Fenomenologia e Psicologia Da Religião No Brasil: Fundamentos, Desafios e Perspectivas
Fenomenologia e Psicologia Da Religião No Brasil: Fundamentos, Desafios e Perspectivas
Fenomenologia e Psicologia Da Religião No Brasil: Fundamentos, Desafios e Perspectivas
DS06
ISSN 2175-1838
Licenciado sob uma Licença Creative Commons
[T]
Resumo
Abstract
Talking about religion implies talking about a religious experience. Religion exists only
because there are individduals who intentionally manifest it. This is the classic position
of Phenomenology, a tradition founded by Edmund Husserl, that replicates in some
way the radical foundation project of science and philosophy found in Descartes, and
which makes the phenomenological structure rise over multiple perspectives, such as
epistemology, method, philosophy and science to name a few. This paper aims to dis-
cuss the roots that lead to a Phenomenology of Religion, as well as its assumptions
and key authors. It also intends to draw an overview of current discussions within the
aegis of the phenomenological thought in which studies about religion, religiosity and
spirituality are concerned in Brazil. Recent researches are presented to illustrate the
challenges and perspectives of the field. To finish, it is relevant to point out that a re-
ligious “phenomenology” goes through a broader view of the religious phenomenon,
which includes the analysis of movements in religion and its meaning (migration, reli-
gious traffic) besides the interpretation of signs and specific symbols. It concludes to
a need for more research and dialogues, and a better understanding of what is to be
considered “phenomenology”.
Introdução
uma, antes de haver alcançado o fundo: ela se reconhece como sendo com-
preendida, no lugar do compreender. Em outros termos, toda compreen-
são, não importa qual objeto à qual se dirige, é finalmente religiosa (VAN
DER LEEUW, [1933] 1948, p.666). O campo da FR se põe num processo
incessante de elucidação da experiência religiosa, cabendo-lhe a prerroga-
tiva de acessar este sentido vivencial, e redescobrir o significado em sua
totalidade; pressupõe aquele télos intencional, do qual falava Husserl, e
a époche, que permite o acesso à intuição. Nesta direção, a FR encontra o
existir como fundamento, enquanto “experiência originária da religiosi-
dade” (HEIDEGGER, 2006).
A Virada Fenomenológica
Referências
BELLO, A. A. Edmund Husserl. Pensar Deus, Crer em Deus. São Paulo: Paulus,
2016.
ELIADE, M. História das Crenças e das Ideias Religiosas. Rio de Janeiro: Zahar
Editores, [1978] 1983.
Recebido: 03/11/2016
Received: 11/03/2017
Aprovado: 25/02/2017
Approved: 02/25/2017