Se você rolar um
pouco sua timeline, perceberá que a grande maioria das postagens dos seus ami-
gos se relacionam a situações agradáveis e positivas. Você verá a foto de pessoas
em uma festa, o prato de comida diferente que estão comendo, o passeio em
família, uma nova conquista no trabalho, a notícia de que a esposa está grávida
e poderíamos estender ainda mais este parágrafo com outros exemplos.
Em contrapartida, é difícil você se deparar com uma postagem pessoal de algo
que esteja negativo na vida das pessoas. Claro que existem aqueles que comparti-
lham tudo, mas não são a maioria. Tanto que, para não gerar um sentimento de
inferioridade ou até depressivo nos internautas, o Facebook não possui o botão
“Não Curti”. Seria muito desagradável para o sentimento do autor de uma foto,
em frente a uma bela praia, que amigos demonstrem publicamente que “não
curtiram” o que ele está fazendo. É melhor apenas se omitir, pois causa menos
impacto negativo.
Você consegue perceber a cultura que temos vivenciado com a inserção da
tecnologia e da mobilidade em nossa sociedade? A intensidade que essa gera-
ção está vivendo de agilidade e conectividade é algo que as empresas devem se
atentar, com toda certeza. Mas também é um ponto que gera preocupação para
diversos estudiosos e pesquisadores, pois os excessos proporcionados por esse
frenesi tecnológico pode gerar malefícios para os seres humanos. Esse é o assunto
do próximo tópico. Então, agora você já pode fechar sua rede social e focar em
nossa leitura. Vamos lá?
SOCIEDADE DA MOBILIDADE
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
OS MALES DA TECNOLOGIA
Os Males da Tecnologia
154 UNIDADE V
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sionado pessoas que ficam isoladas a uma tela de poucas polegadas, esquecendo
que existe uma imensidão a sua volta.
Tecnologia é bom? Sim! Com toda certeza! Somos fãs! Entretanto a palavra
equilíbrio deve fazer parte de sua utilização.
PATOLOGIAS TECNOLÓGICAS
SOCIEDADE DA MOBILIDADE
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Os Males da Tecnologia
156 UNIDADE V
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Com o intuito de resgatar um pouco da história que interferiu diretamente
na realidade que estamos presenciando atualmente, foi abordado no decorrer
desta unidade assuntos que mostraram as rupturas que aconteceram com o pas-
sar do tempo e os impactos gerados na sociedade. Vimos que, desde o período
da Primeira Revolução Industrial, as transformações nos modelos de produção
e nas formas de realizar os trabalhos, impactaram no contexto social e, conse-
quentemente, foram evoluindo com o passar do tempo.
Hoje em dia, cada vez mais, presenciamos a busca pela velocidade e pelo ime-
diatismo. Essas duas característica dos tempos atuais fazem com que as empresas
e pessoas estejam sempre diante de necessidades que, até então, não existiam. A
necessidade de estar conectado, de dar respostas com agilidade, de estar infor-
mado sobre tudo, enfim, de estar, literalmente, ligado o tempo todo.
Assim, com toda essa fome por inovação e informações novas, a cultura da
obsolescência programada tem se propagado com o passar dos anos. Os pro-
dutos são criados para se tornarem obsoletos, seja pelo fato de sua vida útil ser
menor, ou pelo desejo dos indivíduos em adquirir um modelo mais novo de um
determinado bem.
Essa cultura de uso da tecnologia também foi um assunto que abordamos
nesta unidade. Vivemos o momento da mobilidade, com isso, hoje em dia, usar
smartphones e estar em uma rede social, faz parte da cultura das pessoas. Sendo
que essa cultura está cada vez mais inserida em nossa sociedade.
A principal reflexão, caro(a) aluno(a), está no uso equilibrado da tecnologia,
de forma que não proporcione prejuízos a sua empresa e, principalmente, a você.
SOCIEDADE DA MOBILIDADE
157
1. Conforme estudamos nesta unidade, foi possível perceber que estamos cada
vez mais globalizando as atividades que são desenvolvidas em nosso cotidiano.
Diante desse cenário, DISCORRA a respeito dos motivos que levam a intensifica-
ção da globalização no mundo de hoje.
4. Foi possível perceber em nosso estudo que a tecnologia, além de inúmeras van-
tagens, pode, na contramão, proporcionar alguns prejuízos. Essa situação pode
ser presenciada em relação a possíveis doenças que podem ser causadas por
conta do cenário tecnológico que estamos presenciando. Analise as seguintes
opções abaixo:
I - Possuir a crença de que a tecnologia só proporciona benefícios.
II - Acreditar que apenas com o uso de tecnologia é possível ter vida social sau-
dável.
III - Dificuldade em se familiarizar com novas ferramentas tecnológicas.
IV - As novas tecnologias não são consideradas como algo totalmente necessário.
Após analisar as afirmações, assinale a alternativa correta:
a. Todas se relacionam com a Tecnofobia.
b. Todas se relacionam com a Tecnofilia.
c. As afirmações I e II se relacionam com a Tecnofobia e as afirmações III e IV se
relacionam com a Tecnofilia.
d. As afirmações I e II se relacionam com a Tecnofilia e as afirmações III e IV se
relacionam com a Tecnofobia.
e. As afirmações I e III se relacionam com a Tecnofobia e as afirmações II e IV se
relacionam com a Tecnofilia.
159
A Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sóli-
dos, criada com base no citado artigo 225 da Constituição Federal, também prevê prin-
cípios e objetivos básicos que tentam assegurar a proteção ao meio ambiente, inclusive
reforçando em seus artigos 30 a 33 a responsabilidade compartilhada entre Poder Públi-
co, fornecedores de produtos e consumidores, sobre o ciclo de vida dos produtos, suas
embalagens e a forma correta do descarte de pilhas, pneus, óleos, lâmpadas, produtos
eletrônicos e demais componentes, a fim de evitar não só a Obsolescência Programada,
mas também o manejo correto de todo o lixo e sua devida reciclagem.
Aliado ao aspecto ambiental, também encontramos amparo no Código de Defesa do
Consumidor, que prevê, como um direito básico dos consumidores, o direito à educação
e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços (art. 6º,II, CDC), bem
como o direito a informação adequada e clara (art. 6º, III, CDC), a fim de garantir que os
consumidores tenham plena ciência de todas as características do produto, inclusive
sobre sua durabilidade e maneira correta de descarte, de forma a garantir a plena liber-
dade de escolha dos consumidores no ato da aquisição de tais produtos, equilibrando,
ao final, a relação de consumo.
No entanto, caso o consumidor não seja amplamente informado de todas as caracterís-
ticas do produto e seja, de alguma forma, prejudicado pela prática abusiva da Obsoles-
cência Programada, poderá ele se valer do do Poder Judiciário, a fim de ver reparada sua
insatisfação.
Um exemplo de como essa prática abusiva chega ao Judiciário seria o caso em que o
consumidor adquire, de boa-fé, um produto e, dentro do prazo da garantia, este já apre-
senta defeitos, não atingindo o fim a que se destina. Porém, além de já ter um problema
de consumo, muitas vezes o consumidor é informado pelo fornecedor que será impos-
sível realizar o reparo, pelo fato de que não há mais no mercado peças de reposição
para o funcionamento adequado do produto, tornando-o totalmente inútil. O mal que
a Obsolescência Programada traz à vida dos consumidores é demonstrado de forma
cristalina nesses casos.
Diante desse quadro, é necessário que haja uma maior atuação estatal, no sentido de
regular e criar políticas públicas que de fato garantam um meio ambiente equilibrado,
mudando totalmente os atuais padrões de consumo, por meio de uma fiscalização mais
rígida das empresas que praticam a Obsolescência Programada e não dão informações
claras e precisas aos consumidores, além de melhor educá-los e informá-los sobre seus
direitos e sobre os males trazidos ao meio ambiente pelo descarte irregular de resíduos
sólidos.
Fonte: Printes (2012, on-line)1.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Sociologia
Anthony Giddens
Editora: Penso
Sinopse: se você deseja compreender um pouco mais a respeito da visão
sociológica das mudanças globais que têm acontecido, deixo o convite para
realizar a leitura do capítulo 4 do livro Sociologia, de Anthony Giddens. Nesse
capítulo, o autor aborda assuntos relacionados às mudanças sociais e suas
influências, como também alguns fatores que contribuem para a globalização.
Jobs
Sinopse: a história da ascensão de Steve Jobs, de rejeitado no colégio até
tornar-se um dos mais reverenciados empresários do universo da tecnologia
no século XX. A trama passa pela jornada de autodescobrimento da juventude,
pelos demônios pessoais que obscureceram sua visão e, finalmente, pelos
triunfos que transformaram sua vida adulta.
Comentário: o filme conta a história do revolucionário e visionário fundador
da Apple, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Independente
da sua opinião a respeito do comportamento de Steve Jobs (líder, grosseiro,
gênio, copiador de ideias), vale a pena conhecer um pouco sobre sua trajetória,
de um simples nerd de garagem até se transformar no próprietário de uma
das marcas mais valiosas do planeta.
Veja um pouco mais de detalhes sobre o bloqueio do WhatsApp em maio de 2016. Essa
reportagem do G1 mostra alguns casos reais de pessoas e empresas que foram impactados com
a interrupção do serviço do aplicativo. Para saber mais, acesse o link disponível em: <http://
g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2016/05/prejuizo-e-plano-b-marcam-bloqueio-do-
whatsapp-em-juiz-de-fora.html>.
ARP, R. 1001 ideias que mudaram nossa forma de pensar. Rio de Janeiro: Sextan-
te, 2014.
BATISTA, E. de O. Sistemas de Informação: O uso consciente da tecnologia para o
gerenciamento. São Paulo: Saraiva, 2006.
CAMARGO, O. Cultura. Brasil Escola. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/
sociologia/cultura-1.htm>. Acesso em: 16 maio 2016.
ESTADÃO. Brasil tem 98 milhões de pessoas sem acesso à internet. Disponível
em: <http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-tem-98-milhoes-de-
-pessoas-sem-acesso-a-internet,10000007044>. Acesso em: 5 maio 2016.
FREIRE, E.; BATISTA, S. S. dos S. Sociedade e tecnologia na era digital. 1. ed. São
Paulo: Érica, 2014.
GIDDENS, A. Sociologia. 6. ed. Porto Alegre: Penso, 2012.
LEMOS, A. Cultura e Mobilidade. Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 40, p. 28-25,
dez. 2009.
GABARITO
2. B.
3. A.
4. D.
5. C.
REFERÊNCIAS ON-LINE
1
Em: <http://www.idec.org.br/em-acao/artigo/um-mal-a-ser-combatido-a-obsoles-
cencia-programada>. Acesso em: 22 jun. 2016.
165
CONCLUSÃO
Caro(a) aluno(a), assim terminamos nossa jornada! Foram 5 unidades que passea-
ram por diversos temas importantes, os quais giram em torno da Tecnologia e Mo-
bilidade.
Inicialmente, na unidade I, discutimos sobre as tendências móveis e as tecnologias
que nos cercam, como a computação ubíqua e pervasiva. Sem falar na computação
vestível, computação nômade e a Internet das Coisas. Também pontuamos sobre o
BYOD e a Consumerização, duas vertendes que têm sido utilizada pelas empresas.
Na sequência, dentro da segunda Unidade do livro, realizamos uma abordagem so-
bre os principais conceitos de mobilidade para os dispositivos móveis. Tais disposi-
tivos precisam atender os requisitos de portabilidade, conectividade, usabilidade e
funcionalidade, sendo fácil transportar e utilizar.
Passamos, então, para a unidade III, na qual discutimos “por que” e “como” nos tornar
móveis no mundo da conectividade. Vimos que as pessoas estão móveis o tempo
todo. Discutimos também sobre os Aplicativos móveis e suas classificações, desde
ferramentas de suporte à produtividade até a recuperação de informação e seu de-
senvolvimento. Falamos sobre as Redes Convergentes e como elas agrupam o uso
de tecnologias para unificar redes de voz e dados.
Na unidade IV, foi abordado como se deu a expansão dos aparelhos celulares em
todo mundo. Estudamos um pouco sobre as redes de telefonia móvel e suas gera-
ções. Estudamos ainda alternativas do acesso móvel, como Hotspots e Wi-Max que,
além de deixar os usuários cada vez mais conectados, auxiliam de forma a desafogar
as redes de telefonia móvel.
Por fim, na última unidade, discutimos diversos assuntos que permeiam a tecno-
logia mergulhada na sociedade em que vivemos. Vimos que, desde o período da
Primeira Revolução Industrial, passamos por transformações e evoluções. Por exem-
plo, a quantidade de informações geradas hoje em dia. Com essa quantidade de
informações e acesso a dispositivos tecnológicos, também temos presenciado situ-
ações problemas com as pessoas, pontos também discutidos nessa unidade.
As reflexões que permearam nossos estudos tiveram por objetivo plantar uma pe-
quena semente de provocação em sua mente. Provocação é claro, no sentido posi-
tivo da palavra, ou seja, fazer você realmente exercitar o seu dom de pensar e não
simplesmente aceitar apenas um dos lados da moeda.
Espero que as considerações debatidas no decorrer de toda sua leitura tenham sido
válidas para a sua construção de conhecimento. Afinal, com o dinamismo que paira
no conceito desta palavra tão disseminada hoje em dia, “Conhecimento”, as en-
grenagens do seu cérebro precisam ser lubrificadas constantemente. Assim, aquilo
que você constrói agora pode servir de alicerce para outras construções de conhe-
cimento futuras!
Não pare por aqui! Vamos em frente!
Um abraço!