Livro O Bastão Da Liderança PDF
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ESPERANÇA
Editora Evangélica Esperança
Rua Aviador Vicente Wolski, 353
82510-420 Curitiba-PR
E-mail: eee@esperanca-editoraocom.br
Internet: www.esperanca-editora.com.br
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Todos os direitos.reservados.
AUTORES
ROWLAND fORMAN
JEFF ]ONES
BRUCE MILLER
TRADUÇÃO
]OSUÉ RIBEIRO
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Forman, Rowland
O bastão da liderança : uma estratégia
intencional para o desenvolvimento de líderes
em sua igreja / Rowland Forman, Jeff Jones,
Bruce Miller ; tradução Josué Ribeiro. --
Curitiba, PR : Editora Evangélica Esperança,
2008.
08-00805 CDD-253
,I 'li I
DEPOIMENTOS SOBRE
O BASTÃO DA LIDERANÇA
Randy Fraze
Autor de The Connecting Church (A Igreja Conectada) e
Making Roomfor Life (Abrindo Espaço para a Vida)
Que leitura empolgante! Este livro foi escrito por homens que serviram comigo
- e entre si - no desenvolvimento daquilo que eu creio ser uma estratégia bíblica
e prática para a preparação de líderes nas igrejas locais. O que eles escrevem não
é somente teoria; eles são práticos. Através de vários estágios ao longo do cami-
nho no qual fui o mentor deles, os três autores serviram como pessoas-chave em
minha própria vida.
Gene A. Getz
Pastor emérito da
Comunidade Bible Church North em Plano, no Texas
Aubrey Malphurs,
Autor de Being Leaders (Sendo Líderes) e Church Next (A
Igreja ao Lado)
Elizabeth Inrig,
Diretora nacional do Ministério com Mulheres,
Igreja Evangélica Livre da América
Em um único volume os autores identificaram e responderam a uma miríade
de questões relacionadas ao treinamento de líderes. O resultado é um esboço
altamente prático e exaustivo para o desenvolvimento de líderes na igreja local.
Trata-se de uma leitura inspiradora e desafiadora!
Brian Keane,
Pastor titular da Igreja Batista de Edwardstown
Adelaide, Sul da Austrália
Bill Donahue
Autor de Leading Life-changing Small Groups (Liderando
Pequenos Grupos que Transformam Vidas)
Jim Petersen,
Autor de Living Proof (Prova Viva) e Church Without Walls
(Igreja sem Paredes)
Depois de interagir com os autores por mais de uma década, eu conheço em pri-
meira mão sua louvável paixão, seus princípios e a prática persistente na forma-
ção de líderes para a Igreja. Aplique os princípios deste livro e você garantirá o
amadurecimento de sua igreja e a expansão do Reino de Cristo na Terra, durante
toda a próxima geração.
Kerby Anderson
Presidente do Probe Ministries
II I I I
A Gene Getz,
que nos inspirou e encorajou a colocar essas idéias
em prática e depois escrever sobre elas.
Gene serve como um exemplo fantástico de
liderança piedosa para a Igreja de Cristo.
Seu espírito sempre pronto a aprender,
sua fé genuína e seu amor compassivo
geram em nós lealdade e respeito.
Gene é sempre a mesma pessoa,
tanto na vida particular quanto em público.
"E as palavras que me ouviu dizer na
presença de muitas testemunhas, confie-as a ho-
mens fiéis que sejam também capazes de ensinar
outros"
2Tm 2.2, NVI
II I I ~I I I
,
INDICE
213
II I i II I I
I
PREFACIO
o que você está prestes a começar a ler mudará a sua forma de pensar.
Com demasiada freqüência nós encaramos a liderança com uma mentalidade uni-
dimensional, levando em conta somente uma geração. O Bastão da Liderança se
empenha em uma das tarefas mais importantes de nossa época: ajudá-lo a pensar
além da sua própria geração, trabalhando como mentor de novos líderes.
Certa vez alguém disse: "Corridas de revezamento são vencidas ou per-
didas na hora de passar o bastão". Eu concordo, mas me permitam fazer uma
correção. Embora a passagem do bastão possa exigir apenas um momento, é o
coração por trás daquele ato simples que pode levar décadas.
É aí que as corridas são vencidas ou perdidas.
Nós não podemos mais passar adiante, apressadamente, bastões defei-
tuosos. De fato, toda a mensagem do Antigo Testamento é sobre a transmissão
bem-sucedida do coração da fé de uma geração para outra. E nós só podemos ser
bem-sucedidos nisso se aprendermos a lição antes de passar a fé e não depois.
Quando Jesus entrou em cena, o problema não estava na sucessão; estava no
coração e no espírito por trás dela.
O Bastão da Liderança oferece insights fundamentais que construirão
uma base confiável para os futuros líderes. Ele se harmoniza com o meu próprio
coração e com o que estamos fazendo no Sul do Pacífico. Não se trata somente de
um tratado oportuno, mas também de uma palavra atual para as igrejas de hoje.
12 o Bastão da Liderança
Muitas vezes fico me perguntando qual teria sido o legado do rei Saul, se ele
simplesmente tivesse sido o mentor daquele jovem pastor chamado Davi em vez
de ficar com medo dele. Então, em lugar daquele fim tão trágico, ele poderia ser
lembrado como um dos maiores discipuladores e tutores de todos os tempos.
Forman, Jones e Miller são praticantes e falam com base não em teo-
rias, mas em cicatrizes, vitórias e - sim - também derrotas. Este livro combina
vozes de experiência, narrando em tempo real a descoberta e desenvolvimento
de líderes emergentes.
O Bastão da Liderança representa o elo perdido da sucessão da lideran-
ça, uma abordagem prática para plantarmos o nosso futuro de modo que todos
aqueles que vierem depois de nós, nos considerem fiéis!
1I I IIII I I
Agradecimentos 15
especificamente aos nossos presbíteros - Dick Best, Dave Bugno, Don Closson,
Dave Lewis e Ron Ryan - que pastorearam a mim e minha família com o mesmo
cuidado de Cristo. É uma alegria crescermos e servirmos a Cristo juntos.
Aos meus pais, minha profunda gratidão por acreditarem em mim e ora-
rem por mim durante toda a minha vida. Também agradeço aos meus cinco filhos
- Bart, Jimmy, David, Melane e Ben - por aceitarem graciosamente e não recla-
marem quando papai precisava mais uma vez dedicar todo o seu tempo ao "livro".
Acima de tudo, nenhum ser humano merece mais a minha gratidão do que minha
preciosa esposa Tamara. Obrigado, Tamara, por tudo o que você é para mim.
/
PREFACIO: / /
II I I,ii , I
Prefácio - A história por trás deste livro 19
Sobre os autores
Imagine-se em uma corrida - não uma corrida comum, mas uma cor-
rida de revezamento. Para vencer, você sabe que precisa correr bem, e faz isso.
Você corre velozmente, dando tudo de si. As pessoas na platéia aplaudem. Ao
se aproximar do final do percurso, você sente a adrenalina e o orgulho pulsando
em suas veias. Depois da curva seguinte, você avista o outro corredor de sua
equipe. Ele está em posição, com a mão estendida, pronto para receber o bastão.
Você correu bem, mas a sua participação ainda não está concluída. Você precisa
passar o bastão. Para vencer a prova, você precisa passar o bastão - e tem de
passar direito!
Agora, voltemos à realidade. Se você é líder em uma igreja local, está
em uma corrida de revezamento. Cerca de dois mil anos atrás Jesus passou o
bastão para os seus discípulos. Ele lhes deu a missão da Igreja e eles correram
bem. Tão importante quanto fazer uma boa corrida, era passar o bastão para
outros. Como Timóteo, por exemplo, que recebeu o bastão de Paulo e entendeu
que sua tarefa era procurar outros a quem passar o mesmo bastão.
Ao longo dos séculos esse bastão tem sido passado de Jesus para os
discípulos e para outros e para outros. Em um certo momento, um líder confiou
em você o suficiente para lhe passar o bastão da liderança. Agora você está se-
gurando o bastão. A missão de Deus, a missão da igreja local está em suas mãos.
Você consegue enxergar, com os olhos da imaginação, o bastão diante de você
neste exato momento? Se puder, repare nas marcas de dedos nele - são as mar-
22 o Bastão da Liderança
cas dos dedos daquele que passou o bastão para você e dos dedos daqueles que
passaram para ele. E por baixo de todas essas marcas de dedos, estão as marcas
dos dedos de Jesus. Agora é a sua vez de passar o bastão para outros líderes que
estão surgindo, que darão continuidade à corrida.
O cristianismo está sempre a apenas uma geração da extinção. Isso ser-
ve para a sua igreja e para a minha. Sempre foi assim. A missão de Jesus sempre
dependeu de uma geração de líderes, passando a missão para a seguinte. Onde
eles fizeram isso de forma efetiva, suas igrejas e ministérios continuaram na
corrida. Agora a missão está em nossas mãos.
Afinal, qual é esta missão que foi passada a nós? A fim de corrermos
fielmente a corrida e entregarmos a missão, temos de entender claramente qual é
ela. Em Mateus 16.18 Jesus nos diz o que estaria fazendo aqui no planeta entre
a sua ascensão ao céu e sua segunda vinda: "[Eu] edificarei a minha igreja, e as
portas do Hades não poderão vencê-la". Jesus está edificando a sua Igreja e ele
faz isso por intermédio dos líderes. Quando entregou a missão aos seus discípu-
los, ele disse: "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas"
(Me 16.15). Mateus coloca da seguinte forma:
II I I.i I I
Introdução : o bastão em sua mão 23
Evangelizar
Expandir Estabelecer
Equipar
A NECESSIDADE
Não é segredo que uma das maiores necessi dades das igrejas atualmente
- em todo o mundo - é líderes bem equipados. IBasta darmos uma olhada na nossa
24 o Bastão da Liderança
própria igreja. Você diria: "Nós temos todos os líderes que precisamos para cum-
prir toda a vontade de Deus; de fato, temos tantos líderes que teremos de exportar
alguns dos melhores somente para abrirmos espaço para outros"? Todos nós temos
um forte sentimento de que poderíamos - e deveríamos - fazer melhor.
A maioria das igrejas carece de bons líderes e tampouco possui uma
estratégia definida para a formação de novos. Até mesmo pastores formados
se sentem mal equipados, percebendo que seu treinamento não lhes garantiu a
competência necessária para cumprir seu papel de forma efetiva.
Líderes leigos que ocupam posições-chave em juntas e diretorias em
geral possuem pouco ou nenhum treinamento bíblico para desempenhar seu pa-
pel nas igrejas que tentam liderar. Líderes de jovens com freqüência possuem
mais treinamento para cumprir seu papel do que os membros da diretoria da
igreja. Apesar disso, os membros da diretoria são responsáveis pelos ministérios
gerais da igreja.
Algumas organizações que trabalham com igrejas já identificaram as ten-
sões entre o pastor titular e a diretoria como um dos maiores obstáculos para a uni-
dade e a efetividade da igreja. Membros de diretoria são tipicamente bem intencio-
nados, mas pouquíssimos receberam algum tipo de orientação para desempenhar
suas responsabilidades. Raramente alguém se concentra no desenvolvimento do
caráter deles, na maturidade, no conhecimento teológico - principalmente Ecle-
siologia. Mesmo assim, são os líderes influentes em nossas igrejas. Nós desco-
brimos que a maioria dos membros de diretoria gostaria de receber treinamento
sobre liderança. Eles anseiam em exercer uma administração mais espiritual, mais
efetiva e mais agradável. Os pastores fariam um grande favor a si próprios e às
suas igrejas se tomassem o treinamento de líderes urna prioridade.
,-
A RESPOSTA ESTA AO NOSSO ALCANCE
O TEMPO TODO
II I
I I I I
Introdução: o bastão em sua mão 2S
Deus está levantando multidões de pessoas dentro das igrejas locais que desejam
dedicar suas vidas ao Reino. Deus está se movendo em igrejas por todo o mundo
na formação de líderes e na multiplicação das igrejas.
A Igreja possui a capacidade dada por Deus de se engajar no desenvol-
vimento de líderes envolvendo todos os aspectos da vida. Ela pode desenvolver
um caráter devoto em seus líderes, ajudá-los a forjar uma visão teológica forte
e construir fortes habilidades de liderança e de relacionamento. A igreja local é,
por definição, o mais efetivo berço de líderes espirituais do planeta.
A resposta para a falta de líderes eclesiásticos em todo o mundo está
presente desde o Pentecostes. A resposta é a seguinte: recolocar a Igreja no cen-
tro do treinamento de líderes - que sempre foi a estratégia de Deus. Quando a
igreja cumpre cabalmente a missão de levantar líderes para a colheita, nada pode
pará-la. A resposta é o desenvolvimento de líderes baseado na igreja.
O Bastão da Liderança, que divide esta resposta em três partes, foi
escrito por líderes de igrejas para líderes de igrejas. Ele esboça insights e princí-
pios descobertos pelos três autores durante muitos anos de tentativas e erros, em
uma variedade de ambientes eclesiásticos.
Na Parte 1 enfocamos a visão para o treinamento baseado na igreja,
enfatizando a necessidade de se estabelecer nada menos do que uma cultura de
desenvolvimento de líderes. Mostramos como o Treinamento Baseado na Igreja
cumpre o mandato bíblico para os líderes equiparem seus próprios seguidores e
acompanha o mover do Espírito de Deus nos últimos séculos.
A Parte 2 apresenta uma abordagem ampla do desenvolvimento de lí-
deres em sua igreja. Esse processo de aprendizado é baseado na sabedoria (cur-
sos), nos relacionamentos (comunidade) e é pessoal (o mentor). Seu objetivo
é produzir líderes-servos que conhecem a Deus (cabeça), exibem o caráter de
Cristo (coração) e são efetivos no ministério e na missão (mãos).
A Parte 3 é uma série de capítulos do tipo como-fazer que o ajudará a apli-
car os princípios do desenvolvimento de líderes nos vários grupos de líderes de sua
igreja. O Capítulo 7 descreve um plano exaustivo para o desenvolvimento de líderes
em uma igreja local, e os Capítulos de 8 a 11 abordam a necessidade específica de
treinamento de diretorias, líderes emergentes, equipes pastorais e voluntários.
26 o Bastão da Liderança
o Epílogo examina questões como:
• Qual é o futuro das igrejas que implementam plenamente uma abor-
dagem baseada na igreja do treinamento de líderes?
• Qual é o futuro do treinamento baseado na igreja? O que Deus está
para fazer?
• Como as igrejas podem desenvolver parcerias criativas com outras
igrejas e instituições como institutos bíblicos e seminários?
• Como as igrejas desenvolvem uma visão global ao abordarem ques-
tões como crédito/reconhecimento, tecnologia e parceria?
Oramos para que, enquanto você ler essas páginas, o Espírito de Deus
abra os olhos do seu coração de maneiras novas, a fim de ver o poder da sua
gloriosa Igreja e que ele o inspire a passar o bastão para outros, a fim de que eles
continuem a corrida.
5. A partir de uma rápida revisão do Índice (p. 9), que partes deste livro
você está mais ansioso para ler e por quê?
I I II I I I
PARTE UM
VISÃO:
O PODER DO
TREINAMENTO
BASEADO NA
IGREJA
UMA CULTURA
NA QUAL A FORMAÇÃO
DE LIDERES FLORESCE
Jeff: Nos últimos dez anos nós visitamos muitas igrejas grandes procu-
rando aprender tudo o que pudéssemos com elas. Uma visita, porém, se destacou
dentre todas as outras. Uma das razões é que essa igreja fica no Havaí. Foi muito
dificil e um verdadeiro sacrificio irmos até lá, mas eu me senti particularmente
dirigido por Deus para fazer isso. A visita a essa igreja mudou para sempre a
minha maneira de encarar o ministério.
A Comunidade Nova Esperança em Honolulu, pastoreada por Wayne
Cordeiro, tem uma forte cultura de desenvolvimento de líderes. Quando eu a
visitei, a igreja tinha apenas oito anos de existência e mesmo assim a cada final
de semana mais de dez mil pessoas se reuniam para adorar. A maioria dessas
pessoas não se limitava a freqüentar a igreja, mas participava ativamente. Um
dos princípios básicos da igreja é trabalho em equipe. Todos os ministérios são
realizados em equipe e todos os líderes trabalham com mais quatro pessoas, de
forma que cada pessoa tem a responsabilidade de desenvolver e encorajar ou-
tras. Eles se referem a essas equipes como fractais. Um surfista que eu conheci
na praia pertencia à igreja Nova Esperança. Perguntei se ele fazia parte de al-
guma daquelas equipes. Ele replicou: "É claro. Nós realizamos o ministério em
equipe. Eu estou no fractal de evangelismo, no ministério com surfistas". Achei
incrível a maneira como ele descreveu seu papel na igreja de forma tão clara.
A seguir ele me deu mais detalhes sobre o trabalho, contando que pertencia a
uma equipe com um líder que o encorajava, mas que ele também tinha algumas
pessoas para encorajar. Outra senhora que conheci também freqüentava a Comu-
30 o Bastão da Liderança
nidade Nova Esperança e era componente de uma equipe que fazia colares para
os recém-chegados.
Quando fui à igreja, fiquei maravilhado ao ver milhares de pessoas ser-
vindo com grande alegria. Um rapaz com o qual conversei disse que estava acom-
panhando um operador de câmera, sendo treinado para ser um. Ele me explicou
que cada líder de ministério era incentivado a treinar outra pessoa em sua função.
Praticamente todas as pessoas que conheci sabiam bem qual era o seu papel no
ministério e ao mesmo tempo em que eram treinadas, treinavam outros.
Retomei do Hawaí cheio de entusiasmo e pronto para adotar o estilo
Nova Esperança de formar equipes e treinar líderes. Anunciei à minha diretoria
que íamos formar "equipes fractais". Desenhei para eles uma grande visão de
como as coisas iriam funcionar. Nossa tentativa inicial, porém, falhou. Cometi o
erro comum de ficar empolgado com a forma de uma igreja em particular fazer
as coisas e tentar imediatamente introduzir o método na cultura da minha própria
igreja. Eis o que descobri: se a igreja não estiver pronta, até mesmo as melho-
res idéias e estratégias estão fadadas ao fracasso. Antes de tentarmos importar
novas idéias, sistemas melhores e ferramentas de alta qualidade para melhorar
o treinamento de líderes, primeiro precisamos preparar o solo da nossa igreja.
Precisamos enfrentar a dura tarefa de introduzir os novos valores profundamente
na mentalidade da igreja.
As igrejas que estão fazendo um excelente trabalho no treinamento de
líderes não são necessariamente aquelas com os melhores sistemas ou ferra-
mentas. O que elas fizeram muito bem foi implantar o valor do treinamento de
líderes profundamente na mentalidade da igreja. O treinamento de líderes tem
mais a ver com quem eles são como igreja do que alguma coisa em particular
que eles fazem.
--------~
PREPARE O SOLO
II
I I I I I
Uma cultura na qual a formação de líderes floresce 31
pagaria US$ 100,00 por uma plantinha - principalmente quando teria de comprar
pelo menos vinte delas? No entanto, encarei o desafio e comprei as plantas.
Decidi economizar um pouco de dinheiro plantando eu mesmo; no en-
tanto, teria de pagar alguém para preparar o jardim. Quando fizemos o orçamen-
to, vimos que o valor era astronômico! Teríamos de pagar centenas de dólares só
para alguém vir, tirar o adubo antigo e colocar um novo adubo. Adubo é adubo,
pensei. Nossas novas plantas teriam de arranjar uma maneira de crescer no solo
que já tínhamos. Eu não iria comprar um novo adubo.
Um ano depois, o resultado é misto. Algumas plantas cresceram e ou-
tras morreram; a maioria ficou no meio termo. Talvez os adubos não sejam todos
iguais, afinal. Se eu pudesse voltar atrás, prepararia o solo.
O que significa preparar o solo em sua igreja de modo que o treinamen-
to de líderes possa florescer? Nos últimos anos aprendemos vários princípios
essenciais para se criar uma cultura na qual os líderes emergentes possam flo-
rescer. Você pode tentar treinar líderes sem esses princípios, mas na melhor das
hipóteses seus resultados serão mistos. Para obter melhores resultados, é melhor
preparar o solo.
o modelo do pintor é um ovo, mas não é o que aparece na tela. Ele olha
além do que o ovo é, enxergando aquilo que o ovo se tornará. Olhar as pessoas
através dos óculos do potencial significa olhar além do atual, para o potencial de
uma vida. Em algum ponto de sua vida, alguém olhou para você desta forma e
lhe deu uma oportunidade para liderar. Essa pessoa acreditou em você - prova-
velmente até mais do que você acreditava em si próprio!
I I II I I I
Uma cultura na qual a formação de líderes floresce 33
Imagine qual foi o efeito daquelas palavras sobre mim, um jovem ado-
lescente! Todd me deu uma visão de minha vida que era muito maior do que a
que eu poderia ter por mim mesmo. Embora a carta tenha sido danificada em um
incêndio criminoso provocado no escritório de nossa igreja, 25 anos mais tarde
eu ainda a tenho - e ela ainda me traz encorajamento.
Imagine o que aconteceria em sua igreja se os líderes enxergassem to-
das as pessoas através dos óculos do potencial. Quando os principais líderes
adquirem o hábito de estar constantemente buscando o potencial das pessoas, é
provável que essa mentalidade se espalhe por toda a igreja.
34 o Bastão da Liderança
nERRUBE O inOLO DA EXCELÊNCIA
Je.ff: Para preparar o solo para a formação efetiva de líderes, nós pre-
cisamos desafiar uma questão que tem sido proeminente em muitas igrejas nas
últimas décadas - a exaltação da excelência. Nos últimos anos, muitas igrejas
fizeram grandes melhorias nas programações a fim de alcançar melhor as pesso-
as de fora e para honrar a Deus na adoração. As megaigrejas em especial traba-
lharam duro para implantar a excelência. Eu compreendo a sedução desse valor.
Um dos dez valores fundamentais em nossa igreja é "Excelência no Ministério".
Entretanto, quando levada ao extremo, a exaltação da excelência pode prejudi-
car a formação de líderes.
Recentemente Rick Warren, pastor titular da Comunidade Saddleback
Valley em Lake Forest, Califórnia, me desafiou a pensar cuidadosamente sobre
isso enquanto liderava um pequeno grupo de pastores em uma discussão sobre
como edificar e equipar igrejas. Ele disse que para edificarmos e equiparmos
uma igreja temos de quebrar o ídolo da exaltação da excelência. Por quê? Por-
que as pessoas em geral não são excelentes; não são extraordinárias. As pessoas
em geral são comuns. Se quisermos desenvolver um ministério com pessoas
comuns, temos de abrir mão da noção de excelência.
Se você exaltar demais a excelência, terá dificuldade de confiar o mi-
nistério a pessoas comuns. Você sairá em busca das melhores pessoas. Provavel-
mente não se arriscará a colocar uma pessoa em fase de desenvolvimento para
exercer um papel significativo, porque não desejará colocar a excelência em
risco. Você não envolverá leõezinhos no ministério nem trabalhará com ovos.
Em seu livro Good Enough Church (Igreja Boa o Suficiente), Steve
Sjogren, pastor da Comunidade Vineyard em Cincinnati, Ohio, argumenta que
o bom o suficiente está bom o suficiente. Não precisamos esperar até sermos
excelentes para fazer um bom trabalho. Somente poucas pessoas - por definição
- podem ser extraordinárias. Deus nos chama para fazer o melhor que pudermos
com aquilo que ele nos deu.
I I II I I I
Uma cultura na qual a formação de líderes floresce 35
de líderes, lembre que criará na igreja aquilo que der o exemplo. Você também
criará aquilo que recompensar. A maioria dos líderes naturalmente recompensa
as pessoas que fazem. Quando estão diante de um problema ou de urna oportu-
nidade, essas pessoas funcionam por si mesmas: arregaçam as mangas e fazem
as coisas acontecerem. Em urna cultura que valoriza a atividade, essas pessoas
são as que recebem promoções e elogios.
Em urna cultura de desenvolvimento de pessoas, são recompensados
não os que "fazem as coisas", mas sim os que "capacitam outras pessoas a fa-
zer". Elas entendem que seu papel é equipar outros. Se você deseja enfatizar
mais o valor do desenvolvimento de líderes em sua igreja, busque formas de
recompensá-lo.
Recentemente introduzimos um novo prêmio para os líderes em nossa
igreja, chamado "Prêmio Jim Harris Líder Servo". Esse prêmio foi criado para
honrar a memória de Jim Harris, um homem piedoso que durante muitos anos
foi pastor e membro da diretoria da igreja. Quando nós distribuímos esse prêmio
a cada ano, deixamos claro o que valorizamos. Não seria urna coisa ruim honrar-
mos somente os indivíduos que estão fazendo, mas poderíamos estar perdendo a
oportunidade de enfatizar outros valores importantes.
Rex e Marlene foram os primeiros a receber o Prêmio Jim Harris. Esse
casal tem feito um trabalho excelente na formação de equipes para recepcionar
as pessoas em nossos eventos mensais. Eles servem de exemplo de corno enco-
rajar e equipar outras pessoas enquanto cumprem o ministério juntos. Honrar
essas pessoas reforça o valor do treinamento de líderes.
Corno devemos avaliar a efetividade de nossa equipe pastoral? Em Ef
4.11s Paulo diz que Deus nos deu pastores cuja tarefa é equipar o povo de Deus
para a obra do ministério. Se avaliarmos os pastores primariamente do ponto de
vista de corno eles estão fazendo a obra do ministério corno indivíduos, estamos
enfatizando um critério errado. As questões mais importantes seriam:
Jeff: Umas duas vezes por ano organizamos em nossa igreja uma ofi-
cina de orientação para novos líderes, durante a qual cada novo líder recebe um
bastão com uma inscrição: "2Tm 2.2". Quando lhes damos o bastão, dizemos:
"Nós estamos lhe dando o bastão, mas não é para você. O bastão é para outra
pessoa. É para você passar adiante. Comece a orar desde já pela pessoa que você
irá preparar para substituí-lo um dia. Quando passá-lo adiante, peça a nós outro
bastão. Mas lembre-se: o novo bastão também não deverá ser guardado com
você".
Não é raro os novos líderes chegarem à oficina de orientação carregan-
do os bastões que receberam de seus líderes de ministério. A entrega do bastão
é uma forma de nós dizermos: "Eu acredito em você. Deus colocou algo em
você que realmente é único e ele fez isso com um propósito. Deus vai usá-lo". É
impressionante observarmos o impacto que o ato de receber o bastão tem sobre
as pessoas.
Recentemente eu empreguei a ilustração do bastão enquanto falava a um
grupo de pastores. Quando me preparava para ir embora, um pastor se aproximou
e começou a compartilhar alguns desafios que estava enfrentando em sua igreja.
Eu estava a ponto de colocar o bastão dentro da valise, mas em vez disto decidi
dá-lo ao pastor. Honestamente, não estava pensando muito no presente; apenas
concluí que ele poderia usar o bastão em seu ministério. Quando o pastor segurou
o bastão, pude perceber que ele ficou profundamente tocado. Seus olhos se enche-
ram de lágrimas e ele disse: "Sério? Você quer que eu fique com isso?" Eu percebi
a oportunidade que Deus estava me dando de encorajar uma pessoa e então disse:
"Sim, claro! Deus realmente lhe deu dons e está usando você agora mesmo. Fique
firme e continue servindo ao seu povo. Você está fazendo um ótimo trabalho".
Aquele pastor saiu do recinto diferente de como tinha entrado. Eu tam-
bém. Percebi uma vez mais o poder da afirmação. Todos nós precisamos de-
sesperadamente de pessoas que acreditem em nós, que nos mostrem aquilo que
Deus nos deu para usarmos para a sua glória. Quanto mais você conseguir in-
centivar cada líder de sua igreja a sair em busca de outros líderes a quem possam
passar o bastão, mais pessoas você terá subindo pela escada da liderança.
Incentive cada líder a sair em busca de alguém que seja seu substituto.
Ensine seus líderes a desenvolverem líderes em potencial por meio da orientação,
aconselhamento e encorajamento. De forma literal ou figurada, dê a cada líder um
I I II I I ,~ I I
Uma cultura na qual a formação de líderes floresce 37
bastão. E quando cada pessoa passar o bastão para outra, não deixe de celebrar!
Quando damos a cada líder um bastão, podemos identificar uma va-
riedade maior de futuros líderes. Eu, por exemplo, tenho a tendência de ficar
mais empolgado com líderes visionários, entusiastas e empreendedores. Com
facilidade ignoro outros tipos de personalidade com outro tipo de potencial de
liderança - igualmente importantes. No entanto, desde que incentivamos todos
os nossos líderes a saírem em busca de líderes em potencial, com freqüência os
outros escolhem pessoas que eu ou os demais pastores nem mesmo considera-
mos, pessoas que depois se tomam líderes efetivos na igreja.
II 1 I,. , I
I I
Uma cultura na qual a formação de líderes floresce 39
por ter de liderar com Gene sentado participando do grupo, mas ele facilitava as
coisas. Gene é um dos aprendizes mais vorazes que eu já conheci e recebia com
grande prazer os comentários e críticas sobre o seu trabalho. Ele era um aprendiz
entre aprendizes. Na verdade, ele era o mais aberto para aprender entre eles, o
que servia de forte inspiração para os outros pastores e presbíteros.
Como pastor titular, Gene também dava exemplo de como tomar o trei-
namento de líderes uma prioridade. Nos primeiros anos, nós nos reuníamos se-
manalmente durante duas horas. Quando somávamos esse tempo de preparação
de duas com as quatro horas que ele já dedicava às reuniões de pastores e presbí-
teros (ele era o único na igreja que .fazia parte dos dois grupos), víamos que ele
era o mais envolvido de todos. À luz de sua própria agenda de compromissos,
ele tirava de todos a desculpa do "estou muito ocupado". Ou transformávamos o
treinamento de líderes em uma prioridade ou não teríamos treinamento nenhum.
Quando desafiamos todos os líderes da igreja a tomarem o próprio crescimento
uma prioridade, não estávamos pedindo nada que o próprio Gene Getz e os ou-
tros pastores não estivessem fazendo.
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A VISÃO DO TREINAMENTO
BASEADO NA IGREJA
I I II I I I
Uma cultura na qual a formação de líderes floresce 41
5. Até que ponto você tem visto o "ídolo da excelência" se tornar uma
barreira no desenvolvimento de líderes?
DESENVOLVIMENTO DE LÍDERES I
NO PRIMEIRO SECULO
I I 11 I 1,;1 I I
Um movimento emergente 45
Uma rápida revisão da história da Igreja mostra que nos afastamos des-
sas práticas dinâmicas de treinamento de líderes do primeiro século. Como isto
aconteceu? Por que a maioria das nossas abordagens de treinamento é tão dife-
rente da abordagem de Jesus e de Paulo?
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UMA BREVE HISTÓRIA
o desejo de aumentar o grau de habilidade dos ministros foi uma das ra-
zões por trás do surgimento dos seminários na América do século 18. A tendência
de se afastar do estilo do primeiro século em treinamento no ministério continuou,
enquanto escolas de ensino formal eram fundadas a fim de preparar pessoas para
serem ministros profissionais. Em suas instalações, os seminários reuniam novos
treinadores ministeriais, geralmente especialistas com doutorado em campos aca-
dêmicos específicos. Por grande parte do século 20 um diploma de seminário fun-
cionava como o bilhete de entrada para a liderança formal nas igrejas.
Enquanto se multiplicavam e amadureciam, os seminários assumiam
duas tarefas que com freqüência competiam entre si: 1) oferecer aos estudantes
uma formação clássica em Teologia e 2) treinar os estudantes nas habilidades
práticas do ministério de modo que pudessem funcionar bem como ministros
profissionais. A tensão fundamental entre servir como uma instituição séria de
ensino e um instituto vocacional profissional causou muitos conflitos internos
nos seminários, entre os departamentos "acadêmicos" e "práticos".
I I II I
IIII I I
Um movimento emerg ente 47
U· ~ ·dades',.
Mosteiros mversl ... Seminários I
Biblioteca comos livros
Guardamos rolos Biblioteca especializada
Detentores do existentes.
Copiam manuscritos Relatórios e outros
Conhecimento Proteçãodos documentos
materiais
antigos
Ilnutnres (Ph.O,)
Treinadores de Bons professores
, Pad res. monges especialistas em áreas
líderes da Igreja Inspiradores
específicas
Conhecimento
força Comunidade. Conhecimento de todas as
especializado e capacitação
Espiritualidade áreas
profissional
- -- ---/
/
II I , I
I I 1,;1
Um movimento emergente 49
II I I I
I I
Um movimento emergente 51
TECNOLOGIA
------~
TREINAMENTO BASEADO
NA IGREJA
Conhecimento
Comunhão. missão.
Força Comunidade, Conhecimento de especializado e
caráter. habilida de.
Espiritualidade todas as áreas capacitação
modelo prático
profissional
Baseado no cuidado
Comunhãoinformal
ordenado
Relac ionamentos vitais
-
l:tI
::::I
c
l:x:I
D:I
In
lliscipuladn, Acompa nhamento l:tI
D:I
lndivíduns Comunitário c..
c
Baseadonos campus pessoal ::::I
D:I
tE""
Conferências, "':I
l:tI
Eventos lá Processo aqui Expe riê ncia ministerial 'iii'
Baseado nos eventos
Extensão,
Formal. à distância Informal. próximo Ensinode qualidade
Baseado na escola
I I II I
I I I I~ I I
Um movimento emergente 55
Nas igrejas nas quais servimos, nossos líderes se dão conta de que Deus
considera todos nós responsáveis pela forma como estamos aprendendo a melho-
rar nossos ministérios. Esta prestação de contas direta a Deus dá ao treinamento
de líderes baseado na igreja uma energia que falta em muitas salas de aula.
--------"'~
NADA PODE PARAR
ESTE MOVIMENTO!
I I I' I
I I
Um movimento emergente 57
2. Que lições você pode extrair da breve revisão feita neste capítulo do
desenvolvimento de líderes através da História?
PROCESSO:
UMA ,ABORDAGEM
HOLISTICA
DETERMINANDO UMAI
ESTRATEGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO
I
DE LIDERES
ALVOS ESTRATEGICOS:
-----~
COMECE TENDO EM MENTE
O PRODUTO FINAL
Você está curioso sobre se sua igreja será capaz de cultivar uma menta-
lidade que facilite o treinamento de líderes (Capítulo I)? Você está convencido
de que a igreja local deve ser central no desenvolvimento dos seus líderes (Capí-
tulo 2)? Então você pode estar disposto a tentar algo totalmente novo no treina-
mento de líderes na sua igreja. Antes de fazer isso, porém, você deve perguntar:
"Que tipo de líderes nós queremos formar?" A resposta mais óbvia seria: "Um
líder servo semelhante a Cristo". A resposta mais ampla poderia ser: "Um líder
semelhante a Cristo cuja 'cabeça' [um líder sábio], 'coração' [um líder guiado
pelo Espírito com um caráter admirável] e 'mãos' [um líder servo habilidoso]
funcionem em harmonia".
Pode ser útil considerarmos o tipo de líder que não desejamos formar.
Imagine um corpo com uma cabeça grande e sem coordenação. Alguns líderes
eclesiásticos são assim. Eles sabem muito. Usam o conhecimento bíblico que
possuem como um porrete para sujeitar seus seguidores. Paulo disse aos mem-
bros da igreja de Corinto que eles tinham se tornado "inflados" com o orgulho
que sentiam pelo conhecimento superior (lCo 8.1).
Um corpo com um coração enorme, braços e pernas atrofiados e uma
cabeça do tamanho de uma ervilha seria igualmente absurdo. Líderes eclesiásti-
cos com um coração exageradamente grande exalam compaixão e sentimentos,
mas se importam muito pouco com a doutrina. Quando há alguma tarefa difícil a
ser executada na igreja, eles correm em busca de abrigo. Apesar disso, um torso
com braços e pernas enormes, cabeça de ervilha e um coração pequeno demais
também é defeituoso. Alguns líderes eclesiásticos são excelentes servos, mas
negligenciam a sã doutrina e a formação espiritual.
Ao designar o seu modelo de desenvolvimento de líderes, tenha esse
alvo em mente: pela graça de Deus, nós queremos formar líderes sábios, com
um conhecimento sadio da Palavra de Deus, caráter forte e compaixão, além de
habilidosos no ministério e em sua missão.
I I II I illi I I
D eterminand o uma estr até gia para o desenvolvimento de líderes 63
"Cabeça" "CoraçDo"
Líderes Sábios líderes Piedosos
"Mãos"
Líderes Habilidosos
I I II I 1,41 I I
Determinando uma estratégia para o desenvolvimento de líderes 65
um dos integrantes do grupo se encontra com Leo, descobrindo que ele era o
líder do grupo que organizou a jornada.
Leo ilustra uma característica do líder servo descrito na Bíblia: a dispo-
sição de assumir uma posição inferior. Efésios 4.11s identifica outra caracterís-
tica dos líderes eclesiásticos: Os líderes da igreja não se empenham meramente
em cumprir o ministério (sem se preocupar se outros estão conseguindo cum-
prir); eles equipam os outros para servirem bem a Deus. Quando eles deixam
o grupo, este funciona efetivamente porque as pessoas foram preparadas para
o serviço,
COMPONENTES ESTRATEGICOS:
EQUIPAR. EM UM
-------/
CONTEXTO HOLÍSTICO
É muito fácil ignorarmos uma idéia simples como esta: "Cursos não
formam líderes; pessoas fazem isso". É fácil porque essa frase soa muito correta
- quer dizer, até que a sua estratégia inclua o cultivo de sabedoria bíblica como
um objetivo vital para os seus líderes. Se o seu alvo for produzir líderes cristãos
que pensem sábia e corretamente, então concluirá que cursos que encorajam a
reflexão teológica são um componente essencial no treinamento dos líderes.
66 o Bastão da Liderança
o alvo geral na formação de líderes sábios, piedosos e habilidosos deve
conduzir à escolha do material dos cursos. Considere a seguinte lista ao escolher
os cursos de desenvolvimentos de líderes para sua igreja:
II I I i ~ I I
I ,
Determinando uma estratégia para o desenvolvimento de líderes 67
(Me 9.35). A seguir ele pegou uma criança nos braços e ensinou a todos sobre
humildade no Reino de Deus.
Se é verdade que o aprendizado é otimizado em um ambiente de comu-
nhão, então nós devemos encarar qualquer reunião regular de equipe ministerial,
da liderança ou grupo de estudo bíblico como uma oportunidade para que o
princípio bíblico "uns aos outros" seja colocado em prática. Em vez de encarar-
mos essas ocasiões apenas como tempo de tomar decisões ou estudar, devemos
exaltá-las como momentos de comunhão e de amor onde podemos edificar uns
aos outros e momentos de verdade onde podemos ser honestos e abertos uns
com os outros.
A abordagem da comunhão no treinamento de líderes na igreja local
implica que estamos escolhendo amar. Estamos comprometidos uns com os ou-
tros. Somos uma família. E esse é um processo orgânico.
ACOMPANHAMENTO INDIVIDUAL:
ENCORAJAR AMIZADES ESPIRITUAIS
PESSOAS ESTRATÉGICAS:
--------"~
IDENTIFICAR GRUPOS CHA VE
A SEREM TREINADOS
II I 1;'1 I I
I I
Determinando uma estratégia para o desenvolvimento de líderes 69
COMPONENTES
CURSOS COMUNHÃO ACOMPANHAMENTO
ESTRATÉGICOS
PESSOAS LíDERES
DIRETORIA EIlUIPE DE OBREIROS
ESTRATÉGICAS EMERGENTES
70 o Bastão da Liderança
7. Onde você acha que sua igreja precisa investir os maiores esforços na
elaboração de uma abordagem geral de desenvolvimento de líderes
- definição de alvos estratégicos, desenvolvimento de componentes
estratégicos ou identificação de pessoas estratégicas?
j,,1
I , II I I I
CURSOS:
UM PROCESSO DE
APRENDIZADO
BASEADO NA SABEDORIA
-------~
o RESULTADO DETERMINA
O PROCESSO
Quando comecei a procurar recursos para treinar meus três alunos, sa-
bia que não seria suficiente encontrar material confiável em termos doutrinários.
Eu sabia que Mike, Jimmie e Vinny precisavam se tomar líderes sábios que
I I I' I
I ,
Cursos: um processo de aprendizado baseado na sabedoria 73
------/
UM SONHO DE LIDERANÇA
Nosso sonho é ver as igrejas levantando milhares de líderes sábios
- homens e mulheres capazes de pensar bem sobre as multiformes questões
que nos desafiam. Imagine as igrejas locais sendo lideradas por equipes de pes-
soas capazes de trazer profundidade teológica para os problemas práticos, que
conseguem avaliar questões complicadas e que conseguem resolver crises com-
plexas. Se nós desejamos esse produto final - líderes sábios capazes de pensar
biblicamente - então devemos ter interesse no elemento pedagógico dos nossos
materiais de treinamento.
Será que um curso ou currículo em particular garantiria a formação
de líderes capazes de exercitar a sabedoria bíblica prática? Certamente não. No
entanto, seríamos tolos se pensarmos que a nossa abordagem pedagógica não
terá nenhum impacto sobre o tipo de líderes que iremos formar. Uma abordagem
baseada na sabedoria terá maior probabilidade de gerar líderes capazes de pensar
com profundidade do que a abordagem tipo preencha as lacunas, "encha a sua
cabeça com fatos".
I , I' , I," I ,
Cursos: um processo de aprendizado baseado na sabedoria 75
UM ESQUEMA DE DESENVOLVIMENTO
BASEADO NA SABEDORIA
1. Entenda o assunto
II , I I
I ,
Cursos: um processo de aprendizado baseado na sabedoria 77
Exemplo
Estudo de um minicaso
Bob e Alice servem como missionários em outro país. Sua filha peque-
na, Mary, tem problemas crônicos de saúde. Os recursos médicos disponíveis
78 o Bastão da Liderança
para Mary são extremamente precários no local onde eles estão. Se eles aban-
donassem o campo missionário e retomassem para o seu país de origem, Mary
poderia receber o tratamento médico adequado; no entanto, eles estão realizando
um ministério efetivo e sentem que devem permanecer ali. O que a família deve
fazer?
Dicas úteis
• "Como pais, os seus filhos são a sua mais elevada prioridade. Todas as
coisas devem vir depois deles e de suas necessidades"
• "Os pais não devem permitir que os filhos sejam o centro da família,
controlando as prioridades e os afazeres"
Defina a questão
2. Estude as Escrituras
Exemplo
II I Idl I I
I I
Cursos: um processo de aprendizado baseado na sabedoria 79
Deuteronômio 6.1-9
Salmo 127
-------------------
_
Efésios 6.1-3 _
O que podemos aprender a partir do exemplo negativo de Eli?
(lSm 2.12-36; 3.11-14) _
Exemplo
Exemplo
• Faça uma lista ou uma descrição dos princípios bíblicos por escrito
para os pais, limitando-se àqueles que servem para todas as culturas.
Procure não permitir que a sua própria perspectiva cultural afete de-
masiadamente a interpretação dos textos bíblicos .
• Avalie o seu próprio desempenho como pai (ou a preparação para ser
futuro pai) à luz dos princípios bíblicos. Se for casado, discuta sua
avaliação com seu cônjuge. Escolha uma área na qual trabalhar para
melhorar.
5. Discuta o Assunto
I I
II I
Cursos: um processo de aprendizado baseado na sabedoria 81
Exemplo
Peça a um líder para promover uma discussão sobre a questão dos pais.
Se você estiver liderando o grupo com a abordagem dos seis passos, tem muitas
ferramentas para promover um grande debate. Você pode usar a pergunta de
abertura do tópico "Entenda o Assunto", ou pode pedir ao grupo que se concen-
tre no estudo do caso ou ainda, pode responder às dicas úteis. Abra as Escrituras
e peça aos alunos que comparem suas listas de princípios bíblicos. Você pode
discorrer sobre as implicações de uma passagem bíblica em particular. Além
disso, você pode usar o artigo dos Hughes e liderar uma interação com os pensa-
mentos deles. Em um curso típico do CTBI, nós lhe ofereceremos uma lista de
questões para discussão, as quais reúnem os elementos do estudo. Como grupo,
o importante é adquirir juntos sabedoria sobre o papel dos pais, mais do que cada
um conseguiria sozinho. Suas conclusões iniciais em "Formule uma Resposta"
serão confirmadas, criticadas e melhoradas pelo grupo.
Tendo testado sua resposta inicial na discussão com outros líderes sá-
bios e preparados, você pode retomar e refiná-la. Às vezes terminará feliz ao se
dar conta de que a sua primeira reflexão foi sábia. Outras vezes você descartará
seus primeiros pensamentos e começará tudo novamente. Qualquer que seja o
caso, você terá adquirido maior sabedoria e confiança ao submeter sua reflexão
à crítica de outros líderes. Ajuste sua primeira resposta à luz dos insights adqui-
ridos no grupo.
82 o Bastão da Liderança
o conhecimento jamais deve parar em nossa cabeça, mas deve nos mo-
ver para a ação. Jesus nos chamou para ensinar as pessoas a obedecer a tudo o
que ele ordenou (Mt 28.20). Se formos meros ouvintes e não praticantes, enga-
namos a nós mesmos (Tg 1.22). A verdade e a sabedoria só dão frutos mediante
a obediência.
Exemplo
-------~
o FRUTO DO PROCESSO
Bruce: Onde estão Mike, Jimmie e Vinny agora? Mike ajudou outra
igreja a desenvolver um ministério estudantil, serviu em um concílio eclesiásti-
co e está envolvido em um ministério de implantação de igrejas. Por sua partici-
pação em muitos cursos de treinamento baseado na igreja (sem um treinamento
formal em seminário), Jimmie é capaz de pensar de forma teológica e prática
sobre questões ministeriais complexas. Atualmente ele serve comigo como um
dos pastores em nossa igreja. Vinny serviu como pastor na Fellowship Bible
Church North e no corpo de obreiros do Centro de Treinamento Baseado na
Igreja. Atualmente trabalha como consultor para igrejas e empresas, ajudando a
desenvolver líderes de acordo com seu estilo de influência.
Enquanto estava na Fellowship, certa vez tive a oportunidade de ensi-
nar simultaneamente nos cursos de graduação do Seminário Teológico de Dallas
e nos cursos de treinamento baseado na igreja. Embora os alunos no seminário
demonstrassem motivação, o objetivo imediato deles era ter o diploma. Os lí-
deres da nossa igreja, por outro lado, estavam intensamente engajados no curso
porque o futuro da igreja estava em jogo. Eles sabiam que eram responsáveis
pelo rumo da igreja e da sua missão.
Quando a nossa igreja tinha cerca de dois anos, liderei um grupo em um
curso sobre Missões. Embora tivéssemos decidido separar 10% de toda a entrada
I , I' I
I di I I
Cursos: um processo de aprendizado baseado na sabedoria 83
I , II , r.« I I
Cursos: um processo de aprendizado baseado na sabedoria 85
2. Que tipo de resultado você deseja na vida dos líderes que está
treinando?
6. Por que não podemos ficar somente com a Bíblia? Qual é o valor de
consultar outras fontes?
~
- , - . ", j
..: _. ....:.... -- -_. --._- '-"-_.- :.~
--- - -- - - ~ - -- -
---------~
DEUS VALORIZA A COMUNHÃO
I' , , ,
I I III1
Comunhão: processo de aprendizado baseado no relacionamento 89
Esse Salmo foi escrito por um dos maiores líderes da Bíblia, o rei Davi.
Talvez ele estivesse meditando sobre a alegria da unidade em Israel depois de
todos aqueles anos em que ele próprio foi caçado pelo rei Saul (2Sm 5.1-10).
Pode ser que o Salmo 133 seja um trágico comentário sobre o oposto em sua
vida - aqueles tempos em que experimentara desastre, distância e desunião em
sua família (2Sm 12-24). Qualquer que fosse a ocasião, o Salmo celebra a ale-
gria da íntima comunhão.
Comunhão autêntica significa "viver junto em união". É como uma
família em harmonia. E é algo "bom e agradável". Os líderes das igrejas não
devem aceitar nada menos do que a comunhão genuína em suas congregações.
Quando os líderes enfatizam a prioridade da comunhão e dão exemplo con-
sistente dela, o modelo deles vai moldando os líderes em treinamento e toda a
·congregação. O nível de comunhão em qualquer grupo será um reflexo do nível
de comunhão entre os líderes. Isso era um fato nos dias do rei Davi e continua
sendo fato nos nossos dias!
O Salmo 133 conclui: "Ali o Senhor concede a bênção da vida para
sempre". Onde há genuína comunhão, Deus tem prazer em derramar sua bênção.
A ênfase aqui é a iniciativa divina - "O Senhor concede a bênção...".
Se você deseja que o Senhor sopre vida no seu treinamento de líderes,
comece onde Deus começa e ame aquilo que ele ama - a comunhão autêntica e
amável entre os líderes - e depois assista a comunhão fluir para os outros líderes
e para toda a congregação.
--------~
,
A IGREJA E UMA COMUNIDADE
Em toda a nossa conversa sobre a igreja como povo de Deus, nossa lin-
guagem nos trai. Falamos sobre o número de igrejas em nosso bairro - e quase
sempre nos referimos aos edifícios. Falamos sobre "ir à igreja" como se a igreja
fosse um local ou um evento.
Em termos bíblicos, igreja é o povo separado por Deus em-comunida-
de. Trata-se da nova comunidade de Deus, onde os muros divisórios como raça
e status foram derrubados (Ef 2.11-22). Stanley Grenz escreve: "A comunidade
de amor que a igreja é chamada para ser não é uma realidade comum... Nossa
comunhão não é nada menos do que nossa participação comum na comunhão
divina entre Pai e Filho, mediada pelo Espírito Santo"."
90 o Bastão da Liderança
Como o povo da comunhão, essas verdades moldam e unem as nos-
sas vidas:
-----------~
JESUS TREINOU OS DOZE
EM COMUNIDADE
I I I" I
II11 , I
Comunhão: processo de aprendizado baseado no relacionamento 91
Como diz o Salmo 133, a comunhão deve ser vivenciada antes de ser
ensinada. Líderes em treinamento devem observar os líderes veteranos desfru-
tando da comunhão. Eles precisam ver o "uns aos outros" das Escrituras sendo
aplicado em uma base diária. Esses mandamentos "uns aos outros" descrevem a
sua equipe de liderança?
• Sejam membros uns dos outros (Rm 12.4s; Ef 4.25). Cada pessoa se
sente como parte da equipe? Você afirma que precisa de cada mem-
bro?
• Sejam devotados uns aos outros (Rm 12.10). Vocês têm expressado
um compromisso de aliança uns com os outros?
• Aceitem uns aos outros (Rm 15.7). Você aceita os outros membros da equi-
pe por quem eles são e não pelo que você gostaria que eles fossem?
• Instruam uns aos outros (Rm 15.14). Você ensina e adverte os outros
líderes com carinho, mas também com firmeza, quando se desviam
do caminho?
• Saúdem uns aos outros (Rm 16.16). Vocês dão atenção uns aos outros
e encontram formas adequadas de expressar intimidade?
• Carreguem as cargas uns dos outros (GI 6.2). Vocês conhecem uns
aos outros o bastante para compartilhar as cargas pessoais?
• Encorajem uns aos outros (lTs 5.11). Você regularmente expressa
palavras que funcionam como um vento nas velas dos outros mem-
bros da equipe?
I I I' , II11 , I
Comunhão: processo de aprendizado baseado no relacionamento 93
domingo por mês. Durante seis meses nós nos reunimos na espaçosa casa de um
dos presbíteros - um dos casais mais hospitaleiros que já conheci. Às vezes o
almoço era "somente para casais"; outras vezes levávamos nossos filhos. Nossa
equipe de presbíteros se transformou, deixando de ser um grupo frio, como de
homens de negócios e passou a ser uma família. A mudança começou com um
simples almoço juntos.
Wayne Cordeiro chama a comunhão de "gel que une os corações". Ele
conta a seguinte história:
I I IIII
Comunhão: processo de aprendizado baseado no relacionamento 95
como pastor. A questão era se eu tinha pago a minha parte no custo da manuten-
ção da cerca entre as duas casas. Procurei o vizinho e o construtor da cerca para
ver se estavam aborrecidos comigo. Para meu alívio, descobri que estavam mais
do que satisfeitos com a quantia que eu tinha dado. Meu telefonema seguinte foi
para o presbítero que começara os rumores. Ele ficou constrangido e admitiu que
havia entendido errado os fatos. Nós nos reconciliamos, nos cumprimentamos e
oramos. Atualmente aquele presbítero é um dos meus amigos mais queridos.
Que efeito haveria em seus líderes em treinamento se vissem a
equipe de liderança como uma comunidade "sem nuvens" formada por pe-
cadores perdoados? .
--------~
DA CRIAÇÃO DE COMUNIDADES
DE APRENDIZADO
I I I I I 11 i
Comunhão: processo de aprendizado baseado no relacionamento 97
I I I I
I "
Acompanhamento: um processo pessoal de aprendizado 101
-----~
PRODUZINDO CAMPEÕES
1. IDENTIFICAÇÃO:
O MENTOR COMO UM CAÇADOR DE TALENTOS
I I I I I 11,
Acompanhamento: um processo pessoal de aprendizado 103
,' IDENTIFICAÇÃ[] ~
~ "'
Caça-talento ~'l
I I I I j I'
Acompanham ento: um pro cesso pessoal de aprendizado \ 07
. IMITAÇÃO o
Exemplo
---
j
-~
Tarefas Ministeriais
Experiências de Vi da
, •I ENVlllVIMENTD
I ' I InstrutDr
Um dos meus professores me disse que se alguém lhe des se uma pedra
bruta e lhe pedisse para lapidar líderes competentes para a próxima geração, o
processo seria semelhante ao de treinamento de um piloto de Boeing 747. Há
Acompanhamento: um processo pessoal de aprendizado 109
PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO
BASEADO NA IGREJA
NÃO FORCE
I I I I I 11,
Acompanhamento: um processo pessoal de aprendizado 113
--------/
UM TRIBUTO
Rowland: Um dos meus mentores foi meu tio, Dr. Will T. Miller, que
tomou um interesse pessoal em minha carreira. Em suas cartas ele sempre me
dizia que eu faria coisas grandes para Deus. Ele era a síntese do encorajamento.
Quando me lembro de sua vida e do seu estilo de acompanhamento (hoje ele está
com o Senhor), o que me impressiona é que ele sempre estava à minha disposi-
ção quando eu necessitava da sua sabedoria.
Quando nosso filho Craig morreu com apenas cinco meses de idade,
Will e minha tia nos visitaram e perceberam que precisávamos mais de sua com-
panhia do que dos seus conselhos. Quando eu estava enfrentando uma grande
mudança na carreira, meu tio apareceu no momento exato e me deu encoraja-
mento, além de compartilhar sabedoria da Bíblia. Às vezes ele me dirigia, outras
vezes me instruía. Ele sempre acreditava em mim. Eu não lembro do carro que
ele dirigia e as lembranças das casas onde morou são vagas, mas as suas marcas
estão em todas as partes da minha vida. O mundo é um lugar melhor porque tio
Will viveu para a próxima geração.
114 o Bastão da Liderança
I I I I I 11
PARTE TRÊs
IMPLEMENT,AÇÃO:
DA ESTRATEGIA
À AÇÃO
VAMOS COMEÇ!lR
INVENTÁRIO DE IMPLEMENTAÇÃO
DO TREINAMENTO
BASEADO NA IGREJA
1. Comece a partir das convicções bíblicas
I I I I I II
Vamos começar 119
I I I I I 11,
Vamos começar 121
5. Aponte um "goleador"
Para que um time de futebol marque gols, um jogador tem de
receber a bola e chutá-la para o gol. Se você deseja que o treinamento
baseado na igreja seja implementado efetivamente em sua igreja, alguém
precisa levar a bola até o gol. Pode ser um membro remunerado da equipe,
um membro da diretoria ou um voluntário chave. Quando se trata de um
trabalho de todos, acaba não sendo trabalho de ninguém - e nada acontece.
Pense a respeito dos líderes de sua igreja. Quem você acha que
seria um bom candidato para servir como seu "goleador" para o treina-
mento baseado na igreja?
Inventário: Avalie suas opções de "goleador"
Ninguém disponível Algumas possibilidades Tenho a pessoa ideal
2 3 4 5 6 7 8 s
Plano: Eu vou orar a respeito desta pequena lista de pessoas que
podem ser equipadas para servir como nosso "goleador". Circule
o nome que você acredita ser sua melhor opção para desempe-
nhar este papel.
'I l II i
I I I
Vamos começar 123
desses três pode bem ser a melhor opção para começar. Como regra geral,
você deve começar com o grupo que tenha a maior influência. Em algumas
igrejas, pode ser necessário combinar dois grupos. Por exemplo, em uma
igreja com apenas um ou dois pastores, eles podem se unir aos membros
da diretoria para o estudo. Em uma igreja de cinqüenta membros, com
uma equipe de presbíteros de apenas três pessoas, pode ser melhor incluir
alguns líderes voluntários no projeto.
Inventário: Quão abertos estão os membros da diretoria, os
membros da equipe e os voluntários para o treinamento baseado
na igreja? (Pode ser preciso avaliar cada grupo em separado)
Nenhum grupo aberto Um grupo aberto Os três grupos abertos
2 3 4 5 6 7 8 s
Plano: Se formos implantar o Treinamento Baseado na Igreja em
nossa congregação, provavelmente começaremos com (selecione
um ou mais grupos):
7. Escolha um currículo
Embora princípios e processos sejam mais importantes do que
uma ferramenta em particular, as ferramentas em geral também são im-
portantes. Você precisará encontrar os melhores recursos que o ajudarão a
treinar líderes.
Inventário: Avalie as ferramentas curriculares que você tem à
disposição para treinar líderes.
Nenhuma ferramenta Usamos algumas ferramentas Gostamos das nossas ferramentas
2 3 4 5 6 7 8 s 10
Plano: Eu darei os seguintes passos para ajudar a nossa igreja
a selecionar uma boa ferramenta a ser usada no treinamento de
líderes:
I I
I , , "
Vamos começar 125
8. Determine os recursos
Todos os ministérios exigem dinheiro, espaço e tempo. A forma
como você emprega as finanças, o espaço fisico disponível e o calendário
revelará o quanto você valoriza o treinamento de líderes.
Dinheiro: Quanto do dinheiro da igreja é destinado ao treinamen-
to de líderes? Quando será a sua próxima reunião de orçamento? Quanto
dinheiro será necessário para que o treinamento baseado na igreja seja
bem- sucedido? Quanto você cobrará dos interessados em participar dos
eventos do treinamento baseado na igreja? A igreja providenciará a ali-
mentação?
Espaço: Em que local você acomodará as classes? Na última sala
do porão, com pouca iluminação e água escorrendo pelas paredes, ou no
salão bem iluminado perto da cozinha?
Tempo: Quando será o seu treinamento? Segunda-feira de ma-
nhã, às seis horas, ou no horário nobre do domingo, às 18 horas? Todo
ministério da igreja deseja ser realizado no melhor local e no horário mais
apropriado - o que é impossível, de modo que temos de fazer escolhas e
estabelecer prioridades.
Inventário: Que tipo de prioridade a sua igreja concede ao trei-
namento de líderes na distribuição dos recursos?
Nenhuma prioridade Prioridade moderada Alta prioridade
2 3 4 5 s 7 8 9 10
Plano: Eu darei esses passos para ajudar a nossa igreja a dar alta
prioridade ao treinamento de líderes conforme demonstrado na
forma como distribuímos nossos recursos.
Dinheiro: _
Espaço:--------------------
Tempo: _
126 o Bastão da Liderança
1I I 11'
I I I
Vamos começar 127
2 3 4 5 s 7 8 s
Plano: Que passos você dará para:
Manter as pessoas no treinamento? _
I I I I I 11
Vamos começar 129
Eis aqui um resumo da seqüência de passos que sua igreja pode dar
quando começa a considerar a visão do treinamento baseado na igreja e sua im-
plementação em um nível mais básico:
I I I I I 11·
Vamos começar 131
Depois de ser eleito para a diretoria de sua igreja, Tim ficou surpreso ao
descobrir que não receberia nenhum treinamento para o novo cargo. Ele havia
passado por um treinamento intensivo para atuar como líder de grupo pequeno e
esperava passar por um treinamento adicional de vez em quando para melhorar
suas habilidades ministeriais e como líder. Quando se reuniu à equipe de boas-
vindas da igreja, recebeu treinamento. Para Tim, não fazia sentido ser treinado
para essas tarefas e não ser treinado para fazer parte da diretoria da igreja.
Ele perguntou a outros membros da diretoria quais eram as respon-
sabilidades dos seus respectivos cargos e ficou perplexo ao ver as respostas
desencontradas. Alguns eram indiferentes em relação ao próprio papel; outros
demonstravam incerteza e insegurança; alguns poucos pareciam até mesmo pre-
ocupados com o poder e o status que a posição oferecia. Tim sentia-se aliviado
porque a maioria dos membros da congregação não tinha conhecimento dessa
triste condição do corpo de presbíteros e assumiu seu novo cargo determinado a
fazer o melhor dentro de uma situação dificil.
Embora Tim ficasse surpreso com o que encontrou, esse quadro é bem
familiar para muitos pastores. Membros de diretoria são tipicamente pessoas
que já demonstraram fidelidade e que possuem habilidades de liderança. Apesar
disso, poucas recebem mais do que uma breve orientação para esse ministério
que é tão fundamental para o funcionamento eficaz da igreja.
134 o Bastão da Liderança
Existe uma enorme lacuna entre muitos pastores e suas diretorias no
que diz respeito ao conhecimento teológico e experiência prática. Muitos pasto-
res receberam vasto treinamento para o ministério - treinamento teológico for-
mal e oportunidade de aprender com os colegas e de participar de seminários e
conferências. Essa falta de paridade no treinamento às vezes pode causar atritos
entre membros de diretoria e pastores de dedicação integral. Se não for tratada,
a lacuna pode aumentar à medida que a equipe pastoral cresce em conhecimento
e experiência ministerial e os membros da diretoria permanecem relativamente
novatos no entendimento dos aspectos fundamentais da liderança eclesiástica.
A descrição do trabalho do pastor em Efésios 4 inclui equipar o povo de
Deus para o obra do ministério. Uma responsabilidade fundamental do pastor é
canalizar os esforços para equipar os membros da diretoria e torná-los efetivos
no desempenho do seu papel à frente da igreja.
O livro de Atos narra uma crise surgida na liderança da igreja em Jeru-
salém. Os apóstolos se tomaram tão ocupados atendendo às necessidades físicas
do povo que não conseguiam dar a devida atenção à "oração e ao ministério da
Palavra" (At 6.2-4). Eles resolveram o problema apontando outros homens para
liderar o ministério com as viúvas, o que lhes deu a liberdade para exercer seu
papel primário.
Se os líderes da sua igreja estiverem sem tempo para orar e estudar a
Palavra de Deus, então eles têm um problema. Se os líderes não se dedicarem
regularmente à avaliação da igreja à luz dos ideais da Palavra, estão deixando de
lado um aspecto importante do seu papel.
Jeff e Bruce: Em 1989, começamos a reconhecer que os presbíteros
de nossa igreja não eram tão efetivos quanto precisavam. Essencialmente, suas
obrigações se limitavam a avaliar e aprovar propostas elaboradas pela equipe
pastoral. Eles davam maior atenção aos detalhes administrativos como a ma-
nutenção dos edifícios e salário dos pastores, mas não se dedicavam à oração e
à Palavra de Deus de forma significativa. Nós enfrentamos a situação criando
uma equipe administrativa que se concentraria nos aspectos logísticos da igreja,
o que permitiria que os presbíteros se dedicassem às tarefas mais importantes.
Criamos um processo de treinamento regular moldado pela questão: "O que
todos os membros da liderança precisam saber, ser e fazer a fim de cumprir bem
suas responsabilidades?" Grande parte do que aprendemos agora faz parte de
uma série de cursos produzidos pelo Centro de Treinamento Baseado na Igreja
(www.ccbt.org).
I
I \ I • 11:
Equipando os membros da diretoria 135
I I
BENEFICIOS PRATICOS
DE TREINAR OS MEMBROS
---------/
DA DIRETORIA
MAIOR UNIDADE
Jeff: certa vez eu servi em uma igreja com uma diretoria disfuncional
e despreparada. Com freqüência os membros da diretoria entravam em conflito
com os pastores e entre si. Reuniões marcadas para durar duas horas em certas
ocasiões se estendiam até as primeiras horas do dia seguinte. Decisões que pode-
riam ser tomadas em questão de minutos muitas vezes levavam semanas. Você
pode imaginar a tensão e os sentimentos de mágoa. A igreja estava imobilizada
por causa do mau funcionamento da diretoria.
Na Fellowship, nosso processo de treinamento produziu a unidade da
diretoria em questões fundamentais da vida da igreja e da liderança. Como parte
do treinamento, os membros da nossa diretoria se engajam em profundas discus-
sões sobre a visão e a direção geral da igreja. Eles comparam o ideal esboçado na
Bíblia com a realidade atual da igreja. A partir dessa visão emergente de como
a igreja poderia ser, eles desenvolvem estratégias que correspondem à visão.
Nossos presbíteros amam essas discussões porque estão falando sobre "questões
reais" e não meramente sobre a cor do carpete que será colocado no berçário.
Imagine a diretoria buscando consenso em questões polêmicas como música
e adoração, o papel da igreja na política e na cultura, disciplina eclesiástica, a
missão da igreja e prioridades financeiras.
136 o Bastão da Liderança
Este processo de fazer uma constante comparação entre a realidade atu-
al e o ideal bíblico nos guarda de ficarmos presos a formas de ministério que
não são mais eficientes. Nossa diretoria está sempre reinventando a forma de
funcionarmos como igreja de modo que podemos nos manter efetivos ao longo
de todo o caminho.
Muitas vezes ouvimos comentários positivos sobre a unidade de nos-
sa equipe de liderança. Cremos que devemos grande parte dessa unidade ao
tempo que passamos juntos em oração e estudo da Palavra de Deus (At 6.4).
Você pode descobrir que a mudança mais significativa em sua igreja acontece
quando você começa a equipar a sua diretoria e discutir questões fundamentais
de forma pró-ativa.
VISÃO AGUÇADA
I
I I I , I
Equipando os membros da diretoria 137
MENOS LOBBY
'I I 11'
I I I
Equipando os membros da diretoria 139
cussão com mais oração sobre o tema principal. Em uma reunião recente sobre
disciplina na igreja, por exemplo, nós separamos um tempo considerável para
orar pedindo que os líderes de nossa igreja vivessem vida santa e permaneces-
sem firmes.
I I I I + 11'
Equipando os membros da diretoria 141
I I I I
Equipando os membros da diretoria 143
CONCLUSÃO
I I I I
EQUIPANDO SEUS
LIDERES EMERGENTES
Je.ff. "O quarto tempo é nosso! O quarto tempo é nosso!". Ainda lembro
daqueles gritos que ouvi quando era garoto, nos jogos de futebol em Alabama.
Naqueles anos, Bear Bryant era o técnico e levou o time do Alabama a ser a
equipe dominante no futebol nacional. Em Alabama, ele era aclamado como um
ídolo e parecia receber adoração!
Bear Bryant era um excelente técnico e a base do seu sucesso era a
qualidade do seu banco de reservas. Isso foi antes das mudanças nas regras da
Liga Nacional que passou a limitar o número de jogadores inscritos para cada
jogo. O banco do Alabama ficava lotado de uma ponta à outra, com jogadores
motivados e prontos para entrar no jogo. Comparativamente, eles superavam
todos os outros times.
Por causa da força do banco de reservas, quando o time estava per-
dendo na metade do jogo ou até mesmo no terceiro tempo, os torcedores levan-
tavam a mão fazendo o sinal do número quatro e gritavam: "O quarto tempo é
nosso!". Naquele momento do jogo a maioria dos times já tinha esgotado seus
melhores jogadores, mas nós tínhamos um exército de jogadores descansa-
dos, prontos para entrar. O time do Alabama quase sempre dominava o quarto
tempo de jogo porque tinha muitos jogadores bem preparados e prontos para
substituir os titulares.
Bons técnicos trabalham duro para desenvolver bons jogadores. Eles
desenvolvem reservas de qualidade capazes de substituir os titulares e manter a
qualidade do desempenho do time. Bons técnicos conhecem o poder do banco
de reservas.
146 o Bastão da Liderança
No ministério, é fácil forçarmos demais os nossos "jogadores titula-
res". A tendência de sobrecarregar os líderes mais dispostos e capazes parece
universal, independente do tamanho da igreja. Carl George faz a seguinte ob-
servação:
--------~
CONSTRUINDO UMA FACE
MAIS PROFUNDA
Como podemos desenvolver "jogadores reservas" em nossa igreja?
Como podemos identificar líderes emergentes e equipá-los para fazer uma con-
tribuição vital para a missão da equipe?
\ I 'I I I 11'
Equipando seus líderes emergentes 147
2. O "encanamento" da liderança
Por que não desafiar todos os seus líderes atuais para serem líderes
PC? O desafio deles será assumirem o compromisso dos PC: Identificar, Con-
vidar e Investir.
Identificar
I I I I , "
Equipando seus líderes emergentes 149
Convidar
Treine os seus líderes atuais a convidar outras pessoas para que conside-
rem entrar no processo dos líderes emergentes. Esse processo pode ser formal ou
informal, mas de qualquer forma dá forte ênfase ao relacionamento. O convite
deve incluir uma visão de como os líderes potenciais podem melhorar o trabalho
da igreja. O que em suas vidas sugere que podem ser excelentes líderes?
Os líderes potenciais também devem saber para o que estão sendo con-
vidados. Não prometa muito, mas também se certifique de que o convite seja para
algo substancial e em que valerá a pena investirem tempo. Nesse estágio inicial,
pode ser um processo de acompanhamento, um treinamento em sua igreja ou
uma responsabilidade particular que assumirão e para a qual serão treinados.
Convidar pessoas para a liderança é uma das coisas que mais gostamos
de fazer. Raramente alguém recusou e ninguém jamais ficou ofendido. As pes-
soas se sentem honradas ao serem reconhecidas e tratadas como alguém que tem
potencial. Por que não ficariam?
Jeff: Às vezes relutamos em convidar pessoas com o maior potencial
porque já estão cheias de compromissos. Recentemente um líder que convidei
para assumir uma responsabilidade maior me inspirou a continuar convidando
pessoas boas sem hesitação. Mike é uma pessoa muito ocupada, com fortes dons
de liderança. Eu estava agradecendo a ele por aceitar o convite e se envolver; ele
disse: "Jeff, gosto de você e faria muito por você. Mas quando você me agrade-
ce desse jeito, é como se achasse que estou fazendo algo por você. Não estou.
Sinto-me empolgado por poder me envolver. Minha vida tem mudado e tenho
sido abençoado porque você me convidou para participar do processo e assumir
responsabilidades. Assim, vou escrever uma nota de agradecimento para você.
Você viu potencial e insistiu para eu participar. Obrigado. Não pare de convidar
e de insistir". Quantas pessoas não são assim? Quanto mais você capacita pes-
soas para convidar outras pessoas e insistir com elas para dar o próximo passo,
mais contagioso o processo todo se toma.
150 o Bastão da Liderança
Investir
I I 'I I l 11;
Equipando seus líderes emergentes 151
4. "Universidade de Liderança"
O liderança 3semanas
O Teologia Ssemanas
Leituras: 33 AAsr:ensão de um Líder (Iha Asr:ent of s l.eader): Ilisciplinas Espirituais para a Vida Cristã
(Spiritual llisciplas for the Christian lííe) e Perdido na Amérir:a (lnst in Amérir:a).
5. Orientação de Liderança
,I
I I , I'
Equipando seus líderes emergentes 153
los para algum líder que está falhando em cumprir o que prometeu. Então esses
líderes têm a chance de renovar seus votos ou então se afastar da liderança.
Seja qual for a sua abordagem, um ritual de transição para novos líderes
pode lhe dar mais uma oportunidade de tomar clara sua visão e inspirar os novos
líderes que estão chegando.
6. Noites de Desafio
------~
ACOMPANHANDO OS SEUS
''JOGADORES TITULARES"
TREINAMENTO CONSTANTE
PARA LÍDERES DE MINI-IGREJAS
• "Universidade de Liderança"
• Duas oficinas de treinamento por ano (somente os cursos que
Cursos: oportunidades de aguçar são requeridos)
suas habilidades e aumentar seu • Vários seminários com temas como acnnsalharnentn. solução
conhecimento de conflitos e outros (disponíveis durante oano)
• Várias opções de educação de adultos e discipuladn
• Cursos de liderança do CTBI
Comunhão: companheiros
• "Tempo técnico", facilitado pelo cuidado pastoral. com três a
comprometidos com oencorajamento
cinco líderes de outras mini-igrejas
mútuo e prestação de contas
Acompanhamento: um
• Relacionamento com um pastor que cuida ou instrutor que
relacionamento com interesse no seu
tenha interesse no crescimento e odesenvolvimento do líder
desenvolvimento
l II '
I I 'I
Equipando seus líderes emergentes 155
-------~
/
ULTIMAS CONSIDERAÇOES
-
Quão envolvida é sua equipe? Quão inspirado é seu "time titular"? É
muito fácil ficarmos tão ocupados cumprindo nosso ministério que falhamos
em dedicar tempo e atenção à formação de outros. Mesmo assim, o desenvolvi-
mento de pessoas é nosso verdadeiro trabalho - muito mais importante do que
cumprir tarefas.
Bruce: Comecei a me reunir semanalmente com um grupo seleto de
dez ou doze líderes para um período de intenso desenvolvimento. Eles não eram
presbíteros nem membros da equipe, mas líderes leigos emergentes de altís-
simo potencial - que não estavam exercendo nenhum papel de liderança. No
156 o Bastão da Liderança
passado eu achava que estava ocupado demais para fazer algo assim, mas agora
que estou fazendo, descobri que os resultados são incríveis e estou inclinado a
tomar essa prática parte do meu ministério enquanto eu for pastor titular. Estou
pensando em dar o nome de "Grupo 222", por causa da instrução de Deus em 2
Timóteo 2.2.
Jeff: Na semana passada, Miles compartilhou sua história no culto em
nossa igreja. Ruben, colega de trabalho de Miles e líder em nossa igreja, con-
vidou-o para nos fazer uma visitar com sua família. Miles aceitou o convite e
ouviu sobre o nosso processo de discipulado chamado Descoberta, pelo qual se
interessou. No Descoberta, ele e sua esposa tiveram um encontro com Cristo e
começaram a criar raízes profundas. Alguns homens de uma mini-igreja come-
çaram a mentorear Miles no contexto do estudo da Bíblia para homens. Ele e
a esposa se uniram a uma mini-igreja e logo começaram a servir no ministério.
Atualmente ele está na Universidade de Liderança e no caminho para fazer parte
da liderança da nossa igreja. Ele compartilhou que não podia acreditar em quan-
tas coisas aconteceram em sua vida nos últimos anos, culminando com um papel
de liderança em uma igreja local.
Enquanto eu ouvia a sua história, fiquei maravilhado. Percebi que isto
- alcançar e edificar a vida de Miles e de tantos outros como ele - é o que sig-
nifica ser igreja. Se não estivermos fazendo isso, então o que estamos fazendo?
Embora nossos muitos programas e muitos alvos sejam extremamente importan-
tes, jamais devemos perder de vista o fato de que desenvolver pessoas sempre
foi e sempre será o trabalho mais importante da Igreja.
1I
I I
Equipando seus líderes emergentes 157
Qualquer grupo, pequeno ou grande, será tão efetivo quanto a sua li-
derança. Se você é responsável pelos obreiros da igreja, está bem consciente da
importância de ver sua equipe trabalhando a plena força.
Trabalhar com múltiplas equipes representa um desafio especial em
uma igreja que está crescendo. O que toma um obreiro capaz em um determina-
do nível de crescimento não o ajudará necessariamente no próximo nível. O que
você faz quando um obreiro leal que ajudou a sua igreja a crescer no passado não
consegue corresponder às expectativas de liderança agora que a igreja cresceu?
Uma resposta comum é pressionar o obreiro para que ele se esforce
mais. No entanto, o trabalho mais árduo é atrapalhado pelas limitações físicas e
mina a necessidade de uma vida equilibrada. Além disso, o trabalho árduo rara-
mente produz os resultados desejados.
Outra opção é periodicamente eliminar do quadro de obreiros aqueles
que não conseguem alcançar o nível de desempenho desejado. Embora de vez
em quando realmente tenhamos de fazer isso com aquelas pessoas que simples-
mente não conseguem trabalhar em igrejas grandes, essa estratégia é inadequada
quando usada com demasiada freqüência, pois tende a criar um ambiente de
insegurança, deslealdade e de manipulação.
Uma terceira opção é investir pesado no treinamento dos obreiros. Para
que haja melhoria constante na qualidade da vida da igreja é preciso que haja
160 o Bastão da Liderança
crescimento contínuo na maturidade e nas habilidades ministeriais de toda a
equipe de liderança da igreja. O desenvolvimento dos obreiros da igreja deve co-
meçar com a equipe pastoral, incluindo o pastor titular, para que ele dê o exem-
plo. Nenhum líder jamais chega a um ponto onde não precise mais crescer.
Qual é a melhor maneira de promovermos o crescimento dos nossos
obreiros? Nesse ponto a resposta desta pergunta pode parecer bem familiar: pre-
cisamos desenvolver as pessoas no conhecimento, caráter e habilidades - e fa-
zemos isso por meio de cursos, comunhão e acompanhamento.
-----~
CURSOS
I I
Equipando sua equipe de obreiros 161
I \ II j I,
Equipando sua equipe de obreiros 163
tros integrantes possuem uma educação teológica formal. Esses novos obreiros
podem se sentir inseguros nos debates teológicos por causa da relativa falta de
treinamento. Embora tenham muito a oferecer, podem recuar durante debates
importantes por medo de dizer algo que demonstre falta de informação bíblica
ou teológica.
Com o tempo, a participação nas reflexões teológicas com o restante
dos obreiros aumenta sua confiança e habilidade de pensar teologicamente. Ao
mesmo tempo, muitos daqueles que chegam para o corpo de obreiros oriundos
do ambiente empresarial podem enriquecer o restante do grupo em termos de
visão, estratégia, sistema e administração de mudanças.
DANDO A PARTIDA
Fazer isso é bem mais difícil do que possa parecer. Você terá de lançar for-
temente a visão sobre a importância do estudo regular e da oração em grupo, a fim de
motivar uma equipe já muito ocupada a fazer isso. Quando os debates começarem
a produzir mudanças importantes, eles começarão a perceber o valor das discussões
- mas isso leva tempo. Tente uma abordagem rápida. Escolha um tema para discus-
são que você sabe que trará resultados imediatos como forma de criar um ambiente
propício para o estabelecimento do hábito de aprendizado constante.
164 o Bastão da Liderança
Na Fellowship descobrimos que uma hora e meia é um período apro-
priado para nossas discussões. Se passarmos disso, os obreiros tendem a ficar
preocupados com seus afazeres. Se usarmos menos tempo, os debates quase
sempre não se desenvolvem o bastante para chegar a implicações que se trans-
formarão em ações.
,I
1 I
Equipando sua equipe de obreiros 165
--------~
COMUNHÃO
Provavelmente o meio mais efetivo - e menos utilizado - de treina-
mento de líderes seja a equipe ministerial. Por mais efetivos que os cursos e o
acompanhamento possam ser, não podem substituir o desafio e o crescimento
que surgem quando pessoas realizam ministérios juntas.
Jeff: Na Fellowship os pastores titulares decidimos que queríamos fazer
melhor uso do potencial das equipes em toda a igreja e sabíamos que isso tinha
de começar por nós. Assim, nos comprometemos não somente a nos interes-
sarmos mais pelo trabalho em equipe no nosso ministério, mas também ajudar
uns aos outros a melhorar. Nós queríamos ser melhores estudiosos das nossas
próprias forças, debilidades e lacunas no desenvolvimento, bem como melhores
estudiosos uns dos outros. Nós fizemos uma aliança e prometemos admoestar
uns aos outros e mantermos nossas vidas abertas para receber admoestação do
grupo. Queríamos tomar impossível alguém fazer parte da nossa equipe minis-
terial e continuar sendo o mesmo.
Embora nem sempre tenha sido divertido, nosso compromisso de de-
senvolvimento mútuo revolucionou as nossas vidas individuais e transformou
a dinâmica da equipe. Há pouco tempo um professor de fora perguntou: "Se
algum de vocês deixasse de ser útil para a missão desta igreja, acham que con-
tinuaria sendo importante para o Jeff?". Eu não me importei com a pergunta e
estava interessado em ouvir as respostas. Eu me sentia confiante e tinha certeza
que as pessoas iriam dizer: "É claro! Jeffvaloriza cada um de nós. Ele é um líder
maravilhoso".
166 o Bastão da Liderança
Bem, não foi o que aconteceu. Alguns membros da equipe disseram que
acreditavam que se deixassem de ser úteis para a missão da igreja, seriam com-
pletamente apagados do meu radar. Eles sentiam que eu fazia um bom trabalho
motivando-os e mantendo-os em movimento, mas fazia um péssimo trabalho
construindo relacionamentos, colocando o valor pessoal acima do trabalho e de-
senvolvendo-os fora do contexto dos nossos alvos ministeriais. Embora eu não
tenha gostado de ouvir tal coisa, sabia que era verdade. E essa revelação levou a
uma conversação mais ampla sobre todos os meus relacionamentos - incluindo
minha família - e a minha tendência de subordinar todos os relacionamentos
ao meu senso de missão - o que pode levar as pessoas a se sentirem mais como
ferramentas do que como pessoas.
Fico extremamente grato à minha equipe por ter me confrontado nessa
área, de modo que pude crescer. Como líderes, temos de ser abertos o suficiente
para permitir que essas interações sejam seguras - ou jamais teremos a experi-
ência de ver o ferro afiando ferro.
Acrescentar desenvolvimento mútuo à nossa aliança como equipe re-
volucionou o nosso grupo também em outra área. No ministério, geralmente
nós tomamos nossas forças como um fato e dedicamos muito tempo procurando
compensar as nossas fraquezas. O líder típico pode utilizar de 30 a 40% do seu
tempo em áreas onde é forte e 60 a 70% do tempo procurando melhorar, ou pelo
menos conviver com as áreas de fraqueza. No entanto, não é assim que boas
equipes trabalham. Assim, nossa equipe fez uma aliança de ajudar uns aos outros
a identificar áreas fortes e passar a usar 60 a 70% do nosso tempo trabalhando
com base nessas forças. Então poderíamos nos apoiar em outros membros da
equipe nas áreas onde fôssemos deficientes.
Esta abordagem tomou todos os membros da equipe mais produtivos.
Eu sou um visionário, vejo o panorama geral. Alguns membros da equipe são
mais estrategistas e sistemáticos; outros são altamente detalhistas e gostam de
melhorar as coisas. Alguns líderes são bons para construir comunhão. Nossa
nova dinâmica me deu liberdade para fazer aquilo que gosto e que faço me-
lhor - iniciar novas idéias e recrutar pessoas para formar novas equipes. E os
outros também têm oportunidade de fazer o que gostam, como implementar
novas idéias e criar estratégias e sistemas - e fazem essas coisas melhor do que
eu faria. Para todos nós o ministério se tomou muito mais agradável e frutífero.
,I
I I
Equipando sua equipe de obreiros 167
Em vez de ficarmos nos esforçando para melhorar nas nossas áreas de fraqueza,
estamos desenvolvendo nossas áreas fortes.
A equipe de obreiros pode existir como nada mais do que um punha-
do de pessoas que por acaso estão no mesmo nível no quadro da organização,
prestando contas à mesma pessoa. Isso, porém, não é uma equipe. Equipes mi-
nisteriais, com irmãos desafiando e edificando irmãos, podem ser contextos in-
crivelmente poderosos para a formação de líderes.
------~
ACOMPANHAMENTO
----~
CONCLUSÃO
I I
I I
Equipando sua equipe de obreiros 169
Jeff: Quando eu fui para Dallas para fazer o seminário, já tinha experi-
ência ministerial suficiente para reconhecer que a decisão mais importante que
teria de tomar seria qual igreja escolheria para servir durante meu tempo de es-
tudante. Eu tinha desejo de crescer por meio do envolvimento no ministério de
uma igreja local e orava para que Deus me dirigisse para uma igreja que levasse
a sério o treinamento de líderes.
Deus respondeu à minha oração por meio de um colega de seminário
que tinha acabado de ser integrado ao grupo de obreiros da Fellowship como
pastor auxiliar. Ele me perguntou se eu estava interessado em trabalhar com ele
como estagiário. Gostei da idéia de servir no ministério com meu amigo e esta-
va intrigado quanto à possibilidade de me envolver em uma igreja que, segundo
todos os comentários que ouvia, era altamente sadia.
Devido a experiências anteriores com igrejas doentias, eu entrei no es-
tágio com grande ceticismo, esperando sofrer nova desilusão com a igreja e
com os líderes. Ela parecia boa quando se olhava de fora, mas eu imaginava
que, como tirar a cortina de cima do Mágico de Oz, logo eu descobriria como
a igreja era na realidade. Eu tinha lido alguns dos livros escritos pelo Dr. Gene
Getz, o pastor titular, e respeitava suas idéias, mas imaginava que quanto mais o
conhecesse, mais ficaria decepcionado com as novas descobertas. O que acon-
teceu nos meses e anos seguintes foi exatamente o oposto - e mudou o curso da
minha vida.
172 o Bastão da Liderança
Depois de um tempo, Bruce Miller, que estava liderando o programa
de desenvolvimento de líderes na Fellowship, me convidou para servir também
como seu estagiário, ajudando-o a desenvolver o programa. Ele disse: "Quero
trabalhar com você e treiná-lo como se um dia fosse me substituir. Eu não pre-
tendo ir a parte alguma, mas acredito que você tem potencial para ser esse tipo
de líder. Se você estiver preparado para um trabalho intenso, então aperte o cinto
e vamos decolar!" Agarrei a oportunidade de fazer estágio com as duas mãos.
Durante os quatro anos do meu estágio, recrutei equipes e compartilhei
visão, aconselhei pessoas com problemas, liderei ministérios, ensinei em vários
cursos, fui mentor de várias pessoas em treinamento e trabalhei ao lado de um
pastor que iniciou algumas mudanças na igreja. Devido à amplitude de minha
experiência, descobri onde me encaixava melhor e onde não me encaixava no
ministério. Além disso, durante aqueles anos várias questões de caráter que nun-
ca haviam sido notadas em uma sala de aulas - como minha tendência de colocar
o ministério acima do casamento e o uso exagerado do charme para manipular
as pessoas - foram exibidas e tratadas.
Como na época eu era também aluno no Seminário de Danas, minhas
aulas adquiriram uma relevância muito maior. Eu sabia quais perguntas devia fa-
zer e estava muito mais motivado a aprender. Eu apreciava o fundamento teoló-
gico e bíblico que o seminário me proporcionava, mas somente isso não chegaria
nem perto de me equipar para o ministério. Foi servir no contexto do ministério
que me equipou melhor para o ministério. Quando terminei meu estágio, sabia
onde me encaixava. Questões importantes tinham sido abordadas e meu caráter
se fortaleceu; além disso, recebi treinamento em habilidades que precisaria para
o meu primeiro papel como ministro profissional.
Meu estágio foi a mais importante experiência de treinamento de minha
,,,;
vida. Deus usou aquele tempo para me mostrar um quadro vívido de uma igreja
saudável e de uma liderança eclesiástica forte. E para minha surpresa, alguns
anos mais tarde, herdei o trabalho de Bruce.
~ I;
I I
Equipando seus estagiários 173
-------~ I
BENEFICIOS DO ESTAGIO
I
, ',I i
I I
Equipando seus estagiários 175
---------~
/ /
E SUFICIENTE?
---------~
DANDO INÍCIO A UM
PROGRAMA DE ESTAGIO
I I I I,
Equipando seus estagiários 177
, II i
1 I
Equipando seus estagiários 179
cristãs e trabalhamos com igrejas pobres da área. Aquela viagem mudou cada
um de nós para sempre e nos deu uma visão de como é o ministério em uma área
completamente diferente da nossa.
Faça do acompanhamento
uma alta prioridade para os pastores
Forneçafeedback regular
Uma tendência comum entre as igrejas que treinam lideres por meio
do estágio é subestimar a importância da educação teológica. O resultado é que
essas igrejas desenvolvem os estagiários nas habilidades ministeriais práticas e
lançam no ministério pessoas que demonstraram habilidade de liderança, mas
que não possuem profundidade teológica. Se essa tendência persistir, será muito
prejudicial para as igrejas. Mais do que nunca, hoje nós precisamos de líderes
que tenham boa formação teológica, boa noção da história da Igreja e amplo
conhecimento e entendimento da Bíblia.
Insistimos que os estagiários busquem a formação teológica com as
experiências ministeriais mais práticas. Como que vivemos em uma cidade com
um seminário, muitos dos nossos estagiários recebem treinamento teológico.
Para alguns deles usamos material de treinamento teológico baseado na igreja
elaborado por grupos como o CTBI, o BEE Internacional e BILD Internacional.
Muitos seminários oferecem cursos por extensão, de modo que qualquer igreja
pode ter acesso ao treinamento teológico, independente de sua localização.
Pagar uma ajuda de custo aos estagiários pelo trabalho que fazem per-
mite que eles tenham liberdade para se dedicar ao ministério e ao desenvolvi-
mento pessoal. Eles podem investir mais tempo no aprendizado e no serviço.
Em uma recente discussão com vários pastores que desenvolvem pro-
gramas de estágio, foi levantada a questão da remuneração. Um pastor parecia
, , , ,.
I I
Equipando seus estagiários 181
estar orgulhoso porque a sua igreja não pagava os estagiários e ele apresentou
várias razões para essa política. Outro pastor argumentou com ele dizendo: "En-
tão, por que você não assume o mesmo compromisso como pastor? As mesmas
razões podem ser aplicadas". Depois dessa resposta, remunerar as pessoas en-
volvidas no ministério não pareceu uma má idéia, afinal de contas!
Atualmente na Fellowship temos onze estagiários/residentes remunera-
dos e cerca de oito voluntários. Quando surge uma vaga em uma posição remu-
nerada, oferecemos aos voluntários a oportunidade de ocupá-la. Ninguém, exce-
to o diretor dos estagiários e os mentores sabe quais estagiários são remunerados
e quais não são. Mantemos essas informações confidenciais para evitar a criação
de dois níveis dentro do programa. Aprendemos essa lição da forma mais difí-
cil. Antigamente não fazíamos isso e algumas pessoas encaravam os estagiários
remunerados como os "verdadeiros" obreiros e os voluntários como inferiores.
Exigimos a mesma responsabilidade dos remunerados e dos voluntários, embora
sejamos mais flexíveis com os voluntários em relação às nossas expectativas
quanto ao tempo de trabalho. Nós permitimos que eles decidam quantas horas
por semana podem trabalhar e então exigimos que cumpram o combinado.
,I [ II I
1 I
Equipando seus estagiários 183
------~
CONCLUSÃO
II I.
I
EPILOGO:
O FUTURO no
TREINAMENTO BASEADO
NA IGREJA
, 11,
1 I
o futuro do treinamento baseado na igreja 187
------~
UMA PROPOSTA
,
I I ,
o futuro do treinamento baseado na igreja 189
I I I ' I i
o futuro do treinamento baseado na igreja 191
2. Com que outras igrejas você poderia formar parcerias nesse es-
forço local e global?
6. O que você acha que Deus está para fazer com o crescente movi-
mento do treinamento baseado na igreja?
)\
APENDICE1:
PROCESSO DOS SEIS PASSOS
DA SABEDORIA: UM MOTOR
DE APRENDIZADO
PARA A VIDA
Bruce Miller
-----/
APRENDIZADO DE ADULTOS
II I'
I I
Processo dos seis passos da sabedoria: um motor de aprendizado para a vida 195
quais os alunos têm de ler sobre uma questão complexa no mundo real e oferecer
sugestões e planos para resolver os problemas envolvidos. Nas universidades
Oxford e Cambridge, os alunos são submetidos a tutores que os dirigem em
leituras usando perguntas profundas. Nos seminários médicos no mundo todo,
professores se reúnem semanalmente com seus melhores alunos para discutir
leituras comuns. O professor não dá aula, mas lidera uma discussão apresen-
tando questões sobre a leitura que estudaram. Quando enfrentamos os nossos
debates políticos e sociais mais intratáveis, parecemos fazer isso melhor quando
reunimos os mais brilhantes e os melhores. Esses pequenos grupos de pessoas
brilhantes trabalham juntos para entender melhor e enfrentar problemas globais
econômicos, sociais e éticos.
-------/
I
POS-MODERNIDADE
---------~
ANTIGOS INSIGHTS
------/
I
METODO TEOLOGICO
I
------/ -
PADROES BIBLICOS
I
I I I I'
Processo dos seis passos da sabedoria: um motor de aprendizado para a vida 199
Gênesis O O O O O
Êxodo O O O O O
Levítico O O O O O
Números O O O O O
Deuteronômio O O O O O
Josué O O O O O
Juízes O O O O O
Rute O O O O O
1 e 2Samuel O O O O O
1 e 2Reis O O O O O
1 e 2Crônicas O O O O O
Esdras O O O O O
Neemias O O O O O
Ester O O O O O
Já O O O O O
Salmos O O O O O
Provérbios O O O O O
Eclesiastes O O O O O
Cântico dos Cânticos O O O O O
Isaías O O O O O
I I I I '
Abordando a pessoa completa: um inventário para líderes de igrejas 203
Jeremias D D D D D
Lamentações D D O O O
Ezequiel D D D D D
Daniel O O O O O
Oséias O O O O O
Joel O O O O O
Amós
O O .0 D D
Obadias O O O O D
Jonas D D D O O
Miquéias O O O D D
Naum D O O O O
Habacuque O O O O O
Sofonias O O O D O
Ageu O O O O O
Zacarias O O O O O
Malaquias O O O O D
Mateus O O O O O
Marcos O O O O O
Lucas O O O O O
João O O O O O
Atos O O O O O
Romanos O O O O O
204 o Bastão da Liderança
1Coríntios D D D D D
2Coríntios D D D D D
Gálatas D D D D O
Efésios D O O O O
Filipenses O D O O O
Colossenses O O O O O
1Tessalonicenses D, O O O D
2Tessalonicenses D O O O O
ITimóteo O O D O O
2Timóteo O O O O O
Tito D O D D D
Filemom O O O O O
Hebreus O D D O D
Tiago O O O O D
IPedro O D D O D
2Pedro O O O O D
1,2 e 3João D D D D D
Judas O O O O O
Apocalipse D D D O D
Resumo
Quais livros da Bíblia você planeja estudar a seguir? Quando?
, I
Abordando a pessoa completa: um inventário para líderes de igrejas 205
Atributos de Deus 1 2 3 4 5
A Trindade 1 2 3 4 5
Deus o Pai 1 2 3 4 5
Deus o Filho 1 2 3 4 5
Deus o Espírito Santo 1 2 3 4 5
As Escrituras 1 2 3 4 5
Humanidade 1 2 3 4 5
Salvação 1 2 3 4 5
Santificação 1 2 3 4 5
Anjos 1 2 3 4 5
Satanás 1 2 3 4 5
O Futuro 1 2 3 4 5
Resumo
I A I
I I I Ii I I;
Abordando a pessoa completa: um inventário para líderes de igrejas 207
Resumo
Discrepâncias entre a minha avaliação e a avaliação do meu amigo:
No Inventário das Qualidades de um Líder Eclesiástico
I I I ,
Abordando a pessoa completa: um inventário para líderes de igrejas 209
HABILIDADES MINISTERIAIS: li
, I,
Abordando a pessoa completa: um inventário para líderes de igrejas 211
Resumo
Com base no Inventário de Habilidades Ministeriais (e outras habilida-
des que você tenha acrescentado), quais você gostaria de desenvolver
no próximo período?
NOTAS
I I I I I
I
INDICE DE ASSUNTOS
I I I I,
Índice de Assuntos 217
I I I I I I,
índice de Assuntos 219
OPORTUNIDADES DE TREINAMENTO
Conferência Anual
Oficinas Regionais
I I i I,
RECURSOS DISPONÍVEIS
Série Descoberta
Entenda como a história da sua vida foi arranjada por Deus com o pro-
pósito de tomar você a pess.oa que você.~. Identifi9.~e po.s~íveis fa~has de dese~
volvimento em seu conhecimento, habilidades mimstenais e carater e a seguir
elabore um plano para corrigi-las. Por último, você desenvolverá um plano de
desenvolvimento de vida que lhe ofereça direção e perspectiva pessoal e minis-
terial.
Série Liderança
Coordenação editorial
Walter Feckinghaus
Editoração eletrônica
Josiane Zanon Moreschi
SOBRE O LIVRO
I ,